terça-feira, 27 de outubro de 2015

INDONÉSIA: O PAÍS COM A MAIOR POPULAÇÃO MUÇULMANA DO MUNDO

  A Indonésia é o maior arquipélago do mundo. São mais de 17 mil ilhas situadas nos oceanos Pacífico e Índico, que se estendem por 5 mil quilômetros no sentido oeste-leste e por 1,5 mil quilômetros no sentido norte-sul.
  A paisagem da Indonésia, marcada pela presença de densas florestas, vulcões e belíssimas praias  tropicais, transformou a região em importante destino turístico. O arquipélago abriga uma das áreas de maior diversidade biológica em todo o mundo. Existem aproximadamente 25 idiomas, 250 dialetos e 4 religiões mais praticadas, sendo o islamismo a que possui o maior número de fiéis.
  Por ser um arquipélago, o país tem fronteiras terrestres com a Malásia (ilha de Bornéu), Timor-Leste (ilha do Timor) e Papua Nova Guiné (na Nova Guiné); e marítimas com as Filipinas, Malásia, Cingapura, Palau, Austrália e Brunei.
  O país é um dos membros fundadores da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) e membro do G-20, possui a 16ª maior economia do planeta e é o quarto país mais populoso do mundo.
Mapa da Indonésia
HISTÓRIA
  A história da Indonésia foi moldada por sua posição geográfica, seus recursos naturais, as grandes migrações humanas, a economia, o comércio, as conquistas e a política. O território da Indonésia é habitado por povos de várias origens, criando uma diversidade de culturas, etnias e idiomas. Os acidentes geográficos do arquipélago e o clima, influenciaram significativamente a agricultura e o comércio, assim como a formação dos estados.
  Restos fossilizados do Homo-erectus, popularmente conhecido como Homem de Java, sugerem que a Indonésia começou a ser habitada entre 500 mil e dois milhões de anos atrás. O Homo-sapiens chegou à região provavelmente há 45 mil anos. Os austronésios, que constituem a maioria da população moderna do país, emigraram para o Sudeste Asiático a partir da ilha de Formosa. Por volta de 2.000 a.C., chegaram à Indonésia e expandiram seus territórios para as ilhas melanésias do oriente.
Bekasi - com uma população de 2.470.293 habitantes (estimativa 2015), é a quarta maior cidade da Indonésia
  Nos princípios do século VIII a.C., as condições agrícolas ideais e o aperfeiçoamento das técnicas do cultivo do arroz permitiram o surgimento de pequenas aldeias e reinos. A posição estratégica da Indonésia estimulou o comércio entre as ilhas e o continente.
  Entre os séculos VII e XIV d.C., formaram-se nas ilhas de Sumatra e Java, vários reinos hindus e budistas. Dois grandes reinos que surgiram nessa época foram o Sriwijaya e Majapahit. Nesse período, o reino budista de Sriwijaya, em Sumatra, cresceu rapidamente, onde no seu auge, controlava desde o oeste até a península Malaia.
Expansão do reino Sriwijaya
  No século XIV, surgiu o reino Majapahit, que conseguiu obter poder sobre o território que é a maior parte da Indonésia atual e sobre quase toda a península Malaia.
  Com a chegada dos comerciantes árabes de Gujarate (Índia) no século XII, o islamismo tornou-se a religião dominante na maior parte do arquipélago indonésio, tendo início pelo norte de Sumatra. Outras áreas da Indonésia gradualmente adotaram o islamismo, o que o tornou a religião dominante em Java e em Sumatra no final do século XVI. O islamismo se misturou a influências culturais e religiosas da região, que moldaram a forma predominante do islamismo na Indonésia, particularmente em Java. Sultanatos islâmicos como o de Mataran e o de Banten se instalaram na região.
  Quando o califado passou para as mãos dos Otomanos, foi iniciado um grande intercâmbio cultural entre as duas partes do oceano Índico e entre o Atlântico e o distante oceano Pacífico. Com a derrota dos safávidas, em Tabriz, e a aliança com os Mogols na Índia, os otomanos abriram as portas para o Extremo Oriente, e as fecharam para o Ocidente.
  O bloqueio comercial otomano provocou uma incansável busca por um caminho para as terras onde eram produzidas as especiarias.
