segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

AS PRINCIPAIS ATRAÇÕES TURÍSTICAS DA PARAÍBA

  O turismo é uma fonte de divisas que contribui para o desenvolvimento de uma região. Na Paraíba, esta atividade vem se desenvolvendo devido, principalmente, às suas potencialidades, graças a uma diversidade de paisagens que varia desde praias de águas mornas e areias brancas, "onde o sol nasce primeiro no Brasil", até as serras e depressões sertanejas.
  João Pessoa e Campina Grande, as duas maiores cidades paraibanas, são também as que mais investem no turismo, principalmente em serviços e infraestrutura, como estrutura viária, hotelaria e lazer.
Bananeiras - PB
  Dentre as principais atrações turísticas da Paraíba, destacam-se:
Jardim Botânico Benjamin Maranhão
  O Jardim Botânico Benjamim Maranhão, popularmente conhecido como Mata do Buraquinho, está situado em João Pessoa, e foi criado por meio do decreto-lei nº 21.264, de 28 de agosto de 2000 pelo governo do Estado da Paraíba. Possui 515 hectares e é a maior floresta semi-equatorial nativa plana densamente cercada por área urbana do mundo. Em 1856, a Mata do Buraquinho era chamada de Sítio Jaguaricumbe. O rio Jaguaribe, atravessa a reserva e corta 23 bairros da capital paraibana.
  Além de área de lazer, o Jardim Botânico tem o objetivo de estudar espécies da fauna e flora, já que o parque conta com espécies animais e vegetais típicas da Mata Atlântica. Na área do parque são desenvolvidas atividades de educação ambiental e preservação do patrimônio genético das plantas.
  Dentre as principais espécies de plantas encontradas no parque estão a sucupira, massaranduba, cajazeira, copiúba, dendê, pau-pombo, várias espécies de orquídeas e bromélias, entre outras. Entre os animais, destacam-se os saguis, tamanduá-mirim, cutia, raposa, preá, bicho-preguiça, borboletas, cobras e varias espécies de pássaros.
Jardim Botânico Benjamin Maranhão, em João Pessoa
Barra de Mamanguape
  Barra de Mamanguape é um distrito da cidade paraibana de Rio Tinto. Com o intuito de proteger o peixe-boi-marinho e o ecossistema de manguezal, foi criada em 1993 a Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape. O lugar onde o rio Mamanguape encontra o mar é um dos trechos mais bonitos do litoral paraibano, onde conjunto de corais podem ser vistos quando a maré está baixa.
  Na Barra do Rio Mamanguape, o Ibama realiza um importante projeto de preservação ambiental, o Projeto Peixe-Boi-Marinho, um animal que, por causa da caça indiscriminada, é uma das espécies mais ameaçadas de extinção do Brasil.
Barra do Rio Mamanguape, em Rio Tinto - PB

Parque Estadual Mata do Pau-Ferro
  O Parque Estadual Mata do Pau-Ferro é uma unidade de conservação e está situado no Sítio Vaca Brava, no município de Areia, e tem como objetivo preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais da região, além de possibilitar a realização de estudos, pesquisas e trabalhos de interesses científicos e oferecer condições  para recreação, turismo e realização de atividades educativas e de consciência ecológica.
  Este parque foi criado por meio do decreto nº 14.832, de 19 de outubro de 1992, pelo Governo do Estado, possuindo uma área de 600 hectares. Em 4 de agosto de 2005, por meio do decreto nº 26.098, o Parque Estadual da Mata do Pau-Ferro foi recategorizada como parque estadual.
  O parque é formado por fragmentos de um tipo específico de Mata Atlântica, denominada de brejos de altitude, e apresenta algumas plantas endêmicas, como a Erythroxylum pauferrense, uma espécie comum no parque, popularmente conhecido como pau-ferro.
  A unidade abriga ainda uma diversidade significativa de aves, e é reconhecida como Área Importante para Preservação de Aves (IBA), além de proteger mananciais de alguns afluentes da bacia do rio Mamanguape. No parque encontra-se a barragem Vaca Brava, que abastece parte da região do Brejo Paraibano.
    Visão geral do Parque Estadual Mata do Pau-Ferro, em Areia - PB
Parque Estadual Pico do Jabre
  O Pico do Jabre está localizado no município de Matureia e, com uma altitude de 1.197 metros acima do nível do mar, é o ponto culminante da Paraíba e um dos mais elevados do Nordeste. O Parque Estadual Pico do Jabre foi criado para proteger a fauna e a flora da região e possui uma área aproximada de 500 hectares.
  O Pico do Jabre caracteriza-se pela presença de afloramentos rochosos (granitos e gnáissicos) e pela vegetação semicaducifólia e subxerófila, conhecida como "mata serrana", com elementos florísticos característicos da mata úmida e da caatinga. Durante as frentes frias que chegam do Polo Sul no inverno, a temperatura chega a poucos graus positivos, com sensação térmica inferior a zero grau.
  O entorno do Parque Estadual do Pico do Jabre abrange cinco municípios, que têm como principal atividade econômica a agricultura e a pecuária extensiva.
Pico do Jabre, em Matureia - PB: ponto culminante da Paraíba
Floresta Natural da Restinga de Cabedelo
  Conhecida popularmente como Mata da AMEM, a Floresta Nacional da Restinga de Cabedelo, é uma Unidade de Conservação Federal, vinculada ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Possui uma extensão aproximada de 123 hectares e está localizada entre os municípios de João Pessoa e Cabedelo. Essa unidade de conservação abriga um dos últimos fragmentos de mata atlântica em restinga da Paraíba.
  Essa unidade de conservação foi criada em junho de 2004 com o objetivo de preservar os manguezais e a vegetação herbácea de restinga. No entorno dessa unidade de conservação encontra-se o estuário do rio Paraíba.
  As principais ameaças para a conservação da biodiversidade do parque estão relacionadas a expansão urbana, ao isolamento do fragmento e a poluição por esgotos domésticos e gases oriundos do transporte urbano.
Floresta Natural da Restinga de Cabedelo, em Cabedelo - PB
Estação Ecológica do Pau-Brasil
  A Estação Ecológica do Pau-Brasil é uma unidade de conservação que está situada no município de Mamanguape, e tem como objetivo principal conservar um fragmento específico de Mata Atlântica. A estação foi criada através do Decreto Estadual nº 22.881, de 25 de março de 2002, devido a importância e abundância da espécie Cesalpinia echinata, popularmente conhecida como pau-brasil, árvore símbolo do país.
  A administração dessa estação ecológica está a cargo da Sudema, que busca recursos financeiros e humanos para efetivar sua implantação, já que a área vem sofrendo com um conflito pela posse da terra entre posseiros, fazendeiros e o Governo da Paraíba.
  A estação é uma das áreas protegidas mais restritivas entre as existentes na Paraíba, sendo permitida a visitação de estudantes e pesquisadores autorizados.
Estação Ecológica do Pau-Brasil, em Mamanguape - PB
Parque Estadual Marinho de Areia Vermelha
  O Parque Estadual Marinho de Areia Vermelha está localizado no município de Cabedelo e apresenta uma área de 230 hectares, tendo sido criado por meio do decreto estadual nº 21.263 de 28 de agosto de 2000.
  O ponto central do parque é a ilha de Areia Vermelha, que é um banco de areia de cerca de dois quilômetros de comprimento por um de largura, em frente à praia de Camboinha.
  O parque tem como objetivos: proteger e preservar integralmente os recursos naturais do ecossistema (coroa, recifes, piscinas naturais), a fauna e a flora marinha; despertar nos visitantes a consciência ecológica e conservacionista; controlar e ordenar o turismo sustentável e as demais atividades econômicas compatíveis com a conservação ambiental; gerenciar e fiscalizar a área para a utilização racional do espaço; controlar e fiscalizar as atividades degradadoras, e; garantir a integridade da paisagem.
Parque Estadual Marinho de Areia Vermelha, em Cabedelo - PB
Serra do Teixeira
  A Serra do Teixeira é uma formação montanhosa localizada na microrregião da Serra do Teixeira. A denominação da serra é atribuída a Francisco da Costa Teixeira, que visitou a região em 1761. A principal cidade da região é Teixeira. O Pico do Jabre, ponto culminante da Paraíba, faz parte dessa serra.
  Por possuir um clima mais ameno e úmido em relação às áreas circunvizinhas e por possuir um solo bastante fértil, a partir de 1830 foram feitas algumas tentativas de produção de trigo, sendo que em alguns locais obteve-se êxito.
  A serra apresenta no seu relevo altitudes médias em torno dos 700 metros, e é uma área que serve como divisor de águas dos rios que correm em direção às bacias do norte (Piranhas-Açu), sul (São Francisco) e leste (Paraíba).
Serra do Teixeira, em Teixeira - PB
Serrote do Espinho Branco
  O Serrote do Espinho Branco está localizado no município de Patos, e é uma elevação do tipo inselbergue. A área onde a elevação se encontra é protegida como reserva legal, cuja retirada de árvores e a caça só são permitidas se for realizada de forma sustentável, mediante o desenvolvimento de um plano de manejo da área, aprovado por órgão competente. Tal legislação promove a preservação da mata do inselbergue e a do rio da Cruz, que corta seu sopé. Esse serrote é um dos locais mais visitados por praticantes de escaladas e pessoas que praticam trilhas ecológicas.
Serrote Branco, em Patos - PB
Serra das Espinharas
  A Serra das Espinharas está localizada na divisa da microrregião do Seridó Ocidental Paraibano com o Rio Grande do Norte. Esse contraforte serve de divisor de águas entre as bacias dos rios Piranhas-Açu e Paraíba, e no seu sopé encontra-se a nascente do rio Espinharas. Localizado no extremo noroeste do Planalto da Borborema, a Serra das Espinharas é um dos últimos contrafortes desse planalto antes da Depressão Sertaneja.
Serra das Espinharas, em São José de Espinharas - PB
Unidade de Conservação Estadual da Mata do Xem-xem
  A Unidade de Conservação Estadual da Mata do Xem-Xem, popularmente conhecida como Mata do Xem-xem, é uma área de proteção ambiental estadual localizada no município de Bayeux. Xem-xem tem sido utilizada pelo Centro de Treinamento do 16º Regimento de Cavalaria Mecanizado para atividades de treinamento diversas, bem como pelas comunidades do entorno e escolas, que fazem uso do local para lazer, recreação e educação ambiental.
  Esse parque estabeleceu-se como unidade de conservação em 28 de agosto de 2000, pelo decreto estadual nº 21.252, e possui uma área de 181,22 hectares. Xem-xem está localizada numa área de tabuleiros costeiros, correspondentes a baixos planaltos com altitudes que variam de 35 a 45 metros em relação ao nível do mar. No entorno do parque encontram-se várias nascentes, como do rio Marés, que abastece parte de João Pessoa.
  A reserva do Xem-xem apresenta vegetação de Mata Atlântica, com trechos de floresta subcaducifólia e cerrado. Associada a esses tipos de vegetação, encontra-se mata de restinga, vegetação típica de solo arenoso, com predominância de espécies arbustivas.
Mata do Xem-xem, em Bayeux - PB
Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Almas
  A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Almas está localizada no município de São José dos Cordeiros e uma pequena parte no município de Sumé, é a quarta maior RPPN do bioma Caatinga do Brasil e a maior da Paraíba. Possui uma área de 3.505 hectares (a Fazenda Almas possui 5.247 hectares) e a reserva foi criada em 1990. Desde o ano de 2006, a Associação de Plantas do Nordeste (APNE), em conjunto com a UFPB/DSE (Universidade Federal da Paraíba/Departamento de Sistemática e Ecologia) vem atuando ativamente na gestão e na conservação da reserva, mediante um acordo com o proprietário. Além de ações de proteção, delimitação, infraestrutura e fiscalização, vêm sendo realizados estudos e pesquisas para caracterizar e avaliar a biodiversidade presente na área.
  A vegetação local varia entre uma caatinga arbórea densa e uma caatinga arbórea mais aberta, entremeada de lajedos com uma flora característica. O objetivo dessa reserva é preservar as espécies animais e vegetais existentes na região.
    Fazenda Almas, em São José dos Cordeiros - PB
Fazenda Acauã
  Com 300 anos de história, o Sítio Acauã é a mais antiga fazenda de gado e algodão do Sertão da Paraíba. Está localizada no município de Aparecida e sua fundação data de 1757. A Capela da Imaculada Conceição é um monumento barroco da maior importância, que mantém ainda seu aspecto físico interior, com altar e nicho talhados em madeira.
