sábado, 16 de julho de 2011

SUDÃO DO SUL SE TORNA O 193º PAÍS MEMBRO DA ONU

ASSEMBLEIA GERAL ADMITIU O NOVO PAÍS POR ACLAMAÇÃO. NAÇÃO AFRICANA SE TORNOU INDEPENDENTE NO DIA 10 DE JULHO DE 2011.


  O Sudão do Sul é o mais novo país do mundo, após ter oficializado sua independência em relação ao Sudão. A separação foi definida em um referendo realizado em janeiro, quando 99% dos votantes apoiaram a divisão do país, marcado por vários conflitos.
  Assim como no restante da África, as fronteiras do Sudão foram desenhadas pelas potências europeias, pouco preocupadas com a realidade étnica e cultural do continente africano.
  Enquanto o Sudão do Sul tem uma paisagem repleta de selvas e pântanos, o norte é mais desértico. A maioria da população do norte é muçulmana e fala o árabe; o sul é composto de vários grupos étnicos, de maioria cristã ou animista.
Paisagem típica do norte do Sudão
  Com o governo centralizado no norte, em Cartum, a população do sul se dizia discriminada e rejeitava tentativas de imposição da lei islâmica no país. Os dois lados lutaram entre si durante a maior parte de sua história.
  Nesta quinta-feira (14 de julho), a Assembleia Geral da ONU aprovou a admissão do Sudão do Sul como seu Estado membro número 193, poucos dias depois de o país ter proclamado sua independência ao fim de décadas de guerra civil no Sudão.
Vice-presidente do Sudão do Sul, Riek Marchar (à dir.) durante a votação na ONU
  A votação ocorreu depois da recomendação feita na quarta-feira pelo Conselho de Segurança para a admissão do Sudão do Sul como novo membro da ONU.
  No sábado, o Sudão do Sul declarou sua independência diante de dezenas de milhares de cidadãos e de diversos estrangeiros após quase 50 anos de guerra com o Sudão e milhões de mortes.
Milícia sudanesa
  O Sudão do Sul tem Juba como capital, e foi reconhecida oficialmente na sexta-feira pelo governo do Sudão, com sede em Cartum, horas antes da secessão formal.
  Milhares de pessoas dançavam nas ruas, agitavam bandeiras e fogos de artifícios foram lançados para comemorar a data.
Sudaneses do Sul comemoram a sua independência
  Apesar de ser rico em petróleo, o Sudão do Sul nasce como um dos países mais pobres do mundo, com altas taxas de mortalidade materna, a maioria de crianças fora da escola e alto índice de analfabetismo, que entre as mulheres chega a 84%.
A pobreza domina no Sudão do Sul
  No Sudão do Sul estão 75% das reservas de petróleo do antigo Sudão, localizadas sobretudo na região de Abyei. Porém, é no norte que se encontram os oleodutos e os portos.
Veja alguns dados do Sudão e do Sudão do Sul.
SUDÃO
NOME OFICIAL: República do Sudão
INDEPENDÊNCIA: 1 de janeiro de 1956 do Egito e do Reino Unido
CAPITAL: Cartum
Vista de Cartum, capital do Sudão
ÁREA: 1.886.068 km² (15°)
POPULAÇÃO: 31.894.000 (37°)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 16,91 hab./km² (170°)
CIDADES MAIS POPULOSAS:
Omdurman: 2.395.159 habitantes
Omdurman - cidade mais populosa do Sudão
Cartum: 2.431.323 habitantes
Cartum - capital e segunda cidade mais populosa do Sudão
LÍNGUA: árabe e inglês
IDH (ONU): 0,379 (154°)
PIB (FMI - 2010): U$ 68,441 bilhões (65°)
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU): 51,42 anos (171°)
MORTALIDADE INFANTIL(ONU): 64,9/mil (155°)
TAXA DE URBANIZAÇÃO (ONU): 43% (126°)
ALFABETIZAÇÃO (ONU): 60,9% (148°)
MOEDA: Dinar Sudanês
RELIGIÃO: islamismo sunita (72%), crenças tradicionais (17%), cristianismo (11%)
DIVISÃO: o Sudão encontra-se dividido em 16 estados, que se subdividem em 90 distritos. Os estados são: Cartum, Al Jazirah, Al Qadarif, Cordofão do Norte, Cordofão do Sul, Darfur do Norte, Darfur do Sul, Darfur Ocidental, Kassala, Lagos, Mar Vermelho, Nilo Azul, Nilo Branco, Norte, Rio Nilo e Sennar.

