domingo, 19 de abril de 2020

SAIBA UM POUCO SOBRE BELARUS, MAIS CONHECIDO COMO BIELORRÚSSIA

  Belarus ou Bielorrússia, é um país interior, ou seja, sem saída para o mar, localizado na Europa Oriental. Faz fronteira com a Rússia a nordeste, a Ucrânia ao sul, com a Polônia a oeste, e com a Lituânia e Letônia a noroeste. Sua capital é Minsk. Possui uma área de 207.600 km² e uma estimativa da população para 2020 de 9.457.198 habitantes. Cerca de 40% de sua área é coberta por florestas, e os setores que mais se destacam na sua economia são a agricultura e a indústria manufatureira.
  Até o início do século XX, as terras que atualmente formam a Bielorrússia pertenciam a diversos países, incluindo o Principado de Poltsk, o Grão-Ducado da Lituânia, o Império Russo e a Comunidade Polaco-Lituana. Como consequência da Revolução Russa de 1917, a Bielorrússia se tornou uma das repúblicas constituintes da antiga União Soviética, e passou a se chamar República Socialista Soviética Bielorrussa (RSSB). A unificação final das terras bielorrussas se deu em 1939, quando o território que pertencia à Segunda República Polonesa se uniu à RSSB.
  O país foi devastado durante a Segunda Guerra Mundial, na qual a Bielorrússia perdeu cerca de um terço de sua população e mais da metade de seus recursos econômicos. Nos anos pós-guerra, a república foi reestruturada. Devido ao impacto do conflito no país, a RSSB tornou-se um dos membros fundadores da Organização das Nações Unidas (ONU), juntamente com a República Socialista Soviética Ucraniana e a União das Repúblicas Socialistas Soviética (URSS).
  O Parlamento da república declarou a soberania da Bielorrússia em 27 de julho de 1990,e, logo após o fim da URSS, declarou sua independência em 25 de agosto de 1991.
Mapa mostrando a localização da Bielorrússia
HISTÓRIA
  Restos, tanto do Homo erectus quanto do Homo neanderthalensis foram encontrados na região que atualmente faz parte do território da Bielorrússia. Durante o Neolítico, o homem moderno se deslocou para a área, fundando, de 5.000 a 2.000 a.C., a cultura Bandkerimik, que predominou na região. Cimérios e outros povos que viviam do pastoreio, vagavam pela região por volta do ano 1.000 a.C. e 500 a.C. Diversas invasões "bárbaras" de povos asiáticos passaram pela região, incluindo os hunos e ávaros.
  Os primeiros eslavos teriam chegado à região por volta do século VI a.C., sofrendo pressão dos citas (antigo povo de pastores iranianos) que habitavam a periferia de seus territórios. Gradualmente, os eslavos entraram em contato com os vareques, grupos de guerreiros e comerciantes escandinavos. Embora tenham sido derrotados e exilados, por um breve período, os vareques foram convocados de volta e ajudaram na formação de cidades-estados (ou politeia, como era chamada na Grécia Antiga), comumente conhecida como Rússia de Kiev, em troca do pagamento de tributos. O Estado constituído pelos rus ou rutenos (grupo étnico da Europa que falam a língua rusyn e que descendem dos russianos) teve início por volta de 862, em torno da cidade de Kiev, na atual Ucrânia, e de Novgorod, na Rússia.
Vitysiebsk - com uma população de 345.235 habitantes (estimativa 2020) é a quarta maior cidade de Belarus
  Com a morte do grão-príncipe Jaroslau I, o Sábio, essa nação se dividiu em principados independentes. Estes principados rutenos foram afetados com gravidade por uma invasão mongol ocorrida no século XIII, e diversos deles acabaram por ser incorporados ao Grão-Ducado da Lituânia. Destes principados que foram dominados pelo Ducado, nove haviam sido colonizados pelos ancestrais bielorrussos. Neste período, o Grão-Ducado da Lituânia estava envolvido em diversas campanhas militares, incluindo combates na fronteira com a Polônia contra os Cavaleiros Teutônicos, na Batalha de Grunwald, de 1410; a vitória conjunta permitiu que o Ducado controlasse as fronteiras noroeste do Leste Europeu.
  Em 2 de fevereiro de 1386, o Grão-Ducado da Lituânia e o Reino da Polônia se juntaram em união pessoal, através do casamento de seus soberanos. Esta união teve como resultado a formação da Comunidade Polaco-Lituana, criada em 1569. Os russos, liderados por Ivã III de Moscou, começaram a fazer conquistas militares em 1486, tentando reunir as terras anteriormente dominadas pela Rússia de Kiev, mais especificamente os territórios das atuais Bielorrússia e Ucrânia.
  A união entre Polônia e Lituânia terminou em 1795, com a divisão da Polônia entre a Rússia imperial, a Prússia e a Áustria. Nesse período, o território da Bielorrússia atual foi adquirido pelo Império Russo, durante o reinado de Catarina II, e sua hegemonia na região foi mantida até a sua ocupação pelo Império Alemão durante a Primeira Guerra Mundial.
Grão-Ducado da Lituânia e do Reino da Polônia na Comunidade Polaco-Lituana, em 1619
  Durante as negociações do Tratado de Brest-Litovsk, a Bielorrússia declarou sua independência pela primeira vez, em 25 de março de 1918, formando a República Popular Bielorrussa, criada sob ocupação alemã e uma das primeiras tentativas de se ocidentalizar o país. Após a formação da República Popular Bielorrussa, iniciou-se a guerra Polonesa-Soviética, e a Bielorrússia foi dividida entra uma Polônia que ressurgia e a Rússia soviética; a parte que ficou sob o controle russo se transformou na República Socialista Soviética da Bielorrússia (RSSB), em 1919, e, eventualmente, passou a integrar a República Socialista Soviética Lituano-Bielorrussa. As terras bielorrussas foram divididas entre a Polônia e os soviéticos após o fim da guerra, em 1921, e a RSSB se tornou um dos membros fundadores da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), em 1922. Ao mesmo tempo, a parte ocidental do país permaneceu sob ocupação polonesa.
Grão-Ducado da Lituânia e parte da Comunidade Lituano-Polonesa, em 1619
  Diversas reformas agriculturais culminaram com a fase bielorrussa do processo de coletivização soviético, iniciado na década de 1920. Um rápido processo de industrialização foi implementado durante a década seguinte, nos moldes do modelo dos planos quinquenais soviéticos.
  Em 1939, a Alemanha nazista e a União Soviética invadiram e ocuparam a Polônia, marcando o início da Segunda Guerra Mundial. A maior parte nordeste daquele país, que até então havia sido polonês desde a Paz de Riga, duas décadas antes, foi anexada à RSS Bielorrussa, e passou a formar a Bielorrússia Ocidental. O Conselho Popular Bielorrusso, controlado pelos soviéticos, assumiu oficialmente o controle dos territórios, que tinham uma população majoritariamente bielorrussa, em 28 de outubro de 1939, na cidade de Bialustok.
  A Alemanha nazista invadiu a União Soviética em 1941 - a Fortaleza de Brest, que havia sido anexada em 1939, recebeu um dos golpes mais duros do início da guerra, com sua célebre defesa em 1941, sendo lembrada como um ato de heroísmo contra a agressão alemã. Estatisticamente, a RSSB foi a república soviética mais atingida pela guerra, e permaneceu sob o domínio nazista até 1944. Durante este período, a Alemanha destruiu 209 das 290 cidades da república, 85% da indústria do país, e mais de um milhão de edifícios. Estima-se que o número de vítimas tenha oscilado entre dois e três milhões (cerca de um quarto a um terço da população total), enquanto a população judaica na bielorrussa foi totalmente devastada durante o Holocausto, e nunca mais se recuperou. A população da Bielorrússia só voltou a atingir os mesmos índices que apresentavam antes da guerra em 1971.
Fortaleza de Brest
  Após o término da guerra, a Bielorrússia esteve oficialmente entre os 51 países fundadores da Carta das Nações Unidas, em 1945; juntamente com a Ucrânia, tinha direito a um voto adicional na ONU, separado do voto da União Soviética. Um processo de reconstrução intenso foi imediatamente iniciado; durante este período, a RSSB se tornou um dos principais centros industriais da região ocidental da URSS, com um número crescente de empregos e um influxo constante de migrantes russos. As fronteiras da RSSB e da Polônia foram redesenhadas, estabelecidas a partir de um ponto conhecido como Linha de Curzon.
  Josef Stalin (governante da União Soviética) implementou uma política de sovietização, visando isolar a RSS Bielorrussa das influências ocidentais. Esta política envolvia a transferência de indivíduos russos de diversos outros pontos da União Soviética, e colocando-os em posições-chave dentro do governo bielorrusso. O uso oficial da língua bielorrussa e outros aspectos da identidade cultural local eram rigorosamente limitados pelo governo de Moscou. Com a morte de Stalin, em 1953, seu sucessor, Nikita Khrushchev, continuou este processo.
Mapa da República Socialista Soviética Bielorrussa, em 1940
  A RSS Bielorrussa ficou significativamente exposta à cinza nuclear resultante da explosão da usina nuclear de Chernobyl, na sua vizinha, a República Socialista Soviética Ucraniana, em 1986.
  Em junho de 1988, na localidade rural de Kurapaty, próximo à Minsk, o arqueólogo Zyanon Paznyak, líder do Partido Conservador Cristão da Frente Popular Bielorrussa, descobriu sepulturas coletivas que continham cerca de 250 mil corpos de vítimas de execuções ocorridas entre os anos de 1937 a 1941. Alguns nacionalistas passaram a alegar que esta descoberta seria prova de que o governo soviético tinha tentado dizimar o povo bielorrusso, e passaram a buscar a independência.
  Em março de 1990, foram realizadas as eleições para os assentos no Soviete Supremo da RSS Bielorrussa. Embora a Frente Popular Bielorrussa tenha obtido apenas 10% dos votos, o povo se contentou com a seleção dos delegados. A Bielorrússia se declarou um país soberano em 27 de julho de 1990, ao proclamar a Declaração de Soberania de Estado da República Socialista Soviética Bielorrussa. Com o apoio do Partido Comunista local, seu nome foi alterado oficialmente para República da Bielorrússia em 25 de agosto de 1991. Stanislav Shushkevitch, presidente do Soviete Supremo da Bielorrússia, se encontrou com Bóris Yeltsin, da Rússia, e Leonid Kravtchuk, da Ucrânia, em 8 de dezembro do mesmo ano, na Floresta de Bialowieza para declarar formalmente a dissolução da União Soviética e a formação da Comunidade dos Estados Independentes (CEI).
Hrodna - com uma população de 319.713 habitantes (estimativa 2020) é a quinta maior cidade de Belarus
  Uma Constituição nacional foi adotada em março de 1994, na qual as funções de primeiro-ministro foram passadas para o presidente. Eleições realizadas em dois turnos para a presidência, realizada em 24 de junho e 10 de julho desse mesmo ano, resultaram na vitória de Alexander Lukashenko, até então desconhecido politicamente, com mais de 45% dos votos no primeiro turno e 80% no segundo, derrotando Vyatcheslav Kebitch, que obteve 14% dos votos. Lukashenko foi reeleito em 2001 e 2006.
  Em 1997, a Bielorrússia e a Federação Russa ratificaram o tratado que prevê a unificação das políticas externa, econômica e militar. No ano seguinte, a cotação do rublo bielorrusso caiu pela metade, e a crise se instalou, forçando o racionamento de alimentos.
