quinta-feira, 9 de junho de 2011

TIPOS DE CLIMA

  A grande diversidade verificada na conjugação dos fatores climáticos dá origem aos vários tipos de clima. Os principais tipos de clima existentes no mundo são:
POLAR ou GLACIAL
  Ocorre em regiões de latitudes elevadas, próximas aos círculos polares Ártico e Antártico, onde, por causa da inclinação do eixo terrestre, há grande variação na duração do dia e da noite e, consequentemente, na quantidade de radiação absorvida ao longo do ano. Aí também os raios solares sempre incidem de forma oblíqua. Nessas regiões é comum ocorrer durante o verão o fenômeno denominado Sol da Meia-Noite e durante o inverno a Noite Polar.
Paisagem do Ártico
  O Sol da Meia-Noite é a designação comum para o fenômeno que ocorre nas elevadas latitudes, 66º 33’ 39" N ou S, para além da Europa ou da América, quando o Sol não se põe durante pelo menos 215 horas seguidas. Em alguns lugares, o Sol não se põe por mais de 120 dias durante o verão, ou seja, não há noites durante mais de seis meses.
Sol da Meia-Noite em Alta - Noruega
  A Noite Polar é o inverso do Sol da Meia-Noite e ocorre durante o inverno polar, quando os raios solares não chegam a iluminar essa região durante um longo período.
Noite Polar na Groenlândia
  Nas regiões polares é comum ocorrer também o fenômeno denominado Aurora Polar (Boreal no Ártico e Austral na Antártica). A Aurora Polar é um fenômeno óptico composto de um brilho observado nos céus noturnos nas regiões polares, em decorrência do impacto de partículas de vento solar e poeira espacial encontrada na Via Láctea com a alta atmosfera da Terra, canalizados pelo campo magnético terrestre.
Aurora Boreal no Alasca - EUA
  Os climas polares são climas que se caracterizam por baixas temperaturas o ano inteiro, atingindo no máximo 10ºC nos meses de verão, em regiões em que a camada de neve e gelo que recobre o solo derrete e o dia é muito mais longo que a noite.
Climograma Polar: Barrow - Canadá
SUBPOLAR
  O verão é curto e pouco quente e o inverno é frio e longo. As temperaturas médias mensais são por vezes inferiores a -40°C. A amplitude térmica anual é elevada e a precipitação muito baixa, geralmente ocorre na forma de neve.
Climograma Subpolar: Angmagssalik - Groenlândia
TEMPERADO e FRIO
  É apenas nas zonas climáticas temperadas e frias desta classificação que encontramos uma definição clara das quatro estações do ano: primavera, verão, outono e inverno.
Primavera em Victória - Canadá
  Há uma nítida distinção entre as localidades que sofrem influência da maritimidade ou da continentalidade. No clima temperado oceânico, a amplitude térmica é menor, e a pluviosidade  maior.
Climograma Temperado Oceânico: Valentia - Irlanda
  No clima temperado continental, as variações de temperatura diária e anual são bastante acentuadas e os índices de chuva são menores.
Climograma Temperado Continental: Moscou - Rússia 
MEDITERRÂNEO
  Apresenta verões quentes e secos, invernos amenos e chuvosos. Ocorre na Europa Meridional, no sudoeste da Austrália, na Califórnia, no sudoeste da África do Sul e no centro do Chile.
Climograma Mediterrâneo: Badajoz - Espanha
TROPICAL
  As áreas de clima tropical apresentam duas estações bem definidas: inverno, geralmente ameno e seco; e verão, geralmente quente e chuvoso. Ocorre em partes da América do Sul, da África Oriental e África do Sul, sul da Ásia (Índia e Indochina) e norte da Austrália.
Climograma Tropical: Zinguinchor - Senegal
EQUATORIAL
  Ocorre na zona climática mais quente do planeta. Caracteriza-se por temperaturas elevadas (médias mensais em torno de 25ºC), com pequena amplitude térmica anual, já que as variações de duração entre o dia e a noite e de inclinação de incidência dos raios solares são mínimas.
Climograma Equatorial: Kuala Lumpur - Malásia
  Nas áreas mais chuvosas o índice pluviométrico supera os 3.000 mm anuais e não há ocorrência de estação seca, mas nas regiões menos chuvosas o índice cai para 1.500 mm anuais com três meses de estiagem.
Jacarta - Indonésia: cidade localizada em área de clima equatorial
SUBTROPICAL
  Característico das regiões localizadas em médias latitudes nas quais já começaram a se delinear as quatro estações do ano. Tem chuvas abundantes e bem distribuídas e verões quentes e invernos frios, com significativa amplitude térmica. A temperatura média do mês mais quente ultrapassa, frequentemente, os 22°C. No inverno as temperaturas chegam até a 0°C
Climograma Subtropical: Washington - EUA
ÁRIDO ou DESÉRTICO
  Por causa da falta de umidade, caracteriza-se por elevada amplitude térmica diária e sazonal. As temperaturas médias mensais são bastante elevadas, podendo ultrapassar os 35°C. Os índices pluviométricos são inferiores a 250 mm/ano, e ocorre de forma bastante irregular. As estações do ano diferenciam-se pelas diferenças de temperatura.
