terça-feira, 3 de maio de 2011

NOVA PROPOSTA DE DIVISÃO DO BRASIL

Geógrafo propõe nova divisão regional do Brasil
  Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Essa é a divisão regional do Brasil, segundo o IBGE. Essa divisão em macrorregiões, retrata as diferenças sociais e políticas do território brasileiro e traz o levantamento de dados e estatísticas do país.
  Essas unidades acabaram se constituindo em importantes agregadores de identidades culturais e organizando a concessão de verbas de diversas políticas públicas. Por demarcar as desigualdades sociais no território, essa divisão é bastante afinada com a realidade do espaço nacional. A atual configuração das cinco macrorregiões considera diversos aspectos geográficos, sociais e políticos, e procura retratar os fluxos econômicos entre as unidades federativas.
  O Brasil é um país com enorme extensão territorial, apresentando uma área de 8.514.876 km². O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o órgão responsável pela divisão regional do território brasileiro. Para reunir estados em uma mesma região são utilizados critérios como semelhanças nos aspectos físicos, humanos, culturais, econômicos e sociais. O Brasil, passou por várias divisões ao longo de sua História. Veja abaixo como se deu as divisões do Brasil ao longo de sua história.
Divisão em Capitanias Hereditárias
  Realizada em 1534, pela Coroa portuguesa, consistiu na fragmentação do território brasileiro em quinze faixas de terra. Numa alternativa de administração territorial, o império português disponibilizou a algum membro da corte que fosse de confiança do Rei, uma das capitanias. Os donatários deveriam governar e promover o desenvolvimento da capitania a qual se tornasse responsável.
Divisão de 1913
  Em 1913, o território nacional foi dividido em cinco "brasis" e não em regiões. O Brasil Setentrional ou Amazônico, reunia o Acre, Amazonas e Pará. O Brasil Norte-Oriental era composto pelo Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. O Brasil Oriental, agregava Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro (onde ficava o Distrito Federal) e Minas Gerais. São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, faziam parte do Brasil Meridional. Goiás e Mato Grosso faziam parte do Brasil Central. Essa divisão revelava que na época, havia uma preocupação muito grande em fortalecer a imagem do Brasil como uma nação, uma vez que a República havia sido proclamada há poucos anos. Essa divisão influenciou estudos e pesquisas até a década de 1930, quando surgiram muitas divisões do território do Brasil, cada uma usando um critério diferente.
  Em 1938, o Governo brasileiro teve que escolher uma divisão concreta para fazer o Anuário Estatístico do Brasil, um documento que continha informações sobre a população, o território e o desenvolvimento da economia do país.
Divisão de 1940
  Além dos aspectos físicos, essa divisão levou em consideração, além dos elementos físicos, os aspectos socioeconômicos. A Região Norte, era composta pelos estados do Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí e o Território do Acre. Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais formavam a Região Centro. Bahia, Sergipe e Espírito Santo formavam a Região Leste. O Nordeste era composto por Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro pertenciam à Região Sul.
Divisão de 1942
