quarta-feira, 15 de agosto de 2018

O ESTADO DO MARANHÃO

  O Maranhão é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Localiza-se no extremo noroeste da região Nordeste, limitando-se com o Piauí a leste, Tocantins a sul e sudoeste, e o Pará a oeste.
  Localizado entre as regiões Norte e Nordeste, o Maranhão possui o segundo maior litoral do país, resultando em uma grande diversidade de ecossistemas. São 640 quilômetros de extensão de praias tropicais, Floresta Amazônica, diversas variedades de cerrados, mangues, delta em mar aberto e o único deserto do mundo com milhares de lagoas de águas cristalinas.
Mapa do estado do Maranhão
GEOGRAFIA
  O estado do Maranhão possui uma área de 331.937,45 km². Possui uma costa recortada e planície litorânea com dunas e planaltos no interior. Cerca de 75% do território maranhense é composto por planícies que não chegam aos 200 metros acima do nível do mar e somente 10% é superior a 300 metros. O ponto mais elevado do estado é a Chapada das Mangabeiras, com 804 metros acima do nível do mar. A baixada litorânea é dominada por um relevo cujos acidentes geográficos são colinas e tabuleiros, que se dividem em arenitos que pertencem à série Barreiras.
Chapada das Mangabeiras - ponto mais elevado do Maranhão
  No Maranhão, existem três tipos de clima: o tropical superúmido de monção, o tropical com chuvas de outono e o tropical com chuvas de verão. Esses três tipos de clima possuem temperaturas que oscilam próximo à 26ºC.
  A parte oeste do Maranhão apresenta um clima mais úmido, onde aparece a transição para a Floresta Amazônica. As temperaturas são elevadas e as chuvas intensas durante o ano todo, razão pelo qual essa parte do estado faz parte do Complexo Regional da Amazônia. A vegetação que cobre essa parte do território maranhense é a floresta latifoliada equatorial. Na parte leste, observa-se uma transição climática de úmido para seco, onde aparece a Mata de Cocais.
Morro do Chapéu, no Parque Nacional da Chapada das Mesas
  A cobertura vegetal do Maranhão é composta basicamente de floresta, campos e cerrados. A Mata de Cocais é uma formação vegetal com predomínio de palmeiras, como o babaçu e a carnaúba, que ocorre entre a Floresta Amazônica e a Caatinga. A Mata de Cocais forma a paisagem mais característica da sub-região do Nordeste denominada Meio-Norte (que compreende o leste do Maranhão e o estado do Piauí).
Mata de Cocais
  A quase totalidade das bacias hidrográficas do estado do Maranhão é feita da parte meridional para a parte setentrional por meio da quantidade de rios independentes que desaguam no oceano Atlântico: Gurupi, Turiaçu, Pindaré, Mearim, Itapecuru e Parnaíba. Na parte sul-ocidental, uma pequena parte das águas escoadas dirige-se para a parte ocidental, que desaguam no rio Tocantins.
Rio Pindaré
    HISTÓRIA
      Na época do Descobrimento do Brasil, o atual estado do Maranhão era povoado por diferentes tribos indígenas. Os primeiros habitantes faziam parte de dois grupos indígenas: os tupis e os jês. Os tupis habitavam o litoral, e os jês, o interior. Os dois povos indígenas da tripo tupi são os guajajaras e os urubus, que foram pacificados apenas no século XX. Os dois povos jês são os timbiras e os sacamecras. Diversas tribos do Piauí entraram no Maranhão no século XVIII, fugindo da perseguição dos brancos.
      A primeira capitania do Maranhão, criada em 1534 e dividida em duas partes, não chegou a ser efetivamente ocupada. Um ano depois, o Rei de Portugal, Dom João III, concedeu a Capitania do Maranhão a três fidalgos que eram homens de sua confiança: João de Barros, Fernando Álvares de Andrade e Aires da Cunha. Ambos os primeiros idealizaram seu plano para a tomada de posse da capitania. Os dois donatários encarregaram sua execução a Aires da Cunha, que veio ao Brasil no mesmo ano da doação. Durante a viagem, dez veleiros, 900 homens de armas e 130 a cavalo estavam a caminho. Mas a frota afundou nas costas maranhenses devido a um violento temporal e o capitão faleceu, assim como a maior parte dos integrantes. Os sobreviventes fundaram um núcleo de povoamento denominado Nazaré e passaram a explorar o terreno através dos acidentes geográficos fluviais. Entretanto, os indígenas não lhes favoreceram essa ocupação. Do núcleo de povoamento, não restou nada. Quando essa povoação foi destruída, os portugueses abandonaram-na.
    João de Barros (1496-1570) - um dos donatários da Capitania do Maranhão
      Em 1539, foi a vez de outro fidalgo lusitano denominado Luís de Melo da Silva. Ele também teve seu navio afundado no litoral maranhense. Entretanto, retornou para Portugal em 1554. João de Barros, em 1555, mandou seus descendentes João e Jerônimo para a donataria. Naquela época, os franceses já tinham entrado no território maranhense. De acordo com narrativa de Jerônimo dirigida ao monarca português, estiveram na capitania 17 naus franceses. Os franceses edificaram, com materiais de construção da época, casas de pedra e faziam comércio com os indígenas.
      Sob o comando dos franceses La Ravardière e Mazilly, foi instalada uma colônia na região, em 1612, chamada França Equinocial, onde fundam a cidade de São Luís, que recebe este nome em homenagem ao rei francês Luís XIII.
    Ilustração da obra de Claude d'Abbeville, "Historie de la mission" (Paris, 1614): levantamento da cruz na colônia francesa
      Em 1615, os portugueses, comandados por Jerônimo de Albuquerque, derrotam os franceses e iniciam a colonização. São Luís é invadida pelos holandeses em 1641, mas é recuperada por Portugal três anos depois. A partir daí, o Maranhão passa a ser base de apoio à exploração da Amazônia e ao povoamento da Região Norte.
      Para estimular o desenvolvimento regional, apoiado na monocultura do açúcar e do algodão, de base escravista, é criada a Companhia do Comércio do Maranhão, em 1682. A iniciativa provoca protesto dos lavradores locais, pois o governo português confiscou as lavouras de quem não plantava cravo e algodão, produtos que interessavam comercialmente à metrópole.
    A Revolta de Beckman
      Em 1864, sob a liderança dos irmãos Manuel e Tomás Beckman, os maranhenses se rebelam, mas são duramente reprimidos. Beckman nasceu em Lisboa. Seu pai era alemão e sua mãe portuguesa.
      A profissão de Beckman era a de senhor de engenho no Mearim. Consta que foi assinado pelos conspiradores um papel em círculo. O objetivo desse documento era para que ninguém tivesse o direito de acusação contra nenhum deles por liderar o motim. Foi confundido por Beckman a liberdade instintiva do comércio com o preconceito feroz contra o escravo: a vulnerabilidade era do indígena vitimado.
    São Luís do Maranhão, em mapa de 1629, por Albernaz I
      A Revolta de Beckman foi uma rebelião nativista ocorrida em São Luís. A principal causa dessa revolta foi a grande insatisfação dos comerciantes, proprietários rurais e população em geral com a Companhia de Comércio do Maranhão, instituída pela Coroa portuguesa, em 1682.
      Os comerciantes reclamavam do monopólio da Companhia. Os proprietários rurais contestavam os preços pelos quais a Companhia pagava por seus produtos. Já grande parte da população maranhense estava insatisfeita com a baixa qualidade e altos preços cobrados pelos produtos manufaturados comercializados pela Companhia na região. Outros produtos, como trigo, bacalhau e vinho chegavam à região em quantidade insuficiente, demoravam para chegar e ainda vinham em péssimas condições para o consumo.
      Havia também o problema de falta de mão de obra escrava na região. Os escravos fornecidos pela Companhia eram insuficientes para as necessidades dos proprietários rurais. Uma solução seria a escravização dos indígenas, porém, os jesuítas eram contrários.
    A escravização dos indígenas foi uma das causas da Revolta de Beckman
      Diante de todos esses problemas, os revoltosos objetivavam finalizar as atividades da Companhia de Comércio do Maranhão para acabar o monopólio.
