sexta-feira, 12 de agosto de 2011

QUESTÕES SOBRE COMÉRCIO INTERNACIONAL

1) (UNEAL) Observe o mapa abaixo:
A partir das informações contidas no mapa e de conhecimentos sobre o mundo dos anos 1990 e início do século XXI, pode-se afirmar que o mapa trata fundamentalmente:
a) do conflito entre os países ricos e pobres;
b) do estabelecimento de uma nova ordem mundial bipolar;
c) dos principais blocos geopolíticos do hemisfério Norte;
d) da organização mundial ditada pelos blocos geopolíticos e econômicos;
e) da ordem mundial, estabelecida pelos países capitalistas e socialistas.
2) (Ufscar) 
Durante quase trinta anos, desde o final da Segunda Guerra Mundial até 1973, a economia capitalista mundial se desenvolveu a taxas historicamente altas, inéditas para tão longo período.
[Jacob Gorender. Estratégias dos Estados Nacionais diante do processo de Globalização. In: "Estudos Avançados". São Paulo: IEA-USP, Série Internacional, nj. 32, jun/2001. p.2]
Assinale a alternativa que apresenta características do período assinalado no texto:
a) predomínio da ordem multipolar, com a ascensão do Japão e da Alemanha à condição de nações centrais do sistema;
b) forte desenvolvimento tecnológico, com ênfase para a indústria química, naval e exploração de fontes energéticas, como o carvão;
c) predomínio da produção e do trabalho baseados no sistema taylorista-fordista, com produção em massa e separação entre concepção e execução do trabalho;
d) adoção do liberalismo como doutrina econômica, com a introdução da política do bem-estar social nos países europeus e nos Estados Unidos;
e) Divisão Internacional do Trabalho, segundo a qual países periféricos coloniais exportavam matérias-primas, e os países centrais, produtos industriais.
3) (Fuvest -SP)
"O livre-comércio é um bem - como a virtude, a santidade e a retidão - a ser amado, admirado, honrado e firmemente adotado, por si mesmo, ainda que todo o resto do mundo ame restrições e proibições, que, em si mesmas, são males - como o vício e o crime - a serem odiados e detestados sob quaisquer circunstâncias e em todos os tempos."
"The Economist", em 1848. 
Tendo em vista o contexto histórico da época, tal formulação favorecia particularmente os interesses:
a) do comércio internacional, mas não do inglês;
b) da agricultura inglesa e da estrangeira;
c) da indústria inglesa, mas não da estrangeira;
d) da agricultura e da indústria estrangeiras;
e) dos produtores de todos os países.
4) (PUC - SP) Na confluência dos rios Reno e Ruhr na Alemanha há uma das maiores concentrações industriais do mundo em cidades como Colômbia, Dortmund, Essen, com destaque para as indústrias siderúrgicas, mecânicas e químicas. Os principais fatores que explicam essa importante localização industrial são:
a) a imposição dos nazistas no período anterior à Segunda Guerra quando a Alemanha se industrializa;
b) as enormes jazidas de ferro e manganês e a facilidade de escoamento da produção pela hidrovia do Elba até o porto de Hamburgo, associados à existência de mão de obra e de um mercado consumidor;
c) as enormes jazidas de hulha, associadas à facilidade de escoamento da produção até o Mar do Norte via "corredor" polonês, embora a disponibilidade de mão de obra fosse reduzida;
d) as enormes jazidas de hulha e a facilidade de escoamento da produção pela hidrovia do Reno até o porto de Hamburgo, na Holanda, fatores associados à existência de numerosa mão de obra e de mercado consumidor;
e) as enormes jazidas de hulha e a facilidade de escoamento da produção através da hidrovia do Reno até o porto de Roterdã, na Holanda; a esses fatores associam-se a existência de mão de obra e de mercado consumidor.
5) (PUCCamp - SP)  
O Manufacturing Belt no Nordeste americano apresentava, na década de 1950, cerca de 69% da produção industrial dos Estados Unidos, baixando essa participação, três décadas depois, para 48%. Milhões de trabalhadores migraram para o Sul e o Oeste que despontavam como áreas mais dinâmicas. O mesmo Manufacturing Belt, orgulho dos americanos, ganhava uma nova designação pejorativa - o Rust Belt - o "cinturão da ferrugem".
