Madagascar é um país-ilha localizado no sudeste da África. Seu nome deriva da palavra madagasikara, que quer dizer "fim de terra", uma alusão feita pelos malaios, os primeiros colonizadores da ilha, à longa distância percorrida da Malásia até a África. Compreende a Ilha de Madagascar e algumas ilhas próximas. Está situado ao largo da costa de Moçambique, sendo separado pelo Canal de Moçambique. Os seus vizinhos mais próximos são as possessões francesas de Mayotte, Ilhas Gloriosas (noroeste), Reunião (leste), Ilha de João da Nova (oeste), Bassas da Índia, Tromelin e Ilha Europa (leste), além das nações independentes de Comores (noroeste) e Seychelles (norte).
Com as Grandes Navegações, os portugueses foram os primeiros europeus a chegarem à ilha, em 1500, quando o navegador Diogo Dias batizou-a de ilha de São Lourenço.
Madagascar permaneceu fora dos planos das potências europeias entre os séculos XVI e XVIII. Durante esse período, a ilha serviu de refúgio para piratas, que chegaram a fundar uma república independente que ficou conhecida domo Libertália, na baía de Diego Suaréz, sendo liderada pelo corsário François de Missou, que foi destruída pelos nativos africanos.
Paralelamente são formados vários reinos, como o dos merinos, betsileus, sakalaves, entre outros. O Reino Merina unificou a parte central da ilha, onde no ano de 1625, é fundada a capital Antananarivo. O rei Andrianampoinimerina realizou uma política de unificação dos reinos vizinhos. Após a sua morte, seu filho Radama I assumiu o controle da ilha, expulsando e matando os europeus que aí residiam.
Após a morte de Radama I, sua esposa Ranavalona I assume o governo, iniciando um período de perseguição aos missionários e cristãos, promovendo a escravização e a execução de muitos deles.
Ranavalona governou a ilha até 1861, assumindo seu filho Radama II. Ao assumir o reino Radama II decreta liberdade de culto na ilha, sendo assassinado dois anos depois. As rainhas Rasoaherina, Ranavalona II e Ranavalona III segue a política de abertura ao assédio das potências europeias.
Em 1885, com a derrota da rainha Ranavalona III, a França transformou Madagascar em um protetorado francês e, em 1896, em colônia. Em 1905 é estabelecida a União Malgaxe, em que os merinos, com a ajuda francesa, conquistam definitivamente a ilha.
Localização geográfica de Madagascar |
HISTÓRIA
Madagascar foi colonizada por malaio-polinésios há cerca de dois mil anos, que introduziram o cultivo da banana, fruta-pão, coco, cana-de-açúcar, araruta, arroz, inhame e tabaco. Aos poucos a introdução desses alimentos vai se espalhando pelo continente africano, melhorando a alimentação das populações e o fortalecimento das migrações e fixação dos povos bantos. A partir do século X começam a migrar povos africanos e comerciantes árabes. Os árabes batizaram a ilha de "Jaziral al Gamar", que quer dizer "Ilha da Lua". Nesse período, algumas cidades malgaxes como Ilharana e Nosy-Manjar já estavam voltadas para o comércio feito entre os habitantes da ilha, árabes e indianos.Com as Grandes Navegações, os portugueses foram os primeiros europeus a chegarem à ilha, em 1500, quando o navegador Diogo Dias batizou-a de ilha de São Lourenço.
Paisagem de Madagascar |
Paralelamente são formados vários reinos, como o dos merinos, betsileus, sakalaves, entre outros. O Reino Merina unificou a parte central da ilha, onde no ano de 1625, é fundada a capital Antananarivo. O rei Andrianampoinimerina realizou uma política de unificação dos reinos vizinhos. Após a sua morte, seu filho Radama I assumiu o controle da ilha, expulsando e matando os europeus que aí residiam.
Radama I |
Ranavalona governou a ilha até 1861, assumindo seu filho Radama II. Ao assumir o reino Radama II decreta liberdade de culto na ilha, sendo assassinado dois anos depois. As rainhas Rasoaherina, Ranavalona II e Ranavalona III segue a política de abertura ao assédio das potências europeias.
