domingo, 11 de outubro de 2020

A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO

 

  A inserção da mulher no mercado de trabalho de forma mais ativa e participativa está intrinsecamente associada a industrialização e urbanização. Esse processo promove novas atividades econômicas, principalmente no setor terciário (comércio e prestação de serviços), que absorve essa mão de obra significativa.

  Essa temática envolve os acontecimentos recentes associados à Revolução Industrial, à Revolução Técnico-Científico-Informacional e à urbanização, que devem ser associadas às alterações no mundo de trabalho.

  Nas fábricas a questão da mulher tem aparecido com mais força. No entanto, pelo caráter de controle muito mais potente da mão de obra, o peso do machismo, homofobia e inclusive racismo ainda é muito grande.

Mulheres trabalhando numa fábrica no início de século XX

  Com o passar dos anos e transformações das concepções sociais e de gênero, muitas prioridades mudaram para as mulheres. Se antes constituir uma família e ser mãe estava entre elas, hoje firmar-se profissionalmente é a principal preocupação. Entre os muitos motivos que determinaram a entrada da mulher no mercado de trabalho, destacou-se a necessidade de contribuir com os gastos financeiros da família. O primeiro momento na história em que houve considerável absorção da mão de obra feminina foi a Revolução Industrial, quando as fábricas contrataram mulheres com o objetivo de reduzir as despesas com salários e discipliná-las ao seu modo. No entanto, é apenas após as duas Guerras Mundiais que esse movimento ganha força e as mulheres passam a assumir funções antes executadas por homens.

  Em virtude das guerras que ocorreram na primeira metade do século XX, muitas mulheres assumiram as empresas e negócios de suas famílias, além da posição dos homens na condução do lar. Isso aconteceu, em grande medida, não apenas durante os anos de conflito, mas também posteriormente, em razão do grande número de mortes e de acidentes que deixavam os homens inaptos para o trabalho.

Mulheres trabalham em uma fábrica de munição em Londres, Inglaterra, em 1916

  Mesmo com a criação de leis que garantiam alguns direitos para as mulheres, como licença do trabalho nas últimas semanas de gestação e proibição do trabalho feminino das 22 horas às 5 horas, uma série de violações perduraram durante anos. Entre elas, estava a jornada de trabalho, que podiam chegar a 18 horas e elevadas diferenças salariais.

  A luta por equidade de direitos passou por um momento importante nos anos 1960. A década é marcada pela libertação sexual das mulheres, possibilitada pela introdução dos métodos contraceptivos, e reivindicação de maior participação política e social. Alguns episódios, como o Maio de 68, na França, e o Movimento Hippie, impulsionaram mudanças e colaboraram com a expansão do movimento feminista. Ele, por sua vez, contribuiu com a emancipação feminina, permitindo que as mulheres decidissem sobre si próprias.

Franceses saem às ruas numa série de protestos que ficou conhecido como Maio de 68

  No Brasil é crescente a participação da mulher no mercado de trabalho e notório o aumento de sua importância na economia. É progressiva também a responsabilidade feminina no sustento da família e destaque profissional em diversos setores.

  A mulher brasileira obteve inúmeras conquistas em relação à saúde e à participação no mercado de trabalho e na política brasileira. Sua contribuição para a economia do país tornou-se cada vez mais significativa. Porém, ainda há muito que conseguir. Se compararmos quesitos como ganhos salariais, cargos políticos e empresariais, podemos perceber a discrepância entre homens e mulheres.

Gráfico mostrando a relação entre ocupação de homens e mulheres no Brasil em 2019

  Abaixo nós temos alguns dados sobre a participação da mulher no mercado de trabalho, de acordo com pesquisas feitas em vários anos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

  • em 2010, 41% das mulheres contribuíam com a renda familiar;
  • em 2018, 45% das pessoas que trabalhavam no Brasil eram mulheres;
  • 84% da mão de obra feminina em 2016 encontrava-se nos setores de comércio e serviços;
  • em 2019 a população feminina representava 51,8%, enquanto que a de homens era de 48,2%;
  • em 2018, as mulheres ganharam 33% a menos que os homens;
  • em 2018, os homens ocupavam 61% de cargos de chefia, enquanto as mulheres ocupavam 39%.

Infográfico mostrando os setores que mais empregam mão de obra feminina no Brasil

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

A CONQUISTA DE DIREITOS CULTURAIS NA ÁSIA

 

  A Ásia é o maior dos continentes, tanto em área como em população. Abrange um terço das partes sólidas da superfície da Terra e é responsável por abrigar quase três quintos da população mundial.

