sexta-feira, 16 de abril de 2021

PLANETA NETUNO

   Netuno é o último grande planeta gasoso do Sistema Solar e o oitavo em termos de distância do Sol. O planeta, que leva o nome do deus do mar romano, é o último planeta do Sistema Solar desde que Plutão foi rebaixado a planeta anão. Mesmo se localizando tão longe do Sol, ele conserva uma temperatura semelhante à de Urano, com uma média de -116°C, mas a mínima pode chegar à -193ºC. Netuno leva 164 anos para fazer seu movimento de translação em torno do Sol e completar sua órbita. O movimento de rotação (giro em torno do seu próprio eixo) é de cerca de 16 horas e 11 minutos.

Comparação entre o tamanho de Netuno e a Terra

  Da mesma forma que seu vizinho mais próximo, Urano, Netuno tem o seu eixo de rotação inclinado e que não coincide com o centro do planeta. A teoria mais aceita diz que tal fenômeno ocorre porque, ao contrário da Terra, por exemplo, que tem sua magnetosfera derivada dos movimentos dos componentes ferrosos fluidos que existem no interior do seu núcleo, Netuno e Urano têm um núcleo composto majoritariamente por gelo, o que pode significar que seus núcleos sejam parcialmente isolantes.

  Porém, como há a existência da magnetosfera, acredita-se que o dínamo elétrico que opera no interior desses dois planetas esteja localizado ao redor do núcleo e não no interior deste, o que explicaria o fato de seu campo magnético estar deslocado do interior do planeta.

Mercúrio em máxima conjunção com Netuno, em 4 de abril de 2020

  Visto da Terra, Netuno apresenta uma alta magnitude (quanto mais brilhante o astro, menor sua magnitude), sendo impossível observá-lo a olho nu. Suspeitou-se de sua existência somente após a observação cuidadosa da órbita de Urano, que apresentava ligeiras irregularidades por conta da perturbação gravitacional de Netuno.

  Embora Netuno seja muito frio, sua atmosfera é bastante dinâmica. Composta por hidrogênio, hélio e metano, ela é pouco densa e apresenta uma tempestade muito grande, chamada de "Grande Mancha Negra", parecida com a Grande Mancha Vermelha, de Júpiter, e que gira em sentido anti-horário, sendo o único local da atmosfera que permite uma visão mais profunda do planeta por se constituir em um enorme buraco na atmosfera de Netuno.

Grande Mancha Negra de Netuno, com nuvens de metano ao seu redor

  Assim como todos os outros planetas gasosos, Netuno também possui anéis, porém, eles são muito tênues e apresentam grande distância entre si, além de uma grande variabilidade de densidade em toda sua composição. Os oito principais satélites naturais de Netuno são: Naiad, Thalassa, Despina, Galatea, Larissa, Proteus, Tritão e Nereida. Segundo pesquisas, estima-se que Netuno tenha entre 13 e 15 satélites. O mais peculiar de todos é Tritão. Pouco menor que a Lua, Tritão tem uma intensa atividade vulcânica, só que o material que ele expele em suas constantes erupções é nitrogênio líquido. Um líquido extremamente frio que cobre quase toda a sua superfície e corre como um verdadeiro rio nos locais onde o solo consegue ser aquecido a ponto de derreter o gelo. Outra peculiaridade de Tritão, é que sua órbita é em sentido contrário a dos outros satélites e ele, assim como Netuno, também apresenta um eixo de rotação inclinado.

Urano e Netuno fotografados durante o projeto The Two Micron All Sky Survey

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segunda-feira, 12 de abril de 2021

PLANETA URANO

   Urano é o sétimo planeta a partir do Sol, o terceiro maior e o quarto mais massivo dos oito planetas do Sistema Solar. Foi o primeiro planeta a ser encontrado por meio de um telescópio, pelo astrônomo William Herschel, em 1781. Foi nomeado em homenagem ao deus grego do céu, Urano, o pai de Cronos (Saturno) e o avô de Zeus (Júpiter). Embora seja visível a olho nu em boas condições de visualização, não foi reconhecido pelos astrônomos antigos como um planeta devido ao seu pequeno brilho e sua órbita lenta. Urano demora 84 anos terrestres para completar uma rotação ao redor do Sol.

Translação de Urano ao redor do Sol a cada 84 anos teerrestres.

  Assim como Vênus, Urano gira de leste a oeste. Observações mais detalhadas do planeta foram realizadas pela sonda Voyager, em 1986 e pelo telescópio Hubble. Juntamente com Netuno, é um dos dois gigantes de gelo do céu. É formado, principalmente, por hidrogênio e hélio, sendo classificado também como planeta gasoso, e contém mais gelo, tais como água, amônia e metano, assim como traços de hidrocarbonetos. É a mais fria atmosfera planetária do Sistema Solar, com uma temperatura mínima de -224 ºC. Tem uma complexa estrutura de nuvens em camadas, e acredita-se que a água forma as nuvens mais baixas, e o metano, as mais externas. Em contraste, seu interior é formado principalmente por gelo e rochas. A distância média em relação ao Sol é de aproximadamente 3 bilhões de quilômetros. A velocidade da órbita de Urano é de 27,4 mil km/hora e a massa é 14,5 vezes maior que a da Terra. A cor azulada resulta da absorção de luz vermelha do metano nas camadas superiores da atmosfera.

