Deserto, em geografia, é uma região que recebe pouca precipitação pluviométrica. Há desertos bastante quentes, como o do Saara, na África, ou frios, como o da Patagônia, no sul da Argentina e do Chile.
Por causa da falta de chuvas, vivem no deserto apenas as espécies que sobrevivem com pouca água, como cactos, gramíneas, camelos, algumas aves e répteis. A aridez também dificulta a ocupação humana e o desenvolvimento de atividades econômicas.
O clima dos grandes desertos, em geral, é seco, com grande amplitude térmica diária (quente durante o dia e frio durante à noite), com uma pluviosidade inferior a 300 milímetros anuais. A vegetação desértica é rala, composta de plantas que sobrevivem com pouca água.
Aproximadamente, 20% da superfície continental da Terra é composta por desertos. As paisagens desérticas têm alguns elementos comuns. O solo, geralmente, é composto de areia, com frequente formação de dunas. Paisagens de solo rochoso também é comum, e refletem o reduzido desenvolvimento do solo e a escassez de vegetação. As terras baixas podem ser de planícies cobertas de sal, e o processo de erosão eólica é importante na formação das paisagens desérticas.
Os desertos algumas vezes contêm depósitos minerais valiosos que foram formados no ambiente árido ou expostos pela erosão. Por serem locais secos, os desertos são ideais para a preservação de artefatos humanos e fósseis. Sua vegetação é constituída por gramíneas e pequenos arbustos, é rala e espaçada, ocupando apenas lugares em que a pouca água existente pode se acumular (fendas do solo ou debaixo das rochas).
A fauna predominante no deserto é composta por animais roedores (ratos, cangurus), répteis (serpentes e lagartos) e insetos. Muitos dos animais das regiões desérticas só saem à noite, e outros podem passar a vida inteira sem beber água, extraindo-a do alimento que ingerem.
Os desertos podem ser classificados de diferentes tipos como:
Desertos de latitudes médias ocorrem entre os paralelos 30º e 50º Norte ou Sul, em zonas de alta pressão subtropical. Estes desertos estão em bacias de drenagem distantes dos oceanos e possuem grandes variações de temperaturas anuais. São exemplos desse tipo de deserto, o deserto de Sonora, no sudoeste da América do Norte, e o deserto de Tengger, na China.
Os oásis são áreas com vegetação irrigada por fontes subterrâneas, poços ou por irrigação. Muitos oásis são artificiais e, frequentemente, é o único lugar no deserto que permite ao homem efetuar plantios e fixar moradia permanente.
Os solos que se formam em climas áridos são predominantemente minerais com pouca matéria orgânica. A repetida acumulação de água em alguns solos forma muitos depósitos de sal.
O caliche é um depósito avermelhado, quase marrom ou tendente ao branco, encontrado em muitos solos de deserto. Ele normalmente ocorre em forma de nódulos ou como cobertura de grânulos minerais formados pela interação entre a água e o gás carbônico e liberado pelas raízes das plantas ou pela decomposição de matéria orgânica.
A vegetação do deserto é bastante esparsa e muito diversificada. A região desértica com a vegetação mais complexa é o deserto de Sonora, no sudoeste dos Estados Unidos. Nesse deserto aparece o gigantesco Cactus saguaro, que fornece ninho às aves do deserto e funciona como "árvore". O saguaro cresce lentamente, mas pode viver duzentos anos.
A maioria das plantas do deserto são tolerantes à seca e à salinidade. Algumas armazenam água em suas folhas, raízes e caules. Outras plantas do deserto têm longas raízes que penetram até o lençol freático, são responsáveis por firmar o solo e evitar a erosão.
As principais plantas das regiões desérticas são os cactos, porém, existem outros tipos de plantas que se adaptaram ao clima árido, como plantas da família das ervilhas e do girassol. Nos desertos frios, a vegetação predominante são as gramíneas e os arbustos.
A chuva às vezes cai nos desertos, e são frequentes nas regiões desérticas as tempestades, que ocorrem de forma violenta. Grandes tempestades no deserto do Saara podem despejar quase 1 milímetro de chuva por minuto. Canais normalmente secos, chamados de arroios ou wadis, podem encher após chuvas pesadas e rápidas, tornando esses lugares bastante perigosos.
Apesar das poucas chuvas que caem nos desertos, estes recebem água corrente de fontes efêmeras, alimentadas pela chuva e neve de montanhas adjacentes. Estas correntes enchem os canais com uma camada de lama e frequentemente transportam consideráveis quantidades de sedimento por um ou dois dias.