      Na noite de 24 de fevereiro de 1684, os irmãos Manuel e Tomás Beckman, dois proprietários da região, com o apoio de comerciantes, invadiram e saquearam um depósito da Companhia de Comércio do Maranhão. Os revoltosos também expulsaram os jesuítas da região e tiraram o poder do governador.
      A Corte portuguesa enviou ao Maranhão um novo governador para acabar com a revolta e colocar ordem na região. Os revoltosos foram presos e julgados. Os irmãos Beckman e Jorge Sampaio foram condenados a forca.
      Essa revolta mostrou os conflitos de interesses entre os colonos e a metrópole, bem como os problemas de mão de obra e abastecimento no Maranhão. As ações da Metrópole, que claramente favoreciam Portugal e prejudicava os interesses dos brasileiros, foram, muitas vezes, motivos de reações violentas dos colonos. Geralmente eram reprimidas com violência, pois a Coroa não abria mão da ordem e obediência em sua principal colônia.
    Maragnon, de Frans Janz, 1645
      A continuidade dos jesuítas era a disposição dos indígenas em aldeias no início do século XVIII. As oscilações das ordens do monarca estavam num dilema: ou a declaração de guerra contra os gentios ou não atacar os que já foram conciliados.
      A chegada do capitão-mor Bernardo Pereira de Barreto e Castro foi em 1718. Os mineradores ainda não exploravam o cobre no Brasil em 1749. Até essa época eram utilizados como moeda novelos de algodão ou varas de pano. A partir de 1755 a vida dos indígenas passou a pertencer a um novo regime: foi a declaração da liberdade da raça, por mais que seu serviço fosse pedido pelos colonizadores. Entretanto, nesse caso, a obrigação do colono seria o de fornecimento de alimentação e de uma pequena quantidade de dinheiro.
    França Equinocial - reprodução Escola Kids
      Adotando ao modelo de déspota esclarecido, D. João I nomeou o Marquês de Pombal como Primeiro-Ministro, que teve um papel importante na história do Maranhão. Pombal fundou o Vice-Reino do Grão-Pará e Maranhão, com capital em Belém e subdividiu-o em quatro capitanias: Maranhão, Piauí, São José do Rio Negro e Grã-Pará. Além disso, expulsou os jesuítas e criou a Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão, cuja atuação desenvolveu a economia maranhense.
    Vídeo sobre o Maranhão (You Tube)
      Na fase pombalina, a Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão, incentivou a migração de portugueses, principalmente açorianos, e aumentou o tráfico de escravos e produtos para a região. Tal fato fez com que o cultivo de arroz e algodão ganhasse força e logo colocou o Maranhão dentro do sistema agroexportador. Essa prosperidade econômica se refletiu no perfil urbano de São Luís, pois nessa época foi construída a maior parte dos casarões que compõem o Centro Histórico de São Luís, que hoje é Patrimônio Mundial da Humanidade. A região enriqueceu e ficou fortemente ligada à Metrópole, quase inexistindo relação comercial com o sul do país.
    Casarões do Centro Histórico de São Luís
      Quando D. Maria I, assumiu o trono português, a Companhia de Comércio e outras ações do Marquês de Pombal foram extintas.
      Na segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial Inglesa, as exportações de algodão têm forte crescimento, o que contribuiu para a prosperidade econômica e o aumento populacional.
      Esse progresso econômico, porém, não se mantém. Após as lutas da independência, o Maranhão entra no século XIX com a economia em declínio.
      A estagnação perdura durante o Império, provocando revoltas, como a Balaiada, em 1838, ou, mais tarde, a migração para os seringais da Amazônia.
    Palácio La Ravardiére - sede da prefeitura e São Luís
    A Balaiada
      A Balaiada foi uma revolta ocorrida no Maranhão entre 1838 e 1841. Na época, a economia maranhense enfrentava uma crise. Suas principais riquezas, o arroz e o algodão, perdiam preço e compradores devido à concorrência de produtores baianos, pernambucanos e, principalmente, estadunidenses.
      Além disso, muitos vaqueiros livres e escravos sofriam com a opressão social. Esses trabalhadores uniram-se para lutar contra a miséria, a escravidão e os maus-tratos. Havia também a insatisfação dos profissionais liberais que trabalhavam nas cidades e formavam o grupo Bem-te-vi, nome do jornal publicado pelos liberais na província. Foi esse grupo que iniciou a revolta contra os fazendeiros do Maranhão, contando com a participação dos sertanejos pobres.
    Vestígios arquitetônicos no Memorial Balaiada
      Os principais líderes populares da Balaiada foram o vaqueiro Raimundo Gomes Jutaí, Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, fabricante de balaios - cestos ovais de folhas de buriti, de onde surgiu o nome do movimento - e Cosme Bento das Chagas, negro e líder de um quilombo que reunia cerca de 3 mil escravos fugitivos. Cosme Bento foi um dos responsáveis pela expansão do movimento para o Piauí.
    Negros fazendo balaios. Detalhe de gravura de J. Laurens, 1859-1861
      Apesar de pouco organizados, os balaios conquistaram Caxias, a maior cidade maranhense depois da capital, São Luís. Mas os líderes não se entenderam e o poder foi entregue aos bem-te-vis, que nesse momento estavam preocupados em conter a rebelião sertaneja e popular.
      Para combater a revolta, o governo central enviou cerca de 8 mil soldados, comandados por Luís Alves de Lima e Silva. Nessa altura, os bem-te-vis já haviam abandonado os sertanejos e apoiavam as tropas governamentais.
      Os combates finais contra a Balaiada só terminaram em 1841, quando haviam morrido cerca de 12 mil sertanejos e escravos. Cosme foi preso e enforcado.
    Memorial da Balaiada, em Caxias - MA
      No tempo do Brasil Imperial, o Maranhão era famoso, ao lado de São Luís, pelos seus belos sobrados, pela sua "civilidade" sofisticada. Isso fez da província o lugar ideal para quem desejava começar a vida ou buscar tranquilidade depois de um dia estressante de trabalho. Por essa razão, foram enviados pelos partidos políticos seus representantes famosos: o Marquês de Paranaguá, Pedro Leão Veloso, Leitão da Cunha, Lafayette Rodrigues Pereira, Sousa Carvalho, Franklin Dória, Silvino Elvídio Carneiro da Cunha e José Manuel de Freitas.
      Na segunda metade do século XIX, o território do Maranhão passou a ser integrado totalmente. Cândido Mendes de Almeida declarou como parte do território maranhense, por meio de decretos imperiais, os territórios de Carolina (anteriormente pertencente à Goiás) e do Turiaçu. Isso fez com que fosse declarada a divisa com o Pará em direção ao Guarani e incorporado de maneira definitiva a porção norte-ocidental. Nessa região, a localização geográfica das antigas comunidades quilombolas deu origem a vários municípios.
    Turiaçu (MA) - possui uma população de 35.063 habitantes (estimativa IBGE 2017)
      O desembargador Tito Augusto Pereira de Matos foi o último presidente da província do Maranhão. Após a Proclamação da República, a administração do estado passou para as mãos do tenente-coronel João Luís Tavares, que integrava uma junta de sete cidadãos, dos quais cinco eram militares e dois civis. O primeiro governador foi Pedro Augusto Tavares Júnior. No dia 4 de julho de 1891 foi promulgada a primeira Constituição e no dia 28 de julho de 1892, uma nova Constituição foi promulgada, acrescidas das emendas de 1898, 1904 e 1919.
      No início da República, a manufatura algodoeira e o beneficiamento de arroz, açúcar e óleo de babaçu sustentam a economia do estado, mas não impedem o empobrecimento de grande parte da população.
    Cartão-postal de São Luís, em 1910
      O primeiro governador do século XX foi João Gualberto Torreão da Costa, sucedido pela administração de Benedito Pereira Leite, nomeado pelo presidente eleito do Brasil Afonso Pena, que visitou o estado em 1906.
      No movimento revolucionário de 1930, os revolucionários depuseram o governador José Pires Sexto. Durante o Estado Novo, Getúlio Vargas nomeou como interventor Sousa Ramos. Com a Segunda República, foi aprovada pela Assembleia Constituinte uma nova Constituição, promulgada em 28 de julho de 1947.
