As plantações de soja, café e milho correm sério risco de desaparecer ou diminuir drasticamente caso se concretize a previsão de cientistas sobre o aumento da temperatura da Terra, diz o pesquisador da Embrapa-Informática Agropecuária, Fábio Marin. "Temos uma grande preocupação com todas as espécies que têm uma sensibilidade maior a temperaturas elevadas e à deficiência hídrica", disse.
O pesquisador, no entanto, é cauteloso ao dizer que ainda não se tem ideia de como será a distribuição do aquecimento global de até 4 graus previsto no relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês). [...]
"Nós não vamos ter 4 graus em todas as regiões. Algumas regiões vão ter um pouco mais, outras um pouco menos, mas vamos manter um certo otimismo de que não vamos chegar a esse ponto", disse.
Soja - um dos cultivos que seriam mais prejudicados com o aquecimento global |
Marin explicou que, se houver a mudança de temperatura, o Brasil perderia dois milhões de quilômetros quadrados em áreas que hoje são consideradas aptas ao cultivo da soja. No caso do milho, essa redução chegaria a 700 mil quilômetros quadrados. "O café também é uma cultura muito sensível à temperatura elevada. Tanto que os bons cafés do Brasil são produzidos em regiões com um pouco mais de altitude, com temperaturas amenas e ele seria muito afetado por essa mudança climática", disse.
Café - outro cultivo que seria prejudicado |
Segundo o pesquisador da Embrapa, a principal forma de evitar o aumento da temperatura na Terra é investir em produtos e energias que reduzem o nível de CO na atmosfera, principalmente na redução do consumo de combustíveis fósseis, como o petróleo. Além disso, as taxas de CO na atmosfera pode ser reduzidas com o uso de produtos reciclados, que normalmente consomem menos energia no processo de fabricação e pelo uso de biocombustível, que é uma forma mais limpa de combustível.
O uso de fontes de energia limpa, como a eólica, seria uma forma de evitar o aquecimento global |
FONTE: Agência Brasil
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