quinta-feira, 14 de junho de 2012

O COMPLEXO REGIONAL DA AMAZÔNIA

  O complexo regional da Amazônia abrange a área de domínio da chamada floresta latifoliada equatorial da América do Sul, situada no território brasileiro. São aproximadamente 4,5 milhões de km², compreendendo o oeste do Maranhão, o norte de Tocantins, o norte do Mato Grosso, além da totalidade da área dos seguintes estados: Acre, Rondônia, Amazonas, Roraima, Amapá e Pará.
  Historicamente, essa foi uma das primeiras áreas exploradas pelos europeus, os quais, já no século XVI, extraíam da floresta, às margens dos grandes rios, as chamadas drogas do sertão. No entanto, ainda hoje, a Amazônia é o complexo regional que apresenta as menores densidades demográficas do país, com uma rede urbana composta de algumas metrópoles, capitais regionais e cidades locais dispersas na imensidão da floresta. Cabe ressaltar, porém, que essas características do espaço geográfico amazônico vêm mudando rapidamente nas últimas décadas em razão, sobretudo, do movimento de expansão da fronteira econômica a partir do Centro-Sul do país.
Manaus - uma das metrópoles da Amazônia
O BIOMA AMAZÔNICO
  A Floresta Amazônica estende-se por aproximadamente 7,5 milhões de km², abrangendo quase a metade do Brasil e boa parte do território de outros oito países (Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia). Toda essa área corresponde à chamada Amazônia Internacional.
Amazônia Internacional
  Quando falamos em Amazônia, temos guardado em nosso imaginário o imenso "mar verde" de árvores, cujas copas proporcionam um aspecto paisagístico homogêneo à região. Contudo, devemos lembrar que esse bioma terrestre apresenta características naturais (geomorfológicas, hidrológicas e de fauna e flora) que compõem quatro conjuntos florestais distintos, porém, interligados. São eles: as matas de igapó, as matas de várzea, as matas de terra firme e a floresta semiúmida.
Matas de igapó - desenvolvem-se às margens de rios e igarapés, estando sempre alagadas. Os solos e a água apresentam elevado grau de acidez, decorrente da grande quantidade de matéria orgânica em decomposição nesse ambiente. São constituídas por uma densa vegetação, com árvores relativamente baixas, de no máximo 20 metros de altura, e apresentam uma abundância de arbustos e cipós. Entre as árvores típicas desse ecossistema estão a mamorana, o taxi, a oirana e o arapati.
Mata de igapó
Matas de várzea - tipo de vegetação de transição entre as matas de igapó e as matas de terra firme. Ocupam as áreas que são sazonalmente atingidas pelas cheias (áreas de várzea dos rios), localizando-se em terrenos um pouco mais elevados que os das matas de igapó. Apresentam árvores e arbustos adaptados aos ciclos de cheias e vazantes, como o pau-mulato, a seringueira e a samaúma.
Mata de várzea no período de inundação
Matas de terra firme - compõem a maior parte da floresta, ocupando cerca de 90% do total da bacia hidrográfica Amazônica, e desenvolve-se nas terras mais altas, que não são atingidas pelo regime de cheias e vazantes. É onde se encontram as árvores de maior porte da Amazônia, cujo dossel (cobertura contínua formada pelas copas das árvores que se tocam em uma floresta) encontra-se a mais ou menos 60 metros de altura e retém aproximadamente 95% dos raios solares. Por isso, o interior das matas de terra firme é bastante escuro, com espécies animais e vegetais adaptadas à baixa luminosidade. A castanheira, a sapucaia, o caucho e o cedro são exemplos de árvores típicas desse ambiente.
Mata de terra firme
Floresta semiúmida - formação vegetal de transição entre a floresta e as áreas de campinaranas e de cerrados. Constitui-se de árvores mais baixas que as de terra firme, com até 15 metros de altura, cujas folhas caducam no período de estiagem. Reúne ainda grande quantidade de arbustos, lianas e gramíneas em seu interior. As árvores típicas dessa formação são a aroeira, o jacarandá e a paineira.
Vegetação semiúmida em Roraima
  No interior do bioma amazônico há também extensas áreas de campos e de cerrados. Os campos amazônicos, também denominados de campinaranas, ocorrem, sobretudo, no alto rio Negro, no estado do Amazonas, e no baixo rio Branco, no estado de Roraima. Em geral, são formações abertas, composta de gramíneas, palmeiras e pequenos arbustos adaptados ao solo rico em laterita. Já os cerrados desenvolvem-se em toda a borda setentrional-oriental da Amazônia, apresentando as mesmas características que no Centro-Oeste brasileiro.
Campinarana em Roraima
A INTERDEPENDÊNCIA DOS ELEMENTOS DO BIOMA AMAZÔNICO
  A diversidade de formações vegetais presentes no bioma amazônico decorre de uma complexa interdependência que se estabelece nessa porção do território nacional, entre o clima, a hidrografia, os solos e o relevo.