Assinale a alternativa que melhor se relaciona ao texto:
a) a sociedade industrial norte-americana se reestrutura frente às novas exigências do mercado mundial;
b)  a terceirização das atividades econômicas no Leste americano tem promovido o intervencionismo do Estado, para garantir a estabilidade do emprego de milhares de americanos;
c) os investimentos das grandes transnacionais americanas no exterior esvaziaram a produção industrial e aumentaram o desemprego;
d) a redução contínua das taxas de natalidade e o crescente aumento da imigração têm provocado sucessivas crises sociais na classe operária norte-americana;
e) o espaço geoeconômico norte-americano está se reorganizando com o surgimento de novos polos industriais.
1 - d     2 - c      3 - c      4 - e     5 - e


O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO DA AMÉRICA LATINA

  O Brasil, o México e a Argentina são as maiores, mais industrializadas e mais diversificadas economias da América Latina.
  Os três se tornaram países independentes no início do século XIX e, no final dele, iniciaram lentamente seus respectivos processos de industrialização, que se intensificaram somente a partir da década de 1930.
  Com a crise de 1929 e a depressão econômica que se seguiu, os países industrializados passaram a comprar menos mercadorias vendidas pelos países exportadores de produtos minerais e agrícolas. Nessa época, o Brasil, o México e a Argentina tiveram seus níveis de exportação drasticamente reduzidos, o que lhes dificultou importar diversos produtos industrializados. Por outro lado, a queda no ingresso de produtos importados acelerou a industrialização voltada a substituir muitos bens de consumo, principalmente da Europa.
Fábrica de tecelagem em São Paulo no início do século XX
  Algumas das primeiras fábricas pertenciam à aristocracia latifundiária, que tinha acumulado capital com as exportações de produtos agropecuários e passou a investi-los na indústria, no comércio e no sistema financeiro. Os estancieros argentinos (donos de estâncias, grandes propriedades rurais), ganharam muito dinheiro exportando carne e trigo; no Brasil, destacavam-se, principalmente, os fazendeiros de café, conhecidos como barões do café; e, no México, os proprietários das haciendas (fazendas). Todos eram grandes latifundiários, com forte influência econômica e política em seus países.
Avenida Paulista no início do século XX - dominado por luxuosas mansões dos barões do café
  No entanto, esse início efetivo do processo de industrialização não foi acompanhado de políticas sociais e econômicas voltadas à distribuição de renda e maior inserção da população pobre no mercado interno de consumo: parte da aristocracia latifundiária gradativamente se transformou em burguesia industrial e financeira e diversificou suas fontes de lucro, o que explica como muitos latifúndios, mesmo improdutivos, continuavam nas mãos de seus antigos proprietários. A inexistência de uma efetiva reforma agrária, como ocorreu nos países desenvolvidos enquanto se industrializavam, é um dos fatores que explicam a urbanização acelerada e desordenada, a acentuada desigualdade social e a consequente fraqueza do mercado interno dos países de industrialização recente da América Latina.
Região central do Rio de Janeiro no início do século XX
  Outro agente importante no início da industrialização foi o Estado, que passou a investir em indústrias de bens intermediários - mineração e siderurgia, petrolífera e petroquímica etc. - e em infraestrutura - transportes, telecomunicações, energia elétrica etc.
  Na América Latina, os maiores símbolos desse modelo foram as estatais petrolíferas: Pemex (Petróleos Mexicanos, fundada em 1934), Petrobras (1954), PDVSA (Petróleos de Venezuela, 1975) e a argentina YPF (Yacimientos Petrolíferos Fiscales, 1922). Com exceção da YPF, comprada em 1999 pela espanhola Repsol, as outras continuam sob o controle total ou parcial do Estado, e em 2008 eram as maiores empresas nos respectivos países e as primeiras colocadas na América Latina na lista Fortune Global 500.
