sexta-feira, 27 de novembro de 2020
terça-feira, 24 de novembro de 2020
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
terça-feira, 17 de novembro de 2020
A LUA: O SATÉLITE NATURAL DA TERRA
A Lua é o satélite natural da Terra. Consiste de um corpo rochoso com 3.476 km de diâmetro, quase um terço do tamanho da Terra. A distância média da Terra à Lua é de 384.400 km.
A Lua não tem atmosfera para proteger o ser humano ou outro ser vivo da exposição direta às radiações solares, como a radiação ultravioleta. Também não existe água nem vulcões porque, ao contrário da Terra, a Lua tem a parte mais interna em estado sólido (não apresenta magma). Mas há muitas crateras, geralmente formadas pelo impacto de corpos celestes no passado. As colisões derreteram rochas e formaram lavas, que esfriam e aparecem como áreas escuras na Lua, chamadas de mares. A temperatura na sua superfície varia, em média, de 100°C a -150°C. Todas essas condições não permitem a existência de seres vivos na Lua.
Estrutura Lunar |
Os principais movimentos da Lua são: translação ao redor da Terra e rotação sobre seu próprio eixo. Esses movimentos têm praticamente o mesmo tempo de duração: aproximadamente 27 dias e 8 horas. Por esse motivo, a Lua mantém sempre a mesma face voltada para a Terra.
As fases da Lua
O brilho da Lua é reflexo da luz do Sol. Da mesma forma que os planetas, ela não tem luz própria. O observador terrestre vê partes diferentes da Lua iluminadas pelo Sol, enquanto ela se movimenta ao redor da Terra. Esses diferentes aspectos, denominados fases da Lua, são: Lua Nova, Quarto Crescente, Lua Cheia e Quarto Minguante. Quarto, significa 1/4. O Sol ilumina a metade da esfera lunar e, daqui da Terra, vemos apenas a metade da porção iluminada pelo Sol, isto é, 1/4 da Lua.
A fase de Lua Nova é quando a sua face está do lado oposto à Terra. Para nós, está voltada a face não iluminada. Nessa fase a Lua não é vista no céu noturno. Nos dias seguintes, a Lua tem a aparência de um arco iluminado e, às vezes, pode ser vista à tardinha. À medida que a Lua translada ao redor da Terra, aumenta a parte que vemos iluminada. Após cerca de sete dias, ela está na sua fase Quarto Crescente.
A Lua segue a sua órbita. A cada dia aumenta a sua região iluminada vista da Terra. Quando a Lua está em posição oposta à posição do Sol em relação à Terra, a Lua fica com a face voltada para nós completamente iluminada: é a fase da Lua Cheia. Nesse período, a Lua surge no céu no início da noite.
Praia de Ponta Negra, em Natal/RN, em uma noite de Lua Cheia |
Nas noites seguintes, podemos observar que a parte iluminada da Lua começa a diminuir até que só a metade da sua face é vista. Ela aparece no céu bem mais tarde da noite e pode ser vista ao amanhecer: é a fase Quarto Minguante.
A Lua segue na sua translação, mudando de posição em relação à Terra e ao Sol. Para quem a observa da Terra, vai diminuindo a parte iluminada, até que ela novamente não é vista no céu. A Lua, então, completa o seu ciclo e retorna à fase de Lua Nova.
As quatro fases da Lua acontecem em ciclos contínuos, num período de 29 dias e 12 horas. Os eclipses são fenômenos que ocorrem devido à posição entre a Lua, a Terra e o Sol.
Lua crescente e o planeta Vênus numa madrugada de Nova York, EUA |
Eclipse Lunar
O eclipse lunar acontece na fase da Lua Cheia. Ocorre quando a Terra fica entre o Sol e a Lua, que passa pela região da sombra da Terra. A Terra, nessa ocasião, bloqueia os raios solares que iluminam a Lua. A sombra da Terra se projeta na Lua, cobrindo-a parcial (eclipse parcial) ou totalmente (eclipse total). O eclipse lunar é visto em todas as partes do mundo.