Fazenda Acauã, Aparecida - PB
Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Pacatuba
  A Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Pacatuba é uma área de conservação particular situada no distrito de Santa Helena, município de Sapé, e possui uma área de 2.600 hectares, sendo que 266,53 hectares estão dedicados à conservação. A reserva tem como objetivo a conscientização ambiental e a preservação das espécies animais e vegetais da Mata Atlântica da região. A unidade representa um importante bolsão protetor para a fauna e flora.
Fazenda Pacatuba, em Sapé - PB
Orla de Cabo Branco
  Cabo Branco é um bairro nobre localizado no extremo da Zona Leste da cidade de João Pessoa. Sua avenida principal recebe o seu nome, Avenida Cabo Branco, e fica paralela à praia, onde se localiza a maior parte do seu comércio. É também muito utilizada para atividades esportivas, como corridas, caminhadas e ciclismo. É considerado um bairro tranquilo para seus moradores, apesar de nele se situar uma das praias mais frequentadas pelos turistas da cidade, em virtude de sua orla possuir grande quantidade de hotéis, pousadas, bares e restaurantes.
  Na praia são realizados eventos, como shows, eventos turísticos e Réveillon, além da realização de competições esportivas, como vôlei de praia, ciclismo e futebol de areia.
  Existe no bairro uma importante formação geológica, o Cabo Branco, que já foi considerado o ponto mais oriental das Américas, mas devido ao processo de erosão marinha, perdeu esse título para a Ponta do Seixas. Acima da falésia do Cabo Branco, situa-se o Farol do Cabo Branco.
Orla de Cabo Branco, em João Pessoa - PB
Pôr do Sol do Jacaré
  O Pôr do Sol na Praia do Jacaré é o programa mais tradicional da Grande João Pessoa. Todos os dias, uma pequena multidão se amontoa nos deques dos restaurantes da praia fluvial para acompanhar o pôr do sol ao som do Bolero de Ravel. Quem sempre toca a música é Jurandy do Sax, que entra em um barco a remo que desliza pelas águas do rio Paraíba por cerca de 15 minutos. Em um momento de muita paz, o sol se despede do dia, num dos mais belos espetáculos da natureza.
  A praia fluvial do Jacaré fica localizada no município de Cabedelo, litoral norte de João Pessoa. Tem uma estrutura dotada de restaurantes, bares, praça, lojas e barracas de artesanato, que ficam localizados às margens do rio Paraíba. A praia é também um local de pescaria e de desportos como o remo e a vela. Por ser uma praia fluviomarinha, às vezes fica imprópria para o banho.
Pôr do sol do Jacaré, em Cabedelo - PB
Praia de Tambaba
  A praia de Tambaba está localizada no município de Conde, litoral sul da Paraíba, distante cerca de 30 quilômetros de João Pessoa e é conhecida principalmente pela área naturista, sendo a primeira praia do Brasil a permitir o naturismo por lei municipal. A praia é dividida em duas: de um lado, ficam os naturistas; do outro os que preferem ficarem vestidos.
  O naturismo de Tambaba é gerido pela Associação Tambaba Nua, que tem a incumbência de organizar uma série de normas de conduta ética como meio de garantir um padrão de comportamento na praia. Tais regras incluem proibição de filmagens ou fotografias sem autorização, a obrigação de nudez total para permanecer no local, proibição de qualquer comportamento ou práticas sexuais, assim como o consumo de drogas.
Praia de Tambaba, em Conde - PB
Praia de Tambaú
  A praia de Tambaú está localizada na capital paraibana, João Pessoa, e é uma praia tranquila de mediana extensão. Em termos turísticos, Tambaú é o local onde tudo acontece. Em suas areias está o Hotel Tropical Tambaú, que foi construído em forma circular e é considerado o hotel mais pitoresco de João Pessoa. Esse hotel foi inaugurado em 1971 e possui quadra de tênis, bar, restaurante, salão de convenções e uma galeria com cinema e lojas. Próximo ao Hotel Tropical Tambaú, situa-se o Mercado de Artesanato Paraibano (MAP), construído em estilo colonial na década de 1990.
Praia de Tambaú, em João Pessoa - PB
Ponta do Seixas
  A Ponta do Seixas é o ponto mais oriental do continente americano e, consequentemente, da parte continental do Brasil. Localiza-se na parte leste de João Pessoa, a 14 quilômetros do Centro da cidade e três quilômetros da praia de Cabo Branco. Ao lado da Ponta do Seixas, sobre uma falésia constantemente erodida pelas ondas, encontra-se o farol de Cabo Branco, construído na era militar e cujo formato em pé de sisal (triangular) apresenta 40 metros. Dele se tem a mais bela vista da orla de João Pessoa, do oceano Atlântico, e de toda a região.
  A designação da Ponta do Seixas provém de uma tradicional família paraibana, os Seixas, cujo patriarca possuía junto ao local uma propriedade rural. Esse ancestral, de origem portuguesa e de sobrenome Rodrigues Seixas, estabeleceu-se na Paraíba no século XVII.
  Por muitos anos, a Ponta do Seixas, na Paraíba, e a Ponta de Pedras, em Pernambuco, disputaram a categoria de ponto mais oriental das Américas. A questão só foi resolvida quando uma comissão do Ministério da Marinha, através de estudos com azimutes, definiram realmente que a Ponta do Seixas era o local mais oriental do continente americano.
Ponta do Seixas, em João Pessoa - PB
Baía da Traição
  A Baía da Traição é um dos núcleos de povoamento europeu mais antigos da Paraíba. Começou a ser ocupada pelos franceses, que ali fundaram uma feitoria visando o comércio do pau-brasil, abundante na região, além de um fortim, sendo combatidos por uma expedição guarda-costas portuguesa liderada pelo navegador Cristóvão Jaques.
  O litoral da Baía da Traição é um dos mais belos do Nordeste, tendo a configuração de uma meia-lua, onde se destacam praias sinuosas, falésias multicoloridas, dunas e uma linha de arrecifes, formando um conjunto harmonioso de rara beleza paisagística. Dentre as principais praias de Baía da Traição, destacam-se as praias de: Cardosas, Tambá, Forte, Coqueirinho, Giz Branco, Campina e Trincheira.
Baía da Traição - PB
Praia de Carapibus
  A praia de Carapibus está localizada no município de Conde e possui falésias em toda a sua extensão. Praia de grande beleza e tranquilidade, é considerada um dos refúgios da cidade. Costuma receber um bom número de turistas durante a alta temporada, que aproveitam para relaxar, tomar um delicioso banho de mar e se distanciar do cotidiano agitado das grandes cidades. Com uma boa faixa de areia clara, o mar é levemente agitado, e suas águas cristalinas são muito convidativas para um mergulho. A praia é propícia também para a prática de esportes náuticos, como kitesurf e windsurf.
Praia de Carapibus, em Conde - PB
Praias de Lucena
  O município de Lucena está localizado no litoral norte da Paraíba, estando cerca de 45 quilômetros de João Pessoa. São sete praias no município (Bonsucesso, Fagundes, Ponta do Lucena, Lucena, Costinha, Gameleira e Camaçari), uma bem pertinho da outra, ornamentada por coqueirais e vilas de pescadores. A mais visitada delas é a de Lucena, que durante o Carnaval a população quase que quadruplica. Todas as praias de Lucena são calmas e destinadas ao banho e à pesca. Em Bonsucesso, que é uma extensão da praia de Lucena, pode-se conhecer as ruínas da Igreja do Bonsucesso, erguida no século XVI e que hoje está sustentada por uma gameleira. Outra atração bastante visitada é a Igreja de Nossa Senhora da Guia.
  Em Lucena há também os mangues e manguezais e as lagoas naturais, como as do Mangue da Capivara e dos Homens. Outros atrativos muito procurado pelos admiradores de esportes e aventura são as trilhas ecológicas, muitas delas com Mata Atlântica natural e lagoas com águas transparentes.
Praia de Lucena, em Lucena - PB
Praia de Tabatinga
  A praia de Tabatinga está localizada no município de Conde, há cerca de 25 quilômetros de João Pessoa. É uma praia extensa e bastante bonita, com falésias, ondas fortes e suaves e com uma boa faixa de areia dourada. Suas águas são cristalinas e conta com uma vegetação nativa e alguns coqueiros, que sombreiam parte da areia.
Praia de Tabatinga, em Conde - PB
Praia do Coqueirinho
  Localizada no município de Conde, a praia do Coqueirinho está relacionada entre as praias mais belas do Brasil. É uma praia tranquila e conhecida como um dos refúgios da cidade. Sua beleza natural e o clima agradável costuma atrair diversos turistas durante a alta temporada, que aproveitam para relaxar, tomar um delicioso banho de mar e se distanciar do cotidiano agitado das cidades. A praia conta com uma boa faixa de areia clara, o mar é levemente agitado, formando boas ondas. A enseada, ao norte, acolhe mais visitantes em função da grande piscina protegida por arrecifes. O lado sul possui ondas fortes, que motivam a pesca, o surf e o camping, além de uma das grandes atrações da praia, o Cânyon do Coqueirinho, que é muito procurado para o passeio entre as escarpas coloridas e por causa da argila medicinal utilizada para tratamento da pele.
Praia e Cânyon do Coqueirinho, em Conde - PB
Barra de Camaratuba
  Barra de Camaratuba é a versão mais selvagem da Paraíba. Localizada no município de Mataraca, a cerca de 110 quilômetros de João Pessoa e próximo à divisa com o Rio Grande do Norte, é uma vila de pescadores, considerada o último distrito do litoral norte da Paraíba, que se orgulha de possuir como atrações, praias com faixas de areia que marca os limites entre o mar e o rio, passeios por lagoas, trilhas no interior de um mangue e visita a comunidade indígenas.
  Encravada entre duas grandes reservas ecológicas, a "Barra", como os nativos a denominam, é um verdadeiro paraíso tropical. Com uma população de pouco menos de mil habitantes, o vilarejo vem despertando o interesse de visitantes e investidores estrangeiros, que planejam transformar o local em um ícone de desenvolvimento turístico, sustentável e preservacionista, com foco no ecoturismo, no turismo rural e no turismo de aventura.
Barra de Camaratuba, em Mataraca - PB
Cachoeira do Roncador
  Encravada entre os municípios de Pirpirituba, Bananeiras e Borborema, a Cachoeira do Roncador é um lençol d'água que desce de uma altura de 45 metros a uma depressão formada no curso médio do rio Bananeiras, que nasce na mata da UFPB de Bananeiras, e promove uma grande beleza natural na região em que se localiza, sendo muito procurada para a prática do rapel.
  O nome "Roncador" se deve ao barulho semelhante a um ronco, que a cachoeira, junto com os ventos, faz ao passar pelas pedras. A cachoeira tem sua beleza realçada durante o inverno, quando aumenta seu volume e sua intensidade de água. Além de banhos relaxantes, a cachoeira promove caminhadas ecológicas, prática de camping selvagem e inúmeras piscinas naturais que se formam entre as rochas.
Cachoeira do Roncador, localizada entre os municípios de Borborema, Pirpirituba e Bananeiras
Cachoeira do Pinga
  A Cachoeira do Pinga está localizada no município de Lagoa Seca. É uma queda d'água de pequenas dimensões (entre 3 e 10 metros), situada no leito do rio Mamanguape. O local atrai amantes do ecoturismo e do turismo de aventura, e apresenta um paredão com duas vias de escalada em construção, a Via dos Maribondos e a Via da Raposa. Também tem ancoragens para a prática de tirolesa e grampos para facilitar a descida até a cachoeira. Nas imediações da cachoeira encontram-se inscrições rupestres do costume "Itacoatiaras", chamadas de "Furnas do Amaragi".
Cachoeira do Pinga, em Lagoa Seca - PB
Praias de Pitimbu
  Pitimbu é a cidade mais ao sul do litoral paraibano, fazendo divisa com o estado de Pernambuco na margem direita do rio Goiana. A pesca do camarão é a principal fonte de renda da população, seguida do turismo. Pitimbu é o município paraibano que possui a maior faixa litorânea, contabilizando treze praias (Pitimbu, Acaú, Bela, Azul, dos Mariscos, Pontal, Guarita, Ponta de Coqueiros, Pontinhas, Barra do Abiaí, Graú, Santa Rita e e do Farol), um farol, duas barras e duas ilhotas.