  No início de 2005, a Bielorrússia foi classificada pelos Estados Unidos como o único "posto avançado da tirania" remanescente na Europa. No final de 2008, o governo deu sinais de um ligeiro abrandamento no regime.
  Um acordo para a unificação monetária e tributária foi assinado em 2008 com o governo russo.
Brest - com uma população de 302940 habitantes (estimativa 2020) é a sexta maior cidade de Belarus
GEOGRAFIA
  A Bielorrússia é um país interior, relativamente plano, com grandes extensões de terras pantanosas. Cerca de 40% do território bielorrusso está coberto por florestas. Diversos riachos e mais de 11 mil lagos são encontrados na Bielorrússia. Três grandes rios cortam o país: o Neman, o Pripyat e o Dnieper. O Neman corre em direção oeste rumo ao Mar Báltico; o Pripyat corre no sentido leste; o Dnieper deságua no Mar Negro.
Lago Strusta
  O ponto mais elevado da Bielorrússia é o Dzyarzhynskaya Hara, mais conhecido como Monte Dzyarzhynsk, com 345 metros de altitude, e a altitude média do país é de 160 metros acima do nível do mar.
  O clima presente no território bielorrusso é o temperado continental, com invernos frios e temperaturas médias em torno de -6 ºC, e verões frescos e úmidos, com média de temperatura de 18 ºC nessa estação. A média pluviométrica anual do país varia entre 550 e 750 milímetros. A Bielorrússia encontra-se na zona de transição entre o clima continental e o clima oceânico.
  Entre os recursos naturais da Bielorrússia estão depósitos de turfa, pequenas quantidades de petróleo e gás natural, granito, dolomita (calcário), entre outros. Cerca de 70% da radiação resultante do desastre nuclear de Chernobyl penetrou no território bielorrusso. A vegetação predominante na Bielorrússia é a floresta temperada, com alguns campos de estepes.
Monte Dzyarzhynsk - ponto mais elevado da Bielorrússia
ECONOMIA
  A Bielorrússia, uma das mais ricas e industrializadas repúblicas da ex-União Soviética, foi bastante prejudicada pela desagregação daquele imenso país, com o fechamento de várias indústria ligadas sobretudo ao setor armamentista. Sua economia também sofreu os efeitos da crise econômica mundial que afetou o mundo em 2008: a renda per capita que era de 6.376 dólares em 2008, caiu para 5.749 dólares em 2019.
  A economia do país permanece bastante estatizada e dependente da Rússia. Essa dependência, contudo, vem diminuindo: em 2005, cerca de 70% de suas exportações era destinada à Rússia, diminuindo para 41% em 2019. Por outro lado, 54% das importações do país (petróleo, gás natural, minerais, máquinas, alimentos) ainda provém da Rússia. O país faz parte da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) e da União da Rússia e da Bielorrússia.
Brabuysk - com uma população de 222.148 habitantes (estimativa 2020) é a sétima maior cidade de Belarus
  Historicamente, os ramos mais importantes da indústria bielorrussa são a indústria têxtil e o processamento de madeira. Durante a década de 1990, a produção industrial despencou devido à diminuição das importações, dos investimentos e da demanda pelos produtos exportados nos tradicionais parceiros comerciais da Bielorrússia. Seu principal parceiro comercial é a Rússia, seguido da União Europeia. O país se filiou à Organização Mundial do Comércio em 1993.
  A força de trabalho do país consiste de mais de quatro milhões de pessoas, dos quais as mulheres têm, por uma pequena margem de diferença, mais empregos que os homens.
  A moeda da Bielorrússia é o Rublo Bielorrusso (BYR), introduzida em maio de 1992 para substituir o Rublo Soviético. Como parte da União da União da Rússia e da Bielorrússia, ambos os Estados discutiram a adoção de uma moeda única, nos mesmos moldes do Euro, o que levou à proposta de descontinuação do Rublo Bielorrusso, em favor do Rublo Russo (RUB). O sistema bancário da Bielorrússia é composto por 30 bancos estatais e um privado.
Baranavichy - com uma população de 170.020 habitantes (estimativa 2020) é a oitava maior cidade de Belarus
POPULAÇÃO
  A etnia bielorrussa constitui 81,2% da população do país. Os outros principais grupos étnicos são os russos (11,4%), poloneses (3,9%), ucranianos (2,4%). O restante é composto por outras raças. Os dois idiomas oficiais do país são o russo e o bielorrusso, sendo que o russo é utilizado por 72% da população, enquanto que o bielorrusso é falado por 11,9%. O polonês, o ucraniano e o iídiche oriental são falados por minorias.
  Como muitos outros países europeus, a Bielorrússia possui um crescimento populacional negativo e uma taxa negativa de crescimento natural. A expectativa de vida é de 69,44 anos, e o país possui uma taxa de fertilidade de 1,5/mil.
Catedral de Santa Sofia, em Polotsk
  Historicamente, a Bielorrússia teve a predominância de diferentes religiões, principalmente o cristianismo ortodoxo e o catolicismo (especialmente nas regiões ocidentais) e diferentes denominações do protestantismo (especialmente durante o período de união com a Suécia protestante). Várias minorias praticam o judaísmo e outras religiões. Diversos bielorrussos se converteram à Igreja Ortodoxa Russa depois que a Bielorrússia foi anexada pela Rússia, após a partilha da Comunidade Polonesa-Lituana.
  A Bielorrússia já foi um dos grandes centros judaicos da Europa, chegando a compreender 10% da população. Porém, a população de judeus foi reduzida drasticamente pelas guerras, fomes, Holocausto e pela imigração subsequente; atualmente, menos de 1% da população do país segue o judaísmo.
  Os tártaros de Lipka, da religião muçulmana, totalizam mais de 15 mil adeptos. De acordo com o Artigo 16 da Constituição do país, a Bielorrússia não tem religião oficial. Embora a liberdade de religião seja estabelecida no mesmo artigo, organizações religiosas tidas como ameaçadoras ao governo, à ordem social ou ao país, podem ser proibidas.
Pinsk - com uma população de 131.744 habitantes (estimativa 2020) é a nona maior cidade de Belarus
POLÍTICA
  Politicamente, o país é marcado pelo autoritarismo de seu governo, que costuma ser comparado ao de países como Coreia do Norte ou Irã em razão das sérias restrições ao direito de greve e às frequentes violações dos direitos humanos, com intensa repressão a organizações não governamentais, jornalistas independentes, minorias étnicas e políticos da oposição.
  A Bielorrússia é uma república presidencialista, governada por um presidente e por uma assembleia nacional. De acordo com a Constituição de 1994, o presidente é eleito a cada cinco anos. No entanto, depois de uma eleição presidencial disputada em 1996, este mandato passou para sete anos. Desde 1994, Alexander Lukashenko preside o país.
  A Bielorrússia e a Rússia têm sido parceiros comerciais e aliados diplomáticos desde o fim da União Soviética. A União da Rússia e da Bielorrússia, uma confederação supranacional foi criada com uma série de tratados feitos entre 1996 e 1999, que estabeleceram uma meta de união monetária, direitos iguais, cidadania única e uma política comum de defesa e relações externas.
Orsha - com uma população de 126.274 habitantes (estimativa 2020) é a décima maior cidade de Belarus
ALGUNS DADOS SOBRE BELARUS
NOME: República da Belarus
INDEPENDÊNCIA: da União Soviética
Declarada: 27 de julho de 1990
Estabelecida: 25 de agosto de 1991
Completa: 25 de dezembro de 1991
CAPITAL: Minsk
Centro de Minsk - capital de Belarus
GENTÍLICO: americano (a), norte-americano (a), estadunidense, estado-unidense e ianque
LÍNGUA OFICIAL: bielorrusso e russo
GOVERNO: República Presidencialista
LOCALIZAÇÃO: Leste Europeu
ÁREA: 207.600 km² (84º)
POPULAÇÃO (ONU - Estimativa para 2020): 9.457.198 habitantes (93°)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 45,55 hab./km² (120°). Obs: a densidade demográfica, densidade populacional ou população relativa é a medida expressa pela relação entre a população total e a superfície de um determinado território.
CRESCIMENTO POPULACIONAL (ONU - Estimativa 2019): -0,55% (224°). Obs: o crescimento vegetativo, crescimento populacional ou crescimento natural é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade de uma  determinada população.
CIDADES MAIS POPULOSAS (Estimativa para 2020):
Minsk: 1.742.124 habitantes
Minsk - capital e maior cidade de Belarus
Gomel: 484.702 habitantes
Gomel - segunda maior cidade de Belarus
Mahilou: 371.969 habitantes
Mahilou - terceira maior cidade de Belarus
PIB (FMI - 2019): US$ 59,663 bilhões (76º). Obs: o PIB (Produto Interno Bruto), representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano).
PIB PER CAPITA (FMI 2019): US$ 5.749 (87°). Obs: o PIB per capita ou renda per capita é o Produto Interno Bruto (PIB) de um determinado lugar dividido por sua população. É o valor que cada habitante receberia se toda a renda fosse distribuída igualmente entre toda a população. 
IDH (ONU - 2019): 0,817 (50°). Obs: o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais, variando de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e PIB per capita. A classificação é feita dividindo os países em quatro grandes grupos: baixo (de 0,0 a 0,500), médio (de 0,501 a 0,800), elevado (de 0,801 a 0,900) e muito elevado (de 0,901 a 1,0).
  Muito alto
  Alto
  Médio
  Baixo
  Sem dados
Mapa do IDH
EXPECTATIVA DE VIDA (OMS - 2019): 69,44 anos (119º). Obs: a expectativa de vida refere-se ao número médio de anos para ser vivido por um grupo de pessoas nascidas no mesmo ano, se a mortalidade em cada idade se mantém constante no futuro, e é contada da maior para a menor.
TAXA DE NATALIDADE (ONU - 2019): 9,5/mil (178º). Obs: a taxa de natalidade é a porcentagem de nascimentos ocorridos em uma população em um determinado período de tempo para cada grupo de mil pessoas, e é classificada do maior para o menor.
TAXA DE MORTALIDADE (CIA World Factbook - 2019): 14,02/mil (32º). Obs: o índice de mortalidade reflete o número de mortes registradas, em média por mil habitantes, em uma determinada região em um período de tempo e é contada da maior para a menor.
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL (CIA World Factbook - 2019): 6,16/mil (51°). Obs: a taxa de mortalidade infantil refere-se ao número de crianças que morrem no primeiro ano de vida entre mil nascidas vivas em um determinado período, e é classificada do menor para o maior.
Mapa da taxa de mortalidade infantil no mundo
TAXA DE FECUNDIDADE (CIA World Factbook - estimativa para 2020): 1,5 filhos/mulher (201°). Obs: a taxa de fecundidade refere-se ao número médio de filhos que a mulher teria do início ao fim do seu período reprodutivo (15 a 49 anos), e é classificada do maior para o menor.
Mapa da taxa de fecundidade no mundo
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2019): 99,6% (19°). Obs: essa taxa refere-se a todas as pessoas com 15 anos ou mais que sabem ler e escrever.
Mapa da taxa de alfabetização no mundo
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2019): 73,4% (52°). Obs: essa taxa refere-se a porcentagem da população que mora nas cidades em relação à população total.
Mapa da taxa de urbanização no mundo
MOEDA: Rublo Bielorrusso
RELIGIÃO: cristianismo (70%, sendo 48,6% de católicos ortodoxos, 13,2% de católicos romanos, 5,7% sem filiação cristã e 2,5% de outras religiões cristãs), sem religião (24%), ateus (5%) outras religiões (1%).