PDVSA - estatal petrolífera da Venezuela
  Após a Segunda Guerra Mundial, o modelo de industrialização por substituição de importações mostrou suas limitações: carência de maiores volumes de capitais que permitissem dar continuidade ao processo, fragilidade de setores industriais importantes, como a indústria de bens de capital, e defasagem tecnológica. Foi nessa época que teve início a entrada de capital estrangeiro, por meio das multinacionais que estavam se expandindo pelo mundo em busca de novos mercados. As filiais de empresas estrangeiras promoveram a expansão de muitos setores industriais nesses países: automobilístico, químico-farmacêutico, eletroeletrônico, de máquinas e equipamentos e outros, que até então tinham uma produção limitada ou inexistente.
Juscelino Kubitschek inaugura a fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo - SP no dia 18 de novembro de 1959
  Nos setores tradicionais também entraram grandes indústrias multinacionais alimentícias e têxteis, juntando-se às nacionais já existentes e, em muitos casos, incorporando-as. Assim, houve um grande avanço no processo de industrialização do Brasil, México e Argentina, o qual passou a se assentar no tripé de capital estatal, nacional e estrangeiro. A entrada das corporações multinacionais contribuiu para o surgimento de novas empresas nacionais em diversos setores, muitas delas complementares às estrangeiras: por exemplo, a entrada das empresas automobilísticas estimulou o desenvolvimento de muitas indústrias nacionais de autopeças.
Primeira linha de montagem da Volkswagen no Brasil
  Embora apresente menor grau de industrialização, esse modelo vigorou também em outros países latino-americanos, como o Chile, a Colômbia e a Venezuela.
  Com o tempo, a indústria tornou-se um setor muito importante na economia de Brasil, México e Argentina. Os mais importantes complexos industriais estão concentrados nas grandes regiões metropolitanas: no triângulo São Paulo - Rio de Janeiro - Belo Horizonte, no Brasil; no eixo Buenos Aires - Rosário, Argentina; e no eixo Cidade do México - Guadalajara e em Monterrey, no México.
Trecho da rodovia Pan-Americana em Buenos Aires
  O modelo de substituição de importações incentivou a produção interna de muitos bens de consumo, que deixaram de ser comprados no exterior, como roupas, calçados, eletrodomésticos, carros, entre muitos outros. Ao mesmo tempo, requeria a importação de outros bens que não eram produzidos internamente, como máquinas e equipamentos, e exigia a constituição de uma infraestrutura de transportes, energia e comunicações, demandando cada vez mais investimento. Como a poupança interna era limitada, esse modelo de industrialização foi muito dependente de capital estrangeiro e os recursos externos entravam nesses países como investimento produtivo, por meio da instalação de filiais de multinacionais, ou por empréstimos contraídos pelos governos e por empresas privadas nacionais.
A modernização da agricultura promoveu uma grande demanda de máquinas e equipamentos
CRISES FINANCEIRAS E BAIXO CRESCIMENTO ECONÔMICO
  No pós-guerra, o crescimento econômico do Brasil, do México e da Argentina foi bastante elevado, estendendo-se até o início dos anos 1980. O crescimento econômico desses países esteve em grande medida assentado em recursos estrangeiros, que a partir dos anos 1970 passaram a ser disponíveis no mercado financeiro mundial. Nessa época, houve um aumento do crédito porque os bancos dos países desenvolvidos passaram a reciclar os petrodólares, ou seja, a emprestar vultosos recursos depositados pelos países exportadores de petróleo que ganharam muito dinheiro  com a elevação dos preços do barril a partir de 1973. Entre 1974 e 1981, os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) acumularam 360 bilhões de dólares com exportações e metade desses recursos foi depositada em bancos dos países desenvolvidos. A grande oferta de dinheiro no mercado financeiro fez as taxas de juros internacionais caírem após 1973, atingindo o ponto mais baixo entre 1975-1977.
Encontro dos representantes dos países membros da OPEP
  A partir desse período, os países em desenvolvimento, especialmente os latino-americanos, endividaram-se pesadamente. O Brasil, segundo o Banco Central, tinha uma dívida de 5,3 bilhões de dólares, em 1970; 12,6 bilhões, em 1973; e 25,9 bilhões em 1976. O problema é que os juros  não foram fixados nesse patamar, as taxas para a amortização futura da dívida eram flutuantes, ou seja, oscilavam em função do mercado internacional. Depois do primeiro aumento das taxas de juros, provocado pela crise do petróleo de 1973, houve uma segunda elevação bem mais forte, com a crise de 1979. No final da década de 1970, em consequência de uma política do governo norte-americano de manutenção de altas taxas de juros para conter a inflação, atrair investimentos e financiar seu déficit orçamentário e comercial, os Estados Unidos converteram-se no principal receptor de dinheiro no mundo. Assim, além de sobrarem poucos recursos para os países em desenvolvimento, ainda houve uma elevação artificial de suas dívidas. Como consequência disto, houve uma explosão do endividamento dos países latino-americanos.