Templo budista Bajang Ratu, na cidade de Mojokerto - Indonésia
  Quando os europeus chegaram à Indonésia, em princípios do século XVI, começaram a dominar os reinos que ali existiam, com o objetivo de monopolizar o comércio das especiarias.
  No século XVII, os holandeses, através da Companhia Holandesa das Índias Orientais, estabeleceram na região a sua colônia, mas não conseguiram ocupar a colônia portuguesa de Timor. Durante a maior parte do período colonial, o controle holandês sobre o arquipélago ficou restrito às zonas costeiras, em uma ocupação que durou até o século XX. As tropas holandesas estavam constantemente envolvidas em sufocar rebeliões. A influência de líderes locais e uma sangrenta guerra em Aceh, que durou trinta anos, debilitaram e reduziram as forças militares holandesas.
Medan - com uma população de 2.219.271 habitantes (estimativa 2015), é a quinta maior cidade da Indonésia
  Durante a Segunda Guerra Mundial, os Países Baixos, que haviam sido ocupados pela Alemanha Nazista, perderam a sua colônia para os japoneses. Com o fim da guerra, Sukarno, que tinha cooperado com os japoneses, declarou a independência da Indonésia, mas os Aliados apoiaram o exército holandês, que objetivava recuperar sua colônia.
  A guerra pela independência, denominada Revolução Nacional da Indonésia, durou mais de quatro anos e envolveu um esporádico, mas sangrento conflito armado interno, levantes políticos e duas grandes intervenções diplomáticas internacionais. As forças holandesas não conseguiram prevalecer sobre os indonésios, sendo expulsos após muita resistência.
  Embora as forças holandesas controlassem vilas, cidades e redutos republicanos em Java e Sumatra, não conseguiram controlar as aldeias e o campo. Assim, a República da Indonésia acabou por prevalecer, tanto através da diplomacia internacional, como através da determinação da Indonésia em conflitos armados em Java e em outras ilhas.
  A revolução terminou em dezembro de 1949, quando, após pressões internacionais, os Países Baixos reconheceram formalmente a independência da Indonésia.
Tangerang - com uma população de 1.902.919 habitantes (estimativa 2015), é a sexta maior cidade da Indonésia
  Entre os anos 1963 e 1965, o Partido Comunista da Indonésia, que mantinha relações secretas com a China comunista de Mao Tsé-tung, elaborou um plano para fortalecer o governo pró-Pequim de Sukarno. A ideia era decapitar o alto comando anticomunista do exército para manter mais da metade do Exército, dois terços da Aeronáutica, e um terço da Marinha alinhados ao Partido Comunista da Indonésia. Em 30 de setembro de 1965, o plano foi colocado em prática e o chefe do Exército e outros cinco generais foram presos e executados.
  Contudo, esse plano fracassou, pois Suharto, um general até então de pouca expressão, estava informado sobre esse plano, esperou a prisão e execução dos generais para, rapidamente, tomar o poder. O golpe de Estado do general Suharto, apoiado pelos Estados Unidos e seus aliados, derrubou o governo do líder populista Sukarno em 1965, sob o pretexto de deter o avanço comunista. Foi um banho de sangue que vitimou mais de 500 mil indonésios supostamente comunistas.
Sukarto (1901-1970) - ex-presidente da Indonésia
  De caráter agressivo, militarista e essencialmente corrupto, a ditadura de Suharto promoveu a repressão e opressão da população. Reforçou, também, a centralização política e o expansionismo, objetivando impedir a diversidade existente no país e reforçar as tensões autônomas opositoras à construção de uma "Grande Indonésia". Com isso, houve conflitos autônomos nas ilhas Molucas, em Sumatra, na Nova Guiné, em Celebes e Bornéu, e fronteiriços com a Malásia e Papua Nova Guiné.
  Suharto foi reeleito cinco vezes e governou o país com a ajuda dos militares mas, com a crise econômica asiática de 1997, o país voltou à rebelião e o presidente foi obrigado a renunciar, entregando o poder ao seu vice-presidente, B. J. Habibie.
