quarta-feira, 2 de junho de 2021

A REPÚBLICA DA CROÁCIA

   A Croácia é um país europeu que se limita ao norte com a Eslovênia e Hungria, a nordeste com a Sérvia, a leste com a Bósnia-Herzegovina, e ao sul com Montenegro. É banhada a oeste pelo mar Adriático e possui uma fronteira marítima com a Itália, no golfo de Trieste.

  A maior parte do território da Croácia foi incorporada a um Estado-cliente nazista após a invasão do Eixo na Iugoslávia, em abril de 1941. Em resposta, um movimento de resistência se desenvolveu, levando à criação do Estado Federal da Croácia, que após a guerra se tornou membro fundador e constituinte da República Socialista Federativa da Iugoslávia. Em 25 de junho de 1991, o país declarou sua independência, que entrou de forma integral em 8 de outubro do mesmo ano, gerando uma guerra com a Iugoslávia que durou quatro anos, que ficou conhecida como Guerra da Independência da Croácia.

  O país é membro das Nações Unidas, da Otan, da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, do Conselho da Europa e, mais recentemente, em 1º de julho de 2013, passou a fazer parte da União Europeia.

  A economia do país tem como base o setor de serviços, a indústria e a agricultura. O turismo é uma importante fonte de renda, e a Croácia está classificada entre os vinte destinos turísticos mais visitados do mundo.

Mapa de localização da Croácia

HISTÓRIA

  O atual território da Croácia é habitado desde a Pré-História, quando escavações arqueológicas encontraram vestígios ósseos de neandertais datados do Paleolítico Médio, principalmente no norte do país. Remanescentes de várias culturas do Neolítico e da Idade do Cobre foram encontradas em todas as regiões do país. Os vales dos rios do norte encontram-se a maior quantidade de sítios arqueológicos, sendo Krapina, o sítio arqueológico mais conservado do território croata. Há vestígios de várias culturas, como Starcevo, Vucedol, Baden, Ilíria Hallstatt e Celta La Tene. Após a ocupação do território por esses povos, a região foi habitada pelos Ilírius e Liburnianos, seguido pelos gregos.

  Dalmácia era a região norte do reino da Ilíria entre os séculos IV e III a.C., quando eclodiram as Guerras Ilíricas. Em 168 a.C., os romanos estabeleceram seu protetorado ao sul do rio Neretva. O norte dessa região foi sendo assimilada lentamente, até ser incorporada como Província de Ilírico entre 32-27 a.C.

  A partir de então, a região da Dalmácia se tornou parte da Província de Ilírico. Entre os anos 6 e 9 d.C., os dálmatas realizaram uma série de revoltas junto com os panônios, porém, foram derrotados e no ano 10 d.C., e a província de Ilírico foi dividida em duas: as províncias da Panônia e Dalmácia.

Osijek - com uma população de 115.177 habitantes (estimativa 2021) é a quarta maior cidade da Croácia

  A província da Dalmácia se expandiu por terra cobrindo todos os Alpes Dináricos e a região ocidental da costa do mar Adriático. Após o colapso do Império Romano do Ocidente, em 476, teve início o período de migrações, onde Júlio Nepos, fugindo da Itália, promoveu um breve governo na região.

  A região passou a ser ocupado pelos Ostrogodos até 535, quando Justiniano anexou o território ao Império Bizantino. Anos depois, os bizantinos formaram o Tema da Dalmácia no mesmo território.

  O domínio romano se encerrou com as invasões dos Ávaros e Croatas nos séculos VI e VII, destruindo muitas cidades romanas. Os romanos sobreviventes migraram para locais mais favoráveis na costa, ilhas e montanhas.

  No século VII, tribos eslavas chegaram ao que hoje são a Croácia e a Bósnia-Herzegovina. Os croatas organizaram-se em dois ducados: o Ducado Panônio, no norte, e o Ducado Dálmata, ao sul. No século IX houve a conclusão da evangelização dos croatas.

Zadar - com uma população de 73.074 habitantes (estimativa 2021) é a quinta maior cidade da Croácia

  O primeiro governante croata a ser reconhecido pelo papa foi o duque Branimir, recebendo o título de Duque da Croácia pelo Papa João VIII, em 879.

  O primeiro rei da Croácia Tomislau, da dinastia Trepimiro, foi coroado em 925, no qual uniu os ducados Panônio e Dálmata, estabelecendo um Estado de proporções consideráveis, o Reino da Croácia, e derrotando o tsar búlgaro Simão I. O Reino da Croácia atingiu seu auge no reinado do rei Pedro Cresimiro IV (1058-1074).

  Com a extinção da dinastia local no fim do século XI, na Batalha do Monte Gvozd, os croatas reconheceram Colomano, rei da Hungria, como soberano, no que constituiu uma união pessoal, formalizada pelo Pacta Conventa, um tratado assinado em 1102.

  As consequências da união pessoal, incluíram o surgimento do feudalismo na Croácia e a ascensão de famílias nobres locais. Nessa época, o governador das províncias croatas era intitulado Ban.

Pula - com uma população de 62.384 habitantes (estimativa 2021) é a sexta maior cidade da Croácia

  Os príncipes de Bribir, da família de Šubić, tornaram-se particularmente influentes, com controle sobre grandes áreas da Dalmácia, da Eslavônia e da Bósnia. Os angevinos intervieram e restauraram a autoridade real. Depois, venderam toda a região da Dalmácia para Veneza, em 1409.