  O primeiro grande sinal da crise foi dado em 1982, quando o México decretou a moratória de sua dívida externa. Daquele momento em diante, aprofundou-se nesses três países a política do "exportar é o que importa", visando a obtenção de moeda forte, sobretudo dólares, para o pagamento dos juros da dívida. No entanto, esse esforço acabou contribuindo para baixar  os preços dos produtos primários, na época majoritários em suas exportações, reduzindo a entrada de receitas em moeda estrangeira.
  Ao mesmo tempo, os governos mantinham uma política de contenção de importações de produtos industrializados. Tal medida provocou o sucateamento dos parques produtivos, dada a dificuldade de comprar máquinas e equipamentos necessários à sua modernização.
Parque Industrial de Cubatão - SP
  A combinação de altas taxas de juros (maior endividamento) com baixos preços de produtos de exportação (menores receitas) só podia resultar, para muitos países, em uma grave crise econômica. A crise da dívida atingiu os países em desenvolvimento  em geral, mas em particular os latino-americanos, os mais endividados. Assim, para esses países, os anos de 1980 ficaram conhecidos como a "década perdida": suas economias sofreram com baixo crescimento e elevada inflação.
Parque Industrial Tecnológico de Guadalajara - México
  Esse modelo econômico provocou forte concentração de renda, sobretudo no Brasil, porque se assentava os baixos salários pagos aos trabalhadores, o que restringiu a expansão do mercado interno e, como consequência, o próprio processo de industrialização. Paradoxalmente, o modelo que visava substituir importações, acabou limitando-o. Os bens de consumo produzidos, notadamente automóveis e produtos eletrônicos, eram voltados apenas para pequena parte da população.
Favelas - o principal fator para a sua proliferação é a concentração de renda
  A década de 1990 foi marcada pela estabilização das economias dos países latino-americanos, paralelamente à implantação de políticas econômicas neoliberais na esteira do processo de globalização. A redução da inflação foi conseguida após a implantação de medidas como o controle dos gastos públicos, a privatização das empresas estatais e a abertura econômica para produtos e capitais, que avançaram em vários países. Essas medidas mudaram a modalidade de endividamento, entretanto, as crises continuaram ocorrendo.
Protestos contra a privatização da Vale do Rio Doce em Campinas - SP (07/09/2007)
  Com os avanços tecnológicos na informática e nas telecomunicações, ampliaram-se as possibilidades de investimentos no mercado mundial. Há diversas modalidades de investimentos de capitais no sistema financeiro globalizado, destacando-se as ações, os títulos da dívida pública e as moedas estrangeiras.
  Além do mercado acionário que cresceu de forma significativa, uma das modalidades de investimento especulativo mais difundida na atual globalização financeira é a compra de títulos da dívida pública. A emissão desses títulos pelos governos é uma forma de os países tomarem dinheiro emprestado. Ao comprá-los, os investidores - em geral bancos ou corretoras que fazem a intermediação entre pessoas e empresas que aplicam no mercado financeiro - emprestam dinheiro ao Estado, que terá de pagar juros pelo empréstimo.
  O problema do capital especulativo é que ele é volátil, ou seja, não cria raízes, transferindo-se rapidamente de um setor, ou mesmo de um país, para outro, e por isso gera poucos empregos. Além disso, tende a fragilizar as economias dos países, em especial dos em desenvolvimento, porque os operadores das empresas financeiras muitas vezes retiram o dinheiro no momento em que elas mais precisam de capital. Essa foi a raiz das crises financeiras de diversos países emergentes ao longo da década de 1990.