Suharto (1921-2008) - ex-presidente da Indonésia
  Nas eleições de 1999 Habibie perdeu para Megawati Sukarnoputri, filha de Sukarto, que não chegou a ser empossada, tendo sido substituída pelo seu partido político por Abdurrahman Wahid. A crise do Timor-Leste provocou a volta de Megawato à presidência em 2001. Em 2004, nas primeiras eleições diretas, foi eleito presidente Susilo Barbang Yudhoyono.
  No dia 26 de dezembro de 2004, uma catástrofe abalou o país. Nesse dia, registrou-se o maior terremoto dos últimos tempos (8,9 na escala de Richter), com o epicentro na ilha de Sumatra. O sismo originou maremotos e tsunamis que assolaram a costa de vários países do Sudeste Asiático, como o Sri Lanka (o mais afetado), seguido da própria Indonésia, Índia, Tailândia, Malásia, Maldivas e Bangladesh, provocando a morte de quase 300 mil pessoas e de um grande número de desabrigados.
Destruição na Indonésia provocado pelo tsunami, em 26 de dezembro de 2004
  Em janeiro de 2015, as relações entre a Indonésia e o Brasil foram afetadas após o fuzilamento do brasileiro Marco Archer, acusado de entrar no país com drogas.
A QUESTÃO DO TIMOR-LESTE
  No final da Segunda Guerra Mundial, a parte oeste da ilha do Timor foi anexada à Indonésia, mas a parte leste da ilha foi mantida sob o controle de Portugal.
  A independência do Timor-Leste só se concretizou em meados de 1975. No final daquele ano, porém, o território foi invadido pelas tropas do ditador Suharto e anexado à Indonésia.
  A população do Timor-Leste, jamais aceitou o domínio da Indonésia, que buscava submetê-la por meio de atos violentos e perseguições, esperando substituir a população timorense por indonésios -  que eram incentivados a migrar para a região.
Localização do Timor-Leste
  Pouco a pouco, o movimento pela independência do Timor-Leste foi crescendo e se organizando. Ao mesmo tempo, a imprensa do mundo inteiro passou a noticiar fatos relacionados à luta pela independência desse território.
  Em consequência, a Indonésia foi pressionada por diversos países a permitir um referendo popular para decidir o futuro do Timor-Leste. Supervisionado pela ONU, o referendo foi realizado em 1999, e 78,5% dos timorenses aprovaram a independência de seu território em relação à Indonésia.
  Inconformados com esse resultado, grupos armados de milicianos indonésios passaram a atacar e matar timorenses e representantes da ONU no território. Dili, a capital do Timor-Leste, foi arruinada, o que levou mais de 100 mil pessoas a se refugiarem nas montanhas do interior e em outros países.
  Os líderes indonésios temem que a independência do Timor-Leste sirva como exemplo para outras etnias nacionalistas e separatistas, o que poderia gerar o desmembramento territorial do país. Muitos indonésios apoiam a formação de um Estado islâmico, religião da grande maioria da população, e consideram as minorias católicas desagregadoras, antipatrióticas e traidoras da Indonésia, fato que gera muitas tensões.
Dili - capital do Timor-Leste
GEOGRAFIA
  Banhada pelo oceano Pacífico a leste e pelo oceano Índico a oeste, a República da Indonésia é formada por 17.508 ilhas, das quais 6 mil são habitadas - sendo as maiores Sumatra, Bornéu e Java -, totalizando uma área de mais de 1,9 milhão de km². Os países limítrofes são: Filipinas, Cingapura, Brunei, Malásia, Papua Nova Guiné, Timor-Leste, Palau e Austrália. Uma característica desse arquipélago é a sua transcontinentalidade, pois ele é uma ligação entre a Ásia e a Oceania.
  O arquipélago da Indonésia é predominantemente montanhoso e vulcânico. Seu clima quente e úmido resulta da forte insolação que atinge as grandes florestas, provocando enorme evapotranspiração. Em alguns trechos, as chuvas superam 3 mil milímetros anuais, permitindo que a floresta - que cobria a maior parte do país antes de ser explorada para retirada de madeira - mantenha-se sempre exuberante, muito parecida com a a Floresta Amazônica. O ponto culminante do país é a Pirâmide Carstensz, com 4.884 metros, que está situado na ilha de Nova Guiné.