  A praia de Pitimbu é a mais urbanizada e movimentada do município, pois encontra-se no centro da cidade. O rio conhecido como Maceió corta a praia e a divide, dando início à Praia da Guarita. A praia da Acaú é muito procurada principalmente por turistas pernambucanos. Já quem prefere desfrutar de um bom banho de rio e degustar deliciosas iguarias sem sair da água, a Praia Bela é a ideal, além de ser bastante procurada por praticantes de esportes aquáticos, pois o mar é bem agitado. Já quem busca o sossego, a praia ideal é a dos Mariscos, pois se distancia dos grandes centros e apresenta um ambiente bastante familiar. A principal referência da Praia Bela é a imensa piscina formada pelo rio Mucatu, em conjunto com o movimento das marés.
Praia de Barra do Abiaí, em Pitimbu - PB
Praia do Sol
  A Praia do Sol está localizada em João Pessoa e é delimitada pelos rios Mangabeira, ao norte, e Gramame, ao sul. É considerada uma das praias mais movimentadas da cidade. Essa praia apresenta recifes de corais, ondas fracas e areia fina e batida. É emoldurada por falésias e apresenta uma boa área preservada de mangues. O entorno da praia é composta por muitas chácaras, pertencentes principalmente pessoenses, que a utilizam para passar os finais de semana e curtir as férias.
Praia do Sol, em João Pessoa - PB
Picãozinho
  Picãozinho é uma formação de recifes, que fica localizada a cerca de 1.500 metros da praia de Tambaú, em João Pessoa. Durante o período de baixa-mar uma grande porção de recife fica exposto, originando uma paisagem espetacular. Os recifes são um dos mais importantes pontos turísticos de João Pessoa, e é bastante procurado por apresentar águas claras e uma diversificada fauna e flora marinha. Diversas pesquisas científicas sobre a fauna e a flora marinha são conduzidas no recife de Picãozinho, graças às boas condições de mergulho livre e ao seu fácil acesso.
Recife de Picãozinho, em João Pessoa - PB
Balneário Rabo do Pavão
  O balneário Rabo do Pavão fica localizado no município de Congo. É um balneário que por muito tempo atraiu pessoas de várias localidades, que vinham em busca daquele banho maravilhoso com água doce e fresquinha. É uma espécie de chuveirão gigante localizado no açude Cordeiro (maior reservatório de água potável do Cariri Paraibano), e representa a garantia de sobrevivência para a população de diversas cidades da região. O Rabo do Pavão é um dos destinos turísticos mais visitados do Cariri Paraibano, principalmente por pernambucanos.
Balneário Rabo do Pavão, em Congo - PB
Balneário Recanto do Lazer
  O balneário Recanto do Lazer está localizado no município de Santa Rita. É um local privilegiado, que proporciona momentos agradáveis e inesquecíveis para as pessoas de todas as idades. É conhecido como "Piscinão", sendo banhado pelo rio Tibirizinho, oferecendo piscinas naturais com água mineral corrente, toboágua, áreas de pesca, recreação e descanso, salão de jogos, mini-campo, bar, restaurante, trilhas ecológicas e áreas de muito verde coberto por resquícios da Mata Atlântica.
Balneário Recanto do Lazer, o Piscinão, em Santa Rita - PB
Serra do Espinho
  Os ambientes naturais que se formaram na Serra do Espinho, localizados entre os municípios de Pilões e Cuitegi, têm contribuído para a exploração de suas trilhas, onde se desenvolvem várias atividades econômicas e de lazer. Nessa serra foram identificadas três comunidades que possuem um grande potencial turístico: Veneza, Ouricuri e Poço Escuro. É uma região cercada de serras, clima frio e natureza deslumbrante, sendo cortada por um rio de águas límpidas, algumas corredeiras que formam deliciosas quedas d'água, formações rochosas, trilhas ecológicas, bastante verde e um agradável balneário, além de algumas marmitas (cavidades esculpida pela água nos leitos rochosos dos rios).
Cachoeira do Poço Escuro, em Pilões - PB
Açude Presidente Epitácio Pessoa
  O açude Presidente Epitácio Pessoa, mais conhecido como Açude Boqueirão, localiza-se no município de Boqueirão e tem uma bacia que se estende pelos municípios de Boqueirão, Cabaceiras e São Miguel de Taipu. Abastece as cidades de Campina Grande, Boqueirão, Queimadas, Pocinhos, Caturité, Riacho de Santo Antônio e Barra de São Miguel. Está situado na bacia do Alto Paraíba, e é abastecido pelo rios Paraíba e Taperoá e seus afluentes, sendo o terceiro maior reservatório de água doce da Paraíba (se unir o Coremas/Mãe d'Água passa a ser o segundo), possuindo uma capacidade de armazenamento de 411.686.287 m³.
Açude Presidente Epitácio Pessoa (Boqueirão), em Boqueirão - PB
Açude Coremas/Mãe d'Água
  A Barragem Dr. Estevam Marinho, mais conhecido como Açude Coremas/Mãe d'Água é o maior reservatório de água doce da Paraíba (o Coremas possui uma capacidade de armazenamento de 591.646.222 m³ e o Mãe d'Água uma capacidade de armazenamento de 567.999.136 m³), e beneficia 112 municípios espalhados pela mesorregião do Sertão Paraibano.
  O açude Coremas é abastecido pelo rio Piancó e o açude Mãe d'Água pelo rio Aguiar, mas, devido a proximidade dos dois reservatórios, ambos formam um único espelho d'água com mais de 1,15 bilhão de m³.
Sistema Coremas/Mãe d'Água, em Coremas - PB
Açude Velho
  O Açude Velho está localizado no centro de Campina Grande, tendo sido o primeiro açude construído na cidade devido a seca ocorrida entre os anos de 1824 e 1828. Inicialmente, era a principal fonte de abastecimento da cidade de Campina Grande e região. Hoje, o açude se tornou o cartão postal e é denominado Patrimônio Histórico da cidade. Antes de sua construção, havia um curso d'água denominado "Riacho das Piabas".
A cidade de Campina Grande, tendo ao centro o Açude Velho
Centro Histórico de João Pessoa
  O Centro Histórico de João Pessoa foi reconhecido como Patrimônio Nacional do Brasil no dia 6 de dezembro de 2007. Foram tombados 37 hectares de área e cerca de 700 edificações, além de ruas, praças e parques históricos que integrem esse conjunto, compreendendo a maior parte dos bairros do Varadouro e do Centro da cidade. Suas edificações compõem um cenário de diferentes estilos e épocas cheio de sobrados, praças, casarios coloniais e igrejas seculares, sendo considerado o principal acervo arquitetônico da Paraíba, relatando as diversas fases da história local, e um dos maiores e mais importantes sítios históricos do Brasil.
Centro Histórico de João Pessoa
  Dentre as principais atrações do Centro Histórico de João Pessoa, destacam-se:
  • Praça Antenor Navarro
  A praça Antenor Navarro surgiu de urbanizações promovidas na área durante o final do século XIX e início do século XX, quando um conjunto de sobrados de dois e três pavimentos onde funcionavam uma farmácia, uma pensão e outros estabelecimentos comerciais e residenciais foram demolidos, dando lugar a uma área livre a ser concebida como praça com jambeiros, bancos e curtos passeios para encontros e interação dos moradores das residências locais, sendo entregue a população em 1933. É da mesma época o casario que compõe as suas laterais. Nestes casarios instalavam-se casas comerciais no seu pavimento térreo e escritórios dos melhores profissionais liberais no seu pavimento superior.
Praça Antenor Navarro, em João Pessoa - PB
  • Convento e Igreja de Nossa Senhora do Carmo
  O Convento e Igreja de Nossa Senhora do Carmo é um conjunto arquitetônico construído pelos carmelitas, que compreende a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, o Palácio Episcopal (antigo Convento Carmelitano e atual sede da Arquidiocese da Paraíba) - ambos construídos no século XVI, mais precisamente no ano de 1592 - e pela Igreja de Santa Teresa de Jesus da Ordem Terceira do Carmo, datada do século XVIII. Possuem um estilo barroco romano. A Igreja  do Carmo possui uma única torre. Sua fachada e a torre são todas em pedra, assim como as talhas e os relevos dos altares. O exterior apresenta linhas austeras, desenhos e arabescos barrocos. A nave é ampla e majestosa, com motivos florais esculpidos em calcário.
Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em João Pessoa - PB
  • Centro Cultural São Francisco
  O Centro Cultural São Francisco funciona em um complexo arquitetônico formado pela Igreja e Convento de Santo Antônio, Capela da Ordem Terceira de São Francisco, Capela de São Benedito, Casa de Oração dos Terceiros (chamada de Capela Dourada), o Claustro da Ordem Terceira, uma fonte e um grande adro com um cruzeiro, constituindo um dos mais notáveis testemunhos do Barroco no Brasil. Ao ser fundada, a Igreja era dedicada a Santo Antônio e, aparentemente, a troca de nome ocorreu no início do século XX, por força de um costume popular, mas ainda é conhecida também pela antiga denominação.
Centro Cultural São Francisco
  Suas origens remontam à chegada ao local, em 1588, do Frei Melchior de Santa Catarina, que veio com a missão de instalar uma missão franciscana. O convento foi fundado em 1589, com projeto do Frei Francisco dos Santos, quatro anos após a ocupação da região pelos portugueses, tendo sido concluído no ano de 1591 pelo guardião Frei Antônio do Campo Maior.
  O conjunto arquitetônico foi considerado pelo historiador de artes, curador e restaurador francês, Germain Bazin, como o mais perfeito representante da escola franciscana de arquitetura do nordeste brasileiro. Seu estilo é o Barroco-Rococó. O teto da igreja é decorado como uma das mais importantes pinturas de arquitetura ilusionística do Barroco brasileiro, mostrando a cena da Glorificação dos Santos Franciscanos.
Interior da Igreja São Francisco
  • Mosteiro de São Bento
  O Mosteiro de São Bento é um conjunto em estilo barroco construído pelos monges Beneditinos, formado pelo mosteiro e pela igreja de São Bento, sendo considerado um dos mais importantes do Brasil. A construção do mosteiro data do século XVII, e da igreja do século XVIII. O conjunto arquitetônico foi construído sob invocação de Nossa Senhora do Monte Serrat, e seu início ocorreu com a chegada dos beneditinos em João Pessoa, quando esta era denominada Capitania Real da Paraíba, por volta de 1590, tendo sido um dos primeiros e principais locais para cultos religiosos estabelecidos na capital paraibana.
Igreja e Mosteiro São Bento, em João Pessoa - PB
  • Praça Venâncio Neiva
  A Praça Venâncio Neiva foi construída pelo então governador paraibano Francisco Camilo de Holanda, em 1917. Originalmente, foi destinada à prática da patinação, e era lá que um grande número de pessoas dedicava as tardes de domingos e feriados para correr sobre os patins. Na década de 1920, o então governador João Pessoa demoliu a pista de patinação e ergueu o pavilhão central, para o serviço dos chás das cinco, em estilo britânico. A partir daí, passou a se chamar "Pavilhão do Chá", embora a praça - uma das mais expressivas de João Pessoa - tenha o nome oficial Venâncio Neiva, outro governante paraibano.
  A praça constituiu-se também em ponto de reunião de intelectuais e jovens namorados. Seus canteiros de plantas datam de sua inauguração, embora já tenham passado por algumas modificações.
Praça Venâncio Neiva, em João Pessoa - PB
  • Igreja de São Frei Pedro Gonçalves
  A igreja de São Frei Pedro Gonçalves é uma das mais tradicionais da cidade, e sua construção teve início em 1843, tendo sido concluída 73 anos depois. Sua fachada e seu interior são simples, quando comparados ao conjunto arquitetônico do Centro Cultural São Francisco. Foi construída sob as ruínas de outra igreja, datada do século XVII. Possui um estilo neoclássico e seu altar maior foi todo esculpido em pedra calcária.
Igreja de São Frei Pedro Gonçalves, em João Pessoa - PB
  • Igreja de Nossa Senhora das Neves
  A Igreja Matriz de Nossa Senhora das Neves foi construída numa elevação pelos primeiros colonizadores da Paraíba, em 1586. Era uma edificação simples, de taipa, que foi reconstruída no início do século XVII. Em 1639, durante a ocupação holandesa, um cronista holandês, Elias Herckmans, referiu-se à ela como ainda inacabada na sua Descrição Geral da Capitania da Paraíba. As obras e reformas seguiram ao longo dos séculos XVII e XVIII.
