domingo, 31 de janeiro de 2021

A EDUCAÇÃO NA COREIA DO SUL

  Na Coreia do Sul, a educação é prioridade. O investimento em instituições de ensino, sobretudo no nível básico, foi um dos fatores responsáveis por reerguer o país após a Guerra da Coreia (1950-1953). Mais de seis décadas após o conflito, a Coreia do Sul figura entre os Estados de mais destaque no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), uma pesquisa que mede o desempenho escolar de jovens de 15 anos em todo o mundo, em diversas áreas do conhecimento.

  O sistema de educação na Coreia do Sul é composto por escolas públicas e particulares. Ambos os tipos recebem financiamento do governo, embora a quantia que as escolas particulares recebam seja menor que a quantia das escolas estaduais. Nos últimos anos, o ensino superior sul-coreano tem sido internacionalizado, com a inauguração do Global Campus na Universidade Nacional de Incheon (com suporte para startup) e a abertura de uma faculdade internacional na Universidade Yonsei para adotar o esquema completo do ambiente de ensino de inglês.

Sala de aula em uma escola na Coreia do Sul

  A Coreia do Sul é um dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com melhor desempenho em leitura, matemática e ciências, com uma pontuação média de 519, em comparação com a média da OCDE de 493, ficando em nono lugar no mundo. O país possui uma das forças de trabalho com maior escolaridade do mundo entre os países da OCDE e é conhecido por sua obsessão com a educação, que passou a ser chamada de "febre da educação".

  O ensino superior é uma questão extremamente séria na sociedade da Coreia do Sul, onde é vista como uma das pedras angulares fundamentais da vida sul-coreana. A educação é considerada uma alta prioridade para as famílias sul-coreanas, pois o sucesso na educação é necessário para melhorar a posição socioeconômica de uma pessoa na sociedade sul-coreana em geral. Os sul-coreanos veem a educação como o principal propulsor da mobilidade social para eles e suas famílias e uma porta de entrada para a classe média sul-coreana. A graduação em uma universidade de ponta é marcador definitivo de prestígio, alto status socioeconômico, perspectivas promissoras de casamento e uma carreira de um trabalhador de colarinho branco respeitável.

Gráfico mostrando o total gasto por aluno dos 6 aos 15 anos pelo Brasil e pelos 10 melhores países no Pisa 2018

  A vida média de uma criança sul-coreana gira praticamente em torno da educação, pois a pressão para ter sucesso acadêmico está profundamente estabelecida nas crianças sul-coreanas com menos de 10 anos de idade. Os estudantes sul-coreanos enfrentam uma grande pressão para ter sucesso acadêmico de seus pais, professores, colegas e sociedade.

  Na Coreia do Sul, os professores estão entre os membros mais respeitados da sociedade e as faculdades de magistério estão entre as mais cobiçadas e concorridas. Os salários são elevados e os professores que se destacam se transformam em celebridades milionárias.

Universidade de Yonsei - Seul - Coreia do Sul

  Na Coreia do Sul, escolas de ensino médio são subsidiadas em 80% do seu orçamento pelo pelo Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia, enquanto que os outros 20% vêm de anuidades pagas pelos pais dos alunos. O ingresso é feito por meio de testes padronizados, administrados pelo governo, que também subsidia a anuidade dos alunos de baixa renda. O mesmo ocorre no ensino superior, onde todas as universidades cobram anuidades, inclusive as públicas.

  O vestibular na Coreia do Sul é um evento nacional e é considerado um assunto de vida ou morte para os estudantes sul-coreanos. No horário do vestibular fica proibido pousos e decolagens de voos comerciais, objetivando garantir o silêncio total durante as provas.

  Apesar do grande sucesso da educação na Coreia do Sul, nas últimas décadas o país vem sofrendo com um êxodo rural em massa de estudantes. Milhares de famílias têm enviado seus filhos pré-universitários para serem educados em países como Nova Zelândia, Austrália, Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.

