Os Estados Unidos são uma república constitucional composta por 50 estados e um Distrito Federal. A maior parte do país situa-se na região central da América do Norte, formada por 48 estados e Washington D.C., o distrito federal da capital. Banhado pelos oceanos Pacífico e Atlântico, faz fronteira com o Canadá ao norte, e com o México ao sul. O estado do Alasca está no noroeste do continente, fazendo fronteira com o Canadá a leste e com a Rússia a oeste, através do Estreito de Bering. O estado do Havaí é um arquipélago localizado no Pacífico Central. O país também possui vários outros territórios no Caribe e no Oceano Pacífico. Com uma área de 9.371.174 km² e uma população de 331.188.390 habitantes (estimativa para 2020) é o quarto maior em área total, o quinto maior em área contígua e o terceiro em população no mundo.
Os Estados Unidos são uma das nações mais multiculturais e etnicamente diversificadas do globo, produto da forte imigração vinda de muitos países. Sua geografia e sistemas climáticos também são extremamente diversificados, com desertos, planícies, florestas e montanhas, que abrigam uma grande variedade de espécies.
Os Estados Unidos são uma das nações mais multiculturais e etnicamente diversificadas do globo, produto da forte imigração vinda de muitos países. Sua geografia e sistemas climáticos também são extremamente diversificados, com desertos, planícies, florestas e montanhas, que abrigam uma grande variedade de espécies.
Mapa político dos Estados Unidos |
HISTÓRIA
É geralmente aceito que os primeiros habitantes da América do Norte migraram da Sibéria por meio da ponte terrestre de Bering durante a última glaciação e chegaram há pelo menos 12 mil anos atrás. No entanto, evidências crescentes sugerem uma chegada ainda mais precoce. Depois de atravessar a ponte terrestre, os primeiros nativos americanos se moveram para o sul ao longo da costa do Pacífico e por um corredor interior sem gelo.
Por volta de 11.000 a.C., a Cultura Clóvis surgiu, e é considerada o primeiro assentamento humano do continente americano. Ao longo dos anos, mais e mais evidências apontam a ideia de culturas "pré-Clóvis", incluindo ferramentas que datam de 15.550 anos atrás. É provável que eles representem a primeira das três principais ondas de migração para a América do Norte.
Com o tempo, as culturas indígenas na América do Norte tornaram-se cada vez mais complexas, e algumas, como a cultura mississipiana pré-colombiana no sudeste, desenvolveram uma agricultura avançada, arquitetura grandiosa e sociedades complexas. A cultura mississipiana floresceu no sul entre os anos 800 e 1600, estendendo-se da fronteira mexicana até a Flórida. Sua cidade-Estado, Cahokia, é considerada o maior e mais complexo sítio arqueológico pré-colombiano nos Estados Unidos.
Na região dos Quatro Cantos, a cultura ancestral dos Anasazi se desenvolveu como o culminar de séculos de experimentação agrícola, que produziram maior dependência da agricultura. Três locais considerados Patrimônio Mundial pela UNESCO são creditados a esse povo: o Parque Nacional Mesa Verde, o Parque Histórico Nacional da Cultura Chaco e Pueblo de Taos. As obras de terraplenagem construída pelos nativos americanos da cultura de Poverty Point, no nordeste da Louisiana, também foram designadas como Patrimônio da Humanidade. Na região sul dos Grandes Lagos, a Confederação Iroquesa foi estabelecida em algum momento entre os séculos XII e XV.
Em 1492, o explorador Cristóvão Colombo sob o contrato da Coroa espanhola, chegou a várias ilhas do Caribe, fazendo o primeiro contato com os povos indígenas. Em 2 de abril de 1513, o conquistador espanhol Juan Ponce de León desembarcou no local que ele chamou de "La Florida" - a primeira visita europeia documentada no que viria a ser os Estados Unidos.
Os comerciantes de peles franceses estabeleceram postos na Nova França em torno dos Grandes Lagos: a França acabou por reivindicar a maior parte do interior da América do Norte até o Golfo do México.
O primeiro assentamento inglês bem sucedido foi a Colônia da Virgínia, em Jamestown, em 1607, e a Colônia Plymouth, dos chamados Peregrinos, em 1620. O fretamento de 1628 da Colônia da Baía de Massachusetts resultou em uma onda de migração; por volta de 1634, a Nova Inglaterra tinha sido povoada por cerca de 10.000 puritanos. Entre o final dos anos 1610 e a Revolução Americana, cerca de 50.000 prisioneiros foram enviados para as colônias americanas da Grã-Bretanha. A partir de 1614, os holandeses se estabeleceram ao longo do rio Hudson, na Colônia de Nova Amsterdã, na ilha de Manhattan. Foram esses puritanos responsáveis pela formação das Treze Colônias.
As colônias que surgiram ao norte tiveram sua economia baseada em pequenas e médias propriedades, geridas pela própria família e produzindo para o mercado interno, pois as condições geográficas, semelhantes à da Europa Ocidental, nada tinham a oferecer produtos tropicais. Formaram-se, assim, as colônias de povoamento, marcadas pela ideia dos puritanos de que eles tinham a missão de implantar, nas novas terras, uma espécie de extensão da Inglaterra.
As colônias que surgiram ao sul tiveram uma colonização diferente, assemelhando-se bastante à colonização luso-espanhola na América, baseada na colonização mercantilista. Sua estrutura era fundamentada na grande propriedade, no trabalho escravo africano, na monocultura e na produção em larga escala para atender aos interesses da metrópole inglesa. Graças ao clima mais quente, os principais produtos cultivados nas Colônias do Sul foram o algodão e o tabaco.
Massachusetts destacou-se em seu pioneirismo na educação, tendo fundado a Faculdade de Harvard - atual Universidade de Harvard -, em 1636 - a primeira instituição superior nos atuais Estados Unidos e o primeiro sistema de educação pública, em 1647. Entre a década de 1650 e 1660, os britânicos gradualmente conquistaram os Novos Países Baixos, tendo anexado estas colônias neerlandesas definitivamente em 1664. Nova Amsterdã, capital e maior cidade destas colônias, foi renomeada como Nova York. Em 1672, a primeira estrada de maior importância foi fundada nos Estados Unidos, conectando Boston, capital da colônia de Massachusetts a Nova York, capital da colônia homônima. O primeiro jornal foi fundado em 1704, em Boston, sob o nome de Boston News-Letter.
Com taxas de natalidade altas, taxas de mortalidade baixas e imigração constante, a população colonial cresceu rapidamente. O movimento cristão revivalista das décadas de 1730 e 1740, conhecido como o "Grande Despertar", incentivou o interesse na religião e na liberdade religiosa. Durante a Guerra Franco-Indígena, as forças britânicas tomaram o Canadá dos franceses, mas a população francófona permaneceu isolada política e geograficamente das Colônias do Sul.
À exceção dos nativos americanos (popularmente conhecidos como "índios americanos"), que estavam sendo deslocados, as Treze Colônias tinham uma população de 2,6 milhões de habitantes em 1770, cerca de um terço da Grã-Bretanha, no qual, um em cada cinco norte-americanos eram escravos negros. Embora sujeitos aos impostos britânicos, os colonos americanos não tinham representação no Parlamento da Grã-Bretanha.
As tensões entre colonos americanos e os britânicos durante o período revolucionário dos anos 1770 e início dos anos 1780 levaram à Guerra Revolucionária Americana, travada de 1775 a 1781. Em 14 de junho de 1775, o Congresso continental, em convocação na Filadélfia, criou um Exército Continental sob o comando de George Washington. Proclamando que "todos os homens são criados iguais e dotados de certos direitos inalienáveis", em 4 de julho de 1776, o Congresso aprovou a Declaração de Independência, regida em grande parte por Thomas Jefferson. Essa data é hoje comemorada como o Dia da Independência dos Estados Unidos. Em 1777, os Artigos da Confederação estabeleceram um fraco governo confederado que operou até 1789.
Após a derrota britânica por forças americanas apoiadas pelos franceses, na Batalha de Yorktown, a Grã-Bretanha reconheceu a independência dos Estados Unidos e a soberania dos estados sobre o território americano a oeste do rio Mississipi. Uma convenção constitucional foi organizada em 1787 por aqueles que desejavam estabelecer um governo nacional forte, com poderes de tributação. A Constituição dos Estados Unidos foi ratificada em 1788. Em 1789 tomaram posse o primeiro Senado e o primeiro presidente, George Washington, da Nova República. Em 1791, foi adotada a Bill of Rights (Declaração dos Direitos dos Cidadãos), que proíbe restrições federais das liberdades pessoais e garante uma série de proteções legais.
As atitudes em relação à escravidão foram sendo alteradas; uma cláusula na Constituição protegia o comércio de escravos africanos apenas até 1808. Os estados do Norte aboliram a escravidão entre 1780 e 1804, deixando os estados escravistas do Sul como defensores dessa instituição peculiar. O Segundo Grande Despertar, iniciado por volta de 1800, fez do evangelicalismo uma força por detrás de vários movimentos de reforma social, entre os quais o abolicionismo.
A ânsia americana da expansão para o oeste levou a uma longa série de Guerras Indígenas e ao genocídio dos indígenas. A compra da Louisiana, o território francês a sul, sob a presidência de Thomas Jefferson, em 1803, quase duplicou o tamanho da nação.
A Guerra de 1812, travada contra a Grã-Bretanha, acabou num empate, reforçando o nacionalismo americano. Uma série de incursões militares americanas na Flórida levaram a Espanha a ceder esse e outros territórios na Costa do Golfo do México em 1819. A Trilha das Lágrimas, em 1830, exemplificou a política de remoção dos índios, que retirava os povos indígenas de suas terras nativas. Os Estados Unidos anexaram a República do Texas, em 1845. O conceito de "Destino Manifesto" foi popularizado durante essa época.
O Tratado de Oregon, assinado com a Grã-Bretanha em 1846, levou ao controle norte-americano do atual Noroeste dos Estados Unidos. A vitória americana na Guerra Mexicano-Americana resultou na Cessão da Califórnia e de grande parte do atual Sudoeste dos Estados Unidos, em 1848.
A corrida do ouro na Califórnia de 1848-1949, estimulou a migração ocidental. As ferrovias construídas, tornaram a deslocalização mais fácil para os colonos e provocaram o aumento dos conflitos com os nativos americanos. Depois de meio século, até 40 milhões de bisões-americanos foram abatidos para peles e carne e para facilitar a disseminação do transporte ferroviário. A perda do bisão-americano, um recurso fundamental para os Índios das Planícies, constituiu um duro golpe para a sobrevivência de muitas culturas nativas. A compra do Alasca do Império Russo, em 1867, completou a expansão continental do país.
As tensões entre os estados escravistas tiveram origem em discussões sobre a relação entre os governos estadual e federal e em conflitos violentos acerca da propagação da escravidão em novos estados. Abraham Lincoln, candidato do Partido Republicano, em grande parte abolicionista, foi eleito presidente em 1860. Antes da sua posse, sete estados escravistas declararam sua secessão, o que o governo federal sempre considerou ilegal, e formaram os Estados Confederados da América.
Com o ataque confederado em Fort Sumter, a Guerra de Secessão começou, e mais quatro estados escravistas aderiram à Confederação. A Proclamação da Emancipação de Lincoln, em 1863, declarou livre os escravos da Confederação. Após a vitória da União, em 1865, três emendas à Constituição americana garantiam a liberdade para cerca de quatro milhões de afro-americanos que tinham sido escravos, fazendo-lhes cidadãos e dando-lhes o direito ao voto. A guerra e a sua resolução levaram a um aumento substancial do poder federal.
Após a guerra, o assassinato de Lincoln radicalizou as políticas republicanas da Reconstrução na reinserção e reconstrução dos estados do Sul, assegurando os direitos dos escravos recém-libertos. A resolução da disputada eleição presidencial de 1876 pelo compromisso de 1877 terminou com a Era da Reconstrução; as Leis de Jim Crow iniciaram um período de perseguição aos afro-americanos.
No Norte, a urbanização e um afluxo de imigrantes sem precedentes da Europa Meridional e Oriental apressou a industrialização do país. A onda de imigração, que durou até 1929, proveu trabalho e transformou a cultura americana. O desenvolvimento da infraestrutura nacional estimulou o crescimento econômico.
O Massacre de Wounded Knee, em 1890, foi o último grande conflito armado das Guerras Indígenas. Em 1893, a monarquia indígena do Reino do Havaí, no Pacífico, foi derrubada em um golpe de Estado liderado por residentes norte-americanos; os Estados Unidos anexaram o arquipélago em 1898. A vitória no mesmo ano da Guerra Hispano-Americana demonstrou que os Estados Unidos eram uma grande potência mundial e levou à anexação de Porto Rico, Guam e as Filipinas. As Filipinas conquistaram a independência meio século depois; Porto Rico e Guam permanecem como territórios americanos.