  Quando as incursões turcas na Europa iniciaram, a Croácia tornou-se novamente uma área de fronteira, o qual os croatas travaram um crescente número de batalhas, perdendo cada vez mais seu território para o Império Otomano.

  A catastrófica batalha de Mohács, em 1526, pôs fim à esperança de resistência frente ao Império Otomano, que anexou, no século XVI, a maior parte da Eslavônia, da Bósnia Ocidental e a Lika. A Coroa da Croácia, junto com a da Hungria, passou para as mãos da Casa de Habsburgo.

  Neste mesmo século, grandes áreas da Croácia e da Eslavônia foram reunidas pelo Império de Habsburgo, na chamada Fronteira Militar, governadas diretamente pelo quartel-general militar de Viena. A área foi abandonada e, posteriormente, ocupada por vários colonos, dentre eles sérvios e alemães.

Slavonski Brod - com uma população de 59.430 habitantes (estimativas 2021) é a sétima maior cidade da Croácia

  Com a queda do Forte de Bihac, em 1592, apenas um pequeno trecho da Croácia ficou livre do controle do Império Otomano. O exército otomano sofreu sua primeira retirada em território croata após a Batalha de Sisak, em 1593; os Habsburgos resolveram retomar quase todo o território perdido para os turcos.

  No século XVIII, o Império Otomano foi expulso da Hungria e da Croácia. A Imperatriz Maria Teresa foi apoiada pelos croatas na Guerra de Sucessão Austríaca de 1741-1748 e, posteriormente, fez consideráveis contribuições aos interesses croatas.

  Com a queda da República de Veneza, em 1797, suas possessões no mar Adriático Oriental tornaram-se objeto de disputa entre França e Áustria, no qual os austríacos levaram a melhor.

  Em meados do século XIX, surgiu o nacionalismo românico na Croácia. O Movimento Ilírio atraiu personalidades influentes dos anos 1830 em diante, produzindo importantes efeitos na língua e na cultura croata.

  Após as Revoluções de 1848 nos territórios dos Habsburgos e a criação da monarquia dual da Áustria-Hungria, a Croácia perdeu a sua autonomia doméstica.

Karlovac - com uma população de 55.977 habitantes (estimativa 2021) é a oitava maior cidade da Croácia

  Poucos meses antes do término da Primeira Guerra Mundial, em 1818, o Parlamento croata cortou relações com a Áustria-Hungria, enquanto as forças aliadas derrotavam o exército dos Habsburgos. Em seguida, o Conselho Popular do Estado, por meio de uma tradição pan-eslávica com meio século de existência, uniu-se à Sérvia e Montenegro, formando o Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos.

  Em 1921, a nova Constituição centralizou o poder na capital, Belgrado, e redesenhou as fronteiras internas em favor da maioria sérvia, em detrimento dos croatas, chefiados por Stjepan Radic. Os croatas passaram então a boicotar o governo do Partido Radical Popular Sérvio.

  Em 1928, Radic foi assassinado por um deputado sérvio durante uma sessão do Parlamento. Em 1929, o Rei Alexandre proclamou uma ditadura e impôs uma nova Constituição, que, dentre outras mudanças, alterava o nome do país para Reino da Iugoslávia.

As nove subdivisões do Reino da Iugoslávia, criadas após 1929

  O Rei Alexandre foi assassinado em 1934, em Marselha, França, por uma coalizão de dois grupos radicais, o Ustaše croata e o VMRO macedônio. A Croácia recebeu uma certa medida de autonomia em 1939, por meio de uma reorganização das províncias, mas o regime militarista em Belgrado desmoronou em 1941, quando as potências do Eixo ocuparam a Iugoslávia.

  A ocupação da Iugoslávia pelo Eixo colocou no poder a organização de extrema-direita Ustaše, formando o Estado Independente da Croácia. O novo Estado promulgou leis raciais, estabeleceu oito campos de concentração e deu início a uma campanha de extermínio de sérvios, judeus e ciganos.

  O movimento de resistência antifascista surgiu no início de 1941, sob o comando do Partido Comunista, chefiado por Josip Broz Tito, da mesma maneira que em outras partes da Iugoslávia. A guerrilha monarquista sérvia, protegia do Ustaše os aldeões sérvios e retaliava contra os croatas.

  O campo de concentração de Jasenovac, criado pelos Ustaše no começo da guerra, foi um dos maiores sítios de execuções em massa da Europa ocupada, no qual foram mortos dezenas de milhares de pessoas.

  Tanto o Ustaše como o Četnici colaboraram com o Eixo e combateram juntos contra a resistência. Em 1943, o movimento de resistência tomou novo fôlego, e logrou expulsar, até 1945, todos os colaboradores nazistas, com o auxílio do Exército Vermelho. O Conselho Antifascista da Liberação Popular da Croácia (ZAVNOH), criado em 1943, formou um governo civil provisório.

Milicianos da Ustaše executando prisioneiros próximo à Jasenovac

  A Croácia tornou-se parte da Iugoslávia Democrática Federal, em 1945, a qual era governada pelo Partido Comunista Iugoslavo, de Tito. Este, de origem croata, adotou uma cuidadosa política para administrar as ambições nacionais dos croatas e dos sérvios.