Climograma Desértico: Uluru - Austrália
DESÉRTICO FRIO
  No verão as temperaturas médias mensais são elevadas e no inverno são baixas. A amplitude térmica anual é muito elevada, assim como a diurna. A precipitação é muito reduzida e ocorre, principalmente, no verão. No inverno ocorre sob a forma de neve.
Climograma Desértico Frio: Kalsalinsk - Cazaquistão
SEMIÁRIDO
  Clima de transição, caracterizado por chuvas escassas e mal distribuídas ao longo do ano. Ocorre tanto em regiões tropicais, onde as temperaturas são elevadas o ano inteiro, quanto em zonas temperadas, onde os invernos são frios.
Climograma Semiárido: Baku - Azerbaijão 
CLIMA DE ALTITUDE
  Encontra-se em todas as áreas de altitude elevada. A altitude é um fator que condiciona a variação da temperatura e da precipitação: a temperatura diminui com o aumento da altitude (6,4°C para cada 1.000 metros) e a precipitação aumenta até um determinado nível. O verão é muito curto, com temperaturas que raramente ultrapassam os 10°C. O inverno é muito frio, e a amplitude térmica anual não é muito elevada. A precipitação anual é muito abundante, ocorrendo, frequentemente, sob a forma de neve.
Climograma de Altitude: Santis - Suiça
CLIMAS NO BRASIL
  Por possuir 92% do território na zona intertropical do planeta, grande extensão no sentido norte-sul e litoral com forte influência das massas de ar oceânicas, o Brasil apresenta predominância de climas quentes e úmidos. Em apenas 8% do território, ao sul do Trópico de Capricórnio, ocorre o clima subtropical, que apresenta maior variação térmica e estações do ano mais bem distribuídas.
  Observe as principais massas de ar que atuam no território brasileiro.
 
1.  Massa Equatorial Atlântica (mEa) - quente e úmida, origina-se no Atlântico Norte do Brasil e atua no litoral setentrional da Amazônia e do Nordeste. Durante o verão, graças à atuação dos ventos alísios de nordeste, essa massa de ar atinge até o litoral leste do Nordeste.
2. Massa Equatorial  Continental (mEc) - quente e úmida, origina-se no interior da Amazônia. Durante o inverno, sua atuação fica restrita apenas à Amazônia, porém, durante o verão, essa massa de ar chega a atingir o Sudeste e o Nordeste do Brasil.
3. Massa Tropical Atlântica (mTa) - quente e úmida, origina-se próximo ao Trópico de Capricórnio. Durante o verão essa massa de ar atinge principalmente o Litoral Leste do Brasil e, durante o inverno, graças aos ventos alísios de sudeste, sua atuação chega até o Centro-Oeste do país.
4. Massa Tropical Continental (mTc) - é a única massa de ar quente e seca que atua no território brasileiro. Origina-se na região do Chaco (Paraguai), e atua principalmente durante o verão em partes da Região Sul e do Centro-Oeste do Brasil.
5. Massa Polar Atlântica (mPa) - fria e úmida, origina-se no Atlântico Sul e atua exclusivamente no inverno, provocando queda de neve na Região Sul, chuvas frontais no litoral do Sudeste e do Nordeste do Brasil e friagem no sul da Amazônia.
  Os principais climas presentes no Brasil são:
1. Clima Equatorial 
  Ocorre em grande parte da Amazônia, é um clima quente e úmido. As temperaturas médias variam entre 24°C e 26°C, com baixa amplitude térmica. As chuvas são abundantes (mais de 2.500 mm/ano) e bem distribuídas. A ação da Massa Equatorial Continental (mEc) produz as chuvas locais (ou de convecção) por meio da evapotranspiração. No inverno, a região recebe frentes frias originárias da Massa Polar Atlântica (mPa), ocasionando as friagens (queda brusca de temperatura). A umidade atmosférica é elevada, geralmente superior a 80%.
Climograma Equatorial Úmido
2. Clima Tropical
  Ocorre em quase todo o Centro-Oeste e em partes do Sudeste e Nordeste. Possui temperaturas elevadas (média anual por volta de 20°C), presença de umidade e índice de chuvas de médio a elevado. Divide-se em:
a) Clima Tropical Continental - caracteriza-se por temperatura elevada (de 18°C a 28°C, com amplitude térmica variando entre 5°C a 7°C, e estações bem definidas - verão chuvoso e inverno seco. Apresenta alto índice pluviométrico (1.500 mm).
Climograma Tropical Continental ou Típico: Goiânia -GO
b) Clima Tropical de Altitude - ocorre principalmente nas regiões serranas do Espírito Santo, Rio de Janeiro e na Serra da Mantiqueira. As temperaturas médias variam de 15°C a 21°C. As chuvas de verão são intensas e no inverno sofre a influência das massas de ar frias vindas do Oceano Atlântico. Durante o inverno pode apresentar geadas.
