Biologia marinha é o estudo dos organismos que vivem em ecossistemas de água salgada e das relações entre eles e com o ambiente.
Os mares e oceanos ocupam 3/4 do planeta Terra, cobrindo aproximadamente 70% da sua superfície e, assim como o ambiente terrestre é diverso, os oceanos também são. Por isso, encontramos as mais diferentes formas de vida no mar, desde o plâncton microscópico, incluindo o fitoplâncton, de enorme importância para a produção primária no ambiente marinho, aos gigantes cretáceos como as baleias. Apresentam uma profundidade média de 4 quilômetros, sendo que a Fossa das Marianas, no Oceano Pacífico, é o ponto mais profundo, com pouco mais de 11 quilômetros de profundidade.
Perfil esquemático da Fossa das Marianas |
As estreitas margens costeiras são as zonas mais ricas em quantidades de espécies animais e vegetais. Suas águas pouco profundas recebem grande quantidade de luz solar. Nelas, prolifera o fitoplâncton, formado por plantas microscópicas que constituem a base da cadeia alimentar marinha. Um camarão, por exemplo, come diariamente milhares de diatomáceas, uma das espécies mais comuns presentes no fitoplâncton. Já os camarões fazem parte do cardápio dos arenques, que, por sua vez, são as presas prediletas dos bacalhaus.
Exemplo de cadeia alimentar marinha |
Dentre as algas há um grupo de grande importância sanitária e de saúde pública, que é também classificado como bactéria, as cianofíceas ou "algas azuis". Possuem características de células vegetais (presença de clororila em cloroplastos e parede celular com celulose) e de bactérias (material disperso no citoplasma).
Algas azuis |
A salinidade média do mar é de 3,5% (35 partes por mil). Em regiões costeiras, normalmente é menor e tende apresentar uma variação maior, já que sofre também a influência de rios e da água da chuva proveniente da costa.
A presença de luz também é garantia do desenvolvimento de algas marinhas, incluindo as espécies que florescem debaixo da água. Elas constituem verdadeiros pastos submersos para tartarugas e diversos tipos de peixes.
Nas margens costeiras, os recifes de corais destacam-se como os ambientes marinhos com maior diversidade de seres vivos ou, simplesmente, biodiversidade. Os mangues e os estuários também são importantes pela quantidade de seres vivos que abrigam, porém não existe tanta diversidade como nos recifes de corais.
Os recifes de corais são formados com o acúmulo de corais e do calcário de certas algas. Com o tempo, em condições favoráveis, um recife de coral pode transformar-se numa ilha ou, pelo menos, em um atol. Os recifes de corais são ecossistemas com grande produtividade e biodiversidade.
Os recifes de corais são ambientes marinhos muito frágeis. Eles se desenvolvem em condições bastante especiais: água limpa com temperatura entre 20°C e 30°C e profundidade máxima de 40 metros.
Fixados num resistente edifício de calcário, milhões de animais, chamados pólipos, alimentam do plâncton que eles retêm pela filtragem da água que passa por suas minúsculas bocas. Existem mais de mil espécies de corais, das mais diversas cores e formas, que fascinam mergulhadores do mundo inteiro.
Ao redor dos recifes de corais vive a maior variedade de plantas e animais do fundo do mar. Abrigando mais de um terço de todas as espécies de peixes, esses ecossistemas são fundamentais para a vida marinha, e sua poluição pode significar um enorme desastre ecológico.
A maior parte dos recifes de corais encontram-se nas zonas equatoriais dos oceanos Pacífico e Índico, além das zonas tropicais do Atlântico.
Os mangues é um ecossistema costeiro caracterizado por plantas e animais que vivem em um espaço comum, característicos de ambientes costeiros e estuarinos, no qual predominam as espécies vegetais adaptadas à grande salinidade. Nele se misturam águas que vêm dos rios e do mar, formando um fundo lodoso com pouco oxigênio. Os mangues ocupam mais da metade da costa dos países tropicais e abrigam enormes quantidades de peixes, caranguejos, camarões e ostras.
Tal qual os mangues, os pântanos costeiros dos países de clima temperado encontram-se sob forte influência das marés e são alagados periodicamente pelo mar. Ambos funcionam como filtros, limpando as águas marinhas de suas impurezas, daí a importância de preservação desses ecossistemas.
No Brasil, os mangues distribuem-se por praticamente toda a costa brasileira, a partir de Santa Catarina, até os limites com a Guiana Francesa. Neles ocorrem espécies variadas de animais e plantas. Entre os animais, encontram-se ostras, mariscos, caranguejos, siris, entre outros. Em relação às plantas, encontram-se três árvores principais: o mangue-vermelho, o mangue-branco e o mangue-siriúba, que muitas vezes são cortadas para o uso na construção civil por serem resistentes à água marinha. Das várias causas da degradação dos mangues, estão: retirada da madeira, pesca predatória de animais, como caranguejos e siris, instalação de condomínios e hotéis à beira-mar, lançamento de esgoto sem tratamento e retirada do mangue para instalação de fazendas de camarão.
Os estuários são desaguadouros de um rio no mar, sujeito à forte influência de correntes marinhas e das marés. São ambientes que recebem os sedimentos arrastados pelos rios, muitas vezes por vários quilômetros mar adentro. Nesses ambientes, em que se misturam águas doce e salgada, concentram-se ostras, caranguejos, mexilhões e camarões. Grande parte das espécies pescadas no mundo passa uma parte de suas vidas em um estuário, seja na fase da desova, seja durante o crescimento.
