quinta-feira, 15 de outubro de 2020
domingo, 11 de outubro de 2020
A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO
A inserção da mulher no mercado de trabalho de forma mais ativa e participativa está intrinsecamente associada a industrialização e urbanização. Esse processo promove novas atividades econômicas, principalmente no setor terciário (comércio e prestação de serviços), que absorve essa mão de obra significativa.
Essa temática envolve os acontecimentos recentes associados à Revolução Industrial, à Revolução Técnico-Científico-Informacional e à urbanização, que devem ser associadas às alterações no mundo de trabalho.
Nas fábricas a questão da mulher tem aparecido com mais força. No entanto, pelo caráter de controle muito mais potente da mão de obra, o peso do machismo, homofobia e inclusive racismo ainda é muito grande.
Mulheres trabalhando numa fábrica no início de século XX |
Com o passar dos anos e transformações das concepções sociais e de gênero, muitas prioridades mudaram para as mulheres. Se antes constituir uma família e ser mãe estava entre elas, hoje firmar-se profissionalmente é a principal preocupação. Entre os muitos motivos que determinaram a entrada da mulher no mercado de trabalho, destacou-se a necessidade de contribuir com os gastos financeiros da família. O primeiro momento na história em que houve considerável absorção da mão de obra feminina foi a Revolução Industrial, quando as fábricas contrataram mulheres com o objetivo de reduzir as despesas com salários e discipliná-las ao seu modo. No entanto, é apenas após as duas Guerras Mundiais que esse movimento ganha força e as mulheres passam a assumir funções antes executadas por homens.
Em virtude das guerras que ocorreram na primeira metade do século XX, muitas mulheres assumiram as empresas e negócios de suas famílias, além da posição dos homens na condução do lar. Isso aconteceu, em grande medida, não apenas durante os anos de conflito, mas também posteriormente, em razão do grande número de mortes e de acidentes que deixavam os homens inaptos para o trabalho.
Mulheres trabalham em uma fábrica de munição em Londres, Inglaterra, em 1916 |
Mesmo com a criação de leis que garantiam alguns direitos para as mulheres, como licença do trabalho nas últimas semanas de gestação e proibição do trabalho feminino das 22 horas às 5 horas, uma série de violações perduraram durante anos. Entre elas, estava a jornada de trabalho, que podiam chegar a 18 horas e elevadas diferenças salariais.
A luta por equidade de direitos passou por um momento importante nos anos 1960. A década é marcada pela libertação sexual das mulheres, possibilitada pela introdução dos métodos contraceptivos, e reivindicação de maior participação política e social. Alguns episódios, como o Maio de 68, na França, e o Movimento Hippie, impulsionaram mudanças e colaboraram com a expansão do movimento feminista. Ele, por sua vez, contribuiu com a emancipação feminina, permitindo que as mulheres decidissem sobre si próprias.
Franceses saem às ruas numa série de protestos que ficou conhecido como Maio de 68 |
No Brasil é crescente a participação da mulher no mercado de trabalho e notório o aumento de sua importância na economia. É progressiva também a responsabilidade feminina no sustento da família e destaque profissional em diversos setores.
A mulher brasileira obteve inúmeras conquistas em relação à saúde e à participação no mercado de trabalho e na política brasileira. Sua contribuição para a economia do país tornou-se cada vez mais significativa. Porém, ainda há muito que conseguir. Se compararmos quesitos como ganhos salariais, cargos políticos e empresariais, podemos perceber a discrepância entre homens e mulheres.
Gráfico mostrando a relação entre ocupação de homens e mulheres no Brasil em 2019 |
Abaixo nós temos alguns dados sobre a participação da mulher no mercado de trabalho, de acordo com pesquisas feitas em vários anos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
- em 2010, 41% das mulheres contribuíam com a renda familiar;
- em 2018, 45% das pessoas que trabalhavam no Brasil eram mulheres;
- 84% da mão de obra feminina em 2016 encontrava-se nos setores de comércio e serviços;
- em 2019 a população feminina representava 51,8%, enquanto que a de homens era de 48,2%;
- em 2018, as mulheres ganharam 33% a menos que os homens;
- em 2018, os homens ocupavam 61% de cargos de chefia, enquanto as mulheres ocupavam 39%.
quarta-feira, 7 de outubro de 2020
A CONQUISTA DE DIREITOS CULTURAIS NA ÁSIA
A Ásia é o maior dos continentes, tanto em área como em população. Abrange um terço das partes sólidas da superfície da Terra e é responsável por abrigar quase três quintos da população mundial.