  A cultura da Ásia é o agregado artificial da herança de muitas nacionalidades, sociedades, religiões e grupos étnicos da região, tradicionalmente chamada um continente de uma perspectiva central ocidental. A arte, a música e a culinária, bem como a literatura, são partes importantes da cultura asiática. A filosofia oriental e a religião também desempenham um papel principal, como budismo, hinduísmo, taoísmo, confucionismo, judaísmo, islamismo e cristianismo. Uma das partes mais complexas da cultura asiática é a relação entre culturas tradicionais e o mundo ocidental.

Mapa físico da Ásia

  Durante o século XX, os projetos de construção e de desenvolvimento nacional quase sempre estiveram ligados à ideia de nação culturalmente homogênea. Como resultado, perseguições culturais e até mesmo extermínios étnicos se somaram a discriminações históricas contra minorias.

  A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, contribuiu para o crescimento da luta por liberdade cultural e tornou as políticas de reparação medidas cada vez mais aceitas na redução das tensões  sociais e na promoção do respeito às diferenças.

Comemoração do Ano Novo Chinês, em fevereiro de 2018

  Abaixo temos alguns casos em que minorias étnicas conquistaram direitos culturais na Ásia.

  • O direito às terras ancestrais nas Filipinas

  O arquipélago filipino é extremamente rico, tanto em diversidade cultural quanto em diversidade biológica. É um dos doze países com megadiversidade biológica do mundo e possui mais de 127 grupos culturais.

  Não obstante, a biodiversidade caiu drasticamente e, atualmente, o país é considerado um dos mais importantes "hotspots" do planeta (lugares com maior riqueza em matéria de espécies de plantas e animais e, ao mesmo tempo, os mais ameaçados, demandando urgentes medidas de preservação). Nesse contexto, o Convênio de Diversidade Biológica (CDB) é extremamente pertinente para o país, e vice-versa. As organizações indígenas argumentam que a história de erosão da biodiversidade em terras indígenas está ligada a sua conversão para a mineração e atividade madeireira, realizada através de concessões por contatos políticos e a projetos de "desenvolvimento" em grande escala inadequados, como represas, plantações, etc.

  Após décadas de luta e confrontos violentos, os indígenas das Filipinas obtiveram, no dia 29 de outubro 1997, o direito às terras que historicamente ocupavam e ao usufruto de seus recursos por meio da Lei Nacional Nº 8.371, uma lei para Reconhecer, Proteger e Promover os Direitos das Comunidades Culturais Indígenas e Povos Indígenas. Com isso, o Estado passou a garantir a manutenção do modo de vida dessas minorias, embora a lei tenha beneficiado, até os dias atuais, apenas uma fração dos 8 milhões de indígenas do país.

Dança tradicional de povos indígenas das Filipinas

  • Multilinguísmo no Sri Lanka

  O Sri Lanka (antigo Ceilão) é um país insular da Ásia Meridional, bastante diversificado e multicultural, sendo o lar de muitas religiões, etnias e línguas. Além da maioria cingalesa, é o lar de grandes grupos de tâmeis indianos, mouros, burgheres, malaios, cafres e o aborígene Vedda. O país tem uma rica herança budista, e os primeiros escritos budistas conhecidos do Sri Lanka, o Cânone Páli, remonta ao Quarto Concílio Budista, em 29 a.C.

  A cultura do Sri Lanka foi influenciada por diversos fatores no passado, em especial pela região e colonização de Portugal, Países Baixos e Reino Unido. O país é predominantemente hindu, budista e muçulmano e suas principais festividades estão ligadas à religião, como o Ano Novo.

  De 1983 a 2009, o Sri Lanka viveu uma guerra civil motivada por ressentimentos históricos entre a minoria tâmil e a maioria cingalesa por políticas excludentes, como a imposição do uso da língua cingalesa. Em 2011, o governo anunciou, como parte do processo de reconciliação nacional, o ensino tanto do cingalês quanto do tâmil e do inglês nas escolas do país.

Típica família tâmil do Sri Lanka

  • O modo de vida tradicional dos nenets na Rússia

  Os nenets são um povo de etnia samoieda que vive na Nenétsia, região autônoma do norte da Sibéria. Eles trabalham como pastores e preservam com carinho a cultura mais tradicional e colorida de todos os povos nômades do mundo, há várias gerações.

  As moradias dos nenets (chamada de chum) é bastante tradicional, e consiste em peles de renas costuradas e enroladas em postes de madeira organizados em círculo. No meio há uma lareira usada para enriquecer e manter mosquitos afastados.

  Para muitas tribos com os nenets, contar histórias é uma das principais maneiras pelas quais a tradição e o patrimônio são transmitidos de geração em geração. Cada família nenets tem histórias próprias, que são bastante ricas: tradições no casamento, como é a vida em crescimento, a importância da preservação de sua cultura, a luta entre manter suas raízes tradicionais e prosperar em um mundo modernizado.

