quinta-feira, 9 de julho de 2015

SÃO PAULO: O ESTADO MAIS POPULOSO E DESENVOLVIDO DO BRASIL

  O Estado de São Paulo, com quase 44 milhões de habitantes (o que vale cerca de 22% da população brasileira) é o estado mais populoso do Brasil e a terceira unidade política mais populosa da América do Sul, sendo superado apenas pelos demais estados brasileiros em conjunto e pela Colômbia. É também o maior e principal centro econômico do Brasil, possuindo uma economia bastante diversificada, além de possuir o maior parque industrial e a maior produção econômica da América do Sul.
Ilhabela - fundada em 3 de setembro de 1805, possui (segundo dados do IBGE 2014) uma população de 28.196 habitantes
HISTÓRIA
  A região do atual estado de São Paulo já era habitado por povos indígenas desde aproximadamente 12000 a.C. Por volta do ano 1000, o seu litoral foi invadido por povos tupis, procedentes da Amazônia.
  Em 24 de janeiro de 1502, chega no local a expedição exploratória com Gaspar de Lemos e Américo Vespúcio no comando, visando reivindicar e demarcar as novas terras e nomearam o local de Barra do Rio Cananor.
  Anos mais tarde, em 1531, Portugal enviou mais uma expedição, sob o comando de Martim Afonso de Sousa, que chegou na comunidade Marataiama (antigo nome de Cananeia). Este ano é considerado o da fundação oficial da Vila, porém, devido à falta de documentos consistentes que comprovem tal feito, fica estabelecida a controvérsia sobre qual seria a cidade mais antiga do Brasil: Cananeia ou São Vicente (esta última fundada também por Martim Afonso de Sousa, em 22 de janeiro de 1532, conforme documentação).
Cananeia - fundada em 12 de agosto de 1531 (não oficial), possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 12.226 habitantes
  Oficialmente, em 22 de janeiro de 1532, foi fundada a Vila de São Vicente, considerada o núcleo de povoamento mais antigo do Brasil. Com a criação da Vila de São Vicente, instalou-se o primeiro parlamento nas Américas: a Câmara da Vila de São Vicente. Foram introduzidas na região a cultura da cana-de-açúcar, a criação de animais, a agricultura de subsistência e a produção de açúcar.
  Em 1546, foi fundada a Vila de Todos-os-Santos, que deu origem ao atual município de Santos.
São Vicente - fundada em 22 de janeiro de 1532, foi o primeiro núcleo oficial do Brasil, e possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 343.040 habitantes
  Após ultrapassar a barreira da Serra do Mar, o padre Manoel da Nóbrega, superior dos jesuítas no Brasil, acompanhado por José de Anchieta e outros padres, ergueu, em janeiro de 1554, um barracão para a catequese dos indígenas, que recebeu o nome de Colégio de São Paulo. Localizado no planalto de Piratininga, entre os rios Tamanduateí e Anhangabaú, afluentes do rio Tietê, o colégio deu origem à cidade de São Paulo.
Pátio do Colégio - berço da cidade de São Paulo
  Durante os séculos XVI e XVII, a Vila de São Paulo manteve-se pobre e isolada das áreas mais dinâmicas da economia do Brasil Colônia, como o Nordeste açucareiro, que liderava a economia. A Vila de São Paulo tinha poucos habitantes, que se dedicavam principalmente à lavoura de subsistência. Nesse período São Paulo se tornou centro irradiador de bandeiras, expedições armadas de colonos e de indígenas já integrados aos conquistadores, que partiam da Vila de São Paulo em direção ao interior do território brasileiro. O objetivo das bandeiras era aprisionar indígenas e vendê-los como escravos.
Americana - fundada em 27 de agosto de 1875, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 226.970 habitantes
  Com a descoberta de ouro e pedras preciosas nas Minas Gerais, no final do século XVII, ocorreu uma intensa migração de pessoas do Nordeste, de São Paulo e até mesmo de Portugal para a área de mineração. A região das Minas tornou-se a principal área econômica do Brasil Colônia no final do século XVII e parte do século XVIII.
  Por volta da segunda metade do século XVIII teve início a decadência da mineração em virtude, entre outros fatores, do esgotamento dos aluviões auríferos. Com isso, a economia mineira regrediu a um nível de autossubsistência. O espaço geográfico até então aí construído tornou-se uma área de repulsão de população: famílias migraram em busca de solos mais férteis para a prática da agricultura, e muitos se dirigiram para áreas dos atuais estados de São Paulo e do Rio de Janeiro.
  Com o declínio da atividade mineradora, buscou-se um produto que pudesse garantir os ganhos na Colônia. O produto encontrado foi o café, planta de origem africana introduzida no Pará em 1727 pelo sargento-mor Francisco de Melo Palheta, com mudas trazidas da Guiana Francesa.
  Na primeira metade do século XVIII, o café passou a ser cultivado no Maranhão, e, por volta de 1770, na Bahia. Nesse período, o café foi introduzido no Rio de Janeiro por um belga chamado Moke, que formou o primeiro cafezal nas imediações da cidade do Rio de Janeiro.
Expansão da cafeicultura pelo Sudeste
  Do Rio de Janeiro, o café se expandiu em direção a São Paulo, pelo Vale do Paraíba. Com o sucesso da cafeicultura, muitas vilas e cidades, que antes tinham tido um crescimento mas estavam decadentes, começaram a se desenvolver, como Bananal, Areias, Lorena, Guaratinguetá e Taubaté. O cultivo do café propiciou o crescimento de várias cidades e transformou São Paulo no centro econômico do Brasil.
  Por volta de 1840, a cafeicultura ocupou terras da Depressão Periférica Paulista, entre elas, a área do atual município de Campinas, que se situa na zona de contato entre essa depressão, a oeste, e o Planalto Cristalino ou Oriental, a leste. Posteriormente, avançou para o Planalto Ocidental Paulista.
  No Planalto Ocidental Paulista, a cafeicultura encontrou condições de clima e solo bastante favoráveis para o seu desenvolvimento: clima tropical, com verão chuvoso e inverno seco, e médias anuais de temperaturas superiores a 20°C, além de manchas de terra roxa de grande fertilidade.
Lorena - fundada em 14 de novembro de 1788, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 86.674 habitantes
  Com a cafeicultura, foram surgindo as ferrovias, que tiveram um papel importante na ocupação do interior de São Paulo. Muitas cidades surgiram ao redor de estações ferroviárias, destinadas a receber a produção cafeeira e outros produtos. É o caso de Adamantina, Araçatuba, Bauru, Lins, Lucélia, Penápolis, Pompeia, São José do Rio Preto, Tupã e Votuporanga.
  Ao mesmo tempo que foram construídas para escoar a produção cafeeira, as ferrovias foram também importantes para a industrialização inicial de São Paulo, ao propiciar tanto o transporte de matérias-primas para as indústrias, como da produção industrial para o interior.
Mapa da expansão das ferrovias no auge da produção de café em SP
  Em 1850, com a Lei Eusébio de Queirós, que proibiu o tráfico de escravos para o Brasil, agravou-se o problema da mão de obra, pois o preço do escravo aumentou para quem desejasse comprá-lo. Com o aumento dos movimentos abolicionistas, os grandes plantadores de café começaram a pensar em implantar a mão de obra livre e assalariada. Com a abolição da escravidão, em 1888, a mão de obra ficou mais ainda escassa, e com isso, começaram a entrada dos imigrantes.
  Imigrantes de várias nacionalidades vieram para São Paulo: espanhóis, portugueses, japoneses, italianos, sírios, libaneses, entre outros. Os imigrantes que se estabeleceram no território paulista vieram para trabalhar como assalariados nas lavouras de café, e boa parte do dinheiro obtido com a produção de café em São Paulo, propiciou o estabelecimento de indústrias e a consequente urbanização da região. No início do século XX, os primeiros japoneses chegaram às lavouras cafeeiras.
Avenida Paulista, em 1902
  Os imigrantes chegavam de navio pelo porto de Santos e, de lá, eram conduzidos para as plantações de café no interior de São Paulo. Esses imigrantes se instalaram, principalmente, na região das atuais cidades de Americana e Santa Bárbara d'Oeste.
  O enriquecimento provocado pelo cultivo do café e a constante chegada de imigrantes italianos, portugueses, espanhóis, japoneses e árabes à província, além do desenvolvimento de uma grande rede férrea, trouxe uma grande prosperidade para São Paulo.
  Com a Proclamação da República, em 1889, São Paulo entrou na fase republicana com dois trunfos: a riqueza do café e o sistema de mão de obra imigrante. São Paulo aliou seu poder econômico à força eleitoral de Minas Gerais e instaurou a política do café-com-leite, ou seja, a alternância na presidência da República entre São Paulo, produtor de café, e Minas Gerais, produtora de leite.
Santa Bárbara d'Oeste - fundada em 4 de dezembro de 1818, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 189.233 habitantes
  Durante a República Velha, que vai de 1889 a 1930, São Paulo manteve o poder que conquistara com a consolidação das novas bases econômicas. A ferrovia puxava a expansão da cafeicultura, atraía imigrantes e permitia a colonização de novas áreas, enquanto nas cidades a industrialização avançava, criava novos contornos urbanos e abria espaço para as novas classes sociais, o operariado e a classe média. Com o avanço da modernidade, o Estado via surgir a cada dia uma novidade diferente: a eletricidade substituía o lampião a gás; chegavam  os primeiros carros; cresciam as linhas de bondes elétricos; construíam-se na capital grandes obras urbanas, entre elas o Viaduto do Chá e a Avenida Paulista.
Viaduto do Chá no início do século XX
  Todo o Estado paulista se transforma. Santos, Jundiaí, Itu, Campinas e diversas outras vilas passam a conviver com as fábricas e com uma nova classe operária. As greves e as "badernas de rua" tornam-se assunto cotidiano dos boletins policiais, ao mesmo tempo que aumenta a precariedade da infraestrutura urbana exigida pela industrialização. Aumenta também o consumo de energia, obrigando o Estado a construir novas usinas hidrelétricas.
  As novas mudanças provocaram uma crise na República Velha ao longo da década de 1920. Os expoentes políticos dessa República vinham perdendo força com a mobilização das novas massas que surgiram nas cidades. Pelo acordo feito entre Minas Gerais e São Paulo, o próximo presidente da República deveria ser um mineiro, visto que Washington Luís, então presidente do Brasil, era ligado à oligarquia paulista. Porém, o mesmo decidiu apoiar o paulista Júlio Prestes, desagradando a elite mineira.
  Com a quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, o preço do café brasileiro caiu drasticamente, o que levou os cafeicultores paulistas a terem uma crise de superprodução. Esta fragilidade econômica de São Paulo, aliada ao descumprimento do acordo feito na política do café-com-leite foi decisiva para que Minas Gerais se unisse ao Rio Grande do Sul e a Paraíba, formando a chamada Aliança Liberal, a qual resultou na eleição do gaúcho Getúlio Vargas à presidência, encerrando o ciclo da política do café-com-leite, no qual originou também a Revolução de 1930, pois a Aliança Nacional tinha perdido as eleições, mas acusou que elas foram fraudadas e Getúlio Vargas deu um golpe, assumindo o poder.
Cafeicultores queimam café por causa da superprodução, no final da década de 1920
  A Revolução de 1930, muda o cenário do país, pondo fim à liderança da oligarquia cafeeira, trazendo para o primeiro plano os Estados menores da Federação, sob a liderança do Rio Grande do Sul de Getúlio Vargas. As oligarquias paulistas ainda promoveram, contra o movimento de 1930, a Revolução Constitucionalista de 1932, mas são derrotados, apesar do grande poder econômico que São Paulo detinha.
  Em 1930, os trilhos das ferrovias chegavam à proximidade do rio Paraná e a colonização ocupava mais de um terço do Estado, provocando o aumento do número de cidades. Após a crise, o café voltou a ser valorizado, graças aos bons preços no mercado mundial, favorecendo a recuperação de São Paulo.
  Impulsionado pelos capitais deslocados da lavoura, o Brasil começa definitivamente o seu processo de industrialização, graças a chegada da indústria automobilística em São Paulo, carro-chefe da economia nacional desde a década de 1950. A partir daí o Estado paulista se transformou no maior parque industrial do país.