Durante os primeiros anos da Primeira Guerra Mundial, que eclodiu em 1914, os Estados Unidos mantiveram-se neutros. Apesar da maioria dos americanos simpatizarem com os britânicos e com os franceses, muitos eram contra uma intervenção. Em 1917, os Estados Unidos se juntaram aos países da Tríplice Aliança, ajudando a vencer as Potências Centrais (Tríplice Entente). Após a guerra, o Senado não ratificou o Tratado de Versalhes, que estabelecia a Liga das Nações. O país seguiu uma política de unilateralismo.
Em 1920, o movimento pelos direitos das mulheres conseguiu a aprovação de uma emenda constitucional que concedia o sufrágio feminino. A prosperidade dos Roaring Twenties ("anos 20 florescentes, alegres, ruidosos ou vívidos") terminou com a quebra da Bolsa de Valores Nova York em 1929, que desencadeou a Grande Depressão.
Após sua eleição como presidente, em 1932, Franklin Delano Roosevelt respondeu à crise social e econômica com o New Deal ("novo acordo"), uma série de políticas de crescente intervenção governamental na economia. O Dust Bowl (fenômeno climático de tempestade de areia que ocorreu na década de 1930 e durou quase 10 anos), empobreceu muitas comunidades agrícolas e estimulou uma nova onda de imigração ocidental.
Os Estados Unidos, neutros durante as fases iniciais da Segunda Guerra Mundial, iniciada com a invasão da Polônia pela Alemanha Nazista em setembro de 1939, começaram a fornecer material para os Aliados em março de 1941 através do programa Lend-Lease Act ("Lei de Empréstimo e Arrendamento"). Em 7 de dezembro de 1941, o Império do Japão lançou um ataque surpresa à base naval de Pearl Harbor, no Havaí, o que levou os Estados Unidos a se juntar aos Aliados contra as potências do Eixo e ao internamento compulsivo de milhares de americanos de origem japonesa. A participação na guerra estimulou o investimento de capital e a capacidade industrial do país. Entre os principais combatentes, os Estados Unidos foram o único país a se tornar muito mais rico, ao contrário dos restantes aliados, que empobreceram por causa da guerra.
As conferências dos Aliados em Bretton Woods e Yalta delinearam um novo sistema de organizações internacionais que colocou os Estados Unidos e a União Soviética no centro da política geoestratégica mundial. Como a vitória foi conquistada na Europa, uma conferência internacional realizada em 1945 em São Francisco, produziu a Carta das Nações Unidas, que se tornou ativa depois da guerra. Tendo desenvolvido as primeiras armas nucleares, os Estados Unidos, usaram-as sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagazaki, em agosto de 1945. O Japão se rendeu em 2 de setembro do mesmo ano, marcando o fim da guerra.
Guerra Fria
Os Estados Unidos e a União Soviética disputaram a supremacia mundial após a Segunda Guerra Mundial, durante o período chamado de Guerra Fria, cujos principais atores a nível militar na Europa foram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e o Pacto de Varsóvia. Os Estados Unidos promoviam a democracia liberal e o capitalismo, enquanto a União Soviética promovia o comunismo e uma democracia planificada. Ambos apoiavam ditaduras e estavam envolvidos em guerras por procuração. As tropas americanas combateram as forças comunistas chinesas na Guerra da Coreia de 1950 a 1953. O Comitê de Atividades Antiamericanas seguiu uma série de investigações sobre suspeitas de subversões de esquerda, enquanto o senador Joseph McCarthy tornou-se a figura emblemática do sentimento anticomunista.
O lançamento soviético de 1961 do primeiro voo tripulado fez com que o presidente John F. Kennedy promovesse a ida do primeiro homem a aterrizar o solo da Lua, fato este realizado em 1969. Kennedy também enfrentou uma tensa crise motivado pela presença de forças soviéticas em Cuba, que por pouco não provocou um confronto nuclear. Entretanto, os Estados Unidos experimentaram uma expansão econômica sustentada. Ao mesmo tempo, cresceu o movimento dos direitos civis, simbolizado e liderado por afro-americanos, como Rosa Parks e Martin Luther King Jr., usando a não violência para enfrentar a segregação e a discriminação.
Após o assassinato de Kennedy, em 1963, as leis de direitos civis (1964) e direito ao voto (1965) foram sancionadas pelo presidente Lyndon B. Johnson. Johnson e seu sucessor, Richard Nixon, expandiram uma guerra por procuração no sudeste da Ásia para a mal sucedida Guerra do Vietnã. Um amplo movimento de contracultura cresceu, alimentado pela oposição à guerra, o nacionalismo negro e a revolução sexual. Betty Friedman, Gloria Steinem e outros levaram uma nova onda de feminismo que buscava igualdade política, social e econômica das mulheres.
Como consequência do escândalo de Watergate, em 1974, Nixon se tornou o primeiro presidente americano a renunciar, para evitar sofrer um impeachment, sob as acusações de obstrução da justiça e abuso de poder, sendo sucedido pelo vice-presidente Gerald Ford. A administração de Jimmy Carter, na década de 1970, foi marcada pela estagnação da economia e a crise dos reféns do Irã. A eleição de Ronald Reagan como presidente em 1980, anunciou uma virada à direita na política norte-americana, refletida em grandes mudanças na tributação e nas propriedades dos gastos. Seu segundo mandato foi marcado pelo escândalo Irã-Contras e pelo significativo progresso diplomático com a União Soviética. O posterior colapso soviético pôs fim à Guerra Fria.
Sob a liderança de George H. W. Bush, os Estados Unidos assumiram um papel de liderança na ONU, sancionando a Guerra do Golfo. A maior expansão econômica da história moderna americana ocorreu de março de 1991 a março de 2001, abrangendo a administração de Bill Clinton e a "Bolha da Internet". Uma ação judicial civil e um escândalo sexual levaram ao impeachment de Clinton em 1998, mas ele permaneceu no cargo.
A eleição presidencial de 2000, uma das mais acirradas e controversas da história dos Estados Unidos, que chegou a envolver suspeitas de fraude e outras dúvidas na contagem de votos, foi resolvida por uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, que declarou George W. Bush, filho de George H. W. Bush, presidente.
Na manhã de 11 de setembro de 2001, terroristas da organização fundamentalista islâmica Al-Qaeda atacaram o complexo do World Trade Center, em Nova York, e o prédio do Pentágono, nos arredores de Washington D.C., causando a morte de cerca de 3 mil pessoas. Em resposta aos atentados, o governo Bush lançou a chamada Guerra ao Terror e, no final de 2001, forças norte-americanas lideraram uma invasão ao Afeganistão, removendo o governo Taliban e acabando com campos de treinamentos da Al-Qaeda. Insurgentes do Taliban continuam a travar uma guerra de guerrilha no país. Em 2002, a administração Bush começou a pressionar uma mudança de regime no Iraque por motivos controversos. Sem o apoio da Otan e da ONU para uma intervenção militar, o governo Bush organizou e liderou uma coalizão de forças militares para invadir preventivamente o Iraque em 2003, removendo o ditador Saddam Hussein do poder.
Em 2005, o furacão Katrina causou profundos danos ao longo da costa do Golfo do México, devastando a cidade de Nova Orleans, na Louisiana. Em 2008, em meio a uma recessão econômica global, o primeiro presidente afro-americano, Barack Obama, foi eleito. Dois anos depois, grandes reformas nos sistemas de saúde e financeiro do país foram decretadas.
Em 2011, uma ataque de SEALs da marinha norte-americana matou o líder da rede Al-Qaeda, Osama bin Laden, na cidade de Abbottabad, no Paquistão. A Guerra do Iraque acabou oficialmente com a retirada das tropas norte-americanas restantes no país em dezembro de 2011.
No 11º aniversário dos ataques de 11 de setembro e menos de um ano após os Estados Unidos colaborarem com a queda do ditador líbio Muammar Gaddafi, duas instalações norte-americanas foram atacadas na Líbia, o que resultou na primeira morte de um embaixador estadunidense desde 1979. Em outubro de 2012, o furacão Sandy causou vasta destruição no litoral das regiões Nordeste e do Médio Atlântico dos Estados Unidos. Em abril de 2013, um ataque terrorista aconteceu durante a Maratona de Boston; foi o primeiro ataque terrorista reconhecido no país desde o 11 de setembro de 2001.
Os Estados Unidos também viu o ressurgimento das tensões com a Rússia devido a intervenção desta na Geórgia e na Ucrânia. Os americanos e seus aliados na Europa impuseram sanções contra o governo russo, ameaçando uma nova Guerra Fria.
Em 2016, Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos. Apesar de ter vencido no colégio eleitoral, Trump não conquistou a maioria dos votos, fazendo dele o quinto presidente a ser eleito mesmo tendo perdido no voto popular. Protestos contra o presidente, irromperam por várias cidades do país. Apesar disso, ele foi formalmente empossado para o cargo em janeiro de 2017, prometendo uma presidência mais voltada para assuntos domésticos.
Por volta de 11.000 a.C., a Cultura Clóvis surgiu, e é considerada o primeiro assentamento humano do continente americano. Ao longo dos anos, mais e mais evidências apontam a ideia de culturas "pré-Clóvis", incluindo ferramentas que datam de 15.550 anos atrás. É provável que eles representem a primeira das três principais ondas de migração para a América do Norte.
Com o tempo, as culturas indígenas na América do Norte tornaram-se cada vez mais complexas, e algumas, como a cultura mississipiana pré-colombiana no sudeste, desenvolveram uma agricultura avançada, arquitetura grandiosa e sociedades complexas. A cultura mississipiana floresceu no sul entre os anos 800 e 1600, estendendo-se da fronteira mexicana até a Flórida. Sua cidade-Estado, Cahokia, é considerada o maior e mais complexo sítio arqueológico pré-colombiano nos Estados Unidos.
Cahokira - o maior sítio arqueológico dos Estados Unidos e a maior pirâmide localizada no norte da Mesoamérica |
Antigo palácio construído pelo povo anasazi, no Parque Nacional de Mesa Verde - Colorado |
Os comerciantes de peles franceses estabeleceram postos na Nova França em torno dos Grandes Lagos: a França acabou por reivindicar a maior parte do interior da América do Norte até o Golfo do México.
O primeiro assentamento inglês bem sucedido foi a Colônia da Virgínia, em Jamestown, em 1607, e a Colônia Plymouth, dos chamados Peregrinos, em 1620. O fretamento de 1628 da Colônia da Baía de Massachusetts resultou em uma onda de migração; por volta de 1634, a Nova Inglaterra tinha sido povoada por cerca de 10.000 puritanos. Entre o final dos anos 1610 e a Revolução Americana, cerca de 50.000 prisioneiros foram enviados para as colônias americanas da Grã-Bretanha. A partir de 1614, os holandeses se estabeleceram ao longo do rio Hudson, na Colônia de Nova Amsterdã, na ilha de Manhattan. Foram esses puritanos responsáveis pela formação das Treze Colônias.
O Pacto de Mayflower estabeleceu formas democráticas de governo para a Colônia de Plymouth |
As colônias que surgiram ao sul tiveram uma colonização diferente, assemelhando-se bastante à colonização luso-espanhola na América, baseada na colonização mercantilista. Sua estrutura era fundamentada na grande propriedade, no trabalho escravo africano, na monocultura e na produção em larga escala para atender aos interesses da metrópole inglesa. Graças ao clima mais quente, os principais produtos cultivados nas Colônias do Sul foram o algodão e o tabaco.
Mapa das Treze Colônias |
Lower Manhattan, em 1664, quando fazia parte de Nova Amsterdã |
À exceção dos nativos americanos (popularmente conhecidos como "índios americanos"), que estavam sendo deslocados, as Treze Colônias tinham uma população de 2,6 milhões de habitantes em 1770, cerca de um terço da Grã-Bretanha, no qual, um em cada cinco norte-americanos eram escravos negros. Embora sujeitos aos impostos britânicos, os colonos americanos não tinham representação no Parlamento da Grã-Bretanha.
Primeiros colonos |
Declaração da Independência, por John Trumbull |
Dallas-Forth Worth - com uma população de 7.273.373 habitantes (estimativa 2020) é a quarta maior aglomeração dos EUA e a terceira cidade mais populosa do estado do Texas |
A ânsia americana da expansão para o oeste levou a uma longa série de Guerras Indígenas e ao genocídio dos indígenas. A compra da Louisiana, o território francês a sul, sob a presidência de Thomas Jefferson, em 1803, quase duplicou o tamanho da nação.
Expansão territorial dos Estados Unidos entre 1810 e 1920 |
O Tratado de Oregon, assinado com a Grã-Bretanha em 1846, levou ao controle norte-americano do atual Noroeste dos Estados Unidos. A vitória americana na Guerra Mexicano-Americana resultou na Cessão da Califórnia e de grande parte do atual Sudoeste dos Estados Unidos, em 1848.