DIVISÃO: Belarus está dividida em seis yoblasts (províncias), que recebem o nome das cidades que lhes servem como centros administrativos. Cada yoblast tem uma autoridade legislativa provincial, chamada de oblsovet (conselho do yoblast) eleitos pelos habitantes dos yoblasts, e uma autoridade executiva provincial, cujo líder é indicado pelo presidente. Os yoblasts são subdivididos em raions (comumente traduzidos como distritos ou regiões).
  Cada raion tem sua própria autoridade legislativa (raisovet ou conselho do raion), eleito pelos seus residentes, e uma autoridade executiva, indicada por instâncias superiores do poder executivo. A cidade de Minsk, capital do país, se divide em nove distritos e recebe um status especial, devido à sua função de capital nacional. Minsk é gerida por um comitê executivo e recebeu do governo nacional um estatuto de autonomia. Os números referem-se a cada yoblast no mapa e entre parênteses está sua capital: 1. Vitebsk (Vitebsk) 2. Goradnia (Goradnia) 3. Cidade de Minsk 4. Minsk 5. Maquiliu (Maquilov) 6. Brest (Brest) 7. Gomel (Gomel).
Mapa da divisão administrativa de Belarus

quinta-feira, 2 de abril de 2020

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA: A MAIOR POTÊNCIA DO GLOBO

  Os Estados Unidos são uma república constitucional composta por 50 estados e um Distrito Federal. A maior parte do país situa-se na região central da América do Norte, formada por 48 estados e Washington D.C., o distrito federal da capital. Banhado pelos oceanos Pacífico e Atlântico, faz fronteira com o Canadá ao norte,  e com o México ao sul. O estado do Alasca está no noroeste do continente, fazendo fronteira com o Canadá a leste e com a Rússia a oeste, através do Estreito de Bering. O estado do Havaí é um arquipélago localizado no Pacífico Central. O país também possui vários outros territórios no Caribe e no Oceano Pacífico. Com uma área de 9.371.174 km² e uma população de 331.188.390 habitantes (estimativa para 2020) é o quarto maior em área total, o quinto maior em área contígua e o terceiro em população no mundo.
  Os Estados Unidos são uma das nações mais multiculturais e etnicamente diversificadas do globo, produto da forte imigração vinda de muitos países. Sua geografia e sistemas climáticos também são extremamente diversificados, com desertos, planícies, florestas e montanhas, que abrigam uma grande variedade de espécies.
Mapa político dos Estados Unidos
HISTÓRIA
  É geralmente aceito que os primeiros habitantes da América do Norte migraram da Sibéria por meio da ponte terrestre de Bering durante a última glaciação e chegaram há pelo menos 12 mil anos atrás. No entanto, evidências crescentes sugerem uma chegada ainda mais precoce. Depois de atravessar a ponte terrestre, os primeiros nativos americanos se moveram para o sul ao longo da costa do Pacífico e por um corredor interior sem gelo.
  Por volta de 11.000 a.C., a Cultura Clóvis surgiu, e é considerada o primeiro assentamento humano do continente americano. Ao longo dos anos, mais e mais evidências apontam a ideia de culturas "pré-Clóvis", incluindo ferramentas que datam de 15.550 anos atrás. É provável que eles representem a primeira das três principais ondas de migração para a América do Norte.
  Com o tempo, as culturas indígenas na América do Norte tornaram-se cada vez mais complexas, e algumas, como a cultura mississipiana pré-colombiana no sudeste, desenvolveram uma agricultura avançada, arquitetura grandiosa e sociedades complexas. A cultura mississipiana floresceu no sul entre os anos 800 e 1600, estendendo-se da fronteira mexicana até a Flórida. Sua cidade-Estado, Cahokia, é considerada o maior e mais complexo sítio arqueológico pré-colombiano nos Estados Unidos.
Cahokira - o maior sítio arqueológico dos Estados Unidos e a maior pirâmide localizada no norte da Mesoamérica
  Na região dos Quatro Cantos, a cultura ancestral dos Anasazi se desenvolveu como o culminar de séculos de experimentação agrícola, que produziram maior dependência da agricultura. Três locais considerados Patrimônio Mundial pela UNESCO são creditados a esse povo: o Parque Nacional Mesa Verde, o Parque Histórico Nacional da Cultura Chaco e Pueblo de Taos. As obras de terraplenagem construída pelos nativos americanos da cultura de Poverty Point, no nordeste da Louisiana, também foram designadas como Patrimônio da Humanidade. Na região sul dos Grandes Lagos, a Confederação Iroquesa foi estabelecida em algum momento entre os séculos XII e XV.
Antigo palácio construído pelo povo anasazi, no Parque Nacional de Mesa Verde - Colorado
  Em 1492, o explorador Cristóvão Colombo sob o contrato da Coroa espanhola, chegou a várias ilhas do Caribe, fazendo o primeiro contato com os povos indígenas. Em 2 de abril de 1513, o conquistador espanhol Juan Ponce de León desembarcou no local que ele chamou de "La Florida" - a primeira visita europeia documentada no que viria a ser os Estados Unidos.
  Os comerciantes de peles franceses estabeleceram postos na Nova França em torno dos Grandes Lagos: a França acabou por reivindicar a maior parte do interior da América do Norte até o Golfo do México.
  O primeiro assentamento inglês bem sucedido foi a Colônia da Virgínia, em Jamestown, em 1607, e a Colônia Plymouth, dos chamados Peregrinos, em 1620. O fretamento de 1628 da Colônia da Baía de Massachusetts resultou em uma onda de migração; por volta de 1634, a Nova Inglaterra tinha sido povoada por cerca de 10.000 puritanos. Entre o final dos anos 1610 e a Revolução Americana, cerca de 50.000 prisioneiros foram enviados para as colônias americanas da Grã-Bretanha. A partir de 1614, os holandeses se estabeleceram ao longo do rio Hudson, na Colônia de Nova Amsterdã, na ilha de Manhattan. Foram esses puritanos responsáveis pela formação das Treze Colônias.
O Pacto de Mayflower estabeleceu formas democráticas de governo para a Colônia de Plymouth
  As colônias que surgiram ao norte tiveram sua economia baseada em pequenas e médias propriedades, geridas pela própria família e produzindo para o mercado interno, pois as condições geográficas, semelhantes à da Europa Ocidental, nada tinham a oferecer produtos tropicais. Formaram-se, assim, as colônias de povoamento, marcadas pela ideia dos puritanos de que eles tinham a missão de implantar, nas novas terras, uma espécie de extensão da Inglaterra.
  As colônias que surgiram ao sul tiveram uma colonização diferente, assemelhando-se bastante à colonização luso-espanhola na América, baseada na colonização mercantilista. Sua estrutura era fundamentada na grande propriedade, no trabalho escravo africano, na monocultura e na produção em larga escala para atender aos interesses da metrópole inglesa. Graças ao clima mais quente, os principais produtos cultivados nas Colônias do Sul foram o algodão e o tabaco.
Mapa das Treze Colônias
  Massachusetts destacou-se em seu pioneirismo na educação, tendo fundado a Faculdade de Harvard - atual Universidade de Harvard -, em 1636 - a primeira instituição superior nos atuais Estados Unidos e o primeiro sistema de educação pública, em 1647. Entre a década de 1650 e 1660, os britânicos gradualmente conquistaram os Novos Países Baixos, tendo anexado estas colônias neerlandesas definitivamente em 1664. Nova Amsterdã, capital e maior cidade destas colônias, foi renomeada como Nova York. Em 1672, a primeira estrada de maior importância foi fundada nos Estados Unidos, conectando Boston, capital da colônia de Massachusetts a Nova York, capital da colônia homônima. O primeiro jornal foi fundado em 1704, em Boston, sob o nome de Boston News-Letter.
Lower Manhattan, em 1664, quando fazia parte de Nova Amsterdã
  Com taxas de natalidade altas, taxas de mortalidade baixas e imigração constante, a população colonial cresceu rapidamente. O movimento cristão revivalista das décadas de 1730 e 1740, conhecido como o "Grande Despertar", incentivou o interesse na religião e na liberdade religiosa. Durante a Guerra Franco-Indígena, as forças britânicas tomaram o Canadá dos franceses, mas a população francófona permaneceu isolada política e geograficamente das Colônias do Sul.
  À exceção dos nativos americanos (popularmente conhecidos como "índios americanos"), que estavam sendo deslocados, as Treze Colônias tinham uma população de 2,6 milhões de habitantes em 1770, cerca de um terço da Grã-Bretanha, no qual, um em cada cinco norte-americanos eram escravos negros. Embora sujeitos aos impostos britânicos, os colonos americanos não tinham representação no Parlamento da Grã-Bretanha.
Primeiros colonos
  As tensões entre colonos americanos e os britânicos durante o período revolucionário dos anos 1770 e início dos anos 1780 levaram à Guerra Revolucionária Americana, travada de 1775 a 1781. Em 14 de junho de 1775, o Congresso continental, em convocação na Filadélfia, criou um Exército Continental sob o comando de George Washington. Proclamando que "todos os homens são criados iguais e dotados de certos direitos inalienáveis", em 4 de julho de 1776, o Congresso aprovou a Declaração de Independência, regida em grande parte por Thomas Jefferson. Essa data é hoje comemorada como o Dia da Independência dos Estados Unidos. Em 1777, os Artigos da Confederação estabeleceram um fraco governo confederado que operou até 1789.
Declaração da Independência, por John Trumbull
  Após a derrota britânica por forças americanas apoiadas pelos franceses, na Batalha de Yorktown, a Grã-Bretanha reconheceu a independência dos Estados Unidos e a soberania dos estados sobre o território americano a oeste do rio Mississipi. Uma convenção constitucional foi organizada em 1787 por aqueles que desejavam estabelecer um governo nacional forte, com poderes de tributação. A Constituição dos Estados Unidos foi ratificada em 1788. Em 1789 tomaram posse o primeiro Senado e o primeiro presidente, George Washington, da Nova República. Em 1791, foi adotada a Bill of Rights (Declaração dos Direitos dos Cidadãos), que proíbe restrições federais das liberdades pessoais e garante uma série de proteções legais.
Dallas-Forth Worth - com uma população de 7.273.373 habitantes (estimativa 2020) é a quarta maior aglomeração dos EUA e a terceira cidade mais populosa do estado do Texas
  As atitudes em relação à escravidão foram sendo alteradas; uma cláusula na Constituição protegia o comércio de escravos africanos apenas até 1808. Os estados do Norte aboliram a escravidão entre 1780 e 1804, deixando os estados escravistas do Sul como defensores dessa instituição peculiar. O Segundo Grande Despertar, iniciado por volta de 1800, fez do evangelicalismo uma força por detrás de vários movimentos de reforma social, entre os quais o abolicionismo.
  A ânsia americana da expansão para o oeste levou a uma longa série de Guerras Indígenas e ao genocídio dos indígenas. A compra da Louisiana, o território francês a sul, sob a presidência de Thomas Jefferson, em 1803, quase duplicou o tamanho da nação.
Expansão territorial dos Estados Unidos entre 1810 e 1920
  A Guerra de 1812, travada contra a Grã-Bretanha, acabou num empate, reforçando o nacionalismo americano. Uma série de incursões militares americanas na Flórida levaram a Espanha a ceder esse e outros territórios na Costa do Golfo do México em 1819. A Trilha das Lágrimas, em 1830, exemplificou a política de remoção dos índios, que retirava os povos indígenas de suas terras nativas. Os Estados Unidos anexaram a República do Texas, em 1845. O conceito de "Destino Manifesto" foi popularizado durante essa época.