 
Climograma Tropical de Altitude
c) Clima Tropical Atlântico - presente principalmente nas regiões litorâneas do Sudeste e Nordeste, apresenta grande influência da umidade vinda do Oceano Atlântico. As temperaturas são elevadas durante o verão (podendo atingir até 40°C) e amenas no inverno, principalmente no Sudeste. No Nordeste, a amplitude térmica é menor, visto à proximidade do Equador. Em função da umidade trazida pelo oceano, as chuvas são abundantes. No Nordeste, essas chuvas se concentram durante o inverno e no Sudeste durante o verão.
Climograma Tropical Atlântico
3. Clima Subtropical - abrange a porção do território brasileiro localizada ao sul do Trópico de Capricórnio. Predomina a atuação da Massa tropical Atlântica, que provoca chuvas abundantes, principalmente no verão. No inverno, é frequente a penetração da frente polar, que dá origem a chuvas frontais. O índice médio anual de pluviosidade é elevado (superior a 1.500 mm), e as chuvas são bem distribuídas durante o ano, inexistindo uma estação seca.
  É o tipo de clima que, ao contrário dos demais do Brasil - todos quentes -, pode ser classificado como mesotérmico, isto é, de temperaturas médias (a média do mês mais frio é inferior a 18°C). A amplitude térmica anual é elevada, a maior dos climas brasileiros; o verão é bastante quente e o inverno é bastante frio (às vezes com a ocorrência de geadas).
Climograma Subtropical
4. Clima Semiárido
  Típico do interior do Nordeste, na região conhecida como Polígono das Secas, que corresponde a quase todo o sertão nordestino e aos vales médio e inferior do rio São Francisco. Sofre a influência da Massa Tropical Atlântica (mTa) que, ao chegar à região, já se apresenta com pouca umidade. Caracteriza-se por elevadas temperaturas (média de 27°C) e chuvas escassas (em torno de 750 mm/ano), irregulares e mal distribuídas durante o ano. Há períodos em que a Massa Equatorial Atlântica (mEa) chega no litoral norte da Região Nordeste e atinge o sertão, causando chuvas intensas nos meses de fevereiro, março e abril.
   
Climograma Semiárido
Fonte: SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil, volume 1: espaço geográfico e globalização: ensino médio/ Eustáquio de Sene, João Carlos Moreira. - São Paulo: Scipione, 2010.


segunda-feira, 6 de junho de 2011

CONHEÇA O VIETNÃ


DADOS SOBRE O PAÍS
Nome: República Socialista do Vietname/ Vietnã
Capital: Hanói
Independência: da França: 
Declarada: 02 de setembro de 1945
Reconhecida: 21 de julho de 1954
Área: 331.689 km² (65°)
População: 86.116.559 - 2011 (13°)
PIB: 103,574 bilhões (59°)
IDH: 0,572 (113°)
Expectativa de vida: 74,2 anos (65°)
Mortalidade Infantil: 19,5 (93°)
Alfabetização: 90,3 (94°)
Moeda: Dong (VND)
Religião: budismo (67%), catolicismo (8%), outras (25%
Maiores cidades
Ho Chi Minh City - antiga Saigon (7.387.258 habitantes - 2009)
Ho Chi Minh City - maior cidade do Vietnã
Hanói (6.448.837 habitantes - 2009)
Hanoi - capital e segunda maior cidade do Vietnã
Haiphong (2.120.300 habitantes - 2009)
Haiphong - terceira maior cidade do Vietnã
HISTÓRIA
  A história do Vietnã está documentada há mais de 2500 anos. Durante mil anos, esta região foi dominada por sucessivas dinastias do império chinês, mas obteve a independência em 938 e estabeleceu a dinastia Ngô. O período dinástico terminou no século XIX, quando o país foi colonizado pela França em 1858.
  Durante a Segunda Guerra Mundial, com a derrota da França na primeira fase da Guerra, o Vietnã foi ocupado pelo Japão e estabeleceram no trono do Imperador Bao Dai.
Bao Dai - último imperador do Vietnã
  Quando a guerra terminou, a França tentou restabelecer o controle, mas não conseguiu. Os franceses foram derrotados na Batalha de Dien Bien Phu, após oito anos de luta armada, comandada por Giap em 1954, na primeira guerra da Indochina, mesmo com ajuda dos EUA. Mas na Conferência de Genebra o Vietnã foi dividido em dois países separados: o Vietnã do Norte, socialista, e o Vietnã do Sul, capitalista.
  Durante a Guerra Fria, o norte, comunista, tinha o apoio da China e da União Soviética, enquanto o sul, anti-comunista, era apoiado pelos EUA. Isso gerou a Guerra do Vietnã ou, segundo os vietnamitas, a Guerra Americana.