Progresso Americano, uma representação alegórica do Destino Manifesto |
Houston - com uma população de 6.741.821 habitantes (estimativas 2020) é a quinta maior aglomeração urbana dos Estados Unidos e a cidade mais populosa do estado do Texas |
Com o ataque confederado em Fort Sumter, a Guerra de Secessão começou, e mais quatro estados escravistas aderiram à Confederação. A Proclamação da Emancipação de Lincoln, em 1863, declarou livre os escravos da Confederação. Após a vitória da União, em 1865, três emendas à Constituição americana garantiam a liberdade para cerca de quatro milhões de afro-americanos que tinham sido escravos, fazendo-lhes cidadãos e dando-lhes o direito ao voto. A guerra e a sua resolução levaram a um aumento substancial do poder federal.
Bandeira Confederada tremulando no Fort Sumter |
No Norte, a urbanização e um afluxo de imigrantes sem precedentes da Europa Meridional e Oriental apressou a industrialização do país. A onda de imigração, que durou até 1929, proveu trabalho e transformou a cultura americana. O desenvolvimento da infraestrutura nacional estimulou o crescimento econômico.
O Massacre de Wounded Knee, em 1890, foi o último grande conflito armado das Guerras Indígenas. Em 1893, a monarquia indígena do Reino do Havaí, no Pacífico, foi derrubada em um golpe de Estado liderado por residentes norte-americanos; os Estados Unidos anexaram o arquipélago em 1898. A vitória no mesmo ano da Guerra Hispano-Americana demonstrou que os Estados Unidos eram uma grande potência mundial e levou à anexação de Porto Rico, Guam e as Filipinas. As Filipinas conquistaram a independência meio século depois; Porto Rico e Guam permanecem como territórios americanos.
Imigrantes chegam à Ellis Island, Porto de Nova York, em 1902 |
Em 1920, o movimento pelos direitos das mulheres conseguiu a aprovação de uma emenda constitucional que concedia o sufrágio feminino. A prosperidade dos Roaring Twenties ("anos 20 florescentes, alegres, ruidosos ou vívidos") terminou com a quebra da Bolsa de Valores Nova York em 1929, que desencadeou a Grande Depressão.
Uma multidão à porta da Bolsa de Nova York, no dia 24 de outubro de 1929 (Quinta-Feira Negra) |
Agricultor com os dois filhos durante uma tempestade de areia, no condado de Cimarron, Oklahoma, em 1936 |
Dezenas de navios e aviões americanos foram destruídos em 7 de dezembro de 1941, no ataque japonês de Pearl Harbor, Havaí |
Soldados da 1ª Divisão de Infantaria do Exército dos Estados Unidos desembarcam na Normandia, França, em 1944 |
Os Estados Unidos e a União Soviética disputaram a supremacia mundial após a Segunda Guerra Mundial, durante o período chamado de Guerra Fria, cujos principais atores a nível militar na Europa foram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e o Pacto de Varsóvia. Os Estados Unidos promoviam a democracia liberal e o capitalismo, enquanto a União Soviética promovia o comunismo e uma democracia planificada. Ambos apoiavam ditaduras e estavam envolvidos em guerras por procuração. As tropas americanas combateram as forças comunistas chinesas na Guerra da Coreia de 1950 a 1953. O Comitê de Atividades Antiamericanas seguiu uma série de investigações sobre suspeitas de subversões de esquerda, enquanto o senador Joseph McCarthy tornou-se a figura emblemática do sentimento anticomunista.
O lançamento soviético de 1961 do primeiro voo tripulado fez com que o presidente John F. Kennedy promovesse a ida do primeiro homem a aterrizar o solo da Lua, fato este realizado em 1969. Kennedy também enfrentou uma tensa crise motivado pela presença de forças soviéticas em Cuba, que por pouco não provocou um confronto nuclear. Entretanto, os Estados Unidos experimentaram uma expansão econômica sustentada. Ao mesmo tempo, cresceu o movimento dos direitos civis, simbolizado e liderado por afro-americanos, como Rosa Parks e Martin Luther King Jr., usando a não violência para enfrentar a segregação e a discriminação.
Marcha sobre Washington, em 1963, que levou 250 mil pessoas ao National Mall e tornou-se famosa pelo discurso "Have a Dream", proferido por Martin Luther King |
Como consequência do escândalo de Watergate, em 1974, Nixon se tornou o primeiro presidente americano a renunciar, para evitar sofrer um impeachment, sob as acusações de obstrução da justiça e abuso de poder, sendo sucedido pelo vice-presidente Gerald Ford. A administração de Jimmy Carter, na década de 1970, foi marcada pela estagnação da economia e a crise dos reféns do Irã. A eleição de Ronald Reagan como presidente em 1980, anunciou uma virada à direita na política norte-americana, refletida em grandes mudanças na tributação e nas propriedades dos gastos. Seu segundo mandato foi marcado pelo escândalo Irã-Contras e pelo significativo progresso diplomático com a União Soviética. O posterior colapso soviético pôs fim à Guerra Fria.
Sob a liderança de George H. W. Bush, os Estados Unidos assumiram um papel de liderança na ONU, sancionando a Guerra do Golfo. A maior expansão econômica da história moderna americana ocorreu de março de 1991 a março de 2001, abrangendo a administração de Bill Clinton e a "Bolha da Internet". Uma ação judicial civil e um escândalo sexual levaram ao impeachment de Clinton em 1998, mas ele permaneceu no cargo.
Filadélfia - com uma população de 6.454.088 habitantes (estimativa 2020) é a sexta maior aglomeração urbana dos EUA e a cidade mais populosa do estado da Pensilvânia |
Na manhã de 11 de setembro de 2001, terroristas da organização fundamentalista islâmica Al-Qaeda atacaram o complexo do World Trade Center, em Nova York, e o prédio do Pentágono, nos arredores de Washington D.C., causando a morte de cerca de 3 mil pessoas. Em resposta aos atentados, o governo Bush lançou a chamada Guerra ao Terror e, no final de 2001, forças norte-americanas lideraram uma invasão ao Afeganistão, removendo o governo Taliban e acabando com campos de treinamentos da Al-Qaeda. Insurgentes do Taliban continuam a travar uma guerra de guerrilha no país. Em 2002, a administração Bush começou a pressionar uma mudança de regime no Iraque por motivos controversos. Sem o apoio da Otan e da ONU para uma intervenção militar, o governo Bush organizou e liderou uma coalizão de forças militares para invadir preventivamente o Iraque em 2003, removendo o ditador Saddam Hussein do poder.
O World Trade Center, em Nova York, atingido durante os ataques de 11 de setembro de 2001 |
Em 2011, uma ataque de SEALs da marinha norte-americana matou o líder da rede Al-Qaeda, Osama bin Laden, na cidade de Abbottabad, no Paquistão. A Guerra do Iraque acabou oficialmente com a retirada das tropas norte-americanas restantes no país em dezembro de 2011.
Cidade de Nova Orleans inundada em decorrência da passagem do furacão Katrina, em 28 de agosto de 2005 |
Os Estados Unidos também viu o ressurgimento das tensões com a Rússia devido a intervenção desta na Geórgia e na Ucrânia. Os americanos e seus aliados na Europa impuseram sanções contra o governo russo, ameaçando uma nova Guerra Fria.
Em 2016, Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos. Apesar de ter vencido no colégio eleitoral, Trump não conquistou a maioria dos votos, fazendo dele o quinto presidente a ser eleito mesmo tendo perdido no voto popular. Protestos contra o presidente, irromperam por várias cidades do país. Apesar disso, ele foi formalmente empossado para o cargo em janeiro de 2017, prometendo uma presidência mais voltada para assuntos domésticos.
Barack Obama - foi o primeiro presidente afro-americano dos Estados Unidos |
GEOGRAFIA
O território estadunidense é constituído por 50 unidades federativas e um Distrito Federal, onde se encontra a capital do país, Washington. Dois estados não se encontram em terras contínuas: o Alasca, que é uma península, no noroeste da América do Norte, e o Havaí, uma ilha localizada no Oceano Pacífico.
A geografia dos Estados Unidos é extremamente diversificada, em parte, por causa da grande extensão territorial do país. Compreende grande parte da América do Norte, limitando ao norte com o Canadá, a leste com o Oceano Atlântico, ao sul com o Golfo do México e com o México, e a oeste com o Oceano Pacífico.
O país possui uma dimensão de extensão continental. Com uma área de 9.371.174 km² (incluindo o Alasca e o Havaí), o país é o quarto mais extenso do mundo. Porém, se contar só a área contínua, sua dimensão é de 7.824.535 km² sendo o quinto mais extenso.
Geologia
Do ponto de vista geológico e geomorfológico, o território norte-americano - isto é, sem contar o Alasca e o Havaí -, pode ser dividido em quatro grandes unidades geológicas: a leste, o relevo apresenta planaltos desgastados, como os Montes Apalaches; a oeste, estão as cordilheiras resultantes de dobramentos modernos, como as Montanhas Rochosas; no centro, encontram-se as Planícies Centrais; e no litoral do Atlântico, localiza-se a Planície Costeira, formada por terrenos sedimentares.
A falha de Santo André
A Falha de Santo André é uma falha geológica tangencial que se prolonga por cerca de 1.290 km. Marca um limite transformante, encontro de placas tectônicas que se transformam.
A Falha de Santo André, que atravessa de norte a sul os estados da Califórnia, nos Estados Unidos e da Baixa Califórnia, no México, é a ruptura mais instável e perigosa do subcontinente. Causa de terremotos devastadores, resultado da fricção entre as placas Norte-americana e do Pacífico, Santo André é uma falha de abertura horizontal, típica do limite transformante entre placas tectônicas.
As bordas de uma falha não costumam formar linhas nem ângulos retos, já que mudam de direção ao longo da superfície e tem um ângulo de inclinação vertical chamado mergulhante.
Por outro lado, os tipos de falhas tectônicas dependem de como foram produzidas e do deslocamento relativo das placas. Quando forças tectônicas comprimem a casca horizontalmente, uma ruptura fará com que uma porção do território se levante por cima da outra borda. A distância em que se movimentam as bordas opostas da falha, uma em relação à outra, ao longo de sua história, é de 566 quilômetros.
Uma distensão, ao contrário, fará com que uma das bordas da falha desça pela inclinação de mergulho e fique sob a outra borda.
A falha normal é gerada pela tensão horizontal. O movimento é predominantemente vertical em relação ao plano da falha, o qual tem um ângulo de 60º em relação ao horizontal. Produz-se quando o bloco do teto se desloca para baixo em relação ao bloco do muro.
A falha inversa é produzida quando uma força horizontal comprime o terreno. A fratura fará com que o teto deslize, colocando-se por cima do muro.
A quebra horizontal é produzida quando o movimento das placas se dá ao longo da superfície terrestre de forma paralela, na direção da fratura e não do mergulho. Essas falhas não estão formadas por apenas uma fratura, mas por um sistema de falhas menores, oblíquas ao eixo central e mais ou menos paralelas.
O movimento da Placa do Pacífico, sentido noroeste, e da Placa Norte-americana, sentido sudeste, dobra e produz fissuras em toda a região.
A falha corrente gera, por atrito e rachaduras, falhas transversais, e ao mesmo tempo as modifica com seu deslocamento. Em ambas bordas da falha de Santo André canais que foram transformados, apresentando relevos de três formas características: o canal com deslocamento tectônico e desviado e o de aproximação oblíqua.
A Falha de Santo André, de deslocamento horizontal, forma um limite de falha transformante entre duas placas: a do Pacífico e a Norte-americana. Tem complexas ramificações, com uma extensão total de 1.300 km. É uma coluna vertebral de um conjunto de falhas. Através dos estudos realizados nessa região, comprovou-se que as bordas das placas estão em contato permanente e quando a rocha sólida não pode suportar a tensão, rompe-se e acontece um terremoto. O que se registrou em 1906 destruiu a cidade de São Francisco e foi considerado o pior desastre natural da história da região.
Há aproximadamente 30 milhões de anos, a Península da Califórnia encontrava-se a oeste da costa mexicana. Dentro de 30 milhões de anos é possível que seja uma ilha situada à frente da costa do Canadá.
Existe a crença popular de que um grande abalo sísmico poderá dividir o estado da Califórnia em dois. Nesta crença, uma parte do estado "se desprenderia" do continente e formaria uma ilha. Tal evento é cientificamente possível, e poderia ocorrer naturalmente. Um sismo em grande escala aceleraria esse processo.
Relevo
Os Estados Unidos dispõem de três grandes faixas de relevo do leste para o oeste e são classicamente divididos segundo a Divisória Continental da América do Norte.
Na costa oeste dos Estados Unidos, na área banhada pelo Oceano Pacífico, predomina uma formação rochosa jovem, estendendo-se desde o Alasca até o sul do território norte-americano. No país, essa formação rochosa recebe o nome de Montanhas Rochosas. Apresenta uma elevada altitude e acentuadas declividades. Na costa noroeste do Alasca dominam as Montanhas Costeiras, que é o ponto de ligação do vale central da Califórnia com o mar. O ponto mais elevado do país é o Monte McKinley (também conhecido como Monte Denali), no Alasca, com uma altitude de 6.168 metros. Fora do Alasca, o ponto mais elevado é o Monte Whitney, na Califórnia, com uma altitude de 4.418 metros.