Apesar da maioria dos desertos se situarem em bacias com drenagem fechada ou interior, uns poucos desertos são atravessados por rios "exóticos", ou seja, com nascente e parte do curso fora da área desértica. Esses rios infiltram-se no solo e perdem por evaporação grandes quantidades de água em suas jornadas pelos desertos. Porém, devido ao grande volume de água que possuem, eles mantêm a sua perenidade. Dentre esses rios se destacam o Nilo na África, o Colorado nos Estados Unidos, e o Amarelo na China.
Lagos se formam onde a chuva ou a água de degelo no interior das bacias de drenagem é suficiente. Os lagos dos desertos são geralmente rasos, temporários e salgados. Por serem rasos e terem um gradiente de profundidade reduzido, a força do vento pode fazer com que as águas dos lagos se espalhem por vários quilômetros quadrados. Quando os pequenos lagos secam, deixam uma crosta de sal no fundo. A área plana formada com argila, lama ou areia encrustada com sal é conhecida como salar, ou, no México, "playa". Há mais de cem "playas" nos desertos da América do Norte. Muitas são relíquias de grandes lagos que existiram durante a última era glacial.
O Lago Bonneville possuía cerca de 52.000 km² e quase 300 metros de profundidade entre Utah, Nevada e Idaho, nos Estados Unidos, durante a última glaciação. Hoje, os remanescentes desse lago, incluem o Grande Lago Salgado, o lago Utah e o lago Sevier.
Alguns depósitos minerais formaram, foram enriquecidos ou preservados por processos geológicos que ocorrem em regiões áridas. A água no solo lixivia os minerais e redeposita em zonas próximas ao lençol freático. Este processo de lixiviação concentra estes minerais em depósitos que podem ser minerados.
A evaporação em terras áridas aumenta a acumulação mineral em áreas onde se formam lagos temporários. Os salares ou "playas" podem ser fontes de depósitos minerais formados por evaporação. Os minerais formados nestes depósitos após evaporação dependem da composição e da temperatura das águas salinas no momento de sua formação.
Entre os minerais valiosos encontrados em zonas áridas destacam-se o cobre, nos desertos dos Estados Unidos, Chile, Peru e Irã; minérios de ferro, chumbo e zinco na Austrália; cromita na Turquia; ouro, prata e urânio na Austrália e nos estados Unidos. Também são comuns a ocorrência de minerais não metálicos como berilo, mica, lítio, argila, pedra-pomes, escória, entre outros.
Algumas das áreas mais produtivas em petróleo do nosso planeta são encontradas em regiões áridas e semiáridas da África e do Oriente Médio.
As regiões desérticas são bastante hostis e potencialmente mortal para seres humanos despreparados. Nos desertos quentes, as altas temperaturas causam perda rápida de água devido ao suor e à ausência de fontes de água para recuperar o líquido perdido, podendo resultar em desidratação e morte dentro de poucos dias, além do risco de insolação. As tempestades de areia em alguns desertos, são outra ameaça para os seres humanos, pois pode causar problemas respiratórios e visuais.
Apesar de todos esses pontos que dificultam a vida nessas regiões, alguns povos fizeram dos desertos quentes o seu lar durante milhares de anos, como os beduínos, berberes e tuaregues na África, e os índios pueblos na América do Norte. A tecnologia moderna e avançada, incluindo sistemas de irrigação, dessalinização e ar condicionado, tornaram os desertos bem mais hospitaleiros. Nos Estados Unidos e em Israel, fazendas desérticas têm sido amplamente utilizadas.
O deserto do Saara é o maior e mais quente deserto habitável por humanos do mundo (oficialmente só perde para a Antártica, mas esta não é um deserto permanentemente habitado, exceto por cientistas que ficam durante um curto período de tempo). Localizado no norte da África, possui uma área de 9.065.000 km², sendo habitado por uma população de mais de 2,5 milhões de pessoas. A região do Saara é habitada há mais de 500 mil anos. A área do deserto do Saara abrange os seguintes países: Argélia, Chade, Egito, Mali, Líbia, Mauritânia, Marrocos, Níger, Saara Ocidental, Sudão e Tunísia. É delimitado pelo Mar Vermelho a leste, Mar Mediterrâneo e Cadeia do Atlas ao norte, pelo Sahel ao Sul e pelo oceano Atlântico a oeste.
Este deserto faz fronteira com todos os países do norte da África, onde predomina a cultura árabe. As dunas começam perto do Alto Atlas e se estendem até zonas tropicais mais ao sul.
Há várias ecorregiões neste deserto, fruto das diferenças de temperatura, precipitações, altitude e geologia, que abrigam plantas e animais de várias espécies. Dentre as ecorregiões do deserto do Saara, estão:
Dentre os poucos animais que habitam a região, destacam-se escorpiões, lagartos, cobras, dromedários, antílopes (adaptados às condições desérticas) e cabras.