A cultura da Ásia é o agregado artificial da herança de muitas nacionalidades, sociedades, religiões e grupos étnicos da região, tradicionalmente chamada um continente de uma perspectiva central ocidental. A arte, a música e a culinária, bem como a literatura, são partes importantes da cultura asiática. A filosofia oriental e a religião também desempenham um papel principal, como budismo, hinduísmo, taoísmo, confucionismo, judaísmo, islamismo e cristianismo. Uma das partes mais complexas da cultura asiática é a relação entre culturas tradicionais e o mundo ocidental.
Mapa físico da Ásia |
Durante o século XX, os projetos de construção e de desenvolvimento nacional quase sempre estiveram ligados à ideia de nação culturalmente homogênea. Como resultado, perseguições culturais e até mesmo extermínios étnicos se somaram a discriminações históricas contra minorias.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, contribuiu para o crescimento da luta por liberdade cultural e tornou as políticas de reparação medidas cada vez mais aceitas na redução das tensões sociais e na promoção do respeito às diferenças.
Comemoração do Ano Novo Chinês, em fevereiro de 2018 |
Abaixo temos alguns casos em que minorias étnicas conquistaram direitos culturais na Ásia.
- O direito às terras ancestrais nas Filipinas
O arquipélago filipino é extremamente rico, tanto em diversidade cultural quanto em diversidade biológica. É um dos doze países com megadiversidade biológica do mundo e possui mais de 127 grupos culturais.
Não obstante, a biodiversidade caiu drasticamente e, atualmente, o país é considerado um dos mais importantes "hotspots" do planeta (lugares com maior riqueza em matéria de espécies de plantas e animais e, ao mesmo tempo, os mais ameaçados, demandando urgentes medidas de preservação). Nesse contexto, o Convênio de Diversidade Biológica (CDB) é extremamente pertinente para o país, e vice-versa. As organizações indígenas argumentam que a história de erosão da biodiversidade em terras indígenas está ligada a sua conversão para a mineração e atividade madeireira, realizada através de concessões por contatos políticos e a projetos de "desenvolvimento" em grande escala inadequados, como represas, plantações, etc.
Após décadas de luta e confrontos violentos, os indígenas das Filipinas obtiveram, no dia 29 de outubro 1997, o direito às terras que historicamente ocupavam e ao usufruto de seus recursos por meio da Lei Nacional Nº 8.371, uma lei para Reconhecer, Proteger e Promover os Direitos das Comunidades Culturais Indígenas e Povos Indígenas. Com isso, o Estado passou a garantir a manutenção do modo de vida dessas minorias, embora a lei tenha beneficiado, até os dias atuais, apenas uma fração dos 8 milhões de indígenas do país.
Dança tradicional de povos indígenas das Filipinas |
- Multilinguísmo no Sri Lanka
O Sri Lanka (antigo Ceilão) é um país insular da Ásia Meridional, bastante diversificado e multicultural, sendo o lar de muitas religiões, etnias e línguas. Além da maioria cingalesa, é o lar de grandes grupos de tâmeis indianos, mouros, burgheres, malaios, cafres e o aborígene Vedda. O país tem uma rica herança budista, e os primeiros escritos budistas conhecidos do Sri Lanka, o Cânone Páli, remonta ao Quarto Concílio Budista, em 29 a.C.
A cultura do Sri Lanka foi influenciada por diversos fatores no passado, em especial pela região e colonização de Portugal, Países Baixos e Reino Unido. O país é predominantemente hindu, budista e muçulmano e suas principais festividades estão ligadas à religião, como o Ano Novo.
De 1983 a 2009, o Sri Lanka viveu uma guerra civil motivada por ressentimentos históricos entre a minoria tâmil e a maioria cingalesa por políticas excludentes, como a imposição do uso da língua cingalesa. Em 2011, o governo anunciou, como parte do processo de reconciliação nacional, o ensino tanto do cingalês quanto do tâmil e do inglês nas escolas do país.
Típica família tâmil do Sri Lanka |
- O modo de vida tradicional dos nenets na Rússia
Os nenets são um povo de etnia samoieda que vive na Nenétsia, região autônoma do norte da Sibéria. Eles trabalham como pastores e preservam com carinho a cultura mais tradicional e colorida de todos os povos nômades do mundo, há várias gerações.
As moradias dos nenets (chamada de chum) é bastante tradicional, e consiste em peles de renas costuradas e enroladas em postes de madeira organizados em círculo. No meio há uma lareira usada para enriquecer e manter mosquitos afastados.
Para muitas tribos com os nenets, contar histórias é uma das principais maneiras pelas quais a tradição e o patrimônio são transmitidos de geração em geração. Cada família nenets tem histórias próprias, que são bastante ricas: tradições no casamento, como é a vida em crescimento, a importância da preservação de sua cultura, a luta entre manter suas raízes tradicionais e prosperar em um mundo modernizado.