  O clima equatorial, dominante nessa região do país, é responsável pelas altas temperaturas (com média anual de 25ºC) e pelos elevados índices de precipitação, que variam entre 1.500 mm e 3.300 mm anuais. Esse tipo de clima é altamente favorável ao desenvolvimento de variadas espécies vegetais, com a presença de florestas mais densas e, em sua maior parte, perenifólias e higrófitas.
Vitória régia - típico exemplo de planta higrófita da Amazônia
  Essa imensa biomassa responde, ainda, por 50% da umidade atmosférica que alimenta as fortes chuvas diárias que ocorrem em boa parte Amazônia: as chamadas chuvas de convecção. A elevada umidade é fornecida ao ar atmosférico por meio da evapotranspiração das plantas. A outra parcela de umidade provém da evaporação das águas dos rios e dos lagos, assim como das massas de ar dominantes na região.
Esquema de uma chuva de convecção
  Ainda que os altos índices de pluviosidade e as elevadas temperaturas sejam características climáticas marcantes desse complexo regional, é importante lembrar que existem diferenças sensíveis  entre as diversas áreas da Amazônia. Na porção mais ocidental, há uma distribuição regular de chuvas durante o ano, com médias de precipitação superiores a 2.500 mm anuais. Em Roraima e no Pará encontra-se uma estação mais seca (de dezembro a fevereiro), contabilizando índices de precipitação abaixo dos 2.000 mm anuais. Já em Tocantins, existem duas estações bem definidas, uma seca e outra chuvosa, apresentando médias de precipitação em torno de 1.600 mm anuais. Em razão dessas variações, estabelece-se três tipos climáticos para a região: equatorial superúmido, equatorial e tropical típico.
Climograma equatorial
  Além da interdependência de clima e vegetação, aspectos ligados ao solo e à hidrografia da região também influenciam as características da floresta. De maneira geral, os solos da região Amazônica são predominantemente arenosos e pobres em nutrientes, apresentando uma fina camada superficial de matéria orgânica (excrementos de animais, folhas, galhos e troncos em decomposição), produzida pela própria floresta. É dessa camada superficial rica em húmus, chamada serrapilheira, que árvores e plantas extraem praticamente todos os nutrientes de que necessitam. Entretanto, existem variações no interior da própria floresta: os solos das matas de igapó e de várzea, por exemplo, apresentam maior fertilidade, já que recebem, sazonalmente, nas épocas de cheias, os sedimentos depositados pelos rios e igarapés. Nesse sentido, os cursos de água têm papel fundamental na manutenção da vida na Amazônia.
Serrapilheira na Floresta Amazônica
  Com mais de sete mil cursos de água principais, a bacia hidrográfica Amazônica é a maior do mundo. No leito de seus rios correm cerca de 20% da água doce existente na Terra. Nela está localizado o rio Amazonas, o maior rio em extensão e em volume de água do mundo, com cerca 6,9 mil km de extensão.
  Na maior parte da bacia hidrográfica Amazônica, em razão do relevo predominantemente plano, os rios são caudalosos e repletos de meandros. Esses cursos de água são as principais vias de transporte na região.
Meandros do rio Tefé, afluente do rio Amazonas
  Além da interdependência dos elementos naturais, outra particularidade importante do bioma amazônico está em sua espetacular biodiversidade. Especialistas estimam que, dos 1,5 milhão de espécies de vegetais e animais catalogadas até o momento em todo o planeta, aproximadamente 10% vivem na Amazônia. Cerca de 80% dessas espécies, que incluem árvores, arbustos, plantas, fungos, insetos, répteis, aves, peixes, mamíferos, entre outras formas de vida, são endêmicas, ou seja, são organismos encontrados exclusivamente nesse bioma, dos quais boa parte vive em ecossistemas específicos no interior da floresta.
Cacajao - macaco típico da Floresta Amazônica
Amazônia: um bioma ameaçado
  Ainda que a Amazônia compreenda uma vastidão de florestas, dispondo de uma imensa biodiversidade, o equilíbrio desse bioma apresenta grande fragilidade. Como os ecossistemas existentes no interior desse domínio natural relacionam-se intensamente uns com os outros, sendo possível afirmar que qualquer alteração em um dos seus elementos deverá interferir na particularidade dos demais. Um exemplo disso é a derrubada de árvores para uso agrícola ou para atividade de garimpo. A retirada da floresta elimina a serrapilheira, onde está a camada de húmus que fertiliza e protege os horizontes mais superficiais dos solos amazônicos. Sem ela, as camadas arenosas ficam expostas às intempéries, sobretudo às chuvas torrenciais que caem diariamente na região, causando a laterização dos solos e o assoreamento dos rios e igarapés.
Desmatamento - uma ameaça à Floresta Amazônica
  Nas últimas décadas, o processo de ocupação e de exploração dos recursos naturais da Amazônia intensificou o ritmo de desflorestamento da região, ameaçando o equilíbrio dos ecossistemas e a biodiversidade existente nesse domínio natural, incluindo espécies da flora e da fauna ainda desconhecidas por estudiosos e cientistas.