  A República Socialista da Croácia integrava uma federação de seis entidades políticas. Com o novo regime comunista, a propriedade privada foi abolida e a economia baseava-se no socialismo planejado. O país passou por uma fase de reconstrução, recuperou-se da Segunda Guerra Mundial, industrializou-se e começou a desenvolver o turismo.

  A Constituição federal de 1963 equilibrou o poder entre croatas e sérvios, mas não evitou por completo as tensões nacionalistas: durante a Primavera Croata de 1970-1971, estudantes em Zagreb organizaram manifestações pedindo mais liberdades civis e maior autonomia para a Croácia. O regime reprimiu o protesto e prendeu os dirigentes, mas o episódio levou à promulgação de uma nova Constituição em 1974, que conferiu maiores direitos às repúblicas federadas.

Estado Independente da Croácia (1941-1945)

  Em 1980, após a morte de Tito, as dificuldades políticas, étnicas e econômicas acumularam-se e o governo federal começou a desmoronar. O surgimento de Slobodan Milošević na Sérvia, dentre outros acontecimentos, provocou uma forte reação negativa na Croácia, com o ressurgimento e da discórdia política.

  Em 1990, realizaram-se as primeiras eleições livres, vencidas por um movimento popular chamado União Democrática Croata (HDZ), chefiado por Franjo Tudman (general do movimento croata antifascista durante a Segunda Guerra Mundial). O objetivo do HDZ era obter um maior grau de independência para a Croácia, a que se opunham os sérvios étnicos na república e o governo central de Belgrado. A polarização política contribuiu para afastar ainda mais os dois grupos étnicos e acirrar a violência na região.

  Em meados de 1990, os sérvios das áreas montanhosas, onde constituíam uma relativa maioria, rebelaram-se e formaram uma Região Autônoma da Krajina Sérvia (mais tarde República da Krajina Sérvia), não-reconhecida. A reação da polícia croata foi barrada pelo Exército Federal Iugoslavo (JNA), controlado pelos sérvios. O auge do conflito foi a chamada "revolução das toras": os sérvios da Krajina bloquearam as estradas para os balneários turísticos na Dalmácia e começaram um processo de limpeza étnica da população não-sérvia.

Sibenik - com uma população de 51.805 habitantes (estimativa 2021) é a nona maior cidade da Croácia

  Com a declaração de independência da Croácia, em 1991, o JNA passou a apoiar ostensivamente as milícias sérvias dentro da Croácia. Muitas cidades croatas, como Vukovar e Dubrovnik, foram atacadas pelas forças sérvias. O Parlamento croata cortou todos os laços restantes com a Iugoslávia em outubro de 1991.

  A população civil fugiu em massa das áreas de conflito armado: milhares de croatas mudaram-se da área de fronteira com a Sérvia e a Bósnia, enquanto que milhares de sérvios ocuparam a região. Em vários lugares, os militares obrigaram os civis a sair, num ato de limpeza étnica.

  A cidade fronteiriça de Vukovar sofreu um cerco de três meses, durante o qual quase todos os edifícios foram destruídos e a maioria da população viu-se forçada a fugir. Os sérvios tomaram-na em novembro de 1991. Chocada com as atrocidades cometidas pelos sérvios, a comunidade internacional passou a reconhecer a independência da Croácia. Em janeiro de 1992, a maior parte dos países reconheceram a Croácia como um país independente.

Rua de Vukovar após a Batalha de Vukovar

  As Nações Unidas ordenaram um cessar-fogo. O JNA recuou para a Bósnia-Herzegovina, onde começou uma nova guerra com essa república. Ao longo de 1992-1993, a Croácia recebeu cerca de 700 mil refugiados bósnios, em geral, muçulmanos.

  Após uma fase de conflito em menor escala na Croácia, as forças armadas croatas lançaram, em agosto de 1995, a Operação Tempestade, e liberaram com rapidez a maior parte da República da Krajina, provocando um êxodo maciço da população sérvia. O Acordo de Dayton pôs fim à guerra.

  Após a morte do presidente Tudman, em 1999, o país passou por várias reformas liberalizantes a partir de 2000, com uma recuperação econômica e a cura de feridas da guerra.

  O país passou a integrar diversas organizações internacionais e regionais, como a União Europeia, ingressando no bloco em 1 de julho de 2013. Em 2018, o país ganhou destaque também no futebol, tornando-se vice-campeão mundial, perdendo a final para a França.

Torre d'água de Vukovar em 2010. Essa torre, que sofreu danos consideráveis durante a Guerra da Croácia, se tornou símbolo do conflito

GEOGRAFIA

  A Croácia está localizada no sul da Europa, na Península dos Balcãs, fazendo fronteira com a Bósnia-Herzegovina, Montenegro, Sérvia, Hungria e Eslovênia. Sua costa leste é banhada pelo Mar Adriático, que a separa da Itália. O país possui uma área territorial de 56.594 km² (correspondente ao território da Paraíba).

  O país possui um litoral bastante recortado, com penínsulas, baías e mais de mil ilhas que formam uma paisagem semelhante à da costa grega. Uma dessas ilhas, Palagruža, está mais próxima da Itália.

