quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

QUESTÕES DE GEOGRAFIA SOBRE AGRICULTURA

1) Um dos temas científicos mais polêmicos da atualidade são os organismos geneticamente modificados (OGMs), conhecidos como transgênicos. Nos últimos anos, a área plantada com OGMs aumentou vários milhões de hectares no mundo, inclusive no Brasil. Sobre esse tema, assinale a alternativa correta:
a) Cinco países são os responsáveis por cerca de 98% da área total de plantações de transgênicos no mundo, entre eles a Argentina e o Canadá;
b) O Paraná, maior produtor de soja do Brasil, é também o estado brasileiro com maior área plantada de soja transgênica;
c) No Rio Grande do Sul, as lavouras de soja transgênica são pouco disseminadas em função das abruptas variações topográficas e da acidez dos solos locais;
d) Devido à exigência dos consumidores e as leis rigorosas do Governo brasileiro, o Brasil não produz soja transgênica.
2) O manejo da terra na Amazônia, quase idêntico ao sistema indígena das coivaras, faz com que dificilmente os caboclos ou as autoridades aceitem medidas restritivas ao uso do fogo.” (Texto datado de 1957). A leitura do texto permite afirmar que ele:
a) Está parcialmente ultrapassado, pois os esforços do Governo e da Sociedade Civil têm visado ao controle da prática de queimadas na Amazônia;
b) Está ultrapassado, graças à instalação de grandes projetos agroindustriais e à redução das áreas de roças que diminuiu os problemas causados pelo fogo na floresta;
c) Está ultrapassado, pois, hoje, com a integração da região ao restante do País, associada à migração interna, as antigas práticas agrícolas foram abandonadas;
d) Ainda é verdadeiro, pois, hoje, as maiores queimadas são realizadas pelas grandes empresas agropecuárias instaladas na Região.
3) Nestes últimos anos, a movimentação da produção de milhões de toneladas de soja tem requerido cada vez mais velocidade com qualidade e baixos custos, pois o frete é um componente importante no preço final de produtos agrícolas. Pode-se mesmo afirmar que a distribuição seletiva de grandes sistemas de transporte tem provocado profundas transformações no uso do território brasileiro.
Assinale a alternativa que apresenta um título adequado ao texto:
a) A organização do espaço geográfico é fator importante para o aumento da competitividade do setor agroindustrial;
b) A cadeia produtiva da soja caracteriza-se pela aliança entre grandes empresas nacionais detentoras de modernas tecnologias;
c) O crescimento do agronegócio tem provocado fortes impactos geoecológicos no espaço nacional;
d) A necessidade de aumentar a produtividade agrícola tem elevado o nível tecnológico dos complexos agroindustriais.
4) Durante alguns séculos, campo e cidade interagiam mutuamente, mas com o processo que se inicia com as grandes navegações e consolida-se com a Revolução Industrial, não é mais possível ficarmos imunes às mudanças e continuarmos com os mesmos conceitos e classificações hierárquicas. Quando Lisboa, Londres, etc. têm relações intensas com áreas distantes, de onde vem grande parte de suas riquezas, é pouco falarmos apenas em uma cidade que tem um campo do qual depende e vice-versa, ou, antes, é incorreto.
SANTOS, M. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1998, p. 54.
Com base no texto apresentado, podemos afirmar que:
a) As relações com as áreas longínquas ao campo imediato passam a ser uma constante, e mesmo uma necessidade para as cidades;
b) Como há trinta anos, atualmente é possível falarmos em dicotomias como cidade-campo, agrícola-industrial etc;
c) Quanto menos modernizada a atividade agrícola, mais ampla e dependentes são as suas relações com as cidades;
d) Devido à separação campo-cidade, hoje o trabalhador agrícola é um habitante exclusivo da zona rural.
5) A técnica agrícola do dry-farming, consiste no revolvimento do solo, trazendo à superfície as camadas mais úmidas e férteis. Ela é muito utilizada nos Estados Unidos, principalmente:
a) Nas pastagens extensivas do Meio-Norte norte-americano;
b) No cultivo do algodão, no Sul do país;
c) No plantio do milho, na porção central do território;
d) Nas culturas de cana-de-açúcar, no sudeste do país;
e) Na fruticultura, no Oeste norte-americano.
6) O processo de ocupação do Centro-Oeste do Brasil, teve a reprodução de mecanismos já conhecidos na história da ocupação produtiva do território brasileiro, como as frentes de expansão e as frentes pioneiras. As frentes de expansão foram formadas basicamente por:
a) Garimpeiros de pedras preciosas, vindos principalmente do Triângulo Mineiro;
b) Pecuaristas de gado bovino, atrás de pastagens naturais de boa qualidade;
c) Trabalhadores agrícolas, expulsos pela modernização agrícola do Sudeste;
d) Retirantes nordestinos, que fugiam das graves secas ocorridas na década de 1950;
e) Especuladores da terra, que buscavam lucros com a construção de Brasília.
7) O clima e a qualidade da terra existentes na região, tornam o Sul uma das mais férteis regiões agrícolas do país. Nesse contexto, a Serra Gaúcha aparece com maior destaque na:
a) horticultura         b) vitivinicultura        c) cafeicultura        d) rizicultura   
8) Os textos a seguir diferenciam duas regiões geoeconômicas brasileiras, conforme foram delimitadas por Corrêa (1997, p. 202 e 209), como possuindo:
I. "Principal área agropecuária do país. (...) aparece, em primeiro lugar, pela enorme variedade de sua produção que inclui produtos como o café, cana-de-açúcar, soja, algodão, trigo, laranja, milho, fumo, arroz, banana, uva, leite, lã, carne bovina e suína, e aves e ovos, dentre outros. A esta enorme variedade, acresce-se, em segundo lugar, o fato da região situar-se em primeiro lugar em valor e volume da produção em relação a esses produtos" (...).
II. "Diferentes tipos de conflitos sociais. envolvem eles a grande empresa capitalista, o latifúndio pecuarista, a população indígena, os pequenos produtores, peões das fazendas, seringueiros e garimpeiros. A terra está no centro dos conflitos; trata-se de conflitos entre a reprodução do capital e a reprodução do pequeno produtor, de um lado, e entre ambos e a população indígena, de outro".
Com base na regionalização proposta pelo autor, e após a leitura das peculiaridades apresentadas nos textos, pode-se afirmar que as regiões caracterizadas são, respectivamente:
