segunda-feira, 19 de outubro de 2020

PLANETA MERCÚRIO: O MENOR PLANETA DO SISTEMA SOLAR

  Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol e o menor do Sistema Solar. O movimento de rotação de Mercúrio é o menor de todos os planetas, orbitando em torno do Sol a cada 87,969 dias terrestres. O tamanho de Mercúrio é quase o tamanho da Lua, o satélite natural da Terra. Possui uma área de superfície de 7,48 X 10km². O diâmetro equatorial de Mercúrio é de 4.879,4 km, seu volume de 6,083 X 1010 km², sua massa é de 3,3011 X 1023 kg, sua densidade média é de 5,427 g/cm³ e possui uma gravidade superficial de 3,7 m/s².

  Mercúrio só pode ser visto da Terra pouco antes do amanhecer ou logo após o pôr do Sol, não tem satélites naturais e tem uma órbita muito excêntrica, cujo raio varia de 46 a 70 milhões de quilômetros. Seu nome vem do deus romano Mercúrio.

Fotografia de Mercúrio em cores, feita pela sonda Messenger, em 2008

  Mercúrio é o planeta que passa a maior parte do tempo sendo o mais próximo da Terra, dado que a Terra passa parte do tempo no lado oposto da órbita de Vênus.

  As duas primeiras espaçonaves a explorar o planeta Mercúrio foi a Mariner 10, que mapeou aproximadamente 45% da superfície do planeta entre 1974 e 1975, e a MESSENGER, que mapeou outros 30% da superfície durante um sobrevoo em 14 de janeiro de 2008.

  Mercúrio tem uma aparência similar à Lua, com crateras de impacto e planícies lisas, não possuindo satélites naturais nem uma atmosfera substancial. Entretanto, diferentemente da Lua, Mercúrio possui uma grande quantidade de ferro no núcleo, que gera um campo magnético cuja intensidade é cerca de 1% da intensidade do campo magnético da Terra. A temperatura em sua superfície varia entre -183°C a 427°C. O ponto subpolar é a região mais quente e o fundo das crateras perto dos polos, as regiões mais frias.

  As primeiras observações registradas de Mercúrio datam pelo menos do século IV a.C. Antes desse período, astrônomos gregos acreditavam que se tratasse de dois objetos distintos: um visível no nascer do Sol, ao qual chamavam Apolo, e outro visível ao pôr do Sol, chamado de Hermes. O nome em português para o planeta provém da Roma Antiga, onde o astro recebeu o nome do deus romano Mercúrio, que tinha na mitologia grega o nome de Hermes.

Estrutura interna de Mercúrio

  Mercúrio pode ter se formado muito cedo, antes mesmo da estabilização da energia do Sol. Grande parte da superfície de Mercúrio teria sido vaporizada, formando uma atmosfera de vapor de rock, que era então transportada pelo vento solar, e é bastante rico em ferro. É um dos quatro planetas telúricos (sólidos) do Sistema Solar e seu corpo rochoso é igual à Terra. Cerca de 70% da superfície de Mercúrio é composta por material metálico e 30% de silicatos.

  A atmosfera de Mercúrio é composta por uma camada muito fina de átomos elevada à superfície pelo vento solar. Uma vez que Mercúrio é muito quente, os seus átomos escapam rapidamente para o espaço. A superfície de Mercúrio revela enormes escarpas, alguns com centenas de quilômetros de largura e 3.000 metros de altura. Algumas quebras nos anéis das crateras e outras características do terreno semelhante, indicam que estas eram formadas por escarpas de compressão.

Imagem de Mercúrio

  Mercúrio foi intensamente bombardeado por cometas e asteroides durante e logo depois de sua formação, há 4,6 bilhões de anos, como também durante um possível episódio subsequente denominado "Intenso bombardeio tardio", que se encerrou há 3,8 bilhões de anos. Durante esse período de intensa formação de crateras, o planeta recebeu impactos sobre toda a sua superfície, o que foi facilitado pela ausência de qualquer atmosfera que diminuísse os impactos. Durante esse período o planeta teve atividade vulcânica e bacias como a Caloris, preenchidas por magma do interior planetário, que produziram planícies suaves similares aos mares lunares.

  As crateras de impacto em Mercúrio variam desde pequenas cavidades em forma de tigelas até bacias de impacto com multi-anéis de centenas de quilômetros de tamanho. Elas aparecem em todos os estados de degradação, de crateras raiadas relativamente intactas até remanescentes de crateras altamente degradadas. Crateras mercurianas diferem sutilmente das lunares em função de a área coberta pela matéria ejetada ser muito menor, devido à ação de uma força gravitacional mais forte.

Como podemos ver Mercúrio no início da noite

  A maior cratera conhecida é a bacia Caloris, que possui um diâmetro de 1.550 quilômetros. O impacto que criou a bacia Caloris foi tão forte que causou erupções de lava e deixou um anel concêntrico com mais de 2 quilômetros de altura em volta do impacto. Na antípoda da bacia Caloris existe uma grande região conhecida como "Terreno Esquisito". Uma das hipóteses de sua origem seria que as ondas de choque geradas pelo impacto da bacia Caloris viajaram em torno do planeta, convergindo na antípoda da bacia. As altas tensões resultantes fraturaram a superfície. Outra teoria sugere que o terreno foi formado com um resultado de convergência da ejeta nesta antípoda da bacia.

  Ao todo, aproximadamente 15 bacias de impacto foram identificadas na área mapeada de Mercúrio. Uma bacia notável é a bacia Tolstoj, com 400 quilômetros de tamanho e multi-anéis, que teve material ejetado cobrindo uma extensão de mais de 500 quilômetros da sua borda e um piso que foi preenchido por materiais de planícies suaves.

  A bacia Beethoven tem um tamanho similar de material ejetado e uma borda de 625 quilômetros de diâmetro. Assim como a Lua, a superfície de Mercúrio sofreu os efeitos de processos de erosão espacial, incluindo o vento solar e o impacto de micrometeoritos.

Bacia Caloris de Mercúrio - um dos maiores acidentes de impacto do Sistema Solar

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