Durante a última glaciação, o deserto do Saara foi mai úmido (como o Leste africano) do que é agora, e já possuiu densas florestas tropicais.
Alternando longos períodos secos e outros úmidos, o solo da região reduziu-se a areia e deu origem ao grande deserto há mais de 200 mil anos. Alguns fatores colaboram para manter essa característica árida, entre eles a passagem da Corrente das Canárias pela costa atlântica. Suas águas frias evaporam pouco, o que dificulta a formação de nuvens e de chuvas em todo o oeste do deserto do Saara. Outro fator é a circulação das massas de ar no continente africano.
A região atravessada pela linha do equador é a mais quente do planeta, a que tem maior evaporação e, consequentemente, mais chuvas. O calor faz o ar subir. Quando o ar quente atinge as altas camadas da atmosfera, é levado para a região dos trópicos, onde chega resfriado e mais denso. Por isso, desce sobre a região tropical com muita força, formando centros de alta pressão que empurra o ar em direção ao equador. As massas de ar que vêm do norte - da região do Trópico de Câncer - sopram sobre o deserto do Saara e impedem que as nuvens se acumulem em uma vasta área que praticamente não tem vegetação nem rios, deixando as chuvas ainda mais raras.
Os ventos que sopram dos trópicos para o equador são chamados de alísios. São ventos que ocorrem nas baixas camadas da atmosfera. Muitas vezes esses ventos provocam tempestades de areia. Quando os alísios sopram com força, enormes volumes de areia podem ser levados tanto para o sul do Saara quanto para o norte, chegando a atingir a Europa. Os ventos contra-alísios sopram do equador para os trópicos em altas camadas da atmosfera e são secos.
Na maior parte do Saara, a precipitação é de apenas 25 mm anuais; na porção leste chega a ser quase nula, apenas 5 mm anuais. A concentração populacional está no entorno semiárido do deserto, onde o pastoreio nômade de cabras se destaca como atividade econômica.
Em algumas regiões do Saara existem os oásis. Eles nascem em locais onde a água do lençol freático consegue chegar até a superfície passando pelas fendas das rochas. Ali desenvolve uma vegetação que ameniza o clima e favorece as condições de se plantar alimentos. Os oásis foram e continuam sendo importantes, pois permitem que viajantes do deserto encontrem abrigo e água em locais onde a temperatura pode chegar a 50 ºC durante o dia.
Desertificação no Sahel
Ao sul do deserto do Saara, aparece a região chamada de Sahel, que em árabe significa "fronteira", "limite", de clima tropical semiárido, coberta por uma vegetação de estepe pouco espessa no norte e pela savana na parte meridional. O Sahel é a faixa de transição entre o deserto do Saara e a savana africana. Pobres em recursos, os países dessa região ficaram em situação de miséria extrema após serem colonizados e explorados.
O Sahel funciona como um cinturão verde que protege a savana dos ventos secos e da areia que vem do Saara. As chuvas são escassas nessa região, mas mesmo assim é possível cultivar alimentos.
As constantes derrubadas de árvores para estabelecimento de atividades agropastoris e para aproveitamento da madeira, única fonte de energia das populações extremamente carentes da região, vêm provocando a extensão do fenômeno de desertificação.
Nessa região, extremamente pobre e com um crescimento demográfico elevado, as populações têm como única fonte energética a lenha, o que leva à constante derrubada de árvores. Além disso, o alto crescimento demográfico exige a ampliação dos rebanhos, que consomem enormes quantidades de pastagens e acabam esterilizando grandes extensões de terra.
Existem oito importantes depressões no deserto da Líbia, e todas são consideradas oásis, com exceção das menores, como Qattara, devido suas águas serem salgadas.
A depressão de Qattara, que contém o segundo ponto mais baixo da África, possui aproximadamente 15.000 km² e grande parte está abaixo do nível do mar.
Trata-se de uma das regiões mais secas do mundo. O litoral dessa região é percorrido pela corrente fria de Benguela, que tem origem no sul do oceano Atlântico, perto da Antártida. A presença dessa corrente faz com que se formem poucas nuvens, porque a evaporação da água é mínima, e que a umidade trazida do Atlântico pelos ventos se condense antes de chegar a terra, originando o extenso e seco deserto da Namíbia.
O deserto do Kalahari é formado pela forte influência da Corrente de Benguela, que não permite a formação de massas de ar úmidas. Porém, esse deserto é na verdade uma área semiárida, pois recebe umidade, embora pouca, de outras regiões da África.
O Kalahari possui uma vasta área coberta por areia avermelhada sem afloramento de água em caráter permanente. A flora do Kalahari apresenta árvores dispersas, como palmeiras e baobás, formações arbustivas, matagais xerófilos e herbáceos próprios de savanas. A fauna é constituída principalmente por suricatas e hienas.
