terça-feira, 5 de janeiro de 2021
segunda-feira, 28 de dezembro de 2020
segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
MARTE: O PLANETA VERMELHO
Marte é o quarto planeta mais próximo do Sol e o segundo menor planeta do Sistema Solar. Apresenta uma coloração avermelhada devido à presença de óxido de ferro na sua superfície. Recebeu esse nome em homenagem ao deus romano da guerra. Possui duas pequenas luas de formato irregular: Phobos (medo) e Deimos (pânico). Seus nomes derivam da mitologia grega e representam os filhos de Ares (Marte) e Afrodite (Vênus). Marte é um dos planetas mais estudados do Sistema Solar, e um dos que melhor podemos ver a olho nu no céu. A duração do dia em Marte aproxima-se do planeta Terra, com 24 horas e 37 minutos, porém, o ano marciano tem uma duração de 687 dias.
Imagem de satélite de toda a superfície de Marte |
Características de Marte
Marte é um planeta muito frio, árido e rochoso. A sua temperatura máxima é de aproximadamente 25ºC, com uma média de -60ºC, a qual pode chegar até a -140ºC durante a noite. O diâmetro de Marte é metade do diâmetro da Terra, sendo também menos denso que o nosso planeta, possuindo cerca de 15% do seu volume e 11% de sua massa, resultando em uma aceleração da gravidade na superfície, que é cerca de 38% da que se observa na Terra. A aparência vermelho-alaranjada da superfície marciana é causada pela grande quantidade de óxido de ferro existente nesse planeta.
Assim como a Terra, Vênus e Mercúrio, Marte faz parte dos chamados Planetas Rochosos, sendo que suas camadas são compostas por atmosfera, crosta, manto e núcleo. A maioria das rochas na superfície de Marte é composta por basalto. Sua atmosfera é muito fina, sendo composta essencialmente por gás carbônico, e em menor quantidade por nitrogênio, oxigênio, argônio, dentre outros gases.
A distância entre Marte e o Sol é de 228 milhões de quilômetros. Marte possui dois satélites naturais que são as "duas luas de Marte". Esses satélites foram descobertos em 1877 e muitos cientistas acreditam que podem ter sido asteroides capturados pela gravidade de Marte.
Durante a formação do Sistema Solar, Marte foi criado como resultado de um um processo de evoluções. O planeta possui muitas características próprias causadas por sua posição no sistema Solar. Elementos com pontos de ebulição relativamente baixos, como cloro, fósforo e enxofre são muito mais comuns em Marte do que na Terra. Estes elementos podem ter sido removidos das áreas mais próximas ao Sol pelo vento solar.
Marte e suas duas luas: Deimos (esquerda) e Phobos (direita) |
História geológica de Marte
A história geológica de Marte é dividida em vários períodos, sendo três principais: Noachiano, Hesperiano e Amazônico.
O Período Noachiano é um dos períodos de formação mais antigos de Marte, entre 4,5 e 3,5 bilhões de anos de anos. Nesse período, as superfícies sofreram grandes crateras de impacto. Acredita-se que a parte mais elevada de Tharsis (um planalto vulcânico) tenha se formado durante este períiodo, com extensas inundações por água líquida no final desse período.
O Período Hesperiano, entre 3,5 e 2,9-3,3 bilhões de anos, é marcado pela formação de extensas planícies de lavas. O Período Amazônico, ocorrido entre 2,9-3,3 bilhões de anos até o presente, têm poucas crateras de impactos de meteoritos, porém, são bastante variadas. Nesse período formou-se o Monte Olimpo, juntamente com fluxos de lavas em outros lugares de Marte. O Monte Olimpo é um vulcão extinto do planeta Marte, e também o vulcão mais elevado do Sistema Solar, com uma altitude de 21,9 km acima do nível médio da superfície marciana.
Comparação entre o Monte Olimpo (ponto mais elevado do Sistema Solar) e o Monte Everest (ponto mais elevado do planeta Terra) |
Vida em Marte
Conhecido desde a Antiguidade, a partir do século XIX, Marte tem despertado maior atenção entre astrônomos e cientistas, uma vez que o planeta vermelho se assemelha à Terra em diversos aspectos, como as estações do ano, o relevo (vales, dunas, planícies, planaltos, cânions, entre outros) e aproximação do dia terrestre (quase 24 horas). Isso faz com que muitas pessoas acreditem haver vida em Marte. No entanto, o fato de ser envolvido numa atmosfera fina e bastante rarefeita reforça a impossibilidade de vida no planeta.