Em 1885, com a derrota da rainha Ranavalona III, a França transformou Madagascar em um protetorado francês e, em 1896, em colônia. Em 1905 é estabelecida a União Malgaxe, em que os merinos, com a ajuda francesa, conquistam definitivamente a ilha.
Rainha Radama II |
Em 1947, inicia-se a rebelião malgaxe contra a dominação colonial francesa. Em 1960, após várias rebeliões, que foram sufocadas pelas tropas francesas, a ilha de Madagascar consegue a sua independência. Philibert Tsirana foi o primeiro presidente do país, governando até 1972, quando vários protestos organizados por estudantes e por operários obrigam-no a renunciar ao poder, passando a presidência para os militares, que adotam uma postura coletivista e antiocidental. Três anos depois, o capitão de corveta Didier Ratsiraka toma o poder, governando o país ditatorialmente por dezessete anos, quando em 1991 foi deposto em meio a uma crise econômica. Porém, pouco tempo depois reassumiu novamente a presidência, ficando no poder até 2001 quando perdeu as eleições.
Didier Ratsiraka |
GEOGRAFIA
Madagascar é a maior ilha da África e a quarta maior do mundo. O relevo é, em geral, montanhoso, especialmente na parte oriental, onde existe dois maciços a norte - no qual se situa o ponto culminante do país, o Monte Maromokotro, com 2.876 metros acima do nível do mar - e no centro. Na parte oeste, o relevo se torna menos acidentado, encontrando-se algumas planícies costeiras.
Monte Maromokotro - ponto culminante de Madagascar |
O isolamento geográfico da ilha de Madagascar, ao longo de milhares de anos, contribuiu para o desenvolvimento de espécies da fauna e da flora exóticas, onde são encontradas apenas nessa ilha. A ilha tem um dos maiores índices de biodiversidade do planeta. Existem cerca de 200 mil espécies conhecidas em Madagascar, sendo cerca de 150 mil endêmicas da ilha.
A ilha recebe ventos úmidos do oceano Índico pelo leste, contribuindo para a existência de uma floresta tropical exuberante. O centro-oeste é mais seco. Nele predomina a vegetação arbustiva de savana. A árvore nacional é o baobá, que tem tronco largo, com capacidade para armazenar centenas de litros de água. Das oito espécies de baobá existente na África e na Austrália, seis são nativas de Madagascar.
Baobás na ilha de Madagascar |
A ilha é famosa pela quantidade de espécies de camaleões e lêmures que nela vivem. Cerca de 90% das mais de 300 espécies de répteis em Madagascar são endêmicas. Por serem tão exóticos, os répteis de Madagascar são muito procurados por colecionadores no comércio ilegal, levando muitas espécies a entrarem em processo de extinção.
Alguns animais endêmicos da ilha de Madagascar
Alguns animais endêmicos da ilha de Madagascar
Uma dessas espécies é o madagascar-gecko-dia (Phelsuma madagascariensis madagascariensis), que é uma espécie de lagartixa. A maioria dos geckos tem hábitos noturnos e se alimentam principalmente de insetos. Outra espécie da lagartixa é o uroplatus (Uroplatus sikorae), que é especialista em camuflagem.
Uroplastus |
Existe no mundo cerca de 150 espécies de camaleões, sendo que a metade deles são encontrados em Madagascar. Camaleões são pequenos répteis famosos por sua capacidade de mudar de cor. Em algumas partes de Madagascar as pessoas têm medo de camaleões, que são vistos como criaturas místicas com poderes mágicos e a capacidade de ver o futuro.
Uma das espécies de camaleão encontrado em Madagascar é o camaleão-pantera (Furcifer pardalis). Conhecido como "o rei das cores", vive no norte da ilha. Sua coloração varia de acordo com a localização geográfica (temperatura, clima e luz) em que se encontra. Os machos são os mais coloridos, enquanto que as fêmeas, normalmente, podem ser encontradas em tons marrons, com toques de pêssego, rosa, azul ou laranja. Outro fato curioso sobre as fêmeas, é que as que estão grávidas mudam de cor para sinalizar que não querem acasalar.