a) Sudeste e Centro-Oeste     b) Centro-Sul e Nordeste     c) Sul e Amazônia
d) Norte e Nordeste               e) Centro-Sul e Amazônia
9) Na década de 80, em meio à diversidade de movimentos sociais no campo brasileiro, nasceu e se expandiu rapidamente o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST. São características das ações do MST as abaixo relacionadas, exceto:
a) Criar acampamentos, como estratégia de luta, para pressionar o Governo;
b) Ocupar terras para mostrar a necessidade da reforma agrária;
c) Caminhar pelas estradas, realizando manifestações;
d) Organizar grandes cooperativas em acampamentos estabelecidos;
e) Desenvolver nas terras conquistadas experiências de produção coletivizada.
10) A agricultura fornece, tanto produtos essenciais à alimentação como matérias-primas para vários tipos de indústria. Clima, tipos de solos e água, são fatores favoráveis à produção agrícola, além das facilidades tecnológicas de que o país dispõe. Os países campeões na produção de trigo, laranja e soja são, respectivamente:
a) China, Brasil e EUA            b) Argentina, EUA e Brasil      c) EUA, Brasil e Canadá
d) China, EUA e Argentina      e) Argentina, Brasil e EUA
11) As indústrias de bebidas na Região Sul do Brasil, estão estabelecidas no interior das áreas de pequenos e médios produtores de uva. As cidades que apresentam a maior concentração de indústrias de bebidas derivadas da uva no Brasil, são:
a) Garibaldi, Londrina e Maringá;
b) Porto Alegre, Brusque e Garibaldi;
c) Bento Gonçalves, Garibaldi e Caxias do Sul;
d) Joinville, Garibaldi e Blumenau;
e) Bento Gonçalves, Garibaldi e Joinville.
12) Os impactos ambientais provocados pela expansão da cultura da soja nas áreas do Cerrado brasileiro constitui um assunto polêmico entre os ambientalistas. Nesse sentido, considere os ítens:
I. Apesar dos solos de má qualidade, a rica flora do Cerrado quase não depende dos nutrientes do subsolo da região, pois as plantas nutrem-se diretamente da enorme quantidade de húmus que elas mesmas produzem.
II. O desmatamento do Cerrado não é um fenômeno atual, pois o Planalto Central Brasileiro sempre foi uma das regiões mais populosas do país.
III. A expansão da soja no Cerrado consome bilhões de litros d'água para a irrigação e também causa graves impactos ambientais no Pantanal Matogrossense.
Está(ão) correto(s) o(s) item(ns):
a) I e II     b) I, II e III     c) I e III     d) II e III     e) III
13) A lavoura doo café tem sofrido, durante toda a sua história, períodos de altos e baixos, apogeus e crises, relacionados a causas diversas, em diferentes épocas. No século XX, houve um momento em que aconteceu um forte período de decadência do café produzido no Brasil. Esse período está associado ao seguinte fato:
a) O Golpe de Estado de 1964;
b) O início do processo de Mundialização da Economia;
c) A Depressão Norte-Americana de 1929;
d) A política de Glasnost adotada por Gorbatchev, que fechou o mercado russo para o café;
e) A Guerra Fria.
14) A expansão da produção da soja no território brasileiro vem acontecendo para atender a diversos interesses, como os que estão citados a seguir, exceto:
a) O cultivo da soja necessita de grandes investimentos em máquinas e também em insumos;
b) Essa atividade agrícola proporciona a garantia de muitos postos de trabalho, sobretudo nos grandes latifúndios de Goiás, Minas Gerais e Oeste da Bahia;
c) A produção em larga escala da soja associa-se ao agronegócio e aos complexos agroindustriais;
d) A exportação da produção da soja colabora para que haja superávit na balança comercial brasileira;
e) O preço da soja no mercado internacional relaciona-se, também, com os mercados de ações e grandes grupos financeiros.
15) O Instituto Brasileiro de Reforma Agrária (IBRA), hoje Instituto Brasileiro de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), realizou em 1965 o nosso primeiro cadastro fundiário e classificou as propriedades existentes, de acordo com os artigos 41 e 46 do Estato da Terra. Uma dessas propriedades apresenta a seguinte definição:
"imóvel que, tendo a extensão correspondente de um até seiscentos módulos, seja explorado 'econômica e racionalmente', tendo cerca de 50% de sua área aproveitada".
Qual a propriedade descrita na definição acima?
a) Minifúndio                              b) Módulo Rural                  c) Empresa Rural
d) Latifúndio por dimensão         e) Latifúndio por exploração
16) A Região Nordeste, destaca-se na produção nacional de:
a) soja e trigo                         b) laranja e café                c) cacau e uva    
d) cana-de-açúcar e milho       e) fruticultura irrigada e camarão
17) A região do Centro-Oeste do Brasil na qual predominam os cultivos de soja, milho e trigo, é a (o):
a) Triângulo Mineiro           b) Cinturão Verde          c) Vale do Parnaíba (GO)
d) Região de Campo Grande e Dourados (MS)        e) Chapada dos Veadeiros
18) Forma de utilização da terra destinada à pastagem ou ao cultivo, na qual o proprietário aluga a quem tem capital para explorá-la:
a) Arrendamento    b) Parceria     c) Grilagem     d) Posse
19) O uso de sementes selecionadas, pequena mão de de obra, uso intensivo de máquinas e caráter empresarial, caracterizam a:
a) Agricultura Orgânica      b) Agricultura Moderna      c) Agricultura de Jardinagem
d) Agricultura Itinerante     e) Agricultura de Precisão
20) Agricultura que contempla a mecanização da produção e a utilização de insumos modernos, é capaz de manter a fertilidade do solo e aumentar a duração das atividades agrícolas na mesma área, o que diminui a necessidade de expansão de novas áreas e, consequentemente, a pressão sobre as florestas, no caso da Região Amazônica. As propriedades que, por meio de modernas técnicas de preparo do solo, cultivo e colheira, apresentam elevados índices de produtividade, praticam a agricultura denominada de:
a) Camponesa     b) Itinerante     c) Intensiva     d) Extensiva     e) Familiar
Gabarito
1 - a     2 - d     3 - a     4 - a     5 - e     6 - c      7 - b     8 - d     9 - d     10 - a
11 -  c    12 - e   13 - c     14 - b    15 - c     16 - e     17 - c     18 - a     19 - b
20 - c

LÍDER DE GUERRILHA CHECHENA ASSUME ATAQUE A AEROPORTO DE MOSCOU

Em vídeo, Doku Umarov disse que suicida estava sob suas ordens. Explosão em terminal em Domodedovo matou 36 pessoas em 24 de janeiro.