Figurinha mostrando a posição dos astros durante um eclipse lunar |
Eclipse Solar
O eclipse solar ocorre quando a Lua fica entre o Sol e a Terra, ou seja, na fase de Lua Nova e todos ficam alinhados em uma reta só. Nessa ocasião, a Lua bloqueia os raios solares que iluminam parte da Terra.
O eclipse solar poder ser parcial para algumas regiões. Esse fenômeno ocorre pelo menos duas vezes ao ano; no entanto, ocorre raramente num mesmo local da Terra. Diferentemente do eclipse lunar, o eclipse solar é visto apenas em algumas regiões do planeta.
Figurinha mostrando como ocorre um eclipse solar |
Influência da Lua sobre a Terra
A Lua é a principal causa dos fenômenos das marés. A força de atração entre a Terra e a Lua e entre a Lua e o Sol, provoca a subida e a descida do nível das águas do mar. A subida é a maré alta ou preamar. A descida é a maré baixa ou a baixa-mar.
As marés acontecem porque a força gravitacional é maior no lado da Terra que está mais próximo à Lua do que no lado oposto, mais afastado.
Mas a influência da atração gravitacional da Lua e dos planetas sobre o corpo humano pode ser desprezada diante da influência do planeta Terra e até de corpos muito mais leves, porém, muito mais próximos.
Imagem da Lua passando na frente da Terra a partir da perspectiva da sonda Deep Space Climate Observatory |
A Lua de Neve
O fenômeno recebe esse nome porque tribos nativas americanas e de toda a Europa costumavam nomear as Luas com base nos atritos que associavam às estações do ano no Hemisfério Norte.
Assim, a Lua Cheia em fevereiro é chamada de Lua de Neve por causa das fortes nevascas que normalmente ocorrem ao longo do mês em algumas partes do mundo. Algumas tribos a chamavam de Lua de Fome, porque o clima de inverno criava condições difíceis de caça e escassez de alimentos.
Visão da Lua sobre o deserto de Mojave, na Califórnia - EUA |
Superlua
A Superlua ocorre quando a Lua ocupa a posição de maior proximidade com a Terra, apresentando-se aproximadamente 15% maior e com cerca de 30% a mais de luminosidade. O fenômeno torna-se especial com a fase da Lua Cheia, fazendo com que a Lua seja percebida com um tamanho muito superior ao normal.
Superlua vista dos céus de Atenas - Grécia |
Lua de Sangue
Também chamado de Lua Sangrenta, é um dos fenômenos astronômicos mais belos vistos a olho nu. No entanto, Lua de Sangue é só um nome impactante que deram para o fenômeno em que a Lua fica avermelhada.
O fenômeno é raro e acontece em eclipses da Superlua. A junção da Superlua com o eclipse lunar causa a Lua de Sangue. A cor avermelhada deve-se a uma relação entre a proximidade da Lua com a atmosfera terrestre e os raios solares. O Sol emite luzes de todas as cores, mas quando a Lua está próxima da Terra, apenas as cores de baixa frequência, como o vermelho, são refletidas da atmosfera terrestre para o nosso satélite natural, o que torna a Lua vermelha.
sexta-feira, 13 de novembro de 2020
quinta-feira, 12 de novembro de 2020
quarta-feira, 11 de novembro de 2020
segunda-feira, 9 de novembro de 2020
sexta-feira, 6 de novembro de 2020
terça-feira, 3 de novembro de 2020
segunda-feira, 2 de novembro de 2020
sábado, 31 de outubro de 2020
quarta-feira, 28 de outubro de 2020
domingo, 25 de outubro de 2020
O PLANETA VÊNUS
Vênus é o segundo planeta do Sistema Solar mais próximo do Sol. Tem cerca de 800 milhões de anos e, além do Sol e da Lua, é o corpo celeste mais brilhante no céu, motivo pelo qual é conhecido desde a Antiguidade.
Também chamado de Estrela Dalva, Estrela da Manhã, Estrela Vespertina e Joia do Céu, é considerado um planeta irmão da Terra. Isso decorre em virtude das similaridades de massa, densidade e volume entre ambos.