  Essa guerra colocou em confronto, de um lado, a República do Vietnã (Vietnã do Sul) e os Estados Unidos, com a participação efetiva, porém secundária, da Coreia do Sul, da Austrália e da Nova Zelândia; do outro, a República Democrática do Vietnã (Vietnã do Norte) e a Frente Nacional para a Libertação do Vietnã (FNL), com o apoio da China, da Coreia do Norte e, principalmente, da União Soviética, porém, esses países não se envolveram efetivamente no conflito.
Imagens da Guerra do Vietnã
  Em 1965, os Estados Unidos enviaram tropas para sustentar o governo do Vietnã do Sul, que se mostrava incapaz de debelar o movimento insurgente de nacionalistas e comunistas, que haviam se juntado na Frente Nacional para a Libertação do Vietnã (FNL).
Soldado do Vietnã do Sul apontando arma para um rebelde do Vietnã do Norte
  Entretanto, apesar de seu imenso poder militar e econômico, os norte-americanos falharam em seus objetivos, sendo obrigados a se retirarem do país em 1973 e dois anos depois o Vietnã foi reunificado sob um governo socialista, tornando-se oficialmente, em 1976, a República Socialista do Vietnã.
  Na guerra, aproximadamente três a quatro milhões de vietnamitas dos dois lados morreram, além de outros milhões de cambojanos e laocianos, arrastados para a guerra com a propagação do conflito, e de cerca de 50 mil soldados norte-americanos.
  Durante o conflito, as tropas do exército do Vietnã do Norte travaram uma guerra convencional contra as tropas norte-americanas e sul-vietnamitas, e as milícias da FNL menos equipadas e treinadas, lutaram por meio de uma guerra de guerrilha na região, usando as selvas do Vietnã, espalhando armadilhas mortais aos soldados inimigos, enquanto os Estados Unidos se armaram de grande poder de fogo, em artilharia e aviação de combate para destruir as bases inimigas e impedir suas ofensivas.
Soldados Vietcongues
  À exceção das linhas de combate ao redor dos perímetros fortificados de bases e campos militares, não houve nesta guerra a formação clássica de linhas de frente e as operações aconteceram em zonas delimitadas; missões de busca e destruição por parte das forças norte-americanas, com o uso de bombardeios maciços com armas químicas desfolhantes e sabotagens da guerrilha na retaguarda das zonas urbanas (em particular, sobre as devastadoras consequências do uso do napalm, uma mistura de sais alumínicos e ácidos orgânicos, usados na indústria bélica para a fabricação de bombas, precisamente pelo seu alto poder incendiário).
Bombardeio B-66 e quatro F - 105 Thunderchiefs lançando suas bombas em uma cidade do Vietnã do Norte
  Travada com uma grande cobertura diária dos meios de comunicação, a guerra levou a uma forte oposição e divisão da sociedade norte-americana, que gerou os Acordos de Paz de Paris em 1973, causando a retirada das tropas do país do conflito. Ela prosseguiu com a luta entre o Norte e o Sul do Vietnã dividido, terminando em abril de 1975, com a invasão e ocupação comunista de Saigon, então capital do Vietnã do Sul e a rendição total do exército sul-vietnamita.
Uma das cenas mais chocantes da guerra. Crianças  correndo por causa de queimaduras provocadas pelos produtos químicos lançados pelos soldados norte-americanos. Essa cena causou revolta entre a população dos Estados Unidos, que reivindicavam cada vez mais o fim da guerra.
  Para os Estados Unidos, a Guerra do Vietnã resultou na maior confrontação armada que o país já se viu envolvido, e a derrota provocou a "Síndrome do Vietnã" em seus cidadãos e sua sociedade, causando profundos reflexos na sua cultura, na indústria cinematrográfica e grande mudança na sua política exterior.
  Durante mais de 15 anos de guerra os Estados Unidos despejaram no Vietnã mais bombas do que em toda a Segunda Guerra Mundial, além de terem feito teste com armas químicas e bacteriológicas e destruírem mais de 70% de todos os povoados do norte.
Platoon - filme estadunidense de 1986, do gênero drama de guerra, escrito e dirigido por Oliver Stone. O filme mostra os horrores da guerra do Vietnã através dos olhos de Chris, um jovem recruta estadunidense que se alista voluntariamente para o combate. Na guerra, o jovem trava contato com os sargentos Barnes e Elias: o primeiro, um assassino brutal e psicopata; o segundo um pacifista inteligente e sensível.
  Em julho de 1976, a República do Vietnã do Sul e a República Democrática do Vietnã (Vietnã do Norte) uniram-se, formando a República Socialista do Vietname. Saigon, que era a capital do Vietnã do Sul passa a se chamar Ho Chi Minh, em homenagem ao ex-presidente do Vietnã do Norte.