  O Tratado de Oregon, assinado com a Grã-Bretanha em 1846, levou ao controle norte-americano do atual Noroeste dos Estados Unidos. A vitória americana na Guerra Mexicano-Americana resultou na Cessão da Califórnia e de grande parte do atual Sudoeste dos Estados Unidos, em 1848.
Progresso Americano, uma representação alegórica do Destino Manifesto
  A corrida do ouro na Califórnia de 1848-1949, estimulou a migração ocidental. As ferrovias construídas, tornaram a deslocalização mais fácil para os colonos e provocaram o aumento dos conflitos com os nativos americanos. Depois de meio século, até 40 milhões de bisões-americanos foram abatidos para peles e carne e para facilitar a disseminação do transporte ferroviário. A perda do bisão-americano, um recurso fundamental para os Índios das Planícies, constituiu um duro golpe para a sobrevivência de muitas culturas nativas. A compra do Alasca do Império Russo, em 1867, completou a expansão continental do país.
Houston - com uma população de 6.741.821 habitantes (estimativas 2020) é a quinta maior aglomeração urbana dos Estados Unidos e a cidade mais populosa do estado do Texas
  As tensões entre os estados escravistas tiveram origem em discussões sobre a relação entre os governos estadual e federal e em conflitos violentos acerca da propagação da escravidão em novos estados. Abraham Lincoln, candidato do Partido Republicano, em grande parte abolicionista, foi eleito presidente em 1860. Antes da sua posse, sete estados escravistas declararam sua secessão, o que o governo federal sempre considerou ilegal, e formaram os Estados Confederados da América.
  Com o ataque confederado em Fort Sumter, a Guerra de Secessão começou, e mais quatro estados escravistas aderiram à Confederação. A Proclamação da Emancipação de Lincoln, em 1863, declarou livre os escravos da Confederação. Após a vitória da União, em 1865, três emendas à Constituição americana garantiam a liberdade para cerca de quatro milhões de afro-americanos que tinham sido escravos, fazendo-lhes cidadãos e dando-lhes o direito ao voto. A guerra e a sua resolução levaram a um aumento substancial do poder federal.
Bandeira Confederada tremulando no Fort Sumter
  Após a guerra, o assassinato de Lincoln radicalizou as políticas republicanas da Reconstrução na reinserção e reconstrução dos estados do Sul, assegurando os direitos dos escravos recém-libertos. A resolução da disputada eleição presidencial de 1876 pelo compromisso de 1877 terminou com a Era da Reconstrução; as Leis de Jim Crow iniciaram um período de perseguição aos afro-americanos.
  No Norte, a urbanização e um afluxo de imigrantes sem precedentes da Europa Meridional e Oriental apressou a industrialização do país. A onda de imigração, que durou até 1929, proveu trabalho e transformou a cultura americana. O desenvolvimento da infraestrutura nacional estimulou o crescimento econômico.
  O Massacre de Wounded Knee, em 1890, foi o último grande conflito armado das Guerras Indígenas. Em 1893, a monarquia indígena do Reino do Havaí, no Pacífico, foi derrubada em um golpe de Estado liderado por residentes norte-americanos; os Estados Unidos anexaram o arquipélago em 1898. A vitória no mesmo ano da Guerra Hispano-Americana demonstrou que os Estados Unidos eram uma grande potência mundial e levou à anexação de Porto Rico, Guam e as Filipinas. As Filipinas conquistaram a independência meio século depois; Porto Rico e Guam permanecem como territórios americanos.
Imigrantes chegam à Ellis Island, Porto de Nova York, em 1902
  Durante os primeiros anos da Primeira Guerra Mundial, que eclodiu em 1914, os Estados Unidos mantiveram-se neutros. Apesar da maioria dos americanos simpatizarem com os britânicos e com os franceses, muitos eram contra uma intervenção. Em 1917, os Estados Unidos se juntaram aos países da Tríplice Aliança, ajudando a vencer as Potências Centrais (Tríplice Entente). Após a guerra, o Senado não ratificou o Tratado de Versalhes, que estabelecia a Liga das Nações. O país seguiu uma política de unilateralismo.
  Em 1920, o movimento pelos direitos das mulheres conseguiu a aprovação de uma emenda constitucional que concedia o sufrágio feminino. A prosperidade dos Roaring Twenties ("anos 20 florescentes, alegres, ruidosos ou vívidos") terminou com a quebra da Bolsa de Valores Nova York em 1929, que desencadeou a Grande Depressão.
Uma multidão à porta da Bolsa de Nova York, no dia 24 de outubro de 1929 (Quinta-Feira Negra)
  Após sua eleição como presidente, em 1932, Franklin Delano Roosevelt respondeu à crise social e econômica com o New Deal ("novo acordo"), uma série de políticas de crescente intervenção governamental na economia. O Dust Bowl (fenômeno climático de tempestade de areia que ocorreu na década de 1930 e durou quase 10 anos), empobreceu muitas comunidades agrícolas e estimulou uma nova onda de imigração ocidental.
Agricultor com os dois filhos durante uma tempestade de areia, no condado de Cimarron, Oklahoma, em 1936
  Os Estados Unidos, neutros durante as fases iniciais da Segunda Guerra Mundial, iniciada com a invasão da Polônia pela Alemanha Nazista em setembro de 1939, começaram a fornecer material para os Aliados em março de 1941 através do programa Lend-Lease Act ("Lei de Empréstimo e Arrendamento"). Em 7 de dezembro de 1941, o Império do Japão lançou um ataque surpresa à base naval de Pearl Harbor, no Havaí, o que levou os Estados Unidos a se juntar aos Aliados contra as potências do Eixo e ao internamento compulsivo de milhares de americanos de origem japonesa. A participação na guerra estimulou o investimento de capital e a capacidade industrial do país. Entre os principais combatentes, os Estados Unidos foram o único país a se tornar muito mais rico, ao contrário dos restantes aliados, que empobreceram por causa da guerra.
Dezenas de navios e aviões americanos foram destruídos em 7 de dezembro de 1941, no ataque japonês de Pearl Harbor, Havaí
  As conferências dos Aliados em Bretton Woods e Yalta delinearam um novo sistema de organizações internacionais que colocou os Estados Unidos e a União Soviética no centro da política geoestratégica mundial. Como a vitória foi conquistada na Europa, uma conferência internacional realizada em 1945 em São Francisco, produziu a Carta das Nações Unidas, que se tornou ativa depois da guerra. Tendo desenvolvido as primeiras armas nucleares, os Estados Unidos, usaram-as sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagazaki, em agosto de 1945. O Japão se rendeu em 2 de setembro do mesmo ano, marcando o fim da guerra.
Soldados da 1ª Divisão de Infantaria do Exército dos Estados Unidos desembarcam na Normandia, França, em 1944
Guerra Fria
  Os Estados Unidos e a União Soviética disputaram a supremacia mundial após a Segunda Guerra Mundial, durante o período chamado de Guerra Fria, cujos principais atores a nível militar na Europa foram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e o Pacto de Varsóvia. Os Estados Unidos promoviam a democracia liberal e o capitalismo, enquanto a União Soviética promovia o comunismo e uma democracia planificada. Ambos apoiavam ditaduras e estavam envolvidos em guerras por procuração. As tropas americanas combateram as forças comunistas chinesas na Guerra da Coreia de 1950 a 1953. O Comitê de Atividades Antiamericanas seguiu uma série de investigações sobre suspeitas de subversões de esquerda, enquanto o senador Joseph McCarthy tornou-se a figura emblemática do sentimento anticomunista.
  O lançamento soviético de 1961 do primeiro voo tripulado fez com que o presidente John F. Kennedy promovesse a ida do primeiro homem a aterrizar o solo da Lua, fato este realizado em 1969. Kennedy também enfrentou uma tensa crise motivado pela presença de forças soviéticas em Cuba, que por pouco não provocou um confronto nuclear. Entretanto, os Estados Unidos experimentaram uma expansão econômica sustentada. Ao mesmo tempo, cresceu o movimento dos direitos civis, simbolizado e liderado por afro-americanos, como Rosa Parks e Martin Luther King Jr., usando a não violência para enfrentar a segregação e a discriminação.
Marcha sobre Washington, em 1963, que levou 250 mil pessoas ao National Mall e tornou-se famosa pelo discurso "Have a Dream", proferido por Martin Luther King
  Após o assassinato de Kennedy, em 1963, as leis de direitos civis (1964) e direito ao voto (1965) foram sancionadas pelo presidente Lyndon B. Johnson. Johnson e seu sucessor, Richard Nixon, expandiram uma guerra por procuração no sudeste da Ásia para a mal sucedida Guerra do Vietnã. Um amplo movimento de contracultura cresceu, alimentado pela oposição à guerra, o nacionalismo negro e a revolução sexual. Betty Friedman, Gloria Steinem e outros levaram uma nova onda de feminismo que buscava igualdade política, social e econômica das mulheres.
  Como consequência do escândalo de Watergate, em 1974, Nixon se tornou o primeiro presidente americano a renunciar, para evitar sofrer um impeachment, sob as acusações de obstrução da justiça e abuso de poder, sendo sucedido pelo vice-presidente Gerald Ford. A administração de Jimmy Carter, na década de 1970, foi marcada pela estagnação da economia e a crise dos reféns do Irã. A eleição de Ronald Reagan como presidente em 1980, anunciou uma virada à direita na política norte-americana, refletida em grandes mudanças na tributação e nas propriedades dos gastos. Seu segundo mandato foi marcado pelo escândalo Irã-Contras e pelo significativo progresso diplomático com a União Soviética. O posterior colapso soviético pôs fim à Guerra Fria.
  Sob a liderança de George H. W. Bush, os Estados Unidos assumiram um papel de liderança na ONU, sancionando a Guerra do Golfo. A maior expansão econômica da história moderna americana ocorreu de março de 1991 a março de 2001, abrangendo a administração de Bill Clinton e a "Bolha da Internet". Uma ação judicial civil e um escândalo sexual levaram ao impeachment de Clinton em 1998, mas ele permaneceu no cargo.
Filadélfia - com uma população de 6.454.088 habitantes (estimativa 2020) é a sexta maior aglomeração urbana dos EUA e a cidade mais populosa do estado da Pensilvânia
  A eleição presidencial de 2000, uma das mais acirradas e controversas da história dos Estados Unidos, que chegou a envolver suspeitas de fraude e outras dúvidas na contagem de votos, foi resolvida por uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, que declarou George W. Bush, filho de George H. W. Bush, presidente.
  Na manhã de 11 de setembro de 2001, terroristas da organização fundamentalista islâmica Al-Qaeda atacaram o complexo do World Trade Center, em Nova York, e o prédio do Pentágono, nos arredores de Washington D.C., causando a morte de cerca de 3 mil pessoas. Em resposta aos atentados, o governo Bush lançou a chamada Guerra ao Terror e, no final de 2001, forças norte-americanas lideraram uma invasão ao Afeganistão, removendo o governo Taliban e acabando com campos de treinamentos da Al-Qaeda. Insurgentes do Taliban continuam a travar uma guerra de guerrilha no país. Em 2002, a administração Bush começou a pressionar uma mudança de regime no Iraque por motivos controversos. Sem o apoio da Otan e da ONU para uma intervenção militar, o governo Bush organizou e liderou uma coalizão de forças militares para invadir preventivamente o Iraque em 2003, removendo o ditador Saddam Hussein do poder.