Da EFE

    Doku Umarov, líder da guerrilha islâmica chechena Emirado do Cáucaso, reivindicou o atentado terrorista de 24 de janeiro contra o aeroporto de Domodedovo, em Moscou, que deixou 36 mortos e outras 200 pessoas feridas.
  Em um vídeo divulgado na noite desta segunda-feira (7) pela internet, Umarov assegurou que o terrorista suicida que detonou a bomba no terminal de Domodedovo atuou sob suas ordens e ameaçou a Rússia com novos ataques.
   Uma fonte dos serviços secretos russos disse à agência "Interfax" nesta terça (7) que a declaração de Umarov era "esperada", pois "necessita permanentemente ser lembrado pela imprensa". "Estamos aprofundando em todas as linhas de investigação e sem falta acharemos o organizador do atentado terrorista", acrescentou.
 Doku Umarov reivindicou atentado contra aeroporto de Moscou através de um vídeo. (Foto: The Kavkaz Center/AP)
   Outro porta-voz dos serviços de segurança disse à agência oficial "Itar-Tass" que "declarações de delinquentes e terroristas não se comentam".
   Poucos dias depois do atentado, o Comitê de Instrução da Rússia declarou que o terrorista suicida foi identificado e que se tratava de um homem de 20 anos oriundo de uma das repúblicas russas do norte do Cáucaso, mas que seu nome seria mantido em segredo para não atrapalhar as investigações.
Posteriormente, a imprensa russa revelou que o terrorista era um antigo estudante de contabilidade procedente da república da Inguchétia, vizinha da Chechênia, chamado Magomed Yevlóev, informação não confirmada pelas fontes oficiais.
Momento do ataque terrorista que matou várias pessoas em Moscou. Fonte: noticias.br.msn
   Os avanços na investigação levaram algumas autoridades a declarar que o atentado havia sido esclarecido, o que originou na semana passada uma forte reprimenda do presidente russo, Dmitri Medvedev, voltada às forças de segurança.
   "Este crime ainda não foi resolvido, embora haja avanços. É preciso trabalhar e não fazer publicidade", afirmou Medvedev ao se reunir com Aleksandr Bórtnikov, chefe do Serviço Federal de Segurança (FSB, antiga KGB).
   O ataque terrorista no aeroporto de Domodedovo foi o mais grave ocorrido na Rússia desde março de 2010, quando um duplo atentado suicida cometido por dois jovens do Cáucaso em estações do metrô de Moscou causou a morte de 40 pessoas e deixou mais de 100 feridos.