Na costa leste, na área banhada pelo Oceano Atlântico, apresenta os planaltos antigos e desgastados pelos agentes erosivos, com destaque para os Montes Apalaches.
Os Montes Apalaches são uma cordilheira que se estende por quase 3.200 quilômetros, indo da Terra Nova e Labrador, no Canadá, até o estado de Alabama, nos Estados Unidos. Compõem a barreira natural entre a planície costeira oriental e as planícies interiores da América do Norte. Estão divididas em três grandes regiões fisiográficas: Setentrional, Central e Meridional. O ponto mais elevado dessa forma de relevo é o Monte Mitchell, com 2.037 metros.
Na porção central, encontram-se grandes planícies e depressões, com destaque para a Planície Central, também chamada de Grandes Planícies.
As Grandes Planícies compreendem uma larga faixa de pradarias, que se estende a leste das Montanhas Rochosas, nos Estados Unidos e no Canadá. Ocupam a totalidade ou regiões dos estados do Novo México, Texas, Oklahoma, Colorado, Kansas, Nebraska, Wyoming, Montana, Dakota do Sul e Dakota do Norte, nos Estados Unidos, e as províncias de Saskatchewan e Alberta, no Canadá, onde recebem o nome de Pradarias Canadenses.
Essa região encontra-se bastante devastada em seu ecossistema natural, sendo os dois maiores agentes responsáveis: a desenfreada expansão urbana, com o avanço dos subúrbios sobre os campos; e os cultivos de soja, milho e outros grãos.
Apesar do relevo ser constituído por planícies e depressões, há também áreas de altitude elevada, como o Monte Black Hills, no estado de Dakota do Sul, que possui uma altitude de 2.027 metros.
Hidrografia
A hidrografia dos Estados Unidos é bastante farta, sendo composta por baías, canais, estreitos, lagos, mares e rios. Das quatro vertentes existentes no continente americano, o país possui rios que deságuam em três vertentes (do Pacífico, Golfo do México e Atlântico).
Os principais rios dos Estados Unidos são: São Lourenço, Mississipi-Missouri, Grande, Colorado, Colúmbia-Snake, Yukon, entre outros. Há uma grande quantidade de lagos no país, com destaque para os Grandes Lagos.
O principal sistema hidrográfico do país, formado pelos rios Mississipi-Missouri e o terceiro sistema fluvial do mundo, percorre o centro dos Estados Unidos de norte a sul. Esse sistema é muito importante para o transporte de mercadorias no país. Devido percorrer grande parte de área de planície, esse sistema hidroviário tem poucas quedas d'água. Por essa razão é navegável em quase toda a sua superfície. O rio Mississipi possui uma extensão de 6.270 quilômetros, sendo o terceiro mais extenso do mundo, perdendo apenas para o Nilo (7.088 km) e o Amazonas (6.992 km).
O rio Mississipi nasce no lago Itasca, a 455 metros acima do nível do mar, no Parque Nacional Itasca, no estado de Minnesota. Dentre os seus afluentes estão os rios Missouri (principal e mais longo afluente do Mississipi), Illinois, Ohio, Arkansas e Atchafalaya. A bacia dos rios Mississípi-Missouri drena a maior parte da área entre as Montanhas Rochosas e os Montes Apalaches. Corta e margeia dez estados americanos: Minnesota, Wisconsin, Iowa, Illinois, Missouri, Kentucky, Arkansas, Tennessee, Mississipi e Louisiana, antes de desaguar no Golfo do México.
O rio Yukon é o segundo maior rio que corta o território dos Estados Unidos. Nasce na província canadense da Colúmbia Britânica e percorre a sua maior parte o estado do Alasca, percorrendo uma área de 3.190 quilômetros e desaguando no Estreito de Bering, no Oceano Pacífico.
O rio Grande é o terceiro maior rio que corta o território dos Estados Unidos. Nasce nas montanhas San Juan, no estado do Colorado, e percorre uma área de 3.034 quilômetros. Nos Estados Unidos, banha os estados do Colorado e do Texas, e no México o estado do Novo México, desaguando no Golfo do México. Esse rio é muito utilizado por imigrantes que, com a ajuda dos coiotes, passam ilegalmente do território mexicano para o território norte-americano.
Outro importante rio norte-americano é o rio Colorado. Ele nasce nas Montanhas Rochosas e possui uma extensão de 2.320 quilômetros desaguando no Golfo da Califórnia, no Oceano Pacífico. Cerca de 80 quilômetros antes da foz, forma um pequeno trecho de fronteira Estados Unidos-México. Em seu curso alto e médio, o rio segue por um terreno acidentado, atravessando vários cânions, com destaque para o Grand Canyon.
O rio Colorado tem como principais afluentes, os rios: Kanab, Paria, Escalante, San Rafael, Pequeno Colorado, San Juan e Dolores. No seu curso inferior, nos estados do Arizona e da Califórnia, percorre a depressão de Salton, região desértica que se prolonga por 275 km até a foz.
Os Grandes Lagos são um conjunto de cinco lagos situados entre o Canadá e os Estados Unidos. Formado pelos lagos Superior, Michigan, Huron, Erie e Ontário, os Grandes Lagos são o maior grupo de lagos de água doce do mundo, e a bacia dos Grandes Lagos e do rio São Lourenço é uma dos maiores reservatórios de água doce do planeta. A área total dos Grandes Lagos é de 245.400 km², sendo que o Lago Superior é o maior deles, com uma área de 82.700 km². O volume de água dos Grandes Lagos é de 22.594 km³.
A região dos Grandes Lagos-São Lourenço, é uma zona densamente povoada, abrigando grandes e importantes cidades, como Toronto, Montreal e Quebec (Canadá), e Chicago, Milwaukee, Rochester e Buffalo, nos Estados Unidos.
Clima
O clima dos Estados Unidos é bastante diversificado graças à sua grande extensão territorial e à diversidade de formas de relevo.
O clima polar aparece no estado do Alasca. Esse clima é frio durante o ano inteiro. Apresenta invernos longos e frios, com as noites mais longas que os dias. No extremo norte nessa estação, ocorre a chamada noite polar, ou seja, durante alguns dias o Sol não aparece no horizonte. Os verões são amenos e curtos, com dias muito longos e, em alguns dias no extremo norte ocorre o chamado sol da meia-noite, ou seja, o Sol não se põe no horizonte. É comum durante à noite em algumas partes do Alasca ocorrer o fenômeno da aurora boreal, ou seja, fenômeno óptico decorrente do impacto de partículas de vento solar com a alta atmosfera da Terra, canalizadas pelo campo magnético terrestre.
O clima continental úmido aparece basicamente a leste do rio Mississipi e em alguns pontos do oeste das Montanhas Rochosas. Esse clima é caracterizado por grandes diferenças sazonais de temperatura, com verões alternando entre dias quentes e frescos (e geralmente úmidos), e invernos frios.
O clima árido aparece nas zonas centrais dos Estados Unidos e em muitas depressões das Montanhas Rochosas. Apresenta baixo índice pluviométrico, elevadas temperaturas anuais, grande amplitude térmica diária e baixa umidade relativa do ar.
O clima marítimo da costa oeste tem pouca representação e limita-se a uma estreita faixa da costa do Pacífico (desde o norte da Califórnia até a fronteira com o Canadá, e na costa do Alasca). Apresenta invernos frios (em relação à latitude) e verões frescos, mas não frios, com uma faixa de temperatura anual relativamente estreita e poucos extremos de temperaturas.
O clima mediterrâneo aparece numa faixa muito estreita da costa oeste. É caracterizado por invernos chuvosos e verões secos.
O clima subtropical úmido aparece em todo o sudeste dos Estados Unidos, desde a metade sul da costa leste até próximo à fronteira com o México (por boa parte do Golfo do México e penetrando em direção ao interior pelo sul das Planícies Centrais). Apresenta grande amplitude térmica anual e chuvas bem distribuídas durante o ano.
O clima subtropical seco aparece nos vales do sul das Montanhas Rochosas. Apresenta um inverno chuvoso e frio e um verão seco e quente.
Vegetação
Devido à grande dimensão territorial e à diversidade de formas de relevo, os Estados Unidos dispõe de uma grande diversidade de tipos de vegetação.
No Alasca, principalmente no norte, vai aparecer a tundra, vegetação rasteira que aparece durante o curto verão polar em solo de permafrost; no centro e sul do Alasca surge a taiga (também chamada de vegetação de coníferas ou floresta boreal), composto por plantas do tipo aciculifoliadas. Essa floresta também aparece dos Montes Apalaches até a região dos Grandes Lagos e nas Montanhas Rochosas.
Na costa leste, bem como nos estados de Washington e de Oregon, aparece as florestas temperadas. A característica mais marcante dessa formação vegetal, adaptada a um ambiente com as quatro estações bem definidas, é a existência de plantas do tipo decídua ou caducifólia (plantas que perdem suas folhas numa certa estação do ano), como carvalhos, bordos, faias, nogueiras, entre outras. No estado da Flórida, há uma grande quantidade de pântanos.
Perto da fronteira com o México, no centro-sul, no sul das Montanhas Rochosas e nas depressões do oeste, aparece a vegetação desértica. Este tipo de vegetação é composto, principalmente, por plantas xerófilas, adaptadas aos baixos índices pluviométricos e à baixa umidade.
Na região das Planícies Centrais aparece as estepes, mais conhecida como pradarias, uma vegetação rasteira composta basicamente por gramíneas e ervas, sendo bastante utilizada como pastagens naturais para animais de pastoreio.
Numa pequena faixa litorânea do estado da Califórnia, aparece a vegetação mediterrânea, composta por bosques e arbustos de pequeno porte, como a azinheira, o sobreiro, a oliveira-brava, os pinheiros, o cedro e o cipreste.
A geografia dos Estados Unidos é extremamente diversificada, em parte, por causa da grande extensão territorial do país. Compreende grande parte da América do Norte, limitando ao norte com o Canadá, a leste com o Oceano Atlântico, ao sul com o Golfo do México e com o México, e a oeste com o Oceano Pacífico.
O país possui uma dimensão de extensão continental. Com uma área de 9.371.174 km² (incluindo o Alasca e o Havaí), o país é o quarto mais extenso do mundo. Porém, se contar só a área contínua, sua dimensão é de 7.824.535 km² sendo o quinto mais extenso.
Mapa físico dos Estados Unidos |
Do ponto de vista geológico e geomorfológico, o território norte-americano - isto é, sem contar o Alasca e o Havaí -, pode ser dividido em quatro grandes unidades geológicas: a leste, o relevo apresenta planaltos desgastados, como os Montes Apalaches; a oeste, estão as cordilheiras resultantes de dobramentos modernos, como as Montanhas Rochosas; no centro, encontram-se as Planícies Centrais; e no litoral do Atlântico, localiza-se a Planície Costeira, formada por terrenos sedimentares.
A falha de Santo André
A Falha de Santo André é uma falha geológica tangencial que se prolonga por cerca de 1.290 km. Marca um limite transformante, encontro de placas tectônicas que se transformam.
A Falha de Santo André, que atravessa de norte a sul os estados da Califórnia, nos Estados Unidos e da Baixa Califórnia, no México, é a ruptura mais instável e perigosa do subcontinente. Causa de terremotos devastadores, resultado da fricção entre as placas Norte-americana e do Pacífico, Santo André é uma falha de abertura horizontal, típica do limite transformante entre placas tectônicas.
As bordas de uma falha não costumam formar linhas nem ângulos retos, já que mudam de direção ao longo da superfície e tem um ângulo de inclinação vertical chamado mergulhante.
Por outro lado, os tipos de falhas tectônicas dependem de como foram produzidas e do deslocamento relativo das placas. Quando forças tectônicas comprimem a casca horizontalmente, uma ruptura fará com que uma porção do território se levante por cima da outra borda. A distância em que se movimentam as bordas opostas da falha, uma em relação à outra, ao longo de sua história, é de 566 quilômetros.
Uma distensão, ao contrário, fará com que uma das bordas da falha desça pela inclinação de mergulho e fique sob a outra borda.
Figura que mostra os tipos de falhas geológicas |
A falha inversa é produzida quando uma força horizontal comprime o terreno. A fratura fará com que o teto deslize, colocando-se por cima do muro.
A quebra horizontal é produzida quando o movimento das placas se dá ao longo da superfície terrestre de forma paralela, na direção da fratura e não do mergulho. Essas falhas não estão formadas por apenas uma fratura, mas por um sistema de falhas menores, oblíquas ao eixo central e mais ou menos paralelas.
Mapa mostrando o movimento das placas tectônicas na Califórnia |
A falha corrente gera, por atrito e rachaduras, falhas transversais, e ao mesmo tempo as modifica com seu deslocamento. Em ambas bordas da falha de Santo André canais que foram transformados, apresentando relevos de três formas características: o canal com deslocamento tectônico e desviado e o de aproximação oblíqua.