  Vários estudos, produzidos com base em levantamentos de campo e por sensoriamento remoto (imagens de radar e satélites), mostram um progressivo aumento da área desflorestada na região Amazônica. A maioria dos desmatamentos está em uma faixa de terras que vai do nordeste do Pará, passando pelo noroeste do Maranhão e do Tocantins, pelo norte do Mato Grosso e por Rondônia, até o Acre. É o chamado arco de desflorestamento da Amazônia.
Mapa do desmatamento feito pelo INPE no período de agosto de 2009 e fevereiro de 2010
FONTE: Boligian, Levon. Geografia espaço e vivência, volume único / Levon Boligian, Andressa Turcatel Alves Boligian. -- 3. ed. -- São Paulo: Atual, 2011.

domingo, 10 de junho de 2012

A TEORIA DO SUBDESENVOLVIMENTO

  Os importantes aumentos de renda gerados pela expansão do comércio internacional no século XX alimentaram a difusão dos novos padrões de consumo criados pela Revolução Industrial. Dessa forma, o que se universalizou não foi a nova tecnologia industrial, e sim os novos padrões de consumo surgidos nos países que lideraram o processo de industrialização.
Revolução Industrial - mudou o padrão de consumo e o modo de vida das pessoas
  As novas técnicas produtivas também tenderam a universalizar-se, particularmente em setores subsidiários do comércio internacional, como os meios de transportes. Mas, no que concerne às atividades diretamente produtivas, foi lenta a difusão das novas técnicas. Isso deu origem a diferenças qualitativas entre as estruturas econômicas e sociais dos países em que a acumulação e o progresso nas técnicas produtivas avançaram conjuntamente e as daqueles países em que esses avanços privilegiaram o vetor da acumulação em obras improdutivas e bens duráveis de consumo, em geral importados. Cabe, portanto, distinguir os dois processos históricos, cujas diferenças persistiram até o presente, independentemente das taxas de crescimento da renda e do acesso à industrialização.
Favela de Paraisópolis em meio a prédios luxuosos da cidade de São Paulo
  Essas reflexões levam à convicção de que a permanência do subdesenvolvimento se deve à ação de fatores de natureza cultural. A adoção pelas classes dominantes dos padrões de consumo dos países de níveis de acumulação muito superiores aos nossos explica a elevada concentração de renda, a persistência da heterogeneidade social e a forma de inserção no comércio internacional.
Contraste na cidade de Recife - PE
  A variável independente é, em última instância, o fluxo de inovações nos padrões de consumo, que irradia dos países de alto nível de renda. Esse mimetismo cultural tem como contrapartida o padrão de concentração da renda. Para liberar-se dos efeitos desse imperativo cultural perverso, faz-se necessário modificar os padrões de consumo no quadro  de uma ampla política social, e ao mesmo tempo elevar substancialmente a poupança, comprimindo o consumo dos grupos de elevadas rendas. Essas duas linhas de ação só têm eficácia se perseguidas conjuntamente, e requerem um planejamento que, por seu lado, deve-se apoiar-se em amplo consenso social.
  O desafio que se coloca é alcançar essas mudanças estruturais sem comprometer o espírito de iniciativa e inovação que assegura a economia de mercado. Sobre a conjugação do planejamento com a iniciativa privada, muito temos a aprender da experiência dos países de industrialização tardia do Sudeste asiático, os quais se anteciparam na difícil tarefa de reconstrução de estruturas sociais anacrônicas.
Seul, capital da Coreia do Sul - exemplo de modernidade no mundo subdesenvolvido
FONTE: FURTADO, Celso. O capitalismo global. São Paulo: Paz e Terra, 1998.. p. 58-60.

TRANSGÊNICOS: VERDADES E MENTIRAS

  Os alimentos geneticamente modificados são uma realidade cotidiana. Há grãos transgênicos usados no preparo de bolachas, cereais, óleo de soja, pães, massas, maionese, mostarda e papinhas para crianças. Além de ocupar prateleiras dos supermercados, os transgênicos ocupam também o noticiário, envolvido numa onda de acusações e defesas apaixonadas, pouco apropriadas ao esclarecimento da opinião pública. A lista de especulações a respeito dos riscos associados à ingestão dos alimentos modificados é enorme, e a resposta por parte da indústria não tem a isenção suficiente para ser aceita como verdadeira. Para tirar as principais dúvidas a respeito do assunto, a Revista Veja procurou cientistas ligados a alguns dos principais centros de pesquisa do Brasil, Estados Unidos, Inglaterra e Itália. Todos têm em comum o fato de serem pesquisadores independentes. Nenhum deles participa da produção nem  pesquisa comercial de transgênicos.
1. ALERGIA
A ingestão do grão transgênico pode provocar mais alergias do que a versão natural?