Gráfico mostrando a média salarial de um professor na Coreia do Sul

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

JÚPITER: O MAIOR PLANETA DO SISTEMA SOLAR

  Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar (tanto em diâmetro quanto em massa), o quinto a partir do Sol e o quarto corpo celeste mais brilhante no céu - os outros são o Sol, a Lua e Vênus. Possui menos de um milésimo da massa solar, contudo tem 2,5 vezes a massa de todos os outros planetas juntos. Junto com Saturno, Urano e Netuno, Júpiter faz parte dos chamados planetas gasosos. Estes quatro planetas são por vezes chamados de planetas jupterianos ou planetas jovianos e são os quatro gigantes gasosos, ou seja, que não são compostos primariamente de matéria sólida.

  Júpiter possui cerca de 143 mil quilômetros de diâmetro no Equador, o que equivale a onze vezes mais que o diâmetro da Terra. É orbitado por 67 satélites naturais, situando-se a uma distância média de 778,3 milhões de quilômetros do Sol. Júpiter foi batizado com esse nome em homenagem ao governante do Olimpo, Júpiter, o deus dos deuses.

Modelo do interior de Júpiter

  Júpiter é composto principalmente de hidrogênio, sendo um quarto de sua massa composta de hélio, apesar do hélio corresponder apenas um décimo do número total de moléculas. Também são encontrados na atmosfera traços de metano, vapor de água, amoníaco, sílicas, carbono, etano, sulfeto de hidrogênio, néon, oxigênio e enxofre. Na parte externa da atmosfera há cristais de amônio congelado e traços de benzeno.

  A atmosfera do planeta é dividida em diversas faixas, em várias latitudes, resultando em turbulência e tempestades. A mais conhecida é a Grande Mancha Vermelha, descoberta no século XVII e cujos ventos chegam a 500 quilômetros por hora. Essa tempestade tem um diâmetro transversal duas vezes maior que a Terra.

  Júpiter demora menos de 10 horas para completar a rotação sobre seu eixo. É o movimento de rotação mais rápido dos planetas do Sistema Solar. Já o movimento de translação demora cerca de 11,86 anos terrestres.

  Provavelmente, o planeta possui um núcleo rochoso composto por elementos mais pesados, embora, como os outros planetas gigantes, não possua uma superfície sólida bem definida. A atmosfera externa de Júpiter é visivelmente dividida em diversas faixas, em várias latitudes, resultando em turbulência e tempestades nas regiões onde as faixas se encontram. Uma dessas tempestades é a Grande Mancha Vermelha, uma das características visíveis de Júpiter mais conhecidas e proeminentes, cuja existência data pelo menos do século XVII, quando foi vista pela primeira vez com telescópio, com ventos de até 650 km/h e um diâmetro transversal duas vezes maior que a Terra.

Imagem da Grande Mancha Vrmelha, obtida pela Voyager 1, em 25 de fevereio de 1979

  Júpiter era conhecido por astrônomos de tempos antigos e era associado com as crenças mitológicas e religiosas de várias culturas. Os romanos nomearam Júpiter um deus de sua mitologia. Júpiter foi observado pela primeira vez por Galileu Galilei, em 1610, quando também foi possível a identificação de quatro de seus 63 satélites: Io, Europa, Ganimedes e Calisto.

  A camada de nuvens possui apenas 50 quilômetros de profundidade e consiste em duas partes: uma camada grossa inferior e uma camada superior mais fina e mais clara. É possível que existam nuvens finas de água sob a camada de amônia, que seriam a causa dos raios detectados na atmosfera. Estas descargas elétricas podem ter mil vezes o poder dos raios terrestres. As nuvens de água podem formar tempestades, alimentadas pelo calor proveniente do interior do planeta.