  Em 1942, o arquipélago de Fernando de Noronha foi transformado em território e incluído na região Nordeste. Em 1943, foram fundados os territórios de Guaporé, Rio Branco e Amapá (na região Norte), o território de Iguaçu foi anexado à região Sul e o de Ponta Porã, colocado na região Centro-Oeste.
Divisão de 1945
  Em 1945, o Brasil possuía sete regiões: Norte, Nordeste Ocidental, Nordeste Oriental, Leste Setentrional, Leste Meridional, Centro-Oeste e Sul. Na porção norte do Amazonas, foi criado o território do Rio Branco, atual estado de Roraima; no norte do Pará, foi criado o Estado do Amapá; Mato Grosso, perdeu uma porção no noroeste, que passou a se chamar de território de Guaporé e outra no sul, que passou a ser chamado de território de Ponta Porã; no Sul, Paraná e Santa Catarina foram cortados a oeste e o território de Iguaçu foi criado.
  Em 1950, os territórios de Ponta Porã e Iguaçu foram extintos e os estados do Maranhão e do Piauí, passaram a integrar a região Nordeste. Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro formavam a região Leste. Em 1960, Brasília foi criada, e o Distrito Federal, capital do país, foi transferido do Sudeste para a região Centro-Oeste. Em 1962, o Acre se tornou Estado autônomo e o território de Rio Branco ganhou o nome de Roraima.
Divisão do Brasil de 1969
   Nesse ano o Brasil ganhou o desenho regional atual. Nasceu o Sudeste, com São Paulo e Rio de Janeiro sendo agrupados com o Espírito Santo e Minas Gerais. O Nordeste recebeu a Bahia e Sergipe. Todo o território de Goiás, ainda não dividido, pertencia ao Centro-Oeste. Mato Grosso foi dividido em 1977, dando origem ao Estado do Mato Grosso do Sul.
Divisão a partir de 1990
  Com as mudanças da Constituição de 1988, ficou definida a divisão brasileira que permanece até os dias atuais. O Estado de Tocantins foi criado a partir da divisão de Goiás e incorporado à região Norte; Roraima, Amapá e Rondônia tornaram-se estados autônomos; Fernando de Noronha deixou de ser território Federal e foi incorporado à Pernambuco.
Nova divisão territorial do Brasil
  A situação de Tocantins está diferente dos demais estados brasileiros, pois menos de 20% de suas fronteiras se encontra dentro do padrão de sua própria região. Além disso, por uma análise de fluxos e redes capaz de determinar o grau de coesão das unidades admnistrativas dentro da região, observa-se que o estado mantém fortes laços com o Pará e com o Maranhão, além de Goiás.
Trecho do rio Tocantins
  Por outro lado, a região Norte, na prática, se divide em duas porções polarizadas por Manaus e Belém. E no Nordeste, o Maranhão desponta com características naturais e culturais diferenciadas dos demais estados da região.
Manaus - capital do Amazonas, polariza a porção oeste da região Norte
Belém - capital do Pará, polariza a porção leste da região Norte
  Para reequilibrar as unidades, o geógrafo José Donizete Cazzolato propõe a revisão da atual divisão macrorregional. Para o geógrafo, a melhor solução seria a formação da região Noroeste e a reconfiguração das regiões Norte e Nordeste. Os critérios para o novo nódulo regional baseiam-se, prioritariamente, em aspectos econômicos, uma vez que os estados da nova região, compõem um vetor regional comum.
  Ajustada à realidade dos fluxos geográficos, econômicos, políticos e demográficos, a divisão regional é um instrumento privilegiado de planejamento e ação governamental.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

