Na véspera, homem-bomba matou 18 pessoas na mesma cidade. Talibãs reivindicaram autoria do ataque maior.
Fonte: AFP
Um policial morreu e cinco ficaram feridos nesta quinta-feira (13) na explosão de uma bomba em Bannu, cidade no noroeste do Paquistão, que foi alvo na véspera de outro violento atentado que matou 18 pessoas, disse a polícia local.
Na quarta-feira, os terroristas atacaram uma delegacia de polícia. Nesta quinta, os policiais foram vítimas de uma bomba de fabricação caseira, ativada por controle remoto quando um carro de patrulha passava na rua, explicou à AFP Mohammad Iftijar, chefe da polícia distrital.
Policiais observam o veículo destruído no ataque desta quinta-feira (13) na cidade paquistanesa de Bannu. (Foto: AFP)
Bannu está situada entre Peshawar, grande metrópole do noroeste paquistanês, e as zonas tribais na fronteira com o Afeganistão - entre elas o Waziristão do Norte, bastião do Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP).
O atentado suicida da quarta-feira foi reivindicado pelo movimento.
Conheça a História do Paquistão
Mapa do Paquistão (Foto: Wikipédia)
Nome: República Islâmica do Paquistão
Capital: Islamabad (805.249 hab.)
Visão noturna de Islamabad - capital do Paquistão (Foto: Wikipédia)
Área: 880.940 km² (34º)
População: 176,2 milhões de habitantes (6º)
Cidades mais populosas:
Karachi: 13.205.339 habitantes
Karachi - maior cidade do Paquistão (Foto: Wikipédia)
Lahore: 7.129.609 habitantes
Lahore - segunda maior cidade do Paquistão (Foto: Wikipédia)
Faisalabad: 2.880.675 habitantes
Faisalabad - 3ª maior cidade do Paquistão (Foto: Wikipédia)
Independência: 14 de agosto de 1947, da Índia Britânica
Línguas Oficiais: urdu e inglês
Religião: islâmica, com minorias cristã e hindu
Moeda: rúpia paquistanesa
Governo: República Islâmica
Sede do Governo paquistanês, em Islamabad (Foto: Wikipédia)
PIB (paridade de poder de compra): US$ 504,3 bilhões (26º)
Expectativa de Vida: 65,5 anos
IDH (2010): 0,490 (125º)
Mortalidade Infantil: 67,5/mil nasc. (160º)
Alfabetização: 49,9% (160º)
Localização: sul da Ásia, na confluência entre a Ásia Central e o Oriente Médio.
Limites: Irã e Afeganistão (oeste); China (nordeste); Índia (leste); Mar Arábico (sul).
História
A civilização do Vale do Indu é uma das mais antigas do mundo, datando de aproximadamente 5 mil anos, e se espalhou pelo que hoje é o Paquistão. A região sofreu diversas invasões de persas, gregos, árabes (que trouxeram o Islã), turcos, afegãos e citas. O local foi disputado entre muçulmanos e hindus, desde o século VIII, e os ingleses chegaram no século XVIII, transformando a região em Colônia. A ideia da criação de um Estado que abrigasse politicamente os muçulmanos da Índia, começou a surgir no começo do século XIX. Os ideais do novo país foram lançados pelo idéólogo e político Muhammad Ali Jinnah, com o apoio da Liga Muçulmana. A nação foi constituída em agosto de 1947, contra a vontade dos líderes indianos.
Muhammad Ali Jinnah - um dos fundadores do Paquistão (Foto: Wikipédia)
Agosto de 1947
A independência da Índia britânica (de maioria hindu), dá origem ao Paquistão (de maioria muçulmana), separando nas partes Ocidental (províncias de Beluquistão, Sind, Punjab e a Fronteira Norte Ocidental) e Oriental. Dividindo os dois lados, há 1.600 km de território indiano.
Mapa da divisão do Paquistão (Foto: Wikipédia)
Em outubro do mesmo ano, uma guerra é travada contra a Índia pela conquista da Caxemira. A batalha termina em dezembro do ano seguinte, com uma resolução da ONU permitindo às pessoas da região que vivessem em ambos os países. O texto também exige um plebiscito sobre a independência da Caxemira, que nunca foi realizado. A região é dividida: dois terços ficaram com os indianos, e um terço com os paquistaneses.