Aldeia nenets |
Na tradição nenets, cintos de dentes de urso protegem as pessoas de maus espíritos e perigos. Os cintos nunca são enterrados com o proprietário, mas são passados de geração em geração. As tradições nenets são muito importantes para cada membro da família e trabalham para mantê-las vivas.
Após séculos de perseguição ao seu modo de vida, os nenets passaram a ser reconhecidos pelo governo como um povo autônomo. Isso garante aos nenets direitos exclusivos, como a permissão para percorrer rotas migratórias em território russo, prática milenar desse povo. A migração tem o objetivo de engordar as renas, base de alimentação nenet.
Homem nenet com seu rebanho de renas |
- Respeito à diversidade de crenças na Índia
O hinduísmo é a religião de quase 1 bilhão de indianos. Mesmo com essa expressa maioria, a constituição da Índia não adota nenhuma crença como oficial. As leis buscam garantir os direitos essenciais dos cidadãos e protegem a diversidade cultural do país, ao permitir que sejam praticados costumes e tradições das diferentes comunidades religiosas em diversos aspectos da vida, como o divórcio e a herança.
Estátua de Shiva - um dos deuses do hinduísmo |
terça-feira, 6 de outubro de 2020
A RESEX CHAPADA LIMPA
Uma floresta com árvores frutíferas resiste imponente no coração do cerrado maranhense. O bacurizeiro alcança o teto da mata e se mostra superior em meio à vegetação retorcida de Chapada Limpa, no leste do Maranhão. Este imenso pomar selvagem por muito pouco não desapareceu para dar lugar ao agronegócio. Em vinte anos, 70 mil hectares de cerrado foram desmatados na região do baixo Parnaíba para o plantio de soja.
A Reserva Extrativista Chapada Limpa é uma unidade de conservação federal do Brasil categorizada como reserva extrativista e criada por meio do Decreto Presidencial em 26 de setembro de 2007, numa área de 11.973,05 hectares, no município de Chapadinha, na região do rio Munim, no estado do Maranhão. Foi a quinta reserva extrativista do Maranhão e a primeira nos biomas Cerrado e Mata dos Cocais dentro do estado.
Rio Munim |
A reserva foi criada com o objetivo de proteger o modo de vida dos extrativistas e o uso sustentável do cerrado. Também buscou pôr fim a um longo período de tensão social na região entre fazendeiros e camponeses.
Trata-se de uma área de extrema importância para a sobrevivência de distintas formas de vida, pois é uma área de transição de três biomas diferentes. Além do Cerrado, na Reserva Extrativista Chapada Limpa podem ser encontradas espécies típicas, tanto da Amazônia quanto da Caatinga.
Vegetação da Resex Chapada Limpa |
A dinâmica produtiva é tradicionalmente baseada no agroextrativismo. As comunidades que vivem na parte alta da chapada ou vizinhas a ela têm no bacuri o principal produto do extrativismo. As que moram nas porções baixas da região praticam o extrativismo de babaçu, como fonte de renda, e das palmeiras típicas de ambientes alagáveis (juçara, buriti e bacaba) e para consumo da família. Os moradores da região também praticam a agricultura de subsistência para suprimento de alimentos básicos, como arroz, feijão e milho.
A criação da Resex Chapada Limpa foi estratégica para a conservação de um dos biomas mais ameaçados do país, sobretudo neste canto do leste maranhense. Serviu também para por fim ao um longo período de tensão social na região. A chapada esteve durante anos no meio de um conflito entre fazendeiros e camponeses. As populações tradicionais agora podem transitar livremente e usar de modo sustentável tudo o que o cerrado oferece.
Paisagem da Resex Chapada Limpa |
segunda-feira, 5 de outubro de 2020
sábado, 3 de outubro de 2020
ÁFRICA DO SUL: O PAÍS MAIS DESENVOLVIDO DA ÁFRICA
Germinston - com uma população de 3.335.804 habitantes (estimativa 2020) é a quarta cidade mais populosa da África do Sul |
Nelson Mandela - primeiro presidente negro e principal líder na luta contra o regime do apartheid na África do Sul |
Pretória - com uma população de 3.066.059 habitantes (estimativa 2020) é a quinta cidade mais populosa da África do Sul |
Porto Elizabeth - com uma população de 1.209.144 habitantes (estimativa 2020) é a sexta cidade mais populosa da África do Sul |
East London - com uma população de 787.334 habitantes (estimativa 2020)é a sétima cidade mais populosa da África do Sul |
Bloemfontein - capital judiciária e oitava cidade mais populosa da África do Sul. Segundo estimativas para 2020 sua população é de 757.385 habitantes |
Mapa com a taxa de fertilidade dos países 7-8 crianças 6-7 crianças 5-6 crianças 4-5 crianças 3-4 crianças 2-3 crianças 1-2 criança(s) |