A Malásia é um país do Sudeste Asiático que compreende dois territórios distintos: a parte sul da Península Malaia e ilhas adjacentes, e uma seção do norte da ilha de Bornéu. A nação tem suas origens no reino malaio presente na área, que, a partir do século XVIII, passou para o domínio do Império Britânico.
O país é multiétnico e multicultural, o que desempenhou um grande papel na política. Sua Constituição declara o islamismo como religião oficial, ao mesmo tempo protege a liberdade religiosa.
Geografia da Malásia
A Malásia é composta da Península da Malásia e da parte ocidental da Ilha de Bornéu. Localizada nas proximidades da linha do Equador, possui um clima quente e úmido, com chuvas de monções ocorrendo entre abril e outubro, o que favorece o cultivo de alimentos, embora a extensão de terras agrícolas seja limitada pelo predomínio de relevo montanhoso. O país possui fronteiras terrestres com a Tailândia a oeste e com a Indonésia e Brunei a leste. Está ligado a Cingapura por meio de uma ponte. Faz fronteiras marítimas com o Vietnã e as Filipinas. As duas partes da Malásia, separadas uma da outra pelo Mar da China Meridional, compartilham uma paisagem bastante semelhante, pois, tanto a Malásia Peninsular quanto a Malásia Oriental (ilha de Bornéu) apresentam planícies costeiras que no interior transformam-se em colinas e montanhas.
A região peninsular possui cerca de 40% do território do país e se estende por 740 quilômetros de norte a sul. Essa região está dividida entre as suas costas leste e oeste pelas Montanhas Titiwangsa, que chegam a uma altitude de 2.183 metros, destacando-se o Monte Korbu (que é o ponto mais elevado dessa parte da Malásia) sendo parte de uma série de cadeias de montanhas que funcionam abaixo do centro da península.
A Malásia Oriental, na ilha de Bornéu, responde por cerca de 60% do território malaio e é dividida entre regiões costeiras, montanhas e vales, com um interior bastante montanhoso. A Cordilheira Croker estende-se para o norte a partir de Sarawak, na divisão com o estado de Sabah. Aí se encontra-se o Monte Kinabalu, o ponto culminante da Malásia, com 4.095 metros. Esse monte é protegido pelo Parque Nacional de Kinabalu, considerado um Patrimônio Mundial pela Unesco.
A Malásia é considerado um país megadiverso, com um elevado número de espécies e altos níveis de endemismo, que são encontrados nas diversas florestas e montanhas de Bornéu, onde as espécies são isoladas uma da outra por uma floresta de várzea.
História da Malásia
As primeiras evidências de habitação humana na região da atual Malásia datam de aproximadamente 40 mil anos. Acreditam-se que os primeiros habitantes tenham sido de pele escura e vindos da África. Por volta do século I d.C., comerciantes indianos e chineses chegaram à região, onde estabeleceram portos e cidades costeiras nos séculos II e III, resultando numa forte influência cultural desses dois povos sobre as culturas dos povos locais e da península Malaia, principalmente no aspecto religioso, com a prática das religiões hindu e budista.
Por volta do século II surgiu o reino de Langkasuka, no norte da Península Malaia, durando até o século XV. Entre os séculos VII e XIII, grande parte do sul dessa península passou para o domínio do Império Srivijaya que, após a sua queda, surgiu o Império Majapahit, que influenciou a maior parte da península e do arquipélago malaio.
O islamismo começou a se espalhar entre os malaios no século XIV. No início do século XV, Parameswara, um príncipe do antigo império Srivijaya, fundou o Sultanato de Malaca, que é considerado o primeiro Estado independente na área da península. A cidade de Malaca foi um importante centro comercial durante este império, atraindo o comércio de toda a região.
Em 1511, Malaca foi conquistada pelo Império Português, sendo tomado pelos holandeses em 1641. Em 1786, o Império Britânico estabeleceu-se na Malásia, quando o sultão de Kedah arrendou Penang para a Companhia Britânica das Índias Orientais. Os britânicos obtiveram a cidade de Cingapura em 1819 e, em 1824, assumiram o controle de Malaca após o Tratado Anglo-Neerlandês. Em 1826, os britânicos controlavam diretamente Penang, Malaca, Cingapura e a ilha de Labuan, que eles estabeleceram como colônia da Coroa dos Estabelecimentos dos Estreitos.