Pirâmide Carstensz - ponto culminante da Indonésia
  O lago Toba, localizado na ilha de Sumatra, é o mais extenso do país, com uma área de 1.145 km². Os principais rios do país são: Brantas, Citarum, Mas, Musi, Solo e Siak.
  O rio Brantas está situado na província de Java Oriental. Seu curso tem formato semicircular ou espiral e seu curso tem formato semicircular ou espiral, desaguando no mar de Java. Seu principal afluente é o rio Mas.
  O rio Citarum nasce nas encostas do monte Wayang, na ilha de Java e deságua no mar de Java.
  O rio Citarum é considerado um dos rios mais poluídos do mundo e, atualmente, passa por um processo de despoluição.
Rio Citarum, um dos rios mais poluídos do mundo
  O rio Musi é o mais longo rio da Indonésia, com cerca de 750 quilômetros de comprimento, e drena a maior parte do território da província de Sumatra do Sul. Nasce nos montes Barisan e deságua no estreito de Bankga.
  O rio Solo, também denominado Bengawan Solo, é o segundo mais longo rio da Indonésia, com um comprimento de 600 quilômetros.
  Situando-se entre as placas tectônicas do Pacífico, Euro-Asiática e Indo-Australiana, a Indonésia é um país com muitos vulcões e frequentemente há a ocorrência de terremotos. São cerca de 150 vulcões ativos, incluindo o Krakatoa e o Tambora, famosos por suas erupções devastadoras no século XIX. Entre os desastres causados pela atividade sísmica recente, está o tsunami ocorrido em 26 de dezembro de 2004, que matou cerca de 170 mil pessoas na ilha de Sumatra, e o Sismo de Java, em maio de 2006. Apesar de trazer prejuízos, a cinza vulcânica traz benefícios para o solo, pois fertiliza o mesmo e contribui para a elevada produção agrícola.
Monte Krakatoa
  A Indonésia é o segundo país em número de espécies endêmicas (perdendo apenas para a Austrália), com cerca de 1.531 espécies de aves e 515 espécies de mamíferos e répteis. Dentre essas espécies, encontra-se o dragão-de-komodo ou crocodilo-da-terra, uma espécie de largarto que vive nas ilhas Komodo, Rinca, Gili Motang e Flores, na Indonésia.
Dragão-de-komodo
  O litoral indonésio possui mais de 80 mil quilômetros de praia, sendo cercado por mares tropicais que contribuem para o alto nível de biodiversidade do país, além de conter uma variedade de ecossistemas costeiros, como praias, dunas, estuários, manguezais, recifes de coral, bancos de algas marinhas, lodaçais costeiros, planícies de maré, leitos de algas e ecossistemas de pequenas ilhas.
  A Indonésia é um dos países  do chamado "triângulo de corais", com um dos maiores níveis de diversidade mundial de peixes de recife de corais, com mais de 1.650 espécies registradas apenas no leste do país.
Paisagem da Indonésia
PROBLEMAS AMBIENTAIS
  Ao atrair grandes investimentos, a Indonésia abriu caminho para utilização descontrolada de seus recursos naturais. O país registrou o ritmo mais acelerado de desmatamento no mundo entre 2000 e 2005. Grupos ambientalistas afirmam que, no auge da destruição, desapareceriam áreas florestais equivalentes a 300 campos de futebol por hora. A próxima geração de indonésios não verá nenhuma floresta se o governo não agir para resolver o problema. A Indonésia já perdeu 72% da cobertura vegetal original, e metade da que restou está sob ameaça por causa da extração de madeira, das queimadas e da produção de óleo de palma (dendê).
Área desmatada na Indonésia
  O grupo ambientalista Greenpeace pediu ao governo indonésio que imponha uma proibição temporária da extração de madeira nas florestas do país e acusou as autoridades de não controlarem as ilegalidades e a corrupção no setor florestal.
  A demanda internacional por papel, madeira e óleo de palma é o principal fator por trás da destruição das florestas indonésias, que atualmente cobrem 120,3 milhões de hectares. A Indonésia é um dos maiores produtores mundiais de óleo de palma.
  Por causa do desmatamento, a Indonésia tornou-se um dos maiores emissores mundiais de gases causadores do efeito estufa.