Comparação de tamanho entre a Terra e Urano

  O planeta Urano exibe 13 anéis. As observações mais evidentes dos anéis de Urano ocorreram em 1977, por equipes do Airborne Observatory Kuiper e do Observatório de Perth, da Austrália. Na ocasião, foram descobertos cinco anéis, denominados Alpha, Beta, Gamma, Delta e Epsilon, considerando a ordem crescente de distância do planeta pelos pesquisadores da Airborne Observatory Kuiper.

  Já a equipe de Perth identificou seis mergulhos distintos na luz das estrelas, que eles chamaram anéis de 1 a 6. Após as observações da Voyager 2, em 1986, foram descobertos mais dois anéis.

  Os anéis estão localizados na parte interna das órbitas dos satélites, têm muitas divisões, são opacos e estreitos. A composição dos conjuntos de anéis de Urano não é conhecida, mas assim com os de Saturno, seriam formados por gelo e partículas escuras que não refletem luz. A formação teria ocorrido por choques de satélites, mas não há dados conclusos.

Sistema de anéis de Urano

  Urano possui 27 luas conhecidas que são nomeadas com personagens das obras de William Shakespeare ou Alexander Pope. As primeiras quatro luas, Titânia, Oberon, Ariel e Umbriel, foram descobertas entre 1787-1851. A mais complexa de todas, Miranda, foi descoberta em 1948. As cinco principais luas de Urano são: Miranda, Ariel, Umbriel, Titânia e Oberon. A massa total dos satélites uranianos é a menor entre os gigantes gasosos. Titânia é o maior dos satélites uranianos, possuindo um raio de 788,9 quilômetros, menos da metade do raio da Lua. As luas de Urano são conglomerados compostos por aproximadamente de 50% de gelo e 50% de rocha, do qual pode incluir amônia e dióxido de carbono.

As cinco maiores luas de Urano

domingo, 28 de março de 2021

SATURNO: O PLANETA DOS ANÉIS

  Saturno é o sexto planeta a partir do Sol e o segundo maior do Sistema Solar, sendo superado apenas por Júpiter. É conhecido pelo complexo sistema de anéis, formados principalmente por gelo e poeira cósmica, possuindo 53 luas e outras nove em pesquisa. Pertence ao grupo dos gigantes gasosos (além de Saturno, fazem parte desse grupo de planetas Júpiter, Urano e Netuno), possuindo cerca de 95 massas terrestres e orbita a uma distância média de 9,5 unidades astronômicas. O diâmetro de Saturno é de 119,3 mil quilômetros e o seu volume é 755 vezes maior que a Terra. Possui uma das mais rápidas rotações do Sistema Solar de oeste para leste, demorando 10 horas e 39 minutos para dar a volta sobre si mesmo.

  O movimento de translação de Saturno (giro que o planeta dá em torno do Sol) é feito em 29 anos, 167 dias e 6 horas terrestres, girando em torno de 34,7 km/hora. A temperatura na superfície de Saturno é de 125°C negativos.

  O planeta Saturno foi descoberto em 1610 pelo astrônomo italiano Galileu Galilei e recebeu o nome do deus romano da agricultura. É o planeta mais distante que pode ser observado da Terra a olho nu.

Comparação de tamanho entre Saturno e a Terra

  Saturno possui um pequeno núcleo rochoso, circundado por uma espessa camada de hidrogênio metálico e hélio. A sua atmosfera também é composta de hidrogênio, apresentando faixas com fortes ventos, cuja energia provém tanto do calor recebido do Sol quanto da energia irradiada de seu centro. O centro de Saturno é composto por um núcleo denso de rocha, gelo e água.

  As observações realizadas em Saturno indicam que os anéis do planeta são formados por pedaços de cometas, asteroides e luas despedaçadas. Os anéis mais conhecidos são denominados A, B e C, mas há sete no total, todos representam letras do alfabeto à medida em que foram descobertos. Cada um tem milhares de quilômetros de extensão, chegando a 282 mil quilômetros, mas são, em geral, de espessura média a 1 quilômetro.

O céu de Lisboa, Portugal, em 27 de julho de 2018, às 21:35

  Embora permaneçam em torno de Saturno, os anéis orbitam em velocidades diferentes.