Região da Dalmácia

  Os principais rios da Croácia são: Mura, Drava, Sava, Kupa, Korona, Cetina e Zrmanja. Os principais lagos do país são: Omladinsko Jezero e Plitvice. As principais ilhas são: o Arquipélago das Kornati e o Arquipélago de Brijuni.

  A maior parte da Croácia possui um clima temperado continental moderadamente quente e chuvoso, com invernos bastante frios e verões quentes. Nas áreas litorâneas, o clima dominante é o mediterrâneo, com temperatura mais amenas que o temperado continental, tanto no verão quanto no inverno. A vegetação dominante no país são a vegetação mediterrânea e a floresta temperada.

Visão aérea da Raslina

  O relevo da Croácia é dividido em três grandes áreas: as planícies do norte e do nordeste, com baixas altitudes; as grandes montanhas do centro-leste do país; e o litoral, recortado por várias entradas e ilhas.

  O ponto mais elevado do país é o Monte Dinara, com uma altitude de 1.830 metros, que fica na cordilheira dos Alpes Dináricos, na fronteira com a Bósnia-Herzegovina.

Monte Dinara - ponto mais elevado da Croácia

POPULAÇÃO

  A população da Croácia estagnou-se na década de 1990. A guerra de 1991-1995, provocou um grande número de emigrantes no país. A população compõe-se principalmente de pessoas de origem croata (89,6%), e por grupos minoritários. A maior parte dos croatas são católicos, que representa cerca de 85,5% da população. O país conta com um grande número de pessoas residindo no campo, no qual mais de 42% da população ainda mora na zona rural.

  O idioma oficial, croata, é uma língua eslava meridional que utiliza o alfabeto latino. Outras línguas nativas são faladas por menos de 5% da população.

  A população da Croácia apresenta um elevado Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com um IDH de 0,851. Isso demonstra a boa qualidade de vida da população croata, com elevada expectativa de vida (78,07 anos), baixa taxa de mortalidade infantil (6,06/mil) e uma taxa de natalidade não muito alta (8,9/mil).

Varazdin - com uma população de 47.179 habitantes (estimativa 2021) é a décima maior cidade da Croácia

ECONOMIA

  A economia da Croácia baseia-se fundamentalmente nos serviços variados e na indústria. O turismo é uma importante fonte de renda para o país, e tem alavancado a economia croata, que possui em seu território 1.135 ilhas e um litoral de 5.789 quilômetros. Outros fatores atrativos para o turismo são a culinária típica, as ruínas gregas e romanas e o Palácio de Diocleciano, construído no fim do século III para ser o retiro de imperador romano, natural da região.

Peristilo do Palacio Diocleciano, na costa da Dalmácia

  A agricultura croata é voltada para a produção de alimentos, além de haver uma ampla extração mineral de carvão, petróleo e bauxita. A indústria é relativamente desenvolvida e atua principalmente na área têxtil, vinícola e química. O setor terciário é o principal ramo da economia, impulsionado principalmente pelo turismo.

  Em 2005, os croatas iniciaram as negociações de entrada na União Europeia, o que veio a efetivar-se em 2013. Os principais problemas que afetam o país são o desemprego estrutural e uma quantidade de reformas econômicas consideradas insuficientes por alguns economistas, visto que essas reformas enfrentam resistência pública.