Em Madagascar existem cerca de 80 espécies de cobra e nenhuma delas é perigosa para os seres humanos. Apesar de não serem venenosas, elas podem assustar muita gente. Uma dessas serpentes é a serpente-folha-de-nariz (Langaha madagascariensis). É encontrada nas florestas decíduas secas e florestas tropicais da ilha. Há um grande dimorfismo sexual na espécie, onde os machos são marrons dorsalmente e ventralmente amarelo com um longo focinho afiado enquanto as fêmeas são manchadas de cinza com um focinho em forma de folha.
Na ilha são encontrados também os lêmures, um grupo de primatas que são encontrados apenas em Madagascar. Assemelham-se aos símios (tipo de primatas), mas são dotados de focinhos que lembra o da raposa, olhos grandes, pêlo lanoso e macio e cauda longa e peluda. Têm unhas em vez de garras e visão a cores limitada.
Infelizmente, por causa do desmatamento e da caça, vários tipos de lêmures estão ameaçados de extinção.
A traça-cometa (Argema mittrei), é um tipo de borboleta encontrada em Madagascar. Possui asas que podem atingir 20 centímetros, enquanto sua cauda pode crescer até 15 centímetros. Quando atinge a idade adulta, não pode se alimentar, vivendo por apenas quatro ou cinco dias. No entanto, a partir do primeiro dia que emerge do casulo, é capaz de se reproduzir, onde as fêmeas podem colocar até 170 ovos. As lagartas alimentam-se de folhas de eucaliptos frescas e têm um período de pupação de dois a seis meses. Seus casulos têm pequenos buracos para evitar afogamento nas florestas tropicais úmidas.
A rã-tomate (Propithecus verreauxi) são predadoras de emboscada, encontradas somente nas partes mais úmidas do norte de Madagascar. Elas atacam principalmente insetos, mas podem comer qualquer coisa que caiba em suas bocas. Embora sejam rãs (com a distintiva pele lisa), esses animais também possuem várias características de sapo, como pés não palmípedes (interligados por membranas) e habilidade de secretar um irritante látex venenoso, como a maioria dos sapos fazem. Apenas as fêmeas possuem coloração forte que dá a essas rãs seu nome. Os machos são marrons.
Os aie-aie (Daubentonia madagascarienses) é um tipo de primata encontrado em Madagascar. Possui hábitos norturnos bem adaptado à vida nas árvores. Seus dedões dos pés e caudas são mais longos do que seus corpos, permitindo-lhes se pendurar em ramos. São os únicos primatas que usam ecolocalização para encontrar suas presas. Seus dedos médios longos tocam as árvores e "ouvem" larvas de insetos, para depois desenterrarem-nas e comê-las. Suas orelhas sensíveis e olhos grandes podem ser úteis para encontrar comida, mas fez com que os habitantes da ilha os considerassem um presságio de má sorte, motivo este que fez esse animal entrar em extinção.
Os Tenrecídeos (Tenrencidae) são uma família de pequenos mamíferos insetívoros que habitam a ilha de Madagascar. Durante muito tempo foram considerados parte da ordem Insectivora, mas os estudos genéticos recentes indicam que trata-se de um grupo não-relacionado, parte da ordem Afrosoricida e integrantes do grande grupo Afrotheria. Esses pequenos animais só podem ser encontrados em 10 locais de Madagascar, e como atingem no máximo 17 centímetros de comprimento, são difíceis de detectar.
Há uma série de espécies de tenrecídeos na área, mas os aquáticos são exclusivos por suas adaptações: seus músculos posteriores possuem membros grandes e seus pés são palmados para facilitar a natação. Eles nadam por corpos de água rasos a procura de insetos e girinos, esfregando as vibrissas sensíveis de seus focinhos contra o fundo. Assim que localizam suas presas, as arrastam para a superfície.
A fossa (Cryptoprocta ferox) é um mamífero carnívoro da família Eupleridae. É encontrado na ilha de Madagascar, sendo o maior carnívoro mamífero da ilha. Sua aparência lembra a de um gato alongado, e sua cauda é quase tão comprida quanto o restante do corpo. Sua coloração é castanho-avermelhada e possui cabeça relativamente pequena, com focinho curto e orelhas arredondadas.