Quanto à gradação de luz, o ambiente marinho se divide em: zona eufótica e zona afórica.
Zona eufótica - compreende a região na qual a incidência luminosa consegue penetrar na coluna de água, geralmente compreendendo cerca de 200 metros de profundidade, de acordo com a turbidez (tonalidade da água em consequência da saturação de partículas em suspensão). Corresponde à faixa com considerável concentração de organismos, entre os quais, microrganismos fotossintetizantes (autróficos).
Zona disfótica - dentro da zona eufótida, está entre 80 e 200 metros de profundidade, é fracamente iluminada, apresentando poucos seres fotossintetizantes. Nessa zona aparecem seres necróvoros e carnívoros.
Zona afótica - representa a região marinha que não recebe qualquer interferência da incidência luminosa. Os organismos (heterotróficos) que habitam esta faixa dependem da disponibilidade de oxigênio e matéria orgânica absorvida, respectivamente dissolvida e decantada da zona eufótica.
Quanto à profundidade, o ambiente marinho divide-se em: zona litorânea, zona nerítica, zona abatial e zona abissal.
Zona litorânea - é o limite existente entre o nível das marés (alta e baixa).
Zona nerítica - região que atinge, aproximadamente, 200 metros de profundidade, estendendo cerca de 50 e 60 km da margem litorânea. Representa o limite com maior biomassa e produtividade aquática, abrigando um grande número de organismos.
Zona abatial - localizado abaixo da zona nerítica, situa-se entre 200 e 2.000 metros de profundidade.
Zona abissal - ambiente marinho mais profundo, situada entre 2.000 metros de profundidade e o substrato oceânico, sendo uma região totalmente afótica (sem luz), onde habitam poucas espécies de seres vivos.
A quantidade de luz define a quantidade de vida no oceano |
Os recifes de corais são formados com o acúmulo de corais e do calcário de certas algas. Com o tempo, em condições favoráveis, um recife de coral pode transformar-se numa ilha ou, pelo menos, em um atol. Os recifes de corais são ecossistemas com grande produtividade e biodiversidade.
Os recifes de corais são ambientes marinhos muito frágeis. Eles se desenvolvem em condições bastante especiais: água limpa com temperatura entre 20°C e 30°C e profundidade máxima de 40 metros.
Fixados num resistente edifício de calcário, milhões de animais, chamados pólipos, alimentam do plâncton que eles retêm pela filtragem da água que passa por suas minúsculas bocas. Existem mais de mil espécies de corais, das mais diversas cores e formas, que fascinam mergulhadores do mundo inteiro.
Grande Barreira de Corais, na Austrália - a maior barreira de corais do mundo |
A maior parte dos recifes de corais encontram-se nas zonas equatoriais dos oceanos Pacífico e Índico, além das zonas tropicais do Atlântico.
Mapa das principais áreas de recifes de corais no mundo |
Tal qual os mangues, os pântanos costeiros dos países de clima temperado encontram-se sob forte influência das marés e são alagados periodicamente pelo mar. Ambos funcionam como filtros, limpando as águas marinhas de suas impurezas, daí a importância de preservação desses ecossistemas.
Manguezal no rio Ceará-Mirim, no Rio Grande do Norte |
Viveiros de camarão em área de mangue, em Natal - RN |
Estuário do rio Paraíba, em Cabedelo - PB |
Zona eufótica - compreende a região na qual a incidência luminosa consegue penetrar na coluna de água, geralmente compreendendo cerca de 200 metros de profundidade, de acordo com a turbidez (tonalidade da água em consequência da saturação de partículas em suspensão). Corresponde à faixa com considerável concentração de organismos, entre os quais, microrganismos fotossintetizantes (autróficos).
Zona disfótica - dentro da zona eufótida, está entre 80 e 200 metros de profundidade, é fracamente iluminada, apresentando poucos seres fotossintetizantes. Nessa zona aparecem seres necróvoros e carnívoros.
Zona afótica - representa a região marinha que não recebe qualquer interferência da incidência luminosa. Os organismos (heterotróficos) que habitam esta faixa dependem da disponibilidade de oxigênio e matéria orgânica absorvida, respectivamente dissolvida e decantada da zona eufótica.
Divisão do ambiente marinho quanto à dispersão da luz |
Zona litorânea - é o limite existente entre o nível das marés (alta e baixa).
Zona nerítica - região que atinge, aproximadamente, 200 metros de profundidade, estendendo cerca de 50 e 60 km da margem litorânea. Representa o limite com maior biomassa e produtividade aquática, abrigando um grande número de organismos.
Zona abatial - localizado abaixo da zona nerítica, situa-se entre 200 e 2.000 metros de profundidade.
Zona abissal - ambiente marinho mais profundo, situada entre 2.000 metros de profundidade e o substrato oceânico, sendo uma região totalmente afótica (sem luz), onde habitam poucas espécies de seres vivos.
Divisão do ambiente marinho quanto à profundidade |
FONTE: Ribeiro, Wagner Costa. Por dentro da geografia, 6° ano: geografia em sua vida / Wagner Costa Ribeiro. 1. ed. - São Paulo: Saraiva, 2012.
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