COSTA DO MARFIM

  A Costa do Marfim, ou Côte d'Ivoire, em francês, é um país africano localizado no Oeste da África, e limita-se ao norte com o Mali e Burkina Fasso, a leste por Gana, a sul pelo Oceano Atlântico e a oeste pela Libéria e pela Guiné.
Observe alguns dados sobre a Costa do Marfim:
Área: 322.463 km² (67º)
População: 20.179.602 habitantes (55º)
Capital: Yamoussoukro (constitucional) e Abidjan (sede do governo)
Cidades mais populosas:
Abidjan (4,3 milhões de habitantes)
Abidjan - maior cidade da Costa do Marfim
Bouaké (831.149 habitantes)
Universidade em Bouaké
Yamoussoukro (250.659 habitantes)
Yamoussoukro - terceira maior cidade da Costa do Marfim
Língua Oficial: francês
Governo: República semipresidencialista
Independência: 7 de agosto de 1960, da França
Religião: islamismo (38,7%), cristianismo (26,1%, sendo que 20,8% são católicos e 5,3% são protestantes), animismo (17%), ateismo (13,4%), outras (4,8%).
PIB: U$ 22,384 bilhões (93º)
IDH: 0,397 (149º)
Expectativa de Vida: 49,3 anos (179°)
Mortalidade Infantil: 116,9/mil nasc. (189º)
Alfabetização: 48,7% (161º)
Moeda: Franco CFA
HISTÓRIA
  As populações indígenas estiveram, políticas e socialmente isoladas até épocas muito recentes. Os antecessores da população atual se instalaram na área entre os séculos XVIII e XIX. Os exploradores portugueses chegaram no século XV e iniciaram o comércio de marfim e escravos do litoral. No século XVII estabeleceram-se diferentes Estados negros, entre os quais se destacou o dos baules, por suas atividades artísticas. No final do século, os franceses fundaram os entrepostos de Assini e Grand-Bassam e, no século XIX, celebraram uma política de pactos com os chefes locais com o objetivo de estabelecer uma colônia.
Ruínas em Grand-Bassam - Costa do Marfim
  Em 1887 iniciou-se a penetração para o interior. A região se tornou uma colônia autônoma em 1893. Em 1899, passou a fazer parte da Federação da África Ocidental Francesa.
Mapa da África Ocidental Francesa
  A ocupação militar ocorreu entre 1908 e 1918, enquanto se construía a linha férrea entre o litoral e Bobo-Dioulasso, hoje pertencente a Burkina Fasso.
  Em 1919, a parte norte da colônia se tornou independente. Abidjan permaneceu sob a jurisdição francesa durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1944 foi criado o Sindicato Agrícola Africano, que deu origem ao Partido Democrático da Costa do Marfim. Entre 1950 e 1954, foi construído seu porto. Em 1958, foi proclamada a República da Costa do Marfim, como república autônoma dentro da Communauté Française (Comunidade Francesa) e, em 1960, alcançou a independência plena.
  Foi eleito presidente Félix Houphouët-Boigny, líder do Parti Democratique de la Côte d'Ivoire - Rassemblement Démocratique Africain, que até 1990, foi a única agremiação política legal do país.
Félix Houphouët-Boigny
  Com um alinhamento político pró-ocidental, a Costa do Marfim esteve em foco na década de 1970, ao tentar intervir pela via das negociações, na resolução do Apartheid na África do Sul.
  As eleições de 1990, a primeira que houve uma disputa real pelo poder, foram disputadas por todos os partidos políticos já legalizados, tendo o presidente Houphouët-Boigny sido reeleito para um sétimo mandato. Também em 1990, o papa João Paulo II visitou a Costa do Marfim, onde consagrou, em Yamoussoukro, a suntuosa basílica de nossa Senhora da Paz.
Basílica de Nossa Senhora da Paz, em Yamoussoukro
   Houphouët-Boigny, apesar de numerosas tentativas de Golpes de Estado e da instabilidade social provocada por crises econômicas, manteve-se no poder desde a independência até dezembro de 1993, quando faleceu. O antigo presidente da Assembleia Nacional (Parlamento), Henri Konan Bedié, assumiu a presidência da República em 1993 e foi confirmado no cargo em 1995.
Henri Konan Bedié