  A primeira lua de Saturno a ser descoberta a ser descoberta foi Titã, por Christiaan Huygens, em 1655. Em seguida, Giovanni Domenico Cassini descobriu Iapetus (1671), Rhea (1672), Dione (1684) e Tétis (1684). As luas Mimas e Enceladus foram descobertas por William Herschel em 1789 e, 50 anos mais tarde, foram observadas Hyperion (1848) e Phoebe (1898).

  Com a melhoria no sistema de observação, no século XIX foram descobertas outras luas a orbitar Saturno, totalizando 18. Em decorrência dos trabalhos da missão Cassini já foram identificados 53 satélites.

Mapa do sistema das luas e do anel de Saturno
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domingo, 21 de fevereiro de 2021

PLANETA TERRA

  A Terra é um ponto minúsculo na imensidão do Universo. Com outros sete planetas - Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno -, faz parte do nosso Sistema Solar e, como eles, recebe luz e calor do Sol.

  No entanto outras condições favoráveis, como a presença de água em estado líquido, oxigênio e temperaturas adequadas, fazem da Terra o único planeta entre os identificados pelo ser humano, que permite a existência de formas de vida tal como as conhecemos.

  A Terra é o terceiro planeta mais próximo do Sol. É também o quinto maior planeta do Sistema Solar, atrás de Júpiter (o maior dos oito), Saturno, Urano e Netuno.

  Além dos planetas, outros corpos celestes fazem parte do Sistema Solar, a exemplo de cometas e satélites. Alguns planetas possuem satélites naturais - corpos que, pela ação da gravidade, orbitam ao redor deles.  Marte, por exemplo, tem dois satélites, e a Terra, apenas um, a Lua.

  A Terra não é uma esfera perfeita. Além de apresentar elevações (montanhas, cordilheiras etc.) e depressões em sua superfície, é levemente achatada nos polos e abaulada (que tem forma convexa ou curva, arqueado) na altura da linha equatorial. A circunferência equatorial da Terra é de 40.076 quilômetros, ao passo que a circunferência polar é de 40.009 quilômetros. Por isso, diz-se que a Terra é um esferoide, ou seja, tem forma semelhante à de uma esfera. Daí a denominação geoide (do grego geo: terra; oide: forma), comumente adotada para identificar a forma específica do planeta Terra.

A Terra e a Lua vista de Marte pelo Mars Reconnaissance Orbiter

  A forma da Terra influencia diretamente a distribuição da luz solar.  Os raios solares incidem de forma diferente quanto à intensidade em distintos lugares do planeta, sendo que nas áreas próximas à linha do Equador, ou zona intertropical, a luz atinge a superfície terrestre de forma perpendicular, desse modo, automaticamente, maior a intensidade e o calor.

  A partir da zona intertropical em direção aos polos, os raios, devido à forma arredondada do planeta, incidem na superfície dessas regiões com menor intensidade, pois atingem o planeta de maneira inclinada e, consequentemente, as temperaturas são menores.

  A partir dessa ideia, fica claro que entre dois polos existe uma grande oscilação de temperaturas, decorrente principalmente do modo e da intensidade com que os raios solares incidem na superfície, que determinam a existência de elevadas, baixas e médias temperaturas, dispersas em toda extensão do planeta.

Figurinha mostrando como ocorre a iluminação do nosso planeta pelos raios solares

  Em virtude da forma esférica e geoide do planeta Terra, os raios solares incidem de forma diferente em distintos lugares do planeta, alterando também a temperatura sazonal desses lugares e criando zonas térmicas diferentes. As zonas térmicas são as diferentes zonas de intensidade de luz e calor que a Terra recebe do Sol. As zonas térmicas ou zonas de iluminação estão divididas em: Zona Polar Ártica, Zona Temperada Norte, Zona Tropical ou Intertropical, Zona Temperada do Sul e Zona Polar Antártica.

Mapa mostrando as zonas térmicas da Terra

  As zonas polares se localizam entre os polos (Norte e Sul) e círculos polares (Norte e Sul). As regiões polares recebem radiação solar menos intensa do que as outras partes da Terra porque a energia do Sol chega em um ângulo oblíquo, espalhando-se por uma área maior, e também percorre uma distância maior pela atmosfera da Terra, na qual pode ser absorvida, espalhada ou refletida, que é a mesma coisa que faz com que os invernos sejam mais frios do que o resto do ano em zonas temperadas.

Iglu na Zona Polar Ártica

  É chamado de zona temperada cada um dos dois tipos de zonas latitudinais da Terra que se estendem dos trópicos aos círculos polares. Do Círculo Polar Ártico ao Trópico de Câncer nós temos a Zona Temperada Norte. A Zona Temperada Sul se localiza entre o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Antártico. São zonas térmicas que apresentam estações bem definidas, com verões quentes e invernos frios e com maior variação à medida que a latitude aumenta. Portanto, uma zona temperada também pode se referir a um tipo de zona térmica da Terra.

