terça-feira, 18 de junho de 2013

ÁFRICA: DOS REINOS AUTÔNOMOS À COLONIZAÇÃO ÁRABE E EUROPEIA

  Antes da chegada de forasteiros, as terras africanas eram ocupadas por povos que chegaram a organizar alguns reinos. O Egito, considerado o berço da civilização, foi o mais desenvolvido entre eles. Existem indícios de que o povoamento na área começou em 10.000 a.C., mas os registros arqueológicos confirmam a presença humana na região pelo menos 4.000 anos a.C.
  Os egípcios se estabeleceram e se organizaram junto ao Rio Nilo e aprenderam a conviver com as cheias sazonais do rio para praticar a agricultura. Também aprenderam a explorar metais, como o ouro e o cobre. As pirâmides marcam até hoje a paisagem egípcia.
Pirâmides de Gizé, no Egito
  Além do Egito, outros reinos ganharam destaque, como o de Cuche, que acabou dominado pelos egípcios. Esse reino ficava na Núbia, faixa que se estendia do Nilo até as terras que atualmente pertencem ao Sudão.
  No oeste do continente, Gana foi um poderoso império que se estabeleceu nas terras que hoje pertencem à Mauritânia e ao Mali. Posteriormente, as terras que pertenciam a Gana foram conquistadas pelo Mali, outro império de destaque, que se estendeu seus domínios até o litoral oeste.
Em verde o império de Gana
  A organização dos povos africanos em reinos não impediu a sua dominação por invasores. Um dos primeiros invasores foi Alexandre, o Grande, rei da Macedônia aos 18 anos de idade. Com grande habilidade militar, ele conquistou várias áreas da África para o domínio grego, entre elas, as terras do antigo império egípcio, em 332 a.C. Na passagem pelo Egito, fundou Alexandria, que existe até hoje e que no passado teve papel fundamental para o comércio no Mediterrâneo.
Império de Alexandre, o Grande
  Em 44 a.C. os romanos chegaram ao continente e conquistaram as terras ao norte da África, até então de domínio grego. A presença romana não teve a mesma repercussão atingida em outras partes do mundo, como na Europa. Na África, os romanos estavam preocupados em manter a posse das terras para manter o controle sobre o Mediterrâneo. Um dos objetivos foi conquistar Cartago, importante polo comercial e portuário, cuja população era muito influenciada pelos egípcios. Depois de três guerras, chamadas Guerras Púnicas, os romanos conseguiram derrotar os cartagineses em 149 a.C.
  As Guerras Púnicas consistiram numa série de três conflitos que opuseram a República Romana e a República de Cartago, Cidade-Estado fenícia, no período de 264 a.C a 146 a.C. Depois de quase um século de lutas, ao fim das Guerras Púnicas, Cartago foi totalmente destruída e Roma passou a dominar o mar Mediterrâneo.
Mapa das Guerras Púnicas
  A partir de 670 d.C., os árabes passaram a controlar as terras que os romanos dominaram e, aos poucos, converteram os povos dessa área africana ao islamismo. A influência árabe pode ser observada até hoje no norte da África.
  Para os povos árabes, essa conquista foi estratégica, pois facilitou a penetração no sul da Espanha e a dominação da Andalúzia, por volta de 711 d.C. Além disso, a partir de Cartago, esses povos se deslocaram para as ilhas da Sicília e depois para a Sardenha, atualmente território da Itália.
  Outros povos voltaram a cobiçar as terras e as riquezas africanas a partir do século XV. Entre os europeus, os primeiros foram os portugueses, exímios navegadores da época, que aportaram suas caravelas em vários pontos da costa africana. Eles instalaram algumas bases comerciais e de exploração dos recursos naturais tanto na costa leste, quanto, principalmente, na costa oeste.
Grandes Navegações
  Os principais objetivos dos portugueses eram: retirar marfim e ouro e capturar pessoas para escravizar. O marfim era muito apreciado na época, pois era usado para confeccionar teclas de piano e bolsas de bilhar. Estudos indicam que, no século XVI, cerca de 2.000 africanos foram escravizados e levados à força para outras regiões. A partir de 1680 já chegavam a cerca de 10 mil africanos escravizados por ano.
Tráfico negreiro
FONTE: Ribeiro, Wagner Costa. Por dentro da geografia, 8º ano: mundo / Wagner costa Ribeiro. 1. ed. - São Paulo: Saraiva, 2012.

2 comentários:

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