Mapa da Caxemira (Foto: Wikipédia)
1965
A segunda batalha indo-paquistanesa, é também pelo domínio da Caxemira. Ela tem início sem uma declaração formal de guerra e termina sem uma resolução militar.
Soldado paquistanês lutando na Caxemira (Foto: Wikipédia)
1971
Em uma terceira guerra entre Índia e Paquistão, o lado Oriental do Paquistão, que tinha uma cultura diferente da do lado Ocidental, se torna independente com o apoio da Índia, e passa a se chamar Bangladesh.
Soldados indianos transportando feridos durante a guerra da independência do Bangladesh (Foto: contextopolítico)
1988
Ishac Khan assume a presidência do Paquistão e promove a transição para a democracia. Benazir Bhutto vence as eleições, mas é acusada de corrupção e deposta por Khan.
Benazir Bhutto. Foto: Google Imagens
1998
Em resposta a um teste nuclear indiano, o país testa suas armas atômicas. em outubro deste ano, Pervez Musharraf é nomeado comandante-em-chefe do Exército pelo Primeiro-Ministro Nawaz Sharif.
Míssel nuclear indiano. Foto: Google Imagens
Maio de 1999
O exército paquistanês faz nova incursão na região da Caxemira. A mediação de Bil Clinto, então presidente dos EUA, obriga a retirada dos soldados e evita uma nova guerra com a Índia.
Outubro de 1999
Sharif destitui Musharraf em seu retorno de uma viagem ao Sri Lanka. Musharraf consegue aterrissar em Karachi e elabora um Golpe de Estado contra Sharif. Ele se torna chefe do Executivo e das Forças Armadas.
General Musharraf. Foto: pco.org
Dezembro de 2000
Sharif é condenado à prisão perpétua e parte rumo ao exílio na Arábia Saudita.
Junho de 2001
Musharraf se declara presidente.
Setembro de 2001
Após os atentados de 11 de setembro, nos EUA, Musharraf se torna aliado dos EUA na luta contra o terror.
Abril de 2002
Musharraf ratifica seu cargo presidencial em um controvertido plebiscito e o prorroga por cinco anos.
Outubro de 2007
Musharraf é eleito para o seu segundo mandato como presidente em votação parlamentar. O supremo bloqueia o resultado até que sejam solucionados recursos da oposição. Benazir Bhutto retorna do exílio após um pacto com Musharraf, que concede anistia a ela. No mês seguinte, é Sharif quem volta ao país após o exílio, graças a uma decisão judicial. Musharraf abdica da chefia das Forças Armadas.
Nawas Sharif. Foto: Google Imagens
Dezembro de 2007
A ex-primeira-ministra Benazir Bhutto morre em um atentado suicida, após um comício em Rawalpindi, perto de Islamabad. Além dela, pelo menos 139 pessoas morreram e 400 ficaram feridas.
Atentado que matou Benazir Bhutto. Foto: Google Imagens
Fevereiro de 2008
São realizadas eleições legislativas nas quais vence o Partido do Povo do Paquistão (PPP), de Bhutto.
Agosto de 2008
O presidente Pervez Musharraf renuncia, sob ameaças de impeachment.
Setembro de 2008
O viúvo de Bhutto, Asif Zardari, vence as eleições.
Novembro de 2008
Atentados de hotéis de Mumbai, na Índia, inflamam as relações entre as duas nações rivais, com acusações por parte dos indianos de que os autores dos atentados eram militantes paquistaneses. O governo paquistanês oferece ajuda à Índia na captura dos criminosos e também se diz vítima do terrorismo.
Outubro de 2009
Um ataque com carro-bomba mata 105 pessoas em um mercado lotado de Peshawar, horas depois da chegada da secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton, ao país. Ela anuncia mais ajuda ao Paquistão para conter o terrorismo e classifica o atentado como cruel e brutal.
Atentado terrorista no Paquistão. Foto: band.com
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