Vênus orbita em torno do Sol a cada 224,7 dias. Recebeu seu nome em homenagem à deusa romana do amor e da beleza Vênus, equivalente a Afrodite. É considerado um planeta telúrico (terrestre), sendo coberto por uma camada opaca de nuvens de ácido sulfúrico altamente reflexivas, impedindo que a sua superfície seja vista do espaço na luz visível.
Vênus possui a mais densa atmosfera entre todos os planetas do Sistema Solar, sendo constituído principalmente de dióxido de carbono. O planeta não possui um ciclo de carbono para fixar o carbono em rochas ou outros componentes da superfície, nem parece ter qualquer vida orgânica para absorvê-lo como biomassa. A primeira missão à Vênus data de 1961. Chamou-se Venera 1 e era soviética.
Imagem obtida por radar da superfície de Vênus |
Acredita-se que no passado Vênus possuía oceanos como os da Terra, que se evaporaram quando a temperatura se elevou, restando uma paisagem desértica, seca e poeirenta, com muitas pedras em forma de placas. A água provavelmente se dissociou e, devido à inexistência de um campo magnético, o hidrogênio foi arrastado para o espaço interplanetário pelo vento solar. A pressão atmosférica na superfície do planeta é 92 vezes a da Terra.
A superfície venusiana foi objeto de especulação até que alguns dos seus segredos foram revelados pela ciência planetária no século XX. O solo apresenta evidências de extenso vulcanismo e o enxofre na atmosfera pode indicar que houve algumas erupções recentes. Entretanto, a falta de evidência de fluxo de lava acompanhando algumas das caldeiras visíveis permanece um enigma. O planeta possui poucas crateras de impacto, demonstrando que a superfície é relativamente jovem, com idade de aproximadamente 300-600 milhões de anos. Não há evidência de placas tectônicas, possivelmente porque a crosta é muito forte para ser reduzida, sem água para torná-la menos viscosa. Em vez disso, Vênus pode perder seu calor interno em eventos periódicos de reposição da superfície.
Como podemos ver Vênus no início da noite |
Vênus tem 12.104 km de diâmetro. A superfície é coberta de lava e composta principalmente de dióxido de carbono e ácido sulfúrico, os quais formam nuvens densas responsáveis pelo fenômeno do efeito estufa. É isso que faz a temperatura aumentar a níveis suficientes para derreter o chumbo. Pelo menos 97% da composição atmosférica de Vênus é de dióxido de carbono. O restante é composto de nitrogênio e traços de dióxido de enxofre, vapor d'água, monóxido de carbono, argônio, hélio, neônio, cloreto de hidrogênio e fluoreto de hidrogênio. A temperatura de Vênus é de 482 ºC. A velocidade orbital desse planeta é de 35 km/h e a excentricidade orbital é circular, sendo considerada a menos excêntrica do Sistema Solar.
Crateras de impacto na superfície de Vênus |
sábado, 24 de outubro de 2020
terça-feira, 20 de outubro de 2020
segunda-feira, 19 de outubro de 2020
PLANETA MERCÚRIO: O MENOR PLANETA DO SISTEMA SOLAR
Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol e o menor do Sistema Solar. O movimento de rotação de Mercúrio é o menor de todos os planetas, orbitando em torno do Sol a cada 87,969 dias terrestres. O tamanho de Mercúrio é quase o tamanho da Lua, o satélite natural da Terra. Possui uma área de superfície de 7,48 X 107 km². O diâmetro equatorial de Mercúrio é de 4.879,4 km, seu volume de 6,083 X 1010 km², sua massa é de 3,3011 X 1023 kg, sua densidade média é de 5,427 g/cm³ e possui uma gravidade superficial de 3,7 m/s².
Mercúrio só pode ser visto da Terra pouco antes do amanhecer ou logo após o pôr do Sol, não tem satélites naturais e tem uma órbita muito excêntrica, cujo raio varia de 46 a 70 milhões de quilômetros. Seu nome vem do deus romano Mercúrio.
Fotografia de Mercúrio em cores, feita pela sonda Messenger, em 2008 |
Mercúrio é o planeta que passa a maior parte do tempo sendo o mais próximo da Terra, dado que a Terra passa parte do tempo no lado oposto da órbita de Vênus.