      Em 1966, tomou posse no governo estadual José Sarney, que iniciou um período modernizador denominado "Maranhão Novo", com a construção de várias obras de infraestrutura, dos quais se destacavam o Porto de Itaqui e a rodovia São Luís-Teresina. Em 1970 entrou em operação a Usina Hidrelétrica de Boa Esperança e, em 1973, foi inaugurada a indústria papeleira Cepalma. Em 1º de março de 1983 é inaugurada oficialmente o Centro de Lançamento de Alcântara, que entrou em operação em 1987. A primeira etapa da indústria aluminífera Alumar, foi inaugurada em 1984. Esta fábrica de alumínio foi o primeiro projeto do programa Grande Carajás.
    Centro de Lançamento de Alcântara, em Alcântara - MA
    ECONOMIA
      A agricultura e a pecuária são atividades bastante tradicionais no Maranhão, confundindo-se com o seu próprio processo de ocupação. A agricultura, tradicionalmente, situa-se ao longo do Vale do Itapecuru e do Baixo Mearim - este último, grande centro de produção de arroz e algodão. A criação de gado bovino ocupa as terras mais altas dos planaltos, cobertos pela vegetação de Cerrado.
      O sul do estado do Maranhão constitui uma importante área de fronteira agrícola para a produção de grãos, especialmente de soja. Essa porção do estado está incorporada à região geoeconômica do Centro-Sul por causa da sua dinâmica econômica. O Programa Corredor de Exportação Norte, que interliga essa área do Centro-Sul ao Nordeste, foi introduzido nos municípios que apresentam vegetação de Cerrado. Com o estabelecimento desse programa, estabeleceram-se oportunidades comerciais da produção de soja na região, favorecidas pelas vantagens da infraestrutura de transportes.
    Ferrovia Norte-Sul, em Estreito - MA
      O sistema de transporte multimodal, isto é, que combina rodovia, hidrovia e ferrovia, permite o fácil escoamento e o embarque da produção. Esse sistema é formado pela Estrada de Ferro Carajás, pelo porto Ponta da Madeira e pelo sistema rodoviário, que permitiram baratear os custos de transportes, e atribuiu maior competitividade à produção de soja voltada para a exportação.
    Estrada de Ferro Carajás, em Açailândia - MA
      O desenvolvimento das plantações de soja no estado do Maranhão deve-se às iniciativas de fluxos de migração oriundos do Centro-Sul do país, em que as pessoas são atraídas pelo baixo preço inicial das terras, e também à infraestrutura criada pelo Programa Corredor de Exportação Norte. O complexo portuário e industrial de São Luís, dos quais fazem parte os portos de Itaqui e Madeira, tem colaborado muito para o crescimento econômico do estado maranhense.
    Porto de Itaqui, em São Luís - MA
      Atualmente, grandes projetos de extração mineral interligam o Meio-Norte à Amazônia Oriental. A causa principal dessa interligação é a exploração mineral na área de fronteira entre o Pará e o Maranhão, que está transformando a realidade regional.
    Plantação de soja em Balsas - MA
      Na área coberta pela Mata de Cocais, predomina o extrativismo vegetal dos cocos de babaçu e da cera de carnaúba, que, apesar baixa rentabilidade, envolve grande parte dos habitantes dessa região, que fazem dessa atividade sua condição de subsistência através do artesanato.
      O coco do babaçu é usado de várias maneiras. A camada mais externa pode ser usada para a fabricação de xaxim (suporte fibroso para plantas), embalagens e adubo orgânico; a camada logo abaixo é usada na fabricação de farinha, consumida como alimento; a parte mais resistente, que protege a amêndoa, é usada em artesanatos, além de servir como lenha. Por fim, há as amêndoas, que são consumidas como alimentos e podem ser utilizadas na fabricação de cosméticos.
    Palmeiras de babaçu em Bom Lugar - MA
      A carnaúba é conhecida como "árvore da providência", pois dela tudo se aproveita: a madeira, em construções e na fabricação de móveis; as raízes para usos medicinais; o fruto como alimento para o gado; a semente, para obtenção de óleo de cozinha; e as folhas como cobertura de casas, no artesanato e para extração do seu derivado mais importante, uma cera largamente utilizada na produção de cosméticos, produtos alimentícios, componentes eletrônicos, entre outros.
    Palmeiras de buriti em Governador Edison Lobão - MA
    ALGUNS DADOS DO MARANHÃO
    LOCALIZAÇÃO: Região Nordeste
    LIMITES: Piauí (leste), Tocantins (sul e sudoeste), Pará (oeste) e Oceano Atlântico (norte).
    CAPITAL: São Luís
    Visão aérea de parte de São Luís
    ÁREA: 331.397,45 km² (8°)
    POPULAÇÃO (IBGE 2010): 6.574.789
    Estimativa (IBGE 2018): 7.000.229 (10°)
    DENSIDADE DEMOGRÁFICA (2018): 21,12 hab./km² (16°). Obs: a densidade demográfica, densidade populacional ou população relativa é a medida expressa pela relação entre a população e a superfície de um determinado território.
    CIDADES MAIS POPULOSAS (Estimativa IBGE 2017:
    São Luís: 1.091.868 habitantes (Censo 2010: 1.014.837 habitantes)
    Imagem noturna do bairro Ponta do Farol, em São Luís - MA
    Imperatriz: 254.569 (Censo 2010: 247.505 habitantes)
    Imperatriz - MA
    São José do Ribamar: 176.418 habitantes (Censo 2010: 163.045 habitantes)
    São José de Ribamar - MA
    IDH (IBGE 2017): 0,678 (24°). Obs: o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é uma medida comparativa usada para classificar os territórios (países, estados, regiões etc.), pelo seu grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais, variando de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e PIB per capita. A classificação é feita dividindo-se em quatro grandes grupos: baixo (0,00 a 0,500), médio (0,501 a 0,800), elevado (0,801 a 0,900) e muito elevado (0,901 a 1,0).
    Mapa das unidades federativas do Brasil segundo o IDH-M em 2010
         0,800 (Muito alto)
         0,700 - 0,799 (Alto)
         0,600 - 0,699 (Médio)
         0,500 - 0,599 (Baixo)
         0 - 0,499 (Muito baixo)
    PIB (IBGE 2017): 78,475 bilhões (17°). Obs: o PIB (Produto Interno Bruto), representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano, etc.).
    EXPECTATIVA DE VIDA (IBGE - 2017): 70,6 anos (27°). Obs: essa taxa refere-se a média de quantos anos vive uma determinada população.
    Mapa brasileiro da longevidade (2017)
         78+                                              72+
         76+                                              70+
         74+                                              68+
    TAXA DE NATALIDADE (IBGE - 2017): 20,5/mil (5°). Obs: essa taxa expressa a probabilidade de tempo de vida média da população, e é calculado do maior para o menor. Reflete as condições sanitárias e de saúde de uma população.
    MORTALIDADE INFANTIL (IBGE - 2017): 21,3/mil (2°). Obs: essa taxa refere-se ao número de crianças que morrem antes de completar 1 ano de idade entre mil nascidas vivas, e é contada do maior para o menor.
    TAXA DE FECUNDIDADE (Pnud - 2017): 2,56 filhos/mulher (3°). Obs: essa taxa refere-se ao número médio de filhos que a mulher teria do início até o fim do seu período reprodutivo (15 a 49 anos), e é contada do maior para o menor.
    Mapa das unidades federativas do Brasil por taxa de fecundidade em 2010.
         + 2,55 filhos por mulher (média mundial)
         + 2,10 filhos por mulher (taxa de reposição populacional)
         até 2,10 filhos por mulher
    TAXA DE URBANIZAÇÃO (IBGE - 2017): 63,7% (27°). Obs: essa taxa refere-se a porcentagem da população que mora nas cidades em relação à população total, e é contada da maior para a menor.
    TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (IBGE - 2017): 83,3% (25°). Obs: essa taxa refere-se ao número de pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever, e é contada do menor para o maior.
