Os desertos são locais que possuem poucas condições para sobrevivência, sobretudo a habitação humana. São regiões com clima árido, baixos índices pluviométricos e que contam com poucos recursos alimentares imediatamente disponíveis.
Os desertos encontram-se nas proximidades dos trópicos de Câncer e Capricórnio e se caracteriza pelo contraste de temperatura durante o dia e à noite, podendo variar de 50°C no período de insolação intensa (dia) a temperaturas próximas de 0°C ou negativas à noite. Essas áreas são sujeitas à aridez por se localizarem em zonas de alta pressão, onde o ar seco dificulta a ocorrência de chuvas.
Em destaque no mapa, as principais áreas desérticas do mundo |
Nessas regiões, em função da limitação imposta pela escassez de chuva, desenvolvem-se plantas adaptadas à falta de água (chamadas xerófilas). Além da baixa umidade relativa do ar e do alto índice de evaporação (causado pela radiação solar intensa durante o dia), a escassez de água nos desertos também ocorre porque os solos são predominantemente arenosos. Nesses casos, a água das chuvas que não evapora se infiltra rapidamente nas camadas mais profundas. São solos com pouca matéria orgânica, ou seja, pouco férteis. O solo arenoso propicia grande reflexão e menor absorção da radiação solar, contribuindo para a queda de temperatura durante a noite.
Dunas do Deserto de Namibe, Angola |
Os solos dos desertos são formados através de um processo de erosão eólica, que é caracterizado pela presença de minerais e pouca matéria orgânica. O composto principal que forma esse solo é a areia, disponível de forma abundante em lençóis e bancos de areia.
O solo com rochas é muito comum. Além disso, é possível aparecer planícies cobertas de sal por causa do ressecamento de lagos no deserto, que são originados da chuva ou água do degelo. Esses lagos são rasos e sua água salgada.
Paisagem típica do Deserto de Neguev, em Israel, com areias de múltiplas cores e rios secos, ocasionalmente inundados no inverno por instantâneas enchentes |
Predomina uma vegetação rasteira, com a presença de arbustos isolados e cactáceas. Muitas plantas desenvolvem espinhos no lugar de folhas, cujo objetivo é diminuir a perda de água pela transpiração, e armazenam grande quantidade de água em seu caule. Suas raízes podem ser rasteiras, funcionando como um guarda-chuva invertido para reter a água das chuvas antes que ela se infiltre no solo, ou finas e profundas, para captar água no subsolo, já que o lençol freático, quando existe, fica distante da superfície. Nas margens dos rios e nas áreas em que o lençol freático se aproxima da superfície, há maior abundância de vegetação.
Vegetação do Deserto Australiano, com o Monte Conner ao fundo |
É comum também aparecer nos desertos, os oásis, que são áreas isoladas de vegetação, tipicamente vizinho a uma nascente de água doce, irrigadas por fontes subterrâneas, poços ou por irrigação.
O local de um oásis tem sido de importância crítica para rotas de comércio e caravanas nas áreas desérticas. Caravanas devem mudar de oásis de acordo com a necessidade de água ou comida. O controle político ou militar de um oásis significa em muitos casos controle do comércio ou de uma rota em particular.
Os oásis são frequentemente o único lugar nos desertos que permitem ao homem efetuar plantios e fixar moradia permanente.
Oásis de Huacachina, no Peru |
Os desertos podem ser quentes ou frios. Os maiores desertos quentes são o do Saara, no norte da África, que é o maior do mundo; o Grande Deserto de Areia, na Austrália; o Kalahari, que vai do sul de Angola ao norte da África do Sul; o da Arábia, na Arábia Saudita; e o do Atacama, no Chile.
Deserto do Saara, no Maciço de Tadrart Acacus, Líbia |
Os desertos frios localizam-se na região central dos continentes da Ásia e América. Eles se caracterizam por apresentar um período frio durante parte do ano, quando ocorrem as chuvas, além dos verões quentes. Dentre os desertos frios se destacam: o Deserto de Gobi, entre a China e a Mongólia, o Deserto de Great Basin, nos Estados Unidos, e o Deserto da Patagônia, na Argentina.
Deserto de Gobi, na Mongólia |
Um comentário:
Obrigado professor!bom dia!
Postar um comentário