Saiba quem é Doku Umarov, o líder da guerrilha chechena

'Emir do Cáucaso' enfrenta Rússia desde luta pela independência chechena. Grupo assumiu atentado que matou 36 no aeroporto de Moscou.
  O "emir do Cáucaso" e chefe do movimento checheno de guerrilha, Doku Umarov, sempre lutou contra as forças russas, primeiro para obter a independência da Chechênia e depois em nome de Alá.
   Este homem, de longa barba escura, transformou-se em junho de 2006 em "presidente" separatista da Chechênia, assumindo as rédeas da guerrilha antirrussa após a morte de seu predecessor, Abdul Khalid Saidulayev, em uma operação militar.
  Na época, era considerado um aliado do movimento radical do sanguinário senhor da guerra Shamil Basayev, a quem nomeou vice-presidente pouco antes de sua morte, em julho de 2006, promovendo-o a Generalíssimo como título póstumo.
   Em outubro de 2007, porém, Umarov distanciou-se dos líderes históricos do combate pela independência da Chechênia - como o "ministro das Relações Exteriores" refugiado em Londres Ahmed Zakayev - e proclamou-se chefe de um "Emirado do Cáucaso", do qual a Chechênia seria apenas uma província, assim como as outras repúblicas caucasianas russas.
  O "Parlamento" checheno no exílio o expulsou da presidência, e Umarov se propôs a propagar o combate para todas as repúblicas da região, como a Inguchétia e o Daguestão, que lentamente afundaram no caos da insurgência islâmica.
  Nascido em 13 de abril de 1964, Umarov cresceu em Harsenoi, uma aldeia do oeste da Chechênia, e formou-se em engenharia numa universidade local. Dois de seus irmãos, Musa e Isa, morreram em enfrentamentos com as forças russas.
  Combatente da primeira guerra da Chechênia (1994-1996), que terminou com o grau de General de Brigada e condecorado com as ordens de "Honra da Nação" e "Heroi da Nação", Umarov foi companheiro de armas de todos os dirigentes separatistas.
Imagens de Grózni, capital da Chechênia após bombardeios russos. Fonte: brasilescola.com
  Sob a "presidência" de Aslan Maskhadov (1997-2005), ocupou vários postos vitais, com destaque para a chefia do Conselho de Segurança e do Estado Maior de Luta contra a Criminalidade, embora tenha sido acusado de sequestros e de ataques contra colaboradores da justiça separatista.
  Sob sua direção, a guerrilha chechena manteve a decadência, dominada pelas forças de Moscou e seus aliados chechenos, dirigidos pelo atual presidente pró-russo Ramzan Kadirov.
  O destino do líder insurgente, chamado por seus colaboradores de Doku Abu Usman, é objeto frequente de especulações. Assim, em junho do ano passado, a imprensa russa o deu por morto após uma operação especial das forças russas.
Doku Abu Usman Fonte: wordpress
  Umarov reivindicou os atentados no metrô de Moscou, que deixaram 39 mortos em março de 2010, afirmando que a ação foi uma vingança contra as operações das forças russas no Cáucaso.
  No último vídeo, gravado - segundo Umarov - no mesmo dia do atentado contra o aeroporto, em 24 de janeiro, que matou 36 pessoas, o líder checheno diz que agiu em nome de Alá e com o objetivo de criar um Estado islâmico livre no Cáucaso do Norte.
Conheça um pouco a Chechênia
Nome: República da Chechênia
Independênciad a Rússia:
Declarada: 1990
Reconhecida: não foi
Capital: Grózni
Imagens de Grózni, capital da Chechênia. Fonte: wordpress
Área: 17.300 km² ()
População: 1,2 milhão de habitantes
Moeda: Rublo
Línguas oficiais: russo e checheno
Geografia e Geopolítica
  Localizada entre os mares Cáspio e Negro, a República tem o predomínio de um relevo acidentado, originado por dobramentos modernos e marcado por montanhas elevadas e pontiagudas.
Montanhas da Chechênia. Foto: Google images
  Seu clima é predominantemente temperado seco, com baixas temperaturas no inverno e nas áreas de elevadas altitudes. Para o governo russo, essa república é estratégica, principalmente em razão da passagem de oleodutos os poços de petróle da região do Mar Cáspio à rede de dutos da Rússia. Parte significativa do petróleo que a Rússia exporta para a Europa vem do Mar Cáspio e passa por esta região.
Imagens do Mar Cáspio. Fonte: Wikipedia
História
  Como parte do Império Russo desde 1959, a região checheno-inguchétia foi incorporada como República Autônoma Socialista Soviética da ChechenoInguchétia durante a fundação da União Soviética. 
Mapa da antiga URSS
  Durante o regime soviético, os chechenos, acusados de colaboração com a Alemanha Nazista (que não chegaram a conquistar a Chechênia), sofreram uma deportação - de natureza genocida - para a então República Socialista Soviética Cazaque (o atual Cazaquistão independente) e depois para a Sibéria, durante a Segunda Guerra Mundial. A república foi abolida entre 1944 e 1957, tornando-se o oblast de Grózni. Depois do colapso da União Soviética, um movimento de independência surgiu na Chechênia, enquanto a Rússia recusava-se a permitir a secessão.
A Primeira Guerra da Chechênia
  Djokhar Dudaiev, presidente nacionalista da República da Chechênia, declarou a independência Chechênia em 1991. Em 1994 o presidente da Rússia Boris Iéltsin enviou quarenta mil soldados para evitar a separação da região da Chechênia - importante produtora de petróleo -, e a Rússia entrou numa guerra que alguns comparam ao que foi a Guerra do Vietnã para os EUA.
Tropas russas na Chechênia
  Os insurgentes chechenos infligiram grandes baixas aos russos. As tropas russas não tinham conseguido capturar a capital chechena, Grózni, até o fim daquele ano. Os russos finalmente tomaram Grózni, em fevereiro de 1995, após pesada luta. Em agosto de 1996 Iéltsin concordou com um cessar-fogo com os líderes chechenos, e um tratado de paz foi formalmente assinado em maio de 1997.
A Segunda Guerra da Chechênia
  O confronto armado foi retomado em setembro de 1999, dando início à Segunda Guerra da Chechênia, tornando sem sentido o acordo de 1997. Os separatistas chechenos ainda pretendiam a independência da Chechênia e organizaram operações na própria república da Chechênia, como também ataques terroristas em outras regiões da Rússia, incluindo Moscou.
  Uma década de guerra deixou a maior parte do território sob controle militar. Guerrilheiros islâmicos chechenos invadiram a vizinha república russa do Daguestão e anunciaram a criação de um estado islâmico. A maioria da população, em ambas as repúblicas, é muçulmana sunita. Os militares russos expulsaram os rebeldes para a Chechênia em setembro, mês em que atentados contra diversos edifícios em cidades russas mataram mais de 300 pessoas. O governo responsabilizou diretamente os separatistas e enviou tropas à Chechênia.
Mortos em uma vala na Chechênia. Fonte: Google images
  Apesar da pressão por um cessar-fogo, o governo da Rússia rejeitou a mediação internacional. Mas as denúncias de massacres, estupros e torturas cometidos pelas tropas russas contra centenas de civis levaram o governo russo a aceitar, em março de 2000, a visita de representantes da ONU à Chechênia. Mas as emboscadas e os ataques suicidas contra as tropas russas prosseguiram, assim como os bombardeios aéreos russos. Em junho de 2000, o presidente Vladimir Putin colocou a Chechênia sob administração direta da Presidência da Federação.
Vladimir Putin
  Em março de 2003, o governo russo organizou um referendo na Chechênia, sobre a nova constituição local, que estabelece subordinação da república a Moscou. A lei foi aprovada por 96% dos eleitores, mas o referendo foi considerado irregular e condenado internacionalmente. Num pleito igualmente criticado, em outubro de 2003, Akhmad Kadyrov, foi eleito presidente da Chechênia, com 81% dos votos.
Akhmad Kadyrov
  Em setembro de 2004, uma escola em Beslan, na república da Ossétia do Norte, foi palco de uma das maiores barbáries da atualidade. Terroristas chechenos aprisionaram, torturaram e mataram crianças, pais e professores. O líder separatista Shamil Bassaiev assumiu a autoria desse e de outros ataques, como a explosão no metrô de Moscou, em fevereiro do mesmo ano.
Escola alvo dos terroristas chechenos em 2004. Beslan - Ossétia do Norte
Repercussões internacionais
  Ao longo dos anos 1990 e até pelo menos meados dos anos 2000, países como a Arábia Saudita e os Estados Unidos se declararam favoráveis à independência da Chechênia. Os governos saudita e paquistanês apoiaram discretamente os separatistas da Chechênia, estabelecendo laços com os grupos de muçulmanos do Cáucaso, que muitas vezes receberam apoio financeiro de organizações árabes muçulmanas do Oriente Médio.
  O apoio da Arábia Saudita aos separatistas chechenos tornou as relações russo-sauditas mais tensas por ocasião do atentado terrorista em Beslan, levando o então Presidente da Rússia, Vladmir Putin, a ameaçar publicamente o governo saudita de retaliação militar, caso um novo atentado daquele tipo ocorresse em território russo.
  O apoio da Geórgia aos separatistas chechenos também é considerado um dos fatores que ajudou a deteriorar as relações russo-georgianas na última década.
  Os países da Organização de Cooperação de Xangai condenam fortemente qualquer iniciativa do tipo separatista, classificadas como associadas ao extremismo e terrorismo. Em 2007 esses países realizaram simulações de uma intervenção militar para imposição da paz em área conflagrada por rebeldes separatistas, em um país fictício no Cáucaso.
Em 2008, em apoio à Ossétia do Sul, a Rússia se envolveu em guerra contra a Geórgia, ao sul da Chechênia.
Tropas da Geórgia lançando foguetes contra os russos em 2008