    Mapa das unidades federativas do Brasil por taxa de alfabetização segundo o Censo de 2010 do IBGE
         95 - 100%                                                         80 - 84,9%
         90 - 94,9%                                                        75 - 79,9%
         85 - 89,9%
    PIB PER CAPITA (IBGE - 2017): R$ 11.366,23 (27°). Obs: o PIB per capita é o Produto Interno Bruto (PIB) de um determinado território dividido por sua população. É o valor que cada habitante receberia se toda a renda fosse distribuída igualmente entre todos.
    RELIGIÃO (Censo do IBGE - 2010): católicos romanos (74,5%), protestantes (17,2%), espíritas (0,2%), outras religiões (1,5%), religiões asiáticas (0,3%), sem religião (6,3%).
    DIVISÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA: o estado do Maranhão é dividido geograficamente em cinco mesorregiões: 1. Centro Maranhense 2. Leste Maranhense 3. Norte Maranhense 4. Oeste Maranhense 5. Sul Maranhense. As mesorregiões estão subdivididas em 21 microrregiões.
    Mesorregiões do Maranhão
    • Mesorregião do Centro Maranhense
       A mesorregião do Centro Maranhense é formada pela união de 42 municípios agrupados em três microrregiões, distribuídos numa área de 54.348,687 km² e uma população de 749.710 habitantes (estimativa IBGE 2017).
    Em destaque a mesorregião do Centro Maranhense
      As microrregiões com seus respectivos municípios são (os números entre parênteses refere-se à estimativa da população segundo o IBGE em 2017):
    • Alto Mearim e Grajaú - possui uma área de 37.808,39 km² e uma população de 332.957 habitantes (estimativa IBGE 2017). É composta por 11 municípios, que são: Arame (32.145 habitantes), Barra do Corda (87.135 habitantes), Fernando Falcão, (10.326 habitantes) Formosa da Serra Negra (18.997 habitantes), Grajaú (69.232 habitantes), Itaipava do Grajaú (16.009 habitantes), Jenipapo dos Vieiras (16.321 habitantes), Joselândia (15.891 habitantes), Santa Filomena do Maranhão (7.708 habitantes), Sítio Novo (17.851 habitantes) e Tuntum (41.342 habitantes).
    Barra do Corda - MA
    • Médio Mearim - possui uma área de 9.816,16 km² e uma população de  416.753 habitantes (estimativa IBGE 2017). É composta 20 municípios: Bacabal (103.359 habitantes), Bernardo do Mearim (5.973 habitantes), Bom Lugar (16.214 habitantes), Esperantinópolis (16.653 habitantes), Igarapé Grande (11.206 habitantes), Lago do Junco (10.672 habitantes), Lago dos Rodrigues (8.664 habitantes), Lago Verde (16.053 habitantes), Lima Campos (11.695 habitantes), Olho D'Água das Cunhãs (19.206 habitantes), Pedreiras (38.365 habitantes), Pio XII (20.861 habitantes), Poção de Pedras (17.023 habitantes), Santo Antonio dos Lopes (14.222 habitantes), São Luís Gonzaga do Maranhão (18.247 habitantes), São Mateus do Maranhão (40.992 habitantes),  São Raimundo do Doca Bezerra (4.946 habitantes), São Roberto (6.704 habitantes), Satubinha (13.949 habitantes)  e Trizidela do Vale (21.749 habitantes).
    São Luís Gonzaga - Ma
    • Presidente Dutra - composta por 11 municípios, possui uma área de 6.724,137 km² e uma população de 196.340 habitantes (estimativa IBGE 2017). Os municípios são: Dom Pedro (22.912 habitantes), Fortuna (15.262 habitantes), Gonçalves Dias (17.586 habitantes), Governador Archer (10.700 habitantes), Governador Eugênio Barros (16.582 habitantes), Governador Luiz Rocha (7.708 habitantes), Graça Aranha (6.134 habitantes), Presidente Dutra (47.239 habitantes), São Domingos do Maranhão (33.691 habitantes), São José dos Basílios (7.484 habitantes) e Senador Alexandre Costa (11.042 habitantes).
    Presidente Dutra - MA
    • Mesorregião Leste Maranhense
      A mesorregião Leste Maranhense é formada pela união de 44 municípios agrupados em seis microrregiões. Possui uma área de 70.892 km² e uma população de 1.415.749 habitantes (estimativa IBGE 2017). As microrregiões com seus respectivos municípios são:
    • Baixo Parnaíba Maranhense - é formada pela união de seis municípios. Possui uma área de 6.873 km² e uma população de 145.247 habitantes (estimativa IBGE 2017). Os municípios com suas respectivas populações são: Água Doce do Maranhão (12.457 habitantes), Araioses (46.074 habitantes), Magalhães de Almeida (19.779 habitantes), Santana do Maranhão (13.395 habitantes), Santa Quitéria do Maranhão (25.334 habitantes) e São Bernardo (28.208 habitantes).
    Araioses - MA
    • Caxias - possui uma área de 15.330 km² e uma população de 439.865 habitantes (estimativa IBGE 2017). É composta por seis municípios: Buriti Bravo (23.495 habitantes), Caxias (162.657 habitantes), Matões (33.374 habitantes), Parnarama (34.375 habitantes), São João do Soter (18.345 habitantes) e Timon (167.619 habitantes).
    Caxias - MA
    • Chapadas do Alto Itapecuru - é formada pela união de treze municípios. Possui uma área de 24.946 km² e uma população de 218.371 habitantes (estimativa IBGE 2017). Os municípios com suas respectivas populações são: Barão de Grajaú (18.619 habitantes), Colinas (40.575 habitantes), Jatobá (10.221 habitantes), Lagoa do Mato (11.048 habitantes), Mirador (20.613 habitantes), Nova Iorque (4.586 habitantes), Paraibano (21.116 habitantes), Passagem Franca (18.839 habitantes), Pastos Bons (19.271 habitantes), São Francisco do Maranhão (11.976 habitantes), São João dos Patos (25.520 habitantes), Sucupira do Norte (10.416 habitantes) e Sucupira do Riachão (5.571 habitantes).
    • Colinas - MA
    • Chapadinha - é formada pela união de nove municípios. Possui uma área de 10.226 km² e uma população de 242.977 habitantes (estimativa IBGE 2017). Os municípios com suas respectivas populações são: Anapurus (15.696 habitantes), Belágua (7.422 habitantes), Brejo (36.102 habitantes), Buriti (28.306 habitantes), Chapadinha (78.965 habitantes), Mata Roma (16.745 habitantes), Milagres do Maranhão (8.326 habitantes), São Benedito do Rio Preto (18.377 habitantes) e Urbano Santos (33.038 habitantes).
    Chapadinha - MA
    • Codó - é formada pela união de seis municípios. Possui uma área de 9.910 km² e uma população de 276.452 habitantes (estimativa IBGE 2017). Os municípios com suas respectivas populações são: Alto Alegre do Maranhão (26.872 habitantes), Capinzal do Norte (10.713 habitantes), Codó (120.810 habitantes), Coroatá (64.403 habitantes), Peritoró (23.019 habitantes) e Timbiras (28.635 habitantes).
    Codó - MA
    • Coelho Neto - é formada pela união de quatro municípios. Possui uma área de 3.607 km² e uma população de 92.837 habitantes (estimativa IBGE 2017). Os municípios com suas respectivas populações são: Afonso Cunha (6.486 habitantes), Aldeias Altas (26.387 habitantes), Coelho Neto (48.756 habitantes) e Duque Bacelar (11.208 habitantes).
    • Coelho Neto - MA
    • Mesorregião Norte Maranhense
      A mesorregião Norte Maranhense é formada pela união de 60 municípios agrupados em seis  microrregiões. É a mesorregião mais importante, tanto política quanto economicamente do Estado. Possui uma área de 52.691 km² e uma população de 2.817.251 habitantes (estimativa IBGE 2017). As microrregiões com seus respectivos municípios e populações são:

    • Aglomeração Urbana de São Luís - é formada pela união de quatro municípios. Possui uma área de 1.412 km² e uma população de 1.421.569 habitantes (estimativa IBGE 2017). Os municípios com suas respectivas populações são: Paço do Lumiar (122.420 habitantes), Raposa (30.863 habitantes), São José de Ribamar (176.418 habitantes) e São Luís (1.091.868 habitantes).