  O corpo humano cria anticorpos contra elementos estranhos, como bactérias, vírus e pó. Cerca de 2% dos adultos e 7% das crianças desenvolvem anticorpos contra proteínas presentes em alimentos, em geral soja, leite, ovos, peixes e frutos do mar. A lista de alimentos apontados como fonte alergênica contém mais de 180 itens não transgênicos. Como a transgenia envolve a troca ou adição de proteínas, os experimentos laboratoriais podem chegar a espécies que provocam, sim, novas alergias. Justamente em função disso, os fabricantes testam exaustivamente as sementes e destroem as espécies que causam alergia após a aplicação de testes. Recentemente, uma pesquisa com sementes de feijão realizada no Brasil foi encerrada depois que o laboratório descobriu - e anunciou - ter chegado a uma espécie alergênica. Para analisar a possibilidade de falhas no processo, cientistas independentes, não envolvidos com a produção de transgênicos, estudaram a segurança dos alimentos que, depois de testados e aprovados, foram colocados no mercado. Não se identificou o surgimento de alergias adicionais. Detectaram-se casos de alergia a grãos transgênicos apenas entre alérgicos ao grão comum.
2. FRACASSO
Qual  o destino dos grãos experimentais quando as pesquisas com transgênicos fracassam e resultam em espécies que podem produzir alergias?
  As experiências com genes são feitas sob rigorosa fiscalização, e apenas as espécies seguras deixam o laboratório. No caso dos clones, 97 de cada 100 experiências acabam abortadas porque os animais gerados são deformados. O mesmo vale para os transgênicos. Em meados dos anos 1990, a Embrapa tentou produzir um feijão que tinha o gene da castanha-do-pará. Esse gene estimulava a produção de aminoácidos que faltava ao feijão, deixando o alimento mais nutritivo. No entanto, descobriu-se que o gene podia causar alergia em quem o ingerisse, e o experimento foi abandonado. Tentativas feitas na Inglaterra para tornar batatas resistentes a um determinado inseto também fracassaram, porque a planta passou a ser vulnerável a outros insetos. Em todos esses casos, a produção dos laboratórios foi destruída, em geral incinerada.
3. CÂNCER
Passaram-se décadas até que se estabelecesse uma relação de causa e efeito entre o cigarro e o câncer. Por que acreditar que os transgênicos não oferecem riscos nessa área?
  A fumaça do cigarro contém quase 5.000 substâncias das quais sessenta são consideradas cancerígenas. Sabe-se que o cigarro é responsável por 90% dos casos de câncer de pulmão e por 35% dos vários outros tipos. Tais dados foram produzidos em estudos variados preparados pela comunidade científica. E é essa mesma comunidade científica que informa que até o momento não foram identificados casos de câncer provocados por transgênicos. Entre o início das pesquisas de um grão transgênico e o lançamento desse grão no mercado na forma de produto são gastos em média seis anos em estudos - equivalentes ao tempo consumido na pesquisa de novos medicamentos. Cientistas independentes garantem que o prazo é suficiente para estudar detalhadamente as espécies, avaliar seus impactos no ambiente e investigar eventuais riscos à saúde.
4. DNA
Os alimentos modificados são feitos com pedaços de DNA que não pertencem à semente original, muitas vezes retirados de vírus e bactérias. Tais 'corpos estranhos' não podem fazer mal ao homem?
  Podem, mas a chance estatística é a que tem uma pessoa de ser atingida por um raio ao atravessar um campo de futebol numa tarde de chuva. Ou seja, trata-se de hipótese cientificamente possível, mas estatisticamente improvável. Uma vez ingerido, o DNA da planta transgênica é decomposto no processo de digestão da mesma maneira que o DNA de uma planta convencional. Se ele não for digerido, há a possibilidade de que seja incorporado de alguma forma pelo corpo humano e desenvolva alguma doença. A mesma possibilidade de ser atingido por um raio, afirmam os estudiosos.
5. ANTIBIÓTICO
Alguns transgênicos recebem genes de bactérias resistentes a antibióticos. Quando esses alimentos são ingeridos, as bactérias presentes no corpo humano não vão se tornar resistentes aos antibióticos e impedir o combate a uma doença?
  Avicultores e pecuaristas utilizam antibióticos regularmente para que os animais desenvolvam certas doenças que, ao atingir o sistema imunológico, prejudicam o ritmo de engorda. Há vários estudos mostrando o efeito no corpo humano da ingestão de carne cujo animal foi tratado com antibiótico. Calcula-se que as pessoas tenham no corpo 200 vezes mais bactérias  do que o total de seres humanos nascidos desde o surgimento do homem. O que se sabe é que o antibiótico, se utilizado de forma incorreta ou descontrolada, pode aumentar a resistência de algumas dessas bactérias. Em caso de doença, reduz-se a gama de antibióticos que atuam de forma eficaz contra a bactéria causadora do mal. É diferente com os transgênicos. Os grãos transgênicos possuem um gene resistente a um antibiótico, e não o antibiótico em si. É o contrário dos animais, cuja carne contém os antibióticos que receberam durante o período de engorda. O risco de as bactérias presentes no sitema digestivo se tornarem mais resistentes ao se combinar com o gene da planta transgênica é outra hipótese científica de efeito estatístico irrelevante. Em sete anos de consumo em larga escala de alimentos transgênicos, principalmente soja, milho e canola, nunca foi registrado um só caso de doença relacionado ao produto geneticamente modificado.
