Sempre houve pobreza - tanto absoluta como, principalmente, relativa - na história da humanidade, e as suas causas são muito variadas. Elas variam tanto no tempo (época) como no espaço (lugar). No passado, muitas vezes, ela existia em decorrência da falta de conhecimento e da precariedade tecnológica, que resultavam numa baixa produtividade na agricultura, a principal atividade da humanidade, especialmente dos povos mais pobres, na época.
A pobreza também podia ser eventualmente o resultado do meio ambiente ou de catástrofes naturais: clima muito frio (com os solos congelados) ou muito árido (com carência de água), que impossibilitam ou dificultam a agricultura, desastres naturais (terremotos, inundações, pragas que arruínam os cultivos, etc.) ou epidemias de doenças como malária ou a peste, por exemplo.
Também as frequentes guerras e conflitos armados que sempre ocorreram na história da humanidade como regra geral aumentam a fome e a pobreza de amplas camadas da população, pois eliminam pessoas em idade de trabalhar e destroem edificações (armazéns, pontes, manufaturas, residências) e campos de cultivo. A submissão de um povo, que sofre o domínio colonial por parte de um Estado mais poderoso, quase sempre vem acompanhada pela pobreza de enormes camadas da população, pois as riquezas produzidas na colônia (minérios, ouro ou prata, diamantes, carvão ou petróleo, produtos agrícolas etc.) são destinadas ao abastecimento da metrópole, e não à população local.
Nos dias atuais, em pleno século XXI, teoricamente não haveria muitos motivos para existir fome e pobreza extrema. Diferentemente do passado, hoje predomina um diálogo entre os governos na tentativa de evitar guerras; temos atualmente amplos conhecimentos, ao alcance de todos os povos, sobre como aumentar a produtividade do trabalho e da terra, ou sobre como cultivar em solos que antes eram considerados improdutivos; existe uma ampla rede internacional de ajuda às nações atingidas por catástrofes naturais ou por conflitos armados; a imensa maioria dos Estados nacionais, e também as organizações internacionais, já não aceitam a dominação colonial sobre uma nação; e há também um programa da ONU de combate à pobreza e à fome no mundo. Mas tanto a fome como a pobreza - não apenas relativa, mas até mesmo extrema ou absoluta - ainda existem por vários motivos.
Um desses motivos é a geração de empregos, que acontece num ritmo menor que o do crescimento demográfico, ou uma crise econômica, que fecha inúmeras empresas, aumentando a taxa de desemprego entre a população. As pessoas desempregadas, mais cedo ou mais tarde, vão engrossar as estatísticas da pobreza.
Outro fator é a má distribuição de renda. Vários estudos mostram que existe uma correlação entre maior concentração na distribuição social da renda e pobreza. Os países onde há maior pobreza geralmente são também países com grandes desigualdades sociais, onde, ao lado de milhões de pobres, sempre existem minorias extremamente ricas.
O recente aumento da pobreza relativa nos Estados Unidos fornece um exemplo dessa relação entre desigualdade e pobreza. Estatísticas oficiais daquele país, apontavam a existência de 32,5 milhões de pobres em 2000 e 43,6 milhões em 2010. Isso foi em parte - além da estagnação econômica e do aumento no desemprego - resultado de políticas do governo George W. Bush (2001-2009), que concentraram a renda nacional: houve diminuição dos impostos pagos pelos mais ricos (e pelas grandes empresas), ao lado da permanência dos impostos pagos pelo restante da população, além de ter ocorrido um corte dos investimentos na área social.
Também países como Brasil ou México, ambos com renda per capita em torno de 10 mil dólares, só possuem amplas camadas da população vivendo em situação de pobreza (não apenas relativa, mas às vezes até extrema) por causa principalmente da péssima distribuição social da renda nacional.