   No dia 24 de dezembro de 1999, um Golpe de Estado, comandado pelo General Robert Guel, destituiu o presidente Konan Bedié, que se refugiou na Embaixada da França e depois no Togo. O General Robert Guel (Robert Guéi) convocou todos os partidos políticos para formarem um governo de transição e prometeu que o retorno à democracia seria rápido. Esse foi o primeiro golpe de Estado no país desde a sua independência em 1960.
General Robert Guel
  Robert Guéi foi assassinado durante um levantamento encabeçado pelo Movimento Patriótico da Costa do Marfim em 2002. Foi sucedido por Laurent Gbagbo.
  Em setembro de 2002, tem início a uma guerra civil, quando o norte do país, muçulmano, se rebeloue contra o sul, cristão , obrigando a ONU enviar mais de 10.000 boinas azuis (soldados de paz da ONU) da ONUCM ou Unoci (Força de Paz da ONU na Costa do Marfim).
  Nos últimos meses aumentaram os conflitos no país. Esses conflitos foram motivados pelas eleições presidenciais realizadas em 28 de novembro de 2010. Alassane Ouattara, foi declarado vencedor das eleições, que recebeu o apoio da ONU e pelos dois países que exercem maior influência no país - os Estados Unidos e a França.
Alassane Ouattara
  Laurent Gbagbo, cristão, líder do sul e presidente desde 2000, não aceitou o resultado e se recusou a deixar o poder. Nos dias que se seguiram, a Costa do Marfim viveu uma situação constrangedora, com Ouattara e Gbagbo nomeando primeiros-ministros e formando governos diferentes. Desde então, a tensão sofreu uma escalada e, além da possibilidade de um novo confronto entre o norte e o sul, a comunidade internacional teme um confronto entre as tropas da Unoci, a Força de Paz da ONU na Costa do Marfim, e os militares fieis a Gbagbo.
Laurent Gbagbo
GEOGRAFIA
  A Costa do Marfim situa-se em plena região tropical, com o clima habitual destas zonas. A temperatura média situa-se nos 30ºC durante todo o ano, exceto na estação das chuvas, onde a temperatura baixa para 25ºC. Há duas estações chuvosas: de maio a agosto e com menos intensidade, em novembro. Duas grandes zonas climáticas fazem parte do país: o Norte possui uma paisagem árida, com um clima quente e seco; o Sul é bastante úmido com uma vegetação rica em espécies vegetais.
Paisagem no sul da Costa do Marfim
  A Costa do Marfim está dividida em 19 regiões, subdivididas em 58 departamentos. As regiões da Costa do Marfim são:
1 - Agnéby; 2 - Bafing; 3 - Bas-Sassandra; 4 - Denguélé; 5 - Dix-Huit Montagnes; 6 - Fromager; 7 - Haut-Sassandra; 8 - Lacs; 9 - Lagunes; 10 - Marahoué; 11 - Moyen-Cavally; 12 - Moyen-Comoé; 13 - N'zi-Comoé; 14 - Savanes; 15 - Sud-Bandama; 16 - Sud-Comoé; 17 - Vallée du Bandama; 18 - Worodougou; 19 - Zanzan.
DEMOGRAFIA
  Mais de 76% da população é cidadã da Costa do Marfim e fala predominantemente o francês. Desde que se estabeleceu como uma das economias mais prósperas da África Ocidental, 20% da mão de obra consiste em trabalhadores da vizinha Libéria, Burkina-Fasso e Guiné. Este fato tem originado permanentemente uma tensão, devido ao fato de que grande parte destes trabalhadores serem muçulmanos, enquanto que a população natural da Costa do Marfim é, essencialmente cristã e animista. Cerca de 4% da população é de origem não africana. Há muitos descendentes de libaneses, cidadãos franceses, britânicos e espanhóis. Há uma minoria de missionários protestantes norte-americanos e canadenses.
Drogba - costamarfinense e estrela do futebol mundial
ECONOMIA
  A economia da Costa do Marfim é baseada na agricultura, que emprega 68% da população economicamente ativa (PEA), principalmente no cultivo do cacau, onde o país é o maior produtor e exportador mundial desse produto.
Produção de cacau na Costa do Marfim
  Outro produto que se destaca na economia do país é o óleo de palma, onde o país também é o maior produtor mundial. O algodão faz do país ser o terceiro maior produtor mundial desse produto. A partir de 1960, o país começou a cultivar a borracha e a copra (polpa seca de coco). A produção de abacaxi, banana e açúcar, se tornaram nos últimos anos, itens importantes da balança comercial.
Café - produto de destaque na Costa do Marfim