  Em 1881, a igreja foi reconstruída pela última vez, ganhando a forma em estilo eclético que possui atualmente. No dia 1º de agosto de 1894, a Igreja de Nossa Senhora das Neves recebeu o título de Catedral e, em 1914, foi elevada ao título de Arquidiocese e Sede Metropolitana. Entre 1995 e 2004, a Catedral de Nossa Senhora das Neves passou por uma grande reforma, recebendo, em 1997, o título de Basílica.
Basílica de Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa - PB
  • Casa da Pólvora
  Em João Pessoa existiram três Casas da Pólvora: uma na rua Nova (atual rua General Osório), outra no Passeio Geral (rua Rodrigues Chaves) e a terceira a Casa da Pólvora da Ladeira de São Francisco, que é a primeira rua da cidade. Com exceção da terceira, as demais foram completamente destruídas pela ação do tempo. A Casa da Pólvora constitui um marco histórico, além de um símbolo do esforço colonizador português no Brasil.
  Denominada Casa da Pólvora e dos Armamentos, fora construída por ordem de Carta Régia do Capitão-Mor governador Fernando de Barros e Vasconcelos, em 10 de agosto de 1704, tendo sido concluída em 1710. Depois de tombada pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), atual IPHAN, em 24 de maio de 1938, sofreu uma restauração e atualmente abriga o Museu Fotográfico Walfredo Rodrigues, um bar turístico (o "Paiol"), entre outras atrações.
Casa da Pólvora, em João Pessoa - PB
  • Praça João Pessoa
  A Praça Presidente João Pessoa, popularmente conhecida como Praça João Pessoa e Praça dos Três Poderes, está localizada entre as sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Em seu centro está localizado um monumento póstumo ao presidente paraibano João Pessoa, assassinado em Recife no ano de 1930, fato este que foi considerado como o estopim para a Revolução de 30.
Praça Presidente João Pessoa, em João Pessoa - PB
  • Casarão dos Azulejos
  O Casarão dos Azulejos, também conhecido como Sobrado dos Azulejos, pertenceu ao comendador Antônio dos Santos Coelho, servindo de residência para sua família e, posteriormente, como repartição pública e escola. Construído no século XIX, é um exemplar da arquitetura civil da época, constituindo um patrimônio histórico de importância significativa e um dos últimos prédios remanescentes que apresenta revestimento exterior em azulejaria portuguesa. Sua parte externa é toda revestida de azulejos portugueses em tons de azul, trazidos da cidade de Porto, Portugal.
Casarão dos Azulejos, em João Pessoa - PB
  • Palácio da Redenção
  O Palácio da Redenção abriga a sede do poder Executivo estadual. O prédio foi construído em 1586 pelos jesuítas, que foram os primeiros missionários a chegar à Paraíba junto com Martim Leitão, e servia inicialmente como residência desses inacianos (como eram chamados os jesuítas da Companhia de Jesus, fundada por Inácio de Loyola em 1540). Já abrigou o Liceu Paraibano e a Escola Normal de João Pessoa, além da sede provisória do governo e suas repartições, e atualmente abriga também a Faculdade de Direito da UFPB (Universidade Federal da Paraíba).
  A casa dos jesuítas fazia parte do conjunto formado pelo convento, colégio e capela, e veio a ser depois residência oficial dos capitães-mores, a partir de 1771. A antiga Capela de São Gonçalo se transformou em Igreja de Nossa Senhora da Conceição, demolida em 1929 para dar lugar aos atuais jardins. No colégio dos jesuítas, atual Faculdade de Direito da UFPB, esses missionários lecionavam latim, filosofia e letras.
Palácio da Redenção, em João Pessoa - PB
Praça da Independência
  A Praça da Independência está localizada no bairro de Tambiá, em João Pessoa, e é uma das mais tradicionais áreas de lazer da cidade. Nela estão plantadas árvores raras, como o pau-brasil, o ipê e o abricó-de-macaco. O coreto e o obelisco são tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) desde 1980.
  Projetada pelo arquiteto ítalo-paraibano Hermenegildo di Lascio a pedido do então prefeito Guedes Pereira, a praça apresenta em seu centro um monumento histórico e a bandeira do Brasil. Nessa praça todos os anos no dia 7 de Setembro é realizado o desfile cívico, e possui um grande valor simbólico para a capital paraibana, pois representa a urbanização de João Pessoa em direção à orla marítima.
Praça da Independência, em João Pessoa - PB
Parque Solon de Lucena
  O Parque Solon de Lucena, também conhecido como Lagoa, está localizada no centro de João Pessoa, e é um dos principais símbolos da cidade, apresentando belos jardins e uma lagoa no centro com um grande espelho d'água cercado por palmeiras imperiais.
  O parque apresenta uma grande área verde, com árvores frondosas e barraquinhas de alimentação. Em sua volta há lojas e supermercados de grande porte. Em razão de sua centralidade, o parque é um dos principais pontos do pessoense para a realização de movimentos sociais, eventos culturais, campanhas educativas e de saúde, entre outras atividades correlatas, além de ser bastante utilizada para a prática de atividades esportivas e de lazer, como caminhadas, ciclismo, atletismo e skatismo.
  Atualmente, o parque sofre em virtude da intensa poluição de suas águas por dejetos e esgotos provenientes de galerias pluviais da área central da cidade.
Parque Solon de Lucena, em João Pessoa - PB
Igreja de Nossa Senhora da Guia
  A Igreja de Nossa Senhora da Guia está localizada no município de Lucena e foi construída por frades Carmelitas (religiosos que pertenciam à Ordem de Nossa Senhora do Carmo) que chegaram à Paraíba em 1591. Sua Construção foi iniciada no final do século XVI.  No local realiza-se anualmente a Festa da Guia, um festejo com parte profana e religiosa, envolvendo toda a comunidade local.
  A Igreja localiza-se estrategicamente em cima de um platô a menos de um quilômetro de distância da foz do rio Sapé, e foi construída em estilo denominado barroco tropical, apresentando desenhos extravagantes, como as figuras popularmente conhecidas como "anjos deformados", e contém o maior altar construído em pedra calcária do Brasil.
Igreja de Nossa Senhora da Guia, em Lucena - PB
Memorial Frei Damião
  O Santuário de Frei Damião está situado na cidade de Guarabira e é um projeto arquitetônico feito pelo arquiteto Alexandre Azevedo de Lacerda, sendo composto de um museu e uma estátua em homenagem ao frade capuchinho Frei Damião Bozzano. Atualmente é considerada a terceira maior estátua do Brasil, possuindo uma altura de 34 metros, perdendo apenas para a de Santa Rita de Cássia, localizada no município de em Santa Cruz - RN, e para o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.
  O santuário foi inaugurado em 19 de dezembro 2004 e transformado em santuário através de um decreto emitido pelo então administrador apostólico Dom Jaime Vieira Rocha, em 2007. Em 2013 passou a ser administrado pela Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, do qual Frei Damião fazia parte.
Santuário de Frei Damião, em Guarabira - PB
Santuário de Padre Ibiapina
    Localizado no povoado de Santa Fé, no município de Solânea, o Santuário de Padre Ibiapina é um memorial religioso e turístico que foi inaugurado em 2000. O local foi construído e idealizado pelo padre José Antônio Maria Ibiapina, e aí encontra-se uma das primeiras casas de caridade que o padre fundou e que recolhia meninas abandonadas. O santuário é composto pela casa onde o padre viveu e morreu, por uma igreja, um cemitério, uma casa de farinha e um museu, sendo administrado por Religiosas Franciscanas.
  O padre Ibiapina, como é mais conhecido, nasceu no dia 5 de agosto de 1806, em Sobral, no Ceará, ordenando-se padre em 13 de julho de 1853, aos 47 anos. Após se ordenar padre, começou seu trabalho missionário pelo interior do Nordeste, peregrinando por Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí e Paraíba. Em cada lugar ele pregava, orientava, promovia reconciliações, construía açudes, igrejas, cemitérios, cacimbas, dentre diversas outras obras.
  Em diversas vilas, padre Ibiapina construiu Casas de Caridade, destinadas a moças pobres. Elas eram educadas para fé, para o exercício dos trabalhos domésticos e para o casamento. Faleceu no dia 19 de fevereiro de 1883 na cidade de Solânea.
Santuário de Padre Ibiapina, em Solânea - PB
Ruínas da Igreja de Nossa Senhora de Nazaré-Almagre
  A Igreja de Nossa Senhora de Nazaré, também conhecida como Igreja do Almagre ou Ruínas do Almagre, localiza-se na praia de Ponta de Campina, no município de Cabedelo. A igreja foi erguida no início do século XVII, no contexto de conquista do território e de catequização dos indígenas da Paraíba. O templo apresentava planta no formato retangular, com apenas uma nave, medindo 26 metros de comprimento por 12 de largura, erguendo-se a uma altura de 12 metros. A fachada principal era em pedra calcária, orientada para o norte. No alto da portada central há um medalhão no qual está esculpido um cavaleiro à beira de um penhasco, atingindo um monstro com a sua lança. As ruínas encontram-se tombadas desde 1938 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Ruínas da Igreja de Nossa Senhora de Nazaré-Almagre, em Cabedelo - PB
Praça da Bandeira
  A Praça da Bandeira está localizada no Centro de Campina Grande, possui uma área de 3.550 m² e seu nome foi dado em homenagem a um dos símbolos nacionais: a Bandeira, e é considerada a principal praça da cidade. É conhecida como "praça dos pombos" devido à grande quantidade de pombos que vivem no lugar. Atualmente, a praça serve de área de lazer e eventos políticos e sociais. Durante o Maior São João do Mundo e o Festival de Inverno de Campina Grande, a Praça da Bandeira é utilizada como um local para shows e eventos.
Praça da Bandeira, em Campina Grande - PB
Forte de Cabedelo
  O Forte de Santa Catarina do Cabedelo, popularmente conhecido como Fortaleza de Santa Catarina, localiza-se sobre uma elevação arenosa à margem direita da barra do rio Paraíba, no município de Cabedelo. Esse forte apresenta um testemunho vivo das lutas entre os portugueses e os invasores holandeses no século XVII, durante o Brasil Colônia. Sua construção data de 1586, quando o governo português reconheceu a necessidade urgente de se construir um forte para a defesa da cidade de Nossa Senhora das Neves, atual João Pessoa.
  Em 1591, o forte fora destruído pelos índios potiguaras e reconstruído em 1592. Em 1597, uma armada francesa composta por 13 navios, tentou tomar o forte das mãos dos portugueses, que resistiram e expulsaram os invasores. Em 1631 houve uma grande batalha entre os portugueses e holandeses, mas os portugueses conseguiram evitar a tomada do forte. Em 1634, após várias outras tentativas, os holandeses finalmente conseguiram se apoderar do forte, ficando sob o domínio holandês até 1654, quando os portugueses conseguiram retomar e expulsar os neerlandeses da Paraíba.
Forte de Santa Catarina, em Cabedelo - PB
Ruínas da Igreja do Bonsucesso
  As ruínas da Igreja do Bonsucesso está localizada no município de Lucena, e foi construída em 1789. A construção da Igreja de Nossa Senhora do Bonsucesso foi uma iniciativa do senhor Bernardo Pereira, tendo como construtores os padres da Ordem Carmelita. As ruínas destacam-se pelo seu estilo barroco tardio ou tropical, edificado em alvenaria de pedra calcária e de arenito.
  As ruínas da igreja são sustentadas pelas raízes de uma gameleira, que abraçou as ruínas por dentro e por fora, ameaçando e ao mesmo tempo conservando o que restou desta antiga edificação.
    Ruínas da Igreja do Bonsucesso, em Lucena - PB
Caminhos do Frio
  A rota cultural "Caminhos do Frio" é realizada em sete cidades paraibanas situadas em área serrana onde os termômetros, durante a estação do inverno, chegam a marcar 12ºC: Bananeiras, Serraria, Pilões, Alagoa Nova, Alagoa Grande, Areia e Solânea. O objetivo dessa rota, além de alavancar o turismo nessas cidades, é apresentar aos visitantes, as atividades criativas de cada cidade, que envolvem gastronomia, artesanato, hospedagem, música, história, economia entre outras atrações. Cada cidade sedia o evento por uma semana, apresentando o melhor que há na sua cultura.