6. MUTAÇÃO
Para a produção de transgênicos são usadas cadeias de DNA que não existem na natureza. A ingestão de alimentos geneticamente modificados não pode alterar a cadeia de DNA do próprio homem?
  Os ecologistas muitas vezes se referem ao mal da vaca louca como se fosse um caso pertinente à discussão a respeito de alimentos modificados. Naquele episódio, o rebanho bovino, exclusivamente vegetariano, foi alimentado por criadores europeus com rações preparada com restos de outros animais. O uso de animais doentes para alimentar os sadios gerou uma epidemia que levou à morte 200.000 animais somente na Inglaterra. O causador seria uma proteína mutante dos animais, capaz de provocar a degeneração do tecido cerebral. Embora a história seja assustadora, não há relação entre uma coisa e outra. Primeiro, a ração dos bois não era resultado de modificação genética, mas de simples mistura. Depois, o DNA das plantas transgênica em geral não é modificado de forma aleatória, mas controlada. No processo digestivo, o DNA do transgênico é fragmentado, da mesma forma que o DNA presente em pelos de ratos e restos de baratas identificados em diversos alimentos convencionais, até mesmo em orgânicos.
Animais sacrificados por causa do mal da vaca louca na Espanha
7. EBOLA
Qual o risco de uma semente transgênica em fase de teste ser roubada do laboratório e contaminar a natureza?
  Na Inglaterra, em 1978, uma amostra do vírus varíola vazou no laboratório de uma universidade, contaminando uma pesquisadora. Nos Estados Unidos, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) é um órgão do governo que estuda vírus e desenvolve vacinas. Na sede de Atlanta estão guardados em cofres-fortes frascos com alguns dos mais temíveis vírus, entre eles o da varíola e o ebola. Muito já se escreveu sobre as terríveis consequências para a humanidade se ocorresse ali um acidente ou um atentado. E no caso dos laboratórios que pesquisam os transgênicos, não é possível acontecer a mesma coisa? Uma semente não pode escapar e contaminar a natureza? Na fase em que as sementes são 'batizadas' com genes de microorganismos, o trabalho é interno, feito em laboratórios. Elas são inicialmente plantadas em ambientes fechados. Numa etapa seguinte, após vários testes, as sementes são plantadas em fazendas experimentais, totalmente monitoradas para evitar acidentes. Elas são mantidas a uma distância muito grande de outra plantação convencional ou de ambientes selvagens. Em tese, uma dessas sementes ou o pólen podem se espalhar pelo ambiente. Mas aqui novamente a estatística trabalha a favor da ciência. A probabilidade de proliferação de uma planta fora da lavoura é de 0,1%, segundo estudo divulgado pelo governo inglês.
Forma de transmissão do vírus ebola
8. O VENTO
Se o vento espalhar sementes de uma lavoura transgênica, outras espécies naturais não podem sofrer mutações perigosas?
  O que se constatou até o momento é que, em alguns casos, ervas daninhas se cruzam com as plantas transgênicas e adquirem suas características, como a resistência a um inseticida ou herbicida.
  No Canadá, onde há liberdade total para o plantio de determinadas  variedades de canola tolerantes a herbicidas, há casos de ervas daninhas que adquiriram a mesma característica. Os cientistas avisam que a capacidade de gerar espécies resistentes a herbicidas não é exclusiva dos transgênicos. Nos últimos quarenta anos, surgiram em todo o mundo cerca de 120 espécies de plantas não transgênicas resistentes a herbicidas. Todas proliferaram apenas nas lavouras, não em ambiente selvagem.
9. SOLO
As plantas liberam DNA no solo, pelas raízes. Os cientistas já pesquisaram qual é o efeito do acúmulo de DNA modificado no solo?
  A maior parte do DNA é destruída durante o processo de decomposição natural da planta, mas há uma pequena possibilidade de que seus genes sejam incorporados por microorganismos que vivam ao redor de sua raiz. Ou seja, as bactérias que habitam o solo podem adquirir os genes das plantas, sejam elas transgênicas ou não-transgênicas. No caso dos alimentos modificados, que muitas vezes recebe os genes adquiridos pela bactéria que mora no solo forem justamente aqueles que pertenciam a outra bactéria. Os estudos realizados em lavouras sugerem que o efeito desse processo tende a ser insignificante para o microorganismo, mas os cientistas recomendam que o fenômeno deve ser analisado com mais profundidade.
10. FAUNA
Há indício de que algum animal, seja ele grande ou pequeno, como um inseto, possa sofrer em função dos transgênicos?
  Os estudos sobre o efeito dos transgênicos na fauna apontaram para duas conclusões. A primeira identificou que, em algumas plantações de grãos modificados, a população de minhocas, mariposas e outros insetos registrou uma pequena redução. No que diz respeito a eventuais consequências em outros animais que se alimentaram de sementes transgênicas, não se descobriu até o momento nenhuma alteração no mapa genético original nem mesmo a ocorrência de alguma doença.