  As nuvens de Júpiter possuem cores de tom laranja e marrom devido a compostos que mudam de cor quando expostos aos raios ultravioleta do Sol. Estes compostos coloridos, chamados de cromóforos, misturam-se com as nuvens mais quentes da camada inferior. As zonas formam-se quando células de convecção ascendentes geram amônia cristalizada, que diminui a visibilidade da camada inferior de nuvens.

Animação mostrando o movimento de faixas atmosféricas do planeta Júpiter

  Júpiter possui um sistema de anéis bem menos evidente do que o de Saturno. Esse sistema é composto por um toro interno de partículas, conhecido como halo, um anel principal relativamente brilhante e um sistema de anéis externo, chamado de gossamer. Esses anéis parecem ser feitos de poeira (os anéis de Saturno são compostos de gelo). Acredita-se que o anel principal seja feito de material ejetado dos satélites Adrasteia e Métis. Este material, que normalmente cairia de volta nos satélites, é puxado em direção ao planeta por causa de sua enorme força gravitacional, alimentando o anel. A órbita do material se altera em direção a Júpiter e material novo é acrescentado por impactos adicionais.

  Júpiter possui um campo magnético 14 vezes mais forte do que a da Terra, variando entre 4,2 graus no equador a 10 a 14 vezes nos polos, o mais forte do Sistema Solar. Acredita-se que este campo seja gerado por correntes de Foucalt - o movimento giratório de materiais condutores - dentro da camada de hidrogênio metálico líquido. Os vulcões do satélite Io emitem grande quantidade de dióxido de enxofre e oxigênio, que, juntamente com íons de hidrogênio originários da atmosfera de Júpiter, formam uma folha de plasma no plano equatorial do planeta.

Modelo visual dos anéis de Júpiter

  Júpiter é o único planeta cujo centro de massa com o Sol fica fora do último, 1,068 raio solar ou 7% acima da superfície solar. A distância média entre Júpiter e o Sol é de 778 milhões de quilômetros. A órbita elíptica de Júpiter possui uma inclinação de 1,31º comparada com a da Terra.

  A influência gravitacional de Júpiter afetou o Sistema solar desde a sua formação. A inclinação das órbitas da maioria dos planetas do Sistema Solar é mais similar à inclinação orbital jupteriana do que à do equador solar.

Júpiter (em vermelho) completa uma órbita em torno do Sol (centro) para cada 11,86 órbitas da Terra (azul)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

MARTE: O PLANETA VERMELHO

Marte é o quarto planeta mais próximo do Sol e o segundo menor planeta do Sistema Solar. Apresenta uma coloração avermelhada devido à presença de óxido de ferro na sua superfície. Recebeu esse nome em homenagem ao deus romano da guerra. Possui duas pequenas luas de formato irregular: Phobos (medo) e Deimos (pânico). Seus nomes derivam da mitologia grega e representam os filhos de Ares (Marte) e Afrodite (Vênus). Marte é um dos planetas mais estudados do Sistema Solar, e um dos que melhor podemos ver a olho nu no céu. A duração do dia em Marte aproxima-se do planeta Terra, com 24 horas e 37 minutos, porém, o ano marciano tem uma duração de 687 dias.

Imagem de satélite de toda a superfície de Marte

Características de Marte

  Marte é um planeta muito frio, árido e rochoso. A sua temperatura máxima é de aproximadamente 25ºC, com uma média de -60ºC, a qual pode chegar até a -140ºC durante a noite. O diâmetro de Marte é metade do diâmetro da Terra, sendo também menos denso que o nosso planeta, possuindo cerca de 15% do seu volume e 11% de sua massa, resultando em uma aceleração da gravidade na superfície, que é cerca de 38% da que se observa na Terra. A aparência vermelho-alaranjada da superfície marciana é causada pela grande quantidade de óxido de ferro existente nesse planeta.