FONTE: Sene. Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil, volume 2: espaço geográfico e globalização: ensino médio / Eustáquio de Sene, João Carlos Moreira. São Paulo: Scipione, 2010

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O REINO UNIDO DA GRÃ-BRETANHA E IRLANDA DO NORTE

  As ilhas Britânicas englobam a ilha da Irlanda e da Grã-Bretanha. É nessas ilhas que estão situados o Reino Unido (Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte) e a República da Irlanda (Eire).
  A população do Reino Unido é de mais de 62 milhões de pessoas, sendo que desse total, cerca de 75% corresponde à população da Inglaterra.
  O Reino Unido é um dos países mais desenvolvidos do mundo. Isso se deu graças à Revolução Industrial, que teve início na Inglaterra. Durante o período em que esteve em ascensão, construiu o mais importante império colonial, expandindo seu domínio para todos os continentes, além da Europa.
Revolução Industrial - teve início na Inglaterra
  Após a Segunda Guerra Mundial, a economia do Reino Unido se enfraqueceu. A independência de suas antigas colônias e o atraso tecnológico de seu parque industrial levaram o país a uma enorme crise socioeconômica. Diferentemente das outras grandes potências europeias, o Reino Unido não participou da criação da Comunidade Econômica Europeia (CEE) e acabou mantendo relações econômicas basicamente com os Estados Unidos e com os países membros da Comunidade Britânica das Nações (Commonwealth), organização que agrupa quase todas as suas ex-colônias.
Mapa-Mundi com destaque para os países-membros da Commonwealth
  O ingresso do Reino Unido na CEE em 1973, a descoberta de novas jazidas de petróleo e gás natural (principalmente no mar do Norte) e a reestruturação do parque industrial contribuíram para reorganizar a economia do país, dando maior competitividade aos seus produtos no mercado externo. Esses fatos propiciaram-lhe um significativo crescimento econômico.
Plataforma de petróleo no mar do Norte
  A partir de 1979, com a então primeira-ministra Margaret Thatcher no poder, foi adotado no país uma política de liberação da economia no Reino Unido. Muitas empresas estatais foram privatizadas, houve o aumento de impostos, foram tomadas atitudes rígidas diante da Comunidade Europeia.
  Em relação as questões políticas, houve um alinhamento com os Estados Unidos, quando o Reino Unido os apoiou diretamente na Guerra do Golfo, em 1991, e na invasão do Iraque, em 2003.
Margaret Thatcher - ex-primeira-ministra do Reino Unido
  Das nações que compõem o Reino Unido, a principal é a Inglaterra. Ela apresenta papel político e econômico preponderante no grupo. Sua capital Londres, com mais de 8 milhões de habitantes, é a sede do poder político e um dos mais importantes centros financeiros do planeta, junto com Nova York e Tóquio.
Centro Financeiro Canary Wharf em Londres
  Na região região londrina encontram-se os setores de maior tecnologia e produtividade da economia do Reino Unido. Destacam-se as indústrias químicas, aeroespaciais, de máquinas, de alta tecnologia, alimentícia, automobilística, entre outras. Outros centros industriais concentram-se no norte da Inglaterra, com destaque para as cidades de Manchester, Liverpool, Leeds e Newcastle.
Manchester - importante cidade do norte da Inglaterra
  Com o objetivo de facilitar as relações das ilhas britânicas com o continente europeu foi inaugurado, em 1994, uma importante via de transporte, o Eurotúnel. Trata-se de um túnel ferroviário subterrâneo que liga a Inglaterra à França sob o Canal da Mancha.
Eurotúnel
  Apesar do predomínio econômico e político da Inglaterra, escoceses, galeses e norte-irlandeses tentam preservar sua cultura, língua e identidade nacional. Nesse aspecto um dos grandes problemas enfrentados pelo Reino Unido é a questão irlandesa, que envolve protestantes e católicos na ilha da Irlanda.
  A Irlanda foi incorporada ao Reino Unido em 1801, condição não aceita por seus habitantes. Descontentes, eles organizaram, no século XIX, um movimento de caráter nacionalista visando à independência de seu país.
Mapa da ilha da Irlanda
  O início do século XX foi marcado pela criação do Exército Republicano Irlandês ou Irish Repúblic Army (IRA). Esse exército tinha como objetivo principal, a independência da Irlanda em relação ao Reino Unido. Em 1920, o IRA pressionou os britânicos a concenderem a independência dos 26 condados onde havia maioria católica, no sul da ilha. Esse movimento culminou com a independência definitiva da parte sul da ilha, que se transformou, em 1949, na República da Irlanda ou Eire, que tem a cidade de Dublin como capital.
