terça-feira, 23 de janeiro de 2024

POPULAÇÃO DOS ESTADOS BRASILEIROS DE ACORDO COM O CENSO DO IBGE 2022

Posição

Unidades da Federação

Nº de Municípios Instalados

População (Censo IBGE 2022)

Área (km²)

Densidade demográfica (hab./km²)

São Paulo (SP)

645

44.411.238

248.219,485

178,92

Minas Gerais (MG)

853

20.539.989

586.513,983

35,02

Rio de Janeiro (RJ)

92

16.055.174

43.750,425

366,97

Bahia (BA)

417

14.141.626

564.760,429

25,04

Paraná (PR)

399

11.444.380

199.298,981

57,42

Rio Grande do Sul (RS)

497

10.882.965

281.707,151

38,63

Pernambuco (PE)

185

9.058.931

98.067,877

92,37

Ceará (CE)

184

8.794.957

148.894,447

59,07

Pará (PA)

144

8.120.131

1.245.870,704

6,52

10º

Santa Catarina (SC)

295

7.610.361

95.730,690

79,50

11º

Goiás (GO)

246

7.056.495

340.242,859

20,74

12º

Maranhão (MA)

217

6.776.699

329.651,496

20,56

13º

Paraíba (PB)

223

3.974.687

56.467,242

70,39

14º

Amazonas (AM)

62

3.941.613

1.559.255,881

2,53

15º

Espírito Santo (ES)

78

3.833.712

46.074,448

83,21

16º

Mato Grosso (MT)

141

3.658.649

903.208,361

4,05

17º

Rio Grande do Norte (RN)

167

3.302.729

52.809,599

62,54

18º

Piauí (PI)

224

3.271.199

251.755,481

12,99

19º

Alagoas (AL)

102

3.127.683

27.830,661

112,38

20º

Distrito Federal (DF)

1

2.817.381

5.760,784

489,06

21º

Mato Grosso do Sul (MS)

79

2.757.013

357.142,082

7,72

22º

Sergipe (SE)

75

2.210.004

21.938,188

100,74

23º

Rondônia (RO)

52

1.581.196

237.754,172

6,65

24º

Tocantins (TO)

139

1.511.460

277.423,627

5,45

25º

Acre (AC)

22

830.018

164.173,429

5,06

26º

Amapá (AP)

16

733.759

142.470,762

5,15

27º

Roraima (RR)

15

636.707

223.644,530

2,85

Fonte: IBGE. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/panorama. Acesso em: 23/01/2024

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

A CRIAÇÃO DE GALINHA CAIPIRA

   O termo "galinha caipira" é utilizado na culinária brasileira para se referir ao galináceo doméstico criado solto em quintais e fazendas, em contraste com a criação industrial ou de granja. Aparece com nomes distintos em várias partes do Brasil: "galinha caipira", no Sudeste, "galinha de capoeira", no Norte e Nordeste, "galinha matuta" ou "galinha pé-dura", no Nordeste, "galinha crioula" ou "galinha caneluda", no Rio Grande do Sul.

  Relata-se que os tropeiros comiam apenas carne de sol e farinha durante as sua viagens e, ao retornarem para suas casas, desejavam comer algo diferente. Assim, as famílias preparavam o frango caipira acompanhado de pirão.

Galinha caipira com seus pintinhos

  No Brasil, a criação de galinhas caipiras é uma tradição. Mesmo em áreas urbanas, em improvisados galinheiros, a criação dessas aves é meio de obtenção de carne e ovos.

  As galinhas caipiras são originadas a partir da chegada dos colonizadores ao território brasileiro, que trouxeram os animais quando vieram residir no Brasil. Devido terem vindo de vários lugares diferentes, apresentam plumagem, portes e comportamentos distintos.

  Além de se adaptarem bem ao clima quente, são bastante resistentes à doenças. Sua carne e seus ovos são mais saborosos que os produzidos em granjas industriais. Apesar de serem mais caras, a galinha caipira é a preferida por muitos consumidores.

Galinhas caipiras criadas soltas

FONTE:

Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Galinha_caipira. Acesso em: 27/12/2023


terça-feira, 19 de dezembro de 2023

A CONFERÊNCIA DAS PARTES (COP) E O ACORDO DE PARIS

   Iniciadas em 1995, as Conferências das Partes (ou COPs, da sigla em inglês), são reuniões anuais entre os representantes dos 193 países que assinaram a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Nas COPs são discutidas medidas a serem implantadas pelos governos dos diversos países para atingir as metas de emissão de poluentes atmosféricos e combater o aquecimento global.