Leme - fundada em 29 de agosto de 1895, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 98.460 habitantes
  A industrialização do Brasil se intensificou ao longo do século XX, principalmente após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando se ampliaram as indústrias de bens de produção e de bens intermediários. Houve, também, uma maior participação do capital e das empresas estrangeiras que chegaram para investir no país, principalmente nos ramos das indústrias automobilísticas, de eletrodomésticos, eletrônicos, produtos químicos e farmacêuticos.
  A concentração industrial ocorreu predominantemente na região Sudeste, em especial na cidade de São Paulo e cidades contíguas, onde já havia uma base material para empreender essas atividades.
  Em 28/09/1956, foi inaugurada em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, a primeira fábrica de caminhões com motor nacional da Mercedes-Benz. Mais de 90% das indústrias de autopeças foram instaladas na Grande São Paulo, e nesse Estado foi também instalado o maior parque industrial da América Latina, dando um importante impulso para o rápido crescimento econômico paulista. A revolução automotiva da década de 1950 trouxe para o Estado paulista tecnologia de ponta, empregos, desenvolvimento industrial e uma nova relação de capital-trabalho, com o crescimento e fortalecimento dos sindicatos de classes.
O então presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek, desfila em carro aberto durante a inauguração da fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, em 1959
  Em 25 de janeiro de 1984, a Praça da Sé, centro de São Paulo, revive um dos momentos mais fortes em prol da volta da democracia do país, o Movimento pelas Diretas Já. Marcado para o dia do aniversário da cidade de São Paulo, o primeiro grande comício da campanha por eleições diretas para presidente após um longo período de ditadura militar, foi organizado por Franco Montoro, governador paulista. Participaram da mobilização diversos partidos políticos de oposição, além de lideranças sindicais, civis e estudantis, e vários artistas, como Christiane Torloni, Fernanda Montenegro, Gilberto Gil, Alceu Valença, Regina Duarte, Bruna Lombardi, Fafá de Belém, Chico Buarque de Holanda, entre outros. Cerca de 300 mil pessoas gritavam por "Diretas Já".
Comício pelas Diretas Já, na Praça da Sé, em 25 de janeiro de 1984
  Dentre os políticos presentes a essa manifestação, além do governador de São Paulo, estavam os governadores Iris Resende (GO), José Richa (PR), Nabor Júnior (AC) e Leonel Brizola (RJ), os presidentes do PMDB, Ulisses Guimarães, e do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, o então senador paulista Fernando Henrique Cardoso, o prefeito de São Paulo, Mário Covas, entre outros.
  No dia 16 de abril, pouco antes da votação das diretas, realizou-se um último comício em São Paulo, no Vale do Anhangabaú, que recebeu uma multidão estimada em torno de 1,5 milhão de pessoas, sendo a maior manifestação política já vista no país.
Comício pelas Diretas Já, no Vale do Anhangabaú, em 16 de abril de 1984
GEOGRAFIA
  O estado de São Paulo está localizado na porção sudoeste da região Sudeste, possui a maior parte de suas terras acima do Trópico de Capricórnio. Apresenta um relevo relativamente elevado, possuindo 85% de sua superfície com altitudes que variam de 300 a 900 metros, 8% abaixo de 300 metros e 7% acima de 900 metros. A maior parte do seu território está situado na Bacia Sedimentar do Paraná, que possui solos basálticos, latossólicos, terras roxas e podzólicos, e é formada pela Depressão Periférica, com altitudes que variam entre 600 e 750 metros acima do nível do mar, e pelo Planalto Ocidental Paulista, a maior unidade geomorfológica de São Paulo, ocupando aproximadamente metade do território estadual, além das cuestas, formadas por rochas vulcânicas de basalto.
Serra do Mar, tendo ao fundo os municípios da Baixada Santista
  A Bacia Sedimentar Cenozoica, no leste paulista, possui colinas e é formada por latossolos. O Cinturão Orogênico do Atlântico abrange o Planalto Atlântico, uma área de transição entre as bacias sedimentares Cenozoica e do Paraná, sendo formado por cambissolos, latossolos, neossolos-litólicos e solos podzólicos, com altitudes médias entre 700 e 2.000 metros. O litoral é constituído de planícies abaixo dos 300 metros, que fazem limite com a Serra do Mar.
  Situada na Serra da Mantiqueira, a Pedra da Mina, com 2.798,39 metros de altitude, é o ponto mais elevado do território paulista e o quinto mais elevado do país.
Pedra da Mina - ponto culminante de São Paulo
  No oeste de São Paulo predomina o clima tropical típico, com verão úmido e inverno seco. Nas áreas mais elevadas do estado predomina o clima tropical de altitude, com as médias térmicas mensais mais baixas ocorrendo durante o inverno em virtude do relevo de maior altitude e da penetração da massa de ar polar. Na faixa litorânea, predomina o clima tropical litorâneo úmido, que está sujeita aos efeitos da maritimidade e das incursões das massas de ar úmidas provenientes do Oceano Atlântico, com precipitações mais elevadas ocorrendo entre novembro e janeiro. No sul de São Paulo há a ocorrência do clima subtropical úmido.  O município de São Paulo situa-se sobre o relevo elevado do estado, na área de transição entre o clima tropical de altitude e o clima subtropical úmido. Apresenta uma precipitação pluviométrica em torno de 1.450 mm anuais, com concentração de chuvas entre outubro e março, e média térmica anual em torno de 19°C, em uma área sujeita à atuação da massa Polar Atlântica.
Imagem de satélite do estado de São Paulo
  A vegetação de São Paulo já foi quase destruída pela ação antrópica. Apenas poucas áreas mantém-se com cobertura original. A vegetação de Cerrado domina a parte noroeste do estado. Essa vegetação foi bastante destruída em razão da agricultura e da pecuária.   A Mata Atlântica, que dominava grande parte do estado, foi a primeira cobertura vegetal a ser destruída. Calcula-se que quando os portugueses chegaram ao Brasil, em 1500, a Mata Atlântica cobria cerca de 82% da área territorial do estado de São Paulo. Com o passar do tempo, diante das intervenções humanas, essa cobertura foi reduzida para apenas 7%, concentrando-se na faixa litorânea, em trechos de relevo íngreme e de difícil acesso da Serra do Mar e da Mantiqueira e em áreas transformadas em Unidades de Conservação da Natureza, como é o caso da Estação Ecológica de Jureia-Itatins, no litoral sul paulista.
Estação Ecológica de Jureia-Itatins, em Barra do Una - SP
  São Paulo possui seu território dividido em 21 bacias hidrográficas, inseridas em três regiões hidrográficas, sendo a maior delas a do Paraná, que cobre grande parte do território estadual. Destacam-se o Rio Grande, que nasce em Minas Gerais e é a divisa natural ao norte de São Paulo e Minas Gerais e, ao se juntar ao rio Paranaíba, forma o rio Paraná, que separa São Paulo do Mato Grosso do Sul. Dois importantes rios paulistas afluentes da margem esquerda do rio Paraná são o Paranapanema, com 930 quilômetros de extensão e um divisor natural entre São Paulo e Paraná, e o Tietê, que possui uma extensão de 1.136 quilômetros e percorre todo o território estadual de sudeste a noroeste, desde sua nascente, em Salesópolis, até sua foz, no município de Itapura.
Rio Tietê, na barragem entre Barra Bonita e Igaraçu do Tietê
  A região hidrográfica do Atlântico Sudeste compreende, em geral, apenas pequenos rios que descem da Serra do Mar e atravessam a planície litorânea em direção ao oceano. O rio Paraíba do Sul, formado pela junção dos rios Paraitinga e Paraibuna, é o maior e o mais importante rio dessa região hidrográfica, com 1.150 quilômetros de extensão, cruzando a região do Vale do Paraíba Paulista e penetrando no estado do Rio de Janeiro, onde se situa grande parte do seu curso.
Trecho do rio Paraíba do Sul, próximo a Jacareí - SP
  Também se destaca a Ribeira do Iguape, o rio mais importante do litoral de São Paulo. A região hidrográfica do Atlântico Sul, que está localizado no extremo sul de São Paulo, próximo à divisa com o estado do Paraná, é formada por rios de pequeno porte que desembocam diretamente no oceano Atlântico. Outros rios importantes do estado são o Jacaré-Guaçu, Jacaré-Pepira, Moji-Guaçu, Pardo, do Peixe, Piracicaba e Turvo.
Rio Ribeira do Iguape, próximo a Itaóca - SP
ECONOMIA
  O estado de São Paulo é o principal centro financeiro do país, por isso, apresenta o maior e mais completo parque industrial, atuando em diferentes tipos de produção.
  São Paulo é o maior produtor nacional de laranja. A cultura da laranja é realizada principalmente nos municípios de Ribeirão Preto, Matão, Campinas, Araraquara, Itapetininga, Limeira, Bebedouro, Avaré, São José do Rio Preto, entre outros municípios, onde existem grandes grupos empresariais produtores de suco que exportam sua produção principalmente para os Estados Unidos e a Europa. As indústrias de suco de laranja aí instaladas são determinantes para que o Brasil seja o maior exportador mundial desse produto.
Laranjal em Avaré - SP
  São Paulo lidera a produção brasileira de cana-de-açúcar, respondendo por mais da metade da produção nacional de açúcar e álcool e possui inúmeras usinas espalhadas pelo interior. No interior do estado, os canaviais e as grandes usinas de açúcar e álcool localizam-se principalmente nas proximidades de Ribeirão Preto, Bauru e Piracicaba.
  O Oeste Paulista é grande produtor de rebanhos bovinos, cuja produção, em sua maior parte é destinada à produção de carne. O Vale do Paraíba Paulista se destaca na produção de leite.
Colheita mecânica de cana-de-açúcar em Piracicba - SP
  São Paulo responde sozinho por cerca de metade da produção industrial do Centro-Sul do Brasil.
  A região metropolitana de São Paulo (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá e outros) e os centros próximos, como Campinas, São José dos Campos, Sorocaba, Cubatão e Santos, apresentam grande concentração industrial, amplamente diversificada. Estão presentes quase todos os ramos industriais, desde a indústria de alimentos até a de aviões, satélites e computadores, passando pelos setores automobilísticos, máquinas e equipamentos industriais, eletroeletrônicos e químicos, entre outros.
Fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo - SP
  Em Campinas e São José dos Campos as atividades industriais são acompanhadas por importantes centros de pesquisa tecnológica, desenvolvidas entre outras pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pelo Instituto Técnico da Aeronáutica (ITA). Em São José dos Campos implantou-se uma estrutura industrial com base em alta tecnologia,a qual produz para os setores bélico, aeronáutico, aeroespacial e de telecomunicações.
  Em Taubaté, próximo à São José dos Campos, predominam as indústrias  petroquímicas e de bens de consumo duráveis, como a automobilística.
Fábrica da Embraer em São José dos Campos - SP
  O Polo de Alta Tecnologia de Campinas é denominado, de forma figurada, "Vale do Silício do Brasil", em analogia aos centros produtores de alta tecnologia existentes nos Estados Unidos, em uma área que recebe esse nome, na Califórnia, nas proximidades da Universidade de Stanford.
  O Polo de Alta Tecnologia de Campinas é composto por duas áreas que somam 8 mil km², e que abrigam em seus domínios mais de 110 empresas. Mais de 30 empresas instaladas nesse polo estão entre as 500 maiores empresas do mundo. Entre os fatores que favoreceram o desenvolvimento desse polo de alta tecnologia destacam-se as isenções fiscais, ofertadas pelo município de Campinas às empresas que nele se instalam, bem como a existência em suas proximidades de importantes centros de pesquisa e de formação de mão de obra qualificada, como a Unicamp.
Polo de Alta Tecnologia de Campinas
  Outras cidades mais afastadas da região metropolitana tiveram crescimento expressivo. Muitas fábricas foram instaladas em locais mais distantes da capital e algumas delas deixaram a Grande São Paulo e se espalharam pelo interior do estado ou até para estados vizinhos. Nesse processo, diversas cidades tiveram crescimento industrial expressivo. São os casos de Ribeirão Preto e São Carlos. Esta, devido à presença de centros universitários importantes (Universidade Federal de São Carlos e Universidade de São Paulo), transformou-se em outro importante polo de desenvolvimento tecnológico do estado.