ALGUNS DADOS SOBRE A CROÁCIA
NOME: República da Croácia
ESTABELECIMENTO:
Principado da Croácia Dálmata: século VIII
Reino da Croácia: 925
União da Croácia e da Hungria: 1102
Adesão ao Império Romano-Germânico: 1 de janeiro de 1527
Independência do Império Austro-Húngaro: 29 de outubro de 1918
Criação da Iugoslávia: 4 de dezembro de 1918
INDEPENDÊNCIA: da Iugoslávia, em 25 de junho de 1991
Acordo de Erdut: 12 de novembro de 1995
CAPITAL: Zagreb
Centro de Zagreb
GENTÍLICO: croata
LÍNGUA OFICIAL: croata
GOVERNO: República Parlamentarista
LOCALIZAÇÃO: Europa Meridional (Região dos Balcãs)
ÁREA: 56.594 km² (124º)
POPULAÇÃO (ONU - Estimativa para 2021): 4.106.961 habitantes (128°)
DENSIDADE POPULACIONAL: 72,67 hab./km² (79º). Obs: a densidade demográfica, densidade populacional ou população relativa, é a medida expressa pela relação entre a população total e a superfície de um determinado território.
CRESCIMENTO POPULACIONAL (ONU - Estimativa 2021): -0,09% (212°). Obs: o crescimento vegetativo, crescimento populacional ou crescimento natural é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade de uma determinada população e é contada da maior para a menor.
CIDADES MAIS POPULOSAS (Estimativa para 2021):
Zagreb: 807.818 habitantes
Zagreb - capital e maior cidade da Croácia
Split: 194.816 habitantes
Split - segunda maior cidade da Croácia
Rijeka: 144.748 habitantes
Rijeka - terceira maior cidade da Croácia
PIB (FMI - 2020): US$ 60,805 bilhões (75º). Obs: o PIB (Produto Interno Bruto), representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano).
PIB PER CAPITA (FMI 2020): U$ 14.949 (55°). Obs: o PIB per capita ou renda per capita é o Produto Interno Bruto (PIB) de um determinado lugar dividido por sua população. É o valor que cada habitante receberia se toda a renda fosse distribuída igualmente entre toda a população. 
IDH (ONU - 2020): 0,851 (43º) Obs: o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais, variando de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e PIB per capita. A classificação é feita dividindo os países em quatro grandes grupos: baixo (de 0,0 a 0,500), médio (de 0,501 a 0,800), elevado (de 0,801 a 0,900) e muito elevado (de 0,901 a 1,0).
Mapa do IDH no mundo
EXPECTATIVA DE VIDA (OMS - 2020): 78,07 anos (51°). Obs: a expectativa de vida refere-se ao número médio de anos para ser vivido por um grupo de pessoas nascidas no mesmo ano, se a mortalidade em cada idade se mantém constante no futuro, e é contada da maior para a menor.
TAXA DE NATALIDADE (ONU - 2020): 8,9/mil (175º). Obs: a taxa de natalidade é a porcentagem de nascimentos ocorridos em uma população em um determinado período de tempo para cada grupo de mil pessoas, e é classificada do maior para o menor.
TAXA DE MORTALIDADE (CIA World Factbook - 2020): 11,48/mil (51º). Obs: o índice de mortalidade reflete o número de mortes registradas, em média por mil habitantes, em uma determinada região em um período de tempo, e é contada da maior para a menor.
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL (CIA World Factbook - 2020):  6,06/mil (50°). Obs: a taxa de mortalidade infantil refere-se ao número de crianças que morrem no primeiro ano de vida entre mil nascidas vivas em um determinado período, e é classificada do menor para o maior.
Mapa com um gráfico que apresenta a taxa de mortalidade infantil dos países
TAXA DE FECUNDIDADE (CIA World Factbook - 2021): 1,44 filhos/mulher (217°). Obs: a taxa de fecundidade refere-se ao número médio de filhos que a mulher teria do início ao fim do seu período reprodutivo (15 a 49 anos), e é classificada do maior para o menor.
Mapa com a taxa de fertilidade dos países
  7-8 crianças
  6-7 crianças
  5-6 crianças
  4-5 crianças
  3-4 crianças
  2-3 crianças
  1-2 criança(s)
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2020):  99,2% (26º). Obs: essa taxa refere-se a todas as pessoas com 15 anos ou mais que sabem ler e escrever.
Mapa com o índice de alfabetização
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2020): 57,6% (104°). Obs: essa taxa refere-se a porcentagem da população que mora nas cidades em relação à população total.
Mapa com o índice de urbanização entre os países
MOEDA: Kuna Croata
RELIGIÃO: católicos romanos (85,5%), católicos ortodoxos (4,43%), muçulmanos (1,5%), protestantes (0,6%),  outras religiões cristãs (0,3%), religiões orientais (0,06%), judaísmo (0,02%), ateísmo ou sem religião (3,89%), agnósticos e céticos (0,79%), outras religiões (2,91%).
DIVISÃO: a Croácia subdivide-se em 20 condados e o Distrito Municipal da Capital, Zagreb. Os condados são (os números correspondem ao condado no mapa): 1. Condado de Zagreb 2. Condado de Krapina-Zagorje 3. Condado de Sisak-Moslavina 4. Condado de Karlovac 5. Condado de Varazdin 6. Condado de Koprivnica-Krizevci 7. Condado de Bjelovar-Bilogora 8. Condado de Litoral-Serrano 9. Condado de Lika-Senj 10. Condado de Virovitica-Podravina 11. Condado de Pozega-Eslavônia 12. Condado de Brod-Posavina 13. Condado de Zadar 14. Condado de Osijek-Barânia 15. Condado de Sibenik-Knin 16. Condado de Vukovar-Sírmia 17. Condado de Split-Dalmácia 18. Condado de Ístria 19. Condado de Dubrovnik-Neretva 20. Condado de Medimurje 21. Cidade de Zagreb
Mapa da divisão administrativa da Croácia

terça-feira, 18 de maio de 2021

SEICHELES: UM PEQUENO PAÍS INSULAR DA ÁFRICA

  Seicheles é um país insular do continente africano, localizado no Oceano Índico ocidental, possuindo 115 ilhas distribuídas entre vários arquipélagos. Além das Ilhas Seicheles, outras ilhas importantes do país são: Amirante, Farcuar, Aldabra, entre outras. Os vizinhos mais próximos do país são: Madagascar, Ilhas Maurício, Comores, Maiote e Ilhas Gloriosas. Vitória é a capital do país.

Mapa de localização de Seicheles

HISTÓRIA

  Os primeiros humanos a visitarem as Seicheles foram os austronésios, originários do Sudeste Asiático e que são considerados os grandes navegantes da Pré-História, e mercadores árabes.

  Os primeiros ocidentais a pisarem nas ilhas foram os portugueses, no início do século XVI. Em 1502, em sua segunda viagem à Índia, o Almirante Vasco da Gama chegou às ilhas, batizando-as de Ilhas do Almirante, em sua própria homenagem. As Ilhas Almirante são um conjunto de ilhas coralinas que fazem parte das Seicheles e que estão na parte mais ocidental do país.

  Durante quase dois séculos, as Seicheles estiveram praticamente abandonadas e serviam  como refúgio para os piratas.