  Até 2014, as COPs foram marcadas pela divergência entre países com diferentes níveis de desenvolvimento econômico. Isso porque a maior parte dos gases de efeito estufa era emitida pelos países mais desenvolvidos e industrializados - com exceção da China - seguidos por outros países emergentes, como Brasil, Índia, Rússia, México, entre outros.

  Além disso, os países mais pobres, que emitem a menor parte dos gases e sofrem de forma mais intensa os efeitos das mudanças climáticas, reivindicam a transferência de recursos e tecnologia dos países desenvolvidos para que possam enfrentar essas consequências.

  Nesse sentido, a COP 21, realizada em Paris, em 2015, que contou com a participação de 195 países, foi considerada um marco histórico comparável ao Protocolo de Kyoto. Em relação às COPs anteriores, o documento intitulado "Transformando nosso mundo: a agenda do Desenvolvimento Sustentável para 2030" do Acordo de Paris avançou em dois pontos fundamentais: estabeleceu a meta de manter o aumento das temperaturas globais abaixo de 2°C, considerando os níveis pré-industriais, além de acenar a possibilidade de aumentar essa meta para 1,5ºC; levou em conta a diferenciação das responsabilidades e a capacidade produtiva dos países, ou seja, aqueles que mais poluem deveriam assumir maiores responsabilidades.

Representantes nacionais durante a COP 21

  Uma das medidas foi a criação de um fundo destinado ao enfrentamento das consequências do aquecimento global nos países mais pobres. Foi estipulado, ainda, um cronograma de revisão das metas a cada cinco anos.

  Apesar dos avanços, há críticas e preocupações em relação a esse acordo, entre as quais se destacam:

  • assim como nos documentos anteriores, os próprios países estipulam suas metas de redução de gases do efeito estufa, os chamados INDCs; além disso, o acordo não propõe mecanismos legais que permitam cobrar dos países as metas estabelecidas;
  • a falta de clareza quanto à descarbonização das fontes de energia, já que o texto final não cita explicitamente os termos "descarbonização" e "combustíveis fósseis", indicando vagamente o objetivo de alcançar um pico de emissões de poluentes;
  • os valores a serem destinados para ajuda aos países mais pobres e mais atingidos pelos efeitos do aquecimento global são muito inferiores aos subsídios dados pelos governos à produção de combustíveis fósseis, avaliados em US$ 450 bilhões por ano;
  • a não adesão dos Estados Unidos, sob à época o governo de Donald Trump, uma das maiores e mais influentes economias do mundo e responsável por cerca de 18% das emissões globais de poluentes atmosféricos; além dos Estados Unidos, não aderiram apenas a Síria (devido à guerra civil que o país enfrentava), o Vaticano (por não ser integrante da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), a Nicarágua (que alegou a falta de compromissos concretos dos países mais ricos e maiores poluidores) e microestados, como Nauru, Tuvalu, Palau e Mônaco.

O declínio do gelo flutuante do Ártico é um dos sinais mais evidentes do aquecimento global. A animação mostra a redução entre 1979 e 2010

A COP 26

  A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima de 2021, também conhecida como COP26, foi realizada entre 1 e 12 de novembro de 2021 na cidade de Glasgow, Escócia. A reunião foi originalmente agendada para novembro de 2020, mas a pandemia da COVID-19 fez com que fosse adiada. A conferência incluiu também a 15ª reunião das partes do Protocolo de Kyoto (CMP16) e a 2ª reunião das partes do Acordo de Paris (CMA3).

  A conferência foi realizada com a participação de delegações de quase 200 países, acompanhada por grandes manifestações de grupos ambientalistas. No dia 13 de novembro de 2021, foi assinado um compromisso internacional. O texto enfatizou  a necessidade de uma rápida redução das emissões de carbono, pretendendo chegar ao objetivo de 45% de redução até 2030 (em relação aos patamares de 2010), e em 2050 as emissões deverão estar neutralizadas globalmente, significando que na data, qualquer emissão adicional deverá ser recompensada por reflorestamento ou mecanismos de captura de carbono.

