O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) criado pela ONU no início da década de 1990, é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de qualidade de vida humano e para ajudar a classificar os países como desenvolvidos (àqueles que possuem um desenvolvimento humano muito elevado), em desenvolvimento (que possuem um desenvolvimento humano médio e alto) e subdesenvolvidos (que possuem um desenvolvimento humano baixo). A classificação desses países resulta do cruzamento de três indicadores básicos:
No novo relatório de avaliação do IDH, em vez de calcular a renda pelo Produto Interno Bruto (PIB) per capita, utiliza-se a RNB (Renda Nacional Bruta) per capita, também medida em PPC (Paridade de Poder de Compra). Isso foi necessário porque, em um mundo cada vez mais globalizado, aumenta a diferença entre a produção doméstica (dentro das fronteiras de um país) e a renda que fica com seus residentes. Esta medida é relevante porque uma parte da renda produzida é enviada para o exterior, assim como outra parte é recebida de seus cidadãos que estão vivendo fora. O conceito de renda nacional reflete com mais precisão os recursos que as pessoas em determinado país dispõem para viver.
Para avaliar a dimensão da educação, o cálculo do IDH considera dois indicadores. O primeiro, com peso dois, é a taxa de alfabetização de pessoas com quinze anos ou mais de idade. O segundo indicador é a taxa de escolarização: somatório das pessoas, independentemente da idade, matriculadas em algum curso, seja fundamental, médio ou superior, dividido pelo total de pessoas entre 7 e 22 anos. Também entram na contagem os alunos que fazem o EJA (Educação de Jovens e Adultos), de classes de aceleração e pós-graduação universitária.
Nas mudanças ocorridas no IDH, no quesito educação, as principais variáveis utilizadas foram substituídas. No "velho IDH" eram utilizadas variáveis "alfabetização" e "matrícula combinada" (matrículas no primário, ensino médio e terciário, dada como percentual). Mas essas variáveis discriminavam pouco os resultados dos países nesta área. Com as mudanças, em vez de alfabetização, o "novo IDH" avalia:
Nas mudanças ocorridas na avaliação do IDH, a variável utilizada "expectativa de vida ao nascer" permaneceu a mesma.
O IDH permite diferenciar países com economias semelhantes mas com diferenças nas condições de vida da população. Esse índice é hoje o principal indicador para analisar a situação social e econômica dos países, pois ressalta como o crescimento econômico foi revertido em benefícios sociais para a população.
Desde 1993, esse índice vem sendo usado pelo Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (Pnud), que anualmente divulga as condições socioeconômicas dos países membros da ONU. Os países são classificados em quatro grupos: IDH muito elevado (0,900 a 1,00), IDH elevado (0,800 a 0,899), IDH médio (0,500 a 0,799) e IDH baixo (0,00 a 0,499).
A noção de desenvolvimento humano ficou muito associada ao IDH. Porém, esse índice representa uma interpretação simplificada do desenvolvimento humano, que deve envolver outros aspectos como liberdade política, segurança física das pessoas, igualdade de gênero e entre etnias, as questões ecológicas, entre outras.
A partir de 2010, a Organização das Nações Unidas, em seu Relatório de Desenvolvimento Humano publicado todos os anos, criou novas medidas para tentar se aproximar mais da realidade dos países avaliados. Esses índices são:
- O PIB per capita ajustado em relação à sua capacidade de compra, expresso em dólares;
- O grau de conhecimento (que inclui a taxa de alfabetização de adultos e a taxa de matrícula nos três níveis de ensino, que no Brasil se denominam fundamental, médio e superior);
- A expectativa de vida, denominada longevidade.
No novo relatório de avaliação do IDH, em vez de calcular a renda pelo Produto Interno Bruto (PIB) per capita, utiliza-se a RNB (Renda Nacional Bruta) per capita, também medida em PPC (Paridade de Poder de Compra). Isso foi necessário porque, em um mundo cada vez mais globalizado, aumenta a diferença entre a produção doméstica (dentro das fronteiras de um país) e a renda que fica com seus residentes. Esta medida é relevante porque uma parte da renda produzida é enviada para o exterior, assim como outra parte é recebida de seus cidadãos que estão vivendo fora. O conceito de renda nacional reflete com mais precisão os recursos que as pessoas em determinado país dispõem para viver.