Floresta temperada na Europa

  A Zona Intertropical se estabelece entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio. É determinada pela transição terrestre e pela inclinação do eixo terrestre em relação ao plano da eclíptica. É a zona geoastronômica mais extensa do planeta. As zonas intertropicais também são chamadas de regiões tórridas ou tropicais. Geralmente, é uma referência ao clima quente.

Floresta Amazônica - localizada na zona intertropical, é a maior floresta equatorial do mundo

  O planeta Terra, assim como os demais corpos celestes, não está parado no Universo. Ele executa diversos movimentos, principalmente os de rotação e de translação. Esses movimento influenciam as dinâmicas do planeta e, consequentemente, impactam a vida de todos os seres vivos, incluindo os humanos.

O movimento de rotação

  O movimento de rotação da Terra é o giro que o planeta faz ao redor de si mesmo, ou seja, ao redor do próprio eixo. Logo, os dias, as noites e os diferentes horários na superfície terrestre são consequências do movimento de rotação.

  A duração de uma volta da Terra ao redor do próprio eixo é de aproximadamente 23 horas e 56 minutos. Esse tempo é chamado de dia sideral ou astronômico. Existe ainda o dia solar, com 4 minutos a mais, que é o tempo que o Sol leva, depois que passa por um meridiano, para passar sobre ele novamente. Essas 24 horas correspondem à duração de um dia terrestre.

  O eixo terrestre é inclinado em relação ao plano da órbita da Terra, que é o caminho que ela descreve ao redor do Sol. Essa inclinação mede aproximadamente 23°30' (lê-se 23 graus e 30 minutos, ou 23 graus e meio). Os diferentes níveis de inclinação do eixo terrestre de acordo com o movimento do planeta ao redor do Sol resultam nas estações do ano.

Animação mostrando o movimento de rotação da Terra

O movimento aparente do Sol

  Movimento aparente é a impressão que temos do movimento de um objeto qualquer, em virtude de nossa posição na superfície terrestre. Esse mesmo fenômeno acontece com relação ao Sol, que parece se movimentar no céu: ele "nasce" pela manhã, está a pino por volta do meio-dia e se põe ao fim da tarde. É por isso que durante muito tempo, acreditou-se que o Sol girava ao redor da Terra, até que se compreendeu que isso é só impressão e que, na realidade, é o nosso planeta que está girando constantemente ao redor de si próprio e do Sol.

  A impressão que um observador situado na superfície terrestre tem é a de que o sol "nasce" na direção leste. Isso se deve ao sentido do movimento de rotação da Terra - de oeste para leste -, que é oposto ao movimento que o Sol aparenta fazer durante o dia. É a mesma impressão que temos ao olhar objetos pela janela de um trem em movimento: parece que os objetos estão se movendo para trás; no entanto, quem se movimenta é o trem, e para a frente. Assim, ao longo do dia, conforme o Sol aparentemente se movimenta de leste para oeste no céu, a sombra das pessoas e dos objetos se desloca na direção oposta, de oeste para leste, acompanhando o movimento de rotação do planeta.

  Nos locais situados entre os trópicos, aproximadamente ao meio-dia, o Sol está a pino, ou seja, situado acima do local de referência, de modo que, nesse instante, uma pessoa em pé estaria exatamente sobre a própria sombra.

Figurinha mostrando o movimento aparente do Sol

O movimento de translação

  Além de girar em torno do eixo imaginário que une o Polo Norte ao Polo Sul, realizando o movimento de rotação, a Terra se desloca ao redor do Sol. Quando um astro faz um trajeto ao redor do outro, dá-se a esse "caminho" o nome de órbita. A Terra descreve ao redor do Sol uma órbita elíptica, ou seja, em forma de elipse, e não de circunferência. Esse é o movimento de translação da Terra.

  Para dar uma volta completa em torno do Sol, a Terra leva 365 dias e 6 horas - mais precisamente 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Esse intervalo de tempo é chamado de ano solar, adotado como medida de tempo na elaboração do nosso calendário. Para facilitar, os astrônomos arredondaram o ano para 365 dias; as seis horas restantes são chamadas e incorporadas ao mês de fevereiro a cada quatro anos. Quando isso acontece, o mês de fevereiro passa a ter 29 dias, e o ano, chamado de bissexto, 366 dias.

Animação mostrando o movimento de translação da Terra

A inclinação do eixo da Terra

  Em relação ao plano da órbita, chamado também de plano eclíptica, o eixo de rotação da Terra não é perpendicular, e sim inclinado.

  A inclinação do eixo da Terra, associada ao movimento de translação e à forma do planeta, explica porque os hemisférios Norte e Sul recebem diferentes quantidades de insolação - luz e calor do Sol - ao longo dos doze meses do ano. É essa diferença que determina as estações do ano e, consequentemente, interfere na diversidade de características climáticas e vegetais da Terra, como também nas atividades humanas - agricultura, pecuária, transportes, lazer, entre outras.