sexta-feira, 15 de abril de 2011

QUESTÕES DE VESTIBULARES SOBRE VEGETAÇÃO


1) (UFSM - adaptada)
LUCCI, E. A.; MENDONÇA, C; BRANCO, A. L. Geografia Geral e do Brasil - ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2005. p.326.
Em relação ao perfil da vegetação mostrado na figura, é correto afirmar que caracteriza o bioma de formação vegetal do tipo:
a) Floresta Equatorial com dossel superior formado por árvores de grande porte e, no nível médio, por espécies arbóreas de médio porte e epífitas;
b) Tundra com cobertura vegetal de pequeno porte, constituída de musgos, liquens e gramíneas de ciclo vegetativo curto;
c) Floresta Boreal, caracterizada por uma vegetação de grande porte, relativamente homogênea, representada pela Taiga;
d) Savana, composta por dois extratos, o arbóreo-arbustivo, de caráter lenhoso, e o herbáceo-subarbustivo, formado pelas gramíneas e outras ervas.
2) (MACK - adaptada) Observe a imagem e o mapa abaixo para responder a questão.
Observando o mapa, é correto afirmar que o fenômeno apresentado pela foto corresponde:
a) Ao processo de desmatamento para a expansão da agropecuária, sobretudo a soja e a criação de bovinos, que ocorre na Amazônia Legal, identificado pelo mapa 1;
b) À uma das consequências que se pode notar com o desmatamento da Floresta de Araucárias para a produção de papel, identificado no mapa pelo número 5;
c) Aos deslizamentos ou escorregamentos de solos, decorrentes de formas inadequadas de ocupação, frequentemente observados na região identificada pelo número 4;
d) Ao processo de devastação do Cerrado em função da expansão de cultivos mecanizados de grãos para exportação, verificados na região identificada pelo número 3.
3) (PUC-RIO - adaptada) 
A imagem apresenta vegetação típica do cerrado brasileiro e, ao fundo, uma das formações características do seu relevo. Com base nessa informação, assinale a alternativa correta:
a) O domínio do Cerrado corresponde, em geral, ao clima semiárido e à vegetação assemelhada ao deserto africano, e sua ocorrência corresponde ao Planalto Meridional com seus típicos "Mares de Morros";
b) No domínio do Cerrado geralmente predomina o clima semiúmido, com presença de vegetação semelhante à savana africana, e sua ocorrência corresponde ao Planalto Central, com suas típicas "chapadas e chapadões";
c) No domínio do Cerrado, geralmente predominam estações úmidas prolongadas (5 a 7 meses) e vegetação assemelhada à das estepes africanas e sua ocorrência corresponde ao Planalto das Guianas, com suas típicas "cuestas";
d) O domínio do Cerrado corresponde em geral, à região de convergência dos alísios, com vegetação rasteira assemelhada à das pradarias africanas, e sua ocorrência corresponde ao Planalto Atlântico, com suas típicas "coxilhas".
4) (UFRPE - adaptada) O desenho a seguir retrata um importante domínio morfoclimático brasileiro.
Com relação a esse domínio, é correto afirmar que ele:
a) Surge dominantemente em climas subtropicais secos, particularmente no Nordeste brasileiro;
b) Apresenta uma vegetação tipicamente hidrófila, especialmente no Sertão;
c) Possui solos bem desenvolvidos, sobretudo nas encostas e inselbergues, mas com pobreza de recurso nutrientes;
d) Tem formações vegetais consideradas xerófilas, adaptadas, portanto, ao déficit hídrico.
5) (ENEM - adaptada) Os lixões são o pior tipo de disposição final dos resíduos sólidos de uma cidade, representando um grave problema ambiental e de saúde pública. Nesses locais, o lixo é jogado diretamente no solo a céu aberto, sem nenhuma norma de controle, o que causa, entre outros problemas, a contaminação do solo e das águas pelo chorume (líquido escuro com alta carga poluidora, proveniente da decomposição da matéria orgânica presente no lixo).
RICARDO, B.; CANPANILLI, M. Almanaque Brasil Socioambiental, 2008. São Paulo, Instituto Socioambiental, 2007.
Considere um município que deposita os resíduos sólidos produzidos por sua população em um lixão. Esse procedimento é considerado um problema de saúde pública porque os lixões:
a) Causam problemas respiratórios, devido ao mau cheiro que provém da decomposição;
b) São locais propícios a proliferação de vetores de doenças, além de contaminarem o solo e as águas;
c) Provocam o fenômeno da chuva ácida, devido aos gases oriundos da decomposição da matéria orgânica;
d) São responsáveis pelo desaparecimento das nascentes na região onde são instalados, o que leva à escassez de água.
6) (ENEM - adaptada) Observe a imagem para responder a questão.
TEIXEIRA, W. et.al. (Orgs). Decifrando a Terra. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009.