Alagoa Nova - PB. Uma das cidades que sedia a rota cultural Caminhos do Frio
Estação Ciência
  A Estação Cabo Branco - Ciência, Cultura e Artes, está localizada no bairro Altiplano, em João Pessoa, e foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e inaugurada em 3 de julho de 2008. A estação tem como objetivo levar cultura, arte, ciência e tecnologia à população de forma gratuita. O complexo possui uma área construída de 8.510 m², e é composto por um conjunto de cinco edifícios que contêm: uma torre, um auditório com capacidade para 500 pessoas, um anfiteatro com capacidade para 300 pessoas, lojas, lanchonete, bloco administrativo e estacionamento.
Estação Ciência, em João Pessoa - PB
Memorial Jackson do Pandeiro
  O Memorial Jackson do Pandeiro está localizado na cidade de Alagoa Grande e reúne discos, objetos, documentos, fotografias, vestuários e peças selecionadas por familiares, amigos, colecionadores e pesquisadores sobre Jackson do Pandeiro, cantor e compositor de forró e samba, além de outros ritmos, que nasceu nesta cidade paraibana em 1919 e faleceu em Brasília no ano de 1982. O casarão onde se encontra o memorial foi construído em 1898 e também abriga os restos mortais do cantor, que foi um dos maiores gêneros do samba no Brasil. A cidade de Alagoa Grande também abriga um pórtico em forma de pandeiro, circundado por uma placa proporcional ao monumento com os dizeres "Alagoa Grande - Terra de Jackson do Pandeiro".
Memorial Jackson do Pandeiro, em Alagoa Grande - PB
São João em Campina Grande
  O Maior São João do Mundo é um evento anual realizado pela prefeitura de Campina Grande durante o mês de junho. Desde sua primeira edição, em 1983, o evento é realizado no Parque do Povo. O evento atrai milhares de pessoas à cidade, que tem como principais atrações artistas renomados do Brasil, além de comidas típicas, feiras de artesanatos, apresentação de quadrilhas, ilhas de forró, cenários cinematográficos, casamento coletivo, trem do forró, entre várias outras atrações.
Maior São João do Mundo, edição 2015, em Campina Grande - PB
Museu de Arte Assis Chateaubriand
  O Museu de Artes Assis Chateaubriand (MAC) está localizado na cidade de Campina Grande, e foi inaugurado em 20 de outubro de 1967. Funcionava inicialmente no prédio da reitoria da Fundação Universidade Regional do Nordeste (Furne), atual Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Antes de ser efetivamente conhecido por Museu de Artes Assis Chateaubriand, o museu já teve vários outros nomes, como: Museu de Artes Pedro Américo, Museu Regional Pedro Américo, dentre outros.
  O acervo museológico é composto por 474 obras de artes, como desenhos, pinturas, esculturas, gravuras, colagens e outros métodos de artes, além de uma coleção de Assis Chateaubriand composto por 120 obras. Dentre as obras de artistas famosos do museu, estão algumas obras de arte de Pedro Américo, Cândido Portinari, Anita Malfatti, Ismael Nery e Antônio Dias.
Museu de Artes Assis Chateaubriand, em Campina Grande - PB
Museu Histórico e Geográfico de Campina Grande
  O Museu Histórico e Geográfico de Campina Grande está localizado na Avenida Floriano Peixoto, em Campina Grande. O prédio onde funciona o museu teve sua construção iniciada em 1812 e foi inaugurado em 1814. A princípio, o prédio foi construído para abrigar a primeira cadeia de Campina Grande, 24 anos após esta se tornar vila, sendo chamada de Vila Nova da Rainha. Em 1824, a Vila Nova da Rainha participou da Confederação do Equador, dando auxílio com a "hospedagem" de presos trazidos do Ceará. Dentre os presos que ficaram nesse prédio durante a Revolução, estava Frei Caneca, um dos líderes da revolta. Desde 1983, o prédio abriga o museu.
  O acervo do museu dedica-se ao desenvolvimento histórico, social e cultural de Campina Grande, possuindo fotografias, artigos, mapas, móveis, armas, veículos, jóias, bonecos e ferramentas organizados de forma a contar a história da cidade.
Museu Histórico e Geográfico de Campina Grande
Museu de História e Tecnologia do Algodão
  O Museu de História e Tecnologia do Algodão, ou simplesmente Museu do Algodão, está localizado na cidade de Campina Grande, e tem como principal objetivo guardar a memória da cultura do algodão no estado da Paraíba. O museu foi fundado na década de 1970 no prédio onde funcionava a velha Estação Ferroviária de Campina Grande. Além de retratar as memórias do Ciclo do Algodão, o museu também guarda o Memorial do Trem e a Galeria de Artes Isaías do Ó.
Museu do Algodão, em Campina Grande - PB
Casa Museu Pedro Américo
  Situado na cidade de Areia, no local onde nasceu o pintor, romancista e poeta Pedro Américo de Figueiredo Melo, a Casa Museu Pedro Américo é considerada um Patrimônio Cultural da cidade. O prédio é uma casa simples, cuja construção data do início do século XIX, conjugada com uma porta e duas janelas na frente. Transformada em museu, guarda as mesmas características de quando Pedro Américo nela residia, reunindo mobiliário original da época, obras de arte, objetos de uso pessoal, comendas, assim como a biblioteca e o arquivo fotográfico.
Casa Museu Pedro Américo, em Areia - PB
Museu Luiz Gonzaga
  O Museu Fonográfico Luiz Gonzaga está localizado na cidade de Campina Grande e foi organizado pelo professor e pesquisador José Nobre de Medeiros. Este museu reúne uma coleção de recortes de jornal, discos de vinil, CDs, fitas cassetes, discos de cera de carnaúba (antecessora dos discos de vinil) instrumentos e roupas, alguns pertencentes à Luiz Gonzaga.
Museu Fonográfico Luiz Gonzaga, em Campina Grande - PB
Teatro Minerva
  O Teatro Minerva foi o primeiro teatro construído na Paraíba, e está localizado na cidade de Areia. Inaugurado em 1859 com o nome de Teatro Recreio Dramático, possui uma capacidade para 250 pessoas. Foi erguido pelas famílias mais ricas da cidade com o objetivo de arrecadar fundos para a libertação dos escravos.
  O nome Teatro Minerva foi dado pelo areiense Horácio de Almeida em homenagem à deusa das artes, Minerva. Nos seus tempos áureos foi palco de grandes apresentações. Atualmente, se apresentam no teatro os grupos teatrais locais, os grupos de tradições folclóricas e peças de todo o Estado. O teatro é um dos responsáveis direto pela influência cultural que sempre existiu em Areia, e ainda mantém preservada sua arquitetura original.
Teatro Minerva, em Areia - PB
Museu de Arte Popular da Paraíba
  O Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP), também conhecido como Museu dos Três Pandeiros, está localizado às margens do Açude Velho, em Campina Grande. Foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e inaugurado em 13 de dezembro de 2013, sendo a última obra do arquiteto, e faz parte da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). O museu acolhe trabalhos dos mais talentosos artistas paraibanos, como Sivuca, Jackson do Pandeiro, Marinês, Elba Ramalho, entre outros.
Museu de Arte Popular da Paraíba, em Campina Grande - PB
Museu do Brejo Paraibano
  O Museu do Brejo Paraibano está localizado na cidade de Areia. Também conhecido como Museu da Cachaça e da Rapadura, é um conjunto composto por dois prédios: o engenho e a casa-grande, sendo um patrimônio cultural de grande importância para a região, pois retrata como funcionava os engenhos brejeiros nos séculos passados. O objetivo do museu é pesquisar, preservar e difundir para as gerações presentes e futuras, as referências da história do Brejo Paraibano, com ênfase na cultura da cana-de-açúcar e na produção tradicional de seus derivados, em especial a rapadura e a cachaça brejeira. A construção que abriga o museu data do século XIX.
Museu do Brejo Paraibano, em Areia - PB
Memorial Augusto dos Anjos
  O Memorial Augusto dos Anjos está localizado na cidade de Sapé, no local onde residiu sua ama de leite, Guilhermina, e foi inaugurado em 11 de maio de 2006. Desde sua abertura, o museu tem uma administração conjunta entre a Prefeitura  Municipal de Sapé e o Governo do Estado. O museu retrata o ambiente onde o poeta passou a infância e parte de sua vida adulta, e conta com painéis, videoteca, biblioteca com vários livros sobre a obra do poeta paraibano e edições do livro Eu, além de documentos e raridades do autor, conhecido como o "Poeta do Século da Paraíba".
Memorial Augusto dos Anjos, em Sapé - PB
Pedra de Santo Antônio
  A Pedra de Santo Antônio está localizada na Serra do Bodopitá, no município de Fagundes, e tem esse nome em homenagem a Santo Antônio de Lisboa, conhecido como o santo casamenteiro, sendo famosa pela tradição que diz: "quem passar por debaixo da pedra consegue pretendentes para o casamento".
  A Serra do Bodopitá é um recanto preservado com matas e fontes de água doce e constitui um roteiro atraente para quem gosta de praticar esportes de aventura. Além das belezas naturais, a região transformou-se num dos mais disputados pontos de peregrinação religiosa do Nordeste, graças à presença da Pedra de Santo Antônio. A peregrinação tem início quando os devotos sobem a serra a pé para obter curas de enfermidades, fazer pedidos e retribuir as graças alcançadas.
Pedra de Santo Antônio, em Fagundes - PB
Serra da Raiz e a Loca da Nega
  Serra da Raiz é considerada uma das mais antigas povoações da então Capitania da Paraíba. Logo após a tragédia do Engenho de Tracunhaém - um ataque de índios potiguaras dirigido ao engenho, próximo à Goiana, Pernambuco, ocorrido em 1534, onde toda a população colonizadora da região foi dizimada - os colonizadores portugueses junto com os índios Tabajaras derrotaram a tribo Potiguara do então aldeamento Copaoba, região que atualmente compreende os municípios de Serra da Raiz, Belém, Caiçara, Duas Estradas e Sertãozinho, e avançaram na colonização da Paraíba. No município encontra-se uma formação rochosa denominada Loca da Nega, onde até a década de 1980 existiam formações rupestres, e que para alguns estudiosos é considerada o primeiro sítio arqueológico do Brasil.
Loca da Nega, em Serra da Raiz - PB
Represa de Acauã
  O Açude Argemiro de Figueiredo, mais conhecido como Represa de Acauã está localizado no município de Itatuba e foi implementado pelo governo da Paraíba com o objetivo de reforçar o suprimento de abastecimento de água da cidade de Campina Grande e municípios vizinhos. Possui uma capacidade de armazenamento de 250 milhões de m³, sendo represado pelas águas do rio Paraíba em seu curso médio.
Represa de Acauã, em Itatuba - PB
Pedra do Ingá
  A Pedra do Ingá é um monumento arqueológico, identificado como "itacoatiara", constituído por um terreno rochoso que possui inscrições rupestres entalhadas na rocha, localizado no município de Ingá. O termo "itacoatiara" vem da língua tupi: itá (pedra) e kûatiara (riscada ou pintada). Quando os colonizadores portugueses chegaram à região, indagaram aos índios potiguaras - que habitavam a área - o que significavam os sinais inscritos na rocha, e os indígenas usaram o termo "itacoatiara" para se referir aos mesmos.
  A formação rochosa em gnaisse cobre uma área de cerca de 250 m², onde no seu conjunto principal, existe um paredão vertical de 50 metros de comprimento por 3 de altura, e nas áreas adjacentes, há inúmeras inscrições cujos significados ainda são desconhecidos. Neste conjunto estão entalhadas figuras diversas, que sugerem a representação de animais, frutas, humanos e constelações como a de Órion.
  Não se sabe por quem ou com que motivações foram feitas as inscrições nas pedras que compõem o conjunto rochoso. Têm sido apontadas por diversas origens, e alguns defendem que a Pedra do Ingá tenha origem fenícia. Alguns também defendem que os sinais de Ingá foram obra de engenharia extraterrestre. Porém, até hoje não foi possível afirmar de forma conclusiva quem foram os autores dos sinais e quais seriam as motivações de o monumento ter sido produzido.
Pedra do Ingá, em Ingá - PB
Lajedo de Pai Mateus
  O Lajedo do Pai Mateus é uma formação rochosa localizada no município de Cabaceiras, sendo composto por grandes pedras arredondadas que destacam-se sobre o chão de pedras e a vegetação escassa da região.