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

INDEPENDÊNCIA DO SUDÃO DO SUL É APROVADA COM 98,83% DOS VOTOS

Separação do país africano foi definida em referendo no dia 9 de janeiro e a partir de julho o mundo ganhará um novo país: o Sudão do Sul

G1 
  A independência do Sudão do Sul foi aprovada em referendo com 98,83% dos votos, informou nesta segunda-feira (7) a Comissão Eleitoral.
Mais cedo, o presidente do Sudão, Omar Hassan al Bashir, disse que acataria a decisão de independência do sul.
  A votação ocorrida em 9 de janeiro estava prevista em um acordo de 2005 que encerrou décadas de guerra civil entre o norte e o sul do país.
As declarações de Bashir aplacaram temores de que o norte estaria relutante em permitir a independência do sul, uma região rica em petróleo.
 Sudaneses do Sul da etnia Toposa celebram a decisão de separa o país em dois, na cidade de Kapoeta. Foto: AFP
   A maior parte das reservas petrolíferas sudanesas fica no sul, mas a infraestrutura está no norte, o que obrigará a uma cooperação econômica entre os dois países e deve tornar um conflito armado prejudicial para ambos os lados.
  Depois do anúncio oficial do resultado do referendo, governos de todo o mundo e entidades multilaterais como a União Africana e a ONU devem reconhecer a independência do sul do Sudão, a qual deve ser formalizada em 9 de julho.
  Bashir deixou claro que ninguém terá dupla nacionalidade (do norte e do sul), apesar de esse princípio estar permitido na Constituição - o que mostra a relação desconfortável que os dois países terão após a separação.
  Ainda há disputas bilaterais a respeito da demarcação da fronteira - área na qual há grandes reservas de petróleo -, de concessão de cidadania, de divisão dos preciosos recursos hídricos do Nilo e das reservas de petróleo, e da posse da região de Abyei, reivindicada por ambas as partes.
Guerra civil - Além do conflito entre Norte e Sul, que deixou um número aproximado de 2 milhões de mortos, dificuldades econômicas também alimentam as ambições separatistas do Sul. De 169 países, o Sudão está na 154ª posição do ranking de desenvolvimento humano (IDH), enfrenta uma pesada dívida externa e uma inflação galopante provocada pela brusca desvalorização da libra sudanesa nos últimos três meses.
Sudaneses sulistas protestam pela separação entre Norte e Sul do Sudão (Trevor Snapp / AFP)
Refúgio 
  O governo do vizinho Quênia anunciou na quarta-feira planos de contingência para lidar com um possível fluxo de refugiados do Sudão. Mais de 20.000, estima-se, podem cruzar a fronteira se a consulta acabar em violência, segundo o Alto Comissariado para Refugiados da ONU (Acnur). A recepção aos refugiados será feita por meio de uma parceria entre o governo do Quênia e o Acnur. O plano conjunto prevê um sistema de registro e entrega de documentos para os refugiados. O Quênia já abriga atualmente cerca de 360.000 refugiados, a maioria deles de origem somali, sudanesa e etíope, segundo dados do Acnur. Estima-se que pelo menos 4 milhões de sudaneses da região sul vivam fora do país. Nos últimos meses, com a aproximação do referendo, muitos deles voltaram ao país para votar.
Campo de refugiados no Sudão. Fonte: brasilescola.com
Genocídio 
  O presidente Bashir tem contra ele uma ordem de prisão do Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra e genocídio em Darfur, região oeste. O conflito começou em 2003, opondo tribos nômades africanas de língua árabe e religião muçulmana às demais etnias. A ONU estima as mortes causadas pelo conflito entre 50.000. Mas a acusação não parece constranger o ditador, que se desloca sem ser incomodado para o Chade e o Quênia, mesmo sendo esses países membros do tribunal, contando com o apoio da União Africana.
Guerrilheiros sudaneses. Fonte: portalcot.com
Veja o Sudão e o Sudão do Sul em números
Ficha técnica do Sudão e do Sudão do Sul, país que deve ser criado como resultado do referendo de secessão:
Situação Geográfica:
  O Sudão faz fronteira com o Egito, no norte, com Líbia, Chade e a República Centro-Africana no oeste, com a República Democrática do Congo, Uganda e Quênia no sul e com Etiópia e Eritreia no leste. Possui mais de 800 km de costa ao longo do Mar Vermelho.
Superfície:
  Com 2.505.813 km², é o maior país da África e o décimo maior do mundo. Deste total, 589.745 km² (24%) estão no Sudão do Sul.
População:
  42 milhões (estimativa de 2009), incluindo mais de 8,5 milhões de pessoas no Sudão do Sul, aproximadamente 20% do total de habitantes.
Capital: Cartum. No sul semiautônomo, a capital é Juba.
Religião: Islã (70%) e cristianismo, que se concentra basicamente no sul.
História:
  O Egito otomano de Mohamed Ali invade o Sudão em 1820. Os homens de Mohamed Ahmed, conhecido como "Mahdi", líder religioso e político sudanês, expulsam as tropas do general Gordon de Cartum em 1885.
  O mandato anglo-egípcio durará de 1899 a 1956, quando o país se torna independente. Em 1955, começa uma guerra civil entre o norte e o sul, que só termina em 1972. O regime militar do general Gaafar al Nimeiri dura de 1969 a 1985, quando é deposto por uma revolta popular.
  Em 1986, o partido Umma de Sadek al Mahdi vence as eleições multipartidárias, mas é derrubado em 1989 pelo golpe de Estado militar de Omar al-Bashir.
  De 1983 a 2005, o país afunda em mais uma guerra civil norte-sul, em um conflito que deixa dois milhões de mortos e quatro milhões de refugiados internos.
  Em 2003, tem início um novo conflito na região ocidental de Darfur.
  Em março de 2009, a Corte Penal Internacional emite uma ordem de prisão contra o presidente Al-Bashir por crimes de guerra e contra a humanidade. Em julho de 2010, acrescenta uma segunda ordem de prisão, desta vez por genocídio.
Instituições políticas:
  Com o fim da última guerra civil, em 2005, o Partido do Congresso Nacional (NCP) do presidente AL-Bashir e os ex-rebeldes sulistas do Movimento Popular de Libertação do Sudão (SPLM) formaram um governo de união nacional.
Assembleia Nacional:
  450 assentos (o NCP tem a maioria).
Economia:
  O país vive uma expansão econômica desde 2006, graças ao crescimento da produção de petróleo, que chega a 500.000 barris por dia; três quartos deste total são exportados, principalmente para a Ásia. A profunda desvalorização da libra sudanesa é a origem da inflação galopante que afeta o país.
PIB: 54,68 bilhões de dólares (2009, Banco Mundial), PIB per capita: 1.220 dólares (2009, Banco Mundial)
Principais produtos de exportação: Petróleo, algodão, goma arábica.
Dívida externa: 36 bilhões de dólares
Moeda: Libra sudanesa
Forças Armadas:
  O país possui dois exércitos, um no norte e um no sul. As Forças Armadas Sudanesas (SAF, Norte), que contam com 110.000 homens, segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, e o Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA, Sul).
  A força conjunta ONU-União Africana (MINUAD) tem mais de 22.000 soldados e policiais mobilizados em Darfur. A Missão das Nações Unidas no Sudão (UNMIS) contam com 10.000 soldados e policiais no Sudão do Sul e nas regiões limítrofes do norte.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