O esquema representa um processo de erosão em encosta. Que prática realizada por um agricultor pode resultar em aceleração desse processo?
a) Associação de culturas;
b) Implantação de curvas de nível;
c) Terraceamento na propriedade;
d) Aração do solo, do topo ao vale.
7) (ENEM - adaptada) Coube aos Xavante e aos Timbira, povos indígenas do Cerrado, um recente e marcante gesto simbólico: a realização de sua tradicional corrida de toras (de buriti) em plena Avenida Paulista (SP), para denunciar o cerco de suas terras e a degradação de seus entornos pelo avanço do agronegócio.
RICARDO, B.; RICARDO, F. Povos indígenas do Brasil: 2001-2005. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2006 (adaptado).
A questão indígena contemporânea no Brasil evidencia a relação dos usos socioculturais da terra com os atuais problemas socioambientais, caracterizados pelas tensões entre:
a) A expansão territorial do agronegócio, em especial nas regiões Centro-Oeste e Norte, e as leis de proteção indígena e ambiental;
b) Os grileiros articuladores do agronegócio e os povos indígenas pouco organizados no Cerrado;
c) As leis mais brandas sobre o uso tradicional do meio ambiente e as severas leis sobre o uso capitalista do meio ambiente;
d) Os povos indígenas do Cerrado e os polos econômicos representados pelas elites industriais paulistas.
8) (ENEM - adaptada) A poluição e outras ofensas ambientais ainda não tinha esse nome, mas já eram largamente notadas no século XIX, nas grandes cidades inglesas e continentais. E a própria chegada ao campo das estradas de ferro suscitou protestos. A reação antimaquinista, protagonizada pelos diversos luddismos, antecipa a batalha atual dos ambientalistas. Esse era, então, o combate social contra os miasmas urbanos.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: EDUSP, 2002 (adaptado).
O crescente desenvolvimento técnico-produtivo impõe modificações na paisagem e nos objetos culturais vivenciados pelas sociedades. De acordo com o texto, pode-se dizer que tais movimentos sociais emergiram e se expressaram por meio:
a) Das ideologias conservacionistas, com milhares de adeptos no meio urbano;
b) Das políticas governamentais de preservação dos objetos naturais e culturais;
c) Da contestação à degradação do trabalho, das tradições e da natureza;
d) Dos boicotes aos produtos das empresas exploradoras e poluentes.
9) (ENEM - adaptada) O despejo de dejetos de esgotos domésticos e industriais vem causando sérios problemas aos rios brasileiros. Esses poluentes são ricos em substâncias que contribuem para a eutrofização de ecossistemas, que é o enriquecimento da água por nutrientes, o que provoca um grande crescimento bacteriano e, por fim, pode promover escassez de oxigênio. Uma maneira de evitar a diminuição da concentração de oxigênio no ambiente é:
a) Aquecer as águas dos rios para aumentar a velocidade de decomposição dos dejetos;
b) Retirar do esgoto os materiais ricos em nutrientes para diminuir a sua concentração nos rios;
c) Adicionar bactérias anaeróbicas às águas dos rios para que elas sobrevivam mesmo sem oxigênio;
d) Aumentar a solubilidade dos dejetos no esgoto para que os nutrientes fiquem mais acessíveis às bactérias.
10) (ENEM - adaptada) As cidades industrializadas produzem grandes proporções de gases como o CO², o principal gás causador do efeito estufa. Isso ocorre por causa da quantidade de combustíveis fósseis queimados, principalmente no transporte, mas também em caldeiras industriais. Além disso, nessas cidades concentram-se as maiores áreas com solos asfaltados e concretados, o que aumenta a retenção de calor, formando o que se conhece por "ilhas de calor". Tal fenômeno ocorre porque esses materiais absorvem o calor e devolvem para o ar sob a forma de radiação térmica. Em áreas urbanas, devido à atuação conjunta do efeito estufa e das "ilhas de calor", espera-se que o consumo de energia elétrica:
a) Diminua devido à utilização de caldeiras por indústrias metalúrgicas;
b) Aumente, devido ao bloqueio da luz do sol pelos gases do efeito estufa;
c) Diminua devido à não necessidade de aquecer a água utilizada em indústrias;
d) Aumente, devido à necessidade de maior refrigeração de indústrias e residências.
11) (ENEM - adaptada) Observe a imagem abaixo:
 ZIEGLER, M. F. Energia Sustentável. Revista IstoÉ. 28 abr. 2010.
A fonte de energia representada na figura, considerada uma das mais limpas e sustentáveis do mundo, é extraída pelo calor gerado:
a) Pela circulação do magma no subsolo;
b) Pelo sol que aquece as águas com radiação ultravioleta;
c) Pela queima do carvão e combustíveis fósseis;
d) Pelos detritos e cinzas vulcânicas.