Inclinação do eixo da Terra

As estações do ano

  As estações do ano - primavera, verão, outono e inverno -, tem cada uma, duração aproximada de três meses, contemplando, portanto, os doze meses do ano.

  Na órbita que a Terra descreve ao redor do Sol, há quatro posições que indicam o início e o fim de cada estação. Duas delas recebem o nome de solstício - ocorrem nos dias 21 ou 22 de dezembro e 21 ou 22 de junho (depende se o ano for bissexto ou não) -, e as outras duas, de equinócio - ocorrem nos dias 20 ou 21 de março e 22 ou 23 de setembro.

Esquema mostrando como ocorrem as estações do ano

  A palavra "solstício" significa "Sol que se detém". Por causa da inclinação do eixo terrestre e da posição da Terra em relação ao Sol, no dia 21 de dezembro ocorre o chamado solstício de verão no Hemisfério Sul: os raios solares incidem perpendicularmente sobre o Trópico de Capricórnio. Nessa data, o Hemisfério Sul tem o dia mais longo do ano, quando se inicia o verão; e, no Hemisfério Norte, o dia é o mais curto do ano, marcando o início do inverno.

  No dia 21 de junho acontece o solstício de inverno no Hemisfério Sul: os raios solares incidem perpendicularmente sobre o Trópico de Câncer. É o início do verão no Hemisfério Norte, com o dia mais longo do ano nessa porção do planeta, e do inverno no Hemisfério Sul, com o dia mais curto do ano.

Figurinha mostrando como ocorrem os solstícios

  A palavra "equinócio" significa "dias e noites iguais", ou seja, indica que a duração do período claro (dia) é igual à do período escuro (noite). Os equinócios ocorrem nos dias 21 de março e 23 de setembro, quando os raios solares incidem perpendicularmente sobre a linha do Equador, iluminando igualmente os dois hemisférios.

  O equinócio de 21 de março anuncia o início da primavera no Hemisfério Norte e do outono no Hemisfério Sul. Já o equinócio de 23 de setembro marca o início do outono no Hemisfério Norte e da primavera no Hemisfério Sul.

Figurinha mostrando como ocorre o equinócio

  As estações do ano se repetem todos os anos. Os povos antigos já as percebiam e regulavam suas atividades diárias em função delas: o plantio, a colheita, a época de se proteger do frio etc. No entanto, as estações do ano não são bem definidas em todos os lugares da Terra, pois variam de acordo com a latitude.

  Na zona tropical, por exemplo, onde está localizada a maior parte do território brasileiro, é mais difícil perceber as diferenças entre uma estação e outra. Essa é a zona de maior insolação do planeta, o que mantém a temperatura do ar atmosférico elevada durante o ano todo. Apenas nos estados brasileiros situados ao sul do Trópico de Capricórnio e em lugares situados  em altitudes mais elevadas, o inverno é mais frio.

  Nas zonas temperadas, as estações do ano são mais bem definidas: no inverno, as temperaturas são baixas e pode nevar em muitos lugares; no outono e na primavera, as temperaturas ficam amenas; e, no verão, elas costumam ser mais elevadas.

  Nas zonas polares, as quatro estações do ano também não são bem definidas. As temperaturas são sempre baixas, geralmente inferiores a 0°C.

Figurinha mostrando as estações do ano

domingo, 31 de janeiro de 2021

A EDUCAÇÃO NA COREIA DO SUL

  Na Coreia do Sul, a educação é prioridade. O investimento em instituições de ensino, sobretudo no nível básico, foi um dos fatores responsáveis por reerguer o país após a Guerra da Coreia (1950-1953). Mais de seis décadas após o conflito, a Coreia do Sul figura entre os Estados de mais destaque no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), uma pesquisa que mede o desempenho escolar de jovens de 15 anos em todo o mundo, em diversas áreas do conhecimento.

  O sistema de educação na Coreia do Sul é composto por escolas públicas e particulares. Ambos os tipos recebem financiamento do governo, embora a quantia que as escolas particulares recebam seja menor que a quantia das escolas estaduais. Nos últimos anos, o ensino superior sul-coreano tem sido internacionalizado, com a inauguração do Global Campus na Universidade Nacional de Incheon (com suporte para startup) e a abertura de uma faculdade internacional na Universidade Yonsei para adotar o esquema completo do ambiente de ensino de inglês.

Sala de aula em uma escola na Coreia do Sul

  A Coreia do Sul é um dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com melhor desempenho em leitura, matemática e ciências, com uma pontuação média de 519, em comparação com a média da OCDE de 493, ficando em nono lugar no mundo. O país possui uma das forças de trabalho com maior escolaridade do mundo entre os países da OCDE e é conhecido por sua obsessão com a educação, que passou a ser chamada de "febre da educação".