Ho Chi Minh - ex-presidente do Vietnã do Norte
A REUNIFICAÇÃO POLÍTICA
  Completado o processo de reunificação, nasceu a República Socialista do Vietnã com posições pró-soviéticas. Todavia, as consequências do conflito foram gravíssimas: os intensos bombardeamentos norte-americanos tinham destruído cerca de 70% das instalações industriais do Norte, tornado impraticáveis quase todas as vias de comunicação e queimado com bombas químicas vastas extensões de florestas. De uma maneira geral, as operações militares tinham tirado a mão de obra das atividades industriais, causando a interrupção de todos os investimentos profundos do Norte; haviam impedido as atividades agrícolas no Sul; limitado fortemente em todo o país a pesca marítima.
Área destruída pelo lançamento de nalpam no Vietnã
  Essas problemáticas tiveram de ser imediatamente enfrentadas já na primeira fase da reconstrução, procurando uma resposta para ela, através do política de plano, em linha com os princípios ideológicos do socialismo e com o modelo de desenvolvimento já adotado nos países comunistas. 
  Hoje, passados quase trinta anos, a República ainda tem de resolver problemas importantes, como a integração de duas estruturas econômicas profundamente diferentes uma da outra.
GEOGRAFIA
  O Vietnã é um país longo e estreito que ocupa a costa oriental da península da Indochina, sobre o Golfo de Tonkin e o Mar da China. O clima predominante é o clima de monções, que é quente e muito chuvoso.
  As monções são um fenômeno típico da região sul e sudeste da Ásia, onde o clima é condicionado por massas de ar que ora viajam do interior do continente para a costa (monção continental), ora da costa para o continente (monção marítima).
   Predominam as florestas tropicais e a rede hidrográfica é muito rica. Os principais rios são o rio Song Cai (Red River ou Rio Vermelho), que corta a capital Hanói, ao norte, e o rio Mekong, ao sul, que é o rio mais importante da Indochina. Esse rio corta a maior cidade do país, Ho Chi Minh.
Rio Mekong no sul do Vietnã
  A parte norte é mais elevada, sob a influência das cadeias montanhosas formadoras do Himalaia do sul da China, onde se localiza o Fan Si Pan, cuja altitude é de 3.144 metros, sendo o ponto mais alto do país e de toda a Indochina.
 Fan Si Pan - ponto culminante do Vietnã
  Em toda a sua fronteira oeste com o Laos e com o nordeste do Camboja, estende-se a Cordilheira Anamita, com altitudes chegando em torno dos 2.000 metros, servindo de divisor de águas entre o vale do rio Mekong, em território laosiano, e a bacia hidrográfica costeira do Mar da China Meridional.
Cordilheira Anamita - Vietnã
  O norte do país é rico em antracito, linhito, carvão, minério de ferro, manganês, bauxita e titânio.
  A agricultura ocupa a maioria da população economicamente ativa (PEA) do país, sendo que o arroz é o principal produto.
Cultivo de arroz no Vietnã
ECONOMIA
  Entre os países do Sudeste Asiático, foi o Vietnã quem seguramente atingiu a independência política com maiores dificuldades e com altos custos sociais e ambientais. A região a norte do paralelo 17 obteve a independência da França em 1954 e organizou-se como República Democrática. O novo regime exerceu imediatamente um controle direto sobre a economia, nacionalizando as empresas industriais estrangeiras e implantando outras, especialmente nos setores de base.
Cabana e mercado sobre o rio Mekong no Vietnã
  Nos campos, depois das expropriações dos latifúndios, formaram-se primeiro cooperativas e, depois, empresas agrícolas estatais. A seguir, a República empreendeu, com a ajuda do governo soviético, uma guerra para alcançar a reunificação das províncias do Sul, que ainda eram colônias da França.
  Depois da derrota da França, os Estados Unidos, determinados a impedir o avanço do comunismo, envolveram-se cada vez mais no conflito e, a partir de 1965, intensificaram a sua presença no país.
  Pelo menos até a segunda metade dos anos oitenta, o desenvolvimento econômico do Vietnã se deu sem acelerações especiais. Nos campos, disponibilizaram-se globalmente, 500.000 hectares de terras abandonadas ou danificadas pela guerra; arrotearam-se mais de um milhão de novas terras; introduziram-se maquinarias e fertilizantes.
  A agricultura, já amplamente coletivizada, conseguiu superar as dificuldades subsequentes à guerra e alcançar os resultados positivos; a produção de arroz, distribuída por cerca de 90% das terras cultivadas, mostrou um crescimento notabilíssimo, a ponto que, pela primeira vez na história, o Vietnã - um país eminentemente agrícola - se tornou auto-suficiente quanto ao consumo interno de arroz, de que é também exportador e o 5º maior produtor mundial.
  Além da rizicultura, estão em expansão as culturas do milho, batata-doce, mandioca, hortaliças, frutas (ananás e cítricos), cana-de-açúcar, borracha, chá, café (cujo país é o segundo maior produtor mundial depois do Brasil), dentre outros.
  Nos últimos anos, graças aos investimentos estrangeiros, principalmente de Hong Kong e Taiwan, o Vietnã, foi um dos países que mais cresceram no Sudeste Asiático, a ponto de se tornar um Novíssimo Tigre Asiático.