Aldeia nenets

  Na tradição nenets, cintos de dentes de urso protegem as pessoas de maus espíritos e perigos. Os cintos nunca são enterrados com o proprietário, mas são passados de geração em geração. As tradições nenets são muito importantes para cada membro da família e trabalham para mantê-las vivas.

  Após séculos de perseguição ao seu modo de vida, os nenets passaram a ser reconhecidos pelo governo como um povo autônomo. Isso garante aos nenets direitos exclusivos, como a permissão para percorrer rotas migratórias em território russo, prática milenar desse povo. A migração tem o objetivo de engordar as renas, base de alimentação nenet.

Homem nenet com seu rebanho de renas

  • Respeito à diversidade de crenças na Índia

  O hinduísmo é a religião de quase 1 bilhão de indianos. Mesmo com essa expressa maioria, a constituição da Índia não adota nenhuma crença como oficial. As leis buscam garantir os direitos essenciais dos cidadãos e protegem a diversidade cultural do país, ao permitir que sejam praticados costumes e tradições das diferentes comunidades religiosas em diversos aspectos da vida, como o divórcio e a herança.

Estátua de Shiva - um dos deuses do hinduísmo

terça-feira, 6 de outubro de 2020

A RESEX CHAPADA LIMPA

  Uma floresta com árvores frutíferas resiste imponente no coração do cerrado maranhense. O bacurizeiro alcança o teto da mata e se mostra superior em meio à vegetação retorcida de Chapada Limpa, no leste do Maranhão. Este imenso pomar selvagem por muito pouco não desapareceu para dar lugar ao agronegócio. Em vinte anos, 70 mil hectares de cerrado foram desmatados na região do baixo Parnaíba para o plantio de soja.

  A Reserva Extrativista Chapada Limpa é uma unidade de conservação federal do Brasil categorizada como reserva extrativista e criada por meio do Decreto Presidencial em 26 de setembro de 2007, numa área de 11.973,05 hectares, no município de Chapadinha, na região do rio Munim, no estado do Maranhão. Foi a quinta reserva extrativista do Maranhão e a primeira nos biomas Cerrado e Mata dos Cocais dentro do estado.

Rio Munim

  A reserva foi criada com o objetivo de proteger o modo de vida dos extrativistas e o uso sustentável do cerrado. Também buscou pôr fim a um longo período de tensão social na região entre fazendeiros e camponeses.

  Trata-se de uma área de extrema importância para a sobrevivência de distintas formas de vida, pois é uma área de transição de três biomas diferentes. Além do Cerrado, na Reserva Extrativista Chapada Limpa podem ser encontradas espécies típicas, tanto da Amazônia quanto da Caatinga.

Vegetação da Resex Chapada Limpa

  A dinâmica produtiva é tradicionalmente baseada no agroextrativismo. As comunidades que vivem na parte alta da chapada ou vizinhas a ela têm no bacuri o principal produto do extrativismo. As que moram nas porções baixas da região praticam o extrativismo de babaçu, como fonte de renda, e das palmeiras típicas de ambientes alagáveis (juçara, buriti e bacaba) e para consumo da família. Os moradores da região também praticam a agricultura de subsistência para suprimento de alimentos básicos, como arroz, feijão e milho.

  A criação da Resex Chapada Limpa foi estratégica para a conservação de um dos biomas mais ameaçados do país, sobretudo neste canto do leste maranhense. Serviu também para por fim ao um longo período de tensão social na região. A chapada esteve durante anos no meio de um conflito entre fazendeiros e camponeses. As populações tradicionais agora podem transitar livremente e usar de modo sustentável tudo o que o cerrado oferece.