As fossas caminham com a sola dos pés apoiada no chão. Suas garras são curtas e retrácteis, ideais para escalar árvores. Fica escondida na mata, aparecendo principalmente à noite, mas também pode aparecer de dia. Suas principais presas são os lêmures, mas caçam também anfíbios, aves e mamíferos.
Queimadas para a agricultura
Essa prática, conhecida localmente como "tavy" faz parte da economia e da cultura malgaxe. É assim que as florestas tropicais de Madagascar são convertidas em plantações de arroz. Geralmente um ou dois acres de floresta são desmatados, queimados e replantados com arroz. Depois de dois anos de produção, a área é abandonada por um período de quatro a seis anos e o processo repetido. Depois de dois ou três anos desses ciclos o solo fica bastante exaurido de seus nutrientes e a terra é ocupada por ervas e vegetação rasteira. Nos morros, esse tipo de vegetação não é suficiente para segurar o solo, acarretando erosão e desabamentos.
Tavy é a forma como a maioria das famílias malgaxes encontra para sobreviver, e pessoas que estão preocupadas com sua subsistência diária não podem dar ao luxo de pensar nas futuras consequências de suas ações. Na perspectiva dessas pessoas, é melhor garantir um pedaço de floresta antes do seu vizinho. Tavy também possui elementos espirituais e culturais que ultrapassam o valor nutricional e econômico de uma simples plantação de arroz.
Produção de carvão e lenha
As florestas espinhosas de Madagascar vem sendo desmatadas num ritmo alarmante para a produção de carvão e lenha. Vários malgaxes sobrevivem vendendo pequenos pedaços de carvão nas beiras das estradas do sul de Madagascar e, geralmente, esse carvão é obtido com a destruição da árvore Alluaudia (típica da ilha). Imagens de satélite mostram rios vermelhos correndo de Madagascar para o oceano Índico, como se a ilha estivesse perdendo sangue, resultado da erosão do solo.
Extinção de espécies
Para um país que tem como pilar da economia a produção agrícola a perda de seus solos tem um alto preço ambiental e econômico. Além disso, a introdução de espécies estranhas na ilha causou a extinção de várias espécies endêmicas de Madagascar. Uma dessas espécies é a tilápia, peixe agressivo que tem provocado a extinção de peixes nativos, como o cichlid.
As espécies nativas de Madagascar tem sido caçadas por pessoas que buscam encontrar um meio de sobrevivência para suas famílias. Essas espécies são vendidas no mercado negro, contribuindo para aumentar o número de espécies em extinção no planeta.
As águas ao redor de Madagascar são ao mesmo tempo um grande santuário de peixes e fonte de sustento de milhares de famílias malgaxes. Porém, a pesca é mal supervisionada e não existe regulamentação. Barcos pesqueiros de outros países invadem a costa de Madagascar ameaçando o sustento das famílias de pescadores da ilha.
Apesar do produto ter um preço relativamente alto no mercado mundial e a muitos agricultores cultivarem esse produto, cerca de 70% da população de Madagascar vive abaixo da linha de pobreza (sobrevive com menos de 1 dólar por dia) e quase metade das crianças com menos de cinco anos sofre com a desnutrição.
O principal produto cultivado no país é o arroz, mas o que representa a maior parcela de exportação é o café. Destacam-se também os cultivos da cana-de-açúcar, mandioca e frutas, como banana, maçã, ananás e laranja.
A população de Madagascar vive majoritariamente na área rural e dedica-se ao cultivo de gêneros tropicais. Contudo, nas áreas mais elevadas, as temperaturas são amenas, favorecendo também o cultivo do trigo, produto típico das áreas mais frias.
Na pecuária o principal rebanho é o de bovino, porém, certas camadas da população têm esse animal como sagrado, o que dificulta a criação com o objetivo comercial para essas camadas. Outros rebanhos significativos no país são ovinos, caprinos, suínos e a criação de aves.
A indústria mineira é pouco desenvolvida, sobretudo por causa dos escassos recursos minerais. Porém, o país é um dos maiores produtores mundiais de titânio, único mineral abundante no país.