      Paço do Lumiar - MA
    • Baixada Maranhense - é formada pela união de 21 municípios. Possui uma área de 17.429 km² e uma população de 599.144 habitantes (estimativa IBGE 2017). Os municípios com suas respectivas populações são: Anajatuba (27.352 habitantes), Arari (29.388 habitantes), Bela Vista do Maranhão (11.103 habitantes), Cajari (19.110 habitantes), Conceição do Lago-Açu (16.192 habitantes), Igarapé do Meio (14.147 habitantes), Matinha (23.091 habitantes), Monção (33.156 habitantes), Olinda Nova do Maranhão (14.637 habitantes), Palmeirândia (19.424 habitantes), Pedro do Rosário (25.000 habitantes), Penalva (38.144 habitantes), Peri Mirim (14.074 habitantes), Pinheiro (82.374 habitantes), Presidente Sarney (18.797 habitantes), Santa Helena (41.891 habitantes), São Bento (46.039 habitantes), São João Batista (20.307 habitantes), São Vicente Ferrer (20.913 habitantes), Viana (51.738 habitantes) e Vitória do Mearim (32.267 habitantes).

    Pinheiro - MA
    • Itapecuru Mirim - é formada pela união de oito municípios. Possui uma área de 7.059 km² e uma população de 235.736 habitantes (estimativa IBGE 2017). Os municípios com suas respectivas populações são: Cantanhede (21.759 habitantes), Itapecuru Mirim (67.726 habitantes), Matões do Norte (16.908 habitantes), Miranda do Norte (28.456 habitantes), Nina Rodrigues (14.489 habitantes), Pirapemas (18.413 habitantes), Presidente Vargas (11.474 habitantes) e Vargem Grande (56.511 habitantes).
    Itapecuru Mirim - MA
    • Lençóis Maranhenses - é formada pela união de seis municípios. Possui uma área de 10.843 km² e uma população de 196.569 habitantes (estimativa IBGE 2017). Os municípios e suas respectivas populações são: Barreirinhas (62.458 habitantes), Humberto de Campos (28.509 habitantes), Paulino Neves (15.937 habitantes), Primeira Cruz (15.207 habitantes), Santo Amaro do Maranhão (15.853 habitantes) e Tutóia (58.605 habitantes).
    Barreirinhas - MA
    • Litoral Ocidental Maranhense - formado pela união de 13 municípios. Possui uma área de 9.514 km² e uma população de 188.098 habitantes (estimativa IBGE 2017). Os municípios com suas respectivas populações são: Alcântara (21.673 habitantes), Apicum-Açu (18.374 habitantes), Bacuri (17.435 habitantes), Bacuritiba (5.574 habitantes), Bequimão (20.881 habitantes), Cajapió (11.019 habitantes), Cedral (10.490 habitantes), Central do Maranhão (8.615 habitantes), Cururupu (30.706 habitantes), Guimarães (11.728 habitantes), Mirinzal (14.744 habitantes), Porto Rico do Maranhão (5.819 habitantes) e Serrano do Maranhão (11.040 habitantes).
    Alcântara - MA
    • Rosário - formado pela união de 8 municípios. Possui uma área de 6.434 km² e uma população de 176.135 habitantes (estimativa IBGE 2017). Os municípios com suas respectivas populações são: Axixá (11.975 habitantes), Bacabeira (17.053 habitantes), Cachoeira Grande (8.930 habitantes), Icatu (26.835 habitantes), Morros (19.282 habitantes), Presidente Juscelino (12.656 habitantes), Rosário (42.314 habitantes) e Santa Rita (37.090 habitantes).
    Icatu - MA
    • Mesorregião Oeste Maranhense
      A mesorregião do Oeste Maranhense é formada pela união de 52 municípios agrupados em três microrregiões. Possui uma área de 86.550 km² e uma população de 1.490.147 habitantes (estimativa IBGE 2017). As microrregiões com seus respectivos municípios são:
    • Gurupi - é formado pela união de 14 municípios. Possui uma área de 21.527 km² e uma população de 240.034 habitantes (estimativa IBGE 2017). Os municípios com suas respectivas populações são: Amapá do Maranhão (6.895 habitantes), Boa Vista do Gurupi (9.320 habitantes), Cândido Mendes (19.943 habitantes), Carutapera (23.576 habitantes), Centro do Guilherme (13.555 habitantes), Centro Novo do Maranhão (21.565 habitantes), Godofredo Viana (11.830 habitantes), Governador Nunes Freire (24.991 habitantes), Junco do Maranhão (3.237 habitantes), Luís Domingues (6.867 habitantes), Maracaçumé (21.293 habitantes), Maranhãozinho (16.366 habitantes), Turiaçu (35.063 habitantes) e Turilândia (25.533 habitantes).
    Cândido Mendes - MA
    • Imperatriz - é formada pela união de 16 municípios. Possui uma área de 29.244 km² e uma população de 592.084 habitantes (estimativa IBGE 2017). Os municípios com suas respectivas populações são: Açailândia (111.339 habitantes), Amarante do Maranhão (41.106 habitantes), Buritana (15.180 habitantes), Cidelândia (14.539 habitantes), Davinópolis (12.659 habitantes), Governador Edison Lobão (18.316 habitantes), Imperatriz (254.569 habitantes), Itinga do Maranhão (25.589 habitantes), João Lisboa (23.042 habitantes), Lajeado Novo (7.489 habitantes), Montes Altos (8.889 habitantes), Ribamar Fiquene (7.691 habitantes), São Francisco do Brejão (11.808 habitantes), São Pedro da Água Branca (12.511 habitantes), Senador La Rocque (13.877 habitantes) e Vila Nova dos Martírios (13.480 habitantes).
    Açailândia - MA
    • Pindaré - é formada pela união de 22 municípios. Possui uma área de 35.779 km² e uma população de 658.029 habitantes (estimativa IBGE 2017). Os municípios que compõem essa microrregião com suas respectivas populações são: Altamira do Maranhão (8.070 habitantes), Alto Alegre do Pindaré (31.312 habitantes), Araguanã (15.332 habitantes), Bom Jardim (41.120 habitantes), Bom Jesus das Selvas (34.278 habitantes), Brejo de Areia (8.696 habitantes), Buriticupu (71.979 habitantes), Governador Newton Bello (9.921 habitantes), Lago da Pedra (49.856 habitantes), Lagoa Grande do Maranhão (11.286 habitantes), Marajá do Sena (7.604 habitantes), Nova Olinda do Maranhão (20.768 habitantes), Paulo Ramos (20.657 habitantes), Pindaré-Mirim (32.488 habitantes), Presidente Médici (6.968 habitantes), Santa Inês (88.013 habitantes), Santa Luzia (71.576 habitantes), Santa Luzia do Paruá (24.946 habitantes), São João do Carú (15.450 habitantes), Tufilândia (5.746 habitantes), Vitorino Freire (30.879 habitantes) e Zé Doca (51.084 habitantes).
    Santa Inês - MA
    • Mesorregião Sul Maranhense
      É formada pela união de 19 municípios agrupados em três microrregiões. Possui uma área de 67.509 km² e uma população de 333.420 habitantes (estimativa IBGE 2017). As microrregiões e seus respectivos municípios são:
    • Chapada das Mangabeiras - é formada pela união de oito municípios. Possui uma área de 16.779 km² e uma população de 71.642 habitantes (estimativa IBGE 2017). Os municípios com suas respectivas populações são: Benedito Leite (5.528 habitantes), Fortaleza dos Nogueiras (12.403 habitantes), Loreto (12.009 habitantes), Nova Colinas (5.530 habitantes), Sambaíba (5.568 habitantes), São Domingos do Azeitão (7.291 habitantes), São Félix de Balsas (4.453 habitantes) e São Raimundo das Mangabeiras (18.680 habitantes).