O surgimento do deserto do Atacama está relacionado a corrente fria de Humboldt. O ar quente e úmido vindo do oeste, ao passar pelas águas frias dessa corrente marinha, perde bastante umidade, chegando quase seco ao litoral. O resfriamento e o condensamento do vapor d'água provoca precipitações no oceano. O vento chega com umidade insuficiente para provocar chuva em áreas continentais.
As temperaturas no deserto do Atacama variam entre 0ºC à noite e 40ºC durante o dia. Em função destas condições existem poucas cidades e vilas no deserto. A principal cidade desse deserto é São Pedro de Atacama, que possui uma população de menos de 3 mil habitantes. Por ser bem isolada, essa cidade é considerada um oásis no meio do deserto, e é o principal ponto de encontro de viajantes.
A região foi primeiramente habitada pelos atacamenhos, povo que habitava a região, juntamente com os aymaras. Esses povos deixaram um legado inestimável em termos arqueológicos.
O deserto do Atacama é bastante quente durante o dia e frio durante à noite. Além das correntes marinhas do Pacífico, que dificultam a formação de chuvas, outro fator que influencia no índice pluviométrico da região é a Cordilheira dos Andes, que impede a chegada de umidade vindo da Amazônia.
O deserto do Atacama é formado basicamente por árvores de pequeno porte, como a algaroba, e pequenos arbustos, que crescem na sua maioria ao longo dos vales e na região da pré-cordilheira, além dos cactos, que crescem nas serras próximas à costa.
Apesar de ser um deserto bastante seco e não apresentar um índice pluviométrico relevante, o deserto do Atacama apresenta alguns lagos que permanece com água o ano quase todo, servindo de fonte de vida, tanto para os habitantes da região quanto para os animais que lá habitam.
O deserto do Atacama é muito visitado por turistas, principalmente de aventuras, que procuram a região para praticarem esportes radicais, além dos turistas que buscam apreciar a paisagem e os monumentos arqueológicos.
A Patagônia passou a ter uma grande importância econômica para a Argentina no início do século XX, quando foi descoberta imensas jazidas minerais, principalmente de petróleo e gás natural. Além do petróleo e do gás natural, o subsolo da Patagônia é também rico em minério de ferro.
Além da extração mineral, a agricultura de cereais e a pecuária, além do turismo, são as outras atividades econômicas que predominam na região.
O deserto da Patagônia é limitado pelo oceano Atlântico a leste e pela Cordilheira dos Andes a oeste. As temperaturas variam de - 20ºC no inverno, até 45ºC no verão. A vegetação predominante na Patagônia são as estepes, além de árvores de maior porte, que são encontradas nos bosques próximos à Cordilheira dos Andes.
A paisagem da Patagônia é constituída por geleiras gigantescas, montanhas, lagos e rios formados pela ação do degelo, bem como paisagens pampeanas e desertos.
O deserto tem esse nome devido a grande predominância de cobras mojave, um tipo de cobra da família da cascavel. A principal cidade abrangida pelo deserto é a cidade de Las Vegas, no estado de Nevada.
O deserto é muito quente durante o dia e frio durante à noite, e bastante seco durante o ano, com temperaturas variando de 0ºC a 40ºC.
A escassez de chuva nessa região é devido à altitude e às montanhas, que impedem as nuvens que vêm do oceano Pacífico cheguem ao deserto. A vegetação do deserto de Sonora é formada basicamente por árvores de pequeno porte, arbustos e cactos, com destaque para o cacto saguaro. Apesar de ser bastante seco, o deserto de Sonora apresenta alguns lagos que possuem água quase o ano todo.
Por causa da falta de chuvas, vivem no deserto apenas as espécies que sobrevivem com pouca água, como cactos, gramíneas, camelos, algumas aves e répteis. A aridez também dificulta a ocupação humana e o desenvolvimento de atividades econômicas.
O clima dos grandes desertos, em geral, é seco, com grande amplitude térmica diária (quente durante o dia e frio durante à noite), com uma pluviosidade inferior a 300 milímetros anuais. A vegetação desértica é rala, composta de plantas que sobrevivem com pouca água.
Aproximadamente, 20% da superfície continental da Terra é composta por desertos. As paisagens desérticas têm alguns elementos comuns. O solo, geralmente, é composto de areia, com frequente formação de dunas. Paisagens de solo rochoso também é comum, e refletem o reduzido desenvolvimento do solo e a escassez de vegetação. As terras baixas podem ser de planícies cobertas de sal, e o processo de erosão eólica é importante na formação das paisagens desérticas.