GABARITO
1 - a    2 - c    3 - b   4 - d    5 - b   6 - d   7 - a    8 - c    9 - b   10 - d    11 - a

domingo, 3 de abril de 2011

CONHEÇA GÂMBIA

Nome: República de Gâmbia
Localização: África Ocidental
Capital: Banjul (45.654 habitantes)
Banjul - capital de Gâmbia
Área: 11.295 km² (158°)
População: 1.765.464 habitantes (146°)
Maior cidade: Serekunda (435.733 habitantes)
Serekunda - maior cidade de Gâmbia
Independência: 18 de fevereiro de 1965
Língua: inglês (oficial), mandingo, fulani, ulof.
Religião: islamismo (95%), cristianismo (4%), crenças tradicionais e outras (1%).
PIB: 1,040 bilhão (165°)
IDH: 0,391 (151°)
Expectativa de Vida: 59,4 (154°)
Mortalidade Infantil: 74,2/mil (166°)
Alfabetização: 42,5% (167°)
Moeda: Dalasi
HISTÓRIA
Gâmbia formou parte do Império Gana, assim como o Império Songhai. Os primeiros testamentos escritos que se têm da região, provêm de alguns textos escritos por comerciantes árabes, nos séculos IX e X, quando eles criaram uma rota comercial que comercializou escravos, ouro e marfim. No século XV, os portugueses herdaram este comércio estabelecendo uma rota de comércio do Império Mali, o qual era pertencente à zona da época.
Mapa do Império Mali
  Em 1588, Antônio, Prior do Crato, vendeu os direitos de exclusividade de comércio na região do rio Gâmbia aos ingleses, que foram confinados pela Rainha Elizabeth I. No ano de 1618, o rei inglês Jaime I deu a concessão de comércio na região de Gâmbia e da Costa do Ouro a uma companhia ingles.a Entre 1651 e 1661, partes da atual Gâmbia estiveram sob domínio da Curlândia, na época do príncipe Jacob Kettler, vassalo da Polônia-Lituânia.
  Desde o final do século XVII e durante todo o século XVIII a região dos rios Senegal e Gâmbia foi alvo da disputa entre ingleses e franceses. Em 1783 o Tratado de Versalhes deu a posse do rio Gâmbia aos ingleses, mas os franceses retiveram um enclave na região que só foi cedido ao Reino Unido em 1857. Mais de três milhões de escravos foram enviados desta região às colônias na América. Em 1807, a escravidão foi abolida no Império Britânico, para tentar que os britânicos terminassem com o comércio de escravos em Gâmbia. Para isso, criaram o posto militar de Bathurst (hoje Banjul), em 1816.
  Nos anos seguintes, Banjul estava submetida à juridição do governador britânico em Serra Leoa. Em 1888, a Gâmbia se converteu em uma colônia autônoma e, um ano mais tarde, em colônia real.
  Em 1965, Gâmbia se tornou independente do Reino Unido. Em 1970, Dawda Jawara se converteu no primeiro presidente do novo Estado e foi reeleito em 1972 e 1977.
 
Dawda Jawara - primeiro presidente de Gâmbia
  Depois da independência, Gâmbia melhorou seu desenvolvimento econômico graças a elevação nos preços de sua principal matéria de exportação, o amendoim, e ao desenvolvimento do turismo internacional. Em 1982, junto com Senegal, a Gâmbia formou a Confederação Senegâmbia.
  O presidente Jawara foi derrotado em 1994 por Yahya Jammed, que foi reeleito em 2001 e criou uma lei que proibia a existência de partidos opositores.
Yahya Jammed
  Em 23/11/2010, a Gâmbia rompe todas as relações diplomáticas, econômicas e políticas com a República Islâmica do Irã.
GEOGRAFIA
  A Gâmbia é o menor país da África. Trata-se de uma longa faixa pantanosa que se estende ao longo de cerca de 320 km para o interior da África Ocidental, porém, nunca atinge os 50 km de largura, ao longo das duas margens do rio Gâmbia, navegável em todo o seu curso gambiano.
Imagem do Rio Gâmbia
   O país ainda inclui a ilha de Saint Mary, na foz do Gâmbia, onde se ergue a capital Banjul, e a Ilha James, que foi declarada Patrimônio Mundial pela UNESCO.
Ilha James
   O clima no país é tropical e relativamente seco.
POLÍTICA
  A vigente Constituição de Gâmbia foi aprovada depois que um referendo, em 16 de janeiro de 1997, após um Golpe de Estado em 1994, dissolveu o Parlamento e derrogou a Constituição de 1970. 
  A Gâmbia é uma República Presidencialista não democrática. O Presidente da República é eleito por sufrágio universal para um período de cinco anos. O poder legislativo reside na Assembleia Nacional, composta por quarenta e oito membros, dos quais 43 são eleitos por sufrágio universal e cindo são eleitos pelo Presidente da República.
  O poder executivo está dividido entre Chefe de Estado e o Presidente do Governo, nomeado pela Assembleia entre uma trinca eleita pelo Presidente.
  O poder judiciário se articula em torno do Tribunal Supremo que se organiza administrativamente segundo o modelo francês.
ECONOMIA
  A Gâmbia não tem recursos naturais ou minerais confirmados, e tem uma agricultura pouco desenvolvida. Aproximadamente 75% de sua população depende do cultivo da terra ou da criação de animais para a subsistência.
  As atividades industriais são o processamento de amendoim, peixes e peles. O comércio de reexportação era uma atividade importante, porém, o aumento da fiscalização do governo a partir de 1999 e a instabilidade da moeda do país, fez com que essa atividade sofresse redução.
  As belezas naturais do país e a proximidade com a Europa, tornaram o país como um destino turístico importante para os europeus.

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