Uma das espécies de camaleão encontrado em Madagascar é o camaleão-pantera (Furcifer pardalis). Conhecido como "o rei das cores", vive no norte da ilha. Sua coloração varia de acordo com a localização geográfica (temperatura, clima e luz) em que se encontra. Os machos são os mais coloridos, enquanto que as fêmeas, normalmente, podem ser encontradas em tons marrons, com toques de pêssego, rosa, azul ou laranja. Outro fato curioso sobre as fêmeas, é que as que estão grávidas mudam de cor para sinalizar que não querem acasalar.
Camaleão-pantera |
Serpente-folha-de-nariz |
Infelizmente, por causa do desmatamento e da caça, vários tipos de lêmures estão ameaçados de extinção.
Lêmures |
Traça-cometa |
Rã-tomate |
Aie-aie |
Há uma série de espécies de tenrecídeos na área, mas os aquáticos são exclusivos por suas adaptações: seus músculos posteriores possuem membros grandes e seus pés são palmados para facilitar a natação. Eles nadam por corpos de água rasos a procura de insetos e girinos, esfregando as vibrissas sensíveis de seus focinhos contra o fundo. Assim que localizam suas presas, as arrastam para a superfície.
Terrencídeo |
As fossas caminham com a sola dos pés apoiada no chão. Suas garras são curtas e retrácteis, ideais para escalar árvores. Fica escondida na mata, aparecendo principalmente à noite, mas também pode aparecer de dia. Suas principais presas são os lêmures, mas caçam também anfíbios, aves e mamíferos.
Fossa |
PROBLEMAS AMBIENTAIS EM MADAGASCAR
Os maiores problemas ambientais em Madagascar, são: o desmatamento e a destruição de habitats, queimadas, erosão do solo, exploração descontrolada dos recursos naturais (incluindo a caça de espécies selvagens), introdução de espécies estranhas, entre outras.Queimadas para a agricultura
Essa prática, conhecida localmente como "tavy" faz parte da economia e da cultura malgaxe. É assim que as florestas tropicais de Madagascar são convertidas em plantações de arroz. Geralmente um ou dois acres de floresta são desmatados, queimados e replantados com arroz. Depois de dois anos de produção, a área é abandonada por um período de quatro a seis anos e o processo repetido. Depois de dois ou três anos desses ciclos o solo fica bastante exaurido de seus nutrientes e a terra é ocupada por ervas e vegetação rasteira. Nos morros, esse tipo de vegetação não é suficiente para segurar o solo, acarretando erosão e desabamentos.
Tavy é a forma como a maioria das famílias malgaxes encontra para sobreviver, e pessoas que estão preocupadas com sua subsistência diária não podem dar ao luxo de pensar nas futuras consequências de suas ações. Na perspectiva dessas pessoas, é melhor garantir um pedaço de floresta antes do seu vizinho. Tavy também possui elementos espirituais e culturais que ultrapassam o valor nutricional e econômico de uma simples plantação de arroz.
Prática do tavy (queimada) em Madagascar |
As florestas espinhosas de Madagascar vem sendo desmatadas num ritmo alarmante para a produção de carvão e lenha. Vários malgaxes sobrevivem vendendo pequenos pedaços de carvão nas beiras das estradas do sul de Madagascar e, geralmente, esse carvão é obtido com a destruição da árvore Alluaudia (típica da ilha). Imagens de satélite mostram rios vermelhos correndo de Madagascar para o oceano Índico, como se a ilha estivesse perdendo sangue, resultado da erosão do solo.
Erosão do solo - um dos graves problemas de Madagascar |
Para um país que tem como pilar da economia a produção agrícola a perda de seus solos tem um alto preço ambiental e econômico. Além disso, a introdução de espécies estranhas na ilha causou a extinção de várias espécies endêmicas de Madagascar. Uma dessas espécies é a tilápia, peixe agressivo que tem provocado a extinção de peixes nativos, como o cichlid.
As espécies nativas de Madagascar tem sido caçadas por pessoas que buscam encontrar um meio de sobrevivência para suas famílias. Essas espécies são vendidas no mercado negro, contribuindo para aumentar o número de espécies em extinção no planeta.