Depok - com uma população de 1.839.407 habitantes (estimativa 2015), é a sétima maior cidade da Indonésia
ECONOMIA
  A Indonésia tem uma economia mista, onde tanto o setor privado quanto o estatal, desempenham papéis importantes. Possui a maior economia do Sudeste Asiático e é membro do G-20, grupo das principais economias do planeta.
  As atividades primárias têm ainda forte peso na economia da Indonésia, mas o crescimento urbano, a recente industrialização e a existência de recursos naturais abundantes, como madeira e petróleo, estão mudando a tradição agrícola do país.
  Cerca de 45% dos trabalhadores indonésios permanecem no campo. Eles mantêm uma produção tradicional que se vale da numerosa mão de obra para dar um tratamento especial e mais cuidadoso às plantações. Essa agricultura de jardinagem garante ao país a autossuficiência em arroz.
  A atividade pesqueira também é usada como forma de sobrevivência por parte da população.
Campos de arroz em terraços, em Bali - Indonésia
  As plantations, uma herança dos colonizadores holandeses, cultivam principalmente seringueiras (para fabricação da borracha), café, chá dendê e tabaco.   O país possui petróleo e gás natural em abundância, de modo que é autossuficiente na produção energética. Outros recursos naturais importantes da Indonésia são o estanho, o cobre, o níquel e a bauxita, além da madeira.
  Essas matérias-primas, juntamente com a liberalização econômica acelerada na década de 1990, têm atraído ao país muitas indústrias estrangeiras, que produzem aço e cimento, entre outros bens de produção, como ligas metálicas, mas também alguns bens de consumo.   Os governantes da Indonésia também deram grande prioridade à exportação desses produtos, o que tem garantido ao país superávits comerciais. Porém, apenas uma parte muito pequena desses lucros é utilizada para a educação e saúde, o que contribui para a baixa qualidade de vida.
  Em consequência da má aplicação dos lucros, a Indonésia possui mais de 17% de sua população vivendo em situação de miséria extrema. Além disso, apenas pouco mais da metade da população é urbana, e o desemprego é bastante alto.
Semarang - com uma população de 1.645.278 habitantes (estimativa 2015), é a oitava maior cidade da Indonésia
  Na década de 1960, a economia indonésia se deteriorou drasticamente por causa da instabilidade política, de um governo jovem e inexperiente, e do nacionalismo econômico, que resultou em pobreza extrema e fome. A inflação atingia quase 1.000% ao ano, houve uma diminuição nas receitas de exportação, a infraestrutura do país estava em ruínas, as fábricas operavam com capacidade mínima e os investimentos eram insignificantes.
  Após a queda do ditador Sukarno, a nova administração nacional promoveu um certo grau de disciplina financeira à política econômica, reduzindo rapidamente os níveis de inflação, estabilizando a moeda local, renegociando a dívida externa e atraindo investimentos estrangeiros.
Palimbão - com uma população de 1.539.690 habitantes (estimativa 2015), é a nona maior cidade da Indonésia
  A Indonésia era o único país do Sudeste Asiático que pertencia à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), mas em 2009 o país deixou de participar desse grupo.
  O país faz parte da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec), um bloco econômico que tem por objetivo transformar a área do oceano Pacífico numa área de livre comércio.
Makassar - com uma população de 1.416.305 habitantes (estimativa 2015), é a décima maior cidade da Indonésia
CULTURA
  A Indonésia possui cerca de 300 grupos étnicos, cada um com identidades culturais desenvolvidas ao longo de séculos e influenciado por culturas como a indiana, árabe, chinesa e europeia. Danças tradicionais javanesas e balinesas, contêm aspectos da cultura e da mitologia hindu. As influências mais dominantes na arquitetura local têm sido tradicionalmente indiana, entretanto, influências arquitetônicas chinesas, árabes e europeias são bastante significativas.
  A culinária do país varia de acordo com a região. O arroz é o principal alimento básico e é servido com acompanhamento de carnes e legumes. Especiarias (principalmente a pimenta), leite de coco e frango são ingredientes fundamentais na culinária local.