Outros fatores que ocasionam a pobreza são a corrupção, a falta de oportunidades para alguns, como a exclusão de amplas camadas da população, que não têm acesso à escolaridade, à saúde, a um trabalho bem remunerado ou a um meio ambiente sadio.
O que mede a desigualdade de um país é o Coeficiente Gini, que é uma medida de desigualdade desenvolvida pelo estatístico italiano Corrado Gini, e publicada no documento "Variabilitá e mutabilitá" ("Variabilidade e mutabilidade" em italiano), em 1912. É comumente utilizada para calcular a desigualdade de distribuição de renda. Consiste em um número de 0 a 1, onde 0 corresponde à completa igualdade de renda e 1 corresponde à completa desigualdade.
A pobreza também podia ser eventualmente o resultado do meio ambiente ou de catástrofes naturais: clima muito frio (com os solos congelados) ou muito árido (com carência de água), que impossibilitam ou dificultam a agricultura, desastres naturais (terremotos, inundações, pragas que arruínam os cultivos, etc.) ou epidemias de doenças como malária ou a peste, por exemplo.
Também as frequentes guerras e conflitos armados que sempre ocorreram na história da humanidade como regra geral aumentam a fome e a pobreza de amplas camadas da população, pois eliminam pessoas em idade de trabalhar e destroem edificações (armazéns, pontes, manufaturas, residências) e campos de cultivo. A submissão de um povo, que sofre o domínio colonial por parte de um Estado mais poderoso, quase sempre vem acompanhada pela pobreza de enormes camadas da população, pois as riquezas produzidas na colônia (minérios, ouro ou prata, diamantes, carvão ou petróleo, produtos agrícolas etc.) são destinadas ao abastecimento da metrópole, e não à população local.
Distribuição do PIB per capita no mundo |
Um desses motivos é a geração de empregos, que acontece num ritmo menor que o do crescimento demográfico, ou uma crise econômica, que fecha inúmeras empresas, aumentando a taxa de desemprego entre a população. As pessoas desempregadas, mais cedo ou mais tarde, vão engrossar as estatísticas da pobreza.
Fila de pessoas desempregadas |
O recente aumento da pobreza relativa nos Estados Unidos fornece um exemplo dessa relação entre desigualdade e pobreza. Estatísticas oficiais daquele país, apontavam a existência de 32,5 milhões de pobres em 2000 e 43,6 milhões em 2010. Isso foi em parte - além da estagnação econômica e do aumento no desemprego - resultado de políticas do governo George W. Bush (2001-2009), que concentraram a renda nacional: houve diminuição dos impostos pagos pelos mais ricos (e pelas grandes empresas), ao lado da permanência dos impostos pagos pelo restante da população, além de ter ocorrido um corte dos investimentos na área social.
Diferenças na igualdade de renda nacional em todo o mundo, medidas pelo Coeficiente Gini nacional |
Outros fatores que ocasionam a pobreza são a corrupção, a falta de oportunidades para alguns, como a exclusão de amplas camadas da população, que não têm acesso à escolaridade, à saúde, a um trabalho bem remunerado ou a um meio ambiente sadio.
O que mede a desigualdade de um país é o Coeficiente Gini, que é uma medida de desigualdade desenvolvida pelo estatístico italiano Corrado Gini, e publicada no documento "Variabilitá e mutabilitá" ("Variabilidade e mutabilidade" em italiano), em 1912. É comumente utilizada para calcular a desigualdade de distribuição de renda. Consiste em um número de 0 a 1, onde 0 corresponde à completa igualdade de renda e 1 corresponde à completa desigualdade.
Visão do Rio de Janeiro, onde bairros luxuosos se misturam a favelas |
FONTE: Vesentini, J. William. Projeto Teláris: Geografia / J. William Vesentini; Vânia Vlach. 1. ed. - São Paulo: Ática, 2012. - (Projeto Teláris: Geografia). O Sul geoeconômico, 8° ano.
Um comentário:
Muito bom encontrei tudo que queria Obrigado
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