FONTE: SCHELP, Diogo. Veja. São Paulo: Abril. n. 1.826, 29 out. 2003.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

PRINCIPAIS CENTROS INDUSTRIAIS DO BRASIL

  A participação da região Sul no conjunto da produção industrial brasileira nas últimas décadas foi a que mais aumentou. Mas a desconcentração industrial não modificou a liderança do Sudeste no setor, responsável por dois terços da produção industrial  do país. A região Nordeste também mostra uma significativa elevação. O Norte e o Centro-Oeste têm a menor participação na produção industrial, mas outras atividades têm dinamizado a economia dessas regiões.
REGIÃO SUDESTE
  A indústria, no Brasil, concentrou-se no Sudeste devido à acumulação de capital proveniente da lavoura cafeeira, ao desenvolvimento das cidades e à infraestrutura criada durante o desenvolvimento da economia do café (portos, ferrovias, rodovias, energia elétrica etc.).  Nessa região, as maiores concentrações industriais estão situadas no estado de São Paulo, que abriga 40% da produção da indústria brasileira. A organização industrial da cidade de São Paulo espalhou-se pela área metropolitana e ao redor das grandes rodovias que cortam o estado.
  Ao longo da rodovia Presidente Dutra, na região do Vale do Paraíba, que se estende de São Paulo ao Rio de Janeiro, formou-se a maior concentração industrial do país. Nesse trecho, destaca-se a cidade paulista de São José dos Campos, um dos principais polos tecnológicos do país.
Fábrica da Embraer em São José dos Campos - SP
  As rodovias Anchieta e dos Imigrantes, além de cruzar a região conhecida como ABCD (Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema), na área metropolitana de São Paulo, atingem o polo petroquímico e siderúrgico situado no município de Cubatão.
  Próximo à rodovia Castelo Branco, a 80 km da capital do estado, merece destaque a cidade de Sorocaba, que possui um parque industrial diversificado: produção de componentes para o setor aeronáutico e eletrônico e indústrias mecânica, metalúrgica, de cimento, têxtil, alimentícia e outras.
Zona Industrial de Sorocaba - SP
  Também no interior, ligada à capital pelas vias Anhanguera e dos Bandeirantes, fica a cidade de Campinas, outro importante tecnopolo do país, formado em torno da Universidade de Campinas (Unicamp). A partir de Campinas, estrutura-se um importante eixo de industrialização do estado, que se subdivide em dois: um, pela rodovia Washington Luís, até a cidade de São José do Rio Preto, e outro, pela via Anhanguera, até Ribeirão Preto. No eixo de Washington Luís, no Parque Ecotecnológico de São Carlos, foi inaugurado recentemente a primeira fábrica de semicondutores do Brasil, produzindo chips de memórias ferroelétricas, para telefonia celular e cartões magnéticos de controle.
Universidade de Campinas (Unicamp) em Campinas - SP
  No Rio de Janeiro, além da região metropolitana e do Vale do Paraíba, onde se destaca Volta Redonda, a indústria se estende para as cidades serranas de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo.
CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) em Volta Redonda - RJ
  Em Minas Gerais, a indústria concentra-se na Grande Belo Horizonte, com destaque para os distritos industriais de Betim (onde está instalada a Fiat) e Contagem. Ao sul de Belo Horizonte, situa-se o Quadrilátero Ferrífero, área de extração de minerais metálicos e produção metalúrgica e siderúrgica. Destacam-se ainda: em Ipatinga, na região do Vale do Aço, a siderurgia, com a Usiminas; no sul do estado, na região conhecida como Zona da Mata Mineira, a produção de laticínios; em Juiz de Fora, a fábrica da Mercedes-Benz; e em Uberaba e Uberlândia, na região do Triângulo Mineiro, atividades industriais diversificadas, em que predominam os frigoríficos. Ainda no sul de Minas, apesar de não constituir um polo industrial diversificado, destaca-se o tecnopolo da cidade de Santa Rita do Sapucaí, com indústrias de microeletrônica.
Fábrica da Fiat em Betim - MG
REGIÃO SUL
  As duas principais áreas industriais do Sul são o trecho entre a Grande Porto Alegre e Caxias do Sul (RS), e a região metropolitana de Curitiba (PR). As atividades têm se diversificado nas últimas décadas: no Paraná, instalaram-se montadoras de automóveis (Renault e Volkswagen-Audi, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba); Canoas (RS) e Araucária (PR) formam os dois polos petroquímicos do Sul do país. No Paraná destacam-se, ainda, as regiões metropolitanas de Londrina e Maringá.
Fábrica da Renault em São José dos Pinhais - PR
  Em Santa Catarina, destaca-se o Vale do Itajaí (Blumenau, Joinville, Itajaí e Brusque), onde predomina a produção têxtil, além de ser um dos principais polos produtores de softwares de gerenciamento de empresas do Brasil. Na região do litoral sul do estado, nas cidades de Criciúma, Tubarão, Imbituba, Cocal do Sul, Urussanga e Araranguá, desenvolvem-se tradicionalmente a indústria de cerâmica e a extração de carvão mineral. No interior de Santa Catarina, sobressai a produção frigorífica, com destaque para Concórdia (fábrica da Sadia) e Videira (fábrica da Perdigão).
