Os recifes de coral são formações típicas de mares tropicais e constituem o habitat de grande variedade de seres vivos. Isso ocorre porque todo recurso nutritivo disponível é utilizado e reutilizado por meio de uma cadeia alimentar bem diversificada. Algas soltas e presas aos recifes são o início da cadeia, que reúne peixes, estrelas-do-mar, moluscos, medusas, tartarugas, anêmonas, ouriços, moreias, entre outros.
Os corais constituem ecossistemas únicos nos oceanos, fornecendo alimento para o desenvolvimento de várias espécies de animais e vegetais marinhos. Esse ecossistema sobrevive graças às águas claras, com fluxo constante, temperatura acima de 21ºC e elevada salinidade. Qualquer forma de modificação desse frágil e complexo ambiente ocasiona o rompimento de toda a cadeia alimentar.
Os recifes de coral são formados com o acúmulo de esqueletos calcários de corais e de algumas algas. Com o tempo, em condições favoráveis, um recife de coral pode se transformar em uma ilha ou, pelo menos, em um atol (ilha oceânica em forma de anel com estrutural coralínea e de outros invertebrados, constituindo em seu interior uma lagoa, sem nenhuma aparente conexão com as rochas da Crosta). São ecossistemas com grande produtividade e grande biodiversidade que, em muitos casos, suportam importantes pescarias e o turismo. A própria rocha dos recifes de coral, é bastante utilizada nas construções, principalmente em recifes que se localizam em parte de terra firme.
Tal como as florestas tropicais, os recifes de coral são habitados por uma variedade de vida selvagem que cobre uma área total correspondente à metade da França. São o lar de cerca de 4 mil espécies de peixes e 800 espécies de corais que constroem os recifes. É também um dos ecossistemas mais ameaçados do mundo, onde cerca de 60% dos recifes de coral estão em risco e 25% encontram-se em situação de alto risco.
Estima-se que os recifes de coral cubram cerca de 284.300 km², sendo que 91,9% localizam-se na região Indo-Pacífico (Mar Vermelho, Oceano Índico, Sudeste Asiático e Oceano Pacífico) e 7,6% estejam localizados no Oceano Atlântico e no Mar do Caribe.
Os recifes de coral são restritos ou ausentes na costa oeste das Américas, assim como na costa oeste da África. Isso ocorre principalmente devido ao fenômeno da ressurgência e das fortes correntes de águas frias, que reduzem a temperatura da água nessas áreas. Também são escassos na costa sul asiática do Paquistão até Bangladesh, bem como ao longo da costa nordeste da América do Sul por causa do grande aporte de água doce proveniente dos rios Amazonas, Indo e Ganges.
Das aproximadamente 48 mil espécies reconhecidas de vertebrados, mais da metade (24.600) são peixes. Destes, mais de 60% vivem exclusivamente em ambientes marinhos. Apesar dos recifes de coral serem menos de 1% da área total dos oceanos do mundo, aproximadamente metade de todas as espécies conhecidas de peixes marinhos encontram-se concentrados nestas águas tropicais.
Os seres humanos constituem a maior ameaça aos recifes de coral. Em particular, a contaminação terrestre e a sobrepesca são as maiores ameaças à esses ecossistemas. A destruição física de recifes devido ao tráfego marítimo de barcos é também outro grande problema que ameaça os recifes de coral.
O comércio de peixe vivo vem provocando o declínio dos recifes de coral, devido à utilização de cianeto e outros produtos químicos na captura de pequenos peixes. Há também um problema natural que ameaça os recifes de coral: as temperaturas da água acima do normal devido a fenômenos climáticos como o El Niño e o aquecimento global.
Os blocos construídos nos recifes de coral são os "esqueletos" de várias gerações de algas, corais e outros organismos construtoras dos recifes, que são compostos por carbonato de cálcio. Como um recife de coral cresce, ele estabelece uma estrutura esquelética encaixando cada novo pólipo. Ondas, peixes de pastejo (como o peixe-papagaio), ouriços-do-mar, esponjas e outras forças e organismos quebram os esqueletos de corais em fragmentos que assentam em espaços na estrutura do recife.
Algas coralinas são os principais contribuintes para a estrutura das partes do recife submetidas às maiores forças por ondas. Estas algas contribuem para a construção do recife através do depósito de calcário em folhas sobre a superfície do recife, contribuindo para a integridade estrutural dos mesmos. Muitas espécies de algas coralinas formam nódulos ou desenvolvem-se na superfície dos fragmentos, alargando os recifes.
A crosta protege espécies formadoras de recifes por resistir a pressões e ondas que iriam destruir a maior parte dos corais. Esta crosta frequentemente forma uma proteção sobre o cume de uma aresta exterior do recife (crista do recife ou margem do recife), em particular, no Oceano Pacífico.