Dublin - capital da República da Irlanda
  Já a parte nordeste, composta de seis condados de maioria protestante, constitui a Irlanda do Norte (Ulster), com sede de governo na cidade de Belfast. A minoria católica residente na Irlanda do Norte, sem ter quem a representasse politicamente, foi excluída e sofreu diversas formas de discriminação (social, econômica e política) pela maioria protestante. Isso levou à formação de movimentos por direitos civis que foram violentamente reprimidos pelas forças britânicas. Esse fato levou o IRA a realizar atentados violentos contra os ingleses.
Domingo Sangrento (Bloody Sunday), fato que ocorreu no dia 30 de janeiro de 1972, quando soldados britânicos abriram fogo contra uma passeata nacionalista a favor dos direitos civis na cidade de Derry - Irlanda do Norte
  A situação de violência mais acirrada durou até o fim da década de 1990, após muitos conflitos e mais de 3 mil mortes. Em 1998, foi assinado um acordo de paz entre católicos e protestantes da Irlanda do Norte e, finalmente, em 2005, o IRA anunciou o fim da "luta armada" e a entrega das armas, mas continuou mantendo seus ideais de resistência.
Integrante do IRA
VEJA ALGUNS DADOS DAS ILHAS BRITÂNICAS
INGLATERRA
NOME OFICIAL: Inglaterra
FORMAÇÃO:
Tratado de União: 1º de maio de 1707
Ato de União: 1º de janeiro de 1801
Tratado Anglo-Irlandês: 12 de abril de 1822
LOCALIZAÇÃO: metade sul da ilha da Grã-Bretanha
CAPITAL: Londres
Ponte sobre o rio Tâmisa e o Big Ben em Londres
ÁREA: 130.395 km²  (77º)
POPULAÇÃO (ONU - 2011): 51.762.900  habitantes (25º)

Reino Unido: 62.722.111 habitantes (22º)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA (ONU): 396,96  hab./km² (33°)
CIDADES MAIS POPULOSAS (2010):

Londres: 8.112.091 habitantes
Londres - capital e maior cidade da Inglaterra
Birmingham: 1.006.500 habitantes
Birmingham - segunda maior cidade da Inglaterra
Liverpool: 469.017 habitantes
Liverpool - terceira maior cidade da Inglaterra
LÍNGUA: inglês
IDH (ONU - 2010): Reino Unido: 0,849 (26°)
PIB (FMI - 2010): Inglaterra: U$ 1,9 trilhões (9°) - Reino Unido: U$ 2,247 trilhões (6º)
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2005/2010):  79,4 anos (22º)
MORTALIDADE INFANTIL (ONU - 2005/2010): 4,8/ mil (22°)
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA WORLD FACTBOOK - 2008): 90% (15°)
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (PNUD - 2007/2008): 99% (19°)
MOEDA: Libra esterlina
RELIGIÃO:   cristãos (74,4%), sem religião (14,6%), muçulmanos (3,1%), hindus (1,1%), sikh (0,5%), judeus (0,3%), outras religiões (6%).
DIVISÃO: atualmente a Inglaterra se divide em quatro níveis de subdivisões administrativas: regiões, condados, distritos e paróquias. Porém, tradicionalmente, a Inglaterra se divide em condados (shires), de constituição que são definidos pelo governo e cada um é designado um Lord-Lieutenant. A maioria referem-se a um grupo de autoridades locais e frequentemente com referência geográfica.
1. Northumberland 2. Tyne and Wer 3. Durham 4. Cumbria 5. Lancashire 6. North Yorkshire 7. East Riding of Yorkshire 8. South Yorkshire 9. West Yorkshire 10. Greater Manchester 11. Merseyside 12. Cheshire 13. Derbyshire 14. Nottinghamshire 15. Lincolnshire 16. Rutland 17. Leicestershire 18. Staffordsshire 19. Shropshire 20. Herefordshire 21. Worcestershire 22. West Midlands 23. Warwickshire 24. Northhamptonshire 25. Cambridgeshire 26. Norfolk 27. Suffolk 28. Essex 29. Hertfordshire 30. Bedforshire 31. Buckinghamshire 32. Oxfordshire 33. Gloucestershire 34. Bristol 35. Somerset 36. Wiltshire 37. Berkshire 38. Grande Londres 39. Kent 40. East Sussex 41. West Sussex 42. Surrey 43. Hampshire 44. Isle of Wight 45. Dorset 46. Devon 47.  Cornwall. 