  O ensino superior é uma questão extremamente séria na sociedade da Coreia do Sul, onde é vista como uma das pedras angulares fundamentais da vida sul-coreana. A educação é considerada uma alta prioridade para as famílias sul-coreanas, pois o sucesso na educação é necessário para melhorar a posição socioeconômica de uma pessoa na sociedade sul-coreana em geral. Os sul-coreanos veem a educação como o principal propulsor da mobilidade social para eles e suas famílias e uma porta de entrada para a classe média sul-coreana. A graduação em uma universidade de ponta é marcador definitivo de prestígio, alto status socioeconômico, perspectivas promissoras de casamento e uma carreira de um trabalhador de colarinho branco respeitável.

Gráfico mostrando o total gasto por aluno dos 6 aos 15 anos pelo Brasil e pelos 10 melhores países no Pisa 2018

  A vida média de uma criança sul-coreana gira praticamente em torno da educação, pois a pressão para ter sucesso acadêmico está profundamente estabelecida nas crianças sul-coreanas com menos de 10 anos de idade. Os estudantes sul-coreanos enfrentam uma grande pressão para ter sucesso acadêmico de seus pais, professores, colegas e sociedade.

  Na Coreia do Sul, os professores estão entre os membros mais respeitados da sociedade e as faculdades de magistério estão entre as mais cobiçadas e concorridas. Os salários são elevados e os professores que se destacam se transformam em celebridades milionárias.

Universidade de Yonsei - Seul - Coreia do Sul

  Na Coreia do Sul, escolas de ensino médio são subsidiadas em 80% do seu orçamento pelo pelo Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia, enquanto que os outros 20% vêm de anuidades pagas pelos pais dos alunos. O ingresso é feito por meio de testes padronizados, administrados pelo governo, que também subsidia a anuidade dos alunos de baixa renda. O mesmo ocorre no ensino superior, onde todas as universidades cobram anuidades, inclusive as públicas.

  O vestibular na Coreia do Sul é um evento nacional e é considerado um assunto de vida ou morte para os estudantes sul-coreanos. No horário do vestibular fica proibido pousos e decolagens de voos comerciais, objetivando garantir o silêncio total durante as provas.

  Apesar do grande sucesso da educação na Coreia do Sul, nas últimas décadas o país vem sofrendo com um êxodo rural em massa de estudantes. Milhares de famílias têm enviado seus filhos pré-universitários para serem educados em países como Nova Zelândia, Austrália, Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.

Gráfico mostrando a média salarial de um professor na Coreia do Sul

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

JÚPITER: O MAIOR PLANETA DO SISTEMA SOLAR

  Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar (tanto em diâmetro quanto em massa), o quinto a partir do Sol e o quarto corpo celeste mais brilhante no céu - os outros são o Sol, a Lua e Vênus. Possui menos de um milésimo da massa solar, contudo tem 2,5 vezes a massa de todos os outros planetas juntos. Junto com Saturno, Urano e Netuno, Júpiter faz parte dos chamados planetas gasosos. Estes quatro planetas são por vezes chamados de planetas jupterianos ou planetas jovianos e são os quatro gigantes gasosos, ou seja, que não são compostos primariamente de matéria sólida.

  Júpiter possui cerca de 143 mil quilômetros de diâmetro no Equador, o que equivale a onze vezes mais que o diâmetro da Terra. É orbitado por 67 satélites naturais, situando-se a uma distância média de 778,3 milhões de quilômetros do Sol. Júpiter foi batizado com esse nome em homenagem ao governante do Olimpo, Júpiter, o deus dos deuses.

Modelo do interior de Júpiter

  Júpiter é composto principalmente de hidrogênio, sendo um quarto de sua massa composta de hélio, apesar do hélio corresponder apenas um décimo do número total de moléculas. Também são encontrados na atmosfera traços de metano, vapor de água, amoníaco, sílicas, carbono, etano, sulfeto de hidrogênio, néon, oxigênio e enxofre. Na parte externa da atmosfera há cristais de amônio congelado e traços de benzeno.

  A atmosfera do planeta é dividida em diversas faixas, em várias latitudes, resultando em turbulência e tempestades. A mais conhecida é a Grande Mancha Vermelha, descoberta no século XVII e cujos ventos chegam a 500 quilômetros por hora. Essa tempestade tem um diâmetro transversal duas vezes maior que a Terra.

  Júpiter demora menos de 10 horas para completar a rotação sobre seu eixo. É o movimento de rotação mais rápido dos planetas do Sistema Solar. Já o movimento de translação demora cerca de 11,86 anos terrestres.