O World Trade Center, em Nova York, atingido durante os ataques de 11 de setembro de 2001
  Em 2005, o furacão Katrina causou profundos danos ao longo da costa do Golfo do México, devastando a cidade de Nova Orleans, na Louisiana. Em 2008, em meio a uma recessão econômica global, o primeiro presidente afro-americano, Barack Obama, foi eleito. Dois anos depois, grandes reformas nos sistemas de saúde e financeiro do país foram decretadas.
  Em 2011, uma ataque de SEALs da marinha norte-americana matou o líder da rede Al-Qaeda, Osama bin Laden, na cidade de Abbottabad, no Paquistão. A Guerra do Iraque acabou oficialmente com a retirada das tropas norte-americanas restantes no país em dezembro de 2011.
Cidade de Nova Orleans inundada em decorrência da passagem do furacão Katrina, em 28 de agosto de 2005
  No 11º aniversário dos ataques de 11 de setembro e menos de um ano após os Estados Unidos colaborarem com a queda do ditador líbio Muammar Gaddafi, duas instalações norte-americanas foram atacadas na Líbia, o que resultou na primeira morte de um embaixador estadunidense desde 1979. Em outubro de 2012, o furacão Sandy causou vasta destruição no litoral das regiões Nordeste e do Médio Atlântico dos Estados Unidos. Em abril de 2013, um ataque terrorista aconteceu durante a Maratona de Boston; foi o primeiro ataque terrorista reconhecido no país desde o 11 de setembro de 2001.
  Os Estados Unidos também viu o ressurgimento das tensões com a Rússia devido a intervenção desta na Geórgia e na Ucrânia. Os americanos e seus aliados na Europa impuseram sanções contra o governo russo, ameaçando uma nova Guerra Fria.
  Em 2016, Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos. Apesar de ter vencido no colégio eleitoral, Trump não conquistou a maioria dos votos, fazendo dele o quinto presidente a ser eleito mesmo tendo perdido no voto popular. Protestos contra o presidente, irromperam por várias cidades do país. Apesar disso, ele foi formalmente empossado para o cargo em janeiro de 2017, prometendo uma presidência mais voltada para assuntos domésticos.
Barack Obama - foi o primeiro presidente afro-americano dos Estados Unidos
GEOGRAFIA
  O território estadunidense é constituído por 50 unidades federativas e um Distrito Federal, onde se encontra a capital do país, Washington. Dois estados não se encontram em terras contínuas: o Alasca, que é uma península, no noroeste da América do Norte, e o Havaí, uma ilha localizada no Oceano Pacífico.
  A geografia dos Estados Unidos é extremamente diversificada, em parte, por causa da grande extensão territorial do país. Compreende grande parte da América do Norte, limitando ao norte com o Canadá, a leste com o Oceano Atlântico, ao sul com o Golfo do México e com o México, e a oeste com o Oceano Pacífico.
  O país possui uma dimensão de extensão continental. Com uma área de 9.371.174 km² (incluindo o Alasca e o Havaí), o país é o quarto mais extenso do mundo. Porém, se contar só a área contínua, sua dimensão é de 7.824.535 km² sendo o quinto mais extenso.
Mapa físico dos Estados Unidos
Geologia
  Do ponto de vista geológico e geomorfológico, o território norte-americano - isto é, sem contar o Alasca e o Havaí -, pode ser dividido em quatro grandes unidades geológicas: a leste, o relevo apresenta planaltos desgastados, como os Montes Apalaches; a oeste, estão as cordilheiras resultantes de dobramentos modernos, como as Montanhas Rochosas; no centro, encontram-se as Planícies Centrais; e no litoral do Atlântico, localiza-se a Planície Costeira, formada por terrenos sedimentares.
A falha de Santo André
  A Falha de Santo André é uma falha geológica tangencial que se prolonga por cerca de 1.290 km. Marca um limite transformante, encontro de placas tectônicas que se transformam.
  A Falha de Santo André, que atravessa de norte a sul os estados da Califórnia, nos Estados Unidos e da Baixa Califórnia, no México, é a ruptura mais instável e perigosa do subcontinente. Causa de terremotos devastadores, resultado da fricção entre as placas Norte-americana e do Pacífico, Santo André é uma falha de abertura horizontal, típica do limite transformante entre placas tectônicas.
  As bordas de uma falha não costumam formar linhas nem ângulos retos, já que mudam de direção ao longo da superfície e tem um ângulo de inclinação vertical chamado mergulhante.
  Por outro lado, os tipos de falhas tectônicas dependem de como foram produzidas e do deslocamento relativo das placas. Quando forças tectônicas comprimem a casca horizontalmente, uma ruptura fará com que uma porção do território se levante por cima da outra borda. A distância em que se movimentam as bordas opostas da falha, uma em relação à outra, ao longo de sua história, é de 566 quilômetros.
  Uma distensão, ao contrário, fará com que uma das bordas da falha desça pela inclinação de mergulho e fique sob a outra borda.
Figura que mostra os tipos de falhas geológicas
  A falha normal é gerada pela tensão horizontal. O movimento é predominantemente vertical em relação ao plano da falha, o qual tem um ângulo de 60º em relação ao horizontal. Produz-se quando o bloco do teto se desloca para baixo em relação ao bloco do muro.
  A falha inversa é produzida quando uma força horizontal comprime o terreno. A fratura fará com que o teto deslize, colocando-se por cima do muro.
  A quebra horizontal é produzida quando o movimento das placas se dá ao longo da superfície terrestre de forma paralela, na direção da fratura e não do mergulho. Essas falhas não estão formadas por apenas uma fratura, mas por um sistema de falhas menores, oblíquas ao eixo central e mais ou menos paralelas.
Mapa mostrando o movimento das placas tectônicas na Califórnia
  O movimento da Placa do Pacífico, sentido noroeste, e da Placa Norte-americana, sentido sudeste, dobra e produz fissuras em toda a região.
  A falha corrente gera, por atrito e rachaduras, falhas transversais, e ao mesmo tempo as modifica com seu deslocamento. Em ambas bordas da falha de Santo André canais que foram transformados, apresentando relevos de três formas características: o canal com deslocamento tectônico e desviado e o de aproximação oblíqua.
  A Falha de Santo André, de deslocamento horizontal, forma um limite de falha transformante entre duas placas: a do Pacífico e a Norte-americana. Tem complexas ramificações, com uma extensão total de 1.300 km. É uma coluna vertebral de um conjunto de falhas. Através dos estudos realizados nessa região, comprovou-se que as bordas das placas estão em contato permanente e quando a rocha sólida não pode suportar a tensão, rompe-se e acontece um terremoto. O que se registrou em 1906 destruiu a cidade de São Francisco e foi considerado o pior desastre natural da história da região.
Imagem da Nasa mostrando a Falha de Santo André
  Há aproximadamente 30 milhões de anos, a Península da Califórnia encontrava-se a oeste da costa mexicana. Dentro de 30 milhões de anos é possível que seja uma ilha situada à frente da costa do Canadá.
  Existe a crença popular de que um grande abalo sísmico poderá dividir o estado da Califórnia em dois. Nesta crença, uma parte do estado "se desprenderia" do continente e formaria uma ilha. Tal evento é cientificamente possível, e poderia ocorrer naturalmente. Um sismo em grande escala aceleraria esse processo.
São Francisco em 1906 após o grande sismo
Relevo
  Os Estados Unidos dispõem de três grandes faixas de relevo do leste para o oeste e são classicamente divididos segundo a Divisória Continental da América do Norte.
  Na costa oeste dos Estados Unidos, na área banhada pelo Oceano Pacífico, predomina uma formação rochosa jovem, estendendo-se desde o Alasca até o sul do território norte-americano. No país, essa formação rochosa recebe o nome de Montanhas Rochosas. Apresenta uma elevada altitude e acentuadas declividades. Na costa noroeste do Alasca dominam as Montanhas Costeiras, que é o ponto de ligação do vale central da Califórnia com o mar. O ponto mais elevado do país é o Monte McKinley (também conhecido como Monte Denali), no Alasca, com uma altitude de 6.168 metros. Fora do Alasca, o ponto mais elevado é o Monte Whitney, na Califórnia, com uma altitude de 4.418 metros.
Monte McKinley - ponto mais elevado dos Estados Unidos
  Na costa leste, na área banhada pelo Oceano Atlântico, apresenta os planaltos antigos e desgastados pelos agentes erosivos, com destaque para os Montes Apalaches.
  Os Montes Apalaches são uma cordilheira que se estende por quase 3.200 quilômetros, indo da Terra Nova e Labrador, no Canadá, até o estado de Alabama, nos Estados Unidos. Compõem a barreira natural entre a planície costeira oriental e as planícies interiores da América do Norte. Estão divididas em três grandes regiões fisiográficas: Setentrional, Central e Meridional. O ponto mais elevado dessa forma de relevo é o Monte Mitchell, com 2.037 metros.
Monte Mitchell
  Na porção central, encontram-se grandes planícies e depressões, com destaque para a Planície Central, também chamada de Grandes Planícies.
  As Grandes Planícies compreendem uma larga faixa de pradarias, que se estende a leste das Montanhas Rochosas, nos Estados Unidos e no Canadá. Ocupam a totalidade ou regiões dos estados do Novo México, Texas, Oklahoma, Colorado, Kansas, Nebraska, Wyoming, Montana, Dakota do Sul e Dakota do Norte, nos Estados Unidos, e as províncias de Saskatchewan e Alberta, no Canadá, onde recebem o nome de Pradarias Canadenses.
  Essa região encontra-se bastante devastada em seu ecossistema natural, sendo os dois maiores agentes responsáveis: a desenfreada expansão urbana, com o avanço dos subúrbios sobre os campos; e os cultivos de soja, milho e outros grãos.
  Apesar do relevo ser constituído por planícies e depressões, há também áreas de altitude elevada, como o Monte Black Hills, no estado de Dakota do Sul, que possui uma altitude de 2.027 metros.
Black Hills
Hidrografia
  A hidrografia dos Estados Unidos é bastante farta, sendo composta por baías, canais, estreitos, lagos, mares e rios. Das quatro vertentes existentes no continente americano, o país possui rios que deságuam em três vertentes (do Pacífico, Golfo do México e Atlântico).
  Os principais rios dos Estados Unidos são: São Lourenço, Mississipi-Missouri, Grande, Colorado, Colúmbia-Snake, Yukon, entre outros. Há uma grande quantidade de lagos no país, com destaque para os Grandes Lagos.
Mapa da hidrografia dos Estados Unidos
  O principal sistema hidrográfico do país, formado pelos rios Mississipi-Missouri e o terceiro sistema fluvial do mundo, percorre o centro dos Estados Unidos de norte a sul. Esse sistema é muito importante para o transporte de mercadorias no país. Devido percorrer grande parte de área de planície, esse sistema hidroviário tem poucas quedas d'água. Por essa razão é navegável em quase toda a sua superfície. O rio Mississipi possui uma extensão de 6.270 quilômetros, sendo o terceiro mais extenso do mundo, perdendo apenas para o Nilo (7.088 km) e o Amazonas (6.992 km).
  O rio Mississipi nasce no lago Itasca, a 455 metros acima do nível do mar, no Parque Nacional Itasca, no estado de Minnesota. Dentre os seus afluentes estão os rios Missouri (principal e mais longo afluente do Mississipi), Illinois, Ohio, Arkansas e Atchafalaya. A bacia dos rios Mississípi-Missouri drena a maior parte da área entre as Montanhas Rochosas e os Montes Apalaches. Corta e margeia dez estados americanos: Minnesota, Wisconsin, Iowa, Illinois, Missouri, Kentucky, Arkansas, Tennessee, Mississipi e Louisiana, antes de desaguar no Golfo do México.