Mapa do PPC - 2010, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) |
Nas mudanças ocorridas no IDH, no quesito educação, as principais variáveis utilizadas foram substituídas. No "velho IDH" eram utilizadas variáveis "alfabetização" e "matrícula combinada" (matrículas no primário, ensino médio e terciário, dada como percentual). Mas essas variáveis discriminavam pouco os resultados dos países nesta área. Com as mudanças, em vez de alfabetização, o "novo IDH" avalia:
- Os anos médios de estudo - é o número médio de anos de educação recebidos pelas pessoas que têm 25 anos ou mais, pois assim, discrimina melhor a educação da população do que simplesmente o analfabetismo, além de ser uma variável mais sensível ao progresso;
- Anos esperados de escolaridade - é o número de anos de escolaridade que uma criança na idade de entrar na escola pode esperar receber, levando em consideração taxas de matrícula em relação à idade das crianças, tratando de elementos quantitativos do ensino.
Mapa do Índice de Educação de acordo com a ONU - 2007 |
O item longevidade é avaliado considerando a expectativa de vida ao nascer. Esse indicador mostra a quantidade de anos que uma pessoa nascida em uma localidade, em um ano de referência, deve viver. Reflete as condições de saúde e de salubridade no local. Esse cálculo é fortemente influenciado pelo número de mortes. |
Mapa da expectativa de vida de acordo com a ONU - 2008 |
Desde 1993, esse índice vem sendo usado pelo Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (Pnud), que anualmente divulga as condições socioeconômicas dos países membros da ONU. Os países são classificados em quatro grupos: IDH muito elevado (0,900 a 1,00), IDH elevado (0,800 a 0,899), IDH médio (0,500 a 0,799) e IDH baixo (0,00 a 0,499).
Mapa do IDH - 2012
Muito alto
Alto
Médio
Baixo
Sem dados
|
A partir de 2010, a Organização das Nações Unidas, em seu Relatório de Desenvolvimento Humano publicado todos os anos, criou novas medidas para tentar se aproximar mais da realidade dos países avaliados. Esses índices são:
- Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD) - utiliza os três componentes de avaliação do IDH, porém, ajustados a um índice de desigualdade. O IDHAD indica as desigualdades existentes entre as pessoas, já que não é toda a população que tem acesso a uma renda que garanta minimamente suas necessidades, a uma educação e a um sistema de saúde de qualidade. Como o IDH, quanto mais próximo de 1, melhor o desenvolvimento; quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento.
- Índice de Desigualdade de Gênero (IDG) - reflete a desigualdade de gênero entre homens e mulheres. Usa como indicadores a saúde reprodutiva da mulher e a comparação entre mulheres e homens referente à capacitação e à taxa de participação no mercado de trabalho. Varia de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, mais igualdade existe entre homens e mulheres. Quanto mais próximo de 1, maior é a desigualdade.
- Índice de Pobreza Multidimensional - indica as privações individuais quanto à educação, à saúde e ao padrão de vida da população.
IDH,
IDHAD e IDG de alguns países selecionados - 2011
|
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País
|
IDH
|
Classificação
do IDH
|
IDHAD
|
IDG
|
Classificação
do IDG
|
Noruega
|
0,943
|
1
|
0,890
|
0,075
|
6
|
Austrália
|
0,929
|
2
|
0,856
|
0,136
|
18
|
Uruguai
|
0,783
|
48
|
0,654
|
0,352
|
62
|
Brasil
|
0,718
|
84
|
0,519
|
0,449
|
80
|
Jordânia
|
0,698
|
95
|
0,565
|
0,456
|
83
|
Uzbequistão
|
0,641
|
115
|
0,544
|
s/d
|
s/d
|
Índia
|
0,547
|
134
|
0,392
|
0,617
|
129
|
Angola
|
0,486
|
148
|
s/d
|
s/d
|
s/d
|
Haiti
|
0,454
|
158
|
0,271
|
0,599
|
123
|
Serra Leoa
|
0,336
|
180
|
0,196
|
0,662
|
137
|
Fonte:
Organização
das Nações Unidas. Relatório de Desenvolvimento Humano de 2011.
FONTE: Lucci, Elian Alabi. Território e sociedade no mundo globalizado: geografia: ensino médio, volume 3 / Elian Alabi Lucci, Anselmo Lázaro Branco, Cláudio Mendonça. - 1. ed. - São Paulo: Saraiva, 2010.