A Falha de Santo André, de deslocamento horizontal, forma um limite de falha transformante entre duas placas: a do Pacífico e a Norte-americana. Tem complexas ramificações, com uma extensão total de 1.300 km. É uma coluna vertebral de um conjunto de falhas. Através dos estudos realizados nessa região, comprovou-se que as bordas das placas estão em contato permanente e quando a rocha sólida não pode suportar a tensão, rompe-se e acontece um terremoto. O que se registrou em 1906 destruiu a cidade de São Francisco e foi considerado o pior desastre natural da história da região.
Imagem da Nasa mostrando a Falha de Santo André |
Existe a crença popular de que um grande abalo sísmico poderá dividir o estado da Califórnia em dois. Nesta crença, uma parte do estado "se desprenderia" do continente e formaria uma ilha. Tal evento é cientificamente possível, e poderia ocorrer naturalmente. Um sismo em grande escala aceleraria esse processo.
São Francisco em 1906 após o grande sismo |
Os Estados Unidos dispõem de três grandes faixas de relevo do leste para o oeste e são classicamente divididos segundo a Divisória Continental da América do Norte.
Na costa oeste dos Estados Unidos, na área banhada pelo Oceano Pacífico, predomina uma formação rochosa jovem, estendendo-se desde o Alasca até o sul do território norte-americano. No país, essa formação rochosa recebe o nome de Montanhas Rochosas. Apresenta uma elevada altitude e acentuadas declividades. Na costa noroeste do Alasca dominam as Montanhas Costeiras, que é o ponto de ligação do vale central da Califórnia com o mar. O ponto mais elevado do país é o Monte McKinley (também conhecido como Monte Denali), no Alasca, com uma altitude de 6.168 metros. Fora do Alasca, o ponto mais elevado é o Monte Whitney, na Califórnia, com uma altitude de 4.418 metros.
Monte McKinley - ponto mais elevado dos Estados Unidos |
Os Montes Apalaches são uma cordilheira que se estende por quase 3.200 quilômetros, indo da Terra Nova e Labrador, no Canadá, até o estado de Alabama, nos Estados Unidos. Compõem a barreira natural entre a planície costeira oriental e as planícies interiores da América do Norte. Estão divididas em três grandes regiões fisiográficas: Setentrional, Central e Meridional. O ponto mais elevado dessa forma de relevo é o Monte Mitchell, com 2.037 metros.
Monte Mitchell |
As Grandes Planícies compreendem uma larga faixa de pradarias, que se estende a leste das Montanhas Rochosas, nos Estados Unidos e no Canadá. Ocupam a totalidade ou regiões dos estados do Novo México, Texas, Oklahoma, Colorado, Kansas, Nebraska, Wyoming, Montana, Dakota do Sul e Dakota do Norte, nos Estados Unidos, e as províncias de Saskatchewan e Alberta, no Canadá, onde recebem o nome de Pradarias Canadenses.
Essa região encontra-se bastante devastada em seu ecossistema natural, sendo os dois maiores agentes responsáveis: a desenfreada expansão urbana, com o avanço dos subúrbios sobre os campos; e os cultivos de soja, milho e outros grãos.
Apesar do relevo ser constituído por planícies e depressões, há também áreas de altitude elevada, como o Monte Black Hills, no estado de Dakota do Sul, que possui uma altitude de 2.027 metros.
Black Hills |
A hidrografia dos Estados Unidos é bastante farta, sendo composta por baías, canais, estreitos, lagos, mares e rios. Das quatro vertentes existentes no continente americano, o país possui rios que deságuam em três vertentes (do Pacífico, Golfo do México e Atlântico).
Os principais rios dos Estados Unidos são: São Lourenço, Mississipi-Missouri, Grande, Colorado, Colúmbia-Snake, Yukon, entre outros. Há uma grande quantidade de lagos no país, com destaque para os Grandes Lagos.
Mapa da hidrografia dos Estados Unidos |
O rio Mississipi nasce no lago Itasca, a 455 metros acima do nível do mar, no Parque Nacional Itasca, no estado de Minnesota. Dentre os seus afluentes estão os rios Missouri (principal e mais longo afluente do Mississipi), Illinois, Ohio, Arkansas e Atchafalaya. A bacia dos rios Mississípi-Missouri drena a maior parte da área entre as Montanhas Rochosas e os Montes Apalaches. Corta e margeia dez estados americanos: Minnesota, Wisconsin, Iowa, Illinois, Missouri, Kentucky, Arkansas, Tennessee, Mississipi e Louisiana, antes de desaguar no Golfo do México.
Rio Mississipi em Nova Orleans, na Louisiana |
Rio Yukon, no estado do Alasca |
Rio Grande, na fronteira entre os Estados Unidos e o México |
O rio Colorado tem como principais afluentes, os rios: Kanab, Paria, Escalante, San Rafael, Pequeno Colorado, San Juan e Dolores. No seu curso inferior, nos estados do Arizona e da Califórnia, percorre a depressão de Salton, região desértica que se prolonga por 275 km até a foz.
Rio Colorado na Horseshoe Bend (Grande Ferradura), no estado do Arizona |
A região dos Grandes Lagos-São Lourenço, é uma zona densamente povoada, abrigando grandes e importantes cidades, como Toronto, Montreal e Quebec (Canadá), e Chicago, Milwaukee, Rochester e Buffalo, nos Estados Unidos.
Imagem de satélite dos Grandes Lagos |
O clima dos Estados Unidos é bastante diversificado graças à sua grande extensão territorial e à diversidade de formas de relevo.
O clima polar aparece no estado do Alasca. Esse clima é frio durante o ano inteiro. Apresenta invernos longos e frios, com as noites mais longas que os dias. No extremo norte nessa estação, ocorre a chamada noite polar, ou seja, durante alguns dias o Sol não aparece no horizonte. Os verões são amenos e curtos, com dias muito longos e, em alguns dias no extremo norte ocorre o chamado sol da meia-noite, ou seja, o Sol não se põe no horizonte. É comum durante à noite em algumas partes do Alasca ocorrer o fenômeno da aurora boreal, ou seja, fenômeno óptico decorrente do impacto de partículas de vento solar com a alta atmosfera da Terra, canalizadas pelo campo magnético terrestre.
Aurora boreal no Alasca |
O clima árido aparece nas zonas centrais dos Estados Unidos e em muitas depressões das Montanhas Rochosas. Apresenta baixo índice pluviométrico, elevadas temperaturas anuais, grande amplitude térmica diária e baixa umidade relativa do ar.
O clima marítimo da costa oeste tem pouca representação e limita-se a uma estreita faixa da costa do Pacífico (desde o norte da Califórnia até a fronteira com o Canadá, e na costa do Alasca). Apresenta invernos frios (em relação à latitude) e verões frescos, mas não frios, com uma faixa de temperatura anual relativamente estreita e poucos extremos de temperaturas.
O clima mediterrâneo aparece numa faixa muito estreita da costa oeste. É caracterizado por invernos chuvosos e verões secos.
O clima subtropical úmido aparece em todo o sudeste dos Estados Unidos, desde a metade sul da costa leste até próximo à fronteira com o México (por boa parte do Golfo do México e penetrando em direção ao interior pelo sul das Planícies Centrais). Apresenta grande amplitude térmica anual e chuvas bem distribuídas durante o ano.
O clima subtropical seco aparece nos vales do sul das Montanhas Rochosas. Apresenta um inverno chuvoso e frio e um verão seco e quente.
Mapa climático dos Estados Unidos |
Devido à grande dimensão territorial e à diversidade de formas de relevo, os Estados Unidos dispõe de uma grande diversidade de tipos de vegetação.
No Alasca, principalmente no norte, vai aparecer a tundra, vegetação rasteira que aparece durante o curto verão polar em solo de permafrost; no centro e sul do Alasca surge a taiga (também chamada de vegetação de coníferas ou floresta boreal), composto por plantas do tipo aciculifoliadas. Essa floresta também aparece dos Montes Apalaches até a região dos Grandes Lagos e nas Montanhas Rochosas.
Na costa leste, bem como nos estados de Washington e de Oregon, aparece as florestas temperadas. A característica mais marcante dessa formação vegetal, adaptada a um ambiente com as quatro estações bem definidas, é a existência de plantas do tipo decídua ou caducifólia (plantas que perdem suas folhas numa certa estação do ano), como carvalhos, bordos, faias, nogueiras, entre outras. No estado da Flórida, há uma grande quantidade de pântanos.
Floresta temperada no Monte Hood, no estado de Oregon |
Na região das Planícies Centrais aparece as estepes, mais conhecida como pradarias, uma vegetação rasteira composta basicamente por gramíneas e ervas, sendo bastante utilizada como pastagens naturais para animais de pastoreio.
Numa pequena faixa litorânea do estado da Califórnia, aparece a vegetação mediterrânea, composta por bosques e arbustos de pequeno porte, como a azinheira, o sobreiro, a oliveira-brava, os pinheiros, o cedro e o cipreste.
Mapa da vegetação dos Estados Unidos |
ECONOMIA
Os Estados Unidos mantêm a maior economia do mundo, segundo diversos indicadores econômicos e de produção de bens industriais e agropecuários. O país pertence ao G-7 (grupo dos sete países mais ricos e industrializados do mundo). Além de ser sede de diversas transnacionais, é líder de investimentos em bolsas de valores, e sua moeda, o dólar, é adotada como padrão em transações financeiras internacionais. As exportações dos Estados Unidos em 2019 chegou a quase 2 trilhões de dólares. O país é o maior exportador de produtos agrícolas do mundo, responsável por aproximadamente 10% da economia global.
Canadá, México, China e Japão são os principais compradores, e os principais produtos exportados são: gêneros agrícolas (soja, milho e frutas), bens de capital (aeronaves, autopeças, computadores e equipamentos de telecomunicações) e bens de consumo (automóveis e medicamentos).
No entanto, suas importações superam as exportações, atingindo quase 2,5 trilhões de dólares em 2019. Os parceiros que mais importam para os Estados Unidos são China, México, Canadá, Japão e Alemanha, especialmente no que se refere a produtos agrícolas, bens de capital (computadores e autopeças) e bens de consumo (automóveis, roupas, medicamentos e brinquedos).
Com base nesses dados, nota-se a relevância da China para as relações comerciais com os Estados Unidos, bem como seu poder na concorrência na economia global. Nos últimos anos houve um acirramento da disputa comercial entre os dois países, especialmente no governo de Donald Trump, o que vem resultando numa série de negociações.
Relações comerciais com o Brasil
Se por um lado o Brasil não aparece como um dos principais exportadores e importadores comerciais dos norte-americanos, por outro, nosso país é um dos principais parceiros: cerca de 12,5% das exportações brasileiras vão para os Estados Unidos e mais de 16% das importações vem de lá.
Alguns produtos essenciais para ambos os países são o algodão, o carvão mineral, o alumínio e o aço. O Brasil é um grande comprador do carvão mineral norte-americano, e os Estados Unidos são um dos mais importantes clientes do aço e alumínio brasileiros.
Recursos minerais e energéticos
Em virtude da complexa formação geológica do território estadunidense, seu subsolo abriga uma grande variedade de recursos minerais e energéticos, como petróleo, carvão mineral, ferro, urânio, alumínio, cobre e gás natural. As grandes reservas de carvão mineral existentes nos Montes Apalaches e na região dos Grandes Lagos, associada à disponibilidade de capitais, possibilitou o desenvolvimento de uma grande e diversificada quantidade de indústrias. O país emprega modernas técnicas para extração dos minerais, e as leis ambientais controlam a produção das empresas por meio de fiscalização rigorosa e aplicação de multas aos infratores de leis ambientais.
Os Estados Unidos produzem cerca de 80% da energia que consomem. A principal fonte de recursos energéticos são os combustíveis fósseis, em especial o petróleo, cujo principal local de extração é o estado do Texas.
Em 2015, os Estados Unidos tornaram-se o maior produtor de petróleo do mundo, ultrapassando grandes produtores mundiais, como a Rússia e a Arábia Saudita. A exploração do óleo de xisto levou o país a diminuir a importação de petróleo, reduzindo significativamente sua dependência do mercado mundial, dominado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), formada majoritariamente por países do Oriente Médio, que exercem grande influência sobre o preço do barril. Os Estados Unidos estão em busca da autossuficiência energética.
Também em 2015, a China tomou o lugar dos Estados Unidos como o maior importador de petróleo. Essa nova realidade impactou significativamente o cenário político global. Com a redução da dependência estadunidense em relação ao petróleo do Oriente Médio, houve a diminuição do peso dessa região em seus interesses estratégicos, enquanto a China passou a depender cada vez mais do petróleo produzido no Oriente Médio e na África.
Recentemente, o país começou a exploração do gás de xisto. Embora a extração do gás de xisto seja difícil e cara, o avanço da tecnologia nos últimos anos possibilitou aos Estados Unidos a exploração desse recurso, dando início a uma revolução energética que alterou o cenário econômico do país. Por meio da extração do gás de xisto também é possível obter o óleo de xisto, semelhante ao petróleo, que se concentra nas rochas.