Universidade Federal de São Carlos, em São Carlos - SP
  Em Sorocaba destaca-se o Centro Poli-Industrial de Sorocaba, com ênfase na produção metalúrgica. Em Franca, destaca-se a produção de calçados e em Americana, a produção têxtil. Holambra especializou-se na produção de flores.
Holambra - conhecida como a capital nacional das flores
  A localização do Polo Petroquímico de Cubatão, no sopé da Serra do Mar, levou em consideração apenas critérios econômicos - proximidade do porto de Santos e da região mais industrializada do país (a Grande São Paulo), grande consumidora de matérias-primas químicas ali produzidas. Não foram considerados critérios ambientais e sociais (qualidade de vida da população). A massa de poluentes é carregada diariamente para a vertente da Serra do Mar pelos ventos constantes que sopram do Atlântico, causando danos à mata e às vertentes. Além disso, a presença da serra impede a dispersão dos poluentes presentes na atmosfera que circulam por muito tempo sobre a cidade, em prejuízo da população local e das áreas vizinhas. Por conta disso, a cidade recebeu o triste prêmio, na década de 1980, de "Cidade mais poluída do mundo". As principais indústrias localizadas em Cubatão são dos ramos siderúrgico, metalúrgico, petrolífero, petroquímico, químico e de fertilizantes.
Polo Petroquímico de Cubatão, em Cubatão - SP
REGIÕES METROPOLITANAS
  Oficialmente, existem cinco regiões metropolitanas no estado de São Paulo: São Paulo, Campinas, Baixada Santista, Sorocaba e Vale do Paraíba e Litoral Norte.
1. Região Metropolitana de São Paulo
  Município de São Paulo
  Sub-região norte
  Sub-região leste
  Sub-região sudeste
  Sub-região sudoeste
  Sub-região oeste
  A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), também conhecida como Grande São Paulo, é composta por 39 municípios (Arujá, Barueri, Biritiba Mirim, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha, Guararema, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Juquitiba, Mairiporã, Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis, Santa Isabel, Santana de Parnaíba, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Lourenço da Serra, São Paulo, Suzano, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista), formando uma grande área urbana, a maior área metropolitana do país. Possui uma área de 7.946,956 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 20.935.564 habitantes. Essa região metropolitana agrega quase todos os tipos de indústria: automobilísticas, siderúrgicas, petroquímicas, eletroeletrônicas, entre outras.   Além das indústrias, a Grande São Paulo apresenta um comércio extremamente fortalecido e grandes áreas agrícolas. No entorno de São Paulo e das grandes cidades, encontram-se áreas agrícolas denominadas de "cinturões verdes", que cultivam hortifrutigranjeiros, geralmente pertencente a pequenos e médios agricultores.
São Caetano do Sul - fundada em 28 de julho de 1877, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 157.205 habitantes, e é o município com o melhor IDH do Brasil
2. Região Metropolitana de Campinas
  A Região Metropolitana de Campinas é formada por vinte municípios (Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Morungaba, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d'Oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo), possui uma área de 3.791,79 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 3.055.996 habitantes.
  Essa região metropolitana possui uma estrutura agrícola e agroindustrial significativa e desempenha atividades terciárias de expressiva especialização. Destaca-se ainda pela presença de centros inovadores no campo das pesquisas científica e tecnológica. Nessa região metropolitana, encontra-se a REPLAN (Refinaria de Paulínia), a maior refinaria da Petrobras, no município de Paulínia.
Itatiba - fundada em 1 de novembro de 1857, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 111.620 habitantes
3. Região Metropolitana da Baixada Santista
  A Região Metropolitana da Baixada santista é formada por nove municípios (Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente), possui uma área 2.420,495 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 1.781.620 habitantes.
  Essa região caracteriza-se pela grande diversidade de funções presentes nos municípios que a compõem. Além de contar com o parque industrial de Cubatão e o Complexo Portuário de Santos, ela desempenha outras funções de nível estadual, como as atividades industrial e de turismo, e outras de abrangência regional, como as relativas aos comércios atacadista e varejista, ao atendimento à saúde, educação, transporte e sistema financeiro. Há também uma presença marcante de atividades de suporte ao comércio de exportação, originadas pela proximidade do complexo portuário.
Guarujá - fundada em 2 de setembro de 1893, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 308.989 habitantes
4. Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte
  A Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte é formada pela união de 39 municípios (Aparecida, Arapeí, Areias, Bananal, Caçapava, Cachoeira Paulista, Campos do Jordão, Canas, Caraguatatuba, Cruzeiro, Cunha, Guaratinguetá, Igaratá, Ilhabela, Jacareí, Jambeiro, Lagoinha, Lavrinas, Lorena, Monteiro Lobato, Natividade da Serra, Paraibuna, Pindamonhangaba, Piquete, Potim, Queluz, Redenção da Serra, Roseira, Santa Branca, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São José do Barreiro, São José dos Campos, São Luís do Paraitinga, São Sebastião, Silveiras, Taubaté, Tremembé e Ubatuba), possui uma área de 16.192,674 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 2.430.266 habitantes.
  Essa região metropolitana dispõe de um amplo polo industrial, automobilismo e mecânico, além de uma grande produção agropecuária.
Aparecida - fundada em 17 de dezembro de 1928, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 36.184 habitantes
5. Região Metropolitana de Sorocaba
  A Região Metropolitana de Sorocaba é formada por 26 municípios (Alambari, Alumínio, Araçariguama, Araçoiaba da Serra, Boituva, Capela do Alto, Cerquilho, Cesário Lange, Ibiúna, Iperó, Itu, Jumirim, Mairinque, Piedade, Pilar do Sul, Porto Feliz, Salto, Salto de Pirapora, São Miguel Arcanjo, São Roque, Sarapuí, Sorocaba, Tapiraí, Tatuí, Tietê e Votorantim), possui uma área de 9.821,256 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 1.867.260 habitantes. Essa região metropolitana possui uma economia baseada em atividades agroindustriais e é a região metropolitana de São Paulo que possui a maior produção agrícola.
Tatuí - fundada em 11 de agosto de 1826, possui (segundo estimativa do IBGE 2014) uma população de 115.515 habitantes
ALGUNS DADOS SOBRE O ESTADO DE SÃO PAULO
LOCALIZAÇÃO: Região Sudeste
LIMITES: Minas Gerais (norte), Paraná (sul), Rio de Janeiro (nordeste), Mato Grosso do Sul (oeste) sendo que a leste é banhado pelo oceano Atlântico.
CAPITAL: São Paulo
Ponte Octávio Frias de Oliveira, em São Paulo (SP)
ÁREA: 248.217,197 km² (12°)
POPULAÇÃO (IBGE 2010): 41.262.199 habitantes
Estimativa (IBGE 2014): 43.956.259 habitantes (1°)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA (2014): 166,23 hab./km² (3°). Obs: a densidade demográfica, densidade populacional ou população relativa é a medida expressa pela relação entre a população e a superfície de um determinado território.
CIDADES MAIS POPULOSAS (Estimativa IBGE 2014):
São Paulo: 11.985.893 habitantes
São Paulo - fundada em 25 de janeiro de 1554, é a maior cidade do Brasil e da América do Sul
Guarulhos: 1.312.197 habitantes
Guarulhos - fundada em 8 de dezembro de 1560, é a segunda cidade mais populosa de São Paulo
Campinas: 1.154.617 habitantes
Campinas - fundada em 14 de julho de 1774 e emancipada em 14 de dezembro de 1797, é a terceira cidade mais populosa de São Paulo
São Bernardo do Campo: 811.489 habitantes
São Bernardo do Campo - fundada em 20 de agosto de 1553, é a quarta cidade mais populosa de São Paulo
Santo André: 707.613 habitantes
Santo André - fundada em 8 de abril de 1553, é a quinta cidade mais populosa de São Paulo
Osasco: 693.271 habitantes
Osasco - fundada em 19 de fevereiro de 1962, é a sexta cidade mais populosa de São Paulo
São José dos Campos: 681.036 habitantes
São José dos Campos - fundada em 27 de julho de 1767, é a sétima cidade mais populosa de São Paulo
Ribeirão Preto: 658.059 habitantes
Ribeirão Preto - fundada em 19 de junho de 1856, é a oitava cidade mais populosa de São Paulo
Sorocaba: 637.187 habitantes
Sorocaba - fundada em 15 de agosto de 1654, é a nona cidade mais populosa de São Paulo
São José do Rio Preto: 438.354 habitantes
São José do Rio Preto - fundada em 19 de março de 1852, é a décima cidade mais populosa de São Paulo
Santos: 433.565 habitantes
Santos - fundada em 26 de janeiro de 1546, é a 11ª cidade mais populosa de São Paulo
IDH (IBGE 2010): 0,783 (2°). Obs: o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é uma medida comparativa usada para classificar os territórios (países, estados, regiões etc.), pelo seu grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais, variando de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e PIB per capita. A classificação é feita dividindo-se em quatro grandes grupos: baixo (0,00 a 0,500), médio (0,501 a 0,800), elevado (0,801 a 0,900) e muito elevado (0,901 a 1,0).
PIB (IBGE 2013): 1,503 bilhão (1°). Obs: o PIB (Produto Interno Bruto), representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano, etc.).
EXPECTATIVA DE VIDA (IBGE - 2013): 77,2 anos (3°). Obs: essa taxa refere-se a média de quantos anos vive uma determinada população.
TAXA DE NATALIDADE (IBGE - 2009): 13,3 (13°). Obs: essa taxa expressa a probabilidade de tempo de vida média da população. Reflete as condições sanitárias e de saúde de uma população.
MORTALIDADE INFANTIL (IBGE - 2010): 11,4/mil (4°). Obs: essa taxa refere-se ao número de crianças que morrem antes de completar 1 ano de idade entre mil nascidas vivas, e é contada de menor para maior.
TAXA DE FECUNDIDADE (Pnud - 2013): 1,66 filhos/mulher (27°). Obs: essa taxa refere-se ao número médio de filhos que a mulher teria do início até o fim do seu período reprodutivo (15 a 49 anos), e é contada de maior para menor.
TAXA DE URBANIZAÇÃO (IBGE - 2010): 95,88% (3°). Obs: essa taxa refere-se a porcentagem da população que mora nas cidades em relação à população total.
TAXA DE ANALFABETISMO (IBGE - 2010): 4,09% (4°). Obs: essa taxa refere-se ao número de pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever, e é contada do menor para o maior.
PIB PER CAPITA (IBGE - 2012): R$ 33.624,00 (2°). Obs: o PIB per capita é o Produto Interno Bruto (PIB) de um determinado território dividido por sua população. É o valor que cada habitante receberia se toda a renda fosse distribuída igualmente entre todos.
RELIGIÃO (IBGE - 2010): católicos apostólicos romanos (60,06%), evangélicos (24,08%), sem religião (8,14%), espíritas (3,29%), outras religiões (4,43%).
DIVISÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA: o estado de São Paulo está dividido em 15 mesorregiões, que estão subdivididas em 63 microrregiões e 645 municípios.
Estado de São Paulo e suas mesorregiões
  As mesorregiões, com suas respectivas microrregiões são (os números abaixo correspondem aos números do mapa):
1. Mesorregião de São José do Rio Preto
  A mesorregião de São José do Rio Preto é formada pela união de 109 municípios agrupados em oito microrregiões (São José do Rio Preto, Nhandeara, Catanduva, Votuporanga, Fernandópolis, Novo Horizonte, Auriflama e Jales), possui uma área de 29.392,197 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 1.668.466 habitantes. Essa é a maior das mesorregiões do estado de São Paulo.
  • Microrregião de Novo Horizonte
  A microrregião de Novo Horizonte é composta por seis municípios (Irapuã, Itajobi, Marapoama, Novo Horizonte, Sales e Urupês), possui uma área de 2.435,203 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 84.260 habitantes.