PAÍS DE GALES
      NOME OFICIAL: País de Gales
      FORMAÇÃO: União de Gruffudd e Llywelyn (1056)
      LOCALIZAÇÃO: sudoeste da ilha da Grã-Bretanha
      CAPITAL: Cardiff
      Castelo de Cardiff
      ÁREA: 20.767 km² (150º)
      POPULAÇÃO (ONU - 2011):  3.054.600 habitantes (135º)
      DENSIDADE DEMOGRÁFICA (ONU): 147,04  hab./km² (51°)
      CIDADES MAIS POPULOSAS (2010):
      Cardiff: 325.000 habitantes
      Cardiff - capital e maior cidade do País de Gales
      Swansea: 169.000 habitantes
      Swansea - segunda maior cidade do País de Gales
      Newport: 140.200 habitantes
      Hotel em Newport - terceira maior cidade do País de Gales
      LÍNGUA: galês e inglês
      IDH (ONU - 2010): Reino Unido: 0,849 (26°)
      PIB (FMI - 2010): U$ 85,4 bilhões (62°)
      EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2005/2010):  79,4 anos (22º)
      MORTALIDADE INFANTIL (ONU - 2005/2010): 4,9/ mil (24°)
      TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA WORLD FACTBOOK - 2008): 90% (15°)
      TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (PNUD - 2007/2008): 99% (19°)
      MOEDA:  libra esterlina
      RELIGIÃO: cristãos   (80% -católicos  21%, anglicanos 20%, presbiterianos (14%), metodistas (5%), batistas (3%), outros cristãos (17%), islâmicos (11%), sikhismo (4%), hinduísmo (2%), judaísmo (1%), outras (2%).
      DIVISÃO: o País de Gales está dividido em 22 autoridades unitárias:

      1. Merthyr Tydfil 2.  Caerphilly 3.  Blaenau Gwent 4. Torfaen 5. Monmouthshire 6. Newport 7. Cardiff 8.  Vale of Glamorgan 9. Bridgend 10. Rhondda Cynon Taf 11. Neath Port Talbot 12. Swansea 13. Carmarthenshire 14. Ceredigion 15. Powys 16. Wrexham 17. Flintshire 18. Denbigshire 19. Conwy 20. Gwynedd 21. Anglesey 22. Pembrokeshire.
      IRLANDA DO NORTE
      NOME OFICIAL: Irlanda do Norte
      FORMAÇÃO: estabelecimento do Governo da Irlanda: 3 de maio de 1921 
      LOCALIZAÇÃO: norte da ilha da Irlanda
      CAPITAL: Belfast
      Rua de Belfast
      ÁREA:  14.121 km² (156º)
      POPULAÇÃO (ONU - 2011): 1.842.600  habitantes (145º)
      DENSIDADE DEMOGRÁFICA (ONU):  133,10 hab./km² (56°)
      CIDADES MAIS POPULOSAS (2010):

      Belfast: 280.000 habitantes
      Belfast - capital e maior cidade da Irlanda do Norte
      Derry: 108.652 habitantes
      Derry - segunda maior cidade da Irlanda do Norte
      Lisburn: 75.465 habitantes
      Lisburn - terceira maior cidade da Irlanda do Norte
      LÍNGUA: inglês e irlandês
      IDH (ONU - 2010): Reino Unido: 0,849 (26°)
      PIB (FMI - 2010): U$ 58,7 bilhões (69°)
      EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2005/2010):   79,4 anos (22º)
      MORTALIDADE INFANTIL (ONU - 2005/2010): 4,9/ mil (24°)
      TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA WORLD FACTBOOK - 2008): 90% (15°)
      TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (PNUD - 2007/2008): 99% (19°)
      MOEDA: libra esterlina
      RELIGIÃO:  católicos (40%), presbiterianos (20,7%), Igreja da Irlanda (15,3%), outras religiões (9,9%), não-declarada (9%), nenhuma (5%)
      DIVISÃO: os unionistas costumam chamar a Irlanda do Norte de "Ulster" ou de "Província"; os nacionalistas costumam usar os termos "o Norte da Irlanda" ou "os Seis Condados". Ultimamente o termo Ulster tem sido muito utilizado pelos republicanos, pois desta forma tratam a Irlanda do Norte como uma região da Irlanda. O Ulster formou uma das províncias históricas da ilha da Irlanda e consiste de 9 condados. Três desses agora são parte da República da Irlanda. Os seis condados remanescentes se tornaram a Irlanda do Norte:
      1. Condado de Fermanagh 2. Condado de Tyrone 3. Condado de Derry ou Condado de Londonderry 4. Condado de Antrim 5. Condado de Down 6. Condado de Armagh.