  Segundo estudos, a formação rochosa peculiar é fruto do desgaste do solo ao longo de milhões de anos em função de fissuras naturais e grandes variações de temperaturas. Em algumas pedras são encontradas pinturas rupestres atribuídas aos índios cariris, que viveram na região e que datam de cerca de 12 mil anos.
  Conta a lenda, que um ermitão curandeiro viveu naquela região por volta do século XVIII, o qual habitava neste lajedo, e muitas pessoas o procuravam para se consultarem. Pai Mateus não cobrava dinheiro em troca de suas curas, apenas comida. Por causa deste ermitão é que o Lajedo de Pai Mateus tem esse nome.
Lajedo do Pai Mateus, em Cabaceiras - PB
Vale dos Dinossauros
  O Vale dos Dinossauros é uma Unidade de Conservação criada em 27 de dezembro de 2002, pelo Decreto Estadual Nº 23.832, e é um dos mais importantes sítios paleontológicos existentes, não só no Brasil, como também no mundo. Compreende uma área de mais de 1.739 km², e abrange mais de 30 comunidades distribuídos por vários municípios do Alto Sertão Paraibano, entre eles Sousa, Aparecida, Marizópolis, Vieirópolis, São Francisco, São José da Lagoa Tapada, Santa Cruz, Santa Helena, Nazarezinho, Triunfo, Uiraúna e Cajazeiras.
 Os registros mais importantes estão localizados na Bacia do Rio do Peixe, no município de Sousa. Lá, encontram-se rastros e trilhas fossilizadas de mais de 80 espécies de animais pré-históricos. Destacam-se as trilhas da Passagem das Pedras, onde foram descobertos os primeiros indícios de dinossauros brasileiros, no final do século XIX.
Pegadas fossilizadas de animais pré-históricos no Vale dos Dinossauros, em Sousa - PB
Pedra da Boca
  O Parque Estadual da Pedra da Boca foi criado pelo Decreto Governamental nº 20.889, de 7 de fevereiro de 2000, e está localizado no município de Araruna. O parque possui uma área de 157,25 hectares e é formado por um conjunto rochoso de composição granítica porfirítica, com vestígios de gnaisses e quartzitos, que representam  faces arredondadas e extensas caneluras que vão do cume ao chão. A Pedra da Boca encontra-se encrustado nos contrafortes da Serra da Araruna e da Serra da Confusão, ambas pertencentes ao Planalto da Borborema.
  A denominação "Pedra da Boca" advém da existência de uma formação rochosa de aproximadamente 336 metros de altura, a qual apresenta uma cavidade provocada por séculos de erosão, cuja configuração lembra uma boca gigante prestes a abocanhar algo.
Pedra da Boca, em Araruna - PB
Parque Turístico-Religioso Cruz da Menina
  O Parque Turístico-Religioso Cruz da Menina está localizado no município de Patos, e é composto de um anfiteatro, uma sala de velas, duas salas de milagres, dois Cristos, um Cruzeiro, um restaurante, uma Cruz, uma capela, uma igreja, um museu e várias lojas.
  No ano de 1923, um casal de retirantes estava de passagem por Patos, e deram uma de suas filhas a uma tradicional família da cidade. A criança sofria maus-tratos e espancamentos constantes por parte dos seus pais adotivos, até que veio a falecer. O pai adotivo, resolveu ocultar o cadáver em um local ermo, próximo à sede da cidade. Descoberto o crime, a população construiu uma cruz no local onde a menina foi enterrada.
  Conta a história, que um agricultor fez uma promessa à menina, para que fosse encontrada água no chão de sua propriedade, a fim de matar a sede dos animais, já que a região na época passava por uma grande seca. Após as suas orações, a água jorrou na sua propriedade, acontecimento este tido como um milagre. Em agradecimento, o agricultor construiu uma capela, que hoje serve de templo de orações à menina Francisca. Atualmente, esse local é um dos principais centros de romaria do Sertão Paraibano.
Santuário Cruz da Menina, em Patos - PB
FONTE: Terra, Lygia
Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil / Lygia Terra, Regina Araújo, Raul Borges Guimarães. - 2. ed. - São Paulo: Moderna, 2013

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

A SIBÉRIA RUSSA

  A Sibéria é uma vasta região da Rússia e do norte do Cazaquistão, que estende-se dos Montes Urais até o oceano Pacífico no sentido leste-oeste, e do Ártico até os montes do centro-norte do Cazaquistão, no sentido norte-sul. A área total da Sibéria é de 10.007.400 km² e, geograficamente, pode ser dividida em Planície Ocidental Siberiana e Planalto Central Siberiano. O nome "Sibéria" tem origem tártara, e significa "terra do sono".
  A Sibéria Russa corresponde à parte centro-oriental da Rússia, e representa três quartos do território russo (cerca de 58% da área da Rússia). Constitui grande fronteira econômica, pois abriga uma enorme quantidade de recursos naturais.
  A região siberiana constitui uma importante reserva de riqueza econômica para o país. Por isso, importantes centros de indústria de base estão localizados na Sibéria.
    Além da grande riqueza mineral, o solo da Sibéria é muito fértil, embora permaneça congelado grande parte do ano.
       Distrito Federal Siberiano        Sibéria Russa geográfica        Sibéria numa definição mais ampla e em usos históricos
  O clima da Sibéria varia entre o clima polar e o clima continental. Nessa região há o predomínio da vegetação de tundra nas áreas de clima polar, e da taiga nas áreas de clima frio.
  A região da Sibéria abriga locais praticamente desconhecidos. O rigor dos climas frio e polar torna essa região do planeta bastante hostil aos seres humanos, pois durante o inverno as médias térmicas nunca são superiores a -15ºC. Por isso, sua ocupação sempre foi difícil e é a região menos povoada da Rússia. É na Sibéria que situa-se o local habitado mais frio do mundo, a aldeia de Oymyakon. As principais cidades da Sibéria são: Irkutsk, Krasnoyarsk, Novosibirsk, Omsk e Tomsk.
Aldeia de Oymyakon, Rússia - o lugar mais habitado mais frio do mundo
GEOGRAFIA
  A região da Sibéria pertence ao continente asiático e é muito rica em jazidas minerais de ferro, cobre, estanho, ouro, diamante e recursos energéticos fósseis como petróleo, carvão mineral (possui cerca de 30% das reservas mundiais) e gás natural (maior produtor mundial), o que coloca a Rússia entre os maiores produtores desses minérios.
  A Planície Ocidental Siberiana consiste principalmente de depósitos aluviais do Cenozoico e é uma região baixa, cuja média de altitude é de 60 metros acima do nível do mar. Os principais rios dessa planície são os rios Ob e Ienissei. Na zona sul da planície, onde as temperaturas são mais elevadas, ocorre as estepes.
Região da Planície Ocidental Siberiana
  O Planalto Central Siberiano situa-se entre os rios Ienissei e Lena, e ocupa uma área de cerca de 3,5 milhões de km², com uma altitude máxima de 1.701 metros acima do nível do mar. Esse planalto é ocupado principalmente por florestas de coníferas, e é uma região rica em recursos minerais, principalmente carvão mineral, ouro, ferro, diamante e gás natural.
Região do Planalto Central Siberiano
  A hidrografia da Sibéria é composta por vários rios, além de diversos lagos. Dentre os rios siberianos, destacam-se o Ob e Ienissei, localizados na Planície Ocidental, e o Lena, na porção central da região. Ao sul, numa área de fossa tectônica, aparece o lago Baikal, o maior lago de água doce da Ásia e o mais antigo lago do mundo.
  O relevo varia de uma área para outra. Na parte central, existe planícies e o Planalto Siberiano. Na porção leste, uma série de cadeias montanhosas e maciças fazem parte da paisagem. O solo da Sibéria, principalmente no norte, é um solo de permafrost, que passa grande parte do ano coberto de gelo.
Omsk - com uma população de 1.212.312 habitantes (estimativas 2015) é a segunda maior cidade da Sibéria e a oitava maior da Rússia
HISTÓRIA
  A colonização da Sibéria ocorreu no século XI e XII. Os povos que habitavam a região antes da chegada dos colonizadores russos eram nômades e, assim como ocorreu no continente americano, os povos nativos foram dizimados e os sobreviventes foram forçados a seguirem a cultura russa.
  Os traços culturais desenvolvidos pelos nativos siberianos eram totalmente diferentes dos desenvolvidos pelos russos. Os nativos siberianos realizam ritos funerários que justificou a dominação e assimilação pelos russos.
  Devido à dificuldade em abrir valas no solo gelado ou encharcado, alguns povos siberianos, como os koryaques e os chukchis, não enterravam seus mortos, dissecavam-nos e desmembravam-nos e depois distribuíam as várias partes, já secas, pelos familiares mais próximos. Estes pedaços eram apelidados de "avós", funcionando como amuleto. Outros povos siberianos, como os kamchadales, transportavam os mortos para o "além", e davam os cadáveres para os cães comerem e, assim, os animais ficariam bastante fortes para puxarem os trenós. Os russos, devido às suas tradições cristãs, viam estes povos como bárbaros.
Lago Baikal - Sibéria
  A ocupação russa começou em 1581, com uma expedição que derrotou os nativos que habitavam a região, sendo que a dominação total da região ocorreu entre os séculos XVII e XVIII.
  No período imperial da Rússia, a Sibéria era uma região agrícola utilizada para exilar alguns cidadãos contrários ao regime russo.
  No século XIX, foi iniciada a Ferrovia Transiberiana, a maior ferrovia do mundo, que faz a conexão entre a Rússia europeia e as outras províncias do extremo oriente do país. Neste mesmo período começou a industrialização da Sibéria, graças à descoberta de vários recursos minerais na área.
  No início do século XX, métodos agropecuários modernos foram introduzidos no sul da Sibéria, com o objetivo de aumentar a produção de cereais e de produtos lácteos.
Ferrovia Transiberiana e ao fundo o Lago Baikal
  Durante a Guerra Civil Russa (1918-1920), um movimento anti-bolchevique formou um governo independente na Sibéria, que foi derrotado pelas tropas russas e reincorporou a Sibéria à União Soviética, em 1922.
  Durante o Primeiro Plano Quinquenal Soviético (1928-1932), a Sibéria teve um crescimento industrial considerável, graças aos complexos de mineração de carvão mineral e ferro. Aliado ao crescimento econômico, aumentou os campos de trabalho forçado, que se espalhou por toda a Sibéria, onde os presos, principalmente políticos contrários ao regime soviético, eram usados como força de trabalho nos campos de mineração.
  Durante o período socialista, com o objetivo de povoar e integrar as regiões isoladas do território soviético, o governo implantou cidades e passou a estimular o desenvolvimento de atividades agropecuárias e extrativas na Sibéria.
Novosibirsk - com uma população de 1.562.865 habitantes (estimativa 2015) é a maior cidade da Sibéria e a terceira maior da Rússia
  Com a Segunda Guerra Mundial, enormes complexos fabris da Rússia Ocidental foram transferidos para a Sibéria, que se transformou num ponto estratégico para a União Soviética.
  Nas décadas de 1960 e 1970, as tensões políticas entre a União Soviética e a China culminaram em conflitos às margens do rio Ussuri, e grandes contingentes de tropas soviéticas foram estacionados ao longo da fronteira entre os dois países.
  Em 1980 foi concluída uma nova estrada de ferro de 3.200 quilômetros de extensão, entre Ust-Kut, no rio Lena, e Komsomolsk-na-Amure, no rio Amur.
Irkutsk - possui uma população de 634.213 habitantes (segundo estimativas 2015) é a quarta maior cidade da Sibéria
ECONOMIA
  A economia da Sibéria se baseia na extração de produtos minerais. No subsolo siberiano há uma abundância de carvão mineral, petróleo, gás natural, diamante, minério de ferro e ouro. A agricultura siberiana se concentra mais ao sul, na região de estepes, onde se produz trigo, centeio, aveia e girassol.
  A exploração das reservas minerais provocou um surto de crescimento industrial a partir da década de 1950. Abriram-se campos de exploração de petróleo e gás natural na Sibéria Ocidental e construíram-se gigantescas hidrelétricas nos rios Angara, Ienissei e Ob. Instalaram-se oleodutos e gasodutos nos montes Urais e estabeleceram-se indústrias siderúrgicas, de refino de alumínio, de produção de celulose e maquinaria.