  Em 1742, o francês Lazare Picault explorou as ilhas e nomeou-a muitas delas, denominações, como Mahé e Santa Ana, que perduram até os dias atuais.

Anse Source d'Argent, em La Digue

  Em 1756, outro francês, Nicolas Morphey, tomou posse das ilhas em nome da França e chamou-as de Sechelles, em homenagem ao Intendente Moreau de Sechelles. Nesse mesmo ano, as ilhas passaram a fazer parte da Companhia Francesa das Índias Orientais.

  A partir de 1768, os franceses começaram a enviar colonos, escravos e trabalhadores indianos procedentes das ilhas Maurício e Reunião, principalmente para a exploração agrícola.

  Enquanto pertenceram à Companhia Francesa das Índias Orientais, as Seicheles se converteram em um importante centro produtor de copra, cana-de-açúcar, mandioca, café, tabaco, baunilha, pimenta e canela.

  Em 1778, Charles de Romainville fundou uma colônia em Mahé, a ilha mais importante do arquipélago, que se converteria na cidade de Vitória, atual capital do país. Napoleão Bonaparte escolheu o território como prisão para os deportados políticos.

Praia em Mahé

  Em 1810, após a Guerra Franco-Britânica, as ilhas foram ocupadas pelos britânicos, o que foi ratificado pelo Tratado de Paris de 1814-1816. O governo britânico incorporou-as ao Império e as Seicheles passaram a depender administrativamente das Ilhas Maurício, situação que perdurou até 1903.

  Em 1835, a escravidão foi abolida nas Ilhas Seicheles, o que propiciou uma migração massiva de trabalhadores hindus. Em 1903, o governo britânico criou o cargo de Governador. As Seicheles receberam o Estatuto Colonial, passando a depender diretamente de Londres, e não mais das Ilhas Maurício.

Praia de Anse Intendance, em Mahé

  Em 1976, as Seicheles se converteram em uma república independente, integrando-se na Commonwealth (Comunidade Britânica de Nações). O primeiro presidente foi James Richard Marie Mancham. Em 1977, um golpe de Estado de ideologia socialista, com o apoio da União Soviética, deu o poder a France-Albert René, que governaria o país até abril de 2004.

  Após o golpe de Estado de 1977, estabeleceu-se um sistema unipartidarista que se manteve até 1991, ano em que o partido único no poder aprovou a participação de outros partidos políticos nas eleições.

  Atualmente, as Seicheles têm um sistema político multipartidário, constituído por um presidente como chefe de Estado e Governo, que dirige um gabinete de 13 ministros. Já o Poder Legislativo é atribuído à Assembleia Nacional, com 32 membros.

Praia La Digue, uma das praias mais visitadas do país

GEOGRAFIA

  As Seicheles localizam-se a noroeste de Madagascar e a 1.593 quilômetros a leste de Mombaça, no Quênia. Encontra-se entre 4º e 5º Sul, e 55º e 56º Leste. O número de ilhas do arquipélago é muitas vezes dado como 115, mas a Constituição da República das Seicheles lista 155. As ilhas, segundo a Constituição, estão divididas em vários grupos:

  • 42 ilhas graníticas, num grupo interior, que se estende num raio de 90 quilômetros de Mahé, a maior ilha do arquipélago e onde se encontra a capital, Vitória, com altitudes que chegam aos 940 metros;
  • duas pequenas ilhas rasas (cayos) de coral de areia, a norte das ilhas graníticas;
  • duas ilhas coralinas a sul das graníticas;
  • 29 ilhas coralinas no grupo das Amirantes, a oeste das graníticas;
  • 67 ilhas coralinas sobrelevadas no Grupo Aldabra, a oeste do Grupo Farcuar;
  • 13 ilhas coralinas no Grupo Farcuar, a sul-sudoeste das Amirantes.

  O Grupo Granítico consistem em 42 ilhas de origem granítica, situadas em um raio de 56 quilômetros da ilha principal, Mahé. São ilhas rochosas, a maioria tem uma frágil e  estreita costa e um núcleo central de colinas que se elevam até 914 metros. As ilhas mais importantes deste grupo são: Mahé, Praslin, Silhouette, La Digue, Fregate, Cousine, North e Aride.

  As ilhas coralinas espalham-se numa área até 1.200 quilômetros de nordeste a sudoeste, são planas e não possuem água doce. As principais ilhas desse grupo são: Bird e Denis.

Visão aérea da ilha de Mahé, a maior ilha das Seicheles

  O clima dominante na ilha é o tropical, com umidade elevada e com temperaturas amenas entre maio e setembro devido às monções vindas do sudeste. A monção noroeste é de março a maio, onde as temperaturas são mais elevadas. A média pluviométrica é de 2.900 milímetros nas áreas mais baixas e 3.600 milímetros nas montanhas.

  As Seicheles são parte da meseta granítica Mascarenha, que interrompe a placa tectônica Indiana. Esta formação está associada ao ponto quente da Ilha Reunião, responsável pela formação da Ilha Reunião e as Trampas do Decã, no interior da Índia. O ponto mais elevado do país é o Morne Seychellois, com uma altitude de 905 metros.

