A economia nordestina mostrou-se mais dinâmica desde a última década do século XX. Entre as razões desse dinamismo estão o desenvolvimento industrial e os avanços nos setores agrário e de serviços.
Com a criação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) em 1959, o setor secundário ou industrial do Nordeste recebeu a maior parte dos investimentos. Como consequência houve a montagem de importantes e modernos parques industriais. No entanto, apenas uma parcela muito reduzida da população nordestina foi beneficiada, já que as indústrias se concentraram em apenas três estados (Bahia, Pernambuco e Ceará), particularmente nas capitais, com destaque para as de transformação e de confecções.
No Meio-Norte, além da agricultura tradicional (cana-de-açúcar, milho, mandioca, arroz) e do extrativismo vegetal (babaçu, carnaúba), têm crescido as plantações de soja no sul dos estados do Maranhão e do Piauí - cultivo que se estende até o sertão, chegando ao oeste da Bahia.
A fruticultura irrigada no Nordeste adquire cada vez mais importância não apenas no mercado interno, mas também para a exportação. É desenvolvida no vale do São Francisco (uva, manga), no vale do Açu no Rio Grande do Norte (melão, manga) e no sertão do Ceará (acerola, melão, além de flores). A Bahia é o primeiro produtor brasileiro de coco, manga, mamão e maracujá. A maior região produtora de melão do país localiza-se no polo Açu/Mossoró, no Rio Grande do Norte, e o polo Petrolina/Juazeiro firmou-se como grande exportador de manga, banana, coco, uva, goiaba, melão e pinha.
O turismo é outra atividade econômica de grande importância para a região, desenvolvido a partir das potencialidades naturais e dos atrativos culturais.
Segundo o IBGE, em 2009, 18,9% dos nordestinos eram analfabetos, contra 5,5% da Região Sul, 5,7% do Sudeste, 8% do Centro-Oeste e 10,6% do Norte.
Em termos de PIB per capita, a Região também ocupa o último lugar em distribuição de renda. A Região Nordeste possuía, em 2009, um PIB per capita de R$ 8.167,00, contra R$ 22.364,00 da Região Centro-Oeste, R$ 22.147,00 da Região Sudeste, R$ 19.324,00 da Região Sul e R$ 10.625,00 da Região Norte.
De povoamento antigo, a Zona da Mata continua sendo a sub-região mais importante do Nordeste, concentrando seis capitais e a maior parte da população. Salvador e Recife são as principais cidades, destacando-se ainda como áreas industriais.
A população do Meio-Norte é relativamente pouco numerosa, e o Agreste apresenta densidade demográfica inferior à da Zona da Mata.
O Sertão é a mais extensa das sub-regiões do Nordeste, porém, apresenta baixa densidade demográfica, com regiões mais povoadas no vale do São Francisco e no litoral do Ceará. Em épocas de seca, entretanto, boa parte da população migra para outras regiões e muitos não retornam.
Quanto à hierarquia das cidades, as três metrópoles do Nordeste (Salvador, Recife e Fortaleza) localizam-se no litoral. As outras capitais dos estados do Nordeste (São Luís, Maceió, Natal, Teresina, João Pessoa e Aracaju), são centros regionais, como Ilhéus-Itabuna, no Litoral-Mata Baiano, Feira de Santana, no agreste baiano, Petrolina-Juazeiro, no São Francisco pernambucano e Baiano.
Dos centros urbanos de primeira ordem destacam-se Campina Grande, no agreste paraibano, Crato-Juazeiro do Norte, no sertão cearense, Vitória da Conquista, no agreste baiano, Caruaru, no agreste pernambucano, Mossoró, no sertão potiguar e Imperatriz, na Pré-Amazônia maranhense.
Com a criação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) em 1959, o setor secundário ou industrial do Nordeste recebeu a maior parte dos investimentos. Como consequência houve a montagem de importantes e modernos parques industriais. No entanto, apenas uma parcela muito reduzida da população nordestina foi beneficiada, já que as indústrias se concentraram em apenas três estados (Bahia, Pernambuco e Ceará), particularmente nas capitais, com destaque para as de transformação e de confecções.