Rio Mississipi em Nova Orleans, na Louisiana
  O rio Yukon é o segundo maior rio que corta o território dos Estados Unidos. Nasce na província canadense da Colúmbia Britânica e percorre a sua maior parte o estado do Alasca, percorrendo uma área de 3.190 quilômetros e desaguando no Estreito de Bering, no Oceano Pacífico.
Rio Yukon, no estado do Alasca
  O rio Grande é o terceiro maior rio que corta o território dos Estados Unidos. Nasce nas montanhas San Juan, no estado do Colorado, e percorre uma área de 3.034 quilômetros. Nos Estados Unidos, banha os estados do Colorado e do Texas, e no México o estado do Novo México, desaguando no Golfo do México. Esse rio é muito utilizado por imigrantes que, com a ajuda dos coiotes, passam ilegalmente do território mexicano para o território norte-americano.
Rio Grande, na fronteira entre os Estados Unidos e o México
  Outro importante rio norte-americano é o rio Colorado. Ele nasce nas Montanhas Rochosas e possui uma extensão de 2.320 quilômetros desaguando no Golfo da Califórnia, no Oceano Pacífico. Cerca de 80 quilômetros antes da foz, forma um pequeno trecho de fronteira Estados Unidos-México. Em seu curso alto e médio, o rio segue por um terreno acidentado, atravessando vários cânions, com destaque para o Grand Canyon.
  O rio Colorado tem como principais afluentes, os rios: Kanab, Paria, Escalante, San Rafael, Pequeno Colorado, San Juan e Dolores. No seu curso inferior, nos estados do Arizona e da Califórnia, percorre a depressão de Salton, região desértica que se prolonga por 275 km até a foz.
Rio Colorado na Horseshoe Bend (Grande Ferradura), no estado do Arizona
  Os Grandes Lagos são um conjunto de cinco lagos situados entre o Canadá e os Estados Unidos. Formado pelos lagos Superior, Michigan, Huron, Erie e Ontário, os Grandes Lagos são o maior grupo de lagos de água doce do mundo, e a bacia dos Grandes Lagos e do rio São Lourenço é uma dos maiores reservatórios de água doce do planeta. A área total dos Grandes Lagos é de 245.400 km², sendo que o Lago Superior é o maior deles, com uma área de 82.700 km². O volume de água dos Grandes Lagos é de 22.594 km³.
  A região dos Grandes Lagos-São Lourenço, é uma zona densamente povoada, abrigando grandes e importantes cidades, como Toronto, Montreal e Quebec (Canadá), e Chicago, Milwaukee, Rochester e Buffalo, nos Estados Unidos.
Imagem de satélite dos Grandes Lagos
Clima
  O clima dos Estados Unidos é bastante diversificado graças à sua grande extensão territorial e à diversidade de formas de relevo.
  O clima polar aparece no estado do Alasca. Esse clima é frio durante o ano inteiro. Apresenta invernos longos e frios, com as noites mais longas que os dias. No extremo norte nessa estação, ocorre a chamada noite polar, ou seja, durante alguns dias o Sol não aparece no horizonte. Os verões são amenos e curtos, com dias muito longos e, em alguns dias no extremo norte ocorre o chamado sol da meia-noite, ou seja, o Sol não se põe no horizonte. É comum durante à noite em algumas partes do Alasca ocorrer o fenômeno da aurora boreal, ou seja, fenômeno óptico decorrente do impacto de partículas de vento solar com a alta atmosfera da Terra, canalizadas pelo campo magnético terrestre.
Aurora boreal no Alasca
  O clima continental úmido aparece basicamente a leste do rio Mississipi e em alguns pontos do oeste das Montanhas Rochosas. Esse clima é caracterizado por grandes diferenças sazonais de temperatura, com verões alternando entre dias quentes e frescos (e geralmente úmidos), e invernos frios.
  O clima árido aparece nas zonas centrais dos Estados Unidos e em muitas depressões das Montanhas Rochosas. Apresenta baixo índice pluviométrico, elevadas temperaturas anuais, grande amplitude térmica diária e baixa umidade relativa do ar.
  O clima marítimo da costa oeste tem pouca representação e limita-se a uma estreita faixa da costa do Pacífico (desde o norte da Califórnia até a fronteira com o Canadá, e na costa do Alasca). Apresenta invernos frios (em relação à latitude) e verões frescos, mas não frios, com uma faixa de temperatura anual relativamente estreita e poucos extremos de temperaturas.
  O clima mediterrâneo aparece numa faixa muito estreita da costa oeste.  É caracterizado por invernos chuvosos e verões secos.
  O clima subtropical úmido aparece em todo o sudeste dos Estados Unidos, desde a metade sul da costa leste até próximo à fronteira com o México (por boa parte do Golfo do México e penetrando em direção ao interior pelo sul das Planícies Centrais). Apresenta grande amplitude térmica anual e chuvas bem distribuídas durante o ano.
  O clima subtropical seco aparece nos vales do sul das Montanhas Rochosas. Apresenta um inverno chuvoso e frio e um verão seco e quente.
Mapa climático dos Estados Unidos
Vegetação
  Devido à grande dimensão territorial e à diversidade de formas de relevo, os Estados Unidos dispõe de uma grande diversidade de tipos de vegetação.
  No Alasca, principalmente no norte, vai aparecer a tundra, vegetação rasteira que aparece durante o curto verão polar em solo de permafrost; no centro e sul do Alasca surge a taiga (também chamada de vegetação de coníferas ou floresta boreal), composto por plantas do tipo aciculifoliadas. Essa floresta também aparece dos Montes Apalaches até a região dos Grandes Lagos e nas Montanhas Rochosas.
  Na costa leste, bem como nos estados de Washington e de Oregon, aparece as florestas temperadas. A característica mais marcante dessa formação vegetal, adaptada a um ambiente com as quatro estações bem definidas, é a existência de plantas do tipo decídua ou caducifólia (plantas que perdem suas folhas numa certa estação do ano), como carvalhos, bordos, faias, nogueiras, entre outras. No estado da Flórida, há uma grande quantidade de pântanos.
Floresta temperada no Monte Hood, no estado de Oregon
  Perto da fronteira com o México, no centro-sul, no sul das Montanhas Rochosas e nas depressões do oeste, aparece a vegetação desértica. Este tipo de vegetação é composto, principalmente, por plantas xerófilas, adaptadas aos baixos índices pluviométricos e à baixa umidade.
  Na região das Planícies Centrais aparece as estepes, mais conhecida como pradarias, uma vegetação rasteira composta basicamente por gramíneas e ervas, sendo bastante utilizada como pastagens naturais para animais de pastoreio.
  Numa pequena faixa litorânea do estado da Califórnia, aparece a vegetação mediterrânea, composta por bosques e arbustos de pequeno porte, como a azinheira, o sobreiro, a oliveira-brava, os pinheiros, o cedro e o cipreste.
Mapa da vegetação dos Estados Unidos
ECONOMIA
  Os Estados Unidos mantêm a maior economia do mundo, segundo diversos indicadores econômicos e de produção de bens industriais e agropecuários. O país pertence ao G-7 (grupo dos sete países mais ricos e industrializados do mundo). Além de ser sede de diversas transnacionais, é líder de investimentos em bolsas de valores, e sua moeda, o dólar, é adotada como padrão em transações financeiras internacionais. As exportações dos Estados Unidos em 2019 chegou a quase 2 trilhões de dólares. O país é o maior exportador de produtos agrícolas do mundo, responsável por aproximadamente 10% da economia global.
  Canadá, México, China e Japão são os principais compradores, e os principais produtos exportados são: gêneros agrícolas (soja, milho e frutas), bens de capital (aeronaves, autopeças, computadores e equipamentos de telecomunicações) e bens de consumo (automóveis e medicamentos).
Washington D.C. - com uma população de 6.338.979 habitantes (estimativa 2020) é a capital e sétima maior aglomeração urbana dos Estados Unidos
  No entanto, suas importações superam as exportações, atingindo quase 2,5 trilhões de dólares em 2019. Os parceiros que mais importam para os Estados Unidos são China, México, Canadá, Japão e Alemanha, especialmente no que se refere a produtos agrícolas, bens de capital (computadores e autopeças) e bens de consumo (automóveis, roupas, medicamentos e brinquedos).
  Com base nesses dados, nota-se a relevância da China para as relações comerciais com os Estados Unidos, bem como seu poder na concorrência na economia global. Nos últimos anos houve um acirramento da disputa comercial entre os dois países, especialmente no governo de Donald Trump, o que vem resultando numa série de negociações.
Dólar - moeda oficial dos Estados Unidos e a mais utilizada no mundo
Relações comerciais com o Brasil
  Se por um lado o Brasil não aparece como um dos principais exportadores e importadores comerciais dos norte-americanos, por outro, nosso país é um dos principais parceiros: cerca de 12,5% das exportações brasileiras vão para os Estados Unidos e mais de 16% das importações vem de lá.
  Alguns produtos essenciais para ambos os países são o algodão, o carvão mineral, o alumínio e o aço. O Brasil é um grande comprador do carvão mineral norte-americano, e os Estados Unidos são um dos mais importantes clientes do aço e alumínio brasileiros.
Miami - com uma população de 6.243.199 habitantes (estimativa para 2020) é a oitava maior aglomeração urbana dos Estados Unidos e a segunda maior cidade do estado da Flórida
Recursos minerais e energéticos
  Em virtude da complexa formação geológica do território estadunidense, seu subsolo abriga uma grande variedade de recursos minerais e energéticos, como petróleo, carvão mineral, ferro, urânio, alumínio, cobre e gás natural. As grandes reservas de carvão mineral existentes nos Montes Apalaches e na região dos Grandes Lagos, associada à disponibilidade de capitais, possibilitou o desenvolvimento de uma grande e diversificada quantidade de indústrias. O país emprega modernas técnicas para extração dos minerais, e as leis ambientais controlam a produção das empresas por meio de fiscalização rigorosa e aplicação de multas aos infratores de leis ambientais.
  Os Estados Unidos produzem cerca de 80% da energia que consomem. A principal fonte de recursos energéticos são os combustíveis fósseis, em especial o petróleo, cujo principal local de extração é o estado do Texas.
  Em 2015, os Estados Unidos tornaram-se o maior produtor de petróleo do mundo, ultrapassando grandes produtores mundiais, como a Rússia e a Arábia Saudita. A exploração do óleo de xisto levou o país a diminuir a importação de petróleo, reduzindo significativamente sua dependência do mercado mundial, dominado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), formada majoritariamente por países do Oriente Médio, que exercem grande influência sobre o preço do barril. Os Estados Unidos estão em busca da autossuficiência energética.
Mapa com os principais recursos minerais dos Estados Unidos
  Também em 2015, a China tomou o lugar dos Estados Unidos como o maior importador de petróleo. Essa nova realidade impactou significativamente o cenário político global. Com a redução da dependência estadunidense em relação ao petróleo do Oriente Médio, houve a diminuição do peso dessa região em seus interesses estratégicos, enquanto a China passou a depender cada vez mais do petróleo produzido no Oriente Médio e na África.
  Recentemente, o país começou a exploração do gás de xisto. Embora a extração do gás de xisto seja difícil e cara, o avanço da tecnologia nos últimos anos possibilitou aos Estados Unidos a exploração desse recurso, dando início a uma revolução energética que alterou o cenário econômico do país. Por meio da extração do gás de xisto também é possível obter o óleo de xisto, semelhante ao petróleo, que se concentra nas rochas.