Os recifes de coral podem ter uma variedade de formas, como:
Dentre os principais recifes encontrados no planeta, destacam-se:
A Grande Barreira de Coral pode ser vista do espaço e é a maior estrutura do mundo feita unicamente por organismos vivos. As estruturas dos recifes são compostas por milhares de milhões de minúsculos organismos, conhecidos como pólipos de coral.
Uma grande parte do recife é protegido pelo Parque Marinho de Grande Barreira de Corais, que ajuda a limitar os impactos da atividade humana, como a pesca e o turismo. Outras pressões ambientais sobre o recife envolvem o escoamento superficial, as alterações climáticas acompanhada do embranquecimento maciço dos corais e surtos na população de estrelas-do-mar-coroa-de-espinhos, que se alimenta dos corais.
A Grande Barreira de Coral tem sido conhecida pelo seu uso pelos aborígenes locais e pelos nativos da Ilha do Estreito de Torres, e é um importante componente para a cultura local. É também um importante destino turístico, principalmente nas regiões das ilhas de Whitsunday e da cidade de Cairns.
2. Barreira de Corais de Belize
A Barreira de Corais de Belize é a maior barreira de recifes do hemisfério Norte e a segunda maior do mundo, perdendo apenas para a Grande Barreira de Coral da Austrália. Possui cerca de 300 quilômetros ao longo da península de Yucatán, abrangendo a maior parte do litoral de Belize. Além do recife propriamente dito, a Rede de Reserva dos Recifes da Barreira de Belize possui cerca de 450 pequenas ilhas e três atóis de corais. Sete regiões marinhas nessa reserva, num total de 960 km², estão protegidos pela Convenção do Patrimônio Mundial.
As águas cristalinas dos recifes de Belize, com temperatura média de 26ºC, são ideais para os praticantes de mergulho autônomo (com cilindro de oxigênio) e de mergulho livre. Cerca de 90% dos recifes de Belize ainda não foram explorados.
A Barreira de Corais de Belize é o lar de mais de 65 espécies de coral pétreo (corais duros), 350 espécies de moluscos e mais de 500 espécies de peixes, além de várias outras espécies de animais marinhos. É também o lar de uma das maiores populações mundiais de peixe-boi.
3. Recife de Coral do Mar Vermelho
O Mar Vermelho é uma das maiores concentrações de vida marinha do planeta. O Recife de Coral do Mar Vermelho está localizado ao longo da costa do Egito, destacando-se os recifes de Shark e Yolanda Reef. Ambos os recifes egípcios são conhecidos por apresentar diferentes espécies de tubarões e peixes raros. Muitos navios afundados no Mar Vermelho contribuem para a formação de recifes de coral.
No recife de Shark é possível apreciar cardumes de barracudas devido à fauna de mar aberto. No recife de Yolanda, o destaque fica por conta dos destroços do navio Yolanda, local que vira ninho de acasalamento entre dezembro e janeiro.
Os corais constituem ecossistemas únicos nos oceanos, fornecendo alimento para o desenvolvimento de várias espécies de animais e vegetais marinhos. Esse ecossistema sobrevive graças às águas claras, com fluxo constante, temperatura acima de 21ºC e elevada salinidade. Qualquer forma de modificação desse frágil e complexo ambiente ocasiona o rompimento de toda a cadeia alimentar.
Os recifes de coral são formados com o acúmulo de esqueletos calcários de corais e de algumas algas. Com o tempo, em condições favoráveis, um recife de coral pode se transformar em uma ilha ou, pelo menos, em um atol (ilha oceânica em forma de anel com estrutural coralínea e de outros invertebrados, constituindo em seu interior uma lagoa, sem nenhuma aparente conexão com as rochas da Crosta). São ecossistemas com grande produtividade e grande biodiversidade que, em muitos casos, suportam importantes pescarias e o turismo. A própria rocha dos recifes de coral, é bastante utilizada nas construções, principalmente em recifes que se localizam em parte de terra firme.
Recife de coral na Flórida - EUA |
Estima-se que os recifes de coral cubram cerca de 284.300 km², sendo que 91,9% localizam-se na região Indo-Pacífico (Mar Vermelho, Oceano Índico, Sudeste Asiático e Oceano Pacífico) e 7,6% estejam localizados no Oceano Atlântico e no Mar do Caribe.
Os recifes de coral são restritos ou ausentes na costa oeste das Américas, assim como na costa oeste da África. Isso ocorre principalmente devido ao fenômeno da ressurgência e das fortes correntes de águas frias, que reduzem a temperatura da água nessas áreas. Também são escassos na costa sul asiática do Paquistão até Bangladesh, bem como ao longo da costa nordeste da América do Sul por causa do grande aporte de água doce proveniente dos rios Amazonas, Indo e Ganges.
Localização dos recifes de coral no mundo |
Os seres humanos constituem a maior ameaça aos recifes de coral. Em particular, a contaminação terrestre e a sobrepesca são as maiores ameaças à esses ecossistemas. A destruição física de recifes devido ao tráfego marítimo de barcos é também outro grande problema que ameaça os recifes de coral.