  Assim como a Terra, Vênus e Mercúrio, Marte faz parte dos chamados Planetas Rochosos, sendo que suas camadas são compostas por atmosfera, crosta, manto e núcleo. A maioria das rochas na superfície de Marte é composta por basalto. Sua atmosfera é muito fina, sendo composta essencialmente por gás carbônico, e em menor quantidade por nitrogênio, oxigênio, argônio, dentre outros gases.

Animação mostrando a rotação do planeta Marte

  A distância entre Marte e o Sol é de 228 milhões de quilômetros. Marte possui dois satélites naturais que são as "duas luas de Marte". Esses satélites foram descobertos em 1877 e muitos cientistas acreditam que podem ter sido asteroides capturados pela gravidade de Marte.

  Durante a formação do Sistema Solar, Marte foi criado como resultado de um um processo de evoluções. O planeta possui muitas características próprias causadas por sua posição no sistema Solar. Elementos com pontos de ebulição relativamente baixos, como cloro, fósforo e enxofre são muito mais comuns em Marte do que na Terra. Estes elementos podem ter sido removidos das áreas mais próximas ao Sol pelo vento solar.

Marte e suas duas luas: Deimos (esquerda)Phobos (direita)

História geológica de Marte

  A história geológica de Marte é dividida em vários períodos, sendo três principais: Noachiano, Hesperiano e Amazônico.

  O Período Noachiano é um dos períodos de formação mais antigos de Marte, entre 4,5 e 3,5 bilhões de anos de anos. Nesse período, as superfícies sofreram grandes crateras de impacto. Acredita-se que a parte mais elevada de Tharsis (um planalto vulcânico) tenha se formado durante este períiodo, com extensas inundações por água líquida no final desse período.

  O Período Hesperiano, entre  3,5 e 2,9-3,3 bilhões de anos, é marcado pela formação de extensas planícies de lavas. O Período Amazônico, ocorrido entre 2,9-3,3 bilhões de anos até o presente, têm poucas crateras de impactos de meteoritos, porém, são bastante variadas. Nesse período formou-se o Monte Olimpo, juntamente com fluxos de lavas em outros lugares de Marte. O Monte Olimpo é um vulcão extinto do planeta Marte, e também o vulcão mais elevado do Sistema Solar, com uma altitude de 21,9 km acima do nível médio da superfície marciana.

Comparação entre o Monte Olimpo (ponto mais elevado do Sistema Solar) e o Monte Everest (ponto mais elevado do planeta Terra)

Vida em Marte

  Conhecido desde a Antiguidade, a partir do século XIX, Marte tem despertado maior atenção entre astrônomos e cientistas, uma vez que o planeta vermelho se assemelha à Terra em diversos aspectos, como as estações do ano, o relevo (vales, dunas, planícies, planaltos, cânions, entre outros) e aproximação do dia terrestre (quase 24 horas). Isso faz com que muitas pessoas acreditem haver vida em Marte. No entanto, o fato de ser envolvido numa atmosfera fina e bastante rarefeita reforça a impossibilidade de vida no planeta.

Planícies vulcânicas (em vermelho) e bacias de impacto (em azul), dominam a topografia do planeta Marte

  O que despertou ainda mais o interesse dos cientistas na atualidade foi um estudo realizado em 2000 pela NASA (Agência Espacial Norte-Americana), no qual foi confirmada a existência de processos erosivos no planeta, o que evoca a possibilidade da existência de água e, consequentemente, de vida em Marte.

  Em 25 de julho de 2018, cientistas da Agência Espacial Italiana anunciaram que existe água líquida em Marte, de forma constante. Para especialistas, essa descoberta, de um reservatório subterrâneo permanente de água líquida, aumenta consideravelmente as chances de haver vida no planeta. A água líquida e perene foi encontrada 1,5 km abaixo de uma camada de gelo, próxima ao Polo Sul de Marte.