Cichlids - peixes que estão desaparecendo de Madagascar |
ECONOMIA DE MADAGASCAR
Madagascar é um dos países mais pobres do mundo. A sua economia se baseia principalmente na agricultura, na pecuária, na mineração, na pesca e na produção têxtil. Um dos produtos mais conhecidos da ilha é a baunilha, que vem de uma orquídea que é usada no mundo inteiro e serve para dar sabor aos alimentos.Agricultores de Madagascar secando a baunilha |
O principal produto cultivado no país é o arroz, mas o que representa a maior parcela de exportação é o café. Destacam-se também os cultivos da cana-de-açúcar, mandioca e frutas, como banana, maçã, ananás e laranja.
A população de Madagascar vive majoritariamente na área rural e dedica-se ao cultivo de gêneros tropicais. Contudo, nas áreas mais elevadas, as temperaturas são amenas, favorecendo também o cultivo do trigo, produto típico das áreas mais frias.
Cultivo de arroz em Madagascar |
A indústria mineira é pouco desenvolvida, sobretudo por causa dos escassos recursos minerais. Porém, o país é um dos maiores produtores mundiais de titânio, único mineral abundante no país.
ALGUNS DADOS DE MADAGASCAR
NOME: República de Madagascar
CAPITAL: Antananarivo
CAPITAL: Antananarivo
Cidade alta de Antananarivo - capital de Madagascar |
GENTÍLICO: madagascarense / malgaxe
LÍNGUA OFICIAL: malgaxe, francês
GOVERNO: República Semipresidencialista
INDEPENDÊNCIA: da França, em 26 de junho de 1960
LÍNGUA OFICIAL: malgaxe, francês
GOVERNO: República Semipresidencialista
INDEPENDÊNCIA: da França, em 26 de junho de 1960
LOCALIZAÇÃO: Oceano Índico
ÁREA: 587.041 km² (44º)
POPULAÇÃO (ONU - Estimativa 2013): 21.926.221 habitantes (52º)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 37,35 hab./km² (143º)
MAIORES CIDADES (Estimativa 2013):
Antananarivo: 1.729.102 habitantes
ÁREA: 587.041 km² (44º)
POPULAÇÃO (ONU - Estimativa 2013): 21.926.221 habitantes (52º)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 37,35 hab./km² (143º)
MAIORES CIDADES (Estimativa 2013):
Antananarivo: 1.729.102 habitantes
Toamasina: 265.431 habitantes
Toamasina - segunda maior cidade de Madagascar |
Fianarantsoa: 173.136 habitantes
PIB (FMI - 2013): U$ 10,054 bilhões (127°)
IDH (ONU - 2012): 0,483 (151°)
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2005/2010): 65,77 anos (143°)
CRESCIMENTO VEGETATIVO (ONU - 2005/2010): 2,66% ao ano (22°)
MORTALIDADE INFANTIL (CIA World Factbook - 2012): 44,78/mil (145°)
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2011): 29% (160°)
TAXA DE URBANIZAÇÃO (Pnud - 2009/2010): 70,7% (133°)
PIB PER CAPITA (FMI - 2013): U$ 488 (176°)
MOEDA: Ariary
RELIGIÃO: cristianismo 49,5% (sendo 25,7% de protestantes, 23% de católicos e 0,8% de outras religiões cristãs), crenças tradicionais 48%, outras religiões 2,2%, sem religião 0,3%.
DIVISÃO: Madagascar divide-se em seis províncias, que estão subdivididas em 148 departamentos. As províncias têm o nome da respectiva capital. O número corresponde a província. 1. Antananarivo 2. Antsiranana 3. Fianarantsoa 4. Mahajanga 5. Toamasina 6. Toliara.
Divisão de Madagascar |
FONTE: Sampaio, Fernando dos Santos. Para viver juntos: geografia, 8° ano / Fernando dos Santos Sampaio, Marlon Clóvis de Medeiros, Vagner Augusto da Silva. - 3ª ed. - São Paulo: Edições SM, 2012 - (Para viver juntos; 3)