Planícies vulcânicas (em vermelho) e bacias de impacto (em azul), dominam a topografia do planeta Marte |
O que despertou ainda mais o interesse dos cientistas na atualidade foi um estudo realizado em 2000 pela NASA (Agência Espacial Norte-Americana), no qual foi confirmada a existência de processos erosivos no planeta, o que evoca a possibilidade da existência de água e, consequentemente, de vida em Marte.
Em 25 de julho de 2018, cientistas da Agência Espacial Italiana anunciaram que existe água líquida em Marte, de forma constante. Para especialistas, essa descoberta, de um reservatório subterrâneo permanente de água líquida, aumenta consideravelmente as chances de haver vida no planeta. A água líquida e perene foi encontrada 1,5 km abaixo de uma camada de gelo, próxima ao Polo Sul de Marte.
Possível escoamento de água no solo de Marte |
Em julho de 2020, a NASA lançou a Mars 2020, cujo objetivo é coletar amostras do solo marciano para verificar se há vestígios de vida no planeta. No dia 28 de setembro de 2020, a sonda Marsis, da Agência Espacial Europeia (ESA), indicou a existência de novos reservatórios de água em Marte. As pesquisas indicaram que o Polo Sul de Marte apresentou água em estado líquido, porém, uma água salobra abaixo de uma camada de gelo. A sonda não é capaz de fazer perfurações, por isso, ainda não foi possível dizer qual a profundidade dos lagos marcianos.
Fotografia do pôr-do-sol em Marte feita pelo robô Spirit |
sexta-feira, 11 de dezembro de 2020
quinta-feira, 10 de dezembro de 2020
quarta-feira, 9 de dezembro de 2020
domingo, 6 de dezembro de 2020
segunda-feira, 30 de novembro de 2020
sexta-feira, 27 de novembro de 2020
terça-feira, 24 de novembro de 2020
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
terça-feira, 17 de novembro de 2020
A LUA: O SATÉLITE NATURAL DA TERRA
A Lua é o satélite natural da Terra. Consiste de um corpo rochoso com 3.476 km de diâmetro, quase um terço do tamanho da Terra. A distância média da Terra à Lua é de 384.400 km.
A Lua não tem atmosfera para proteger o ser humano ou outro ser vivo da exposição direta às radiações solares, como a radiação ultravioleta. Também não existe água nem vulcões porque, ao contrário da Terra, a Lua tem a parte mais interna em estado sólido (não apresenta magma). Mas há muitas crateras, geralmente formadas pelo impacto de corpos celestes no passado. As colisões derreteram rochas e formaram lavas, que esfriam e aparecem como áreas escuras na Lua, chamadas de mares. A temperatura na sua superfície varia, em média, de 100°C a -150°C. Todas essas condições não permitem a existência de seres vivos na Lua.
Estrutura Lunar |
Os principais movimentos da Lua são: translação ao redor da Terra e rotação sobre seu próprio eixo. Esses movimentos têm praticamente o mesmo tempo de duração: aproximadamente 27 dias e 8 horas. Por esse motivo, a Lua mantém sempre a mesma face voltada para a Terra.
As fases da Lua
O brilho da Lua é reflexo da luz do Sol. Da mesma forma que os planetas, ela não tem luz própria. O observador terrestre vê partes diferentes da Lua iluminadas pelo Sol, enquanto ela se movimenta ao redor da Terra. Esses diferentes aspectos, denominados fases da Lua, são: Lua Nova, Quarto Crescente, Lua Cheia e Quarto Minguante. Quarto, significa 1/4. O Sol ilumina a metade da esfera lunar e, daqui da Terra, vemos apenas a metade da porção iluminada pelo Sol, isto é, 1/4 da Lua.
A fase de Lua Nova é quando a sua face está do lado oposto à Terra. Para nós, está voltada a face não iluminada. Nessa fase a Lua não é vista no céu noturno. Nos dias seguintes, a Lua tem a aparência de um arco iluminado e, às vezes, pode ser vista à tardinha. À medida que a Lua translada ao redor da Terra, aumenta a parte que vemos iluminada. Após cerca de sete dias, ela está na sua fase Quarto Crescente.
A Lua segue a sua órbita. A cada dia aumenta a sua região iluminada vista da Terra. Quando a Lua está em posição oposta à posição do Sol em relação à Terra, a Lua fica com a face voltada para nós completamente iluminada: é a fase da Lua Cheia. Nesse período, a Lua surge no céu no início da noite.