Possível escoamento de água no solo de Marte

  Em julho de 2020, a NASA lançou a Mars 2020, cujo objetivo é coletar amostras do solo marciano para verificar se há vestígios de vida no planeta. No dia 28 de setembro de 2020, a sonda Marsis, da Agência Espacial Europeia (ESA), indicou a existência de novos reservatórios de água em Marte. As pesquisas indicaram que o Polo Sul de Marte apresentou água em estado líquido, porém, uma água salobra abaixo de uma camada de gelo. A sonda não é capaz de fazer perfurações, por isso, ainda não foi possível dizer qual a profundidade dos lagos marcianos.

Fotografia do pôr-do-sol em Marte feita pelo robô Spirit

terça-feira, 17 de novembro de 2020

A LUA: O SATÉLITE NATURAL DA TERRA

 

  A Lua é o satélite natural da Terra. Consiste de um corpo rochoso com 3.476 km de diâmetro, quase um terço do tamanho da Terra. A distância média da Terra à Lua é de 384.400 km.

  A Lua não tem atmosfera para proteger o ser humano ou outro ser vivo da exposição direta às radiações solares, como a radiação ultravioleta. Também não existe água nem vulcões porque, ao contrário da Terra, a Lua tem a parte mais interna em estado sólido (não apresenta magma). Mas há muitas crateras, geralmente formadas pelo impacto de corpos celestes no passado. As colisões derreteram rochas e formaram lavas, que esfriam e aparecem como áreas escuras na Lua, chamadas de mares. A temperatura na sua superfície varia, em média, de 100°C a -150°C. Todas essas condições não permitem a existência de seres vivos na Lua.

Estrutura Lunar

  Os principais movimentos da Lua são: translação ao redor da Terra e rotação sobre seu próprio eixo. Esses movimentos têm praticamente o mesmo tempo de duração: aproximadamente 27 dias e 8 horas. Por esse motivo, a Lua mantém sempre a mesma face voltada para a Terra.

As fases da Lua

  O brilho da Lua é reflexo da luz do Sol. Da mesma forma que os planetas, ela não tem luz própria. O observador terrestre vê partes diferentes da Lua iluminadas pelo Sol, enquanto ela se movimenta ao redor da Terra. Esses diferentes aspectos, denominados fases da Lua, são: Lua Nova, Quarto Crescente, Lua Cheia e Quarto Minguante. Quarto, significa 1/4. O Sol ilumina a metade da esfera lunar e, daqui da Terra, vemos apenas a metade da porção iluminada pelo Sol, isto é, 1/4 da Lua.

Animação mostrando as fases da Lua

  A fase de Lua Nova é quando a sua face está do lado oposto à Terra. Para nós, está voltada a face não iluminada. Nessa fase a Lua não é vista no céu noturno. Nos dias seguintes, a Lua tem a aparência de um arco iluminado e, às vezes, pode ser vista à tardinha. À medida que a Lua translada ao redor da Terra, aumenta a parte que vemos iluminada. Após cerca de sete dias, ela está na sua fase Quarto Crescente.

  A Lua segue a sua órbita. A cada dia aumenta a sua região iluminada vista da Terra. Quando a Lua está em posição oposta à posição do Sol em relação à Terra, a Lua fica com a face voltada para nós completamente iluminada: é a fase da Lua Cheia. Nesse período, a Lua surge no céu no início da noite.

Praia de Ponta Negra, em Natal/RN, em uma noite de Lua Cheia

  Nas noites seguintes, podemos observar que a parte iluminada da Lua começa a diminuir até que só a metade da sua face é vista. Ela aparece no céu bem mais tarde da noite e pode ser vista ao amanhecer: é a fase Quarto Minguante.

  A Lua segue na sua translação, mudando de posição em relação à Terra e ao Sol. Para quem a observa da Terra, vai diminuindo a parte iluminada, até que ela novamente não é vista no céu. A Lua, então, completa o seu ciclo e retorna à fase de Lua Nova.