    • São Raimundo das Mangabeiras - MA
    • Gerais de Balsas - é formada pela união de cinco municípios. Possui uma área de 36.503 km² e uma população de 142.308 habitantes (estimativa IBGE 2017). Os municípios com suas respectivas populações são: Alto Parnaíba (11.001 habitantes), Balsas (94.779 habitantes), Feira Nova do Maranhão (8.372 habitantes), Riachão (19.701 habitantes) e Tasso Fragoso (8.455 habitantes).
    Balsas - MA
    • Porto Franco - formada pela união de seis municípios. Possui uma área de 14.227 km² e uma população de 119.470 habitantes (estimativa IBGE 2017). Os municípios com suas respectivas populações são: Campestre do Maranhão (14.219 habitantes), Carolina (23.803 habitantes), Estreito (42.110 habitantes), Porto Franco (23.760 habitantes), São João do Paraíso (10.977 habitantes) e São Pedro dos Crentes (4.601 habitantes).
    Estreito - MA
    REFERÊNCIA: Geografia nos dias de hoje, 7º ano / Cláudio Giardino ... [et al]. -- 2. ed. -- São Paulo: Leya, 2015. -- (Coleção geografia nos dias de hoje).

    domingo, 24 de junho de 2018

    CONHEÇA UM POUCO SOBRE A COSTA DO MARFIM OU A CÔTE d'IVOIRE

      Localizada na porção oeste do continente africano, na região do Golfo da Guiné, a Costa do Marfim faz limites com Mali e Burkina Faso a norte, Gana a leste, Libéria e Guiné a oeste, e ao sul é banhado pelo Oceano Atlântico.
      O nome da Costa do Marfim foi dado pelos portugueses, sendo uma referência ao grande número de elefantes que existia na região na época colonial.
      A Costa do Marfim é uma das nações mais prósperas do oeste africano. Isso se deve ao desenvolvimento do setor agrícola, principalmente a produção de café e cacau, sendo o país o maior produtor de cacau do mundo. Também se destaca a indústria alimentícia, têxtil, a exploração de petróleo e gás natural e a extração de diamantes.
    Mapa do Oeste da África
    GEOGRAFIA
      A Costa do Marfim situa-se em plena região tropical, com temperaturas médias em torno dos 30ºC, exceto na estação chuvosa, onde a média é de 25ºC. Há duas estações de chuvas (de maio a agosto e, com menos intensidade, em novembro). No norte do país a paisagem é árida, sendo o clima bastante quente e seco. Nessa região predomina a vegetação de savanas e os planaltos e onde habitam animais de grande porte, como girafas, elefantes, leões, zebras, entre outros. O sul é bastante úmido, com a presença de uma vegetação muito rica e um relevo constituído por planícies. É no sul onde estão os principais cultivos agrícolas com destino à exportação.
      O país conta com vários parques e reservas naturais, sendo que o Parque Nacional de Comoé é o maior deles. Esse parque foi fundado em 1968, depois de existir por longo tempo sob o nome de Reserva de Buna. Foi considerado Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1983.
    Parque Nacional de Comoé
      O litoral da Costa do Marfim é formado por belíssimas praias. O Monte Richard-Molard, por vezes designado Nimba, é o ponto mais alto do país, com uma altitude de 1.752 metros acima do nível do mar. Esse monte situa-se na fronteira com a Guiné. Na zona circundante do monte encontra-se a Reserva Natural do Monte Nimba, onde o turismo é proibido para manter maior proteção das espécies. A zona é rica em minério de ferro.
    Monte Nimba - ponto mais elevado da Costa do Marfim
      O clima da Costa do Marfim é bastante influenciado pelos efeitos da maritimidade. O relevo é dividido em quatro regiões principais: uma planície litorânea ao sul, que ocupa a maior parte do território; a região da costa, com áreas mais acidentadas; o planalto central e a região de Man-Odienne.
      Os principais rios da Costa do Marfim são os rios: Comoé, Bandama e Sassandra. Outros rios que atravessam o território do país, porém, em pequenas partes, são os rios Bia, Sankarani e Volta Negro.
    Rio Comoé
      O Lago Kossou é o maior lago da Costa do Marfim. Encontra-se no centro do país, no rio Bandam, e é um lago artificial criado em 1973. Outro lago importante do território marfinense é o Lago Buyo, que também é um lago artificial, que foi formado a partir da construção da Barragem de Buyo, represando as águas do rio Sassandra.
    Lago Kossou
    HISTÓRIA
      A história da Costa do Marfim antes do primeiro contato com os europeus é quase desconhecida. Porém, segundo investigações arqueológicas, os primeiros assentamentos remontam ao Paleolítico Superior, entre 15.000 e 10.000 a.C. Os primeiros povos que habitaram o território que atualmente compreende a Costa do Marfim foram os Senufo e os Koulangos (ao norte) e os Pigmeus (a partir do deserto do Saara).
    Elefantes pastando nas savanas da Costa do Marfim
      Os portugueses foram os primeiros europeus a desembarcar no território marfinense por volta do século XV. Foi nessa época que começaram o comércio de escravos, primeiro com os portugueses e depois com os franceses. Foram os portugueses também que iniciaram o comércio do marfim. O nome "Côte d'Ivoire" remonta o português. O comércio de escravos gerou ódio entre os diferentes grupos étnicos, o que levou a muitas guerras tribais.
      No século XVII estabeleceram-se diferentes estados negros, entre os quais se destacou o dos baules por suas atividades artísticas. No final deste século, os franceses fundaram os entrepostos de Assini e Grand-Bassam e, no século XIX, celebraram uma política de pactos com os chefes locais objetivando estabelecer uma colônia.
    Daloa - com uma população de 231.523 habitantes (estimativa 2018) é a quarta cidade mais populosa da Costa do Marfim
      No século XVIII, a região foi invadida por dois grupos de primos: Akan Agni no sudeste e Baoulé no centro. Um grupo tinha como objetivo principal capturar escravos, o outro, a busca pelo ouro.
      Em 1637, há o primeiro contato com os franceses, quando missionários desembarcaram em Assini, perto de Côte-de-Or (atualmente, território de Gana). Em 1887, iniciou-se a penetração para o interior. No dia 10 de março de 1893, Costa do Marfim tornou-se oficialmente uma colônia francesa, tendo como capital Grand Bassam, porém, essa colonização só foi concluída em 1915, quando os franceses consolidaram a sua dominação, exercendo o monopólio sobre a região. Em 1899, Costa do Marfim passou a fazer parte da Federação da África Ocidental Francesa. Em 1900, a capital passa a ser Bingerville e, a partir de 1934, Abidjan. A ocupação militar ocorreu entre 1908 e 1908, enquanto se construía a linha férrea ligando o litoral a Bobo-Dioulasso, atualmente pertencente à Burkina Faso.
    Sán Pedro - com uma população de 211.231 habitantes (estimativa 2018) é a quinta cidade mais populosa da Costa do Marfim
      Em 1919, a parte norte da colônia se tornou independente. Abidjan permaneceu sob jurisdição francesa durante a Segunda Guerra Mundial, embora a França estivesse ocupada pelos alemães. Em 1944, foi criado o Sindicato Agrícola Africano, que deu origem ao Partido Democrático da Costa do Marfim (Parti Démocratique de la Côte d'Ivoire).
      Em 1946, após a Segunda Guerra Mundial, as reformas francesas estabeleceram a cidadania francesa para questões africanas, o direito dos africanos se organizarem politicamente e a abolição do trabalho forçado pela lei de 11 de abril de 1946, proposto por Félix Houphouët-Boigny.
      Em 1958 foi proclamada a República da Costa do Marfim como uma república autônoma dentro da Comunidade Francesa, alcançando a independência definitiva em 7 de agosto de 1960, tendo como presente Félix Houphouët-Boigny do Partido Democrático da Costa do Marfim.
    Yamoussoukro - com uma população de 208.847 habitantes (estimativa 2018) é a sexta maior cidade da Costa do Marfim
      Os anos 1960 e 1970 foram de forte crescimento econômico, período conhecido como "milagre marfinense". Na década de 1970 a Costa do Marfim tentou intervir, por meio das negociações, a resolução do apartheid na África do Sul.