Principais áreas desérticas do globo |
A fauna predominante no deserto é composta por animais roedores (ratos, cangurus), répteis (serpentes e lagartos) e insetos. Muitos dos animais das regiões desérticas só saem à noite, e outros podem passar a vida inteira sem beber água, extraindo-a do alimento que ingerem.
Canguru - animal típico do deserto australiano |
- Desertos em regiões de contra-alísios
Desertos de latitudes médias ocorrem entre os paralelos 30º e 50º Norte ou Sul, em zonas de alta pressão subtropical. Estes desertos estão em bacias de drenagem distantes dos oceanos e possuem grandes variações de temperaturas anuais. São exemplos desse tipo de deserto, o deserto de Sonora, no sudoeste da América do Norte, e o deserto de Tengger, na China.
Deserto de Tengger - China |
- Desertos devido a barreiras ao ar úmido
Vale da Morte, Califórnia - EUA |
- Desertos costeiros
Deserto da Namíbia - Namíbia |
- Desertos de monção
Deserto do Rajastão - Índia |
- Desertos polares
Região desértica da Groenlândia |
CARACTERÍSTICAS DOS DESERTOS
A areia cobre apenas 20% dos desertos terrestres. A maior parte da areia está em lençóis de areia e bancos de areia. Quase 50% das superfícies dos desertos são planícies, onde a ação eólica expõe cascalho solto. Outras superfícies de terras áridas são compostas de leitos de pedra aflorados e expostos, solos desérticos e depósitos fluviais, como depósitos aluviais, leitos secos, lagos do deserto e oásis.Os oásis são áreas com vegetação irrigada por fontes subterrâneas, poços ou por irrigação. Muitos oásis são artificiais e, frequentemente, é o único lugar no deserto que permite ao homem efetuar plantios e fixar moradia permanente.
Oásis de Ubari - Líbia |
O caliche é um depósito avermelhado, quase marrom ou tendente ao branco, encontrado em muitos solos de deserto. Ele normalmente ocorre em forma de nódulos ou como cobertura de grânulos minerais formados pela interação entre a água e o gás carbônico e liberado pelas raízes das plantas ou pela decomposição de matéria orgânica.
Deserto do Kalahari, na Namíbia |
A maioria das plantas do deserto são tolerantes à seca e à salinidade. Algumas armazenam água em suas folhas, raízes e caules. Outras plantas do deserto têm longas raízes que penetram até o lençol freático, são responsáveis por firmar o solo e evitar a erosão.
As principais plantas das regiões desérticas são os cactos, porém, existem outros tipos de plantas que se adaptaram ao clima árido, como plantas da família das ervilhas e do girassol. Nos desertos frios, a vegetação predominante são as gramíneas e os arbustos.
Vegetação no deserto de Sonora, Arizona - EUA |
Apesar das poucas chuvas que caem nos desertos, estes recebem água corrente de fontes efêmeras, alimentadas pela chuva e neve de montanhas adjacentes. Estas correntes enchem os canais com uma camada de lama e frequentemente transportam consideráveis quantidades de sedimento por um ou dois dias.
Apesar da maioria dos desertos se situarem em bacias com drenagem fechada ou interior, uns poucos desertos são atravessados por rios "exóticos", ou seja, com nascente e parte do curso fora da área desértica. Esses rios infiltram-se no solo e perdem por evaporação grandes quantidades de água em suas jornadas pelos desertos. Porém, devido ao grande volume de água que possuem, eles mantêm a sua perenidade. Dentre esses rios se destacam o Nilo na África, o Colorado nos Estados Unidos, e o Amarelo na China.
Rio Colorado, Arizona - EUA |
O Lago Bonneville possuía cerca de 52.000 km² e quase 300 metros de profundidade entre Utah, Nevada e Idaho, nos Estados Unidos, durante a última glaciação. Hoje, os remanescentes desse lago, incluem o Grande Lago Salgado, o lago Utah e o lago Sevier.
Grande Lago Salgado, em Utah - EUA |
A evaporação em terras áridas aumenta a acumulação mineral em áreas onde se formam lagos temporários. Os salares ou "playas" podem ser fontes de depósitos minerais formados por evaporação. Os minerais formados nestes depósitos após evaporação dependem da composição e da temperatura das águas salinas no momento de sua formação.
Entre os minerais valiosos encontrados em zonas áridas destacam-se o cobre, nos desertos dos Estados Unidos, Chile, Peru e Irã; minérios de ferro, chumbo e zinco na Austrália; cromita na Turquia; ouro, prata e urânio na Austrália e nos estados Unidos. Também são comuns a ocorrência de minerais não metálicos como berilo, mica, lítio, argila, pedra-pomes, escória, entre outros.