  As quatro fases da Lua acontecem em ciclos contínuos, num período de 29 dias e 12 horas. Os eclipses são fenômenos que ocorrem devido à posição entre a Lua, a Terra e o Sol.

Lua crescente e o planeta Vênus numa madrugada de Nova York, EUA

Eclipse Lunar

  O eclipse lunar acontece na fase da Lua Cheia. Ocorre quando a Terra fica entre o Sol e a Lua, que passa pela região da sombra da Terra. A Terra, nessa ocasião, bloqueia os raios solares que iluminam a Lua. A sombra da Terra se projeta na Lua, cobrindo-a parcial (eclipse parcial) ou totalmente (eclipse total). O eclipse lunar é visto em todas as partes do mundo.

Figurinha mostrando a posição dos astros durante um eclipse lunar

Eclipse Solar

  O eclipse solar ocorre quando a Lua fica entre o Sol e a Terra, ou seja, na fase de Lua Nova e todos ficam alinhados em uma reta só. Nessa ocasião, a Lua bloqueia os raios solares que iluminam parte da Terra.

  O eclipse solar poder ser parcial para algumas regiões. Esse fenômeno ocorre pelo menos duas vezes ao ano; no entanto, ocorre raramente num mesmo local da Terra. Diferentemente do eclipse lunar, o eclipse solar é visto apenas em algumas regiões do planeta.

Figurinha mostrando como ocorre um eclipse solar

Influência da Lua sobre a Terra

  A Lua é a principal causa dos fenômenos das marés. A força de atração entre a Terra e a Lua e entre a Lua e o Sol, provoca a subida e a descida do nível das águas do mar. A subida é a maré alta ou preamar. A descida é a maré baixa ou a baixa-mar.

  As marés acontecem porque a força gravitacional é maior no lado da Terra que está mais próximo à Lua do que no lado oposto, mais afastado.

  Mas a influência da atração gravitacional da Lua e dos planetas sobre o corpo humano pode ser desprezada diante da influência do planeta Terra e até de corpos muito mais leves, porém, muito mais próximos.

Imagem da Lua passando na frente da Terra a partir da perspectiva da sonda Deep Space Climate Observatory

A Lua de Neve

  O fenômeno recebe esse nome porque tribos nativas americanas e de toda a Europa costumavam nomear as Luas com base nos atritos que associavam às estações do ano no Hemisfério Norte.

  Assim, a Lua Cheia em fevereiro é chamada de Lua de Neve por causa das fortes nevascas que normalmente ocorrem ao longo do mês em algumas partes do mundo. Algumas tribos a chamavam de Lua de Fome, porque o clima de inverno criava condições difíceis de caça e escassez de alimentos.

Visão da Lua sobre o deserto de Mojave, na Califórnia - EUA

Superlua

  A Superlua ocorre quando a Lua ocupa a posição de maior proximidade com a Terra, apresentando-se aproximadamente 15% maior e com cerca de 30% a mais de luminosidade. O fenômeno torna-se especial com a fase da Lua Cheia, fazendo com que a Lua seja percebida com um tamanho muito superior ao normal.

Superlua vista dos céus de Atenas - Grécia

Lua de Sangue

  Também chamado de Lua Sangrenta, é um dos fenômenos astronômicos mais belos vistos a olho nu. No entanto, Lua de Sangue é só um nome impactante que deram para o fenômeno em que a Lua fica avermelhada.

  O fenômeno é raro e acontece em eclipses da Superlua. A junção da Superlua com o eclipse lunar causa a Lua de Sangue. A cor avermelhada deve-se a uma relação entre a proximidade da Lua com a atmosfera terrestre e os raios solares. O Sol emite luzes de todas as cores, mas quando a Lua está próxima da Terra, apenas as cores de baixa frequência, como o vermelho, são refletidas da atmosfera terrestre para o nosso satélite natural, o que torna a Lua vermelha.

Animação sobre a Lua

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