  Provavelmente, o planeta possui um núcleo rochoso composto por elementos mais pesados, embora, como os outros planetas gigantes, não possua uma superfície sólida bem definida. A atmosfera externa de Júpiter é visivelmente dividida em diversas faixas, em várias latitudes, resultando em turbulência e tempestades nas regiões onde as faixas se encontram. Uma dessas tempestades é a Grande Mancha Vermelha, uma das características visíveis de Júpiter mais conhecidas e proeminentes, cuja existência data pelo menos do século XVII, quando foi vista pela primeira vez com telescópio, com ventos de até 650 km/h e um diâmetro transversal duas vezes maior que a Terra.

Imagem da Grande Mancha Vrmelha, obtida pela Voyager 1, em 25 de fevereio de 1979

  Júpiter era conhecido por astrônomos de tempos antigos e era associado com as crenças mitológicas e religiosas de várias culturas. Os romanos nomearam Júpiter um deus de sua mitologia. Júpiter foi observado pela primeira vez por Galileu Galilei, em 1610, quando também foi possível a identificação de quatro de seus 63 satélites: Io, Europa, Ganimedes e Calisto.

  A camada de nuvens possui apenas 50 quilômetros de profundidade e consiste em duas partes: uma camada grossa inferior e uma camada superior mais fina e mais clara. É possível que existam nuvens finas de água sob a camada de amônia, que seriam a causa dos raios detectados na atmosfera. Estas descargas elétricas podem ter mil vezes o poder dos raios terrestres. As nuvens de água podem formar tempestades, alimentadas pelo calor proveniente do interior do planeta.

  As nuvens de Júpiter possuem cores de tom laranja e marrom devido a compostos que mudam de cor quando expostos aos raios ultravioleta do Sol. Estes compostos coloridos, chamados de cromóforos, misturam-se com as nuvens mais quentes da camada inferior. As zonas formam-se quando células de convecção ascendentes geram amônia cristalizada, que diminui a visibilidade da camada inferior de nuvens.

Animação mostrando o movimento de faixas atmosféricas do planeta Júpiter

  Júpiter possui um sistema de anéis bem menos evidente do que o de Saturno. Esse sistema é composto por um toro interno de partículas, conhecido como halo, um anel principal relativamente brilhante e um sistema de anéis externo, chamado de gossamer. Esses anéis parecem ser feitos de poeira (os anéis de Saturno são compostos de gelo). Acredita-se que o anel principal seja feito de material ejetado dos satélites Adrasteia e Métis. Este material, que normalmente cairia de volta nos satélites, é puxado em direção ao planeta por causa de sua enorme força gravitacional, alimentando o anel. A órbita do material se altera em direção a Júpiter e material novo é acrescentado por impactos adicionais.

  Júpiter possui um campo magnético 14 vezes mais forte do que a da Terra, variando entre 4,2 graus no equador a 10 a 14 vezes nos polos, o mais forte do Sistema Solar. Acredita-se que este campo seja gerado por correntes de Foucalt - o movimento giratório de materiais condutores - dentro da camada de hidrogênio metálico líquido. Os vulcões do satélite Io emitem grande quantidade de dióxido de enxofre e oxigênio, que, juntamente com íons de hidrogênio originários da atmosfera de Júpiter, formam uma folha de plasma no plano equatorial do planeta.

Modelo visual dos anéis de Júpiter

  Júpiter é o único planeta cujo centro de massa com o Sol fica fora do último, 1,068 raio solar ou 7% acima da superfície solar. A distância média entre Júpiter e o Sol é de 778 milhões de quilômetros. A órbita elíptica de Júpiter possui uma inclinação de 1,31º comparada com a da Terra.

  A influência gravitacional de Júpiter afetou o Sistema solar desde a sua formação. A inclinação das órbitas da maioria dos planetas do Sistema Solar é mais similar à inclinação orbital jupteriana do que à do equador solar.

Júpiter (em vermelho) completa uma órbita em torno do Sol (centro) para cada 11,86 órbitas da Terra (azul)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

MARTE: O PLANETA VERMELHO

Marte é o quarto planeta mais próximo do Sol e o segundo menor planeta do Sistema Solar. Apresenta uma coloração avermelhada devido à presença de óxido de ferro na sua superfície. Recebeu esse nome em homenagem ao deus romano da guerra. Possui duas pequenas luas de formato irregular: Phobos (medo) e Deimos (pânico). Seus nomes derivam da mitologia grega e representam os filhos de Ares (Marte) e Afrodite (Vênus). Marte é um dos planetas mais estudados do Sistema Solar, e um dos que melhor podemos ver a olho nu no céu. A duração do dia em Marte aproxima-se do planeta Terra, com 24 horas e 37 minutos, porém, o ano marciano tem uma duração de 687 dias.

Imagem de satélite de toda a superfície de Marte

Características de Marte

  Marte é um planeta muito frio, árido e rochoso. A sua temperatura máxima é de aproximadamente 25ºC, com uma média de -60ºC, a qual pode chegar até a -140ºC durante a noite. O diâmetro de Marte é metade do diâmetro da Terra, sendo também menos denso que o nosso planeta, possuindo cerca de 15% do seu volume e 11% de sua massa, resultando em uma aceleração da gravidade na superfície, que é cerca de 38% da que se observa na Terra. A aparência vermelho-alaranjada da superfície marciana é causada pela grande quantidade de óxido de ferro existente nesse planeta.