As duas primeiras espaçonaves a explorar o planeta Mercúrio foi a Mariner 10, que mapeou aproximadamente 45% da superfície do planeta entre 1974 e 1975, e a MESSENGER, que mapeou outros 30% da superfície durante um sobrevoo em 14 de janeiro de 2008.
Mercúrio tem uma aparência similar à Lua, com crateras de impacto e planícies lisas, não possuindo satélites naturais nem uma atmosfera substancial. Entretanto, diferentemente da Lua, Mercúrio possui uma grande quantidade de ferro no núcleo, que gera um campo magnético cuja intensidade é cerca de 1% da intensidade do campo magnético da Terra. A temperatura em sua superfície varia entre -183°C a 427°C. O ponto subpolar é a região mais quente e o fundo das crateras perto dos polos, as regiões mais frias.
As primeiras observações registradas de Mercúrio datam pelo menos do século IV a.C. Antes desse período, astrônomos gregos acreditavam que se tratasse de dois objetos distintos: um visível no nascer do Sol, ao qual chamavam Apolo, e outro visível ao pôr do Sol, chamado de Hermes. O nome em português para o planeta provém da Roma Antiga, onde o astro recebeu o nome do deus romano Mercúrio, que tinha na mitologia grega o nome de Hermes.
Estrutura interna de Mercúrio |
Mercúrio pode ter se formado muito cedo, antes mesmo da estabilização da energia do Sol. Grande parte da superfície de Mercúrio teria sido vaporizada, formando uma atmosfera de vapor de rock, que era então transportada pelo vento solar, e é bastante rico em ferro. É um dos quatro planetas telúricos (sólidos) do Sistema Solar e seu corpo rochoso é igual à Terra. Cerca de 70% da superfície de Mercúrio é composta por material metálico e 30% de silicatos.
A atmosfera de Mercúrio é composta por uma camada muito fina de átomos elevada à superfície pelo vento solar. Uma vez que Mercúrio é muito quente, os seus átomos escapam rapidamente para o espaço. A superfície de Mercúrio revela enormes escarpas, alguns com centenas de quilômetros de largura e 3.000 metros de altura. Algumas quebras nos anéis das crateras e outras características do terreno semelhante, indicam que estas eram formadas por escarpas de compressão.
Imagem de Mercúrio |
Mercúrio foi intensamente bombardeado por cometas e asteroides durante e logo depois de sua formação, há 4,6 bilhões de anos, como também durante um possível episódio subsequente denominado "Intenso bombardeio tardio", que se encerrou há 3,8 bilhões de anos. Durante esse período de intensa formação de crateras, o planeta recebeu impactos sobre toda a sua superfície, o que foi facilitado pela ausência de qualquer atmosfera que diminuísse os impactos. Durante esse período o planeta teve atividade vulcânica e bacias como a Caloris, preenchidas por magma do interior planetário, que produziram planícies suaves similares aos mares lunares.
As crateras de impacto em Mercúrio variam desde pequenas cavidades em forma de tigelas até bacias de impacto com multi-anéis de centenas de quilômetros de tamanho. Elas aparecem em todos os estados de degradação, de crateras raiadas relativamente intactas até remanescentes de crateras altamente degradadas. Crateras mercurianas diferem sutilmente das lunares em função de a área coberta pela matéria ejetada ser muito menor, devido à ação de uma força gravitacional mais forte.
Como podemos ver Mercúrio no início da noite |
A maior cratera conhecida é a bacia Caloris, que possui um diâmetro de 1.550 quilômetros. O impacto que criou a bacia Caloris foi tão forte que causou erupções de lava e deixou um anel concêntrico com mais de 2 quilômetros de altura em volta do impacto. Na antípoda da bacia Caloris existe uma grande região conhecida como "Terreno Esquisito". Uma das hipóteses de sua origem seria que as ondas de choque geradas pelo impacto da bacia Caloris viajaram em torno do planeta, convergindo na antípoda da bacia. As altas tensões resultantes fraturaram a superfície. Outra teoria sugere que o terreno foi formado com um resultado de convergência da ejeta nesta antípoda da bacia.