Novo Horizonte - fundada em 28 de outubro de 1917, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 39.191 habitantes
  • Microrregião de Auriflama
  A microrregião de Auriflama é formada pela união de nove municípios (Auriflama, Floreal, Gastão Vidigal, General Salgado, Guzolândia, Magda, Nova Castilho, Nova Luzitânia e São João de Iracema), possui uma área de 2.313,664 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 48.586 habitantes.
Auriflama - fundada em 20 de novembro de 1937 e emancipada em 30 de dezembro de 1953, possui (de acordo com estimativas do IBGE 2014) uma população de 14.897 habitantes.
  • Microrregião de Nhandeara
  A microrregião de Nhandeara é composta por nove municípios (Macaubal, Monções, Monte Aprazível, Neves Paulista, Nhandeara, Nipoã, Poloni, Sebastianópolis do Sul e União Paulista), possui uma área de 2.022,139 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 69.637 habitantes.
Nhandeara - fundada em 24 de junho de 1928, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 11.254 habitantes
  • Microrregião de Votuporanga
  A microrregião de Votuporanga é formada por nove municípios (Álvares Florence, Américo de Campos, Cardoso, Cosmorama, Parisi, Pontes Gestal, Riolândia, Valentim Gentil e Votuporanga), possui uma área de 3.200,992 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 148.510 habitantes.
Votuporanga - fundada em 8 de agosto de 1937, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 90.508 habitantes
  • Microrregião de Fernandópolis
  A microrregião de Fernandópolis é formada por onze municípios (Estrela d'Oeste, Fernandópolis, Guarani d'Oeste, Indiaporã, Macedônia, Meridiano, Mira Estrela, Ouroeste, Pedranópolis, São João das Duas Pontes e Turmalina), possui uma área de 2.810,475 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 109.461 habitantes.
Fernandópolis - fundada em 22 de maio de 1939, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 67.836 habitantes
  • Microrregião de Catanduva
  A microrregião de Catanduva é composta por treze municípios (Ariranha, Cajobi, Catanduva, Catiguá, Elisiário, Embaúba, Novais, Palmares Paulista, Paraíso, Pindorama, Santa Adélia, Severínia  e Tabapuã), possui uma área de 2.281,869 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 235.304 habitantes.
Catanduva - fundada em 14 de abril de 1918, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 118.853 habitantes
  • Microrregião de Jales
  A microrregião de Jales é formada pela união de 23 municípios (Aparecida d'Oeste, Aspásia, Dirce Reis, Dolcinópolis, Jales, Marinópolis, Mesópolis, Nova Canaã Paulista, Palmeira d'Oeste,  Paranapuã, Pontalinda, Populina, Rubineia, Santa Albertina, Santa Clara d'Oeste, Santa Fé do Sul, Santa Rita d'Oeste, Santa Salete, Santana da Ponte Pensa, São Francisco, Três Fronteiras, Urânia e Vitória Brasil), possui uma área de 3.929,981 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 154.942 habitantes.
Jales - fundada em 15 de abril de 1941, possui (de acordo com estimativas do IBGE 2014) uma população de 48.825 habitantes
  • Microrregião de São José do Rio Preto
  A microrregião de São José do Rio Preto é formada pela união de 29 municípios (Adolfo, Altair, Bady Bassitt, Bálsamo, Cedral, Guapiaçu, Guaraci, Ibirá, Icém, Ipiguá, Jaci, José Bonifácio, Mendonça, Mirassol, Mirassolândia, Nova Aliança, Nova Granada, Olímpia, Onda Verde, Orindiúva, Palestina, Paulo de Faria, Planalto, Potirendaba, São José do Rio Preto, Tanabi, Ubarana, Uchoa e Zacarias), possui uma área de 10.397,874 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 817.766 habitantes.
Mirassol - fundada em 8 de setembro de 1910, possui (de acordo com estimativas do IBGE 2014) uma população de 57.390 habitantes
2. Mesorregião de Ribeirão Preto
  A mesorregião de Ribeirão Preto é formada pela união de 66 municípios agrupados em sete microrregiões (Barretos, Batatais, Jaboticabal, Franca, Ituverava, Ribeirão Preto e São Joaquim da Barra), possui uma área de 27.539,591 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 2.489.245 habitantes.
  • Microrregião de Barretos
  A microrregião de Barretos é formada por três municípios (Barretos, Colina e Colômbia), possui uma área de 2.717,112 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 142.901 habitantes.
Barretos - fundada em 25 de agosto de 1854, possui (de acordo com estimativas do IBGE 2014) uma população de 118.521 habitantes
  • Microrregião de Batatais
  A microrregião de Batatais é formada por seis municípios (Altinópolis, Batatais, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Santa Cruz da Esperança e Santo Antônio da Alegria), possui uma área de 3.088,606 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 112.698 habitantes.
Batatais - fundada em 14 de março de 1838, possui (de acordo com estimativas do IBGE 2014) uma população de 60.128 habitantes
  • Microrregião de Jaboticabal
  A microrregião de Jaboticabal é composta por 17 municípios (Bebedouro, Cândido Rodrigues, Fernando Prestes, Guariba, Jaboticabal, Monte Alto, Monte Azul Paulista, Pirangi, Pitangueiras, Santa Ernestina, Taiaçu, Taiúva, Taquaral, Taquaritinga, Terra Roxa, Viradouro e Vista Alegre do Alto), possui uma área de 4.714,698 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 372.664 habitantes.
Jaboticabal - fundada em 16 de julho de 1828, possui (de acordo com estimativas do IBGE 2014) uma população de 75.436 habitantes
  • Microrregião de Franca
  A microrregião de Franca é composta por dez municípios (Franca, Cristais Paulista, Itirapuã, Jeriquara, Patrocínio Paulista, Pedregulho, Restinga, Ribeirão Corrente, Rifaina e São José da Bela Vista), possui uma área de 3.442,988 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 411.607 habitantes.
Franca - fundada em 28 de novembro de 1805, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 339.461 habitantes
  • Microrregião de Ituverava
  A microrregião de Ituverava é composta por cinco municípios (Aramina, Buritizal, Guará, Igarapava e Ituverava), possui uma área de 2.004,337 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 100.912 habitantes.
Ituverava - fundada em 16 de julho de 1818, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 40.776 habitantes
  • Microrregião de Ribeirão Preto
  A microrregião de Ribeirão Preto é formada por 16 municípios (Barrinha, Brodowski, Cravinhos, Dumont, Guatapará, Jardinópolis, Luís Antônio, Pontal, Pradópolis, Ribeirão Preto, Santa Rita do Passa Quatro, Santa Rosa de Viterbo, São Simão, Serra Azul, Serrana e Sertãozinho), possui uma área de 6.007,889 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 1.123.155 habitantes.
Sertãozinho - fundado em 5 de dezembro de 1896, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 118.864 habitantes
  • Microrregião de São Joaquim da Barra
  A microrregião de São Joaquim da Barra é formada por nove municípios (Guaíra, Ipuã, Jaborandi, Miguelópolis, Morro Agudo, Nuporanga, Orlândia, Sales Oliveira e São Joaquim da Barra), possui uma área de 5.563,961 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 225.308 habitantes.
São Joaquim da Barra - fundada em 30 de maio de 1898, possui (de acordo com estimativas do IBGE 2014) uma população de 49.690 habitantes
3. Mesorregião de Araçatuba
  A mesorregião de Araçatuba é formada pela união de 36 municípios agrupados em três microrregiões (Andradina, Araçatuba e Birigui), possui uma área de 16.761,605 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 738.832 habitantes.
  • Microrregião de Andradina
  A microrregião de Andradina é formada por onze municípios (Andradina, Castilho, Guaraçaí, Ilha Solteira, Itapura, Mirandópolis, Murutinga do Sul, Nova Independência, Pereira Barreto, Sud Mennucci e Suzanópolis), possui uma área de 6.886,209 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 190.243 habitantes.
Andradina - fundada em 11 de julho de  1937, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 57.198 habitantes
  • Microrregião de Araçatuba
  A microrregião de Araçatuba é formada por sete municípios (Araçatuba, Bento de Abreu, Guararapes, Lavínia, Rubiácea, Santo Antônio do Aracanguá e Valparaíso), possui uma área de 5.364,921 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 272.723 habitantes.
Araçatuba - fundada em 2 de dezembro de 1908, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 191.662 habitantes
  • Microrregião de Birigui
  A microrregião de Birigui é formada por 18 municípios (Alto Alegre, Avanhandava, Barbosa, Bilac, Birigui, Braúna, Brejo Alegre, Buritama, Clementina, Coroados, Gabriel Monteiro, Glicério, Lourdes, Luiziânia, Penápolis, Piacatu, Santópolis do Aguapei e Turiúba), possui uma área de 4.510,475 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 275.866 habitantes.
Birigui - fundada em 7 de dezembro de 1911, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 117.143 habitantes
4. Mesorregião de Bauru
  A mesorregião de Bauru é formada pela união de 56 municípios agrupados em cinco microrregiões (Avaré, Bauru, Botucatu, Jaú e Lins), possui uma área de 26.695,770 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 1.550.209 habitantes.
  • Microrregião de Avaré
  A microrregião de Avaré é formada por oito municípios (Águas de Santa Bárbara, Arandu, Avaré, Cerqueira César, Iaras, Itaí, Itatinga e Paranapanema), possui uma área de 5.898,151 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 191.063 habitantes.
Avaré - fundada em 15 de setembro de 1861, possui (de acordo com estimativas do IBGE 2014) uma população de 87.820 habitantes
  • Microrregião de Bauru
  A microrregião de Bauru é formada por 21 municípios (Agudos, Arealva, Areiópolis, Avaí, Balbinos, Bauru, Borebi, Cabrália Paulista, Duartina, Guarantã, Iacanga, Lençóis Paulista, Lucianópolis, Piratininga, Paulistânia, Pirajuí, Pongaí, Presidente Alves, Reginópolis, Ubirajara e Uru), possui uma área de 8.510,421 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 596.251 habitantes.
Bauru - fundada em 1° de agosto de 1896, possui (de acordo com estimativas do IBGE 2014) uma população de 364.562 habitantes
  • Microrregião de Botucatu
  A microrregião de Botucatu é formada por sete municípios (Anhembi, Bofete, Botucatu, Conchas, Pardinho, Pratânia e São Manuel), possui uma área de 4.374,588 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 223.312 habitantes.
Botucatu - fundada em 14 de abril de 1855, possui (de acordo com estimativas do IBGE 2014) uma população de 137.899 habitantes
  • Microrregião de Jaú
  A microrregião de Jaú é formada por doze municípios (Bariri, Barra Bonita, Bocaína, Boraceia, Dois Córregos, Igaraçu do Tietê, Itaju, Itapuí, Jaú, Macatuba, Mineiros do Tietê e Pederneiras), possui uma área de 4.035,253 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 369.591 habitantes.
Jaú - fundada em 15 de agosto de 1853, possui (de acordo com estimativas do IBGE 2014) uma população de 141.703 habitantes
  • Microrregião de Lins
  A microrregião de Lins é formada pela união de oito municípios (Cafelândia, Getulina, Guaiçara, Guaimbê, Júlio Mesquita, Lins, Promissão e Sabino), possui uma área de 3.877,357 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 169.992 habitantes.
Lins - fundada em 21 de abril de 1920, possui (de acordo com estimativas do IBGE 2014) uma população de 75.612 habitantes
5. Mesorregião de Araraquara
  A mesorregião de Araraquara é composta pela união de 21 municípios agrupados em duas microrregiões (Araraquara e São Carlos), possui uma área de 9.450,564 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 868.886 habitantes.
  • Microrregião de Araraquara
  A microrregião de Araraquara é formada por 15 municípios (Américo Brasiliense, Araraquara, Boa Esperança do Sul, Borborema, Dobrada, Gavião Peixoto, Ibitinga, Itápolis, Matão, Motuca, Nova Europa, Rincão, Santa Lúcia, Tabatinga e Trabiju), possui uma área de 6.265,593 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 536.967 habitantes.
Araraquara - fundada em 22 de agosto de 1817, possui (de acordo com estimativas do IBGE 2014) uma população de 224.304 habitantes
  • Microrregião de São Carlos
  A microrregião de São Carlos é formada por seis municípios (Analândia, Descalvado, Dourado, Ibaté, Ribeirão Bonito e São Carlos), possui uma área de 3.184,971 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 331.919 habitantes.