Krasnoyarsk - possui uma população de 1.068.231 (segundo estimativas 2015) habitantes e é a terceira maior cidade da Sibéria e a décima quarta maior da Rússia
POPULAÇÃO
  Antes da colonização russa, a Sibéria era povoada por tribos de muitas etnias, de organização social primitiva que se adaptava culturalmente às condições físicas, viviam da caça, da coleta e do pastoreio de renas. Atualmente, a Sibéria passa por um intenso processo de urbanização e sua população é de pouco mais de 38 milhões de habitantes.
  A população siberiana atual sobrevive principalmente das atividades urbano-industriais e da extração de produtos minerais, com uma pequena porcentagem da população sobrevivendo das atividades agropastoris.
Tomsk - com uma população de 537.901 habitantes (estimativa 2015) é a quinta maior cidade da Sibéria
FONTE: Geografia nos dias de hoje, 9º ano / Cláudio Giardino ... [et al.]. - 1. ed. - São Paulo: Leya, 2012. - (Coleção nos dias de hoje).

domingo, 27 de dezembro de 2015

AFEGANISTÃO: UM DOS PAÍSES MAIS VIOLENTOS DO MUNDO

  O Afeganistão é um dos países mais pobres do mundo e é uma nação peculiar da Ásia: é considerado um país do Oriente Médio, da Ásia Meridional e da Ásia Central, variando de região de acordo com os critérios de alguns autores. O país não possui litoral, o que dificulta seu comércio externo. Sua economia é pouco desenvolvida, com renda per capita bastante baixa.
  O Afeganistão foi área de influência inglesa de meados do século XIX até a Primeira Guerra Mundial. Apesar de ter pertencido à Inglaterra, os ingleses nunca conseguiram conquistar completamente o país, pois os clãs que dominaram o Afeganistão sempre lutaram contra a presença estrangeira.
  O Afeganistão hoje é um país arrasado, que desde os anos 1980 vem sofrendo perdas humanas e materiais devido a várias guerras: contra os soviéticos, contra movimentos guerrilheiros internos e contra uma coalizão liderada pelos Estados Unidos, que bombardeou e invadiu o território afegão a partir de 2001.
  Desde 1989, quando os soviéticos se retiraram do Afeganistão, seu povo luta para se reconstituir como Estado independente e para reerguer sua frágil economia.
Mapa do Afeganistão
HISTÓRIA
  O Afeganistão foi império emirado e monarquia antes de se tornar república, em 1973. Sempre às voltas com tentativas de golpes, rebeliões e revoltas populares.
  O que hoje conhecemos do como República Islâmica do Afeganistão sempre foi uma ponte natural entre o Ocidente e o Oriente. Devido sua importância estratégica para o comércio e para a conquista de novos territórios, o Afeganistão tem sido, desde a antiguidade, conquistado por diversos impérios: persa, macedônio, hindu, mongol, turco, otomano, inglês e russo.
  O povoamento do Afeganistão data da Pré-história, no Paleolítico. No ano 250 a.C., desenvolve-se o reino Bactria, que conseguiu se expandir em direção à Índia. Anos depois, o Afeganistão foi invadido pelos ários, período no qual passou a ter forte influência do budismo. Nos séculos III e IV d.C., os persas invadiram o país, através dos sassânidas. No século VIII, os hunos passaram a controlar a região, quando foram conquistados pelos árabes, que imporam o islamismo como religião oficial. No final do século X e início do século XI, o controle político árabe foi substituído pelo domínio iraniano e turco. Em 1220, sob a liderança de Gengis Khan, o país ficou sob o domínio mongol que perdurou até o século XIV, quando Tamerlão, um outro mongol, apoderou-se do norte do Afeganistão.
Império Safávida contra o Império Mongol, em Kandahar (1638)
  O monarca Ahmad Shah Durrani organizou, em 1747, um Estado com governo centralizado (já denominado Afeganistão). Durante todo o século XVIII e parte do século XIX, os afegãos ampliaram o seu poder, conquistando o Baluquistão (à leste do Irã), a Caxemira e parte do Punjab. Em 1818, houve a desintegração do emirado e, em 1835, Dost Muhammad, membro de uma notável família afegã, tomou o controle do leste do Afeganistão, recebendo o título de emir.
  Em 1838 teve início a Primeira Guerra Afegã (1838-1842), quando o exército anglo-indiano invadiu o Afeganistão e manteve sob controle as principais cidades. Após uma rebelião, em 1842, os britânicos foram forçados a abandonar o país e Dost Muhammad recuperou o trono.
  Em 1878, forças anglo-indianas invadiram novamente o Afeganistão. Após ter perdido a Segunda Guerra Afegã (1878-1879), Abd-ar-Rahman, neto de Dost Muhammad, subiu ao trono e cedeu o Passo de Khyber e outros territórios afegãos aos britânicos. Abd-ar-Rahman foi assassinado e seu sucessor, Amanullah Khan, declarou guerra à Grã-Bretanha.
  Em 1919, o Afeganistão tornou-se independente e Amanullah Khan tornou-se rei. Durante a década de 1920, o país passou por uma série de reformas e medidas de modernização, entre as quais a educação para as mulheres, que acabaram provocando revoltas internas. Nas décadas seguintes, as lutas internas pelo poder foram constantes, e a desorganização econômica e social foi se acentuando.
Dost Mohammad Khan com seu filho mais novo (1839)
  Na década de 1970, as disputas internas resultaram em diversos golpes de Estado e conflitos violentos. Em 1979, um governo com projeto socialista assumiu o poder e abriu as fronteiras do país para a entrada de milhares de soldados e técnicos da antiga União Soviética, que queria ampliar sua área de influência na região. Desde o antigo império russo havia um projeto de anexar o Afeganistão e possuir, ao sul, uma saída para o oceano Índico.
  Grande parte da população afegã não aceitou a mudança de costumes - reforma agrária, permissão de trabalho e voto para a mulheres, proibição do chador (vestimenta que cobre a mulher da cabeça aos pés) e das leis religiosas - nem a presença de tropas estrangeiras. Formaram-se grupos guerrilheiros para combater os invasores. O grupo mais conhecido era os mujahedin ("combatentes", em árabe).
  Esses guerrilheiros foram apoiados pelos Estados Unidos, pois ainda era a época da Guerra Fria e os estadunidenses combatiam a expansão de seu rival socialista.
  Foram organizados também grupos armados de mercenários recrutados principalmente do mundo islâmico. Entre estes chegou Osama Bin Laden, árabe saudita membro de família milionária, que mais tarde seria apontado como o maior inimigo dos Estados Unidos.
Soldados soviéticos invadem o Afeganistão, em 1978
  Após dez anos de combates, os soviéticos se retiraram do Afeganistão. Contudo, a saída deles não resultou num período de paz e reconstrução do país. Logo em seguida ocorreu uma guerra civil entre os diversos grupos guerrilheiros, com cada um deles querendo assumir o poder. Esses grupos representavam etnias ou seitas religiosas diferentes e apenas se uniram durante algum tempo para combater o inimigo comum - os soviéticos.
  Após uma fase de intensas disputas pelo poder, em 1995 assumiu o governo do país o grupo guerrilheiro Talibã, apoiado pelo Paquistão e pelo grupo terrorista Al Qaeda e formado por fundamentalistas sunitas da etnia patane (majoritária no Afeganistão e também no Paquistão).
  O governo Talibã, que durou até dezembro de 2001, pouco contribuiu para reconstruir a economia afegã, pois se preocupou mais com a imposição de determinadas regras morais, extremamente rígidas: os canais de televisão e todos os cinemas foram fechados, a música foi proibida, as mulheres foram impedidas de sair sozinhas de casa (além de serem obrigadas a vestir um véu que cobre todo o rosto), os homens foram proibidos de se barbear, etc. Durante a vigência do governo Talibã, grande parte da população só se alimentou graças à ajuda internacional.
Mulheres afegãs durante o regime do governo Talibã
  Em setembro de 2001 ocorreram fortes atentados terroristas contra os Estados Unidos, e as autoridades norte-americanas culparam o grupo terrorista Al Qaeda por esses atos. Como retaliação aos atentados nos Estados Unidos, o governo estadunidense declarou guerra ao terror no mundo e a todos os países que julgavam dar apoio a ações terroristas. A principal base e os campos de treinamento desse grupo terrorista situavam-se no Afeganistão. Como o governo Talibã se recusou a prender os líderes desse grupo terrorista, os Estados Unidos, com o auxílio da ONU e de inúmeros Estados, bombardearam e invadiram o Afeganistão, além de apoiarem outro grupo guerrilheiro afegão, a Aliança do Norte, que combatia o governo Talibã.
  A invasão, vencida pela Aliança do Norte e seus aliados em um curto período de tempo, resultou na deposição do governo Talibã. Em dezembro de 2001, com a intermediação da ONU, da Europa Ocidental e dos Estados Unidos, foi instalado um governo de coalizão no Afeganistão, formado por pessoas de diversos grupos: representantes da Aliança do Norte, do antigo rei (que foi deposto em 1973) e de outros grupos étnicos, inclusive os patanes.
  Em 2002, foi criado o Estado Islâmico Transitório do Afeganistão. Mas até os dias de hoje, a reconstrução do Afeganistão continua a depender da ajuda internacional, principalmente dos países desenvolvidos.
Soldados da Aliança do Norte
A GUERRA DO AFEGANISTÃO
  No plano internacional, o Afeganistão foi eleito o foco inicial da primeira campanha militar da chamada Operação Liberdade Duradoura, deflagrada pelo governo norte-americano de George W. Bush após os atentados de 11 de setembro de 2001. Esse país asiático supostamente abrigava Osama Bin Laden e seu grupo, a Al Qaeda.
  Assim como em outras ofensivas militares lideradas pelos Estados Unidos, essa ofensiva realizada contra o Afeganistão em 2001, a qual deu início à ocupação militar que se prolonga até os dias atuais, além do combate ao terrorismo, buscou garantir seus interesses econômicos e estratégicos na região. Ela possibilitou o aumento de suas forças militares no mundo e, particularmente, o reposicionamento de suas bases militares na Ásia, cercando-a em boa parte e sobrepondo-se à histórica influência da Rússia nessa área geográfica, além do controle de imensas jazidas petrolíferas e gás natural existentes na região.
  A chamada Guerra do Afeganistão opôs, inicialmente, de outubro a novembro de 2001, os Estados Unidos, com a contribuição militar da organização armada muçulmana Aliança do Norte e de outros países ocidentais (Reino Unido, França, Canadá, entre outros), ao regime do Talibã. O objetivo declarado da invasão era encontrar Osama Bin Laden e outros líderes do Al Qaeda, destruir toda a organização e remover do poder o regime Talibã.
Soldados da Coligação Militar Internacional (ISAF), patrulham as ruas de Cabul
  A invasão marcou o início da guerra contra o terrorismo, declarada pelo então presidente norte-americano George W. Bush. A Aliança do Norte - grupo armado adversários dos talibãs - forneceu a maior parte das forças terrestres, enquanto os Estados Unidos e a Otan - Organização do Tratado do Atlântico Norte - ofereceram, na fase inicial, o apoio tático, aéreo e logístico.
  Na segunda fase, após a recaptura de Cabul, as tropas ocidentais aumentaram a sua presença a nível local. Essa operação começou com a formação da Força Internacional de Assistência para Segurança (ISAF), inicialmente criada pelo Conselho de Segurança da ONU, para garantir a segurança da capital afegã, Cabul, e seus arredores, estabilizar o país e derrotar a insurgência de grupos opositores a essa operação. O ataque inicial removeu o Talibã do poder, mas logo uma insurgência liderada pelos fundamentalistas recuperou sua força.
  A invasão ao Afeganistão provocou uma série de atentados no país que dura até os dias atuais, deixando centenas de mortos e milhares de feridos, numa escalada de violência que parece não ter fim.
Atentado suicida em Cabul, em dezembro de 2012
OS TALIBÃS
  O grupo Talibã foi formado por fundamentalistas e bancado, financeira e belicamente, pelo Paquistão. Em setembro de 1996, o Talibã conquistou Cabul e assumiu o controle de 70% do território do Afeganistão. Os Talibãs vinham das madrassas, escolas paquistanesas que se apegavam rigidamente aos ensinamentos religiosos islâmicos.