SUDÃO DO SUL
 
NOME OFICIAL: República do Sudão Meridional
INDEPENDÊNCIA: 9 de julho de 2011
CAPITAL: Juba
Rua em Juba
ÁREA: 619.745 km² (43°)
POPULAÇÃO: entre 7.500.000 e 9.000.000 de habitantes
CIDADES MAIS POPULOSAS:
Juba (244.493 habitantes)
Vista aérea de Juba - capital do Sudão do Sul
Malakal: 139.434 habitantes
Malakal - segunda maior cidade do Sudão do Sul
LÍNGUA: inglês
IDH: sem dados
PIB: U$ 54,68 bilhões
EXPECTATIVA DE VIDA: sem dados
MORTALIDADE INFANTIL: sem dados
TAXA DE URBANIZAÇÃO: sem dados
MOEDA: Dinar Sudanês
RELIGIÃO: predomínio de cristãos e animistas
DIVISAO: o Sudão do Sul está dividido em dez estados, criados a partir de três regiões históricas do país: Bahr el Ghazal, Equatória e Greater Upper Nile. Os estados estados estão subdivididos em 86 condados.
1. Gharb Bahr al-Ghazal  2. Schamal Bahr al-Ghazal 3. Al-Wahda 4. A'li an-Nil 5. Warab 6. Junqali 7. Al-Buhairat 8. Gharb al-Istiwa'iyya 9. Al-Istiwã'iyya al-Wustã 10. Scharq al-Istiwa'iyya
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FONTE: Globo Notícias

quinta-feira, 14 de julho de 2011

TIMOR LESTE


  Timor Leste é um dos mais novos países do mundo. Foi colonizado por Portugal até 1975 e, a partir desse ano, com a retirada de Portugal, foi anexado de forma violenta pela Indonésia. A intransigência da Indonésia chegou ao ponto de proibir a população da ilha de falar o português, além de perseguir, torurar e prender aqueles que defendiam a independência da ilha.
Soldado australiano observando incêndioprovocado por milícias indonésias
  Inconformada com a situação, a ONU organizou, em 1999, um plebiscito, aceito pela Indonésia, por meio do qual os timorenses teriam a oportunidade de escolher seu futuro, como um povo soberano, ou, se assim quisessem, continuar atrelados ao governo indonésio.
População se preparando para votar no plebiscito
  O resultado foi que 80% da população optou pela independência. Mas os piores dias foram os que se seguiram ao plebiscito. Inconformado com a derrota nas urnas, o governo da Indonésia armou milícias na própria ilha, espalhando o terror entre a população, e muitos timorenses foram assassinados.
Milícias da Indonésia
  A ONU organizou Forças de Paz e teve papel essencial na expulsão das tropas da Indonésia e na manutenção da ordem e reconstrução do país. Nesse processo, o Brasil enviou soldados ao Timor Leste com o intuito de ajudar na sua reconstrução. Hoje, o Timor Leste é um dos oito países de língua portuguesa no mundo.
Soldado da Força de Paz da ONU acompanhando crianças no Timor Leste
  Dois timorenses ganharam o Prêmio Nobel da Paz em 1996: Carlos Ximenes Belo e José Ramos Horta, porque lutaram por uma solução pacífica para o conflito em Timor Leste, ocupado pela Indonésia em 1975 e libertado em 1999.
  José Ramos Horta foi eleito presidente do Timor Leste no ano de 2007.
Carlos Ximenes Belo
ALGUNS DADOS DO TIMOR LESTE
NOME OFICIAL: República Democrática do Timor Leste
INDEPENDÊNCIA: 
De Portugal: 28 de novembro de 1975
Fim da ocupação da Indonésia: 20 de maio de 2002
LOCALIZAÇÃO: parte ocidental da ilha de Timor, no Sudeste Asiático
CAPITAL: Díli
Antigo canhão português em Díli
ÁREA: 14.874 km² (155°)
POPULAÇÃO (ONU - 2011): 1.108.777 habitantes (153°)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA (ONU): 74,54 hab./km² (100°)
CIDADES MAIS POPULOSAS:
Díli: 150.000 habitantes (2010)
Díli - capital e maior cidade de Timor Leste
Baucau: 30.000 habitantes (2010)
Baucau - segunda maior cidade de Timor Leste
LÍNGUA: português e tétum
IDH (ONU - 2010): 0,502 (120°)
PIB (FMI - 2010): U$ 628 milhões(174°)
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2005/2010): 60,8 anos (150°)
MORTALIDADE INFANTIL (ONU - 2005/2010): 66,7/mil (159°)
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2008): 27% (166°)
MOEDA: dólar americano
RELIGIÃO: católicos (97%); outros (3%)
DIVISÃO: o Timor Leste está subdividido em 13 distritos administrativos.
1. Lautém; 2. Baucau; 3. Viqueque; 4. Manatuto; 5. Díli; 6. Aileu; 7. Manufahi; 8. Liquiçá; 9. Ermera; 10. Ainaro; 11. Bobonaro; 12. Cova Lima; 13. Oecusse.