Por volta do início século XX, os estados de Pahang, Selangor, Perak e Negeri Sembilan, conhecido em conjunto como Estados Federados Malaios, tinham residentes britânicos nomeados para aconselhar os governantes locais, que eram obrigados a submeter-se por meio de um tratado. Os cinco estados restantes da península, conhecidos como Estados Malaios Não-Federados, embora não estivessem diretamente sob o domínio britânico, também aceitaram conselheiros britânicos.
O desenvolvimento na península de Bornéu era separado até o início século XIX. Sob a administração britânica, a imigração de chineses e indianos para servir como trabalhadores aumentou. A área atual de Sabah ficou sob o controle britânico como Bornéu do Norte, quando os sultões de Brunei e de Sulu transferiram seus respectivos direitos territoriais de propriedade, entre 1877 e 1878. Em 1842, Sarawak foi cedida pelo sultão de Brunei a James Brooke, cujos sucessores a governaram como "rajás brancos" por meio de um reino independente até 1946, quando tornou-se uma colônia da coroa.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o exército do Império do Japão invadiu e ocupou Malásia, Bornéu do Norte, Sarawak e Cingapura por mais de três anos. Durante este período, tensões étnicas foram levantadas e o nacionalismo cresceu. O apoio popular pela independência aumentou após a Malásia ser reconquistada pelos Aliados.
Os planos britânicos no pós-guerra de unir a administração da Malásia sob uma única colônia da coroa, chamada de União Malaia, teve forte oposição dos malaios, que se opunham ao enfraquecimento dos governantes locais e à concessão de cidadania para chineses. A União Malaia, criada em 1946 e que consistia de todas as possessões britânicas na península Malaia, com exceção de Cingapura, foi rapidamente dissolvida e substituída pela Federação da Malásia, que restaurou a autonomia dos governantes dos estados malaios sob domínio britânico. Durante esta época, os rebeldes, em sua maioria chineses, sob a liderança do Partido Comunista da Malásia, começaram operações de guerrilha destinada a expulsar os britânicos da Malásia.
O levante malaio ocorreu entre 1948 e 1960 e envolveu uma campanha anti-insurgência por tropas da Commonwealth na Malásia. Após isto, um plano foi posto em prática para criar uma federação malaia com as colônias da coroa do Bornéu do Norte (que aderiu como Sabah), Sarawak e Cingapura. A data proposta para a criação da federação foi 31 de agosto de 1963, no entanto, a data foi adiada para 16 de setembro desse ano devido à oposição de Sukarno, presidente da Indonésia, e do Partido Povos Unidos de Sarawak.
A federação provocou o aumento de tensões e um conflito com a Indonésia, além da saída de Cingapura e de conflitos étnicos que culminaram nos distúrbios raciais de 13 de maio de 1969.
Depois dos tumultos, a controversa "Nova Política Econômica" foi lançada pelo primeiro-ministro Tun Abdul Razak com o objetivo de aumentar a parcela da economia realizada pelos bumiputera, termo usado para os malaios étnicos.
Durante o governo do primeiro-ministro Mahathir bin Mohamad, houve um período de rápido crescimento econômico e urbanização. A economia deixou de ser baseada no setor agrícola e passou a ter como base a manufatura e a indústria. Vários megaprojetos foram concluídos, como a Petronas Towers, a Autoestrada Norte-Sul, o Super Corredor Multimídia e a nova capital administrativa federal de Putrajaya.
A partir da década de 1980, as exportações de petróleo e gás natural superaram as de produtos como borracha, madeira e especiarias. Devido ao rápido crescimento econômico, o país passou a fazer parte dos Novos Tigres Asiáticos.
Em 1994, o Parlamento aprovou a emenda constitucional que reduz o poder dos sultões. Nas eleições de abril de 1995, a coalizão governista Frente Nacional ganhou maioria arrasadora no Congresso (162 das 192 cadeiras). Mahathir bin Mohamad, no governo desde 1981, continuou no cargo de primeiro-ministro.