  Assim como a Terra, Vênus e Mercúrio, Marte faz parte dos chamados Planetas Rochosos, sendo que suas camadas são compostas por atmosfera, crosta, manto e núcleo. A maioria das rochas na superfície de Marte é composta por basalto. Sua atmosfera é muito fina, sendo composta essencialmente por gás carbônico, e em menor quantidade por nitrogênio, oxigênio, argônio, dentre outros gases.

Animação mostrando a rotação do planeta Marte

  A distância entre Marte e o Sol é de 228 milhões de quilômetros. Marte possui dois satélites naturais que são as "duas luas de Marte". Esses satélites foram descobertos em 1877 e muitos cientistas acreditam que podem ter sido asteroides capturados pela gravidade de Marte.

  Durante a formação do Sistema Solar, Marte foi criado como resultado de um um processo de evoluções. O planeta possui muitas características próprias causadas por sua posição no sistema Solar. Elementos com pontos de ebulição relativamente baixos, como cloro, fósforo e enxofre são muito mais comuns em Marte do que na Terra. Estes elementos podem ter sido removidos das áreas mais próximas ao Sol pelo vento solar.

Marte e suas duas luas: Deimos (esquerda)Phobos (direita)

História geológica de Marte

  A história geológica de Marte é dividida em vários períodos, sendo três principais: Noachiano, Hesperiano e Amazônico.

  O Período Noachiano é um dos períodos de formação mais antigos de Marte, entre 4,5 e 3,5 bilhões de anos de anos. Nesse período, as superfícies sofreram grandes crateras de impacto. Acredita-se que a parte mais elevada de Tharsis (um planalto vulcânico) tenha se formado durante este períiodo, com extensas inundações por água líquida no final desse período.

  O Período Hesperiano, entre  3,5 e 2,9-3,3 bilhões de anos, é marcado pela formação de extensas planícies de lavas. O Período Amazônico, ocorrido entre 2,9-3,3 bilhões de anos até o presente, têm poucas crateras de impactos de meteoritos, porém, são bastante variadas. Nesse período formou-se o Monte Olimpo, juntamente com fluxos de lavas em outros lugares de Marte. O Monte Olimpo é um vulcão extinto do planeta Marte, e também o vulcão mais elevado do Sistema Solar, com uma altitude de 21,9 km acima do nível médio da superfície marciana.

Comparação entre o Monte Olimpo (ponto mais elevado do Sistema Solar) e o Monte Everest (ponto mais elevado do planeta Terra)

Vida em Marte

  Conhecido desde a Antiguidade, a partir do século XIX, Marte tem despertado maior atenção entre astrônomos e cientistas, uma vez que o planeta vermelho se assemelha à Terra em diversos aspectos, como as estações do ano, o relevo (vales, dunas, planícies, planaltos, cânions, entre outros) e aproximação do dia terrestre (quase 24 horas). Isso faz com que muitas pessoas acreditem haver vida em Marte. No entanto, o fato de ser envolvido numa atmosfera fina e bastante rarefeita reforça a impossibilidade de vida no planeta.

Planícies vulcânicas (em vermelho) e bacias de impacto (em azul), dominam a topografia do planeta Marte

  O que despertou ainda mais o interesse dos cientistas na atualidade foi um estudo realizado em 2000 pela NASA (Agência Espacial Norte-Americana), no qual foi confirmada a existência de processos erosivos no planeta, o que evoca a possibilidade da existência de água e, consequentemente, de vida em Marte.

  Em 25 de julho de 2018, cientistas da Agência Espacial Italiana anunciaram que existe água líquida em Marte, de forma constante. Para especialistas, essa descoberta, de um reservatório subterrâneo permanente de água líquida, aumenta consideravelmente as chances de haver vida no planeta. A água líquida e perene foi encontrada 1,5 km abaixo de uma camada de gelo, próxima ao Polo Sul de Marte.

Possível escoamento de água no solo de Marte

  Em julho de 2020, a NASA lançou a Mars 2020, cujo objetivo é coletar amostras do solo marciano para verificar se há vestígios de vida no planeta. No dia 28 de setembro de 2020, a sonda Marsis, da Agência Espacial Europeia (ESA), indicou a existência de novos reservatórios de água em Marte. As pesquisas indicaram que o Polo Sul de Marte apresentou água em estado líquido, porém, uma água salobra abaixo de uma camada de gelo. A sonda não é capaz de fazer perfurações, por isso, ainda não foi possível dizer qual a profundidade dos lagos marcianos.

Fotografia do pôr-do-sol em Marte feita pelo robô Spirit

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