São Carlos - fundada em 4 de novembro de 1857, possui (de acordo com estimativas do IBGE 2014) uma população de 238.958 habitantes
6. Mesorregião de Piracicaba
  A mesorregião de Piracicaba é formada pela união de 26 municípios agrupados em três microrregiões (Limeira, Piracicaba e Rio Claro). Possui uma área de 9.048,213 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 1.475.595 habitantes.
  • Microrregião de Limeira
  A microrregião de Limeira é composta por oito municípios (Araras, Conchal, Cordeirópolis, Iracemápolis, Leme, Limeira, Santa Cruz da Conceição e Santa Gertrudes), possui uma área de 2.312,504 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 620.863 habitantes.
Limeira - fundada em 15 de setembro de 1826, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 294.128 habitantes
  • Microrregião de Piracicaba
  A microrregião de Piracicaba é composta por doze municípios (Águas de São Pedro, Capivari, Charqueada, Jumirim, Mombuca, Piracicaba, Rafard, Rio das Pedras, Saltinho, Santa Maria da Serra, São Pedro e Tietê), possui uma área de 3.787,123 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 595.583 habitantes.
Piracicaba - fundada em 1° de agosto de 1767, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 388.412 habitantes
  • Microrregião de Rio Claro
  A microrregião de Rio Claro é composta por seis municípios (Brotas, Corumbataí, Ipeúna, Itirapina, Rio Claro e Torrinha), possui uma área de 2.948,586 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 259.149 habitantes.
Rio Claro - fundada em 24 de junho de 1827, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 198.413 habitantes
7. Mesorregião de Campinas
  A mesorregião de Campinas é formada pela união de 49 municípios agrupados  em cinco microrregiões (Amparo, Campinas, Mogi Mirim, Pirassununga e São João da Boa Vista). Possui uma área de 14.231,896 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 4.082.146 habitantes.
  • Microrregião de Amparo
  A microrregião de Amparo é composta por oito municípios (Águas de Lindoia, Amparo, Lindoia, Monte Alegre do Sul, Pedra Bela, Pinhalzinho, Serra Negra e Socorro), possui uma área de 1.630,393 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 190.666 habitantes.
Amparo - fundada em 8 de abril de 1829, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 69.808 habitantes
  • Microrregião de Campinas
  A microrregião de Campinas é formada por 16 municípios (Americana, Campinas, Cosmópolis, Elias Fausto, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Jaguariúna, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d'Oeste, Sumaré, Valinhos e Vinhedo), possui uma área de 3.083,022 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 2.858.848 habitantes.
Sumaré - fundada em 26 de julho de 1868, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 262.308 habitantes
  • Microrregião de Mogi Mirim
  A microrregião de Mogi Mirim é composta por sete municípios (Artur Nogueira, Engenheiro Coelho, Estiva Gerbi, Itapira, Mogi Guaçu, Mogi Mirim e Santo Antônio de Posse), possui uma área de 2.345,121 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 410.102 habitantes.
Mogi Mirim - fundada em 22 de outubro de 1769, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 91.027 habitantes
  • Microrregião de Pirassununga
  A microrregião de Pirassununga é formada por quatro municípios (Aguaí, Pirassununga, Porto Ferreira e Santa Cruz das Palmeiras), possui uma área de 1.741,915 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 195.455 habitantes.
Pirassununga - fundada em 6 de agosto de 1823, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 74.128 habitantes
  • Microrregião de São João da Boa Vista
  A microrregião de São João da Boa Vista é formada por 14 municípios (Águas da Prata, Caconde, Casa Branca, Divinolândia, Espírito Santo do Pinhal, Itobi, Mococa, Santo Antônio do Jardim, São João da Boa Vista, São José do Rio Pardo, São Sebastião da Grama, Tambaú, Tapiratiba e Vargem Grande do Sul), possui uma área 5.431,445 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 427.075 habitantes.
São João da Boa Vista - fundada em 24 de junho de 1821, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 88.477 habitantes
8. Mesorregião de Presidente Prudente
  A mesorregião de Presidente Prudente é formada pela união de 54 municípios agrupados em três microrregiões (Adamantina, Dracena e Presidente Prudente). Possui uma área de 24.037,746 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 876.902 habitantes.
  • Microrregião de Adamantina
  A microrregião de Adamantina é formada por 14 municípios (Adamantina, Flora Rica, Flórida Paulista, Inúbia Paulista, Irapuru, Lucélia, Mariápolis, Osvaldo Cruz, Pacaembu, Parapuã, Pracinha, Rinópolis, Sagres e Salmourão), possui uma área de 3.659,685 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 152.317 habitantes.
Adamantina - fundada em 13 de junho de 1949, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 35.001 habitantes
  • Microrregião de Dracena
  A microrregião de Dracena é composta por dez municípios (Dracena, Junqueirópolis, Monte Castelo, Nova Guataporanga, Ouro Verde, Panorama, Pauliceia, Santa Mercedes, São João do Pau-d'Alho e Tupi Paulista), possui uma área de 2.864,069 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 122.671 habitantes.
Dracena - fundada em 8 de dezembro de 1945, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 45.600 habitantes
  • Microrregião de Presidente Prudente
  A microrregião de Presidente Prudente é formada por trinta municípios (Alfredo Marcondes,  Álvares Machado, Anhumas, Caiabu, Caiuá, Emilianópolis, Estrela do Norte, Euclides da Cunha Paulista, Indiana, João Ramalho, Marabá Paulista, Martinópolis, Mirante do Paranapanema, Narandiba, Piquerobi, Pirapozinho, Presidente Bernardes, Presidente Epitácio, Presidente Prudente, Presidente Venceslau, Rancharia, Regente Feijó, Ribeirão dos Índios, Rosana, Sandovalina, Santo Anastácio, Santo Expedito, Taciba, Tarabaí e Teodoro Sampaio), possui uma área de 17.513,992 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 601.914 habitantes.
Presidente Prudente - fundada em 14 de setembro de 1917, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 220.599 habitantes
9. Mesorregião de Marília
  A mesorregião de Marília é formada pela união de vinte municípios agrupados em duas microrregiões (Marília e Tupã). Possui uma área de 7.169,704 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 461.814 habitantes.
  • Microrregião de Marília
  A microrregião de Marília é formada por treze municípios (Álvaro de Carvalho, Alvinlândia, Echaporã, Fernão, Gália, Garça, Lupércio, Marília, Ocauçu, Oriente, Oscar Bressane, Pompeia e Vera Cruz), possui uma área de 4.864,339 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 348.022 habitantes.
Marília - fundada em 4 de abril de 1929, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 230.336 habitantes.
  • Microrregião de Tupã
  A microrregião de Tupã é formada por sete municípios (Arco-Íris, Bastos, Herculândia, Iacri, Queiroz, Quintana e Tupã), possui uma área de 2.305,365 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 113.792 habitantes.
Tupã - fundada em 12 de outubro de 1929, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 65.596 habitantes
10. Mesorregião de Assis
  A mesorregião de Assis ou mesorregião do Vale Paranapanema é formada por 35 municípios agrupados em duas microrregiões (Assis e Ourinhos). Possui uma área de 12.699,832 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 584.085 habitantes.
  • Microrregião de Assis
  A microrregião de Assis é formada por 17 municípios (Assis, Borá, Campos Novos Paulista, Cândido Mota, Cruzália, Florínea, Ibirarema, Iepê, Lutécia, Maracaí, Nantes, Palmital, Paraguaçu Paulista, Pedrinhas Paulista, Platina, Quatá e Tarumã), possui uma área de 7.135,727 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 278.220 habitantes.
Assis - fundada em 1 de julho de 1905, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 100.911 habitantes
  • Microrregião de Ourinhos
  A microrregião de Ourinhos é composta por 18 municípios (Bernardino de Campos, Canitar, Chavantes, Espírito Santo do Turvo, Fartura, Ipaussu, Manduri, Óleo, Ourinhos, Piraju, Ribeirão do Sul, Salto Grande, Santa Cruz do Rio Pardo, São Pedro do Turvo, Sarutaiá, Taguaí, Tejupá e Timburi), possui uma área de 5.564,105 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 305.865 habitantes.
Ourinhos - fundada em 13 de dezembro de 1918, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 109.489 habitantes
11. Mesorregião de Itapetininga
  A mesorregião de Itapetininga é formada pela união de 36 municípios agrupados em quatro microrregiões (Capão Bonito, Itapetininga, Itapeva e Tatuí), possui uma área de 20.193,257 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 876.892 habitantes.
  • Microrregião de Capão Bonito
  A microrregião de Capão Bonito é formada por dez municípios (Apiaí, Barra do Chapéu, Capão Bonito, Guapiara, Iporanga, Itaóca, Itapirapuã Paulista, Ribeira, Ribeirão Branco e Ribeirão Grande), possui uma área de 6.536,676 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 137.152 habitantes.
Capão Bonito - fundada em 2 de abril de 1857, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 47.498 habitantes
  • Microrregião de Itapetinga
  A microrregião de Itapetininga é formada por cinco municípios (Alambari, Angatuba, Campina do Monte Alegre, Guareí e Itapetininga), possui uma área de 3.729,154 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 207.195 habitantes.
Itapetininga - fundada em 5 de novembro de 1770, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 155.436 habitantes
  • Microrregião de Itapeva
  A microrregião de Itapeva é formada por doze municípios (Barão de Antonina, Bom Sucesso de Itararé, Buri, Coronel Macedo, Itaberá, Itapeva, Itaporanga, Itararé, Nova Campina, Riversul, Taquarituba e Taquarivaí), possui uma área de 7.686,396 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 250.874 habitantes.
Itapeva - fundada em 20 de setembro de 1769, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 92.265 habitantes
  • Microrregião de Tatuí
  A microrregião de Tatuí é formada por nove municípios (Boituva, Cerquilho, Cesário Lange, Laranjal Paulista, Pereiras, Porangaba, Quadra, Tatuí e Torre de Pedra), possui uma área de 2.241,031 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 281.671 habitantes.
Tatuí - fundada em 11 de agosto de 1826, possui (segundo estimativas do IBGE 2014), uma população de 115.515 habitantes
12. Mesorregião da Macro Metropolitana Paulista
  A mesorregião Macro Metropolitana Paulista é formada  pela união de 36 municípios agrupados em quatro microrregiões (Sorocaba, Bragança Paulista, Piedade e Jundiaí), possui uma área de 12.303,926 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 2.863.676 habitantes.
  • Microrregião de Sorocaba
  A microrregião de Sorocaba é formada por quinze municípios (Alumínio, Araçariguama, Araçoiaba da Serra, Cabreúva, Capela do Alto, Iperó, Itu, Mairinque, Porto Feliz, Salto, Salto de Pirapora, São Roque, Sarapuí, Sorocaba e Votorantim), possui uma área de 4.199,254 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 1.434.155 habitantes.
Itu - fundada em 2 de fevereiro de 1610, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 165.511 habitantes
  •  Microrregião de Bragança Paulista
  A microrregião de Bragança Paulista é formada por onze municípios (Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Itatiba, Jarinu, Joanópolis, Morungaba, Nazaré Paulista, Piracaia, Tuiuti e Vargem), possui uma área de 3.131,481 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 541.502 habitantes.
Bragança Paulista - fundada em 15 de dezembro de 1763, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 158.856 habitantes
  • Microrregião de Piedade
  A microrregião de Piedade é formada por cinco municípios (Ibiúna, Piedade, Pilar do Sul, São Miguel Arcanjo e Tapiraí), possui uma área de 4.171,512 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 199.246 habitantes.
Piedade - fundada em 20 de maio de 1840, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 54.523 habitantes
  • Microrregião de Jundiaí
  A microrregião de Jundiaí é formada por cinco municípios (Campo Limpo Paulista, Itupeva, Jundiaí, Louveira e Várzea Paulista), possui uma área de 801,679 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 688.773 habitantes.