Trabalhadores em uma indústria de eletroeletrônicos no Vietnã

quarta-feira, 1 de junho de 2011

TEMPO E CLIMA

  Para entender o significado de clima, é importante distingui-lo de tempo atmosférico. O tempo corresponde a um estado momentâneo da atmosfera num determinado lugar, com relação à combinação de fenômenos como temperatura, umidade, pressão do ar, ventos e nebulosidade. Ele pode mudar em poucas horas ou até mesmo de um instante para outro.
  Já o clima corresponde ao comportamento do tempo em um determinado lugar durante um período longo, de pelo menos 30 anos. O clima é a sucessão dos diferentes tipos de tempo que resultam do movimento constante da atmosfera.
  O clima depende de diversos fatores. Os fatores climáticos são:
1. LATITUDE
  De forma geral, quanto maior a latitude, ou seja, quanto mais nos afastamos do Equador, em direção aos polos, menores são as temperaturas médias anuais. Nos locais próximos ao Equador, a inclinação é menor e os raios solares incidem sobre uma área menor. Em contrapartida, conforme aumenta a latitude, maior se torna a inclinação com que os raios solares incidem, abrangendo uma área maior. Como resultado, a intensidade de luz incidente é diferente, e a temperatura média tende a ser maior quanto mais próximo ao Equador e menor quanto mais próximo aos polos.
  Assim, a variação latitudinal é o principal fator de diferenciação das zonas climáticas - polar, temperada e tropical. Porém, em cada uma dessas zonas encontramos variados tipos de clima, explicados pelas diferentes associações dos demais fatores climáticos.
2. ALTITUDE
  Quanto maior a altitude, menor a temperatura média do ar. No alto de uma montanha a temperatura é menor do que a verificada no nível do mar no mesmo instante e na mesma latitude. Isso porque quanto maior a altitude, menor a pressão atmosférica, o que torna o ar mais rarefeito, ou seja, há uma menor concentração de gases, umidade e materiais particulados. Como há menor densidade de gases e partículas de vapor de água e poeira, diminui a retenção de calor nas camadas mais elevadas da atmosfera e, em consequência, a temperatura é menor. Além disso, nas maiores altitudes, a área de superfície que recebe e irradia calor é menor.
  O tipo de superfície atingida pela luz solar exerce também influência na diferença de temperatura atmosférica porque o aquecimento do ar é feito por meio da reflexão dos raios solares por essa superfície.
3. ALBEDO
  Os raios solares que penetram na atmosfera e são por ela refletidos, sem incidir na superfície, retornam ao espaço sideral e não alteram a temperatura do planeta, já que não há retenção de energia. O índice de reflexão de uma superfície - o albedo - varia de acordo com sua cor. A cor, por sua vez, depende de sua composição química e de seu estado físico. A neve, por ser branca, reflete até 90% dos raios solares incidentes, enquanto a Floresta Amazônica, por ser verde-escura, reflete apenas cerca de 15%. Quanto menor o albedo, maior a absorção de raios solares, maior o aquecimento e, consequentemente, a irradiação de calor.
4. MASSAS DE AR
  São grandes porções da atmosfera que possuem características comuns de temperatura, umidade e pressão e podem estender por milhares de quilômetros. Formam-se quando o ar permanece estável por um tempo sobre uma superfície homogênea (o oceano, as calotas polares ou uma floresta) e se deslocam por diferença de pressão, levando consigo as condições de temperatura e umidade da região em que se originaram. À medida que se deslocam, vão se transformando pela interação com outras massas, com as quais trocam calor e/ou umidade. De maneira geral, podemos distinguir as massas de ar da seguinte forma: as oceânicas são úmidas e as continentais, secas (embora haja continentais úmidas, como as que formam sobre grandes florestas); as tropicais e equatoriais são quentes e as temperadas e polares são frias.
5. Continentalidade e maritimidade
  A maior ou menor proximidade de grandes corpos de água, como oceanos e mares, exerce forte influência não só sobre a umidade relativa do ar, mas também sobre a temperatura. Em áreas que sofrem influência da continentalidade (localização no interior do continente distante do litoral), há maior variação de temperatura ao longo de um dia, ou mesmo de uma estação do que em áreas que sofrem influência da maritimidade (proximidade de oceanos e mares). Isso ocorre porque o calor específico da água é maior do que o da terra. Em consequência, os oceanos demoram mais para se aquecer do que os continentes. Em contrapartida, a água retém calor por mais tempo e demora mais para irradiar a energia absorvida; assim, os continentes esfriam com maior rapidez quando a incidência de luz solar diminui ou cessa. Um dos resultados dessas diferenças é o fato de que no litoral a amplitude térmica diária é menor que no interior dos continentes.
  Nas regiões litorâneas, há também o sistema de brisas, que são os ventos que ocorrem próximos da superfície do mar.