Morne Seychellois - ponto mais elevado das Seicheles

  Devido a seu isolamento, as Seicheles possui várias espécies endêmicas, como o coco-do-mar (Lodoicea maldivica), a palmeira com as maiores sementes do reino vegetal e que cresce somente na ilha Praslin e na sua vizinha Curieuse; cinco outras espécies de palmeiras e a maior população de tartarugas gigantes do mundo.

  A legislação ambiental das Seicheles é muito restrita e todo o turismo projetado está sujeito a uma revisão ambiental e a um longo processo de consulta com o público e os conservacionistas. As ilhas são líderes mundiais em turismo sustentável.

Coco-do-mar (Praslin)

  As ilhas graníticas das Seicheles são o lar de cerca de 75 espécies vegetais endêmicas. A árvore-medusa encontra-se apenas em alguns locais atualmente. Esta estranha e antiga planta resistiu a todos os esforços efetuados para a sua propagação. Dentre as espécies vegetais endêmicas das Seicheles, outra que se destaca é a gardênia-de-wrights, encontrada apenas na Reserva Especial da Ilha de Aride.

As densas florestas da ilha de Mahé

  As tartarugas-gigantes-de-aldabra povoam muitas das ilhas das Seicheles, sendo a população de Aldabra a maior do mundo. Estes quelônios peculiares podem ser encontrados até como grupos populacionais vivendo em cativeiro.

  As Seicheles abrigam algumas das maiores colônias de aves marinhas do mundo. A vida marinha em volta das ilhas, em especial as ilhas coralíneas mais remotas, abrigam mais de mil espécies de peixes já registrados. Desde que a utilização de arpões e dinamites na pesca foi banida, a vida selvagem vem aumentando nas ilhas.

Tartarugas-gigantes-de-aldabra

DEMOGRAFIA

  Segundo estimativas da população para 2021, as Seicheles possuem uma população de 98.828 habitantes, a maioria concentrada na ilha de Mahé. O arquipélago era desabitado até o século XVI, sendo que a população atual é formada por descendentes de franceses e de imigrantes indianos, africanos e chineses.

  O francês e o inglês são os idiomas oficiais do país, seguido pelo seichelense, que se baseia no francês e é o idioma mais falado nas Seicheles, seguido pelo francês e inglês, sendo que 87% da população fala seichelense, 51% fala o francês e 38% fala o inglês, que é usado principalmente como a língua de negócios e do comércio.

  Cerca de 87% da população é cristã. Outras religiões praticadas no país são o hinduísmo e o islamismo. Cerca de 5% da população do país não pratica nenhuma religião.

  O país se destaca também por ser o que mais vacinou sua população contra a Covid-19.

Ilha de Anse Royale

CULTURA

  A sociedade seichelense é essencialmente matriarcal. As mães tendem a ter um papel dominante no lar, controlando a maioria das despesas correntes e ocupando-se dos interesses das crianças. As mães solteiras são a norma social, e a lei obriga os pais a assegurar a alimentação dos filhos. Os homens são importantes pela capacidade de ganhar dinheiro, mas o seu papel doméstico é relativamente periférico. As mulheres mais velhas podem, habitualmente, contar com o suporte financeiro dos membros da família que vivem em casa ou contribuições dos ganhos dos filhos maiores de idade.

  A educação é obrigatória até os 16 anos e gratuita até os 18 anos. Os estudantes devem pagar por uniformes, mas não por livros ou mensalidades. As crianças são ensinadas primeiro a ler e escrever em crioulo. A partir do terceiro ano, o inglês é usado como idioma de ensino em determinados assuntos. O francês é introduzido no sexto ano.

Pescadores seichelenses após a pesca

ECONOMIA

  Em 1971, com a abertura do Aeroporto Internacional de Seicheles, o turismo tornou-se uma indústria significativa, dividindo essencialmente a economia entre plantações e turismo. O turismo emprega aproximadamente 30% da população economicamente ativa (PEA) e 70% das receitas em moeda forte.

  Nos últimos anos, o governo incentivou o investimento estrangeiro para atualizar hotéis e outros serviços. Esses incentivos deram origem a uma enorme quantidade de investimento em projetos imobiliários e novas propriedades de resort. Apesar do seu crescimento, a vulnerabilidade do setor turístico foi afetada pela forte queda de 1991-1992, devido em grande parte à Guerra do Golfo.

  Desde então, o governo passou a reduzir a dependência do turismo, promovendo o desenvolvimento da agricultura, pesca, manufatura em pequena escala e, mais recentemente, o setor financeiro offshore, por meio do estabelecimento da Autoridade de Serviços Financeiros e da promulgação de vários atos legislativos.