Paisagem da Resex Chapada Limpa

sábado, 3 de outubro de 2020

ÁFRICA DO SUL: O PAÍS MAIS DESENVOLVIDO DA ÁFRICA

  A África do Sul é o país de economia mais desenvolvida da África. Favorecido pela abundância de recursos minerais em seu território e por investimentos estrangeiros, esse país desenvolveu uma atividade industrial diversificada, com indústrias de bens de consumo (têxtil, alimentícia, de vestuário etc.) e indústrias de bens de produção (máquinas, equipamentos, metalúrgicas, siderúrgica química etc.), além de indústria naval, de armamentos, automobilística entre outras. Destaca-se ainda como primeiro produtor mundial de cromo e de platina e o quinto de diamante. As principais cidades do país concentram os maiores centros industriais.
  A África do Sul tem três capitais: Cidade do Cabo (legislativa), Pretória (executiva) e Bloemfontein (judiciária), além de outras importantes cidades como Joanesburgo, Port Elizabeth e Durban.
  Atualmente, a África do Sul vive sob um regime democrático e com certa estabilidade política. No entanto, seu passado é muito dramático, porque a maioria da população, formada por negros, sofria privação de direitos.
  O grande desafio da África do Sul é enfrentar as heranças do apartheid e construir uma sociedade democrática de base multiétnica, menos desigual e sem preconceitos, além de erradicar a pobreza que atinge parte significativa dos sul-africanos.
Mapa da África do Sul
HISTÓRIA
  A África do Sul contém alguns dos mais antigos sítios arqueológicos e fósseis humanos do mundo. Vários restos de fósseis foram recuperados a partir de uma série de cavernas na província de Gauteng. A área é Patrimônio Mundial da UNESCO e foi denominada o Berço da Humanidade. O primeiro fóssil de hominídeo descoberto na África, a Criança de Taung, foi encontrado perto da cidade de Taung, na província Noroeste, em 1924.
  Os assentamentos de povos de língua bantu, que eram agricultores e pastores que manejavam ferro, já estavam presentes ao sul do rio Limpopo (atual fronteira norte com Botswana e Zimbábue) nos séculos IV e V. Eles deslocaram-se, conquistaram e absorveram os povos khoisan, khoikhoi e san. Os bantus se moveram lentamente em direção ao sul ao longo do tempo. Os primeiros sinais de siderurgia na atual província de Kwazulu Natal datam de cerca de 1050.
  O grupo meridional era o povo xhosa, cuja linguagem incorpora certos traços linguísticos dos povos khoisan. Os xhosas chegaram ao rio Great Fish, na atual Província do Cabo Oriental e, eles migravam, essas populações maiores da Idade do Ferro deslocavam ou assimilavam os povos anteriores.
Nativos san usando um método primitivo de criar fogo
  Na época do contato europeu o grupo étnico dominante eram os povos bantu, que migraram de outras partes da África cerca de dois mil anos antes. Os dois principais grupos eram os xhosas e os zulu. Em 1487, o explorador português Bartolomeu Dias, liderou a primeira viagem europeia ao desembarcar em território que atualmente faz parte da África do Sul.
  Em 8 de janeiro de 1488, impedido de prosseguir ao longo da costa devido às fortes tempestades, Dias navegou em alto mar e passou o ponto mais meridional da África sem vê-lo. Ele chegou até a costa oriental da África, no que chamou de Rio do Infante, provavelmente o atual rio Groot, em maio de 1488, mas em seu retorno, viu o Cabo, que chamou de Cabo das Tormentas. Mais tarde, o rei João II de Portugal rebatizou o ponto de Cabo da Boa Esperança, uma vez que levava às riquezas das Índias Orientais. A façanha de Dias foi posteriormente imortalizada por Luís de Camões, no poem épico Os Lusíadas.
Cabo da Boa Esperança
  Em 1652, a Companhia Holandesa das Índias Orientais fundou uma estação de abastecimento que mais tarde viria a ser a Cidade do Cabo, que tornou-se uma colônia britânica em 1806. A colonização europeia expandiu-se na década de 1820 com os bôers (colonos de origem holandesa, flamenga, francesa e alemã), enquanto os colonos britânicos se assentaram no norte e no leste do país. Nesse período, conflitos surgiram entre os grupos Xhosa, Zulu e Afrikaners, que competiam por território.
  Durante a década de 1830, cerca de 12.000 bôers partiram da Colônia do Cabo, onde tinham sidos submetidos ao controle britânico. Eles migraram para as regiões que mais tarde se tornariam Natal, Estado Livre de Orange e Transvaal. Os bôers fundaram a República Sul-Africana (atual Gauteng, Limpopo, Mpumalanga e Províncias do Oeste e do Norte) e o Estado Livre de Orange.
  A descoberta de diamantes, em 1867, e de ouro, em 1884, no interior do território, provocou o início da "Revolução Mineral" e o aumento do crescimento econômico e da imigração. Isto intensificou a subjugação dos povos indígenas pelos sul-africanos europeus. A luta para controlar esses importantes recursos econômicos foi um fator decisivo nas relações entre os europeus e os nativos, e também entre os bôers e os britânicos.