No final da década de 1990, a crise financeira asiática quase causou o colapso da moeda local e dos mercados de ações e imobiliário, provocando queda no crescimento econômico, porém, com o fim da crise, o país voltou a crescer.
Economia da Malásia
A Malásia é um país de economia de mercado relativamente aberta, orientada pelo Estado e recentemente industrializada. O Estado desempenha um papel importante, mas em declínio, ao guiar a atividade econômica através de planos macroeconômicos.
Tradicionalmente, o espaço geográfico da Malásia é marcado por uma infinidade de pequeninas propriedades, agrícolas, que cultivam principalmente arroz. Essas propriedades são cultivadas há muitas gerações por famílias inteiras, com ferramentas simples como enxadas e foices. A cena típica nessas pequenas propriedades familiares lembram muito jardineiros cuidando de seus canteiros. Por isso, esse tipo de trabalho artesanal é conhecido como "agricultura de jardinagem", praticada geralmente nas planícies e nas margens dos pequenos rios que cortam o país, tanto na península quanto na ilha.
Entretanto, desde o início do século XIX, quando os ingleses se apossaram do território, os solos mais férteis são ocupados por grandes fazendas do tipo plantation, que ainda produzem e exportam principalmente borracha. O país é atualmente o maior produtor mundial de borracha natural. Além da borracha, a Malásia é o maior exportador mundial de azeite de dendê. Outros produtos bastante cultivados no território malaio são cacau, coco, palmito, chá, entre outros.
Além das plantations, a economia malaia também depende de outros produtos primários, como bauxita, estanho, petróleo e gás natural. A partir da década de 1990, quando foi aprofundada a liberalização da economia malaia, muitas indústrias transnacionais se instalaram no país para beneficiar a borracha e os minérios. O país tem sido o maior produtor de estanho do mundo.
Nos últimos anos, o governo malaio criou Zonas Econômicas onde oferece incentivos fiscais, como isenção de impostos para a exportação. Graças a essa medida, modernas indústrias mecânicas e eletroeletrônicas multiplicaram-se na Malásia, transformando-a em mais uma plataforma de exportação.
O comércio internacional, facilitado pela rota marítima adjacente ao estreito de Malaca, e a manufatura, são os setores-chave da economia. O país tem sido um centro do sistema bancário islâmico e possui o maior número de trabalhadores do sexo feminino na indústria.
Os serviços baseados no conhecimento também estão se expandindo. Para criar uma capacidade autossuficiente para o seu desenvolvimento nacional, a Malásia privatizou algumas das suas instalações militares na década de 1970. A privatização criou a indústria de defesa, que em 1999 passou a ser administrada pelo Conselho de Defesa da Indústria da Malásia. O governo continua a promover este setor e a sua competitividade, comercializando na indústria de defesa.
A Malásia possui algumas transnacionais. Dentre elas se destacam a Malaysia Airlines (companhia aérea), Proton Holdings Berhad (automóveis), Petronas (produção e distribuição de petróleo e gás natural), entre outras.
Em um esforço para diversificar a economia e torná-la menos dependente das exportações, o governo malaio vem pressionando para aumentar o setor de turismo. Como resultado, essa atividade tornou-se a terceira maior fonte de divisas do país, embora seja ameaçado pelos efeitos negativos do crescimento da economia industrial, como poluição do ar e das águas e o desmatamento.
A infraestrutura da Malásia é uma das mais desenvolvidas da Ásia. A sua rede de telecomunicações é a segunda maior do Sudeste Asiático, atrás apenas de Cingapura. O país tem sete portos internacionais, sendo o principal deles o Porto de Klang. A rede rodoviária é bastante moderna, sendo que a Via Expresso Norte-Sul é a maior do país.
A industrialização do país elevou o percentual de população urbana para mais de 70% dio total. Mas grande parte dos novos moradores urbanos veio do campo sem nenhuma qualificação profissional. Essa população tem recebido grande atenção dos governantes malaios, que aplicam boa parte dos recursos gerados pelas exportações em educação para qualificar seus trabalhadores.