A tecnologia que permite a extração do gás de xisto, tornando-o economicamente viável, é conhecida como fraturamento (fracking) de placas de xisto. Essas placas se situam no subsolo, a cerca de mil metros de profundidade. O óleo é encontrado entre as rochas, mas, em geral, é produzido por meio do aquecimento do xisto.
Devido ao alto consumo de combustíveis fósseis, os Estados Unidos estão entre os maiores poluidores do mundo, ficando somente atrás da China. O país é responsável por quase 13% da emissão de COշ no mundo. O Canadá, país vizinho, também classificado entre os mais desenvolvidos, responde por 1,8% das emissões mundiais.
Apesar dos números elevadíssimos, os Estados Unidos possuíam um plano de produção de energia limpa, iniciado pelo então presidente Barack Obama. Esse plano, porém, foi revogado pelo atual presidente Donald Trump.
Agropecuária
A produção agropecuária nos Estados Unidos é bastante diversificada. A agricultura se destaca como uma das mais desenvolvidas do mundo, empregando técnicas modernas, como a seleção de sementes, o uso intensivo de fertilizantes para corrigir os solos e de agrotóxicos para combater as pragas.
O alto grau de mecanização contribui para reduzir o número de trabalhadores rurais, mas favorece a produtividade, como acontece nos chamados belts, ou cinturões agrícolas. Entre os principais belts destacam-se o wheat belt (trigo), corn belt (milho) e cotton belt (algodão). Os investimentos em tecnologia tornam os Estados Unidos grande produtor agrícola, principalmente trigo, soja, centeio e cevada, com produção voltada para atender principalmente o mercado interno.
Na pecuária, são adotadas tecnologias avançadas que aumentam a produtividade, como inseminação artificial e modificação genética, técnicas também empregadas no circuito de carnes.
Indústria
Um dos fatores que contribui para o desenvolvimento industrial dos Estados Unidos é sua grande riqueza em recursos minerais e energéticos, como petróleo, carvão, gás natural, minério de ferro, cobre e bauxita.
Os Estados Unidos dedicam parte relevante de seu orçamento a pesquisas, educação e formação profissional. O país abriga alguma das principais zonas de desenvolvimento tecnológico, os chamados tecnopolos, com destaque para a Califórnia e a região dos Grandes Lagos. No oeste, na região conhecida como Vale do Silício, concentra-se as indústrias de tecnologia de ponta, como informática, eletrônica e robótica.
A indústria norte-americana é altamente diversificada e desenvolvida. Destacam-se no setor os ramos petroquímico, siderúrgico, automobilístico, aeroespacial, químico, madeireiro, de telecomunicações, eletrônicos, bens de consumo, alimentos processados e mineração.
As indústrias tradicionais estão concentradas no Nordeste e na área dos Grandes Lagos, região conhecida como manufacturing belt (cinturão da manufatura). Nela se concentram setores como o automobilístico, eletroeletrônico, alimentício, siderúrgico, aeronáutico e naval.
Nas últimas décadas as regiões Sul e Oeste se transformaram no mais novo foco de industrialização do país, por apresentarem menores custos de produção e maiores incentivos fiscais do governo. Essa área é conhecida como sun belt (cinturão do sol), porque tem clima predominantemente quente e ensolarado, e nela se destaca as indústrias aeroespacial e petroquímica.
Na Costa Oeste há o Vale do Silício, na Califórnia, onde se concentra empresas de tecnologia de ponta, ligada a microeletrônica, informática e robótica, além de intensa atividade de pesquisas.
Setor terciário
Atualmente, o setor terciário compõe parte expressiva da população economicamente ativa (PEA) dos Estados Unidos.
Nos Estados Unidos, o crescimento do comércio e dos serviços teve como base a incorporação de mão de obra, em um primeiro momento.
O turismo é uma importante fonte de renda nos Estados Unidos. O país é o segundo que mais recebe turistas no mundo, perdendo apenas para a França. Os locais mais procurados pelos turistas são: Nova York, Miami, Orlando, Washington D.C., Los Angeles, São Francisco, Nova Orleans, Las Vegas, Chicago, Boston e o estado do Havaí. O sistema de transportes do país é de boa qualidade, com muitas rodovias, ferrovias, hidrovias e aeroportos.
O setor de finanças tem uma grande relevância graças aos bancos (no país estão alguns dos bancos mais importantes do planeta, como JP Morgan, Bank of America, Wells Fargo, Citigroup, entre outros), e algumas das maiores bolsas de valores do mundo, como a Bolsa de Valores de Nova York (aberta em 1817, em Wall Street) e a Nasdaq.
A organização espacial e econômica do território norte-americano é a seguinte:
Canadá, México, China e Japão são os principais compradores, e os principais produtos exportados são: gêneros agrícolas (soja, milho e frutas), bens de capital (aeronaves, autopeças, computadores e equipamentos de telecomunicações) e bens de consumo (automóveis e medicamentos).
Washington D.C. - com uma população de 6.338.979 habitantes (estimativa 2020) é a capital e sétima maior aglomeração urbana dos Estados Unidos |
Com base nesses dados, nota-se a relevância da China para as relações comerciais com os Estados Unidos, bem como seu poder na concorrência na economia global. Nos últimos anos houve um acirramento da disputa comercial entre os dois países, especialmente no governo de Donald Trump, o que vem resultando numa série de negociações.
Dólar - moeda oficial dos Estados Unidos e a mais utilizada no mundo |
Se por um lado o Brasil não aparece como um dos principais exportadores e importadores comerciais dos norte-americanos, por outro, nosso país é um dos principais parceiros: cerca de 12,5% das exportações brasileiras vão para os Estados Unidos e mais de 16% das importações vem de lá.
Alguns produtos essenciais para ambos os países são o algodão, o carvão mineral, o alumínio e o aço. O Brasil é um grande comprador do carvão mineral norte-americano, e os Estados Unidos são um dos mais importantes clientes do aço e alumínio brasileiros.
Miami - com uma população de 6.243.199 habitantes (estimativa para 2020) é a oitava maior aglomeração urbana dos Estados Unidos e a segunda maior cidade do estado da Flórida |
Em virtude da complexa formação geológica do território estadunidense, seu subsolo abriga uma grande variedade de recursos minerais e energéticos, como petróleo, carvão mineral, ferro, urânio, alumínio, cobre e gás natural. As grandes reservas de carvão mineral existentes nos Montes Apalaches e na região dos Grandes Lagos, associada à disponibilidade de capitais, possibilitou o desenvolvimento de uma grande e diversificada quantidade de indústrias. O país emprega modernas técnicas para extração dos minerais, e as leis ambientais controlam a produção das empresas por meio de fiscalização rigorosa e aplicação de multas aos infratores de leis ambientais.
Os Estados Unidos produzem cerca de 80% da energia que consomem. A principal fonte de recursos energéticos são os combustíveis fósseis, em especial o petróleo, cujo principal local de extração é o estado do Texas.
Em 2015, os Estados Unidos tornaram-se o maior produtor de petróleo do mundo, ultrapassando grandes produtores mundiais, como a Rússia e a Arábia Saudita. A exploração do óleo de xisto levou o país a diminuir a importação de petróleo, reduzindo significativamente sua dependência do mercado mundial, dominado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), formada majoritariamente por países do Oriente Médio, que exercem grande influência sobre o preço do barril. Os Estados Unidos estão em busca da autossuficiência energética.
Mapa com os principais recursos minerais dos Estados Unidos |
Recentemente, o país começou a exploração do gás de xisto. Embora a extração do gás de xisto seja difícil e cara, o avanço da tecnologia nos últimos anos possibilitou aos Estados Unidos a exploração desse recurso, dando início a uma revolução energética que alterou o cenário econômico do país. Por meio da extração do gás de xisto também é possível obter o óleo de xisto, semelhante ao petróleo, que se concentra nas rochas.
Alguns dados sobre a exploração de gás de xisto |
Devido ao alto consumo de combustíveis fósseis, os Estados Unidos estão entre os maiores poluidores do mundo, ficando somente atrás da China. O país é responsável por quase 13% da emissão de COշ no mundo. O Canadá, país vizinho, também classificado entre os mais desenvolvidos, responde por 1,8% das emissões mundiais.
Apesar dos números elevadíssimos, os Estados Unidos possuíam um plano de produção de energia limpa, iniciado pelo então presidente Barack Obama. Esse plano, porém, foi revogado pelo atual presidente Donald Trump.
Atlanta - com uma população de 5.915.070 habitantes (estimativa para 2020) é a nona maior aglomeração urbana dos Estados Unidos e a cidade mais populosa do estado da Geórgia |
A produção agropecuária nos Estados Unidos é bastante diversificada. A agricultura se destaca como uma das mais desenvolvidas do mundo, empregando técnicas modernas, como a seleção de sementes, o uso intensivo de fertilizantes para corrigir os solos e de agrotóxicos para combater as pragas.
O alto grau de mecanização contribui para reduzir o número de trabalhadores rurais, mas favorece a produtividade, como acontece nos chamados belts, ou cinturões agrícolas. Entre os principais belts destacam-se o wheat belt (trigo), corn belt (milho) e cotton belt (algodão). Os investimentos em tecnologia tornam os Estados Unidos grande produtor agrícola, principalmente trigo, soja, centeio e cevada, com produção voltada para atender principalmente o mercado interno.
Na pecuária, são adotadas tecnologias avançadas que aumentam a produtividade, como inseminação artificial e modificação genética, técnicas também empregadas no circuito de carnes.
Mapa dos cinturões agropecuários dos Estados Unidos |
Um dos fatores que contribui para o desenvolvimento industrial dos Estados Unidos é sua grande riqueza em recursos minerais e energéticos, como petróleo, carvão, gás natural, minério de ferro, cobre e bauxita.
Os Estados Unidos dedicam parte relevante de seu orçamento a pesquisas, educação e formação profissional. O país abriga alguma das principais zonas de desenvolvimento tecnológico, os chamados tecnopolos, com destaque para a Califórnia e a região dos Grandes Lagos. No oeste, na região conhecida como Vale do Silício, concentra-se as indústrias de tecnologia de ponta, como informática, eletrônica e robótica.
A indústria norte-americana é altamente diversificada e desenvolvida. Destacam-se no setor os ramos petroquímico, siderúrgico, automobilístico, aeroespacial, químico, madeireiro, de telecomunicações, eletrônicos, bens de consumo, alimentos processados e mineração.
As indústrias tradicionais estão concentradas no Nordeste e na área dos Grandes Lagos, região conhecida como manufacturing belt (cinturão da manufatura). Nela se concentram setores como o automobilístico, eletroeletrônico, alimentício, siderúrgico, aeronáutico e naval.
Nas últimas décadas as regiões Sul e Oeste se transformaram no mais novo foco de industrialização do país, por apresentarem menores custos de produção e maiores incentivos fiscais do governo. Essa área é conhecida como sun belt (cinturão do sol), porque tem clima predominantemente quente e ensolarado, e nela se destaca as indústrias aeroespacial e petroquímica.
Na Costa Oeste há o Vale do Silício, na Califórnia, onde se concentra empresas de tecnologia de ponta, ligada a microeletrônica, informática e robótica, além de intensa atividade de pesquisas.
Mapa das áreas industriais dos Estados Unidos |
Atualmente, o setor terciário compõe parte expressiva da população economicamente ativa (PEA) dos Estados Unidos.
Nos Estados Unidos, o crescimento do comércio e dos serviços teve como base a incorporação de mão de obra, em um primeiro momento.
O turismo é uma importante fonte de renda nos Estados Unidos. O país é o segundo que mais recebe turistas no mundo, perdendo apenas para a França. Os locais mais procurados pelos turistas são: Nova York, Miami, Orlando, Washington D.C., Los Angeles, São Francisco, Nova Orleans, Las Vegas, Chicago, Boston e o estado do Havaí. O sistema de transportes do país é de boa qualidade, com muitas rodovias, ferrovias, hidrovias e aeroportos.
O setor de finanças tem uma grande relevância graças aos bancos (no país estão alguns dos bancos mais importantes do planeta, como JP Morgan, Bank of America, Wells Fargo, Citigroup, entre outros), e algumas das maiores bolsas de valores do mundo, como a Bolsa de Valores de Nova York (aberta em 1817, em Wall Street) e a Nasdaq.
Bolsa de Valores de Nova York - a maior e mais importante bolsa de valores do mundo |
1. Nordeste
Também conhecida como manufacturing belt (cinturão da manufatura), essa região concentra indústrias tradicionais, com destaque para a petroquímica, siderúrgica, automobilística, têxtil e eletrônica. Apesar do declínio da atividade industrial na região, ela ainda concentra o poder econômico, político e financeiro do país, abrigando a capital norte-americana, Washington D.C.
Próximo às grandes cidades, concentram-se o cultivo de hortaliças e a pecuária leiteira para abastecer o amplo mercado consumidor da região, que apresenta a maior concentração populacional do país distribuída em grande número de cidades, com destaque para Nova York, considerada a capital financeira mundial.