Zulus atacam um acampamento bôer em 1838
  As repúblicas bôers resistiram com sucesso às invasões britânicas durante a Primeira Guerra dos Bôers (1880-1881), usando táticas de guerrilha, que foram bem adaptados às condições locais. Os britânicos voltaram com um número maior de homens, com mais experiência e com uma nova estratégia na Segunda Guerra dos Bôers (1899-1902), mas sofreram pesadas perdas durante os conflitos, apesar de terem sido os vencedores.
  Dentro do país, as políticas antibritânicas entre brancos sul-africanos focavam na independência. Durante os períodos coloniais holandês e britânico, a segregação racial era majoritariamente informal, apesar de algumas legislações terem sido promulgadas para controlar o estabelecimento e a livre circulação de povos nativos.
  Oito anos após o fim da Segunda Guerra dos Bôers e após quatro anos de negociações, uma lei do Parlamento Britânico (Ato da África do Sul de 1909), criou a União Sul-Africana em 31 de maio de 1910. A união era um domínio britânico que incluía as antigas colônias holandesas do Cabo e de Natal, bem como as repúblicas dos Estado Livre de Orange e de Transvaal.
  A Lei das Terras dos Nativos, de 1913, restringiu severamente a propriedade de terras por negros; nessa época, os nativos controlavam apenas 7% do território do território do país. A quantidade de terra reservada para os povos indígenas foi mais tarde ligeiramente aumentada.
Mulheres e crianças bôers em campo de concentração inglês
  Em 1931, a União tornou-se efetivamente independente do Reino Unido, com a promulgação do Estatuto de Westminster. Em 1934, o Partido Sul-Africano e o Partido Nacional se fundem para formar o Partido Unido, buscando a reconciliação entre os africânderes e os brancos anglófonos. Em 1939, o partido se divide sobre a entrada da União na Segunda Guerra Mundial como uma aliada do Reino Unido, uma decisão que os seguidores do Partido Nacional se opuseram.
  Em 1948, o Partido Nacional foi eleito e chegou ao poder. Esse grupo político reforçou a segregação racial, que já tinha começado sob o domínio colonial inglês e holandês. O Governo Nacionalista classificou todos os povos em três raças, com direitos e limitações desenvolvidas para cada uma. A minoria branca controlava a grande maioria negra. Essa segregação ficou conhecida como apartheid. Enquanto a minoria branca sul-africana usufruía do mais alto padrão de vida de toda a África (comparável aos de nações de países subdesenvolvidos ocidentais), a maioria negra ficou em desvantagem em quase todos os aspectos, como renda, educação, habitação e expectativa de vida. A Carta da Liberdade, adotada em 1955 pela Aliança do Congresso, exigiu uma sociedade não racial e o fim da discriminação.
Bandeira da União Sul-Africana
  A África do Sul abandonou a Commonwealth em 1961, na sequência de um referendo que ditou a proclamação da república. Apesar da oposição dentro e fora do país, o governo manteve o regime do apartheid. Alguns países e instituições ocidentais começaram a boicotar os negócios com a África do Sul por causa das suas políticas de opressão racial e de direitos civis.
  Em 1983 é adotada uma nova Constituição que garantiu uma política de direitos limitados às minorias asiáticas, mas continuou a excluir os negros do exercício dos direitos políticos e civis. A maioria negra não tinha direito de voto nem representação parlamentar. O partido branco dominante durante a era do apartheid era o Partido Nacional, enquanto a principal organização política negra era o Congresso Nacional Africano (ANC)
  Após anos de protestos internos, em 1990, o governo sul-africano iniciou negociações que levaram ao desmantelamento das leis de discriminação e às eleições democráticas em 1994. O país então aderiu à Comunidade das Nações.
Germinston - com uma população de 3.335.804 habitantes (estimativa 2020) é a quarta cidade mais populosa da África do Sul
  No período pós-apartheid, o desemprego tem sido extremamente alto, enquanto o país luta para lidar com as muitas mudanças. Enquanto muitos negros subiram para as classes média e alta, a taxa de desemprego de negros aumentou consideravelmente entre 1994 e 2003. A pobreza entre os brancos, antes rara, aumentou. Além disso, o governo sul-africano tem se esforçado para alcançar uma disciplina monetária e fiscal para garantir, tanto a distribuição da riqueza quanto o crescimento econômico.
  Em maio de 2008, motins deixaram mais de sessenta pessoas mortas. O Centro pelo Direito à Moradia contra Despejos estimou que mais de cem mil pessoas foram expulsas de suas casas. Os migrantes e os refugiados que procuraram asilo no país eram os principais alvos, mas um terço das vítimas eram de cidadãos sul-africanos.
  Em 2010, a África do Sul sediou a Copa do Mundo de Futebol, sendo também o primeiro e único país do continente a sediar esse torneio.