O país é multiétnico e multicultural, o que desempenhou um grande papel na política. Sua Constituição declara o islamismo como religião oficial, ao mesmo tempo protege a liberdade religiosa.
Ilha de Langkawi - Malásia |
A Malásia é composta da Península da Malásia e da parte ocidental da Ilha de Bornéu. Localizada nas proximidades da linha do Equador, possui um clima quente e úmido, com chuvas de monções ocorrendo entre abril e outubro, o que favorece o cultivo de alimentos, embora a extensão de terras agrícolas seja limitada pelo predomínio de relevo montanhoso. O país possui fronteiras terrestres com a Tailândia a oeste e com a Indonésia e Brunei a leste. Está ligado a Cingapura por meio de uma ponte. Faz fronteiras marítimas com o Vietnã e as Filipinas. As duas partes da Malásia, separadas uma da outra pelo Mar da China Meridional, compartilham uma paisagem bastante semelhante, pois, tanto a Malásia Peninsular quanto a Malásia Oriental (ilha de Bornéu) apresentam planícies costeiras que no interior transformam-se em colinas e montanhas.
A região peninsular possui cerca de 40% do território do país e se estende por 740 quilômetros de norte a sul. Essa região está dividida entre as suas costas leste e oeste pelas Montanhas Titiwangsa, que chegam a uma altitude de 2.183 metros, destacando-se o Monte Korbu (que é o ponto mais elevado dessa parte da Malásia) sendo parte de uma série de cadeias de montanhas que funcionam abaixo do centro da península.
Monte Korbu |
A Malásia é considerado um país megadiverso, com um elevado número de espécies e altos níveis de endemismo, que são encontrados nas diversas florestas e montanhas de Bornéu, onde as espécies são isoladas uma da outra por uma floresta de várzea.
Monte Kinabalu - ponto culminante da Malásia |
As primeiras evidências de habitação humana na região da atual Malásia datam de aproximadamente 40 mil anos. Acreditam-se que os primeiros habitantes tenham sido de pele escura e vindos da África. Por volta do século I d.C., comerciantes indianos e chineses chegaram à região, onde estabeleceram portos e cidades costeiras nos séculos II e III, resultando numa forte influência cultural desses dois povos sobre as culturas dos povos locais e da península Malaia, principalmente no aspecto religioso, com a prática das religiões hindu e budista.
Por volta do século II surgiu o reino de Langkasuka, no norte da Península Malaia, durando até o século XV. Entre os séculos VII e XIII, grande parte do sul dessa península passou para o domínio do Império Srivijaya que, após a sua queda, surgiu o Império Majapahit, que influenciou a maior parte da península e do arquipélago malaio.
Império Majapahit |
Em 1511, Malaca foi conquistada pelo Império Português, sendo tomado pelos holandeses em 1641. Em 1786, o Império Britânico estabeleceu-se na Malásia, quando o sultão de Kedah arrendou Penang para a Companhia Britânica das Índias Orientais. Os britânicos obtiveram a cidade de Cingapura em 1819 e, em 1824, assumiram o controle de Malaca após o Tratado Anglo-Neerlandês. Em 1826, os britânicos controlavam diretamente Penang, Malaca, Cingapura e a ilha de Labuan, que eles estabeleceram como colônia da Coroa dos Estabelecimentos dos Estreitos.
Mapa da Coroa dos Estabelecimentos dos Estreitos |
O desenvolvimento na península de Bornéu era separado até o início século XIX. Sob a administração britânica, a imigração de chineses e indianos para servir como trabalhadores aumentou. A área atual de Sabah ficou sob o controle britânico como Bornéu do Norte, quando os sultões de Brunei e de Sulu transferiram seus respectivos direitos territoriais de propriedade, entre 1877 e 1878. Em 1842, Sarawak foi cedida pelo sultão de Brunei a James Brooke, cujos sucessores a governaram como "rajás brancos" por meio de um reino independente até 1946, quando tornou-se uma colônia da coroa.