2. Planície Central
O relevo relativamente plano, a fertilidade do solo e a presença de pastagens naturais (pradarias), estão entre os fatores físico-naturais que favoreceram o desenvolvimento da agricultura e da pecuária, atividades caracterizadas pela intensa mecanização e o emprego de tecnologias de ponta. Destacam-se as áreas produtivas de trigo (wheat belt) e milho (corn belt) e as atividades ligadas à agroindústria.
3. Cinturão do Sol
O sun belt (cinturão do Sol) abrange desde a região sul até a costa oeste dos Estados Unidos. Destaca-se pelo forte crescimento econômico, com industrialização recente. Apresenta grande diversificação de atividades, como a hortifruticultura e o cultivo de produtos tropicais, como cana-de-açúcar, tabaco e algodão, a indústria têxtil e alimentícia. Destaca-se também pela exploração de petróleo no Golfo do México e pela indústria petroquímica na costa oeste. Próximo à São Francisco, há uma importante região conhecida como Vale do Silício, onde se concentram empresas de alta tecnologia, centros de pesquisas e importantes universidades.
Vale do Silício
O Vale do Silício (em inglês Silicon Valley), localizado no estado da Califórnia, é uma região da baía de São Francisco onde estão situadas várias empresas de alta tecnologia, destacando-se na produção de circuitos eletrônicos, na eletrônica e informática. Abrange as seguintes cidades: Campbell, Cupertino, Fremont, Los Altos, Los Gatos, Menlo Park, Montain View, Milpitas, Newark, Palo Alto, Redwood City, San José, Santa Clara, Saratoga, São Francisco, Sunnyvale e Union City.
A palavra "silício" vem das empresas de pesquisa e manufatura de circuitos integrados de silício. Milhares de empresas de alta tecnologia tem suas sedes no Vale do Silício. Dentre essas empresas se destacam: Adobe System, Apple Inc., Facebook, Google, Intel, National Semiconductor, Netflix e Yahoo. Outras empresas que mantêm suas sedes (ou que têm presença significativa) no Vale do Silício são: Dell (sede em Round Rock, Texas), Fujitsu, Groupon, IBM, LinkedIn, McAfee (adquirida pela Intel), Microsoft, Mozilla, Olivetti, Panasonic, PayPal, Philips, Samsung Eletronics, Siemens, Sony, Twitter, You Tube (adquirida pela Google), entre outras.
4. Oeste
Com predomínio dos climas árido e semiárido, há importantes áreas de agricultura irrigada, especialmente do cultivo de frutas. Também se destacam a pecuária bovina de corte e a extração de minérios nas Montanhas Rochosas.
Na região há grande número de parques nacionais, como o Yellowstone (Wyoming e Montana) e o Grand Canyon (Arizona), que atraem um grande número de turistas todos os anos.
Também conhecida como manufacturing belt (cinturão da manufatura), essa região concentra indústrias tradicionais, com destaque para a petroquímica, siderúrgica, automobilística, têxtil e eletrônica. Apesar do declínio da atividade industrial na região, ela ainda concentra o poder econômico, político e financeiro do país, abrigando a capital norte-americana, Washington D.C.
Próximo às grandes cidades, concentram-se o cultivo de hortaliças e a pecuária leiteira para abastecer o amplo mercado consumidor da região, que apresenta a maior concentração populacional do país distribuída em grande número de cidades, com destaque para Nova York, considerada a capital financeira mundial.
Boston - com uma população de 5.016.884 habitantes (estimativa 2020) é a décima maior aglomeração urbana dos Estados Unidos e a capital e cidade mais populosa do estado de Massachusetts |
O relevo relativamente plano, a fertilidade do solo e a presença de pastagens naturais (pradarias), estão entre os fatores físico-naturais que favoreceram o desenvolvimento da agricultura e da pecuária, atividades caracterizadas pela intensa mecanização e o emprego de tecnologias de ponta. Destacam-se as áreas produtivas de trigo (wheat belt) e milho (corn belt) e as atividades ligadas à agroindústria.
Cultivo de milho nas Planícies Centrais dos EUA |
O sun belt (cinturão do Sol) abrange desde a região sul até a costa oeste dos Estados Unidos. Destaca-se pelo forte crescimento econômico, com industrialização recente. Apresenta grande diversificação de atividades, como a hortifruticultura e o cultivo de produtos tropicais, como cana-de-açúcar, tabaco e algodão, a indústria têxtil e alimentícia. Destaca-se também pela exploração de petróleo no Golfo do México e pela indústria petroquímica na costa oeste. Próximo à São Francisco, há uma importante região conhecida como Vale do Silício, onde se concentram empresas de alta tecnologia, centros de pesquisas e importantes universidades.
São Francisco - com uma população de 4.836.931 habitantes (estimativa 2020) é a décima primeira maior aglomeração urbana dos Estados Unidos e a quarta cidade mais populosa do estado da Califórnia |
O Vale do Silício (em inglês Silicon Valley), localizado no estado da Califórnia, é uma região da baía de São Francisco onde estão situadas várias empresas de alta tecnologia, destacando-se na produção de circuitos eletrônicos, na eletrônica e informática. Abrange as seguintes cidades: Campbell, Cupertino, Fremont, Los Altos, Los Gatos, Menlo Park, Montain View, Milpitas, Newark, Palo Alto, Redwood City, San José, Santa Clara, Saratoga, São Francisco, Sunnyvale e Union City.
San José - com uma população de 1.013.113 habitantes (estimativa 2020) é terceira cidade mais populosa do estado da Califórnia e autoproclamada a capital do Vale do Silício |
Principais empresas localizadas no Vale do Silício |
Com predomínio dos climas árido e semiárido, há importantes áreas de agricultura irrigada, especialmente do cultivo de frutas. Também se destacam a pecuária bovina de corte e a extração de minérios nas Montanhas Rochosas.
Na região há grande número de parques nacionais, como o Yellowstone (Wyoming e Montana) e o Grand Canyon (Arizona), que atraem um grande número de turistas todos os anos.
Phoenix - com uma população de 4.711.074 habitantes (estimativa 2020) é a 12ª maior aglomeração urbana dos Estados Unidos e a capital e cidade mais populosa do estado do Arizona |
POPULAÇÃO
A população dos Estados Unidos se formou da mistura étnica entre grupos indígenas que já ocupavam as terras americanas, africanos enviados para o trabalho escravo nas colônias do Sul, colonizadores ingleses e outros europeus, principalmente italianos e irlandeses, além de asiáticos.
Segundo estimativas da ONU para 2020, a população dos Estados Unidos é de 231.888.390 habitantes, sendo o terceiro mais populoso do mundo.
O perfil populacional dos Estados Unidos foi influenciado pela chegada dos colonizadores europeus no século XVI, os quais praticamente dizimaram os indígenas nativos e, a partir do século XVII, trouxeram um grande números de africanos escravizados para trabalhar, principalmente, nas plantações do sul do país.
Na segunda metade do século XIX, os Estados Unidos passaram por um período de crescimento econômico que promoveu melhoria das condições de vida e redução das taxas de mortalidade. Esse aspecto, aliado à chegada de muitos imigrantes, proporcionou um rápido crescimento da população norte-americana.
Na virada do século XIX para o XX, no entanto, a taxa de mortalidade permanecia alta entre grupos menos favorecidos, como os afrodescendentes. Durante o século XX, as taxas de natalidade diminuíram, influenciadas pela urbanização, pelo alto custo da criação dos filhos, pelo ingresso da mulher no mercado de trabalho, pela disseminação dos métodos anticoncepcionais e pelo planejamento familiar. A partir de 1950, a redução da natalidade, associada a um rigoroso controle da imigração, resultou na queda do crescimento demográfico.
Em virtude das condições naturais, existem no país vastos espaços pouco povoados, como o Alasca, de clima muito frio; o Arizona, de climas árido e semiárido; e as áreas de relevo montanhoso, no oeste. No nordeste, encontram-se as maiores densidades demográficas, especialmente na área que abrange as cidades de Boston, Nova York e Washington. A região dos Grandes Lagos também apresenta grande concentração populacional, com destaque para a cidade de Chicago. Na costa oeste, as cidades com maior densidade demográfica são Seattle, San Diego, São Francisco e Los Angeles.
A maior megalópole norte-americana, conhecida como Bos-Wash, estende-se de Boston a Washington e concentra cerca de 17% da população. A segunda maior, chamada San-San, situa-se na costa oeste, entre São Francisco e San Diego, na Califórnia. Nela vivem cerca de 9% da população. A terceira maior, Chi-Pitts, abrange a área situada entre Chicago e Pittsburgh, próximo à região dos Grandes Lagos, e acolhe aproximadamente 6% da população.
Sobre a composição da população dos Estados Unidos, cerca 72,4% é branca. A população negra ou afro-americana compõe 12,6% dos habitantes, e os asiáticos 4,8. O restante é formado por indígenas e outros povos. Os grupos indígenas do país encontram-se muito reduzidos - cerca de 0,9% da população -, devido à dominação e ao extermínio a que foram submetidos no processo colonial.
Uma parcela da população dos Estados Unidos é composta por pessoas de origem hispânica ou latina, que somam cerca de 18% da população. A maioria é mexicana, mas há também um grande número de porto-riquenhos, cubanos e panamenhos.
Ao longo do tempo, os Estados Unidos se transformaram em uma nação multiétnica, recebendo pessoas de diversos países que imigraram em busca, principalmente, de emprego e oportunidades. Desde a segunda metade do século XX, é intenso o fluxo de imigrantes latinos, boa parte deles vive em situação de ilegalidade.
Nos Estados Unidos, a pirâmide etária tem sua base estreita em virtude do baixo índice de natalidade, e topo mais largo, devido à alta expectativa de vida.
Os Estados Unidos têm bons indicadores sociais e econômicos. Possui o 15º Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) - medindo 0,920 - e um Índice de Gini (que mede o grau de concentração de renda em determinado grupo) de 41,1. Esses índices mostram que, em linhas gerais, a população apresenta boas condições de vida.
A imigração
Em virtude de sua posição de liderança econômica no mundo ocidental, principalmente a partir de 1980, os Estados Unidos passaram a atrair milhões de imigrantes, majoritariamente latino-americanos e asiáticos.
Desde então, o fluxo imigratório ilegal aumentou consideravelmente. Milhares de imigrantes provenientes da América Latina cruzaram a fronteira sem permissão legal para se estabelecer e trabalhar no país. Ao serem descobertos pelas autoridades, muitas dessas pessoas, que vivem em situação irregular nos Estados Unidos, são deportadas, ou seja, enviadas de volta ao seu país de origem.
Para evitar a entrada ilegal pelo México, foram criadas leis rígidas, a vigilância policial nas fronteiras foi intensificada e um enorme muro foi construído no trecho de fronteira entre San Diego, nos Estados Unidos, e Tijuana, no México. O presidente Donald Trump, em 2017, reforçou sua intenção de construir novos muros, fato que aumenta a tensão entre os dois países.
Embora parte da população dos Estados Unidos considere indesejados os imigrantes, pois significam despesas para os governos locais e concorrem para ocupar postos de trabalho, o país busca mão de obra barata e menos qualificada para realizar trabalhos pesados e de baixa remuneração, em geral, pouco atrativos aos cidadãos estadunidenses. As minorias étnicas são discriminadas em termos econômicos e sociais, e os imigrantes se concentram em comunidades formadas por pessoas com o mesmo local de origem.
A questão racial
Até meados do século XX, a segregação entre negros e brancos era praticada principalmente no sul dos Estados Unidos, e os negros não tinham assegurados muitos dos direitos civis, como o do voto. Na década de 1960, as restrições legais contra os negros foram abolidas, mas isso não significou o fim do racismo e da desigualdade na sociedade estadunidense. Ainda hoje, grande parte da população negra vive em condições sociais e econômicas desfavoráveis, em relação às da população branca.
Nos estados do sul do país, a situação é mais problemática, pois essa região concentrou uma das maiores populações escravizadas das Américas, empregadas principalmente nas fazendas de algodão. Nos estados do norte também houve a escravidão, porém esta foi abolida na segunda metade do século XVIII, enquanto a sociedade sulista manteve sua economia alicerçada no trabalho escravo. Após a união dos estados do norte e do sul em um único país, em meados do século XIX, a escravidão foi abolida. A elite branca, inconformada com o fim da escravidão, criou grupos para impedir a integração social dos negros e seu acesso à terra. Esses grupos, que perduraram até o século XX, valiam-se de métodos violentos, como sequestros e enforcamentos, para atingir seus objetivos.
A mentalidade racista fortalecida nesse contexto ainda não desapareceu em grande parte desses estados, nos quais a população negra encontra mais dificuldades de integração e sofre muitos tipos de violência até hoje.
Segundo estimativas da ONU para 2020, a população dos Estados Unidos é de 231.888.390 habitantes, sendo o terceiro mais populoso do mundo.
O perfil populacional dos Estados Unidos foi influenciado pela chegada dos colonizadores europeus no século XVI, os quais praticamente dizimaram os indígenas nativos e, a partir do século XVII, trouxeram um grande números de africanos escravizados para trabalhar, principalmente, nas plantações do sul do país.