Vídeo de abertura da Copa do Mundo da África do Sul, em 10/06/2010
O regime do apartheid
  Por mais de 40 anos (1948-1992), o país viveu sob um regime de segregação racial imposto pela minoria branca, composta de africânderes e descendentes de britânicos. Durante esse regime, denominado de apartheid, foram promulgadas várias leis, entre elas as que impediam a maioria negra de participar da política e possuir terras.
  Por décadas, esse regime separou brancos e negros, proibindo a convivência entre eles nas escolas, nos parques, nos ônibus e nos bairros (viviam em zonas separadas). Até mesmo o matrimônio entre brancos e negros era vetada por lei.
  Baseado na segregação racial, o apartheid tinha como intuito a exploração da mão de obra africana e a legitimação do poder dos brancos no território sul-africano.
A Lei de Reserva dos Benefícios Sociais de 1953 possibilitou a divisão de locais públicos por raça. Esta placa encontrada numa praia de Durban, em 1989, indica - em inglês, africâner e zulu - se tratar de uma "área de banho reservada para uso exclusivo por integrantes do grupo racial branco".
  Obrigados a viver em zonas residenciais, os negros tinham de obter permissão para frequentar os mesmos espaços que os brancos.
  Na década de 1980, a ONU impôs sanções ao país para pressionar o regime racista. As mudanças políticas passaram a ocorrer a partir de 1989. Em 1992, uma reforma política foi legitimada por um plebiscito, do qual somente os brancos puderam participar. Pressionados pela opinião da comunidade internacional, que condenava o regime e defendia a luta dos negros para o fim dessa segregação, o fim do apartheid foi aprovado.
 Em 1994, houve a primeira eleição multirracial na África do Sul, na qual foi eleito o primeiro presidente negro, Nelson Mandela, líder do Congresso Nacional Africano (CNA), partido que lutava contra o apartheid. Antes disso, Mandela, condenado pelo regime dominante, ficara preso por 28 anos (1962-1990).
  Nelson "Madiba" Mandela (1818-2013), foi o principal líder da luta contra o regime do apartheid. Preso na década de 1960 e condenado à prisão perpétua, Mandela foi libertado em 1990.
  Embora não tenha provocado todas as transformações esperadas na organização social do país, Mandela institucionalizou o fim do racismo e a inserção dos negros em setores econômicos e políticos da África do Sul.
  Com o fim do apartheid, profundas transformações econômicas e políticas ocorreram. Apesar disso, o país enfrenta o desafio de acabar com a grande desigualdade social e econômica que deixa boa parte de sua população vivendo na pobreza.
Nelson Mandela - primeiro presidente negro e principal líder na luta contra o regime do apartheid na África do Sul
GEOGRAFIA
  A África do Sul está localizada no extremo sul do continente africano, com uma região costeira que se estende por mais de 2.500 quilômetros, sendo também banhada por dois oceanos (Atlântico e Índico). É limitado pela Namíbia, Botsuana e Zimbábue ao norte; Moçambique e Essuatíni a leste; e com o Lesoto, um enclave totalmente rodeado pelo território sul-africano.
  A África do Sul tem uma paisagem variada. Na parte ocidental, estende-se um grande planalto composto em parte por deserto e em parte por pastagens e savanas, cortado pelo curso do rio Orange e do seu principal afluente, o Vaal. Ao sul, erguem-se as cordilheiras do Karoo e, a leste, o Drakensberg, a maior cadeia montanhosa da África Meridional, onde se situa o ponto mais elevado do país, o monte Mafadi, com 3.450 metros, localizado na fronteira entre a África do Sul e o Lesoto.
Mafadi - ponto mais elevado da África do Sul
  Ao norte, o curso do rio Limpopo serve de fronteira com o Botsuana e o Zimbábue. O clima varia entre uma pequena zona de clima mediterrâneo, no extremo sul, na região do Cabo, a desértico a noroeste. No Drakensberg há áreas com clima de montanha e há queda de neve nos pontos mais elevados, comumente no inverno.
  A África do Sul assinou a Convenção sobre Diversidade Biológica em 4 de junho de 1994 e tornou-se uma parte da convenção em 2 de novembro de 1995. O país produziu posteriormente, uma Estratégia Nacional de Biodiversidade e um Plano de Ação, que foi recebida pela convenção em 7 de junho de 2006, e está em sexto lugar entre os 17 países megadiversos do mundo.
  Inúmeros mamíferos são encontrados na região das savanas, como leões, leopardos, rinocerontes-brancos, gnus-azuis, cudos, impalas, hienas, hipopótamos, elefantes, girafas, entre outros. A maior parte de área de savana localiza-se no nordeste do país, como o Parque Nacional de Kruger e na Reserva Mala Mala, bem como no extremo norte da Biosfera Waterberg. A África do Sul abriga muitas espécies endêmicas, como o coelho bosquímano (Bunolaqus monticularis), do Karoo.
Grupo de elefantes-africanos no Parque Nacional de Kruger