      A estabilidade política do país foi largamente promovida pelo sistema de partido e pelos bons preços do café e do cacau. Porém, devido aos efeitos da seca e a simultânea queda dos preços do cacau e do café, o país passou a enfrentar uma grave crise econômica.
      A política paternalista de Félix Houphouët-Boigny despertou uma forte oposição no país (protestos estudantis, conspirações militares, etc.). As eleições de 1990, a primeira em que houve uma disputa real pelo poder, foram disputadas por todos os partidos políticos já legalizados, tendo o presidente Félix Houphouët-Boigny sido reeleito para um sétimo mandato. Também em 1990, o papa João Paulo II visitou a Costa do Marfim, onde consagrou, em Yamoussoukro, uma suntuosa basílica, a Basílica de Nossa Senhora da Paz de Youmoussoukro, considerada a maior basílica católica do mundo. Em dezembro de 1993, Félix Houphouët-Boigny morreu, assumindo a presidência o antigo presidente da Assembleia Nacional, Henri Konan Bédié.
    Félix Houphouët-Boigny (1905-1993)
      Em 24 de novembro de 1999, um golpe de Estado, comandado pelo general Robert Guéï, destituiu o presidente Konan Bedié, que se refugiou na embaixada da França e depois no Togo. O general Guéï convocou todos os partidos políticos para formarem um governo de transição e prometeu que o retorno à democracia seria rápido. Este foi o primeiro golpe de Estado desde a sua independência, em 1960. Robert Guéï foi assassinado durante um levantamento encabeçado pelo Movimento Patriótico da Costa do Marfim, em 2002. Foi sucedido por Laurent Gbagbo, líder da Frente Popular Marfinense (FPI).
      Instável politicamente, o país passou por inúmeros políticos e golpes militares.
    Korhogo - com uma população de 179.676 habitantes (estimativa 2018) é a sétima cidade mais populosa da Costa do Marfim
    Guerra Civil da Costa do Marfim (2002-2004)
      Em 2002, depois de uma série de conflitos envolvendo a nacionalidade e a origem das pessoas no país, iniciou-se uma guerra civil. A região norte do país, de maioria muçulmana e de origem imigrante, passou a ser governada pelos rebeldes. Já a região sul, de maioria cristã, onde a população se intitulava representante da verdadeira nação marfinense, ainda era controlada pelo governo.
      O conflito deixou milhares de mortos e centenas de milhares de refugiados. O país passou a ter duas capitais: Abidjan (controlada pelos governistas) e Bouaké (controlada pelos rebeldes). No ano de 2005, após a classificação do país para a Copa do Mundo de 2006, deu-se a primeira iniciativa de paz entre ambos os lados.
      A vitória sobre o Sudão garantiu a primeira participação da Costa do Marfim em uma Copa do Mundo. Emocionados, os jogadores da seleção gravaram um vídeo dentro do vestiário, o qual foi transmitido para o restante do país pela televisão. Nele, o astro do time, Didier Drogba, pede para que sejam convocadas novas eleições e que todos os envolvidos perdoem uns aos outros.
    Didier Drogba - no jogo entre Costa do Marfim e Argentina pela Copa do Mundo de 2006
      Em 2007, Drogba foi eleito o melhor jogador africano da temporada. Quando chegou ao seu país, convidou o presidente a acompanhá-lo até Bouaké (capital rebelde) para mostrar a taça à população. O presidente aceitou e, quando chegaram à capital rebelde, foram aplaudidos por toda a população.
      No mesmo ano, Drogba pediu à seleção da Costa do Marfim que fizesse um jogo em Bouaké, algo que não acontecia há anos. Ele foi atendido, e o time goleou a seleção de Madagascar por 5 a 0. No jogo estavam presentes os líderes de ambos os lados do conflito, que passaram a negociar o processo de paz e as eleições, as quais aconteceriam três anos depois.
    Man - com uma população de 149.596 habitantes (estimativa 2018) é a oitava cidade mais populosa da Costa do Marfim
      Ao final de 2010, o presidente que havia sido anteriormente eleito, Laurent Gbagbo, recusou-se a entregar o governo para o seu sucessor também eleito, Alassane Ouattara. Com isso, um conflito interno emergiu envolvendo as forças leais a esses dois líderes, resultando em muitas mortes e um elevado prejuízo para a economia, que vinha registrando sucessivos índices de crescimento e democratização social.
      Em março de 2011, as forças rebeldes leais a Ouattara tomaram a capital do país e prenderam Gbagbo, que atualmente responde por crimes internacionais de violação aos direitos humanos. Ouattara assumiu, então, o cargo de presidente em maio desse mesmo ano.
    Divo - com uma população de 137.278 habitantes (estimativa 2018) é a nona cidade mais populosa da Costa do Marfim
    ECONOMIA
      A economia da Costa do Marfim é baseada no cultivo de produtos tropicais. O país exporta principalmente cacau (maior produtor mundial), óleo de palma (maior exportador do mundo), algodão (terceiro maior produtor mundial), café, borracha, abacaxi, banana, inhame, cana-de-aúcar, entre outros produtos.
      A economia da Costa do Marfim apresentou, desde a sua independência, alguns avanços econômicos em função do seu elevado grau de exportação, notadamente com a produção do cacau.
    Gagnoa - com uma população de 132.250 habitantes (estimativa 2018) é a décima cidade mais populosa da Costa do Marfim
      A agricultura é responsável por 30% do Produto Interno Bruto (PIB), no qual emprega cerca de 70% da mão de obra. A indústria basicamente é voltada para o processamento das matérias-primas geradas pelo agronegócio local, correspondendo a 21% das riquezas, com destaque também para a produção de petróleo. O setor de serviços representa 49% do PIB do país.
    Produção de cacau na Costa do Marfim
    ALGUNS DADOS SOBRE A COSTA DO MARFIM
    NOME: República da Costa do Marfim
    INDEPENDÊNCIA: da França, em 7 de agosto de 1960
    CAPITAIS: Yamoussoukro (Constitucional)
    Pôr do sol em Yamoussoukro - capital constitucional da Costa do Marfim
    Abidjan (sede do Governo)
    Centro Comercial de Abidjan - sede do governo da Costa do Marfim
    GENTÍLICO: costa-marfinense, marfinense, ebúrneo e ivoiriense
    LÍNGUA OFICIAL: francês
    GOVERNO: República Presidencialista
    LOCALIZAÇÃO: Oeste da África
    ÁREA: 322.463 km² (68º)
    POPULAÇÃO (ONU - Estimativa 2018): 24.339.940 habitantes (56°)
    DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 75,48 hab./km² (97°). Obs: a densidade demográfica, densidade populacional ou população relativa é a medida expressa pela relação entre a população total e a superfície de um determinado território.
    CRESCIMENTO POPULACIONAL (ONU - Estimativa 2018): 1,84% (63°). Obs: o crescimento vegetativo, crescimento populacional ou crescimento natural é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade de uma  determinada população.
    CIDADES MAIS POPULOSAS (Estimativa 2018):
    Abidjan: 3.947.750 habitantes
    Abidjan - maior cidade da Costa do Marfim
    Abobo: 966.240 habitantes
    Abobo - segunda cidade mais populosa da Costa do Marfim
    Bouaké: 609.247 habitantes
    Bouaké - terceira cidade mais populosa da Costa do Marfim
    PIB (FMI - 2017): US$ 31,172 bilhões (95º). Obs: o PIB (Produto Interno Bruto), representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano).
    PIB PER CAPITA (FMI 2018): US$ 1.315 (147°). Obs: o PIB per capita ou renda per capita é o Produto Interno Bruto (PIB) de um determinado lugar dividido por sua população. É o valor que cada habitante receberia se toda a renda fosse distribuída igualmente entre toda a população. 
    IDH (ONU - 2017): 0,474 (171°). Obs: o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais, variando de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e PIB per capita. A classificação é feita dividindo os países em quatro grandes grupos: baixo (de 0,0 a 0,500), médio (de 0,501 a 0,800), elevado (de 0,801 a 0,900) e muito elevado (de 0,901 a 1,0).