Fábrica da Sadia em Concórdia - SC
REGIÃO NORDESTE
  A indústria nordestina representa cerca da décima parte do valor da produção industrial do país e concentra-se em torno de três regiões metropolitanas principais: Salvador (BA), Recife (PE) e Fortaleza (CE). Os setores dominantes são tradicionais, como as indústrias têxtil e alimentícia.
  Cerca de metade da produção industrial do Nordeste concentra-se na Bahia, na Grande Salvador, no Centro Industrial de Aratu (criado em 1967), que ocupa áreas dos municípios de Salvador, Simões Filho e Candeias, em torno da baía de Aratu, e reúne várias indústrias (eletrodomésticos, químicas, cerâmica, óleos vegetais, calçados etc.). Há também nessa área uma indústria de base de grande porte, a Usina Siderúrgica da Bahia (Usiba). Em Camaçari, também na Grande Salvador, situa-se o principal polo petroquímico da região Nordeste, além de uma montadora de veículos (Ford).
Centro Industrial e Porto de Aratu em Candeias - BA
  Na Grande Recife, destacam-se, entre outros distritos industriais, os de Cabo de Santo Agostinho, Abreu e Lima, Ipojuca, Paulista e Jaboatão dos Guararapes. No município de Ipojuca está sendo construída a Refinaria do Nordeste (Rnest) ou Refinaria Abreu e Lima, que será a primeira refinaria de petróleo inteiramente construída com tecnologia nacional. Há ainda o Complexo Industrial e Portuário de Suape, que tem atraído empresas interessadas, tanto em colocar seus produtos no mercado regional como em exportá-las. No interior do estado, destaca-se o Distrito Industrial de Caruaru, com grande produção têxtil.
Distrito Industrial de Caruaru - PE
  O Ceará abriga a fábrica da Jeep Troller do Brasil, no município de Horizonte. Além disso, o estado conseguiu atrair várias indústrias de outras regiões do país, sobretudo têxteis e de calçados, usando uma política agressiva de "guerra fiscal" e oferecendo mão de obra barata.
  Em relação à indústria de calçados, o mesmo aconteceu com a Bahia, onde algumas fábricas se instalaram no sudeste do estado. Na Bahia há também um polo industrial de informática e de indústrias eletroeletrônicas, em Ilhéus. Campina Grande, na Paraíba, abriga várias empresas de informática produtoras de software.
Fábrica da Troller em Horizonte - CE
REGIÕES NORTE E CENTRO-OESTE
  Nas mais extensas regiões do país predominam, em geral, indústrias tradicionais, especialmente de alimentos e bebidas, incluindo as agroindústrias. Na região Norte, porém, destaca-se a produção industrial concentrada na Zona Franca de Manaus. Criada em 1967, atraiu principalmente montadoras da indústria eletrônica. É expressivo, nessa região, o setor de mineração de ferro, localizado na Serra dos Carajás (PA); de alumínio, do Projeto Trombetas, em Oriximiná (PA), e de cassiterita, no estado de Rondônia, além da produção de gás natural no Vale do Juruá (AM).
Projeto Grande Carajás
  Na região Centro-Oeste, o estado com maior número de indústrias é Goiás, destacando-se a região metropolitana de Goiânia e o município de Anápolis, onde se encontram, entre outras, indústrias farmacêuticas e a montadora de automóveis Hyundai. Outra montadora que se instalou no estado foi a Nissan, na cidade de Catalão.
Fábrica da Hyundai em Anápolis - GO
FONTE: Lucci, Elian Alabi. Território e sociedade no mundo globalizado: geografia: ensino médio, volume 2 / Elian Alabi Lucci, Anselmo Lázaro Branco, Cláudio Mendonça. - 1. ed. - São Paulo: Saraiva, 2010. 

quinta-feira, 7 de junho de 2012

O AQUECIMENTO GLOBAL É UMA FARSA

  O aquecimento global não passa de uma farsa montada por grandes grupos financeiros que dominam a economia mundial. E mais: não há indícios científicos que comprovem essa teoria. Ao invés de aquecimento, o planeta começou a entrar numa fase de resfriamento, que deve durar 20 anos. O resfriamento provocará a redução das chuvas, o aumento de geadas no sul do Brasil e até 20% de secas na Amazônia.
  O autor da polêmica idaia, também defendida por poucos estudiosos é o doutor em Meteorologia pela Universidade de  Wiscosin (EUA) e representante da América Latina junto à Organização Meteorológica Mundial, o brasileiro Luiz Carlos  Baldicero Molin.
Luiz Carlos  Baldicero Molin
  Molin vê contradições na comunidade científica, mas não se diz disposto a encampar 'mentiras' como a do aquecimento global, que para ele, acabou em 1998, como concordam outros 'cientistas independentes'. Ele cita o caso de Robert Carter, investigador do Laboratório Geofísico da Universidade James Cook, da Austrália, que comparou resultados obtidos com cilindros de gelo da Antártida e da Groenlândia e sedimentos marinhos da plataforma da Nova Zelândia. De acordo com as análises efetuadas, Carter concluiu que o 'aquecimento global' atingiu o pico em 1998. Desde então há uma tendência de queda das temperaturas médias do planeta.