  As altitudes baixas e os ventos locais são extremamente influenciados pela superfície, sendo deflectidos por obstáculos e zonas mais rugosas, e sua direção resulta da soma dos efeitos globais e locais. No começo do dia, o aquecimento do sol faz com que o ar estagnado no fundo do mar, mais denso e pesado, comece a fluir ao longo das encostas sob a forma de ventos de vales. Quando os ventos globais são fracos, os ventos locais podem dominar. É o caso das brisas marítimas.
  Como as massas de terra são aquecidas pelo sol mais rapidamente do que o oceano, o ar em cima delas ascende e cria uma baixa pressão no solo, que atrai o ar mais fresco do mar: é o que chamamos de brisa marítima. Ao cair da noite, há muitas vezes um período de calma durante o qual a temperatura em terra e no mar são iguais. De noite, como o oceano arrefece mais lentamente, a brisa sopra da terra na direção oposta, mas é geralmente mais fraca porque a diferença de temperatura é menor.
  É por isso que quase sempre os pescadores marítimos preferem sair para pescar à noite, pois é a brisa continental que contribuirá para levar o barco até o alto-mar.
6. Correntes marítimas
  São extensas porções de água que se deslocam pelo oceano, quase sempre nas mesmas direções, como se fossem larguíssimos "rios" dentro do mar, movimentadas pela ação dos ventos e pela influência da rotação da Terra, que as desloca para oeste - no Hemisfério Norte as correntes circulam no sentido horário e no Hemisfério Sul, anti-horário.
  Diferenciam-se em temperatura, salinidade e direção das águas do entorno do continente. Causam forte influência no clima, principalmente porque alteram a temperatura atmosférica, e são importantes para a atividade pesqueira: em áreas de encontro de correntes quentes e frias, aumenta a disponibilidade de plâncton, o que atrai cardumes.
  A corrente do Golfo, por ser quente, impede o congelamento do Mar do Norte e ameniza os rigores climáticos do inverno em toda a faixa ocidental da europa.
Corrente do Golfo - percurso em laranja
  A corrente de Humboldt, no Hemisfério Sul e a da Califórnia, no Hemisfério Norte, ambas frias, causam queda da temperatura nas áreas litorâneas, respectivamente, do norte do Chile e do sudoeste dos Estados Unidos. Isso provoca a condensação do ar e chuvas no oceano, fazendo com que as massas de ar percam a umidade. Ao atingirem o continente, as massas de ar estão secas e originam desertos, como o de Atacama, no Chile, e o da Califórnia, nos Estados Unidos.
  Já as correntes quentes do Brasil (no leste da América do Sul), das Agulhas (no sudeste da África)  e Leste-Australiana, estão associadas a massas de ar quente e úmido, que aumentam a pluviosidade e provocam fortes chuvas de verão no litoral, fato que acentua quando há a presença de serras.
7. VEGETAÇÃO
Mata de Araucárias no Paraná
  Os diferentes tipos de cobertura vegetal, apresentam grande variação de umidade, o que influencia diretamente a absorção e a irradiação de calor, além da umidade do ar. Numa região florestada, as árvores impedem que os raios solares incidam diretamente sobre a superfície terrestre, diminuindo a absorção de calor e a temperatura. As plantas, por sua vez, retiram umidade do solo pelas raízes e a transferem para a atmosfera pelas folhas (transpiração), aumentando a umidade do ar. Isso ajuda a transferir parte da energia solar ao processo de evaporação, diminuindo a quantidade de energia que aquece a superfície e, consequentemente, o ar. 
  Quando ocorre um desmatamento de grandes proporções, há acentuada diminuição da umidade e elevação significativa das temperaturas médias por causa do aumento da absorção e irradiação do calor.
Desmatamento na Amazônia
  Além dos fatores climáticos, existem os atributos  ou elementos climáticos. Os mais importantes são a temperatura, a umidade e a pressão atmosférica.
1. TEMPERATURA
  A temperatura é a intensidade de calor existente na atmosfera. O Sol não aquece o ar diretamente. Se não incidirem sobre uma partícula em suspensão,(como poeira e vapor d'água), os raios solares atravessam a camada da atmosfera sem aquecê-la e atingem a superfície do planeta. Só depois de aquecidas, as terras, as águas e demais elementos presentes na superfície - prédios, calçadas, áreas agrícolas etc., irradiam o calor para a atmosfera.
Deserto do Saara - possui grande amplitude térmica diária
2. UMIDADE
  A umidade é a quantidade de vapor de água presente na atmosfera num determinado momento, resultado do processo de evaporação das águas da superfície terrestre e da transpiração das plantas.
  A umidade relativa do ar, expressa em porcentagem, é uma relação entre a quantidade de vapor existente na atmosfera num dado momento (umidade absoluta, expressa em g/m³) e a quantidade de vapor de água que essa atmosfera comporta. Quando este limite é atingido, a atmosfera atinge o seu ponto de saturação e ocorre a chuva.