      Muito alto
      Alto
      Médio
      Baixo
      Sem dados
    Mapa do IDH
    TAXA DE NATALIDADE (ONU - 2017): 34,69/mil (41º). Obs: a taxa de natalidade é a porcentagem de nascimentos ocorridos em uma população em um determinado período de tempo para cada grupo de mil pessoas, e é classificada do maior para o menor.
    TAXA DE MORTALIDADE (CIA World Factbook 2017): 14,84/mil (28º). Obs: a taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um índice demográfico que reflete o número de mortes registradas, em média por mil habitantes, em uma determinada região por um período de tempo e é classificada do maior para o menor.
    TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL (CIA World Factbook - 2017): 63,2/mil (199°). Obs: a taxa de mortalidade infantil refere-se ao número de crianças que morrem no primeiro ano de vida entre mil nascidas vivas em um determinado período, e é classificada do menor para o maior.
    Mapa da taxa de mortalidade infantil no mundo
    TAXA DE FECUNDIDADE (Population Reference Bureal - PRB - 2017): 5,0 filhos/mulher (19º). Obs: a taxa de fecundidade refere-se ao número médio de filhos que a mulher teria do início ao fim do seu período reprodutivo (15 a 49 anos), e é classificada do maior para o menor.
    Mapa da taxa de fecundidade no mundo
    TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2017): 56,2% (195). Obs: essa taxa refere-se a todas as pessoas com 15 anos ou mais que sabem ler e escrever.
    Mapa da taxa de alfabetização no mundo
    TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2017): 49,2% (117°). Obs: essa taxa refere-se a porcentagem da população que mora nas cidades em relação à população total.
    Mapa da taxa de urbanização no mundo
    MOEDA: Franco CFA
    RELIGIÃO: crenças tradicionais (37,6%), cristianismo (31,8%, sendo 14,8% de católicos, 9,3% de religiões cristãs independentes e 7,7% seguem outras religiões cristãs), islâmicos (30,1%), sem religião (0,2%), outras religiões (0,3%).
    Basílica de Nossa Senhora da Paz de Yamoussoukro - é considerada a maior igreja católica do mundo
    DIVISÃO: a Costa do Marfim está dividida em 19 regiões, que, por sua vez, estão subdivididas em departamentos. As regiões são (os números em negritos correspondem às regiões no mapa): 1. Agnéby 2. Bafing 3. Bas-Sassandra 4. Denguelé 5. Dix-Huit Montagnes 6. Fromager 7. Haut-Sassandra 8. Lacs 9. Lagunes 10. Marahoué 11. Moyen-Cavally 12. Moyen-Comoé 13. N'zi-Comoé 14. Savanes 15. Sud-Bandama 16. Sud-Comoé 17. Vallée du Bundama 18.  Worodougou 19. Zanzan.
    Mapa com a divisão das regiões da Costa do Marfim
    REFERÊNCIA: Furquim Júnior, Laércio
    Geografia cidadã, 6º ano: ensino fundamental II / Laércio Furquim Jr.. -- 1. ed. -- São Paulo: Editora AJS, 2015 (Coleção geografia cidadã)

    quarta-feira, 20 de junho de 2018

    SANTA RITA DO SAPUCAÍ (MG): O VALE DA ELETRÔNICA DO BRASIL

      Santa Rita do Sapucaí é um município da Mesorregião do Sul e Sudoeste de Minas, no estado de Minas Gerais. É conhecida como o "Vale da Eletrônica", devido aos centros educacionais e empresas dessa área situados na cidade. O município está compreendido numa área de 321 km², e possui uma altitude de 821 metros, estando distante 420 quilômetros da capital mineira, Belo Horizonte. Sua área situa-se em uma região onde se alternam montanhas e vales que formam a Bacia do Rio Sapucaí.
      O nome da cidade advém da junção de sua padroeira, Santa Rita de Cássia, santa italiana nascida no século XIV, modelo de virtude e coragem e símbolo de mulher santa-ritense, com o Rio Sapucaí, que corta o município.
      O município possui uma economia dinâmica, calcada principalmente nas atividades agropecuárias e industriais. O café e o leite são os principais produtos agropecuários.
    Paisagem da zona rural de Santa Rita do Sapucaí (MG) 
      Todo dia, em média, três novas tecnologias de ponta saem do forno das indústrias da pequena Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas Gerais, prontas para entrar no mercado mundial. O município possui, segundo estimativas do IBGE 2017, uma população de 42.324 habitantes, e abriga o Vale da Eletrônica, formado por três instituições de ensino e 153 empresas de setores que vão da informática à telecomunicação. O município é comparado ao Vale do Silício, polo tecnológico localizado na Califórnia, Estados Unidos, e que foi criado na mesma época, na década de 1950. Mais de 14,5 mil produtos são fabricados na cidade mineira, que deixou parte da tradição do café e do leite para se enveredar no universo dos fios, placas e softwares. Desde então, Santa Rita criou filhos ilustres, como a urna eletrônica, o chip do passaporte eletrônico e o transmissor de TV digital nacional.
    Vista da cidade de Santa Rita do Sapucaí - MG
      A precursora desse processo de inovação foi a santa-ritense Luzia Rennó Moreira, a Sinhá Moreira. Mulher viajada e à frente de seu tempo, ela fundou, no município, em 1959, a Escola Técnica de Eletrônica (ETE), primeira de nível médio da América Latina. Seis anos depois, foi criado o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), primeiro centro de ensino e pesquisa a oferecer curso superior na área de telecomunicação. Para completar, também se estabeleceu na cidade a FAI, centro de ensino superior em gestão, tecnologia e educação.
    Luzia Rennó Moreira (1907-1963) - principal responsável por promover o desenvolvimento tecnológico de Santa Rita do Sapucaí
      A formação de estudantes empreendedores, ligados à área de tecnologia e inovação, foi passo decisivo para impulsionar o polo eletroeletrônico em Santa Rita do Sapucaí. Atualmente, o Vale da Eletrônica emprega em torno de 14,7 mil trabalhadores, muitos formados pelas instituições de ensino do município.
    Escola Técnica de Eletrônica Francisco Moreira da Costa (ETE), em Santa Rita do Sapucaí (MG)
    Luzia Rennó Moreira
      Luzia Rennó Moreira, ou Sinhá Moreira, nasceu em 17 de setembro de 1907, em Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais. Viveu em uma época na qual as mulheres não despontavam no cenário nacional por suas ideias e inovações.
      De uma família de fazendeiros de café, filha de um dos fundadores do Banco Nacional, o Coronel Francisco Moreira da Costa, e de Dona Maria Rennó Moreira (Mindoca). Dona Sinhá, como era chamada pelos capatazes e ex-escravos, teve formação educacional e cultural com frequentes e longas viagens à Capital Federal. Casou-se em 1929 com o diplomata Antônio Moreira de Abreu, obtendo a oportunidade de conhecer o mundo, fato raro para a época. O casamento não deu certo e Sinhá Moreira voltou ao Brasil.
    Casamento de Sinhá Moreira
      Em 1942, retorna definitivamente para Santa Rita do Sapucaí, onde desenvolveu sua vocação de articulação política. Sobrinha do Presidente Delfim Moreira, gostava de participar das reuniões políticas. Filantropia e incentivos à cultura e ao desenvolvimento eram seus objetivos. De suas viagens, trouxe o princípio da eletrônica, do Japão. Seus gestos e iniciativas criaram a base de uma nova ordem social, que, gradativamente, se instalou na cidade, provocando profundas transformações na cultura local.
    Visita de Sinhá Moreira à fábrica da IBM em São Paulo
      Sinhá Moreira deu início a transformação que levou uma cidade interiorana, produtora de café e de leite, ao centro de excelência em Eletrônica e Tecnologia da Informação.
      Sinhá Moreira morreu de câncer em 1963, muito antes de se pensar na formação do atual Vale da Eletrônica.
    Funeral de Sinhá Moreira, em 1963
    REFERÊNCIA: AYER, Flávia. Entenda por que Santa Rita do Sapucaí é uma potência tecnológica em Minas. EM.com..br.

    AULAS DO PROFESSOR MARCIANO DANTAS: ENERGIA


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