quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A ERUPÇÃO DO VESÚVIO E A DESTRUIÇÃO DA CIDADE DE POMPEIA

  Uma das mais famosas erupções vulcânicas da história da humanidade ocorreu na manhã de 24 de agosto de 79 d.C., no sul da Itália. Nesse dia, o vulcão Vesúvio entrou em atividade depois de uma violenta explosão, lançando imensa quantidade de poeira, cinza e pequenos pedaços de rochas que chegaram a alcançar mais de 20 quilômetros de altura e caíram num raio de 15 quilômetros.
  Vesúvio é um estratovulcão (vulcão em forma de cone) localizado no golfo de Napoles, Itália, distando cerca de nove quilômetros a oeste  da cidade de Napoli. É o único vulcão na Europa continental a ter entrado em erupção nos últimos cem anos. Atualmente esses vulcão é considerado inativo. Na Itália existem dois outros vulcões importantes que estão ativos: o Etna, localizado na ilha da Sicília, e o Stromboli, localizado na ilha do mesmo nome.
Vista aérea do Vesúvio
  O Vesúvio entrou em erupção diversas vezes, sendo a de 79 d.C, a mais famosa de todas, na qual destruiu as cidades romanas de Pompeia e Herculano, além das cercanias da cidade de Estabia. Antes da erupção de 79, outra erupção, ocorrida em 1800 a.C., conhecida como erupção de Avelino, destruiu diversos povoados na chamada Idade do Bronze. A última erupção do vulcão foi em 1944.
  Pompeia foi uma cidade do Império Romano, situada a cerca de 22 km da cidade de Napoli. Por volta do século I d.C., Pompeia era uma das várias cidades localizadas no entorno do Vesúvio. O local tinha uma população expressiva, que se mantinha próspera graças à fertilidade do solo da região.
Reconstituição digital da cidade de Pompeia
  Pompeia possuía cerca de 20 mil habitantes, e era grande produtora de vinho e azeite. Na manhã de 24 de agosto de 79 d.C., a cidade estava em festa. Um grupo de teatro, que veio de Roma para fazer apresentações no Grande Teatro, abrilhantava a festa. Os padeiros, com suas cestas de doces nos braços, se dirigiam às arquibancadas. Diante do grande calor que fazia, bares ao ar livre, recebiam grandes quantidades de consumidores.
  De repente, ouve-se uma grande explosão. O topo do Vesúvio havia se partido em dois. De início, todos se assustaram, pois havia mais de nove séculos que o Vesúvio não entrava em erupção.
Em primeiro plano, o golfo de Nápoles, em segundo a cidade de Napoli e em terceiro plano o Vesúvio
  Como não houve derramamento de lava logo no início da explosão, a grande maioria dos moradores da cidade refugiou-se no interior das casas, provocando uma grande agitação entre as pessoas. Porém, pouco tempo depois o Vesúvio começou a expelir uma grande quantidade de projéteis. A quantidade de materiais expelidos do vulcão foi tão grande que, em poucas horas, a cidade já estava totalmente coberta pelas cinzas, impedindo a fuga dos moradores. Muitos acabaram morrendo intoxicados pelos gases exalados após a erupção e também soterrados.
  Na manhã do dia 25, o Vesúvio continuou em erupção derramando uma grande quantidade de lava cobrindo definitivamente a cidade de Pompeia, um dos mais importantes centros urbanos da época. A erupção mudou também o curso do rio Sarno e aumentou a área litorânea do entorno.
O último dia de Pompeia, de Karl Bryullov (1830-33)
  Depois que as grossas camadas de cinzas cobriram Pompeia e Herculano, estas cidades foram abandonadas e seus nomes e localizações eventualmente esquecidos.
  Durante quase 1.700 anos, a cidade de Pompeia permaneceu soterrada e esquecida. em 1748, quando alguns operários realizavam escavações no local, ela foi redescoberta. Antes, em 1599, por meio da escavação de um canal subterrâneo para desviar o curso do rio Sarno, foi descoberto alguns muros antigos cobertos de pinturas e inscrições. Desde então, os trabalhos de escavação já desenterraram mais da metade das ruínas da cidade.
As ruínas de Pompeia e ao fundo o Vesúvio
  Essa grande erupção do Vesúvio, que resultou no soterramento de Pompeia, transformou drasticamente a paisagem do lugar.
  Porém, o mesmo fenômeno que encobriu a cidade acabou por conservar, soterrada com ela, grande parte das construções, móveis, utensílios e obras de arte que puderam revelar, para a atualidade, aspectos da cultura dos romanos que viviam naquela época.
Corpos petrificados em Pompeia
FONTE: Garcia, Valquíria Pires. Projeto radix: geografia / Valquíria Pires Garcia, Beluce Bellucci. -- 2. ed. -- São Paulo: Scipione, 2012 - (Coleção projeto radix)

Um comentário:

Anônimo disse...

Valeu memo amigo eu tava com umas coricidades e VC falou

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