Jundiaí - fundada em 14 de dezembro de 1655, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 397.965 habitantes
13. Mesorregião Vale do Paraíba Paulista
  A mesorregião do Vale do Paraíba Paulista é formada pela união de 39 municípios agrupados em seis microrregiões (Bananal, Campos do Jordão, Caraguatatuba, Guaratinguetá, Paraibuna e Paraitinga e São José dos Campos), possui uma área de 16.192,674 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 2.430.392 habitantes.
  • Microrregião de Bananal
  A microrregião de Bananal é composta por cinco municípios (Arapeí, Areias, Bananal, São José do Barreiro e Silveiras), possui uma área de 2.064,022 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 27.418 habitantes, sendo a menos populosa das microrregiões de São Paulo.
Bananal - fundada em 10 de julho de 1783, possui uma população de 10.728 habitantes (segundo estimativas do IBGE 2014)
  • Microrregião de Campos do Jordão
  A microrregião de Campos do Jordão é formada por quatro municípios (Campos do Jordão, Monteiro Lobato, Santo Antônio do Pinhal e São Bento do Sapucaí), possui uma área de 1.008,849 km², e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 72.563 habitantes.
Campos do Jordão - fundado em 29 de abril de 1874, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 50.541 habitantes e é conhecida como a "Suíça Brasileira"
  • Microrregião de Caraguatatuba
  A microrregião de Caraguatatuba é formada por quatro municípios (Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba), possui uma área de 1.956,174 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 310.240 habitantes.
Caraguatatuba - fundada em 20 de abril de 1857, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 111.524 habitantes
  • Microrregião de Guaratinguetá
  A microrregião de Guaratinguetá é formada por onze municípios (Aparecida, Cachoeira Paulista, Canas, Cruzeiro, Guaratinguetá, Lavrinhas, Lorena, Piquete, Potim, Queluz e Roseira), possui uma área de 2.702,833 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 424.770 habitantes.
Guaratinguetá - fundada em 13 de junho de 1630, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 118.378 habitantes
  • Microrregião de Paraibuna e Paraitinga
  A microrregião de Paraibuna e Paritinga é composta por sete municípios (Cunha, Jambeiro, Lagoinha, Natividade da Serra, Paraibuna, Redenção da Serra e São Luiz do Paraitinga), possui uma área de 4.416,839 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 72.661 habitantes.
Paraibuna - fundada em 23 de junho de 1666, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 18.083 habitantes
  • Microrregião de São José dos Campos
  A microrregião de São José dos Campos é formada por oito municípios (Caçapava, Igaratá, Jacareí, Pindamonhangaba, Santa Branca, São José dos Campos, Taubaté e Tremembé), possui uma área de 4.043,957 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 1.522.740 habitantes.
Taubaté - fundada em 5 de dezembro de 1645, possui uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 299.423 habitantes
14. Mesorregião Litoral Sul-Paulista
  A mesorregião do Litoral Sul Paulista é formada pela união de 17 municípios agrupados em duas microrregiões (Itanhaém e Registro), possui uma área de 13.202,855 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 490.325 habitantes. Nessa mesorregião encontram-se as duas cidades mais antigas do Brasil: Cananeia (1531 - porém não oficial, pois oficial é São Vicente, fundada em 22 de janeiro de 1532) e Itanhaém (22 de abril de 1532).
  • Microrregião de Itanhaém
  A microrregião de Itanhaém é formada por cinco municípios (Itanhaém, Itariri, Mongaguá, Pedro de Toledo e Peruíbe), possui uma área de 2.011,619 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 238.570 habitantes.
Itanhaém - com uma população de 94.977 habitantes (segundo estimativas do IBGE 2014), é a segunda cidade mais antiga do Brasil, tendo sido fundada em 22 de abril de 1532
  • Microrregião de Registro
  A microrregião de Registro é formada por doze municípios (Barra do Turvo, Cajati, Cananeia, Eldorado, Iguape, Ilha Comprida, Jacupiranga, Juquiá, Miracatu, Pariquera-Açu, Registro e Sete Barras), possui uma área de 11.191,236 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 251.755 habitantes.
Registro - fundada em 17 de setembro de 1934, possui uma população de 56.203 habitantes (segundo estimativas do IBGE 2014)
15. Mesorregião Metropolitana de São Paulo
  A mesorregião Metropolitana de São Paulo é formada pela união de 45 municípios agrupados em sete microrregiões. Possui uma área de 9.297,395 km² e uma população (segundo estimativa do IBGE ) de 22.498.794 habitantes, concentrando 47,85% da população do Estado e 70% do PIB. As microrregiões são:
  • Microrregião de Franco da Rocha
  Formada por quatro municípios (Caieiras, Francisco Morato, Franco da Rocha e Mairiporã), possui uma área de 600,679 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 495.465 habitantes.
Franco da Rocha - fundada em 30 de novembro de 1944, possui uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 143.817 habitantes
  • Microrregião de Guarulhos
  Formada por três municípios (Arujá, Guarulhos e Santa Isabel), a microrregião de Guarulhos possui uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 1.449.211 habitantes e uma área de 776,956 km².
Santa Isabel - fundada em 10 de julho de 1832 e segundo estimativas do IBGE 2014, sua população é de 54.363 habitantes
  • Microrregião de Itapecirica da Serra
  Formada por oito municípios (Cotia, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Itapecirica da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista), possui uma área de 1.463,366 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 1.079.149 habitantes.
Itapecerica da Serra - fundada em 3 de setembro de 1562, possui uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 165.327 habitantes
  • Microrregião de Mogi das Cruzes
  Formada por oito municípios (Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis e Suzano), a microrregião de Mogi das Cruzes possui uma área de 2.062,014 km² e uma população (de acordo com estimativas do IBGE 2014) de 1.421.902 habitantes.
Mogi das Cruzes - fundada em 1° de setembro de 1560, possui uma população de 419.839 habitantes (estimativas do IBGE 2014)
  • Microrregião de Osasco
  Formada por oito municípios (Barueri, Cajamar, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus e Santana de Parnaíba), a microrregião de Osasco possui uma área de 693,374 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 1.892.513 habitantes.
Santana de Paranaíba - fundada em 14 de novembro de 1580, possui uma população de 123.825 habitantes (segundo estimativas do IBGE 2014)
  • Microrregião de Santos
  Formada por seis municípios (Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande, Cubatão e Bertioga), a Microrregião de Santos possui uma área de 1.352.734 km² e uma população (segundo estimativas do IBGE -2014) de 1.570.532 habitantes. Essa microrregião possui uma grande importância histórica para o Brasil, pois foi nela que teve início o povoamento do país, com a fundação da Vila de São Vicente. Também nela está a Região Metropolitana da Baixada Santista.
Cubatão - fundada em 12 de agosto de 1833, é a cidade que na década de 1980 recebeu o título de "Cidade mais poluída do mundo", pela ONU. De acordo com estimativas do IBGE 2014, sua população é de 126.105 habitantes
  • Microrregião de São Paulo
  A microrregião de São Paulo é formada por oito municípios: São Paulo, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul. Possui uma área total de 2.348,272 km², e uma população (segundo estimativas do IBGE 2014) de 14.590.022 habitantes, sendo a mais populosa das microrregiões do estado e a mais desenvolvida, pois nela se encontra a capital do Estado, São Paulo, e os municípios do ABC Paulista. Nesta microrregião encontra-se uma das maiores aglomerações urbanas da América Latina, a Região Metropolitana de São Paulo.
Diadema - fundada em 8 de dezembro de 1959, possui (segundo estimativas do IBGE 2014) uma população de 409.613 habitantes
FONTE: Perspectiva geografia, 7 / Cláudia Magalhães ... [et al.]. - 2. ed. - São Paulo: Editora do Brasil, 2012. (Coleção perspectiva).

quinta-feira, 25 de junho de 2015

O BIOMA DA TUNDRA

  O termo tundra é uma adaptação da palavra filandesa tunturia, que significa "planície sem árvores". Essa palavra acabou ganhando popularidade porque, na parte norte da Finlândia, existe uma vasta área desprovida de árvores de grande porte. Existe três tipos de tundra: tundra ártica, tundra alpina e tundra antártica.
  Numa tundra, a vegetação é composta por arbustos, ciperáceas, gramíneas, musgos e liquens. O ecótono (área de transição entre a tundra e a floresta) é denominado linha de árvores.
  A tundra Ártica está situada nas latitudes mais distantes do equador, uma vez que se encontra no interior do Círculo Polar Ártico, nas proximidades do Polo Norte. Aí, sob o rigor do clima polar, frio e seco, o calor e a chuva são fenômenos raros. Por essa razão, tem solo recoberto de neve durante a maior parte do ano. A tundra ocupa 5% das terras emersas do planeta.
Mapa da área coberta pela tundra Ártica
  Nesse bioma, os invernos são muito longos, e o frio é intenso (as temperaturas ficam em torno de -30°C). Por isso, os animais que não migram vivem essa parte do ano escondidos em tocas abaixo da superfície. Durante as horas de escuridão, a neve vai caindo e acumula-se, devido aos fortes ventos nas regiões mais baixas, obrigando os animais a permanecerem junto ao solo apenas para procurar comida para se manterem quentes.
  A precipitação é muito pequena (entre 35 mm e 75 mm), que ocorre na forma de neve. Apesar do pequeno índice pluviométrico, a tundra apresenta um aspecto úmido e encharcado, em virtude da evaporação ser muito lenta e da fraca drenagem do solo permafrost, no verão.
Vegetação de tundra, na Islândia
  O verão é muito curto nessa região. Dura cerca de dois meses, e, embora a luz solar banhe a região durante quase todo o dia, o frio continua dominante. Mas a elevação da temperatura (que pode chegar a 10°C) descongela parte do solo, que fica lamacento por causa da água acumulada pelo derretimento da neve, formando áreas pantanosas. É nesse solo lamacento que floresce a tundra propriamente dita: formação vegetal com aspecto aveludado que resulta da associação de musgos e liquens. Os musgos e liquens se desenvolvem em algumas semanas do verão, quando ocorre o descongelamento de parte do gelo que cobre o solo.
Vegetação de tundra na Rússia
  Os liquens são organismos que resultam de uma associação entre algas microscópicas e fungos. Os fungos são organismos que existem em todo o planeta, e seu representante mais conhecido é o cogumelo. Na região da tundra eles são microscópicos. Já os musgos são plantas bem verdes, sem raízes, que cobrem o solo da região ártica quando ocorre o degelo.
  O frio da região é tão intenso que produz outra característica muito marcante, cujo efeito é curioso. Em seu subsolo, é registrada uma camada de gelo muito espessa conhecida como permafrost, termo de origem inglesa que significa "permanentemente congelado".
Rebanho de boi-almiscarado (Ovibos moschatus) pastam na tundra do Canadá
  Como o permafrost fica logo abaixo da superfície, a água formada pelo derretimento da neve não consegue penetrar no subsolo e fica acumulada, encharcando o solo ainda mais.
  No verão, porém, a luz solar é muito presente, e a vida ganha força. Graças à disponibilidade de água e ao fim da neve e do gelo, muitas plantas florescem rapidamente, criando uma rica "pastagem" para algumas espécies, como o boi-almiscarado, a rena, a lebre-ártica, entre outros. No verão, esses animais formam grandes manadas e migram para a tundra.
Tundra na Groenlândia
  Os animais carnívoros também são atraídos; em consequência, fecha-se uma ampla cadeia alimentar. Raposas, lobos e ursos são alguns carnívoros que se beneficiam desse período mais quente do ano.
  Além dos liquens e dos musgos, ervas e arbustos baixos também florescem durante o verão ártico. O frio persistente e o solo raso impedem que as plantas atinjam porte maior, pois suas raízes não conseguem penetrar na camada de permafrost.
Renas (Rangifer tarandus) pastam na tundra da Finlândia
  Apesar do frio e da escassez de vegetação, a tundra abriga uma fauna variada, com um número elevado de animais, alguns de grande porte, como as renas, boi-almiscarado, ursos polares, raposas-do-ártico, entre outros. Lebres e diversos tipos de roedores sobrevivem em tocas. Nas zonas costeiras vivem várias espécies de aves e também de animais marinhos. Entre estes estão as pequenas e as grandes baleias. No Ártico, aves e baleias migram para o sul durante o inverno, em busca de temperaturas mais amenas.