  Essa milícia impôs regras duras de convivência e comportamento, e o cumprimento à risca da "sharia", o código legal muçulmano, que prevê, entre outras medidas, a amputação de pés e mãos de quem roubar. Apesar do rígido código moral, o governo dos Estados Unidos acusou o Talibã de sustentar-se com um imposto cobrado dos traficantes de drogas.
  De acordo com a ONU, sob o comando do Talibã o Afeganistão aumentou, em 1999, a produção de ópio, que é a matéria-prima para a fabricação da heroína.
  Atualmente, o objetivo do Talibã no Afeganistão é recuperar o seu território e expulsar os invasores do país. Para tentar desestabilizar as forças de coalizão e o governo afegão, o Talibã utiliza táticas de guerrilhas e ataques com homens-bomba.
Membros do Talibã
GEOGRAFIA
  O Afeganistão é um país interior e montanhoso. O ponto mais elevado do país é o monte Nowshak, com 7.485 metros acima do nível do mar e o ponto mais baixo é o Amur Daria, que está a 258 metros de altitude. Grandes extensões do país são áridas, e o fornecimento de água doce é limitado. O clima do Afeganistão é o continental árido e semiárido, com verões quentes e invernos frios.
  A limitação dos recursos naturais e de água doce, o abastecimento inadequado de água potável, a degradação dos solos, a sobrepastagem, o desmatamento, as constantes enchentes e as secas, são os grandes problemas ambientais que o Afeganistão enfrenta.
  Os principais rios afegãos são o Amu Daria, na fronteira com o Tadjiquistão, o Cabul, afluente do rio Indo, o Helmand - que é o maior rio do país - e o Hari Rud. Com exceção do rio Cabul, todos os outros rios desaguam em lagos ou pântanos.
Monte Nowshak - ponto culminante do Afeganistão
  A vegetação predominante no Afeganistão é a de estepes. Nas regiões mais elevadas do país aparecem os bosques de cedros, pinhos e outras coníferas. Nas áreas mais baixas aparecem arbustos e aveleiras (cujo fruto é a avelã), dentre outras plantas. Alguns vales são bastante férteis e povoados, como o Herat, que está localizado no noroeste do país.
  A fauna afegã é composta por dromedários e camelos, cabras montanhesas, ursos, gazelas, lobos, chacais, pumas, raposas, galgos (tipo de cão de caça), além de uma variedade de aves.
  A precipitação média anual do Afeganistão é de 305 milímetros, e o período mais chuvoso é entre outubro e abril. São frequentes no país as tempestades de areia, principalmente nas regiões desérticas. O país é constantemente abalado por sismos, que provoca grandes destruições.
Paisagem montanhosa do Afeganistão
  O Parque Nacional Band-e-Amir é o primeiro e único parque nacional do Afeganistão. O Band-e-Amir é uma série de seis lagos azuis localizados no centro do Afeganistão, no sopé da cordilheira Hindu Kush, que é a segunda mais alta cordilheira do mundo e onde se encontra o ponto culminante do Afeganistão, o monte Nowshak. Esse parque é cercado por altas falésias calcárias de cor rosa, quase sem nenhuma vegetação e com lagos bastante deslumbrantes.
  Os lagos do Parque Nacional Band-e-Amir são criados pela água rica em dióxido de carbono que flui das falhas e fissuras na primavera, como resultado do derretimento da neve das montanhas. Esta água se infiltra lentamente através do calcário subjacente, dissolvendo o seu principal mineral, o carbonato de cálcio sob a forma de paredes de rocha calcária que hoje armazenam a água nas camadas de mineral endurecido, em bacias cada vez maiores.
Parque Nacional de Band-e Amir - Afeganistão
ECONOMIA
  O Afeganistão é um dos países mais pobres do mundo. O país enfrenta sérios problemas econômicos e sociais que se agravaram com os constantes conflitos que enfrenta há décadas. Em razão dessa turbulência, há poucos dados sobre a economia do país.
  A base econômica do Afeganistão é o setor primário, com destaque para a mineração (lápis-azul, gás natural, sal e talco) e na agropecuária (trigo, milho, cevada, arroz, criação de carneiros).
  Grande parte da população afegã sofre com a falta de habitações, de água potável, eletricidade, assistência médica e com o desemprego, além da falta de trabalhadores qualificados.
Mazar-i-Sharif - com uma população de 432.750 habitantes (estimativa 2015) é a quarta maior cidade do Afeganistão
  Depois da queda do regime Talibã, o Afeganistão recebeu uma grande ajuda internacional, com o objetivo de reconstruir o país, arrasado pela guerra. O país foi tema da Conferência de Doadores de Tóquio para a Reconstrução do Afeganistão, em janeiro de 2002, onde foram atribuídos 4,5 bilhões de dólares a um fundo a ser administrado pelo Banco Mundial.
  As áreas prioritárias de reconstrução foram a construção de instalações de educação, saúde e saneamento, além do aumento das capacidades de administração, o desenvolvimento do setor agrícola e a reconstrução das ligações rodoviárias, energéticas e de telecomunicações.
Jalalabad - com uma população de 237.058 habitantes (estimativa 2015) é a quinta maior cidade do Afeganistão
  As atividades do setor primário afegão são baseadas na agricultura e na mineração. Embora em pequena quantidade, o país exporta lã, pedras preciosas, algodão, metais e peles. Os principais produtos agrícolas cultivados no Afeganistão são frutas secas, nozes, sementes de ricínio, asafoetida (planta medicinal), tabaco, algodão e ópio. Os principais rebanhos do país são de ovinos, equinos, asininos, bovinos, camelos, caprinos e galináceos. Os principais produtos minerais extraídos no país são ouro, lápis-lazúli, cobre, prata, berilo, carvão mineral, cromo, zinco e urânio.
  Os principais parceiros comerciais do Afeganistão são Índia, Paquistão, Estados Unidos, Reino Unido, Finlândia e Alemanha.
Mesquita em Lashkar Gar - com uma população de 232.584 habitantes (estimativa 2015) é a sexta maior cidade do Afeganistão
  A produção e o tráfico de ópio (principal matéria-prima da heroína) constituem uma boa parcela da economia afegã, mas o cultivo desta planta tem diminuído nos últimos anos, graças ao aquecimento da economia e à informação da população a respeito do seu cultivo. O Afeganistão é responsável por cerca de 93% da produção de ópio do mundo.
  Esforços internacionais para a reconstrução do Afeganistão levaram à criação da Autoridade Interina do Afeganistão (AIE), resultado do acordo de Bonn (2001), que contribuiu para reconstruir a infraestrutura e melhorar a economia do país.
Plantação de papoula no Afeganistão
POPULAÇÃO
  A população afegã é composta de diversos grupos étnicos, que vivem em constantes conflitos. Esses povos em geral praticam a religião muçulmana, porém são bastante diferentes dos árabes e dos turcos que predominam no Oriente Médio. Os principais grupos étnicos do Afeganistão são os patanes (pashtuns), hazaras, tajiques e uzbeques, além de várias minorias que habitam o país, como turcomanos, kazajos, entre outros.
Vale do Arghandab
ALGUNS DADOS DO AFEGANISTÃO
NOME: República Islâmica do Afeganistão
CAPITAL: Cabul
Região central de Cabul
GENTÍLICO: afegão, afegã, afegane, afegânico
LÍNGUA OFICIAL: pastó e dari
GOVERNO: República Islâmica
INDEPENDÊNCIA: do Reino Unido
Declarada: 8 de agosto de 1919
Reconhecida: 19 de agosto de 1919
LOCALIZAÇÃO: centro da Ásia, numa encruzilhada entre a Ásia Central, Ásia Meridional e Oriente Médio. Obs: alguns autores classificam o Afeganistão como integrante do Oriente Médio, outros como da Ásia Meridional e outros ainda classificam o país como integrante da Ásia Central.
ÁREA: 652.090 km² (41º)
POPULAÇÃO (ONU - Estimativa 2015): 28.065.451 habitantes (47°)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 43,04 hab./km² (133°). Obs: a densidade demográfica, densidade populacional ou população relativa é a medida expressa pela relação entre a população total e a superfície de um determinado território.
CRESCIMENTO VEGETATIVO (ONU - Estimativa 2015):  3,85% (3°). Obs: o crescimento vegetativo, crescimento populacional ou crescimento natural é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade de uma  determinada população.
CIDADES MAIS POPULOSAS (Estimativa 2015):
Cabul: 3.544.395 habitantes
Visão aérea de Cabul - capital e maior cidade do Afeganistão
Kandahar: 591.078 habitantes
Kandahar - segunda maior cidade do Afeganistão
Herat: 458.664 habitantes
Herat - terceira maior cidade do Afeganistão
PIB (FMI - 2014): US$ 19,847 bilhões (105º). Obs: o PIB (Produto Interno Bruto), representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano).
PIB PER CAPITA (FMI 2014): US$ 678 (166°). Obs: o PIB per capita ou renda per capita é o Produto Interno Bruto (PIB) de um determinado lugar dividido por sua população. É o valor que cada habitante receberia se toda a renda fosse distribuída igualmente entre toda a população. 
IDH (ONU - 2014): 0,468 (169°). Obs: o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais, variando de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e PIB per capita. A classificação é feita dividindo os países em quatro grandes grupos: baixo (de 0,0 a 0,500), médio (de 0,501 a 0,800), elevado (de 0,801 a 0,900) e muito elevado (de 0,901 a 1,0).
  acima de 0,900
    0,850-0,899
   0,800-0,849
   0,750-0,799
   0,700-0,749
  0,650–0,699
   0,600–0,649
   0,550–0,599
   0,500–0,549
   0,450–0,499
  0,400–0,449
   0,350–0,399
   0,300–0,349
   abaixo de 0,300
   Sem dados
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2014): 60,0 anos (164º). Obs: a expectativa de vida ou esperança de vida, expressa a probabilidade de tempo de vida média da população. Reflete as condições sanitárias e de saúde de uma população.
TAXA DE NATALIDADE (ONU - 2014): 46,21/mil (4º). Obs: a taxa de natalidade é a porcentagem de nascimentos ocorridos em uma população em um determinado período de tempo para cada grupo de mil pessoas, e é contada de maior para menor.
TAXA DE MORTALIDADE (CIA World Factbook 2014): 20,34/mil (11º). Obs: a taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um índice demográfico que reflete o número de mortes registradas, em média por mil habitantes, em uma determinada região por um período de tempo e é contada de maior para menor.
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL (CIA World Factbook - 2014): 121,63/mil (222°). Obs: a taxa de mortalidade infantil refere-se ao número de crianças que morrem no primeiro ano de vida entre mil nascidas vivas em um determinado período, e é contada de menor para maior.
TAXA DE FECUNDIDADE (CIA World Factbook - 2015): 5,33 filhos/mulher (10º). Obs: a taxa de fecundidade refere-se ao número médio de filhos que a mulher teria do início ao fim do seu período reprodutivo (15 a 49 anos), e é contada de maior para menor.
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2014): 28,1% (211°). Obs: essa taxa refere-se a todas as pessoas com 15 anos ou mais que sabem ler e escrever.
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2014): 24,6% (175°). Obs: essa taxa refere-se a porcentagem da população que mora nas cidades em relação à população total.
MOEDA: Afegani
RELIGIÃO: cerca de 99% da população afegã professa o islamismo e 1% da população segue outras religiões.
DIVISÃO: o Afeganistão está dividido administrativamente em 34 vilaietes ou províncias. As províncias são (os números correspondem à província no mapa): 1. Badakhshan 2. Badghis 3. Baghlan 4. Balkh 5. Bamiyan 6. Daikondi 7. Farah 8. Fariab 9. Ghazni 10. Ghowr 11. Helmand 12. Herat 13. Jozjan 14. Cabul 15.Candahar 16. Kapisa 17. Khost 18. Konar 19. Konduz 20. Laghman 21. Logar 22. Nangarhar 23. Nimro 24. Nurestão 25. Paktia 26. Paktika 27. Panjshir 28. Parwan 29. Samangan 30. Sar-i Pol 31. Takhar 32. Uruzgan 33. Vardak 34. Zabol.
Divisão administrativa do Afeganistão
FONTE: Vesentini, J. William
Projeto Télaris: Geografia / J. William Vesentini, Vânia Vlach. 1. ed. - São Paulo: Ática, 2012. (Projeto Télaris: Geografia)

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