        Esses condados tradicionais não são mais usados para fins de governo local, ao invés disso são 26 distritos da Irlanda do Norte. Os "seis condados" permanecem para fins culturais como o GAA e a Ordem Laranja.
      ESCÓCIA
      NOME OFICIAL: Escócia
      FORMAÇÃO: na Idade Média
      LOCALIZAÇÃO: parte setentrional da ilha da Grã-Bretanha
      CAPITAL: Edimburgo
      Rua Central de Edimburgo
      ÁREA: 78.769 km²  (116º)
      POPULAÇÃO (ONU - 2011): 6.062.011  habitantes (105º)
      DENSIDADE DEMOGRÁFICA (ONU): 76,94  hab./km² (96°)
      CIDADES MAIS POPULOSAS (2010):

      Glasgow: 829.501 habitantes
      Glasgow - maior cidade da Escócia
      Edimburgo: 480.100 habitantes
      Edimburgo - capital e segunda maior cidade da Escócia
      Aberdeen: 216.000 habitantes
      Aberdeen- terceira maior cidade da Escócia
      LÍNGUA: inglês
      IDH (ONU - 2010): Reino Unido: 0,849 (26°)
      PIB (FMI - 2010): U$ 176 bilhões (48°)
      EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2005/2010):   79,4 anos (22º)
      MORTALIDADE INFANTIL (ONU - 2005/2010): 4,9/ mil (24°)
      TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA WORLD FACTBOOK - 2008): 90% (15°)
      TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (PNUD - 2007/2008): 99% (19°)
      MOEDA: libra esterlina
      RELIGIÃO: presbiterianos  (65%), católicos (16%), ecumênicos (10%), outros (9%).
      DIVISÃO: as subdivisões da Escócia, definidas pelo governo como Council Areas (Áreas de Concelho), formam as áreas de governo local da Escócia, e são todas autoridades unitárias, segundo uso do governo e definição da lei. Elas não coincidem com os condados tradicionais da Escócia.
         As fronteiras atuais existem desde 1º de abril de 1996, estabelecidas pela Lei do Governo Local. Antes dessa data, a divisão administrativa fazia-se pelas Regiões, que eram subdivididas em distritos.
      1. Inverclyde 2. Renfrewshire 3. West Dunbartonshire 4. East Dunbartonshire 5. Glasgow 6. East Refrewshire 7. North Lanarkshire 8. Falkirk 9. West Lothian 10. Edimburgo 11. Midlothian 12. East Lothian 13. Clackmannanshire 14. Fife 15. Dundee 16. Angus 17. Aberdeenshire 18. Aberdeen 19. Moray 20. Highland 21. Ilhas Ocidentais (Na h-Eileanan an Lar) 22. Argyll and Bute 23. Perth and Kinross 24. Stirling 25. North Ayrshire 26. East Ayrshire 27. South Ayrshire 28. Dumfries and Galloway 29. South Lanarkshire 30. Scottish Borders 31. Shetland 32. Orkney.
      FONTE: Bigotto, José Francisco. Geografia sociedade e cotidiano: espaço mundial 2, 9º ano / José Francisco Bigotto, Márcio Abondanza Vitielo, Maria Adailza Martins de Albuquerque. 2. ed. São Paulo: Escala Educacional, 2009.

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