Raposa-do-ártico (Alopex lagopus)
  Os répteis e anfíbios são poucos ou encontram-se completamente ausentes devido às temperaturas serem muito baixas. A lebre-ártica muda a cor do seu pelo no inverno e no verão. Isso ajuda o animal a camuflar-se dos seus predadores. O cisne-da-tundra possui 25.000 penas, 80% das quais estão no seu pescoço.
Cisne-da-tundra ou cisne-pequeno (Cygnus columbianus bewickii)
   A tundra alpina encontra-se em vários países e situa-se no topo das altas montanhas. É muito fria e ventosa e não possui árvores. Diferente da tundra ártica, o solo apresenta uma boa drenagem e não apresenta permafrost. Apresenta ervas, arbustos e musgos, tal como a tundra ártica. A fauna é composta de cabras-das-montanhas, alces, marmotas (pequeno roedor), insetos (gafanhotos, borboletas, escaravelhos), entre outros.
Tundra alpina, no Mont Blanc, entre a Itália e a França
  A Antártica é a região mais fria e inóspita do planeta, o que dificulta a formação vegetal. As principais dificuldades para o crescimento dos vegetais na Antártica são os fortes ventos, a curta espessura do solo e a limitada quantidade de luz solar durante o inverno. Por isso, a variedade de espécies de plantas na superfície é limitada a plantas "inferiores", como musgos e liquens. Já a fauna é menor do que a da tundra ártica, sendo composta por pinguins, focas, leão-marinho e algumas espécies de aves, que durante o verão vão ao continente para se reproduzirem.
Tundra na Antártica
  A tundra é um bioma que apresenta grande risco de destruição por causa das atividades dos seres humanos.   A poluição produzida pela sociedade está aumentando rapidamente a temperatura da superfície terrestre. Esse problema - chamado de aquecimento global - pode acarretar o derretimento do gelo na tundra e até o desaparecimento do permafrost. Estas modificações podem afetar a cadeia alimentar e, assim, comprometer a vida de muitas espécies.
Tundra no Parque Nacional de Rondane - Noruega
FONTE: Tamdjian, James Onnig
Estudos de geografia: como funciona o mundo, 6° ano / James Onnig Tamdjian, Ivan Lazzari Mendes. - São Paulo: FTD, 2012. 

terça-feira, 23 de junho de 2015

BULGÁRIA: O PAÍS DAS ROSAS

  Situada no sudeste dos Balcãs, o país das rosas, como é conhecida a Bulgária, é um país cheio de construções históricas, com belezas naturais e uma cultura rica e fascinante, além de possuir uma arquitetura imponente e cidades repletas de atrativos.
  O território búlgaro limita-se ao norte com a Romênia, a leste com o Mar Negro, ao sul com a Turquia e a Grécia, e a oeste com a Macedônia e a Sérvia. Culturalmente está ligado à Rússia, em termos de escrita (alfabeto cirílico) e religião (cristã ortodoxa).
Mapa da Bulgária
HISTÓRIA
  Os trácios, um dos primeiros grupos ancestrais dos búlgaros modernos, divididos em várias tribos viveram até 500 a.C., quando o rei Teres I uniu a maioria deles no Reino Odrísio. Foram conquistados por Alexandre, o Grande, e mais tarde pelos romanos.
  A história da Bulgária como um Estado independente começou no século VII, com a chegada dos búlgaros, que se misturaram com os trácios romanizados e fundaram o Primeiro Império Búlgaro, em 681.
  O apogeu cultural e territorial do Primeiro Império Búlgaro se deu entre o século IX e início do século X, através de Bóris I e Simeão, o Grande, que transformaram o império no centro cultural e literário da Europa eslava e um dos maiores Estados do continente europeu.
  Em 1014, o Estado Búlgaro foi conquistado pelo imperador bizantino Basílio II Bulgaróctone, na Batalha de Clídio, e em 1018, o Império Bizantino conquistou definitivamente o Primeiro Império Búlgaro. A Bulgária manteve-se sob a autoridade de Constantinopla até 1185.
Primeiro Império Búlgaro
  Em 1185, depois de uma revolta bem sucedida de dois nobres em Tarnovo, Asen e Pedro, o Império Búlgaro foi restaurado, nascendo, assim, o Segundo Império Búlgaro, que durou até o século XIV, quando foi invadido pelo Império Otomano. A conquista Otomana se deu devido ao enfraquecimento do império promovido pelo desmembramento dos feudos.
  O domínio do Império Otomano durou até o século XVIII. Durante a ocupação otomana, a população búlgara sofreu com a opressão, a intolerância e a má governação. A nobreza foi eliminada e os camponeses explorados pelos otomanos. Nesse período, a cultura búlgara foi isolada da Europa, as suas realizações foram destruídas e os clérigos fugiram para outros países. Ao longo dos quase cinco séculos de domínio otomano, o povo búlgaro respondeu à opressão, reforçando a tradição do Haiduk (bandoleirismo), e tentou restaurar o seu Estado, organizando várias revoltas.
Burgas - com 204.316 habitantes, é a quarta maior cidade da Bulgária
  Em 1876, o Comitê Revolucionário Secreto Búlgaro, com sede em Bucareste (capital da Romênia), organizou uma revolta, conhecida como Revolta de Abril, que foi duramente reprimida pelas autoridades otomanas. Muitas aldeias foram saqueadas e milhares de vítimas da repressão foram assassinadas, provocando a reação da opinião pública e da diplomacia europeia.
  A Rússia aproveitou-se dos massacres de eslavos como um pretexto para declarar a Guerra Russo-Turca de 1877-1878. Essa guerra envolveu tropas voluntárias romenas e búlgaras, provocando a derrota do Império Otomano.
  O Tratado de Santo Estevão, assinado em 3 de março de 1878, estabelecia a criação de um grande principado autônomo da Bulgária e o desmantelamento dos territórios do Império Otomano. Com o temor do Império Austro-Húngaro e da Grã-Bretanha do desequilíbrio nos Balcãs, o Congresso de Berlim, de julho de 1878, revisou o tratado anterior, mantendo o principado autônomo da Bulgária, porém bastante reduzido. Este Estado estaria submetido a autonomia otomana, mas seria governado por um príncipe eleito por um congresso de notáveis búlgaros e aprovado pelas grandes potências.
Ruse - com 152.664 habitantes, é a quinta maior cidade da Bulgária
  As ambições nacionalistas não estavam satisfeitas com a autonomia da Bulgária e se estenderam pelo território búlgaro. Em 1885, o exército da Bulgária ocupou a província da Rumélia Oriental, e os búlgaros declararam guerra contra a Sérvia, vencendo os sérvios.
  Em 22 de setembro de 1908, com o apoio do Império Austro-Húngaro, Fernando I declarou a independência da Bulgária, tornando-se monarca desse país. Em 1911, o primeiro-ministro nacionalista Ivan Geshov formou uma aliança com a Grécia e a Sérvia, em conjunto, para atacar os otomanos. Esses três países assinaram tratados que previam a divisão da Macedônia e da Trácia entre os aliados.
  Em outubro de 1912 eclodiu a Primeira Guerra Balcânica, em um momento em que os otomanos viviam uma guerra com a Itália. Os aliados na Líbia derrotaram os otomanos e apreenderam todo seu território europeu. A cidade de Adrianópolis (atual Edirne) caiu em março de 1913 e o Império Otomano se rendeu. Pelo Tratado de Londres, assinado em 30 de maio de 1913, os turcos deixaram quase todos os territórios europeus a oeste de Adrianópolis.
Stara Zagora - com 141.065 habitantes, é a sexta maior cidade da Bulgária
  Em junho de 1913, a Sérvia e a Grécia formaram uma nova aliança, agora para tentar derrotar a Bulgária. Com o apoio da Alemanha e do Império Austro-Húngaro, a Bulgária declarou guerra à Sérvia e à Grécia, em 29 de junho, quando o exército búlgaro atacou os dois países, dando início a Segunda Guerra Balcânica. A Grécia e a Sérvia invadiram a Bulgária pelo lado ocidental. A Romênia entrou na guerra e atacou a Bulgária a partir do norte. O Império Otomano atacou o país a partir do sudeste.
  Derrotada, a Bulgária pediu paz e, em 10 de agosto de 1913, foi assinado o Tratado de Bucareste, onde o país ficou com uma parte do sul da Trácia, mas teve que ceder Dobruja do Sul à Romênia. Pelo Tratado de Constantinopla, a Bulgária teve que devolver Adrianópolis e a Trácia ao Império Otomano. Após as guerras balcânicas, a Bulgária ficou bastante debilitada, impedindo o seu crescimento econômico.
  O assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, em Sarajevo, em 28 de junho de 1914, provocou a ruptura nas relações entre o Império Autro-Húngaro e a Sérvia, dando início a Primeira Guerra Mundial.
Pleven - com 109.114 habitantes, é a sétima maior cidade da Bulgária
  No primeiro ano da guerra, a Bulgária ficou de fora, mas, como a Alemanha e o Império Austro-Húngaro precisavam do país para derrotar militarmente a Sérvia e abrir as linhas de abastecimento da Alemanha para a Turquia e reforçar a Frente Oriental contra o Rússia, o país entrou na guerra.
  A Bulgária, que tinha o maior exército dos Balcãs, declarou guerra à Sérvia em outubro de 1915. A Grã-Bretanha, França e Itália, em seguida, declararam guerra à Bulgária. Em aliança com a Alemanha, o Império Austro-Húngaro e o Império Otomano, a Bulgária obteve vitórias militares contra a Sérvia e a Romênia, ocupando grande parte da Macedônia, avançando para a Macedônia grega, e tendo ocupado Dobruja da Romênia, em setembro de 1916.
  A Revolução Russa, de fevereiro de 1917, teve um grande efeito na Bulgária, espalhando-se sentimentos de antiguerra e antimonarquista entre as tropas e nas cidades.
Sliven - com 93.470 habitantes, é a oitava maior cidade da Bulgária
  Em setembro de 1918, o czar Fernando I abdicou em favor do seu filho Bóris III. Pelo Tratado de Neuilly, de 27 de novembro de 1919, a Bulgária teve de devolver o território de Dobruja do Sul à Romênia, a Sérvia recuperou a Macedônia e anexou vários territórios búlgaros na fronteira ocidental; a Grécia conquistou a Trácia Ocidental e deixou a Bulgária sem saída para o mar Egeu.
  Em 1923, a Grécia expulsou dos territórios conquistados cerca de 250.000 búlgaros e substituiu-os por refugiados gregos chegados da Ásia Menor após a dissolução do Império Otomano. O país teve que reduzir seu exército além de pagar indenizações aos países que tinha tomado territórios, deixando a Bulgária arrasada.
Dobrich - com 92.868 habitantes, é a nona maior cidade da Bulgária
  Após a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1940, a Alemanha e a União Soviética pressionaram o governo da Romênia, que teve que ceder territórios para a Hungria e a URSS. A Bulgária aderiu à ofensiva diplomática, exigindo a devolução do sul de Dobruja, que foi obtido pelo Tratado de Craiova, em 7 de setembro de 1940.
  Em 1941, a Bulgária foi forçada a se juntar às potências do Eixo (formado por Alemanha, Itália e Japão), quando as tropas alemãs, que estavam se preparando para invadir a Grécia a partir da Romênia, chegaram às fronteiras da Bulgária, que pediram permissão para passar pelo território búlgaro. Ameaçado pelo confronto militar, o czar Bóris III não teve escolha, e em 1 de março de 1941, se aliou ao Eixo. O país participou da divisão da Iugoslávia e da Grécia. Através de suas alianças, a Bulgária obteve uma grande parte da Macedônia e de territórios da Sérvia e da Trácia. Apesar da aliança com os alemães, a Bulgária se recusou a participar da guerra contra a URSS e de entregar os judeus da Bulgária as autoridades nazistas. Em 1944, as tropas soviéticas chegaram à Bulgária e, em seguida, o país mudou de lado e se juntou aos Aliados (que era formado por URSS, Reino Unido, França e EUA).