Manifestação em Glasgow exigindo medidas mais duras contra o aquecimento global

A COP28

  A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023, ou Conferência das Partes da CONUMC, mais comumente conhecida como COP28, foi realizada entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro de 2023, na cidade de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

  A conferência foi amplamente criticada pelo seu controverso presidente, Sultan Al Jaber, bem como pela sua localização nos Emirados Árabes Unidos, que é conhecido pelo seu registro ambiental opaco e pelo seu papel como grande produtor de combustíveis fósseis.

  O acordo final da COP28, prevê, dentre outros,  a redução gradual do uso de combustíveis fósseis, e a necessidade de reduções profundas, rápidas e sustentadas da emissão de carbono.

  O acordo prevê também triplicar a capacidade de energia renovável em nível mundial e duplicar a taxa média anual global de melhorias na eficiência energética até 2030. Ficou estabelecido também que a próxima conferência (COP30) será realizada na cidade de Belém (PA) entre os dias 4 e 8 de agosto de 2025.

Reunião da COP28 em Dubai, Emirados Árabes Unidos

FONTE:

Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Conferência_das_Nações_Unids_sobre_as_Mudanças_Climáticas. Acesso em: 19/12/2023

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

IRENOLOGIA: A CIÊNCIA DA PAZ

  A palavra irenologia é composta por dois vocábulos gregos: eirene, paz, e logos, estudo. Portanto, a irenologia é o estudo sistemático da paz conforme a concebem as diversas culturas, sociedades, religiões e saberes. Trata-se de uma disciplina acadêmica, que tem por objetivo investigar as condições, o ambiente e os envolvidos no esforço comum para se estabelecer, manter e promover a paz, quer entre as nações, quer entre grupos sociais ou mesmo entre indivíduos.

  Os estudos irenológicos andam, paradoxalmente, de mãos dadas com os polemológicos. No estouro de um conflito, armado ou não, a primeira coisa a ser buscada é a paz. Nesse esforço, até mesmo um armistício é motivo de festejos e comemorações. Etimologicamente, o termo "armistício", oriundo do latim armistitium, significa "cessação das armas". Nessas ocasiões, como resultado dos movimentos diplomáticos, os lados envolvidos sentam-se a negociar uma paz definitiva: às vezes, nem provisoriamente se logra obtê-la. Naquele momento, os adversários igualam-se à mesa de negociações; todos querem acabar com o conflito; pelo menos é o que se espera.

Cópia da escultura Reconciliação, de Josefina de Vasconcelos (1977)

  A partir da segunda metade do século XX, o desenvolvimento tecnológico aumentou a capacidade destrutiva das armas, colocando em risco  a vida no planeta. Estima-se que, em 2023, existam mais de 14 mil armas nucleares no mundo, a maior parte delas pertencentes aos Estados Unidos e à Rússia (cada um deles têm cerca de 6 mil armas). Reino Unido, França, China, Paquistão, Índia, Israel e Coreia do Norte também detêm armamentos desse tipo, que se caracterizam pelo alto poder destrutivo e pelas consequências a longo prazo para os indivíduos e o meio ambiente. Embora estudos indiquem a redução geral do número de ogivas nucleares a cada ano, os países continuam modernizando seus arsenais nucleares.

  O temor provocado pela radicalização das guerras gerou a atuação mais firmes de grupos pacifistas. Após a Segunda Guerra Mundial, alguns estudiosos dedicaram-se a enfocar a noção de paz sem defini-la pela negação, como não-guerra. Assim nasceu a ciência da paz, ou irenologia.

Introdução da paz

  A ciência da paz desenvolve pesquisas multidisciplinares, apoiadas na contribuição de intelectuais de diversas áreas do saber, como ciência política, sociologia, economia, psicologia, história, filosofia e direito internacional. Nasceu de iniciativa da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), da qual participaram também  filósofos notáveis, como Bertrand Russell, e grupos de várias orientações ideológicas no mundo todo.

  Paralelamente aos organismos mundiais, grupos da sociedade civil estudam e debatem as causas da violência, além de  proporem alternativas não violentas para solucionar conflitos. O grande obstáculo tem sido transformar teorias em práticas, o que pressupõe preparar as novas gerações por meio da educação para a paz.

Manchester College, de Indiana, EUA - uma das primeiras instituições a oferecer especialização em estudos para a paz

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

KANT, I. A paz perpétua: um projeto para hoje. São Paulo: Perspectiva, 2004. (Elos)

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