Dançarinas da etnia Dayak, participando de um festival em Jacarta
ALGUNS DADOS DA INDONÉSIA
NOME: República da Indonésia
CAPITAL: Jacarta
Centro de Jacarta - capital da Indonésia
GENTÍLICO: indonésio (a)
LÍNGUA OFICIAL: língua indonésia
GOVERNO: República Presidencialista
INDEPENDÊNCIA: dos Países Baixos
Declarada: 17 de agosto de 1945
Reconhecida: 27 de novembro de 1949
LOCALIZAÇÃO: Sudeste Asiático
ÁREA: 1.904.569 km² (14º)
POPULAÇÃO (ONU - Estimativa 2015): 255.780.000 habitantes (4°)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 134,29 hab./km² (55°). Obs: a densidade demográfica, densidade populacional ou população relativa é a medida expressa pela relação entre a população total e a superfície de um determinado território.
CRESCIMENTO VEGETATIVO (ONU - Estimativa 2015): 1,16 (114°). Obs: o crescimento vegetativo, crescimento populacional ou crescimento natural é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade de uma  determinada população.
CIDADES MAIS POPULOSAS (Estimativa 2015):
Jacarta: 10.144.313 habitantes
Jacarta - capital e maior cidade da Indonésia
Surabaya: 2.925.885 habitantes
Surabaya - segunda maior cidade da Indonésia
Bandung: 2.533.775 habitantes
Bandung - terceira maior cidade da Indonésia
PIB (FMI - 2014): US$ 894,854 bilhões (16º). Obs: o PIB (Produto Interno Bruto), representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano).
PIB PER CAPITA (FMI 2014): US$ 9.635 (101°). Obs: o PIB per capita ou renda per capita é o Produto Interno Bruto (PIB) de um determinado lugar dividido por sua população. É o valor que cada habitante receberia se toda a renda fosse distribuída igualmente entre toda a população. 
IDH (ONU - 2014): 0,684 (108°). Obs: o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais, variando de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e PIB per capita. A classificação é feita dividindo os países em quatro grandes grupos: baixo (de 0,0 a 0,500), médio (de 0,501 a 0,800), elevado (de 0,801 a 0,900) e muito elevado (de 0,901 a 1,0).
Mapa do IDH dos países
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2014): 72,2 anos (117º). Obs: a expectativa de vida ou esperança de vida, expressa a probabilidade de tempo de vida média da população. Reflete as condições sanitárias e de saúde de uma população.
TAXA DE NATALIDADE (ONU - 2014): 19,65/mil (99º). Obs: a taxa de natalidade é a porcentagem de nascimentos ocorridos em uma população em um determinado período de tempo para cada grupo de mil pessoas, e é contada de maior para menor.
TAXA DE MORTALIDADE (CIA World Factbook 2014): 6,25/mil (144º). Obs: a taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um índice demográfico que reflete o número de mortes registradas, em média por mil habitantes, em uma determinada região por um período de tempo e é contada de maior para menor.
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL (CIA World Factbook - 2014): 29,97/mil (152°). Obs: a taxa de mortalidade infantil refere-se ao número de crianças que morrem no primeiro ano de vida entre mil nascidas vivas em um determinado período, e é contada de menor para maior.
TAXA DE FECUNDIDADE (Nações Unidas - 2015): 2,36 filhos/mulher (86º). Obs: a taxa de fecundidade refere-se ao número médio de filhos que a mulher teria do início ao fim do seu período reprodutivo (15 a 49 anos), e é contada de maior para menor.
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2014): 92,8% (115°). Obs: essa taxa refere-se a todas as pessoas com 15 anos ou mais que sabem ler e escrever.
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2014): 52,8% (109°). Obs: essa taxa refere-se a porcentagem da população que mora nas cidades em relação à população total.
MOEDA: Rúpia Indonésia
RELIGIÃO: islamismo (87,2%), cristianismo (9,6%), hinduísmo (1,8%), budismo (1%), outras religiões (0,4%).
DIVISÃO: a Indonésia está dividida em 33 províncias (entre as quais três são territórios de regime especial: Aceh e Yogyakarta, e o território de Jacarta). As províncias são subdivididas em distritos, que estão divididas em regências e cidades. As províncias, regências e cidades possuem seus próprios governos locais e órgãos parlamentares.
Mapa da divisão política da Indonésia
FONTE: Tamdjian, James Onnig
Estudos de geografia: o espaço do mundo II. 9º ano / James Onnig Tamdjian, Ivan Lazzari Mendes. - São Paulo: FTD, 2012.

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