Ao todo, aproximadamente 15 bacias de impacto foram identificadas na área mapeada de Mercúrio. Uma bacia notável é a bacia Tolstoj, com 400 quilômetros de tamanho e multi-anéis, que teve material ejetado cobrindo uma extensão de mais de 500 quilômetros da sua borda e um piso que foi preenchido por materiais de planícies suaves.
A bacia Beethoven tem um tamanho similar de material ejetado e uma borda de 625 quilômetros de diâmetro. Assim como a Lua, a superfície de Mercúrio sofreu os efeitos de processos de erosão espacial, incluindo o vento solar e o impacto de micrometeoritos.
Bacia Caloris de Mercúrio - um dos maiores acidentes de impacto do Sistema Solar |
sexta-feira, 16 de outubro de 2020
A CORRENTE MARÍTIMA DE HUMBOLDT
O norte do Chile apresenta climas árido e semiárido por causa da corrente marítima fria de Humboldt. Ela impede a chegada de massas de ar úmidas provenientes do Oceano Pacífico ao continente.
A corrente de Humboldt, também chamada de corrente do Peru, nasce próximo à Antártida, e é a corrente mais fria do mundo, com uma temperatura aproximada de 7º°C inferior à temperatura média do oceano na mesma latitude.
A corrente de Humboldt resfria o ar atmosférico, provocando a condensação do vapor de água de massas de ar úmidas provenientes do oceano e causando chuvas. Quando essas massas de ar atingem o norte do território chileno, já perderam a umidade e se tornaram massas de ar secas. É aí que surge o deserto do Atacama, considerado o deserto mais árido do mundo.
Corrente de Humboldt |
Alexander von Humboldt foi um naturalista, cientista e viajante alemão que viveu entre 1769 e 1859. Durante a sua vida fez várias expedições, inclusive no continente americano. Em 1802, foi à costa americana do Pacífico. No litoral peruano, numa área de clima tropical, deparou com pinguins e um clima intrigantemente fresco.
Humboldt mediu a temperatura da água no litoral de Callao (Peru), de onde saiu para Guayaquil (Equador). Graças à corrente marítima que vem do sul do Chile, essa viagem costeira levava 5 dias, muito rápido para a época, mas a volta podia demorar semanas.
A corrente era conhecida desde o século XVI, mas o cientista foi o primeiro a verificar que suas águas eram bem mais frias que as águas que as circundavam.
A baixa temperatura impede a evaporação e deixa a umidade relativa do ar baixa, deixando a massa de ar seca e ajudando a formar o clima seco do deserto do Atacama.
Vale da Lua, no deserto do Atacama - é considerado o deserto mais seco do mundo devido à atuação da corrente de Humboldt |
Durante o fenômeno El Niño, a corrente de Humboldt desaparece e deixa em seu lugar uma corrente quente, diminuindo o plâncton e aumentando as precipitações pluviométricas na costa sul-americana do Pacífico. Suas águas têm características diferentes das águas oceânicas. Por terem outra temperatura, salinidade, coloração e densidade, elas não se misturam facilmente com as águas do mar por onde passam.
Com essas e outras observações, Humboldt concluiu que a corrente tinha origem no Polo Sul e era a responsável pelas temperaturas amenas no litoral sul-americano do Pacífico.
Esquema mostrando o efeito da corrente de Humboldt |
Graças às águas frias, à baixa salinidade e ao plâncton - seres microscópicos que vivem em suspensão nos meios aquáticos e servem de alimentos para alguns animais -, transportados pela corrente de Humboldt, a costa da América do Sul banhada pelo Oceano Pacífico, apresenta um dos ecossistemas marinhos de maior riqueza no mundo. Isso permite a região ter uma fauna marinha diversificada e torna os litorais, especialmente do Peru e do Chile, muito piscosos.
Com alimento em abundância, a costa oeste da América do Sul atraem muitos cardumes, principalmente sardinhas, anchovas e carapaus do Pacífico.
Dentre os animais encontrados nessa região, estão: pardelas-de-pata-rosada, lobos-marinhos, o pinguim-de-humboldt, entre outros, animais típicos da Antártida. O pinguim de Humboldt é encontrado na costa do Chile, e tem esse nome em homenagem à Alexander von Humboldt.
Pinguim-de-humboldt (Spheniscus humbolditi) |