PROPOSTAS DO GOVERNO DO EGITO NÃO BASTAM, DIZ IRMANDADE MUÇULMANA

 
Mubarak oferece concessões à oposição reforma constitucional.
Reuters
País tenta voltar à normalidade após 13 dias de violentos protestos.
  As reformas propostas pelo regime do presidente Hosni Mubarak para que o Egito saia da crise política em que está mergulhado são "insuficientes", anunciou neste domingo (6) o grupo islâmico Irmandade Muçulmana, importante força da oposição.
   O projeto de criar uma comissão  para preparar reformas constitucionais não basta, declarou Mohamed Mursi, líder do grupo, em entrevista no Cairo. "As demandas são ainda as mesmas. O governo não respondeu à maioria deles, apenas a algumas e de forma superficial", disse Essam al-Aryane, um outro dirigente da Irmandade.
   A decisão de criar a comissão foi tomada em encontro entre o vice-presidente do Egito, Omar Suleiman, e líderes oposicionistas. O grupo deveria apresentar resultados antes da primeira semana de março, disse o porta-voz do governo, Magdi Radi.
   As mudanças vão, entre outras coisas, impor limites ao poder da Presidência. O governo também prometeu concessões à oposição: prometeu liberdade de imprensa e não interferir mais nas comunicações e na internet, como ocorreu durante os protestos, o que gerou críticas da comunidade internacional.
 Soldado lê jornal dentro de vaículo armado neste domingo (6) na Praça do Tahrir, Cairo. Fonte: G1
   Também prometeu libertar todas as pessoas detidas durante os confrontos de rua dos últimos dias e não perseguir os líderes das manifestações que agitaram o país nos últimos 13 dias, matando pelo menos 300 pessoas, deixando mais de 5.000 feridos e paralisando a economia e o turismo.
   As leis de emergência que vigoram no país desde a posse do contestado presidente Hosni Mubarak, em 1981, também deverão ser levantadas assim que a situação de segurança do país permitir.
   O acordo foi recebido com ceticismo por várias forças de oposição. Uma fonte da Irmandade Muçulmana disse à TV Al Jazeera que não confiava em que o governo iria cumprir sua palavra e dizia que a pressão pela saída de Mubarak deveria continuar.
   Ainda não está claro se os oposicionistas vão recuar de sua posição de exigir a saída imediata. Pressionado, Mubarak afirmava que só sairia em setembro, data das eleições presidenciais, por temer que o "caos" se instale no país com sua renúncia agora.
   O vice Suleiman, que foi durante muito tempo chefe da inteligência do país, parece ser cada vez mais, pelo menos publicamente, o centro da definição do futuro do país. Ele teria recusado a proposta de assumir os poderes de Mubarak durante a transição, segundo fontes que participaram da reunião.
   A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, saudou a entrada do grupo islâmico no diálogo.
Volta ao normal
   Os manifestantes anti-Mubarak continuavam a vigília na Praça Tahrir, a principal da capital, mas com menos pessoas do que nos dias anteriores. O Exército reforçou a segurança do local durante a madrugada.
  As ruas estavam cheias de motoristas e pedestres, e os engarrafamentos retornam à capital, assim como as buzinas dos automóveis. Alguns  estabelecimentos comerciais abriram as portas.
Pressão dos EUA
   O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, convocou líderes da Alemanha, do Reino Unido e dos Emirados Árabes Unidos para discutir a situação no Egito e a necessidade de mudanças políticas na região, segundo comunicado emitido sábado pela Casa Branca. "O presidente enfatizou a importância de uma transição ordenada e pacífica, começando agora, para um governo que responda às aspirações do povo egípcio, incluindo negociações com credibilidade e com a participação do governo atual e da oposição", disse o comunicado.
   Obama expressou "séria preocupação com os ataques a jornalistas e a grupos de direitos humanos, e reafirmou que o governo do Egito tem a obrigação de proteger os direitos de seu povo e de libertar imediatamente todos os que foram detidos injustamente" durante os protestos nos últimos dias.
   No comunicado emitido pelo governo americano, Obama não comentou as declarações de seu enviado especial ao Egito, Frank Wisner, que disse que o presidente egípcio Hosni Mubarak deve ficar no podr por enquanto para conduzir as mudanças necessárias a uma transição política.
Protestos seguiam, mas com menos gente neste domingo (6) na Praça Tahrir. Fonte: AP
   "Necessitamos chegar a um consenso nacional em torno das condições prévias para dar um próximo passo à frente. O presidente deve permanecer em seu cargo para liderar essas mudanças", disse Frank Wisner, de Washington, durante teleconferência com os participantes de um evento de segurança mundial em Munique, na Alemanha.
   Também neste sábado, a liderança do Partido Nacional Democrático, do governo do Egito renunciou em massa, atitude saudada pelos EUA como "um passo positivo. Gamal Mubarak, de 47 anos, filho de Mubarak e seu herdeiro político, está entre os que saíram, no que parece ser mais uma tentativa de conciliação do governo com o crescente movimento oposicionista.
   Outra TV, a Al Arabiya, chegou a informar que o presidente Mubarak também havia deixado o comando do partido, informação que não chegou a ser confirmada oficialmente e depois acabou corrigida pelo próprio canal.
   Hossam Badrawi, considerado da ala liberal do partido e que estava "escanteado" por conta de suas críticas ao governo nos últimos anos, assume como novo secretário-geral do comitê central.
   Ele, que tem boa relação com os oposicionistas, entra no lugar de Safwat el-Sharif, considerado um político bastante impopular e próximo a Mubarak.