FONTE: Geografia (Ensino Fundamental). Magalhães, Cláudia; Sourient, Lilian; Gonçalves, Marcos; Rudek, Roseni. - São Paulo: Editora do Brasil, 2009. (Coleção Perspectiva)

terça-feira, 12 de julho de 2011

DIFERENCIAL RIO GRANDE DO NORTE

  O Diferencial Rio Grande do Norte é um projeto de incentivo à ampliação do parque industrial do Estado do RN e consiste numa política de atração de novas empresas e investimentos, tendo como argumento motivador dessas instalações industriais, as vantagens oferecidas por uma política de incentivos fiscais por parte do Estado e dos municípios, contemplando todas as atividades industriais.
Indústria em Extremoz - RN
  Esses incentivos vão desde a isenção de impostos estaduais e municipais até a criação de distritos industriais com infraestrutura (água, energia, telefone e estradas) para escoamento da produção. Mas a vantagem que diferencia o Rio Grande do Norte dos outros estados nordestinos, que também possuem políticas de captação de investimentos industriais, seria a energia mais barata do gás explorado pela Petrobrás no RN.
Fábrica no Centro Industrial Avançado em Macaíba - RN
  O que chama a atenção nesse projeto, além dos incentivos fiscais, é a oferta de uma fonte energética que além de barata reduz a poluição do meio ambiente, criando as condições para os produtos das empresas ganharem competitividade no mercado globalizado.
Mini-refinaria da Petrobrás em Guamaré - RN
FONTE: Felipe. José Lacerda Alves. Economia Rio Grande do Norte: estudo geo-histórico e econômico: ensino médio / José Lacerda Alves Felipe, Edilson Alves de Carvalho. - João Pessoa: Editora Grafset, 2002.

BIOCOMBUSTÍVEIS E A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS

  A agricultura não produz somente alimentos, mas também várias matérias-primas para a indústria. Atualmente, encontram-se em expansão as áreas destinadas a gêneros para a produção de fontes renováveis de energia, os biocombustíveis.
  A produção de biocombustíveis tem gerado controvérsias entre ONGs, agricultores e governos. Seus defensores argumentam que a diminuição das reservas petrolíferas fará com que, a médio prazo, a oferta desse combustível deixe de acompanhar a procura, e que por isso é necessário buscar formas alternativas de geração de energia. Outro aspecto apontado na defesa dos biocombustíveis é que eles resultam em volume menor de emissão de poluentes, em comparação ao petróleo.
  Já o principal questionamento diz respeito à possibilidade de o aumento das áreas plantadas com matérias-primas para os biocombustíveis provocar a diminuição da produção de alimentos, elevando seu preço e, consequentemente, a fome no mundo. Outras críticas apoiando-se na tendência monocultora estimulada pela produção de biocombustíveis, que reduz a diversidade de gêneros agrícolas disponíveis.
  O biocombustível mais consumido no mundo é o etanol, e seus maiores produtores são os Estados Unidos e o Brasil. Nos Estados Unidos, o milho é a matéria-prima empregada na fabricação do etanol, ao passo que no Brasil emprega-se a cana-de-açúcar, que produz um rendimento energético maior. Em alguns países europeus o etanol tem como matéria-prima a beterraba. Em outros países, como a Rússia, o etanol é produzido por meio do eucalipto.
  O milho é utilizado para várias funções, e ao priorizar seu uso empregando-o em larga escala para a produção de biocombustível, seu preço no mercado internacional aumenta, o que prejudica quem o consome como alimento. O mesmo não ocorre com a cana-de-açúcar, pois ela não é tão consumida como alimento quanto o milho.
  A produção agrícola em larga escala baseada na monocultura tem relação histórica com muitos dos problemas sociais e econômicos dos países pobres agroexportadores e, consequentemente, com o aumento da pobreza global. Desse modo, é preciso que os países subdesenvolvidos se integrem com maior soberania no comércio mundial, buscando combinar o plantio de alimentos em grande quantidade com o estímulo a práticas racionais de produção de biocombustíveis.
  Na década de 2000 houve no Brasil um aumento significativo da área plantada com cana-de-açúcar e do número de usinas. Essa expansão desperta preocupações, uma vez que provoca grande pressão sobre as fronteiras agrícolas, que passam a se estender sobre áreas de vegetação.
FONTE: Geografia, 3° ano: ensino médio/organizadores Fernando dos Santos Sampaio, Ivone Silveira Sucena. - 1. ed. - São Paulo: Edições SM, 2010. - (Coleção ser protagonista).