Alguns dados sobre a exploração de gás de xisto
  A tecnologia que permite a extração do gás de xisto, tornando-o economicamente viável, é conhecida como fraturamento (fracking) de placas de xisto. Essas placas se situam no subsolo, a cerca de mil metros de profundidade. O óleo é encontrado entre as rochas, mas, em geral, é produzido por meio do aquecimento do xisto.
  Devido ao alto consumo de combustíveis fósseis, os Estados Unidos estão entre os maiores poluidores do mundo, ficando somente atrás da China. O país é responsável por quase 13% da emissão de COշ no mundo. O Canadá, país vizinho, também classificado entre os mais desenvolvidos, responde por 1,8% das emissões mundiais.
  Apesar dos números elevadíssimos, os Estados Unidos possuíam um plano de produção de energia limpa, iniciado pelo então presidente Barack Obama. Esse plano, porém, foi revogado pelo atual presidente Donald Trump.
Atlanta - com uma população de 5.915.070 habitantes (estimativa para 2020) é a nona maior aglomeração urbana dos Estados Unidos e a cidade mais populosa do estado da Geórgia
Agropecuária
  A produção agropecuária nos Estados Unidos é bastante diversificada. A agricultura se destaca como uma das mais desenvolvidas do mundo, empregando técnicas modernas, como a seleção de sementes, o uso intensivo de fertilizantes para corrigir os solos e de agrotóxicos para combater as pragas.
  O alto grau de mecanização contribui para reduzir o número de trabalhadores rurais, mas favorece a produtividade, como acontece nos chamados belts, ou cinturões agrícolas. Entre os principais belts destacam-se o wheat belt (trigo), corn belt (milho) e cotton belt (algodão). Os investimentos em tecnologia tornam os Estados Unidos grande produtor agrícola, principalmente trigo, soja, centeio e cevada, com produção voltada para atender principalmente o mercado interno.
  Na pecuária, são adotadas tecnologias avançadas que aumentam a produtividade, como inseminação artificial e modificação genética, técnicas também empregadas no circuito de carnes.
Mapa dos cinturões agropecuários dos Estados Unidos
Indústria
  Um dos fatores que contribui para o desenvolvimento industrial dos Estados Unidos é sua grande riqueza em recursos minerais e energéticos, como petróleo, carvão, gás natural, minério de ferro, cobre e bauxita.
  Os Estados Unidos dedicam parte relevante de seu orçamento a pesquisas, educação e formação profissional. O país abriga alguma das principais zonas de desenvolvimento tecnológico, os chamados tecnopolos, com destaque para a Califórnia e a região dos Grandes Lagos. No oeste, na região conhecida como Vale do Silício, concentra-se as indústrias de tecnologia de ponta, como informática, eletrônica e robótica.
  A indústria norte-americana é altamente diversificada e desenvolvida. Destacam-se no setor os ramos petroquímico, siderúrgico, automobilístico, aeroespacial, químico, madeireiro, de telecomunicações, eletrônicos, bens de consumo, alimentos processados e mineração.
  As indústrias tradicionais estão concentradas no Nordeste e na área dos Grandes Lagos, região conhecida como manufacturing belt (cinturão da manufatura). Nela se concentram setores como o automobilístico, eletroeletrônico, alimentício, siderúrgico, aeronáutico e naval.
  Nas últimas décadas as regiões Sul e Oeste se transformaram no mais novo foco de industrialização do país, por apresentarem menores custos de produção e maiores incentivos fiscais do governo. Essa área é conhecida como sun belt (cinturão do sol), porque tem clima predominantemente quente e ensolarado, e nela se destaca as indústrias aeroespacial e petroquímica.
  Na Costa Oeste há o Vale do Silício, na Califórnia, onde se concentra empresas de tecnologia de ponta, ligada a microeletrônica, informática e robótica, além de intensa atividade de pesquisas.
Mapa das áreas industriais dos Estados Unidos
Setor terciário
  Atualmente, o setor terciário compõe parte expressiva da população economicamente ativa (PEA) dos Estados Unidos.
  Nos Estados Unidos, o crescimento do comércio e dos serviços teve como base a incorporação de mão de obra, em um primeiro momento.
  O turismo é uma importante fonte de renda nos Estados Unidos. O país é o segundo que mais recebe turistas no mundo, perdendo apenas para a França. Os locais mais procurados pelos turistas são: Nova York, Miami, Orlando, Washington D.C., Los Angeles, São Francisco, Nova Orleans, Las Vegas, Chicago, Boston e o estado do Havaí. O sistema de transportes do país é de boa qualidade, com muitas rodovias, ferrovias, hidrovias e aeroportos.
  O setor de finanças tem uma grande relevância graças aos bancos (no país estão alguns dos bancos mais importantes do planeta, como JP Morgan, Bank of America, Wells Fargo, Citigroup, entre outros), e algumas das maiores bolsas de valores do mundo, como a Bolsa de Valores de Nova York (aberta em 1817, em Wall Street) e a Nasdaq.
Bolsa de Valores de Nova York - a maior e mais importante bolsa de valores do mundo
  A organização espacial e econômica do território norte-americano é a seguinte:
1. Nordeste
  Também conhecida como manufacturing belt (cinturão da manufatura), essa região concentra indústrias tradicionais, com destaque para a petroquímica, siderúrgica, automobilística, têxtil e eletrônica. Apesar do declínio da atividade industrial na região, ela ainda concentra o poder econômico, político e financeiro do país, abrigando a capital norte-americana, Washington D.C.
  Próximo às grandes cidades, concentram-se o cultivo de hortaliças e a pecuária leiteira para abastecer o amplo mercado consumidor da região, que apresenta a maior concentração populacional do país distribuída em grande número de cidades, com destaque para Nova York, considerada a capital financeira mundial.
Boston - com uma população de 5.016.884 habitantes (estimativa 2020) é a décima maior aglomeração urbana dos Estados Unidos e a capital e cidade mais populosa do estado de Massachusetts
2. Planície Central
  O relevo relativamente plano, a fertilidade do solo e a presença de pastagens naturais (pradarias), estão entre os fatores físico-naturais que favoreceram o desenvolvimento da agricultura e da pecuária, atividades caracterizadas pela intensa mecanização e o emprego de tecnologias  de ponta. Destacam-se as áreas produtivas de trigo (wheat belt) e milho (corn belt) e as atividades ligadas à agroindústria.
Cultivo de milho nas Planícies Centrais dos EUA
3. Cinturão do Sol
  O sun belt (cinturão do Sol) abrange desde a região sul até a costa oeste dos Estados Unidos. Destaca-se pelo forte crescimento econômico, com industrialização recente. Apresenta grande diversificação de atividades, como a hortifruticultura e o cultivo de produtos tropicais, como cana-de-açúcar, tabaco e algodão, a indústria têxtil e alimentícia. Destaca-se também pela exploração de petróleo no Golfo do México e pela indústria petroquímica na costa oeste. Próximo à São Francisco, há uma importante região conhecida como Vale do Silício, onde se concentram empresas de alta tecnologia, centros de pesquisas e importantes universidades.
São Francisco - com uma população de 4.836.931 habitantes (estimativa 2020) é a décima primeira maior aglomeração urbana dos Estados Unidos e a quarta cidade mais populosa do estado da Califórnia
Vale do Silício
  O Vale do Silício (em inglês Silicon Valley), localizado no estado da Califórnia, é uma região da baía de São Francisco onde estão situadas várias empresas de alta tecnologia, destacando-se na produção de circuitos eletrônicos, na eletrônica e informática. Abrange as seguintes cidades: Campbell, Cupertino, Fremont, Los Altos, Los Gatos, Menlo Park, Montain View, Milpitas, Newark, Palo Alto, Redwood City, San José, Santa Clara, Saratoga, São Francisco, Sunnyvale e Union City.
San José - com uma população de 1.013.113 habitantes (estimativa 2020) é terceira cidade mais populosa do estado da Califórnia e autoproclamada a capital do Vale do Silício
  A palavra "silício" vem das empresas de pesquisa e manufatura de circuitos integrados de silício. Milhares de empresas de alta tecnologia tem suas sedes no Vale do Silício. Dentre essas empresas se destacam: Adobe System, Apple Inc., Facebook, Google, Intel, National Semiconductor, Netflix e Yahoo. Outras empresas que mantêm suas sedes (ou que têm presença significativa) no Vale do Silício são: Dell (sede em Round Rock, Texas), Fujitsu, Groupon, IBM, LinkedIn, McAfee (adquirida pela Intel), Microsoft, Mozilla, Olivetti, Panasonic, PayPal, Philips, Samsung Eletronics, Siemens, Sony, Twitter, You Tube (adquirida pela Google), entre outras.
Principais empresas localizadas no Vale do Silício
4. Oeste
  Com predomínio dos climas árido e semiárido, há importantes áreas de agricultura irrigada, especialmente do cultivo de frutas. Também se destacam a pecuária bovina de corte e a extração de minérios nas Montanhas Rochosas.
  Na região há grande número de parques nacionais, como o Yellowstone (Wyoming e Montana) e o Grand Canyon (Arizona), que atraem um grande número de turistas todos os anos.
Phoenix - com uma população de 4.711.074 habitantes (estimativa 2020) é a 12ª maior aglomeração urbana dos Estados Unidos e a capital e cidade mais populosa do estado do Arizona
POPULAÇÃO
  A população dos Estados Unidos se formou da mistura étnica entre grupos indígenas que já ocupavam as terras americanas, africanos enviados para o trabalho escravo nas colônias do Sul, colonizadores ingleses e outros europeus, principalmente italianos e irlandeses, além de asiáticos.
  Segundo estimativas da ONU para 2020, a população dos Estados Unidos é de 231.888.390 habitantes, sendo o terceiro mais populoso do mundo.
  O perfil populacional dos Estados Unidos foi influenciado pela chegada dos colonizadores europeus no século XVI, os quais praticamente dizimaram os indígenas nativos e, a partir do século XVII, trouxeram um grande números de africanos escravizados para trabalhar, principalmente, nas plantações do sul do país.
Mapa dos estados mostrando a densidade demográfica dos Estados Unidos
  Na segunda metade do século XIX, os Estados Unidos passaram por um período de crescimento econômico que promoveu melhoria das condições de vida e redução das taxas de mortalidade. Esse aspecto, aliado à chegada de muitos imigrantes, proporcionou um rápido crescimento da população norte-americana.
  Na virada do século XIX para o XX, no entanto, a taxa de mortalidade permanecia alta entre grupos menos favorecidos, como os afrodescendentes. Durante o século XX, as taxas de natalidade diminuíram, influenciadas pela urbanização, pelo alto custo da criação dos filhos, pelo ingresso da mulher no mercado de trabalho, pela disseminação dos métodos anticoncepcionais e pelo planejamento familiar. A partir de 1950, a redução da natalidade, associada a um rigoroso controle da imigração, resultou na queda do crescimento demográfico.
Mapa da densidade populacional dos Estados Unidos
  Em virtude das condições naturais, existem no país vastos espaços pouco povoados, como o Alasca, de clima muito frio; o Arizona, de climas árido e semiárido; e as áreas de relevo montanhoso, no oeste. No nordeste, encontram-se as maiores densidades demográficas, especialmente na área que abrange as cidades de Boston, Nova York e Washington. A região dos Grandes Lagos também apresenta grande concentração populacional, com destaque para a cidade de Chicago. Na costa oeste, as cidades com maior densidade demográfica são Seattle, San Diego, São Francisco e Los Angeles.