Algumas das áreas mais produtivas em petróleo do nosso planeta são encontradas em regiões áridas e semiáridas da África e do Oriente Médio.
Exploração de minério de ferro no deserto australiano |
Apesar de todos esses pontos que dificultam a vida nessas regiões, alguns povos fizeram dos desertos quentes o seu lar durante milhares de anos, como os beduínos, berberes e tuaregues na África, e os índios pueblos na América do Norte. A tecnologia moderna e avançada, incluindo sistemas de irrigação, dessalinização e ar condicionado, tornaram os desertos bem mais hospitaleiros. Nos Estados Unidos e em Israel, fazendas desérticas têm sido amplamente utilizadas.
Cultivos no deserto de Neguev - Israel |
PRINCIPAIS DESERTOS DO MUNDO
Dentre os principais desertos do mundo, se destacam:- Deserto do Saara
Em rosa, a área coberta pelo deserto do Saara |
Oásis no deserto do Saara, em Erfoud - Marrocos |
Há várias ecorregiões neste deserto, fruto das diferenças de temperatura, precipitações, altitude e geologia, que abrigam plantas e animais de várias espécies. Dentre as ecorregiões do deserto do Saara, estão:
- Deserto Costeiro Atlântico - ocupa uma estreita faixa ao longo da costa do oceano Atlântico e onde crescem líquens e plantas suculentas;
- Estepe do Saara Setentrional - ocupa a faixa setentrional do deserto. É uma zona de transição entre as regiões de clima mediterrâneo (ao norte) e o deserto árido (ao sul);
- Deserto do Saara - é a parte central do deserto, sendo extremamente seco e com pouquíssimos índices pluviométricos;
- Estepes e Savanas Arborizadas do Saara Meridional - é a zona de transição entre o deserto árido e a savana de acácias do Sahel;
- Monte Xerófilo do Saara Ocidental - compreende várias planícies vulcânicas em direção ao oeste do deserto, com um clima mais úmido e fresco;
- Monte Xerófilo do Maciço de Tibesti e Monte Uweinat - zonas de altitude no centro do Saara;
- Depressões Salinas do Saara e Deserto Costeiro do Mar Vermelho - faixa costeira do Mar Vermelho, Egito e Sudão.
Deserto do Saara, em Araouane - Mali |
Durante a última glaciação, o deserto do Saara foi mai úmido (como o Leste africano) do que é agora, e já possuiu densas florestas tropicais.
Alternando longos períodos secos e outros úmidos, o solo da região reduziu-se a areia e deu origem ao grande deserto há mais de 200 mil anos. Alguns fatores colaboram para manter essa característica árida, entre eles a passagem da Corrente das Canárias pela costa atlântica. Suas águas frias evaporam pouco, o que dificulta a formação de nuvens e de chuvas em todo o oeste do deserto do Saara. Outro fator é a circulação das massas de ar no continente africano.
Rio Nilo e deserto do Saara - Egito |
Os ventos que sopram dos trópicos para o equador são chamados de alísios. São ventos que ocorrem nas baixas camadas da atmosfera. Muitas vezes esses ventos provocam tempestades de areia. Quando os alísios sopram com força, enormes volumes de areia podem ser levados tanto para o sul do Saara quanto para o norte, chegando a atingir a Europa. Os ventos contra-alísios sopram do equador para os trópicos em altas camadas da atmosfera e são secos.
Sistema de circulação de ventos na África |
Em algumas regiões do Saara existem os oásis. Eles nascem em locais onde a água do lençol freático consegue chegar até a superfície passando pelas fendas das rochas. Ali desenvolve uma vegetação que ameniza o clima e favorece as condições de se plantar alimentos. Os oásis foram e continuam sendo importantes, pois permitem que viajantes do deserto encontrem abrigo e água em locais onde a temperatura pode chegar a 50 ºC durante o dia.
Oásis em Timimoun - Argélia |
Ao sul do deserto do Saara, aparece a região chamada de Sahel, que em árabe significa "fronteira", "limite", de clima tropical semiárido, coberta por uma vegetação de estepe pouco espessa no norte e pela savana na parte meridional. O Sahel é a faixa de transição entre o deserto do Saara e a savana africana. Pobres em recursos, os países dessa região ficaram em situação de miséria extrema após serem colonizados e explorados.
Região do Sahel |
As constantes derrubadas de árvores para estabelecimento de atividades agropastoris e para aproveitamento da madeira, única fonte de energia das populações extremamente carentes da região, vêm provocando a extensão do fenômeno de desertificação.
Nessa região, extremamente pobre e com um crescimento demográfico elevado, as populações têm como única fonte energética a lenha, o que leva à constante derrubada de árvores. Além disso, o alto crescimento demográfico exige a ampliação dos rebanhos, que consomem enormes quantidades de pastagens e acabam esterilizando grandes extensões de terra.