Shumen - com 82.488 habitantes, é a décima maior cidade da Bulgária
  Após a abolição da monarquia, em um referendo, foi proclamada a República Popular da Bulgária, em 15 de setembro de 1946. Devido ao apoio recebido da União Soviética e o Tratado de Paris de 1947, a Bulgária teve que devolver a Macedônia para a Iugoslávia e a Trácia para a Grécia, mas conseguiu manter Dobruja do Sul.
  Em 1950, devido a Guerra Fria, a Bulgária cortou relações diplomáticas com os Estados Unidos. O governo comunista na Bulgária foi encerrado em 1990, e o país passou a adotar uma economia de transição. Durante o período comunista, a Bulgária foi um dos países mais alinhados de Moscou.
  Em junho de 1990, realizaram-se as primeiras eleições livres, que foi vencida pela ala  moderada do Partido Comunista (o Partido Socialista Búlgaro - BSP). Em julho de 1991, foi aprovada uma nova Constituição, que reduziu os poderes presidenciais e permitiu que o primeiro-ministro ficasse sob a supervisão da assembleia legislativa. A economia planificada foi descartada e o setor privado foi legalizado. Em 2004, a Bulgária passou a fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e em 2007, da União Europeia.
Vale das Rosas - Bulgária
GEOGRAFIA
  A Bulgária é composta pelas regiões clássicas da Trácia, Mésia e Macedônia. O sudoeste do país é montanhoso e nele está localizado o ponto mais elevado da península Balcânica, o Musala, com 2.925 metros. A cordilheira dos Balcãs atravessa o centro do país de leste a oeste, a norte do famoso Vale das Rosas. Há regiões de planície e colinas a sudeste, ao longo da costa do Mar Negro e nas margens do rio principal da Bulgária, o Danúbio, a norte.
  O relevo búlgaro é dominado por duas cadeias montanhosas paralelas, orientadas de oeste para leste, que cortam o país da fronteira com a Sérvia até o mar Negro. Entre ambas se estende uma região de planícies e extensos vales, a antiga Trácia, onde se localizam as principais fontes de riquezas e as maiores concentrações demográficas do país.
Musala - ponto culminante da Bulgária
  A cadeia montanhosa que confina a Trácia pelo norte é a Stara Planina, ou Cordilheira dos Balcãs, cuja largura não chega a cinquenta quilômetros, mas que em alguns lugares atinge mais de dois mil metros de altura, com destaque para o Botev (2.376 metros) e o Triglav (2.276 metros).
  No sul do país, os Antibalcãs formam paisagens montanhosas de estrutura complexa e em geral mais elevadas que os Balcãs. Constituem a fronteira com a Sérvia e com a Grécia. O maciço de Vitosha, a poucos quilômetros de Sófia, alcança 2.290 metros. A cordilheira de Pirin atinge 2.914 metros no pico Vikhren, e os montes Ródope, 2.191 metros. Ao norte dos Balcãs, o terreno baixa em suave declive para as margens do Danúbio, que corre paralelamente à cordilheira, a cerca de cem quilômetros ao norte.
Garganta Trigrad - Bulgária
  Na maior parte da Bulgária o clima é do tipo temperado continental, com invernos rigorosos e nevadas frequentes, e verões bastante quentes. Na planície da Trácia o clima é mais ameno graças a influência dos mares Mediterrâneo e Negro. As precipitações nas planícies são modestas, variando entre 400 e 600 milímetros anuais, enquanto que nas montanhas chegam a mais de 1.200 milímetros, muitas vezes ocorrendo na forma de neve. O período mais chuvoso é a primavera. No verão há o cultivo de espécies semitropicais, como o algodão e o arroz.
Parque Nacional de Pirin - Bulgária
  O território da Bulgária divide-se em quatro bacias hidrográficas. Ao norte dos Balcãs, numerosos rios com amplos vales transversais à cordilheira, encontra-se os afluentes do rio Danúbio. Todos os rios dessa bacia nascem na cadeia Balcânica, salvo o rio Iskar, que, oriundo do maciço de Rila, alcança a depressão onde está a capital do país e atravessa as montanhas por um estreito vale, até chegar à planície do Danúbio.
Rio Iskar - Bulgária
  Entre os Balcãs e os Antibalcãs, a planície da Trácia é banhada pelo Maritsa e seus afluentes, dos quais o mais caudaloso é o Arda, que recolhe suas águas da vertente setentrional dos montes Ródope. Ambos os rios se unem na fronteira da Grécia com a Turquia, antes de desembocar no mar Mediterrâneo.
Rio Arda - Bulgária
  Cavando seus vales nos Antibalcãs, o Struma e o Mesta rumam para o sul, até desaguar na costa grega do mar Egeu. Vários rios menores desaguam diretamente no mar Negro.
Rio Struma - Bulgária
  Os bosques de coníferas cobrem uma terça parte do território búlgaro, sobretudo nas zonas montanhosas, enquanto uma vegetação de estepes caracteriza a planície do Danúbio. O governo búlgaro mantém um programa de reflorestamento para compensar as perdas acarretadas pelas guerras e pela rotação de culturas.
Monte Botev - Bulgária
  A fauna búlgara é composta de animais próprios das diversas zonas biogeográficas do centro da Europa, com destaque para ursos, cervos, lobos, leopardos, entre outros, que se encontram em estado selvagem nas reservas naturais do país.
  A faixa litorânea da Bulgária é extensa, em comparação com outros países que o cercam, possuindo cerca de 380 quilômetros de áreas costeiras, com belas praias banhadas pelo Mar Negro.
Praias exuberantes atraem milhares de turistas todos os anos para a Bulgária
ECONOMIA
  Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a Bulgária adotou um sistema socialista de economia estatizada, baseada no modelo soviético. Houve planos quinquenais, coletivização agrária e desenvolvimento acelerado da indústria pesada. Com isso, o país deixou de ser subdesenvolvido. Mas, apesar do aumento na produção, a partir da década de 1960, como nos demais países socialistas, o crescimento econômico recuou. O modelo econômico persistiu até fins da década de 1980, quando ocorreu o colapso do socialismo e a desintegração do império soviético.
Gruta na Bulgária
  A agricultura búlgara atingiu um grau considerável de mecanização, graças à privatização das propriedades após o fim do socialismo. Criaram-se muitas represas e canais de irrigação. As principais culturas são trigo, cevada, milho, forragens, algodão, tabaco, hortaliças e frutas. É tradição na Bulgária o cultivo industrial de roseiras, utilizando-se as rosas para diversos fins, que vão desde a fabricação de doces até a extração de essências para perfumes.
  A criação de gado, sobretudo ovino e suíno, possui uma grande importância econômica, e a exploração das grandes áreas florestais das zonas montanhosas é intensa.
Cultivo de girassol na Bulgária
  Na costa norte do mar Negro, se extraem petróleo e gás natural, porém, essa extração não é suficiente para abastecer o consumo do país. Com escassez em petróleo e gás natural, a Bulgária importa essas fontes de energia dos países da CEI (Comunidade dos Estados Independentes). O ferro, o cobre, o zinco e outros minerais são explorados em quantidades expressivas. No vale do Maritsa há jazidas de linhita, usada para a obtenção de energia elétrica em centrais térmicas.
Fortaleza Belogradchik - Bulgária
  Com o auxílio do Banco Mundial e os investimentos estrangeiros, o país modernizou sua economia. Graças à concentração dos investimentos no setor secundário, as indústrias siderúrgicas de fertilizantes, cimento, química, mecânica e de papel e celulose, desenvolveram-se consideravelmente
  Após a entrada da Bulgária na União Europeia, o país está recebendo, uma grande ajuda financeira desse bloco, onde esses recursos estão sendo usados para a ampliação e a melhoria das rodovias, ferrovias, aeroportos e sistemas de telecomunicações. Esse dinheiro também se destina ao desenvolvimento da agropecuária associada a projetos de proteção ao meio ambiente e ao investimento em educação e segurança, entre outros fins.
Paisagem rural da Bulgária. Ao fundo, o rio Danúbio
ALGUNS DADOS DA BULGÁRIA
NOME OFICIAL: República da Bulgária
CAPITAL: Sófia
Centro de Sófia - capital da Bulgária
GENTÍLICO: búlgaro
LÍNGUA OFICIAL: búlgaro
GOVERNO: República Parlamentarista
FUNDAÇÃO: 681
Último Estado independente: 1422
Autonomia do Império Otomano: 1878
Unificação com a Romélia Oriental: 1885
Independência reconhecida: 1908
LOCALIZAÇÃO: Leste Europeu (Europa Centro-Oriental)
ÁREA: 110.912 km² (103°)
POPULAÇÃO (ONU - Estimativa 2014): 7.477.200 habitantes (97°)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 67,41 hab./km² (102°). Obs: a densidade demográfica, densidade populacional ou população relativa é a medida expressa pela relação entre a população e a superfície de um determinado território.
CIDADES MAIS POPULOSAS (Estimativa 2014)
Sófia: 1.478.545 habitantes
Sófia - capital e maior cidade da Bulgária
Plovdiv: 385.744 habitantes
Plovdiv - segunda maior cidade da Bulgária
Varna: 341.634 habitantes
Varna - terceira maior cidade da Bulgária
PIB (Banco Mundial 2013): US$ 50,806 bilhões (75°). Obs: o PIB (Produto Interno Bruto), representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano, etc.).
IDH (ONU 2014): 0,777 (58°). Obs: o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais, variando de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e PIB per capita. A classificação é feita dividindo os países em quatro grandes grupos: baixo (0,0 a 0,500), médio (0,501 a 0,800), elevado (0,801 a 0,900) e muito elevado (0,901 a 1,0).
Mapa do IDH entre os países
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU 2012): 74,5 anos (94°). Obs: a expectativa de vida ou esperança de vida, expressa a probabilidade de tempo de vida média da população. Reflete as condições sanitárias e de saúde de uma população.
CRESCIMENTO VEGETATIVO (ONU 2005-2010): -0,72% (225°). Obs: crescimento vegetativo, crescimento populacional ou crescimento natural, é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade de uma determinada população.
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL (CIA World Factbook 2013): 16,13/mil (119°). Obs: a mortalidade infantil refere-se ao número de crianças que morrem no primeiro ano de vida entre mil nascidas vivas em determinado período, e é contada de menor para maior.
TAXA DE FECUNDIDADE (CIA World Factbook 2014): 1,44 filhos/mulher (200°). Obs: essa taxa refere-se ao número médio de filhos que a mulher teria do início até o fim do seu período reprodutivo (15 a 49 anos), e é contada de maior para menor.
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (CIA World Factbook 2014): 98,4% (60°). Obs: essa taxa refere-se a todas as pessoas com 15 anos ou mais que sabem ler e escrever.
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA World Factbook 2005-2010): 71% (56°). Obs: essa taxa refere-se a porcentagem da população que mora nas cidades em relação à população total.
PIB PER CAPITA (FMI 2013): US$ 7.328 (77°). Obs: o PIB per capita ou renda per capita é o Produto Interno Bruto (PIB) de um determinado território dividido por sua população. É o valor que cada habitante receberia se toda a renda fosse distribuída igualmente entre todos.
MOEDA: Lev Búlgaro
RELIGIÃO: cristãos ortodoxos (82,4%), islâmicos (12,2%), protestantes (0,8%), católicos (0,5%), sem religião ou ateus (4,1%).
DIVISÃO: a Bulgária encontra-se dividida em 28 províncias: 1. Blagoevgrad 2. Burgas 3. Dobrich 4. Gabrovo 5. Khaskovo 6. Kurdzhali 7. Kyustendil 8. Lovech 9. Montana 10. Pazardzhik 11. Pernik 12. Pleven 13. Plovdiv 14. Razgrad 15. Ruse 16. Shumen 17. Silistra 18. Sliven 19. Smolyan 20. Sófia (cidade) 21. Sófia (distrito) 22. Stara Zagora 23. Turgovishte 24. Varna 25. Veliko Turnovo 26. Vidin 27. Vratsa 28. Yambol.
Mapa da divisão da Bulgária
FONTE: Projeto Araribá: geografia: editor responsável Fernando Carlo Vedovate. 3. ed. - São Paulo: Moderna, 2010.

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