Uma mulher morreu intoxicada por gás lacrimogêno neste sábado, depois de participar de manifestação contra o muro levantado por Israel na Cisjordânia. O fato está sendo considerado "crime de guerra" cometido pelo Estado hebreu pela Autoridade Palestina. "Condenamos este crime abominável cometido pelo exército de ocupação israelense em Bilin contra os participantes de manifestação pacífica", declarou Saeb Erakat, principal negociador palestino.
Deverá ser catalogado como um dos crimes de guerra cometidos por Israel contra nosso povo", denunciou.
Falecida na madrugada deste sábado, a vítima, Jawaher Abu Rahmah, 36 anos, estava em estado grave de saúde desde a tarde de sexta-feira, tendo sido enterrada neste sábado.
O exército israelense confirmou, na sexta-feira, ter utilizado "meios de dispersão" contra 250 manifestantes que atiravam pedras em seus militares, em Bilin, sem mencionar a existência de feridos.
Neste sábado, um oficial israelense informou que "há uma investigação para determinar as causas exatas desta morte".
Abu Rahmah foi enterrada na tarde de hoje em Bilin, envolta em uma bandeira palestina e em meio a mais de 3 mil pessoas.
As localidades vizinhas de Bilin e Nilin vêm sendo, todas as semanas, cenário de manifestações contra o muro construído por Israel na Cisjordânia.
Para o governo hebreu, trata-se de uma "barreira antiterrorista", mas os palestinos chamam a construção de "muro do apartheid".
Na noite deste sábado, cerca de 200 pessoas protestaram diante da sede do ministério israelense da Defesa, em Tel Aviv, pela morte de Abu Rahmah, e mais de dez manifestantes foram detidos pela polícia por interromper o trânsito, constatou um fotógrafo da AFP.
A organização não-governamental israelense, Médicos pelos Direitos Humanos, lembrou que a utilização de gás lacrimogêneo já provocou a morte de várias pessoas durante a primeira Intifada, há duas décadas.
Fonte: Blog do Vavá da Luz
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