O comércio de peixe vivo vem provocando o declínio dos recifes de coral, devido à utilização de cianeto e outros produtos químicos na captura de pequenos peixes. Há também um problema natural que ameaça os recifes de coral: as temperaturas da água acima do normal devido a fenômenos climáticos como o El Niño e o aquecimento global.
Bioerosão - danos ao recife de coral |
Algas coralinas são os principais contribuintes para a estrutura das partes do recife submetidas às maiores forças por ondas. Estas algas contribuem para a construção do recife através do depósito de calcário em folhas sobre a superfície do recife, contribuindo para a integridade estrutural dos mesmos. Muitas espécies de algas coralinas formam nódulos ou desenvolvem-se na superfície dos fragmentos, alargando os recifes.
Recife de coral na Indonésia |
Os recifes de coral podem ter uma variedade de formas, como:
- Recife avental - recife curto semelhante a um recife franja, porém, mais inclinado, que prorroga para fora e para baixo a partir de um ponto ou península.
- Recife franja - recife que é ligado diretamente à terra ou fronteiras com um intervalo raso num canal ou lagoa.
- Recife barreira - recife separado do continente ou ilha por uma terra profunda em uma lagoa.
- Recife remendo - recife isolado, muitas vezes circular, geralmente dentro de uma lagoa ou baía.
- Recife fita - recife longo, estreito e pouco sinuoso, geralmente associado a um atol ou lagoa.
- Recife mesa - recife isolado, aproximando-se de um tipo de atol, mas sem lagoa.
- Recife atol - recife de forma mais ou menos circular ou contínua de um recife barreira rodeando uma lagoa sem uma ilha central.
Grande Barreira de Coral da Austrália |
1. Grande Barreira de Coral da Austrália
A grande Barreira de Coral da Austrália é uma imensa faixa de corais composta por cerca de 2.900 recifes, 600 ilhas e 300 atóis de coral, situada entre as praias do nordeste da Austrália e Papua Nova Guiné, possuindo uma extensão de 2.900 quilômetros de comprimento e uma largura que varia de 30 a 740 quilômetros. É um dos mais complexos e importantes ecossistemas da Terra. Maior que o território da Itália, ela abriga cerca de 1.500 espécies de peixes e mais de 360 de coral. Os recifes geram ainda 4 bilhões de dólares ao ano em receita de turismo e pesca.A Grande Barreira de Coral pode ser vista do espaço e é a maior estrutura do mundo feita unicamente por organismos vivos. As estruturas dos recifes são compostas por milhares de milhões de minúsculos organismos, conhecidos como pólipos de coral.
Grande Barreira de Corais da Austrália |
A Grande Barreira de Coral tem sido conhecida pelo seu uso pelos aborígenes locais e pelos nativos da Ilha do Estreito de Torres, e é um importante componente para a cultura local. É também um importante destino turístico, principalmente nas regiões das ilhas de Whitsunday e da cidade de Cairns.
Corais da Grande Barreira de Corais, na Austrália |
A Barreira de Corais de Belize é a maior barreira de recifes do hemisfério Norte e a segunda maior do mundo, perdendo apenas para a Grande Barreira de Coral da Austrália. Possui cerca de 300 quilômetros ao longo da península de Yucatán, abrangendo a maior parte do litoral de Belize. Além do recife propriamente dito, a Rede de Reserva dos Recifes da Barreira de Belize possui cerca de 450 pequenas ilhas e três atóis de corais. Sete regiões marinhas nessa reserva, num total de 960 km², estão protegidos pela Convenção do Patrimônio Mundial.
Barreira de Corais de Belize |
A Barreira de Corais de Belize é o lar de mais de 65 espécies de coral pétreo (corais duros), 350 espécies de moluscos e mais de 500 espécies de peixes, além de várias outras espécies de animais marinhos. É também o lar de uma das maiores populações mundiais de peixe-boi.
Corais da Barreira de Corais de Belize |
O Mar Vermelho é uma das maiores concentrações de vida marinha do planeta. O Recife de Coral do Mar Vermelho está localizado ao longo da costa do Egito, destacando-se os recifes de Shark e Yolanda Reef. Ambos os recifes egípcios são conhecidos por apresentar diferentes espécies de tubarões e peixes raros. Muitos navios afundados no Mar Vermelho contribuem para a formação de recifes de coral.
No recife de Shark é possível apreciar cardumes de barracudas devido à fauna de mar aberto. No recife de Yolanda, o destaque fica por conta dos destroços do navio Yolanda, local que vira ninho de acasalamento entre dezembro e janeiro.
Barreira de Coral do Mar Vermelho |
FONTE: Moreira, Igor
Mundo da geografia, 6º ano / Igor Moreira; ilustrações Antônio Eder ...[et al.]. Curitiba: Positivo, 2012.