Agricultor do Sahel, no Níger |
- Deserto da Líbia
Existem oito importantes depressões no deserto da Líbia, e todas são consideradas oásis, com exceção das menores, como Qattara, devido suas águas serem salgadas.
A depressão de Qattara, que contém o segundo ponto mais baixo da África, possui aproximadamente 15.000 km² e grande parte está abaixo do nível do mar.
Depressão de Qattara - Líbia |
- Deserto da Namíbia
Trata-se de uma das regiões mais secas do mundo. O litoral dessa região é percorrido pela corrente fria de Benguela, que tem origem no sul do oceano Atlântico, perto da Antártida. A presença dessa corrente faz com que se formem poucas nuvens, porque a evaporação da água é mínima, e que a umidade trazida do Atlântico pelos ventos se condense antes de chegar a terra, originando o extenso e seco deserto da Namíbia.
Dunas no deserto do Namibe - Angola |
- Deserto do Kalahari
O deserto do Kalahari é formado pela forte influência da Corrente de Benguela, que não permite a formação de massas de ar úmidas. Porém, esse deserto é na verdade uma área semiárida, pois recebe umidade, embora pouca, de outras regiões da África.
O Kalahari possui uma vasta área coberta por areia avermelhada sem afloramento de água em caráter permanente. A flora do Kalahari apresenta árvores dispersas, como palmeiras e baobás, formações arbustivas, matagais xerófilos e herbáceos próprios de savanas. A fauna é constituída principalmente por suricatas e hienas.
Deserto do Kalahari, na África do Sul |
- Deserto do Atacama
O surgimento do deserto do Atacama está relacionado a corrente fria de Humboldt. O ar quente e úmido vindo do oeste, ao passar pelas águas frias dessa corrente marinha, perde bastante umidade, chegando quase seco ao litoral. O resfriamento e o condensamento do vapor d'água provoca precipitações no oceano. O vento chega com umidade insuficiente para provocar chuva em áreas continentais.
Visão noturna do deserto do Atacama |
A região foi primeiramente habitada pelos atacamenhos, povo que habitava a região, juntamente com os aymaras. Esses povos deixaram um legado inestimável em termos arqueológicos.
São Pedro de Atacama - Chile |
O deserto do Atacama é formado basicamente por árvores de pequeno porte, como a algaroba, e pequenos arbustos, que crescem na sua maioria ao longo dos vales e na região da pré-cordilheira, além dos cactos, que crescem nas serras próximas à costa.
Apesar de ser um deserto bastante seco e não apresentar um índice pluviométrico relevante, o deserto do Atacama apresenta alguns lagos que permanece com água o ano quase todo, servindo de fonte de vida, tanto para os habitantes da região quanto para os animais que lá habitam.
O deserto do Atacama é muito visitado por turistas, principalmente de aventuras, que procuram a região para praticarem esportes radicais, além dos turistas que buscam apreciar a paisagem e os monumentos arqueológicos.
Paisagem do deserto do Atacama |
- Deserto da Patagônia
A Patagônia passou a ter uma grande importância econômica para a Argentina no início do século XX, quando foi descoberta imensas jazidas minerais, principalmente de petróleo e gás natural. Além do petróleo e do gás natural, o subsolo da Patagônia é também rico em minério de ferro.
Paisagem da Patagônia |
O deserto da Patagônia é limitado pelo oceano Atlântico a leste e pela Cordilheira dos Andes a oeste. As temperaturas variam de - 20ºC no inverno, até 45ºC no verão. A vegetação predominante na Patagônia são as estepes, além de árvores de maior porte, que são encontradas nos bosques próximos à Cordilheira dos Andes.
A paisagem da Patagônia é constituída por geleiras gigantescas, montanhas, lagos e rios formados pela ação do degelo, bem como paisagens pampeanas e desertos.
Paisagem do deserto da Patagônia |
- Deserto de Mojave
O deserto tem esse nome devido a grande predominância de cobras mojave, um tipo de cobra da família da cascavel. A principal cidade abrangida pelo deserto é a cidade de Las Vegas, no estado de Nevada.
Deserto de Mojava, Nevada - EUA |
- Deserto de Sonora
O deserto é muito quente durante o dia e frio durante à noite, e bastante seco durante o ano, com temperaturas variando de 0ºC a 40ºC.
A escassez de chuva nessa região é devido à altitude e às montanhas, que impedem as nuvens que vêm do oceano Pacífico cheguem ao deserto. A vegetação do deserto de Sonora é formada basicamente por árvores de pequeno porte, arbustos e cactos, com destaque para o cacto saguaro. Apesar de ser bastante seco, o deserto de Sonora apresenta alguns lagos que possuem água quase o ano todo.