  O bioma predominante na África do Sul é a pradaria, onde a cobertura vegetal é dominada por diferentes gramíneas, arbustos baixos e árvores de acácia. A vegetação torna-se escassa no nordeste, devido à baixa pluviosidade. Existem várias espécies de suculentas que armazenam água, como os aloés e euphorbias na área seca de Namaqualand. As pradarias lentamente se transformam em um mato alto de cerrado no nordeste do país, com um crescimento mais denso. Há um número significativo de baobás nesta área, perto da extremidade norte do Parque Nacional Kruger.
Campo de flores no Parque Nacional West Coast
POPULAÇÃO
  A África do Sul é uma nação com quase 60 milhões de habitantes de diversas origens, culturas, línguas e crenças. Cerca de 80,2% da população do país é constituída por negros de diversas etnias, 8,5% é de origem europeia (destacando-se ingleses e holandeses), cerca de 8,8% de euroafricanos e 2,5% de asiáticos (principalmente descendentes de indianos). A população branca, embora minoritária, detém cerca de 60% da renda nacional e usufrui das melhores condições de vida no país.
  O país tem uma taxa de urbanização superior à do continente (67,4% em 2020). Estima-se que em 2030 a população residente nas cidades ultrapassará os 75%, enquanto que no continente essa parcela da população representará um pouco mais de 50% do total.
  Atualmente, um grave problema social é a alta taxa de desemprego (que atingiu cerca de 28% em 2019). A maior parte da população sul-africana vive em situação de pobreza, em um contexto de grande desigualdade socioeconômica e péssimas condições de saúde. Cerca de 19% dos adultos são portadores do vírus HIV, doença que contribui para que a expectativa de vida no país seja de 63 anos.
Pirâmide etária da África do Sul
ECONOMIA
  A África do Sul responde sozinha por cerca de 20% do PIB da África Subsaariana. A maior parte de suas divisas provêm das atividades industrial e mineral, especialmente ouro e diamante.
  A África do Sul possui a agricultura mais moderna e diversificada do continente africano. O país apresenta uma grande diversidade climática, que possibilita o cultivo de vários produtos agrícolas. Na zona mediterrânea destacam-se os vinhedos, o que transformou o país em grande produtor e exportador de vinhos.
  A pecuária é desenvolvida em cerca de 69% do território da África do Sul. As principais criações são suínos, caprinos, bovinos e ovinos.
Pretória - com uma população de 3.066.059 habitantes (estimativa 2020) é a quinta cidade mais populosa da África do Sul
  A África do Sul é um dos países com as maiores reservas de minérios no continente africano, sendo o maior produtor mundial de platina, cromo, manganês e titânio, o quinto maior produtor de diamante e o sexto maior produtor de ferro do mundo. O país exporta minérios brutos, dos quais é um dos principais fornecedores mundiais e o maior da África. Cerca de 25,5% de sua pauta de exportação é composta de minérios diversos. Entretanto, possui indústrias que processa internamente grande parte da produção mineral; usinas siderúrgicas e metalúrgicas, que produzem diversos tipos de metais - ferro, aço, alumínio, cobre, etc. -, os quais, por sua vez, alimentam outras indústrias, como a automobilística.
Porto Elizabeth - com uma população de 1.209.144 habitantes (estimativa 2020) é a sexta cidade mais populosa da África do Sul
  O parque industrial da África do Sul é o maior, mais diversificado e mais moderno da África. Isso contribui para que sua economia seja a segunda maior entre todos os países africanos (em termos de PIB, na África, a África do Sul só perde para a Nigéria).
  Entre os outros fatores que exerceram influência em sua economia está a entrada de investimentos ingleses e estadunidenses e os investimentos em infraestrutura e nas indústrias de base. Além disso, os imigrantes europeus trouxeram conhecimentos e experiência em diversas modalidades de trabalho, e a superexploração da mão de obra de xhosas, zulus e outras etnias do país durante o regime do apartheid trouxe altos lucros às empresas nacionais e estrangeiras. Hoje, há a garantia de uma série de direitos aos trabalhadores, reduzindo o grau de exploração.
East London - com uma população de 787.334 habitantes (estimativa 2020)é a sétima cidade mais populosa da África do Sul
ALGUNS DADOS SOBRE A ÁFRICA DO SUL
NOME: República da África do Sul
INDEPENDÊNCIA: do Reino Unido
União Sul-Africana: 31 de maio de 1910
Estatuto de Westminster: 11 de dezembro de 1931
República: 31 de maio de 1931
CAPITAIS: 
Executiva: Pretória
Centro Financeiro de Pretória - capital executiva da África do Sul
Legislativa: Cidade do Cabo
Centro Financeiro da Cidade do Cabo - capital legislativa da África do Sul
Judiciária: Bloemfontein
Bloemfontein - capital judiciária e oitava cidade mais populosa da África do Sul. Segundo estimativas para 2020 sua população é de 757.385 habitantes