Malaca - Malásia |
Os planos britânicos no pós-guerra de unir a administração da Malásia sob uma única colônia da coroa, chamada de União Malaia, teve forte oposição dos malaios, que se opunham ao enfraquecimento dos governantes locais e à concessão de cidadania para chineses. A União Malaia, criada em 1946 e que consistia de todas as possessões britânicas na península Malaia, com exceção de Cingapura, foi rapidamente dissolvida e substituída pela Federação da Malásia, que restaurou a autonomia dos governantes dos estados malaios sob domínio britânico. Durante esta época, os rebeldes, em sua maioria chineses, sob a liderança do Partido Comunista da Malásia, começaram operações de guerrilha destinada a expulsar os britânicos da Malásia.
Demonstração anti-comunista na Malásia, na década de 1950 |
A federação provocou o aumento de tensões e um conflito com a Indonésia, além da saída de Cingapura e de conflitos étnicos que culminaram nos distúrbios raciais de 13 de maio de 1969.
Depois dos tumultos, a controversa "Nova Política Econômica" foi lançada pelo primeiro-ministro Tun Abdul Razak com o objetivo de aumentar a parcela da economia realizada pelos bumiputera, termo usado para os malaios étnicos.
Tun Abdul Razak (1922-1976) - ex-primeiro-ministro da Malásia |
A partir da década de 1980, as exportações de petróleo e gás natural superaram as de produtos como borracha, madeira e especiarias. Devido ao rápido crescimento econômico, o país passou a fazer parte dos Novos Tigres Asiáticos.
Em 1994, o Parlamento aprovou a emenda constitucional que reduz o poder dos sultões. Nas eleições de abril de 1995, a coalizão governista Frente Nacional ganhou maioria arrasadora no Congresso (162 das 192 cadeiras). Mahathir bin Mohamad, no governo desde 1981, continuou no cargo de primeiro-ministro.
No final da década de 1990, a crise financeira asiática quase causou o colapso da moeda local e dos mercados de ações e imobiliário, provocando queda no crescimento econômico, porém, com o fim da crise, o país voltou a crescer.
Putrajaya - capital administrativa da Malásia |
A Malásia é um país de economia de mercado relativamente aberta, orientada pelo Estado e recentemente industrializada. O Estado desempenha um papel importante, mas em declínio, ao guiar a atividade econômica através de planos macroeconômicos.
Tradicionalmente, o espaço geográfico da Malásia é marcado por uma infinidade de pequeninas propriedades, agrícolas, que cultivam principalmente arroz. Essas propriedades são cultivadas há muitas gerações por famílias inteiras, com ferramentas simples como enxadas e foices. A cena típica nessas pequenas propriedades familiares lembram muito jardineiros cuidando de seus canteiros. Por isso, esse tipo de trabalho artesanal é conhecido como "agricultura de jardinagem", praticada geralmente nas planícies e nas margens dos pequenos rios que cortam o país, tanto na península quanto na ilha.
Entretanto, desde o início do século XIX, quando os ingleses se apossaram do território, os solos mais férteis são ocupados por grandes fazendas do tipo plantation, que ainda produzem e exportam principalmente borracha. O país é atualmente o maior produtor mundial de borracha natural. Além da borracha, a Malásia é o maior exportador mundial de azeite de dendê. Outros produtos bastante cultivados no território malaio são cacau, coco, palmito, chá, entre outros.
Fazenda de plantação de chá na Malásia |
Nos últimos anos, o governo malaio criou Zonas Econômicas onde oferece incentivos fiscais, como isenção de impostos para a exportação. Graças a essa medida, modernas indústrias mecânicas e eletroeletrônicas multiplicaram-se na Malásia, transformando-a em mais uma plataforma de exportação.
O comércio internacional, facilitado pela rota marítima adjacente ao estreito de Malaca, e a manufatura, são os setores-chave da economia. O país tem sido um centro do sistema bancário islâmico e possui o maior número de trabalhadores do sexo feminino na indústria.
Mulheres trabalhando em uma fábrica de produtos eletrônicos na Malásia |
A Malásia possui algumas transnacionais. Dentre elas se destacam a Malaysia Airlines (companhia aérea), Proton Holdings Berhad (automóveis), Petronas (produção e distribuição de petróleo e gás natural), entre outras.