QUESTÕES DE GEOGRAFIA: FONTES DE ENERGIA

FONTE: GEOGRAFIA PARA TODOS
1) (FUVEST) O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um indicador do nível de desenvolvimento socioeconômico de um dado país que leva em conta, simultaneamente, diversos aspectos, tais como expectativa de vida, índice de mortalidade infantil, grau de escolaridade e poder de compra da população. A relação entre o consumo anual de energia per capita (TEP) e o IDH, em vários países, está indicada no gráfico abaixo, no qual cada ponto representa um país.
Com base nesse conjunto de dados, pode-se afirmar que:
a) O IDH cresce linearmente com o consumo anual de energia per capita;
b) O IDH aumenta, quando se reduz o consumo anual de energia per capita;
c) A variação do IDH entre dois países é inferior a 0,2, dentre aqueles, cujo consumo anual de energia per capita é maior que 4 TEP;
d) A obtenção de IDH superior a 0,8 requer consumo anual de energia per capita superior a 4 TEP;
e) O IDH é inferior a 0,5 para todos os países com consumo anual de energia per capita menor que 4 TEP.
2) (FEI) Na tabela a seguir, são apresentados dados de 2007 sobre a produção de petróleo de países e blocos econômicos:
 Fonte: ANP (Agência Nacional do Petróleo), Anuário, 2008.
As letras a, b e c correspondem respectivamente à produção:
a) da China, da OPEP e dos EUA;
b) da Rússia, dos EUA e da OPEP;
c) dos EUA, da OPEP e da Rússia;
d) dos EUA, da Rússia e da OPEP;
e) da China, dos EUA e da União Européia.
3) (UNESP) Os setogramas mostram a Produção Energética Mundial em dois momentos distintos: 1973 e 2005.
 (Dan Smith. Atlas da Situação Mundial. Um levantamento único dos eventos correntes e das tendências globais. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2007.)
 A partir da observação dos gráficos e dos seus conhecimentos pode-se afirmar que:
a) No contexto da produção energética mundial, entre os dois momentos analisados, a energia nuclear teve uma diminuição em seus índices porque sua construção e operação apresentam altos custos, com elevada emissão de gases de efeito estufa;
b) Atualmente, a fonte de energia renovável que mais aumenta a produção é a eólica, devido ao funcionamento mais limpo e mais confiável, apesar da média emissão de gases;
c) A grande queda na produção de energia a partir do petróleo ocorreu nesse período devido à redução das reservas petrolíferas mundiais e o crescente desenvolvimento de novas tecnologias de energias não renováveis como a geotérmica e o biocombustível;
d) O rápido aumento da produção de energia de fontes não-renováveis, como a solar, hidráulica, marés, correntes marítimas e biomassa deve-se ao fato de não gerarem poluição e risco de grandes acidentes;
e) A redução de energia produzida pelo carvão mineral deve-se, entre vários fatores, ao fato de provocar elevada emissão de gases de efeito estufa e contribuir para a ocorrência de chuva ácida.
4) (UNESP) O petróleo não é uma matéria-prima renovável e precisou de milhões de anos para sua criação. A maioria dos poços encontra-se no Oriente Médio, na antiga União Soviética e nos EUA. Sua importância aumentou desde meados do século XIX, quando era usado na indústria e hoje é um dos grandes fatores de conflitos no Oriente Médio. Aponte as três primeiras grandes crises do petróleo nos últimos anos:
 a) A primeira foi em 1973, quando os EUA tentaram invadir Israel para dominar os poços petrolíferos desse país; a segunda foi em 1979, quando foi criado o Estado da Palestina e eclodiu o conflito com a Arábia Saudita; a terceira foi em 1991, quando começou a guerra do Iraque;
b) A primeira foi em 1973, quando houve uma crise de produção no Oriente Médio, levando ao aumento do preço dos barris de petróleo no mundo todo; a segunda foi em 1979, quando o Kuwait se recusou a vender petróleo para os EUA; a terceira foi em 1991, quando começou a guerra dos EUA contra o Afeganistão;
c) A primeira foi em 1973, devido ao conflito árabe-israelense; a segunda em 1979, quando os árabes diminuíram a produção de barris; a terceira em 1991, que acabou gerando a Guerra do Golfo, quando o Iraque invadiu o Kuwai;
d) A primeira foi em 1973, quando o Iraque invadiu a Palestina; a segunda foi em 1979, período de baixa produção de petróleo no Oriente Médio; a terceira foi em 1991, devido à Guerra do Golfo;
e) A primeira foi em 1973, quando vários países do mundo exigiram a fundação da OPEP para controlar os preços dos barris de petróleo; a segunda foi em 1979, quando se deu o conflito árabe-israelense; a terceira foi em 1991, quando teve início a guerra da Palestina.
5) (ESPM) Apesar da crise internacional, os Estados Unidos seguem como a grande potência econômica do mundo e, consequentemente, polarizando inúmeros países com os quais mantêm estreitas relações. O mapa abaixo configura uma relação com a potência e está retratando:
(Atlas da globalização, 2003.)
a) As principais áreas de origem dos imigrantes no país;
b) Os principais mercados de software do Vale do Silício;
c) Países suspeitos de organizarem atentados contra os Estados Unidos;
d) Países com quem mantêm tratados comerciais especiais;
e) Os principais fornecedores de petróleo.
6) (PUC -SP) Observe o gráfico para responder às duas próximas questões.
Durand, Marie-Françoise [et al.]. Atlas da mundialização 2009: compreender o espaço mundial contemporâneo. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 101-102.
(PUC - SP) Escolha, a seguir, a alternativa que o interpreta corretamente:
