terça-feira, 14 de outubro de 2014

O ESTADO ISLÂMICO

  O Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL) - atualmente chamado apenas de Estado Islâmico (EI) - é um grupo jihadista radical que conseguiu recrutar milhares de combatentes para lutar por seus ideais. Esse grupo surgiu a partir do Estado Islâmico no Iraque, o braço iraquiano da Al-Qaeda dirigido por Abu Bakr al-Bagdadi.
  O objetivo inicial do Estado Islâmico do Iraque era promover a fusão com o grupo jihadista sírio Frente Al-Nosra. Porém, a Al-Nosra negou-se a aderir a esse movimento e os dois grupos começaram a agir separadamente. O EI contesta abertamente a autoridade do chefe da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, e rejeitou o pedido feito por ele, no qual o grupo iraquiano deveria se concentrar no Iraque e o Al-Nosra na Síria.
  Em seu Estado auto-proclamado como um califado, o Estado Islâmico afirma a autoridade religiosa sobre todos os povos muçulmanos do mundo, cujo objetivo é controlar as regiões de maioria islâmica, começando pelo território da região do Levante, que inclui Jordânia, Palestina, Líbano, Chipre e Hatay, uma área no sul da Turquia. O grupo islâmico foi designado como uma organização terrorista estrangeira pelos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Canadá, Indonésia, Arábia Saudita, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pelas mídias do Ocidente e do Oriente Médio.
Território atual        Áreas controladas pelo Estado Islâmico      Áreas reivindicadas pelo Estado Islâmico         Restante do Iraque e da Síria
  No início, o grupo era composto e apoiado por vários grupos terroristas sunitas insurgentes, como o Al-Qaeda do Iraque (AQI), o Conselho Shura Mujahideen e o Estado Islâmico do Iraque (ISI), além de outros grupos insurgentes, como o Jeish al-Taiifa al-Mansoura, Jaysh al-Fatiheen, Jund al-Sahaba, Katbiyan Ansar al-Tawhid wal Sunnah e vários grupos tribais iraquianos que professam o islamismo sunita. Inicialmente, o objetivo do Estado Islâmico do Iraque era estabelecer um califado nas regiões de maioria sunita no país, mas, após o seu envolvimento na guerra civil síria, este objetivo se expandiu para incluir o controle de áreas de maioria sunita na Síria. Um califado foi proclamado em 29 de junho de 2014, tendo sido nomeado como califa Abu Bakr al-Baghdadi, e o grupo passou a se chamar Estado Islâmico.
Abu Bakr al-Baghdadi
  O crescimento do grupo se deu devido a sua participação na Guerra Civil Síria e ao seu líder Abu Bakr al-Baghdadi, motivado por denúncias de discriminação econômica e política contra árabes sunitas iraquianos desde a queda do regime secular de Saddam Hussein. No auge da Guerra do Iraque, seus antecessores tinham uma presença significativa nas províncias iraquianas de Al Anbar, Nínive, Kirkuk, na maior parte de Salah-ad-Din e regiões de Babil, Diyala e Bagdá, além de terem declarado Baquba como sua capital.
  O Estado Islâmico obriga as pessoas que vivem nas áreas que controla a se converterem ao islamismo, além de viverem de acordo com a interpretação sunita da religião e sob a lei xaria (o código de leis do islamismo). Aqueles que se recusam a seguir a lei islâmica sunita podem sofrer torturas e mutilações ou até mesmo serem condenados a pena de morte.
Membros do ISI
  O grupo é particularmente violento contra muçulmanos xiitas, assírios, cristãos armênios, yazidis (comunidade étnico-religiosa curda), drusos (comunidade religiosa autônoma), shabaks (grupo étnico-religioso que vive no norte do Iraque) e mandeanos (religião pré-cristã que tem a maior parte dos adeptos na região do Oriente Médio). O ISI tem pelo menos quatro mil combatentes no Iraque que, além de ataques a alvos militares e do governo, já assumiram a responsabilidade por ataques que mataram milhares de civis. O Estado Islâmico tinha ligações estreitas com a Al-Qaeda até o início desse ano (2014), mas em fevereiro, depois de uma luta de poder que durou oito meses, a Al-Qaeda cortou todos os laços com o grupo.
Mapa da Guerra Civil Síria e da insurgência iraquiana
  Controlado pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS)
  Controlado por outros rebeldes sírios
  Controlado pelo governo da Síria
  Controlado pelo governo do Iraque
  Controlado pelos curdos sírios
  Controlado pelos curdos iraquianos
  Território ocupado por Israel

FONTE: Portal de Notícias G1

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