GENTÍLICO: sul-africano (a), austro-africano (a)
LÍNGUA OFICIAL: a África do Sul tem 11 línguas oficiais. O país também reconhece oito línguas não oficiais como "línguas nacionais". Das línguas oficiais, duas são línguas indo-europeias - inglês e africâner - enquanto as outras nove são línguas da família bantu.
Mapa da África do Sul com a distribuição das línguas faladas no país
GOVERNO: República Parlamentarista Unitária de Partido Dominante
LOCALIZAÇÃO: extremo sul da África
ÁREA: 1.221.037 km² (24º) - inclui as Ilhas do Príncipe Eduardo
POPULAÇÃO (ONU - Estimativa para 2020): 59.098.284 habitantes (24°)
DENSIDADE POPULACIONAL: 48,40 hab./km² (127º). Obs: a densidade demográfica, densidade populacional ou população relativa, é a medida expressa pela relação entre a população total e a superfície de um determinado território.
CRESCIMENTO POPULACIONAL (ONU - Estimativa 2019): 0,55% (159°). Obs: o crescimento vegetativo, crescimento populacional ou crescimento natural é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade de uma determinada população e é contada da maior para a menor.
CIDADES MAIS POPULOSAS (Estimativa para 2020):
Joanesburgo: 4.654.350 habitantes
Joanesburgo - maior cidade da África do Sul
Cidade do Cabo: 3.925.157 habitantes
Cidade do Cabo - segunda cidade mais populosa da África do Sul
Durban: 3.612.757 habitantes
Durban - terceira cidade mais populosa da África do Sul
PIB (FMI - 2019): US$ 368,135 bilhões (34º). Obs: o PIB (Produto Interno Bruto), representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano).
PIB PER CAPITA (FMI 2019): U$ 6.229 (80°). Obs: o PIB per capita ou renda per capita é o Produto Interno Bruto (PIB) de um determinado lugar dividido por sua população. É o valor que cada habitante receberia se toda a renda fosse distribuída igualmente entre toda a população. 
IDH (ONU - 2019): 0,705 (113º) Obs: o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais, variando de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e PIB per capita. A classificação é feita dividindo os países em quatro grandes grupos: baixo (de 0,0 a 0,500), médio (de 0,501 a 0,800), elevado (de 0,801 a 0,900) e muito elevado (de 0,901 a 1,0).
Mapa do IDH no mundo
EXPECTATIVA DE VIDA (OMS - 2019): 63,11 anos (154°). Obs: a expectativa de vida refere-se ao número médio de anos para ser vivido por um grupo de pessoas nascidas no mesmo ano, se a mortalidade em cada idade se mantém constante no futuro, e é contada da maior para a menor.
TAXA DE NATALIDADE (ONU - 2019): 17,94/mil (105º). Obs: a taxa de natalidade é a porcentagem de nascimentos ocorridos em uma população em um determinado período de tempo para cada grupo de mil pessoas, e é classificada do maior para o menor.
TAXA DE MORTALIDADE (CIA World Factbook - 2019): 22,0/mil (7º). Obs: o índice de mortalidade reflete o número de mortes registradas, em média por mil habitantes, em uma determinada região em um período de tempo, e é contada da maior para a menor.
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL (CIA World Factbook - 2019):  44,42/mil (166°). Obs: a taxa de mortalidade infantil refere-se ao número de crianças que morrem no primeiro ano de vida entre mil nascidas vivas em um determinado período, e é classificada do menor para o maior.
Mapa com um gráfico que apresenta a taxa de mortalidade infantil dos países
TAXA DE FECUNDIDADE (CIA World Factbook - 2020): 2,22 filhos/mulher (91°). Obs: a taxa de fecundidade refere-se ao número médio de filhos que a mulher teria do início ao fim do seu período reprodutivo (15 a 49 anos), e é classificada do maior para o menor.
Mapa com a taxa de fertilidade dos países
  7-8 crianças
  6-7 crianças
  5-6 crianças
  4-5 crianças
  3-4 crianças
  2-3 crianças
  1-2 criança(s)
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2019):  93,1% (116º). Obs: essa taxa refere-se a todas as pessoas com 15 anos ou mais que sabem ler e escrever.
Mapa com o índice de alfabetização
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2020): 67,4% (81°). Obs: essa taxa refere-se a porcentagem da população que mora nas cidades em relação à população total.
Mapa com o índice de urbanização entre os países
MOEDA: Rand
RELIGIÃO: protestantismo (73,2%), sem religião (14,9%), catolicismo (7,4%),  islamismo (1,7%), hinduísmo (1,1%), outras religiões (1,7%).
DIVISÃO: a África do Sul encontra-se dividida em nove províncias desde 1994. As províncias encontram-se divididas em municípios metropolitanos e distritos municipais. Estes últimos encontram-se subdivididos em municípios locais e zonas de gestão distrital. A delimitação dos municípios encontra-se inscrita na Constituição, e cada alteração implica em uma emenda; a última ocorreu em abril de 2006.
Mapa da África do Sul com suas províncias

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