Praia de Ponta Negra, em Natal/RN, em uma noite de Lua Cheia |
Nas noites seguintes, podemos observar que a parte iluminada da Lua começa a diminuir até que só a metade da sua face é vista. Ela aparece no céu bem mais tarde da noite e pode ser vista ao amanhecer: é a fase Quarto Minguante.
A Lua segue na sua translação, mudando de posição em relação à Terra e ao Sol. Para quem a observa da Terra, vai diminuindo a parte iluminada, até que ela novamente não é vista no céu. A Lua, então, completa o seu ciclo e retorna à fase de Lua Nova.
As quatro fases da Lua acontecem em ciclos contínuos, num período de 29 dias e 12 horas. Os eclipses são fenômenos que ocorrem devido à posição entre a Lua, a Terra e o Sol.
Lua crescente e o planeta Vênus numa madrugada de Nova York, EUA |
Eclipse Lunar
O eclipse lunar acontece na fase da Lua Cheia. Ocorre quando a Terra fica entre o Sol e a Lua, que passa pela região da sombra da Terra. A Terra, nessa ocasião, bloqueia os raios solares que iluminam a Lua. A sombra da Terra se projeta na Lua, cobrindo-a parcial (eclipse parcial) ou totalmente (eclipse total). O eclipse lunar é visto em todas as partes do mundo.
Figurinha mostrando a posição dos astros durante um eclipse lunar |
Eclipse Solar
O eclipse solar ocorre quando a Lua fica entre o Sol e a Terra, ou seja, na fase de Lua Nova e todos ficam alinhados em uma reta só. Nessa ocasião, a Lua bloqueia os raios solares que iluminam parte da Terra.
O eclipse solar poder ser parcial para algumas regiões. Esse fenômeno ocorre pelo menos duas vezes ao ano; no entanto, ocorre raramente num mesmo local da Terra. Diferentemente do eclipse lunar, o eclipse solar é visto apenas em algumas regiões do planeta.
Figurinha mostrando como ocorre um eclipse solar |
Influência da Lua sobre a Terra
A Lua é a principal causa dos fenômenos das marés. A força de atração entre a Terra e a Lua e entre a Lua e o Sol, provoca a subida e a descida do nível das águas do mar. A subida é a maré alta ou preamar. A descida é a maré baixa ou a baixa-mar.
As marés acontecem porque a força gravitacional é maior no lado da Terra que está mais próximo à Lua do que no lado oposto, mais afastado.
Mas a influência da atração gravitacional da Lua e dos planetas sobre o corpo humano pode ser desprezada diante da influência do planeta Terra e até de corpos muito mais leves, porém, muito mais próximos.
Imagem da Lua passando na frente da Terra a partir da perspectiva da sonda Deep Space Climate Observatory |
A Lua de Neve
O fenômeno recebe esse nome porque tribos nativas americanas e de toda a Europa costumavam nomear as Luas com base nos atritos que associavam às estações do ano no Hemisfério Norte.
Assim, a Lua Cheia em fevereiro é chamada de Lua de Neve por causa das fortes nevascas que normalmente ocorrem ao longo do mês em algumas partes do mundo. Algumas tribos a chamavam de Lua de Fome, porque o clima de inverno criava condições difíceis de caça e escassez de alimentos.
Visão da Lua sobre o deserto de Mojave, na Califórnia - EUA |
Superlua
A Superlua ocorre quando a Lua ocupa a posição de maior proximidade com a Terra, apresentando-se aproximadamente 15% maior e com cerca de 30% a mais de luminosidade. O fenômeno torna-se especial com a fase da Lua Cheia, fazendo com que a Lua seja percebida com um tamanho muito superior ao normal.
Superlua vista dos céus de Atenas - Grécia |
Lua de Sangue
Também chamado de Lua Sangrenta, é um dos fenômenos astronômicos mais belos vistos a olho nu. No entanto, Lua de Sangue é só um nome impactante que deram para o fenômeno em que a Lua fica avermelhada.
O fenômeno é raro e acontece em eclipses da Superlua. A junção da Superlua com o eclipse lunar causa a Lua de Sangue. A cor avermelhada deve-se a uma relação entre a proximidade da Lua com a atmosfera terrestre e os raios solares. O Sol emite luzes de todas as cores, mas quando a Lua está próxima da Terra, apenas as cores de baixa frequência, como o vermelho, são refletidas da atmosfera terrestre para o nosso satélite natural, o que torna a Lua vermelha.