Ilha de Grand Soeur

ALGUNS DADOS SOBRE SEICHELES

NOME: República das Seicheles
INDEPENDÊNCIA: do Reino Unido, em 29 de junho de 1976
CAPITAL: Vitória
Vitória - capital de Seicheles
GENTÍLICO: seichelense
LÍNGUA OFICIAL: inglês, francês e crioulo de Seicheles
GOVERNO: República Presidencialista
LOCALIZAÇÃO: África (Oceano Índico)
ÁREA: 455 km² (180º)
POPULAÇÃO (ONU - Estimativa para 2021): 98.828 habitantes (183°)
DENSIDADE POPULACIONAL: 217,2 hab./km² (47º). Obs: a densidade demográfica, densidade populacional ou população relativa, é a medida expressa pela relação entre a população total e a superfície de um determinado território.
CRESCIMENTO POPULACIONAL (ONU - Estimativa 2021): 0,49% (165°). Obs: o crescimento vegetativo, crescimento populacional ou crescimento natural é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade de uma determinada população e é contada da maior para a menor.
CIDADES MAIS POPULOSAS (Estimativa para 2021):
Vitória: 27.902 habitantes
Vitória - capital e maior cidade de Seicheles
Anse Boileau: 4.183 habitantes
Anse Boileau - segunda maior cidade de Seicheles
Bel Ombre: 4.163 habitantes
Bel Ombre - terceira maior cidade de Seicheles
PIB (FMI - 2020): US$ 1,583 bilhão (172º). Obs: o PIB (Produto Interno Bruto), representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano).
PIB PER CAPITA (FMI 2020): U$ 17.052 (48°). Obs: o PIB per capita ou renda per capita é o Produto Interno Bruto (PIB) de um determinado lugar dividido por sua população. É o valor que cada habitante receberia se toda a renda fosse distribuída igualmente entre toda a população. 
IDH (ONU - 2020): 0,796 (67º) Obs: o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais, variando de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e PIB per capita. A classificação é feita dividindo os países em quatro grandes grupos: baixo (de 0,0 a 0,500), médio (de 0,501 a 0,800), elevado (de 0,801 a 0,900) e muito elevado (de 0,901 a 1,0).
Mapa do IDH no mundo
EXPECTATIVA DE VIDA (OMS - 2020): 75,2 anos (80°). Obs: a expectativa de vida refere-se ao número médio de anos para ser vivido por um grupo de pessoas nascidas no mesmo ano, se a mortalidade em cada idade se mantém constante no futuro, e é contada da maior para a menor.
TAXA DE NATALIDADE (ONU - 2020): 13,4/mil (140º). Obs: a taxa de natalidade é a porcentagem de nascimentos ocorridos em uma população em um determinado período de tempo para cada grupo de mil pessoas, e é classificada do maior para o menor.
TAXA DE MORTALIDADE (CIA World Factbook - 2020): 7,1/mil (121º). Obs: o índice de mortalidade reflete o número de mortes registradas, em média por mil habitantes, em uma determinada região em um período de tempo, e é contada da maior para a menor.
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL (CIA World Factbook - 2020):  9,7/mil (89°). Obs: a taxa de mortalidade infantil refere-se ao número de crianças que morrem no primeiro ano de vida entre mil nascidas vivas em um determinado período, e é classificada do menor para o maior.
Mapa com um gráfico que apresenta a taxa de mortalidade infantil dos países
TAXA DE FECUNDIDADE (CIA World Factbook - 2021): 1,82 filhos/mulher (147°). Obs: a taxa de fecundidade refere-se ao número médio de filhos que a mulher teria do início ao fim do seu período reprodutivo (15 a 49 anos), e é classificada do maior para o menor.
Mapa com a taxa de fertilidade dos países
  7-8 crianças
  6-7 crianças
  5-6 crianças
  4-5 crianças
  3-4 crianças
  2-3 crianças
  1-2 criança(s)
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2020):  91,8% (128º). Obs: essa taxa refere-se a todas as pessoas com 15 anos ou mais que sabem ler e escrever.
Mapa com o índice de alfabetização
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2020): 57,5% (106°). Obs: essa taxa refere-se a porcentagem da população que mora nas cidades em relação à população total.
Mapa com o índice de urbanização entre os países
MOEDA: Rúpia das Seicheles
RELIGIÃO: Igreja Católica nas Seicheles (76,3%), protestantes (10,5%, sendo 6,1% de anglicanos, 1,5% de pentecostais, 1,2% de adventistas do sétimo dia e 1,7% de outras religiões protestantes), outros cristãos (2,4%), hinduísmo (2,4%),  islamismo (1,6%), outras religiões não-cristãs (1,1%), sem religião (4,8%), ateísmo (0,9%).
DIVISÃO: Seicheles está dividido em 26 distritos, todos, exceto um, estão localizados  em um grupo de ilhas chamadas "ilhas internas". As "ilhas externas" (Zil Elwannyen Sesel) constituem o distrito mais recente. Oito distritos constituem a Grande Vitória, região metropolitana da capital localizada na ilha de Mahé; 14 distritos estão localizados na parte rural da ilha de Mahé; dois distritos estão na ilha Praslin; um distrito na ilha La Digue (incluindo as pequenas ilhas ao seu redor). Os distritos são (os números correspondem aos distritos no mapa): Ilhas Mahé: 1. Anse aux Pins 2. Anse Boileau 3. Anse Etoile 4. Au Cap 5. Anse Royale 6. Baie Lazare 8. Beau Vallon 9. Bel Air 10. Bel Ombre 11. Cascata 12. Glacis 13. Grand'Anse 16. Rio Inglês 17. Mont Buxton 18. Mont Fleuri 19. Plasance 20. Pointe La Rue 21. Port Glaud 22. Saint Louis 23. Takamaka 24. Les Mamelles 25. Roche Caiman; Ilhas Praslin: 7. Baie Sainte Anne 14. Grand'Anse Praslin; Ilhas La Digue: 15. La Digue e Ilhas Internas; Ilhas Exteriores: 26. Ilhas Exteriores.

Divisão dos distritos de Seicheles


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