  A maior megalópole norte-americana, conhecida como Bos-Wash, estende-se de Boston a Washington e concentra cerca de 17% da população. A segunda maior, chamada San-San, situa-se na costa oeste, entre São Francisco e San Diego, na Califórnia. Nela vivem cerca de 9% da população. A terceira maior, Chi-Pitts, abrange a área situada entre Chicago e Pittsburgh, próximo à região dos Grandes Lagos, e acolhe aproximadamente 6% da população.
Principais áreas urbanas dos Estados Unidos
  Sobre a composição da população dos Estados Unidos, cerca 72,4% é branca. A população negra ou afro-americana compõe 12,6% dos habitantes, e os asiáticos 4,8. O restante é formado por indígenas e outros povos. Os grupos indígenas do país encontram-se muito reduzidos - cerca de 0,9% da população -, devido à dominação e ao extermínio a que foram submetidos no processo colonial.
  Uma parcela da população dos Estados Unidos é composta por pessoas de origem hispânica ou latina, que somam cerca de 18% da população. A maioria é mexicana, mas há também um grande número de porto-riquenhos, cubanos e panamenhos.
Distribuição da população dos Estados Unidos por descendência
  Ao longo do tempo, os Estados Unidos se transformaram em uma nação multiétnica, recebendo pessoas de diversos países que imigraram em busca, principalmente, de emprego e oportunidades. Desde a segunda metade do século XX, é intenso o fluxo de imigrantes latinos, boa parte deles vive em situação de ilegalidade.
  Nos Estados Unidos, a pirâmide etária tem sua base estreita em virtude do baixo índice de natalidade, e topo mais largo, devido à alta expectativa de vida.
  Os Estados Unidos têm bons indicadores sociais e econômicos. Possui o 15º Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) - medindo 0,920 - e um Índice de Gini (que mede o grau de concentração de renda em determinado grupo) de 41,1. Esses índices mostram que, em linhas gerais, a população apresenta boas condições de vida.
Pirâmide etária dos Estados Unidos
A imigração
  Em virtude de sua posição de liderança econômica no mundo ocidental, principalmente a partir de 1980, os Estados Unidos passaram a atrair milhões de imigrantes, majoritariamente latino-americanos e asiáticos.
  Desde então, o fluxo imigratório ilegal aumentou consideravelmente. Milhares de imigrantes provenientes da América Latina cruzaram a fronteira sem permissão legal para se estabelecer e trabalhar no país. Ao serem descobertos pelas autoridades, muitas dessas pessoas, que vivem em situação irregular nos Estados Unidos, são deportadas, ou seja, enviadas de volta ao seu país de origem.
  Para evitar a entrada ilegal pelo México, foram criadas leis rígidas, a vigilância policial nas fronteiras foi intensificada e um enorme muro foi construído no trecho de fronteira entre San Diego, nos Estados Unidos, e Tijuana, no México. O presidente Donald Trump, em 2017, reforçou sua intenção de construir novos muros, fato que aumenta a tensão entre os dois países.
  Embora parte da população dos Estados Unidos considere indesejados os imigrantes, pois significam despesas para os governos locais e concorrem para ocupar postos de trabalho, o país busca mão de obra barata e menos qualificada para realizar trabalhos pesados e de baixa remuneração, em geral, pouco atrativos aos cidadãos estadunidenses. As minorias étnicas são discriminadas em termos econômicos e sociais, e os imigrantes se concentram em comunidades formadas por pessoas com o mesmo local de origem.
Composição étnica dos Estados Unidos
A questão racial
  Até meados do século XX, a segregação entre negros e brancos era praticada principalmente no sul dos Estados Unidos, e os negros não tinham assegurados muitos dos direitos civis, como o do voto. Na década de 1960, as restrições legais contra os negros foram abolidas, mas isso não significou o fim do racismo e da desigualdade na sociedade estadunidense. Ainda hoje, grande parte da população negra vive em condições sociais e econômicas desfavoráveis, em relação às da população branca.
  Nos estados do sul do país, a situação é mais problemática, pois essa região concentrou uma das maiores populações escravizadas das Américas, empregadas principalmente nas fazendas de algodão. Nos estados do norte também houve a escravidão, porém esta foi abolida na segunda metade do século XVIII, enquanto a sociedade sulista manteve sua economia alicerçada no trabalho escravo. Após a união dos estados do norte e do sul em um único país, em meados do século XIX, a escravidão foi abolida. A elite branca, inconformada com o fim da escravidão, criou grupos para impedir a integração social dos negros e seu acesso à terra. Esses grupos, que perduraram até o século XX, valiam-se de métodos violentos, como sequestros e enforcamentos, para atingir seus objetivos.
  A mentalidade racista fortalecida nesse contexto ainda não desapareceu em grande parte desses estados, nos quais a população negra encontra mais dificuldades de integração e sofre muitos tipos de violência até hoje.
Estados por parcela da população afro-americana em 2010:



  • menos de 2%
  • 2–5%
  • 5-10%
  • 10-15%
  • 15-20%
  • 20-25%
  • 25-30%
  • 30-35%
  • 35-40%
  • ALGUNS DADOS SOBRE OS ESTADOS UNIDOS
    NOME: Estados Unidos da América
    INDEPENDÊNCIA: do Reino da Grã-Bretanha
    Declarada: 4 de julho de 1776
    Reconhecida: 3 de setembro de 1783
    Atual Constituição: 21 de junho de 1788
    CAPITAL: Washington D.C.
    Visão noturna de Washington D.C. - Capital dos Estados Unidos
    GENTÍLICO: americano (a), norte-americano (a), estadunidense, estado-unidense e ianque
    LÍNGUA OFICIAL: nenhuma em nível federal, mas o inglês é a língua mais falada no país.
    GOVERNO: República Federal Presidencialista
    LOCALIZAÇÃO: Oriente Médio
    ÁREA: 9.371.174 km² (4º) - inclui o Alasca e o Havaí. A área contínua do país é de 7.824.535 km² (5º).
    POPULAÇÃO (ONU - Estimativa para 2020): 331.888.390 habitantes (3°)
    DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 35,41 hab./km² (146°). Obs: a densidade demográfica, densidade populacional ou população relativa é a medida expressa pela relação entre a população total e a superfície de um determinado território.
    CRESCIMENTO POPULACIONAL (ONU - Estimativa 2019): 0,97% (131°). Obs: o crescimento vegetativo, crescimento populacional ou crescimento natural é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade de uma  determinada população.
    CIDADES MAIS POPULOSAS (Estimativa para 2020):
    Nova York: 21.188.366 habitantes
    Nova York - maior aglomeração urbana dos Estados Unidos e quinta maior aglomeração urbana do mundo
    Los Angeles: 13.945.579 habitantes
    Los Angeles - segunda maior aglomeração urbana dos Estados Unidos
    Chicago: 10.128.600 habitantes
    Chicago - terceira maior aglomeração urbana dos Estados Unidos
    PIB (FMI - 2019): US$ 21,53 trilhões (1º). Obs: o PIB (Produto Interno Bruto), representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano).
    PIB PER CAPITA (FMI 2019): US$ 64.886 (7°). Obs: o PIB per capita ou renda per capita é o Produto Interno Bruto (PIB) de um determinado lugar dividido por sua população. É o valor que cada habitante receberia se toda a renda fosse distribuída igualmente entre toda a população. 
    IDH (ONU - 2019): 0,920 (15°). Obs: o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais, variando de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e PIB per capita. A classificação é feita dividindo os países em quatro grandes grupos: baixo (de 0,0 a 0,500), médio (de 0,501 a 0,800), elevado (de 0,801 a 0,900) e muito elevado (de 0,901 a 1,0).
      Muito alto
      Alto
      Médio
      Baixo
      Sem dados
    Mapa do IDH
    EXPECTATIVA DE VIDA (OMS - 2019): 79,8 anos (36º). Obs: a expectativa de vida refere-se ao número médio de anos para ser vivido por um grupo de pessoas nascidas no mesmo ano, se a mortalidade em cada idade se mantém constante no futuro, e é contada da maior para a menor.
    TAXA DE NATALIDADE (ONU - 2019): 14,16/mil (136º). Obs: a taxa de natalidade é a porcentagem de nascimentos ocorridos em uma população em um determinado período de tempo para cada grupo de mil pessoas, e é classificada do maior para o menor.
    TAXA DE MORTALIDADE (CIA World Factbook - 2019): 8,26/mil (100º). Obs: o índice de mortalidade reflete o número de mortes registradas, em média por mil habitantes, em uma determinada região em um período de tempo e é contada da maior para a menor.
    TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL (CIA World Factbook - 2019): 5,98/mil (49°). Obs: a taxa de mortalidade infantil refere-se ao número de crianças que morrem no primeiro ano de vida entre mil nascidas vivas em um determinado período, e é classificada do menor para o maior.
    Mapa da taxa de mortalidade infantil no mundo
    TAXA DE FECUNDIDADE (CIA World Factbook - estimativa para 2020): 1,84 filhos/mulher (142°). Obs: a taxa de fecundidade refere-se ao número médio de filhos que a mulher teria do início ao fim do seu período reprodutivo (15 a 49 anos), e é classificada do maior para o menor.
    Mapa da taxa de fecundidade no mundo
    TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2019): 99,29% (26°). Obs: essa taxa refere-se a todas as pessoas com 15 anos ou mais que sabem ler e escrever.
    Mapa da taxa de alfabetização no mundo
    TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2019): 82,8% (28°). Obs: essa taxa refere-se a porcentagem da população que mora nas cidades em relação à população total.
    Mapa da taxa de urbanização no mundo
    MOEDA: Dólar Americano
    RELIGIÃO: os Estados Unidos são oficialmente uma nação secular. A Primeira Emenda da Constituição do país garante o livre exercício da religião e proíbe a criação de um governo religioso. Em 2019, a distribuição da população por religião era a seguinte: cristianismo (70,6%, sendo: 46,5% de protestantes, 20,8% de católicos e 3,3% de outras religiões cristãs), sem religião (22,8%), judaísmo (1,9%), outras religiões (4,7%).
    DIVISÃO: os Estados Unidos são uma união federal dividida em 50 estados, territórios (como é o caso de Porto Rico) e um distrito federal (Distrito de Colúmbia, onde se encontra a capital do país, Washington), bem como diversas outras divisões administrativas, a nível, estadual, como condados e cidades. Os originais treze estados foram os sucessores das Treze Colônias, que se rebelaram contra o domínio britânico.
      No início da história do país, três novos estados foram organizados em territórios separados  das reivindicações dos estados existentes: Kentucky da Virgínia, Tennessee da Carolina do Norte e Maine de Massachusetts. A maioria dos outros estados foi esculpida a partir de territórios obtidos através de guerras ou por aquisições do governo americano. Um conjunto de exceções compreende Vermont, Texas e Havaí: cada um era uma república independente antes de ingressar na União. Durante a Guerra Civil Americana, a Virgínia Ocidental se separou da Virgínia. O Havaí, o mais recente estado do país, foi anexado em 1898 e elevado à categoria  de estado em 21 de agosto de 1959. Os estados não têm o direito de se separar da União.
      Os Estados Unidos também possuem cinco territórios ultramarinos: Porto Rico e Ilhas Virgens Americanas, no Caribe, e Samoa Americana, Guam e as Ilhas Marianas do Norte, no Pacífico. As pessoas nascidas nos territórios (exceto Samoa Americana) possuem cidadania americana. Cidadãos americanos residentes nos territórios têm muitos dos mesmos direitos e responsabilidades dos cidadãos residentes nos estados, no entanto, eles geralmente são isentos do imposto de renda federal, não podem votar para presidente e têm apenas uma representação sem direito a voto no Congresso.
    Mapa dos Estados Unidos com seus respectivos estados

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