Mapa dos estados mostrando a densidade demográfica dos Estados Unidos |
Na virada do século XIX para o XX, no entanto, a taxa de mortalidade permanecia alta entre grupos menos favorecidos, como os afrodescendentes. Durante o século XX, as taxas de natalidade diminuíram, influenciadas pela urbanização, pelo alto custo da criação dos filhos, pelo ingresso da mulher no mercado de trabalho, pela disseminação dos métodos anticoncepcionais e pelo planejamento familiar. A partir de 1950, a redução da natalidade, associada a um rigoroso controle da imigração, resultou na queda do crescimento demográfico.
Mapa da densidade populacional dos Estados Unidos |
A maior megalópole norte-americana, conhecida como Bos-Wash, estende-se de Boston a Washington e concentra cerca de 17% da população. A segunda maior, chamada San-San, situa-se na costa oeste, entre São Francisco e San Diego, na Califórnia. Nela vivem cerca de 9% da população. A terceira maior, Chi-Pitts, abrange a área situada entre Chicago e Pittsburgh, próximo à região dos Grandes Lagos, e acolhe aproximadamente 6% da população.
Principais áreas urbanas dos Estados Unidos |
Uma parcela da população dos Estados Unidos é composta por pessoas de origem hispânica ou latina, que somam cerca de 18% da população. A maioria é mexicana, mas há também um grande número de porto-riquenhos, cubanos e panamenhos.
Distribuição da população dos Estados Unidos por descendência |
Nos Estados Unidos, a pirâmide etária tem sua base estreita em virtude do baixo índice de natalidade, e topo mais largo, devido à alta expectativa de vida.
Os Estados Unidos têm bons indicadores sociais e econômicos. Possui o 15º Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) - medindo 0,920 - e um Índice de Gini (que mede o grau de concentração de renda em determinado grupo) de 41,1. Esses índices mostram que, em linhas gerais, a população apresenta boas condições de vida.
Pirâmide etária dos Estados Unidos |
Em virtude de sua posição de liderança econômica no mundo ocidental, principalmente a partir de 1980, os Estados Unidos passaram a atrair milhões de imigrantes, majoritariamente latino-americanos e asiáticos.
Desde então, o fluxo imigratório ilegal aumentou consideravelmente. Milhares de imigrantes provenientes da América Latina cruzaram a fronteira sem permissão legal para se estabelecer e trabalhar no país. Ao serem descobertos pelas autoridades, muitas dessas pessoas, que vivem em situação irregular nos Estados Unidos, são deportadas, ou seja, enviadas de volta ao seu país de origem.
Para evitar a entrada ilegal pelo México, foram criadas leis rígidas, a vigilância policial nas fronteiras foi intensificada e um enorme muro foi construído no trecho de fronteira entre San Diego, nos Estados Unidos, e Tijuana, no México. O presidente Donald Trump, em 2017, reforçou sua intenção de construir novos muros, fato que aumenta a tensão entre os dois países.
Embora parte da população dos Estados Unidos considere indesejados os imigrantes, pois significam despesas para os governos locais e concorrem para ocupar postos de trabalho, o país busca mão de obra barata e menos qualificada para realizar trabalhos pesados e de baixa remuneração, em geral, pouco atrativos aos cidadãos estadunidenses. As minorias étnicas são discriminadas em termos econômicos e sociais, e os imigrantes se concentram em comunidades formadas por pessoas com o mesmo local de origem.
Composição étnica dos Estados Unidos |
Até meados do século XX, a segregação entre negros e brancos era praticada principalmente no sul dos Estados Unidos, e os negros não tinham assegurados muitos dos direitos civis, como o do voto. Na década de 1960, as restrições legais contra os negros foram abolidas, mas isso não significou o fim do racismo e da desigualdade na sociedade estadunidense. Ainda hoje, grande parte da população negra vive em condições sociais e econômicas desfavoráveis, em relação às da população branca.
Nos estados do sul do país, a situação é mais problemática, pois essa região concentrou uma das maiores populações escravizadas das Américas, empregadas principalmente nas fazendas de algodão. Nos estados do norte também houve a escravidão, porém esta foi abolida na segunda metade do século XVIII, enquanto a sociedade sulista manteve sua economia alicerçada no trabalho escravo. Após a união dos estados do norte e do sul em um único país, em meados do século XIX, a escravidão foi abolida. A elite branca, inconformada com o fim da escravidão, criou grupos para impedir a integração social dos negros e seu acesso à terra. Esses grupos, que perduraram até o século XX, valiam-se de métodos violentos, como sequestros e enforcamentos, para atingir seus objetivos.
A mentalidade racista fortalecida nesse contexto ainda não desapareceu em grande parte desses estados, nos quais a população negra encontra mais dificuldades de integração e sofre muitos tipos de violência até hoje.
Estados por parcela da população afro-americana em 2010:
|
ALGUNS DADOS SOBRE OS ESTADOS UNIDOS
INDEPENDÊNCIA: do Reino da Grã-Bretanha
Declarada: 4 de julho de 1776
Reconhecida: 3 de setembro de 1783
Atual Constituição: 21 de junho de 1788
GENTÍLICO: americano (a), norte-americano (a), estadunidense, estado-unidense e ianque
LÍNGUA OFICIAL: nenhuma em nível federal, mas o inglês é a língua mais falada no país.
GOVERNO: República Federal Presidencialista
LOCALIZAÇÃO: Oriente Médio
ÁREA: 9.371.174 km² (4º) - inclui o Alasca e o Havaí. A área contínua do país é de 7.824.535 km² (5º).
POPULAÇÃO (ONU - Estimativa para 2020): 331.888.390 habitantes (3°)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 35,41 hab./km² (146°). Obs: a densidade demográfica, densidade populacional ou população relativa é a medida expressa pela relação entre a população total e a superfície de um determinado território.
CRESCIMENTO POPULACIONAL (ONU - Estimativa 2019): 0,97% (131°). Obs: o crescimento vegetativo, crescimento populacional ou crescimento natural é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade de uma determinada população.
CIDADES MAIS POPULOSAS (Estimativa para 2020):
Nova York: 21.188.366 habitantes
Nova York - maior aglomeração urbana dos Estados Unidos e quinta maior aglomeração urbana do mundo |
Los Angeles: 13.945.579 habitantes
Los Angeles - segunda maior aglomeração urbana dos Estados Unidos |
PIB (FMI - 2019): US$ 21,53 trilhões (1º). Obs: o PIB (Produto Interno Bruto), representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano).
PIB PER CAPITA (FMI 2019): US$ 64.886 (7°). Obs: o PIB per capita ou renda per capita é o Produto Interno Bruto (PIB) de um determinado lugar dividido por sua população. É o valor que cada habitante receberia se toda a renda fosse distribuída igualmente entre toda a população.
IDH (ONU - 2019): 0,920 (15°). Obs: o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais, variando de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e PIB per capita. A classificação é feita dividindo os países em quatro grandes grupos: baixo (de 0,0 a 0,500), médio (de 0,501 a 0,800), elevado (de 0,801 a 0,900) e muito elevado (de 0,901 a 1,0).
Muito alto
Alto
Médio
Baixo
Sem dados
Mapa do IDH |
EXPECTATIVA DE VIDA (OMS - 2019): 79,8 anos (36º). Obs: a expectativa de vida refere-se ao número médio de anos para ser vivido por um grupo de pessoas nascidas no mesmo ano, se a mortalidade em cada idade se mantém constante no futuro, e é contada da maior para a menor.
TAXA DE NATALIDADE (ONU - 2019): 14,16/mil (136º). Obs: a taxa de natalidade é a porcentagem de nascimentos ocorridos em uma população em um determinado período de tempo para cada grupo de mil pessoas, e é classificada do maior para o menor.
TAXA DE MORTALIDADE (CIA World Factbook - 2019): 8,26/mil (100º). Obs: o índice de mortalidade reflete o número de mortes registradas, em média por mil habitantes, em uma determinada região em um período de tempo e é contada da maior para a menor.
TAXA DE NATALIDADE (ONU - 2019): 14,16/mil (136º). Obs: a taxa de natalidade é a porcentagem de nascimentos ocorridos em uma população em um determinado período de tempo para cada grupo de mil pessoas, e é classificada do maior para o menor.
TAXA DE MORTALIDADE (CIA World Factbook - 2019): 8,26/mil (100º). Obs: o índice de mortalidade reflete o número de mortes registradas, em média por mil habitantes, em uma determinada região em um período de tempo e é contada da maior para a menor.
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL (CIA World Factbook - 2019): 5,98/mil (49°). Obs: a taxa de mortalidade infantil refere-se ao número de crianças que morrem no primeiro ano de vida entre mil nascidas vivas em um determinado período, e é classificada do menor para o maior.
Mapa da taxa de mortalidade infantil no mundo |
TAXA DE FECUNDIDADE (CIA World Factbook - estimativa para 2020): 1,84 filhos/mulher (142°). Obs: a taxa de fecundidade refere-se ao número médio de filhos que a mulher teria do início ao fim do seu período reprodutivo (15 a 49 anos), e é classificada do maior para o menor.
Mapa da taxa de fecundidade no mundo |
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2019): 99,29% (26°). Obs: essa taxa refere-se a todas as pessoas com 15 anos ou mais que sabem ler e escrever.
Mapa da taxa de alfabetização no mundo |
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2019): 82,8% (28°). Obs: essa taxa refere-se a porcentagem da população que mora nas cidades em relação à população total.
Mapa da taxa de urbanização no mundo |
MOEDA: Dólar Americano
RELIGIÃO: os Estados Unidos são oficialmente uma nação secular. A Primeira Emenda da Constituição do país garante o livre exercício da religião e proíbe a criação de um governo religioso. Em 2019, a distribuição da população por religião era a seguinte: cristianismo (70,6%, sendo: 46,5% de protestantes, 20,8% de católicos e 3,3% de outras religiões cristãs), sem religião (22,8%), judaísmo (1,9%), outras religiões (4,7%).
DIVISÃO: os Estados Unidos são uma união federal dividida em 50 estados, territórios (como é o caso de Porto Rico) e um distrito federal (Distrito de Colúmbia, onde se encontra a capital do país, Washington), bem como diversas outras divisões administrativas, a nível, estadual, como condados e cidades. Os originais treze estados foram os sucessores das Treze Colônias, que se rebelaram contra o domínio britânico.
No início da história do país, três novos estados foram organizados em territórios separados das reivindicações dos estados existentes: Kentucky da Virgínia, Tennessee da Carolina do Norte e Maine de Massachusetts. A maioria dos outros estados foi esculpida a partir de territórios obtidos através de guerras ou por aquisições do governo americano. Um conjunto de exceções compreende Vermont, Texas e Havaí: cada um era uma república independente antes de ingressar na União. Durante a Guerra Civil Americana, a Virgínia Ocidental se separou da Virgínia. O Havaí, o mais recente estado do país, foi anexado em 1898 e elevado à categoria de estado em 21 de agosto de 1959. Os estados não têm o direito de se separar da União.
Os Estados Unidos também possuem cinco territórios ultramarinos: Porto Rico e Ilhas Virgens Americanas, no Caribe, e Samoa Americana, Guam e as Ilhas Marianas do Norte, no Pacífico. As pessoas nascidas nos territórios (exceto Samoa Americana) possuem cidadania americana. Cidadãos americanos residentes nos territórios têm muitos dos mesmos direitos e responsabilidades dos cidadãos residentes nos estados, no entanto, eles geralmente são isentos do imposto de renda federal, não podem votar para presidente e têm apenas uma representação sem direito a voto no Congresso.
No início da história do país, três novos estados foram organizados em territórios separados das reivindicações dos estados existentes: Kentucky da Virgínia, Tennessee da Carolina do Norte e Maine de Massachusetts. A maioria dos outros estados foi esculpida a partir de territórios obtidos através de guerras ou por aquisições do governo americano. Um conjunto de exceções compreende Vermont, Texas e Havaí: cada um era uma república independente antes de ingressar na União. Durante a Guerra Civil Americana, a Virgínia Ocidental se separou da Virgínia. O Havaí, o mais recente estado do país, foi anexado em 1898 e elevado à categoria de estado em 21 de agosto de 1959. Os estados não têm o direito de se separar da União.
Os Estados Unidos também possuem cinco territórios ultramarinos: Porto Rico e Ilhas Virgens Americanas, no Caribe, e Samoa Americana, Guam e as Ilhas Marianas do Norte, no Pacífico. As pessoas nascidas nos territórios (exceto Samoa Americana) possuem cidadania americana. Cidadãos americanos residentes nos territórios têm muitos dos mesmos direitos e responsabilidades dos cidadãos residentes nos estados, no entanto, eles geralmente são isentos do imposto de renda federal, não podem votar para presidente e têm apenas uma representação sem direito a voto no Congresso.
Mapa dos Estados Unidos com seus respectivos estados |
Nenhum comentário:
Postar um comentário