a) O Brasil tem destaque no consumo de energias renováveis graças à produção do etanol;
b) O petróleo é a principal fonte de consumo de energia nos três maiores centros consumidores de energia;
c) Os principais polos consumidores de petróleo no gráfico são também os maiores produtores;
d) Os combustíveis fósseis são ainda muito dominantes no mundo, refletindo a distribuição dos centros econômicos mais poderosos do mundo;
e) A situação inferior do uso da energia nuclear assim como da hidroeletricidade, se deve a escassez das matérias primas para sua produção.
7) (PUCSP) Agora leia com atenção:
“A China está negociando com o governo da Nigéria os direitos de exploração de algumas das maiores jazidas de petróleo do país africano. Segundo especialistas, o negócio deve ficar em torno de US$ 40 bilhões e garantir à potência asiática acesso a 6 bilhões de barris de petróleo, mais de 1/6 das reservas nigerianas comprovadas.”
(FOLHA de S. Paulo. China negocia 1/6 do petróleo nigeriano. 30/09/2009, p. B1)
Ainda considerando o gráfico e somando a ele essa notícia, é correto afirmar que na China
a) O imenso crescimento obriga o país a buscar estrategicamente fontes de energia em outras partes do mundo;
b) Vale a pena a associação com a Nigéria, para ter acesso aos preços mais baixos do barril de petróleo nos países pobre;
c) o petróleo representa a maior parte do consumo de energia, daí ser lógico aproveitar essa especialização e procurar ter acesso a fontes no exterior;
d) a estratégia de buscar petróleo no exterior visa ao futuro, visto que, no presente, a China não é muito dependente de fontes de energia fósseis;
e) associar-se na exploração de jazidas no exterior é caso único, pois os outros países consumidores de petróleo não praticam essa estratégia.
8) (UFOP) “Não existe geração de energia sem impacto ambiental. Esse impacto só será reduzido, se diminuirmos o consumo”, ressalta o pesquisador da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp, Gilberto Januzzi, em matéria publicada em 12/12/2004 no site http://www.comciencia.br.
Dentre as fontes de energia indicadas abaixo, assinale a opção que apresenta a fonte alternativa de menor impacto ambiental.
a) Construção de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs);
b) Construção de usinas térmicas que aproveitam a energia do urânio e do plutônio;
c) Geração de energia a partir dos ventos (eólica);
d) Utilização de bagaço da cana e de biogás de lixo (biomassa).
9) (UTRPR) A energia elétrica é produzida principalmente em usinas termoelétricas, hidrelétricas e termonucleares. Em qualquer dessas usinas, ela é produzida numa turbina, que consiste, essencialmente, num conjunto cilíndrico de ferro que gira em torno de seu eixo no interior de um receptáculo imantado. Na turbina, portanto, a energia cinética (de movimento) é transformada em energia elétrica. Nos diferentes tipos de usinas, o que difere é a energia primária utilizada para mover as turbinas.
 Considerando o assunto acima e seus conhecimentos sobre energia primária é correto afirmar que:
a) O carvão mineral e o gás natural correspondem às energias primárias mais utilizadas em termoelétricas, nos países subdesenvolvidos, gerando e consumindo aproximadamente a metade da energia elétrica produzida no planeta;
b) Entre as fontes não-renováveis de energia, o carvão mineral é o mais abundante, principalmente no Hemisfério Norte. Segundo estimativas, quando o petróleo se esgotar, as reservas de carvão ainda terão um período de exploração muito longo;
c) O petróleo pode ser substituído pelo carvão mineral, em situação de crise e aumento de preço, devido às maiores reservas disponíveis em países como o Brasil e a Venezuela;
d) Países de dimensões continentais como o Brasil, Estados Unidos da América do Norte e a Rússia, apresentam uma enorme disponibilidade de recursos hídricos, porém com baixo aproveitamento hidroenergético;
e) A tecnologia disponível para transformar o xisto betuminoso em energia primária pode ser, uma importante fonte primária, devido ao baixo custo de beneficiamento e às enormes reservas.
10) (UEL) A política estadunidense de estímulo à produção de etanol está vinculada:
a) Não apenas à procura de combustíveis alternativos, dos quais o etanol é um exemplo, mas também a transformações no processo produtivo, beneficiando, assim, a proteção de reservas florestais de países em desenvolvimento;
b) À busca de transformações culturais e políticas, de modo a promover uma verdadeira "revolução verde", com mudanças permanentes de padrões e hábitos de produção, distribuição, circulação e consumo de alimentos industrializados;
c) À lógica de mercado, segundo a qual o cultivo de produtos agrícolas é direcionado para a fabricação de biocombustíveis, mais lucrativos, o que gera escassez e elevação dos preços dos alimentos;
d) À procura de combustíveis alternativos, como o etanol, a fim de potencializar o uso da terra, gerando emprego, renda e conjuntamente a expansão da produção de alimentos para um mercado em constante processo de ampliação;
e) A mudanças de uma cultura consumista para uma cultura preservacionista, objetivando a manutenção dos padrões atuais de desenvolvimento econômico e social e a preservação dos recursos naturais do planeta.


GABARITO
1 - c     2 -  d     3 - e     4 -c     5 - e     6 - d     7 - a     8 - c     9 - b     10 - c

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