Posto de combustível da Petronas, em Kuala Lumpur - Malásia |
A infraestrutura da Malásia é uma das mais desenvolvidas da Ásia. A sua rede de telecomunicações é a segunda maior do Sudeste Asiático, atrás apenas de Cingapura. O país tem sete portos internacionais, sendo o principal deles o Porto de Klang. A rede rodoviária é bastante moderna, sendo que a Via Expresso Norte-Sul é a maior do país.
Edifícios modernos fazem parte da rotina das cidades malaias |
ALGUNS DADOS SOBRE A MALÁSIA
NOME OFICIAL: Federação da Malásia
CAPITAL: Kuala Lumpur
CAPITAL: Kuala Lumpur
Petronas Twin Towers - símbolo de Kuala Lumpur |
GENTÍLICO: malaio, malásio, malasiano, malaico
LÍNGUA OFICIAL: malaio e inglês
GOVERNO: Monarquia Eletiva Constitucional / Democracia Parlamentarista
LÍNGUA OFICIAL: malaio e inglês
GOVERNO: Monarquia Eletiva Constitucional / Democracia Parlamentarista
INDEPENDÊNCIA: do Reino Unido
Federação Malaia: 31 de agosto de 1957
Federação (com Sabá, Sarawak e Cingapura): 16 de setembro de 1963
Expulsão de Cingapura: 9 de agosto de 1965
Federação Malaia: 31 de agosto de 1957
Federação (com Sabá, Sarawak e Cingapura): 16 de setembro de 1963
Expulsão de Cingapura: 9 de agosto de 1965
LOCALIZAÇÃO: Sudeste Asiático
ÁREA: 330.803 km² (67°)
POPULAÇÃO (ONU - Estimativa 2014): 29.099.206 habitantes (43°)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 86,84 hab./km² (87°)
MAIORES CIDADES (Estimativa 2014):
Kuala Lumpur: 1.808.685 habitantes
POPULAÇÃO (ONU - Estimativa 2014): 29.099.206 habitantes (43°)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 86,84 hab./km² (87°)
MAIORES CIDADES (Estimativa 2014):
Kuala Lumpur: 1.808.685 habitantes
Kuala Lumpur - capital e maior cidade da Malásia |
Johor Bahru: 985.021 habitantes
Ipoh: 788.299 habitantes
Johor Bahru - segunda maior cidade da Malásia |
Ipoh - terceira maior cidade da Malásia |
PIB (Banco Mundial - 2013): U$ 307.178 bilhões (35°)
IDH (ONU - 2013): 0,773 (62°)
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2012): 75,7 anos (68°)
CRESCIMENTO VEGETATIVO (ONU - 2005/2010): 1,69% ao ano (75°)
TAXA DE FECUNDIDADE (CIA World Factbook - 2014): 2,58 (76°).
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2014): 93,1% (111°) Obs: essa taxa se refere a todas as pessoas com 15 anos ou mais que sabem ler e escrever.
TAXA DE URBANIZAÇÃO (Pnud - 2009/2010): 70,8% (57°)
PIB PER CAPITA (CIA World Factbook - 2013): U$ 10.547 (66°)
MOEDA: Ringgit Malaio
RELIGIÃO: islamismo (60,2%), budismo (19,8%), cristianismo (9,2%), hinduísmo (6,3%), outras religiões (1,3%), sem religião e ateísmo (3,2%).
DIVISÃO: a Malásia é uma federação composta por treze Estados e três territórios federais, onde onze estados e dois territórios encontram-se na Península Malaia e os outros dois estados e um território na Ilha de Bornéu. Os Estados são: Sultanato de Johor, Sultanato de Kedah, Sultanato de Kelantan, Sultanato de Pahang, Sultanato de Perak, Sultanato de Selangor, Sultanato de Terengganu, Monarquia Eletiva de Negeri Sembilan, Reino de Perlis, Malaca, Pulau Pinang, Sabah e Sarawak. Os territórios federais são: Putrajaya, Kuala Lumpur e Labuan.
Mapa da divisão territorial da Malásia |
FONTE: Tamdjian, James Onnig. Estudos de geografia: o espaço do mundo II, 9° ano / James Onnig Tamdjian, Ivan Lazzari Mendes. - São Paulo: FTD, 2012.
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