  Se ao longo do dia a umidade relativa estiver aumentando, chegando próximo de 100%, há grande possibilidade de ocorrer precipitação, pois a atmosfera está atingindo seu ponto de saturação. Para chover, o vapor d'água tem de se condensar, passando do estado gasoso para o líquido, o que acontece com a queda de temperatura. Em contrapartida, se a umidade relativa do ar for constante ou estiver diminuindo, dificilmente choverá.
Neblina - o efeito mais visível da umidade do ar
  É importante destacar que a capacidade de retenção de vapor d'água na atmosfera também está associada à temperatura. Quando a temperatura está elevada, os gases estão dilatados e aumenta sua capacidade de retenção de vapor; ao contrário, com temperaturas baixas os gases ficam mais adensados e é necessária uma menor quantidade de vapor para atingir o ponto de saturação.
  As condições de umidade relativa do ar são importantes para a saúde e a sensação de conforto ou desconforto térmico. Nos dias quentes e úmidos, nosso organismo sente maior necessidade de transpirar, enquanto nos dias secos se agravam os problemas respiratórios e de irritação de pele.
  A precipitação pode ocorrer de várias formas, dependendo das condições atmosféricas. Além das chuvas, existem outros tipos de precipitação, como a neve e o granizo. A neve é característica de zonas temperadas e frias, quando a temperatura do ar está abaixo de zero. Quando isso ocorre, o vapor d'água contido na atmosfera se congela e os flocos de gelo, formados por cristais, precipitam-se.
Neve - um dos tipos de precipitação
  O granizo é constituído por pedrinhas formadas pelo congelamento das gotas de água contidas em nuvens chamadas cúmulos-nimbo, que também estão associadas aos temporais com a presença de raios. Esse congelamento acontece quando uma nuvem carregada de gotículas de água encontra uma camada de ar muito fria.
Chuva de granizo
  Os três principais tipos de chuva são:
Chuva frontal: nas frentes, que são zona de contato entre duas massas de ar de características diferentes, uma quente e outra fria, ocorre a condensação do vapor e a precipitação da água na forma de chuva. A área de abrangência e o volume de água precipitada estão relacionados com a intensidade das massas, variável no decorrer do ano.
Chuva de relevo ou orográfica: barreiras de relevo levam as massas de ar a atingir elevadas altitudes, o que causa queda de temperatura e condensação do vapor. Esse tipo de chuva costuma ser localizada, intermitente e fina e é muito comum nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste do Brasil, onde as serras e chapadas dificultam o deslocamento das massas úmidas provenientes do oceano Atlântico para o interior do continente.
Chuva de convecção ou de verão: em dias quentes, o ar próximo à superfície fica menos denso e sobe para as camadas superiores da atmosfera, carregando umidade. Ao atingir altitudes maiores, a temperatura diminui e o vapor se condensa em gotículas que permanecem em suspensão. O ar fica mais denso e desce frio e seco para a superfície, iniciando novamente o ciclo convectivo. Ao fim da tarde, a nuvem resultante está enorme, chegando a atingir até 10 quilômetros de altura e provocando chuvas torrenciais rápidas e localizadas. Após a precipitação, o céu costuma ficar claro novamente. Essas chuvas são as principais responsáveis por alagamentos, especialmente em centros urbanos, onde há grandes áreas impermeabilizadas.
3. PRESSÃO ATMOSFÉRICA
  A pressão atmosférica é a medida da força exercida pelo peso da coluna de ar contra uma área. Quanto mais elevada a temperatura, maior a movimentação das moléculas e mais elas se distanciam uma das outras; como resultado, mais baixo é o número de moléculas em cada metro cúbico de ar e menor se torna seu peso; portanto, menor a pressão exercida sobre uma superfície. Inversamente, quanto menor a temperatura, maior é a pressão atmosférica.
  Quando o ar é aquecido, fica menos denso e sobe, o que diminui a pressão sobre a superfície e forma uma área de baixa pressão atmosférica, também chamada de ciclonal, que é receptora de ventos. Ao contrário, quando o ar é resfriado, fica mais denso e desce formando uma zona de alta pressão, ou anticiclonal, que é emissora de ventos. Esse movimento pode ocorrer entre áreas que distam apenas alguns quilômetros ou em escala regional, como a Massa Equatorial Continental, que atua sobre a Amazônia.
  Já os furacões se formam sobre os oceanos em áreas de águas quentes e baixa pressão.
  Já em escala planetária temos os ventos alísios, que atuam ininterruptamente , se deslocando das regiões subtropicais e tropicais (alta pressão) para a região equatorial (baixa pressão), e são desviados para oeste pelo movimento de rotação da Terra. Com esse desvio, formam-se os ventos alísios de sudeste no Hemisfério Sul e os ventos alísios de nordeste, no Hemisfério Norte.
    Quando ocorre o deslocamento provocado pela expansão de massas de ar quente e, consequentemente, formação de frentes quentes, temos uma situação na qual o ar se desloca das áreas de maior temperatura para as de menor.
Fonte: SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil, volume 1: espaço geográfico e globalização: ensino médio/ Eustáquio de Sene, João Carlos Moreira. - São Paulo: Scipione, 2010.

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