segunda-feira, 11 de julho de 2011

UM PAÍS CHAMADO BELIZE

  Belize é o único país da América Central Continental que foi colonizado pelos ingleses e o último a se tornar independente. Até 1973, era chamado de Honduras Britânicas. Apesar disso, suas estreitas relações históricas com o México explicam um fato curioso: o espanhol também é falado por grande parte da população.

Pirâmide da antiga civilização Maia em Belize
  Nesse país, houve grande miscigenação de descendentes com europeus. Esses mestiços representam 50% da população, que ainda é composta por 25% de afro-descendentes, 15% de indígenas e algumas minorias de origem chinesa, indiana e europeia.
  Sua economia é agrária, muito dependente da exportação de açúcar e banana. Recentemente foi ampliado o cultivo de cítricos, que já contribuem para elevar o valor das exportações do país.
A produção agrícola é a base da economia de Belize
  A maior parte dos belizenses vive fora do país, muitos como trabalhadores braçais nos Estados Unidos. As remessas de dinheiro para os parentes que ficaram constitui uma importante renda para o país.
  Nos últimos anos, o turismo, impulsionado por investimentos estrangeiros, tem gerado empregos e renda. As belezas naturais do país, como a barreira de corais (a maior do hemisfério ocidental, menor apenas que a Grande Barreira de Coral australiana), atraem cada vez mais turistas norte-americanos e britânicos, que movimentam a economia de Belize.
Barreira de corais em Belize
DADOS SOBRE BELIZE
NOME OFICIAL: Belize
INDEPENDÊNCIA: 21 de setembro de 1981 (Reino Unido)
CAPITAL: Belmopan
Palácio governamental em Belmopan
ÁREA: 22.966 km² (148°)
POPULAÇÃO (ONU - 2011): 301.270 habitantes (173°)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA (ONU): 13,18 hab./km² (181°)
CIDADES MAIS POPULOSAS:
Cidade de Belize: 55.000 habitantes
Cidade de Belize - maior cidade do país 
Orange Walk: 16.000 habitantes

Orange Walk - segunda maior cidade de Belize
Belmopan: 15.000 habitantes
Belmopan - capital e terceira maior cidade de Belize
LÍNGUA: inglês (oficial), porém o espanhol e o crioulo belizenho são reconhecidos como línguas regionais.
IDH (ONU - 2010): 0,694 (78°)
PIB (FMI - 2010): U$ 1,396 bilhão (163°)
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2005/2010): 76,1 anos (49°)
MORTALIDADE INFANTIL (ONU - 2005/2010): 23,07/mil (131°)
ÍNDICE DE ALFABETIZAÇÃO (ONU - 2007/2008): 75,1% (127°)
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2008): 52% (111°)
MOEDA: Dólar de Belize
RELIGIÃO: cristãos (93%, sendo que os católicos representam 50%, os protestantes 27% e outras religiões cristãs 16%); ateus (6,5%); outros (0,5%)
SUBDIVISÃO: Belize está dividido em 6 distritos: Corozal, Orange, Belize, Cayo, Stann Creek e Toledo.
FONTE: Tamdjian, James Onnig. Estudos de geografia: o espaço do mundo I, 8º ano/ James Onnig Tamdjian, Ivan Lazzari Mendes. -- 1 ed. -- São Paulo: FTD, 2008. -- (Coleção estudos de geografia). 

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