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segunda-feira, 19 de maio de 2014
A TEORIA DO BIG BANG (OU GRANDE EXPLOSÃO)
A busca pela compreensão sobre como foi desencadeado o processo que originou o Universo atual, proporcionou - e ainda proporciona - vários debates, pesquisas e teorias que possam explicar tal fenômeno. É um tema que desperta grande curiosidade dos humanos desde os tempos mais remotos e gera grandes polêmicas, envolvendo conceitos religiosos, filosóficos e científicos. De acordo com a Teoria do Big Bang ("grande explosão", em português), o Universo se originou de uma grande explosão, ocorrida há cerca de 14 bilhões de anos. O Big Bang é a teoria cosmológica dominante do desenvolvimento inicial do Universo. Os cosmólogos usam o termo "Big Bang" para se referir à ideia de que o Universo estava originalmente muito quente e denso em algum tempo finito no passado e, desde então tem se resfriado pela expansão ao estado diluído atual e continua em expansão atualmente.
Mapeamento em microondas do Universo
A teoria do Big Bang foi anunciada
em 1948 pelo cientista russo naturalizado estadunidense, George Gamow e
o padre e astrônomo belga Georges Lemaitre. Segundo eles o Universo
teria surgido após uma grande explosão cósmica, entre 10 e 20 bilhões de
anos atrás. O termo explosão refere-se a uma grande liberação de
energia, criando o espaço-tempo.
Até então, havia uma mistura de partículas subatômicas que se moviam em
todos os sentidos com velocidades próximas à da luz. As primeiras
partículas pesadas, prótons e nêutrons, associaram-se para formarem
núcleos de átomos leves, como hidrogênio, hélio e lítio, que estão entre
os principais elementos químicos do Universo. Ao expandir-se, o Universo também se resfriou, passando da cor violeta à amarela, depois laranja e vermelha. Cerca de 1 milhão após o instante inicial, a matéria e a radiação luminosa se separaram e o Universo tornou-se transparente: com a união dos elétrons aos núcleos
atômicos, a luz pôde caminhar livremente. Cerca de 1 bilhão de anos
depois do Big Bang, os elementos químicos começaram a se unir dando
origens às galáxias.
O Big Bang
Em 1929, o astrônomo inglês Edwin Hubble descobriu que as demais galáxias do Universo estavam se afastando do Sistema Solar, o que indicava que o Universo estava se expandindo. Mas Hubble não descobriu esse fato sozinho: antes disso, o físico Georges Lemaitre afirmava que havia um núcleo primordial e sustentava que as galáxias eram fragmentos de explosões desse núcleo. Hoje se sabe que as galáxias são agrupamentos de corpos celestes ou astros - estrelas, planetas, satélites naturais (como a Lua), cometas, asteroides -, além de poeira cósmica e outros elementos. Lemaitre chamou a descoberta de "hipótese do átomo primordial". Para ele, o modelo se baseia na teoria da relatividade de Albert Einstein e hipóteses simplificadoras (como homogeneidade e isotropia do espaço).
Georges Lemaitre
Para Hubble, a distância de galáxias distantes eram geralmente proporcionais aos seus desvios para o vermelho, como sugerido por Lemaitre em 1927. Esta observação foi feita para indicar que todas as galáxias muito distantes e aglomerados de galáxias têm uma velocidade aparente diretamente para fora do nosso ponto de vista: quanto mais distante, maior a velocidade aparente. Se a distância entre os aglomerados de galáxias está aumentando hoje, todos deveriam estar mais próximos no passado.
Edwin Hubble
As abundâncias observadas de elementos leves em todo o cosmos se aproximam das previsões calculadas para a formação destes elementos de processos nucleares na expansão rápida e o controle da temperatura dos minutos iniciais do Universo, como lógica e quantitativamente detalhado de acordo com a nucleossíntese do Big Bang.
Vídeo simulando a criação do Universo
Fred Hoyle é creditado como o criador do Big Bang durante uma transmissão de rádio de 1949. Hoyle favoreceu um modelo cosmológico alternativo chamado "teoria do estado estacionário", que tinha como objetivo criar um termo pejorativo. Porém, o próprio Hoyle negou, dizendo que era apenas um termo impressionante para destacar a diferença entre os dois modelos. Com base na hipótese do afastamento entre as galáxias, na década de 1940, os cientistas levantaram a hipótese de que a expansão do Universo estaria ainda ocorrendo por causa da grande explosão no passado.
Fred Hoyle
Segundo a teoria da explosão, a Terra e os demais astros do Sistema Solar teriam se originado de uma só massa homogênea, que se fragmentou em várias partes. Assim, da explosão, teriam surgido milhares de corpos celestes que foram se aglomerando, até constituir galáxias. De acordo com estudos mais recentes, estima-se que no Universo existam cerca de 100 bilhões de galáxias, e o nosso planeta pertence a apenas uma delas - a Via Láctea. Também é provável que existam bilhões de estrelas de diferentes tamanhos que surgem e se extinguem permanentemente. A estrela que está mais perto do planeta Terra é o Sol.
Modelo de expansão do Universo
FONTE: Giardino, Cláudio. Geografia nos dias de hoje, 6° ano / Cláudio Giardino, Lígia Ortega, Rosaly Braga Chianca. - 1. ed. - São Paulo: Leya, 2012. - (Coleção nos dias de hoje).
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