  Em termos de radiação (aquecimento) a taxa de aumento entre 1993 e 2005 foi de +0,33 W/m². Já a taxa de arrefecimento (esfriamento) entre 2003 e 2005 foi de -1,01 W/m². O oceano de onde foram retirados os sedimentos esfriou entre 2004-2005.
Antártica - a principal área de pesquisas sobre o aquecimento global
PACÍFICO
  O termômetro da temperatura global é o oceano Pacífico, que ocupa 35% da superfície terrestre. Ele passa 30 anos aquecendo suas águas e outros 30, resfriando. De 1977 a 1998, o oceano esteve mais quente. Esse período coincide com o aumento da temperatura média do planeta. Mas, desde 1999, o Pacífico dá sinais de que está esfriando. Como o Sol também vai produzir menos energia, a conclusão de Molin é uma só: 'Nos próximos 20 anos acontecerá o período de resfriamento da Terra'.
  A prova de que esse resfriamento já está chegando são os invernos do sul do Brasil e da América do Sul, que estão sendo mais rigorosos. Os pequisadores que trabalham com pesquisas em agronomia, relataram que em locais como São Joaquim (SC), hoje é comum a temperatura atingir 12°C abaixo de zero. 'Como é que está havendo aquecimento global se os invernos nas regiões temperadas estão sendo cada vez mais rigorosos?', questiona Molin. Ele mesmo produziu um mapa climático provando que, em média, as temperaturas no Centro e Norte da Argentina estão a cada ano ficando sete graus abaixo do normal entre julho e agosto. Isso só está acontecendo por causa do resfriamento.
São Joaquim (SC) durante o inverno
  Com o resfriamento, haverá uma redução da cobertura de nuvens. Se isso ocorre, entra mais radiação solar e a sensação de quem está na superfície é de temperaturas mais altas. Fora dos trópicos, como nos Estados Unidos, Canadá, Europa e Ásia, as populações irão sofrer mais como resfriamento nos próximos 20 anos. Em relação ao consumo de petróleo e à queima de combustíveis fósseis no ar, o Brasil é o 16° colocado, porque grande parte do nosso consumo de energia sai de hidrelétricas. Mas, se o país adicionar a isso a queima de florestas saltamos para o quarto lugar, segundo os defensores do aquecimento global. As queimadas na Amazônia, diante disso, produziriam, com o lançamento de gás carbônico na atmosfera, uma contribuição negativa para o mundo. Molin duvida disso.
Queimadas - um dos grandes causadores do aumento do gás carbônico na atmosfera, segundo os defensores do aquecimento global
CARBONO
 Mesmo com a destruição de 20 mil quilômetros quadrados por ano de florestas na Amazônia, cerca de dois milhões de hectares, ainda assim, a região lança na atmosfera 300 milhões de toneladas de gás carbônico, e não 600 milhões como afirmam entidades internacionais. Esse gás não comanda o clima global, via efeito estufa. E nem o homem pode interferir no clima a ponto de provocar o aquecimento do planeta, como alegam as correntes de cientistas hoje mais badaladas pela mídia.
  'Estou comparando o que o homem lança na atmosfera com os ciclos da natureza. Se eu pegar os oceanos, os polos e mais a vegetação do planeta, isto soma um total de 200 bilhões de toneladas de carbono por ano que saem desses reservatórios naturais. O homem coloca no ar seis bilhões de toneladas. Seriam 3% da contribuição humana nisso que muitos cientistas chamam de aquecimento global', avalia Molin.
Desmatamento na Amazônia - para os defensores do aquecimento global seria um dos grandes vilões desse aquecimento
  Os interesses econômicos que ele acusa estarem financiando a campanha 'catastrofista' do aquecimento global possuiriam várias formas de atuação. A indústria automobilística é uma delas. O cientista lembra que desde 1870 é conhecido o projeto do carro com motor movido a ar comprimido. 'Você enche um tanque de ar comprimido e o carro anda sem poluir o meio ambiente, ou seja, sem queimar combustível'. Esse projeto, informa o professor, foi reativado recentemente por um francês. Ele desenhou um carro para cinco pessoas que atinge até 100 km/hora e tem autonomia de 300 km com tanque cheio de ar comprimido. A pergunta que Molin gostaria de ver respondida pelas fábricas de automóveis: por que elas não fabricam em larga escala esse tipo de carro? Ele mesmo responde: 'Porque não possuem qualquer preocupação com o meio ambiente'.
  Se tivessem, completa, abandonariam a forma tradicional de movimentar os motores de seus carros, toda ela baseada na queima na atmosfera dos derivados de petróleo. O etanol e o biodiesel, como combustíveis limpos, observa, interessam hoje à indústria automobilística para elas criarem uma 'fachada verde', de respeito ao meio ambiente. Com isso, angariam maior simpatia da opinião pública e ainda venderiam mais carros.
Biodiesel - uma das alternativas de substituição aos combustíveis fósseis
FONTE: www.cimm.com.br

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