Edifício sede da Sudene em Recife - PE
Com a política de desconcentração industrial, a partir da década de 1990, os governos estaduais da região Nordeste têm investido em infraestrutura e oferecido vantagens, como incentivos fiscais visando atrair indústrias para seus territórios. Entretanto, a implantação de uma indústria, em geral, bastante automatizada, abre poucos postos de trabalho, quase sempre mais qualificados, além de contribuir com impostos reduzidos. Assim, apenas algumas empresas transnacionais ou de capital nacional acabam sendo as mais beneficiadas.
Distrito Industrial de Maracanaú, na Grande Fortaleza - CE
Quanto ao setor agrícola, destacam-se duas importantes monoculturas cultivadas na Zona da Mata: a cana-de-açúcar, especialmente em Alagoas e Pernambuco, e o cacau, no sul da Bahia.No Meio-Norte, além da agricultura tradicional (cana-de-açúcar, milho, mandioca, arroz) e do extrativismo vegetal (babaçu, carnaúba), têm crescido as plantações de soja no sul dos estados do Maranhão e do Piauí - cultivo que se estende até o sertão, chegando ao oeste da Bahia.
Colheita de soja no sul do Piauí
No Sertão, subsiste a agricultura tradicional, cultivada nos vales mais úmidos e nas encostas e pés de serras. Milho, arroz, feijão, mandioca, algodão e cana-de-açúcar são as principais culturas.A fruticultura irrigada no Nordeste adquire cada vez mais importância não apenas no mercado interno, mas também para a exportação. É desenvolvida no vale do São Francisco (uva, manga), no vale do Açu no Rio Grande do Norte (melão, manga) e no sertão do Ceará (acerola, melão, além de flores). A Bahia é o primeiro produtor brasileiro de coco, manga, mamão e maracujá. A maior região produtora de melão do país localiza-se no polo Açu/Mossoró, no Rio Grande do Norte, e o polo Petrolina/Juazeiro firmou-se como grande exportador de manga, banana, coco, uva, goiaba, melão e pinha.
Produção irrigada de uvas em Petrolina - PE
Mão de obra barata e disponível, preços atrativos das terras e a localização da Região Nordeste em relação à Europa e aos Estados Unidos (reduzindo o tempo e o custo de transporte) conferem vantagens à fruticultura na região. O desenvolvimento de tecnologias (criação de variedades de frutas, produção integrada, produção de mudas sadias, entre outras) e o aperfeiçoamento de técnicas de irrigação foram essenciais para o crescimento da atividade, que garante empregos no campo e na cidade, reduzindo o êxodo rural.
Produção de melão em Mossoró - RN
Na pecuária predomina a criação de animais de pequeno porte como asininos (jumentos, mulas e burros), caprinos (cabras), ovinos (ovelhas) e suínos (porcos). A criação de bovinos (bois), tradicionalmente desenvolvida no Sertão de forma extensiva, vem crescendo também em áreas do Agreste próximas ao Sertão, com solos de baixa fertilidade e pouca umidade, e em áreas do Maranhão. A pecuária leiteira, na modalidade extensiva e voltada para o abastecimento da Zona da Mata, é praticada no Agreste.
Criação de cabras em Cabaceiras - PB
No Agreste ainda se desenvolve a policultura comercial para o abastecimento da Zona da Mata, em médias e pequenas propriedades. É praticada em solos férteis com boas condições de umidade, na fronteira com a Zona da Mata.O turismo é outra atividade econômica de grande importância para a região, desenvolvido a partir das potencialidades naturais e dos atrativos culturais.
Castelo di Bivar, importante atrativo turístico do município de Carnaúba dos Dantas - RN
O Nordeste conta com diversos parques nacionais, entre eles o da Serra da Capivara (PI), com grande concentração de sítios arqueológicos e pinturas rupestres, o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (distrito estadual de Pernambuco) e o Parque Nacional da Chapada Diamantina (BA).
Parque Nacional Serra da Capivara em São Raimundo Nonato - PI
Entre os eventos culturais que atraem turistas estão o carnaval (com destaque para Salvador, Olinda e Recife), as festas juninas (Caruaru e Campina Grande etc.), as danças e comidas típicas e o artesanato (rendas, cerâmicas) da região.
Festa de São João em Campina Grande - PB
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), ligada à ONU, instituiu uma lista de sítios e monumentos de valor excepcional e de interesse universal, que integram o Patrimônio Mundial, Cultural e Natural da Humanidade. O objetivo é a preservação desses sítios para as gerações futuras. A Região Nordeste abriga grande número de Patrimônios Culturais e Naturais da Humanidade, como o centro histórico de Olinda (PE), de São Luís (MA) e o de Salvador (BA), com o Pelourinho, além dos sítios arqueológicos de São Raimundo Nonato no Parque Nacional da Serra da Capivara (PI).
Centro Histórico de São Luís - MA
Em relação aos recursos naturais, destacam-se na região o petróleo e o gás natural, extraídos no Ceará, Sergipe, Rio Grande do Norte e na Bahia. O Rio Grande do Norte ainda se sobressai como o maior produtor nacional de sal marinho.
Produção de sal marinho em Macau - RN
INDICADORES SOCIAIS, POPULAÇÃO E URBANIZAÇÃO
A Região Nordeste ainda responde pelos índices de qualidade de vida mais baixos do país. Problemas sociais como elevadas taxas de mortalidade infantil e de analfabetismo, baixos salários, grande concentração da renda e das terras também alcançam números que superam os de outras regiões.Segundo o IBGE, em 2009, 18,9% dos nordestinos eram analfabetos, contra 5,5% da Região Sul, 5,7% do Sudeste, 8% do Centro-Oeste e 10,6% do Norte.
Em termos de PIB per capita, a Região também ocupa o último lugar em distribuição de renda. A Região Nordeste possuía, em 2009, um PIB per capita de R$ 8.167,00, contra R$ 22.364,00 da Região Centro-Oeste, R$ 22.147,00 da Região Sudeste, R$ 19.324,00 da Região Sul e R$ 10.625,00 da Região Norte.
De povoamento antigo, a Zona da Mata continua sendo a sub-região mais importante do Nordeste, concentrando seis capitais e a maior parte da população. Salvador e Recife são as principais cidades, destacando-se ainda como áreas industriais.
A população do Meio-Norte é relativamente pouco numerosa, e o Agreste apresenta densidade demográfica inferior à da Zona da Mata.
O Sertão é a mais extensa das sub-regiões do Nordeste, porém, apresenta baixa densidade demográfica, com regiões mais povoadas no vale do São Francisco e no litoral do Ceará. Em épocas de seca, entretanto, boa parte da população migra para outras regiões e muitos não retornam.
Quanto à hierarquia das cidades, as três metrópoles do Nordeste (Salvador, Recife e Fortaleza) localizam-se no litoral. As outras capitais dos estados do Nordeste (São Luís, Maceió, Natal, Teresina, João Pessoa e Aracaju), são centros regionais, como Ilhéus-Itabuna, no Litoral-Mata Baiano, Feira de Santana, no agreste baiano, Petrolina-Juazeiro, no São Francisco pernambucano e Baiano.
Dos centros urbanos de primeira ordem destacam-se Campina Grande, no agreste paraibano, Crato-Juazeiro do Norte, no sertão cearense, Vitória da Conquista, no agreste baiano, Caruaru, no agreste pernambucano, Mossoró, no sertão potiguar e Imperatriz, na Pré-Amazônia maranhense.
Vitória da Conquista - BA
FONTE: Terra, Lygia. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil / Lygia Terra, Regina Araújo, Raul Borges Guimarães. - 1. ed. - São Paulo: Moderna, 2010.
7 comentários:
Ótima postagem. Vou indicá-la em meu blog(showgrafia) para os meus alunos do 7º ano, como fechamento dos estudos sobre o Nordeste. Parabéns!
Ok, obrigado Professora Cida, abraços
Muito Bom, estou no 9º ano fazendo um TCC sobre nordeste foi de grande ajuda!
Obrigado Mig
parabens nosso estado tenhe muitas riquezas e muita pobressa é muito controvesso mais estamos ai nossos parlamentares deveria nos olhar com bons olhos mais fazer o q ?
parabens pela publicaçao.
parabens gente
Parabéns professor, o seu trabalho é muito bom!!!!! Ajudou-me com um trabalho que estou realizando com a minha turma do 5º ano.Valeu!!!
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