Paisagem do deserto de Sonora, Arizona - EUA |
- Deserto de Chihuahua
Deserto de Chihuahua - México |
- Deserto de Thar
Deserto de Thar - Índia |
- Deserto da Arábia
Deserto da Arábia, na Arábia Saudita |
O deserto da Arábia é habitada por vários povos, como árabes, curdos, turcos, assírios e armênios. Essa região sofreu uma grave crise ambiental na década de 1990, decorrente da sabotagem do petróleo kuwaitiano pelas forças iraquianas de Saddam Hussein, durante a Guerra do Golfo, o que causou enormes derrames de hidrocarbonetos, provocando a liberação de toxinas na atmosfera. Grande parte do petróleo consumido no mundo sai desse deserto.
O deserto de Neguev está localizado no sul de Israel, em uma região triangular entre o Egito do lado ocidental, e a Jordânia do lado oriental, e ocupa cerca de 60% do território israelense. Seu solo é extremamente rochoso, o que dificulta a agricultura. Apesar dos fatores que dificultam o cultivo agrícola no deserto, desde os períodos mais remotos da história da humanidade, algumas civilizações conseguiram cultivar e sobreviver neste local.
Nessa região, as precipitações pluviométricas são muito baixas, mas no inverno, são comuns chuvas repentinas e breves. Cursos d'água temporários (ueds) cortam a região mais acidentada.
A agricultura irrigada, a mineração e a urbanização empreendida no século XX, mudaram a face do Neguev. A modernização agrícola do Neguev iniciou-se com a implantação, em 1943, dos kibutzim (fazendas coletivas). Após a criação do Estado de Israel, em 1948, a região ganhou importância, produzindo grandes safras de cereais, forragem, frutas, legumes e verduras.
O deserto de Gobi está situado entre a província chinesa da Mongólia Interior e o sul da Mongólia. É um dos desertos mais áridos do mundo. Muito distante de qualquer oceano, não recebe nenhuma influência da maritimidade e fica longos períodos sem chuvas. O deserto afeta a vida de milhões de chineses, principalmente. Durante o inverno, o vento frio e seco lança enormes nuvens de areia sobre diversas cidades chinesas.
A ocorrência do deserto de Gobi se deve às montanhas que formam a Cordilheira do Himalaia- elas se transformam em barreiras que impedem os ventos úmidos, vindos do mar, de atravessar o continente. Assim, formam-se áreas desérticas e semiáridas na região do Gobi.
A população do deserto de Gobi é historicamente nômade, vagueia pela região em busca dos raros campos férteis onde é possível cultivar alimentos. A economia destaca-se pelo pastoreio, especialmente de bovinos, ovinos e caprinos.
Deserto de Gobi - Mongólia |
As tempestades de areia oriundas do deserto de Gobi são especialmente afetadas por agregar elementos poluentes das áreas industrializadas e populosas da China, prejudicando diretamente a vida das pessoas e dos animais da região.
Oásis em forma de meia-lua, no deserto de Gobi - China |
- Deserto de Taklamakan
A população dessa região é formada principalmente por pastores que ainda praticam o nomadismo, sempre em busca de pastagens para os seus rebanhos, formados geralmente por caprinos e ovinos.
Nos últimos 30 anos, o governo chinês tem permitido a entrada de empresas estrangeiras nesse deserto para explorar as jazidas de petróleo e gás natural que se formaram em suas bacias sedimentares. A indústria petroquímica promoveu a construção de gasodutos e oleodutos, fato que deu maior dinamismo à economia local.
Deserto de Taklamakan - China |
- Deserto Australiano
A maioria dos desertos australianos situam-se na porção centro-oeste, cobrindo boa parte do país. Essa característica tende a dificultar o desenvolvimento das atividades agrícolas. Trata-se de desertos quentes que abrangem o Grande Deserto de Gibson, o Grande Deserto de Areia, o Grande Deserto de Vitória, o Deserto de Sturt Stony e o Deserto de Simpson.
Localização dos desertos australianos |
Nos desertos australianos, o ar seco e o solo pedregoso-arenoso deixam extensas áreas sem nenhuma vegetação.
Dentre os principais desertos australianos, destacam-se:
Deserto de Gibson
O deserto de Gibson cobre uma grande área da Austrália Ocidental, possuindo cerca de 155.000 km². Situa-se ao longo do trópico de Capricórnio, e inclui uma área de planícies onduladas de areia e campos de dunas e rochas, além de montanhas de cascalhos e porções significativas com elevado grau de formações de laterita.
Vários lagos de água salgada isoladas ocorrem no centro desse deserto. Em grande parte da região, principalmente na sua porção ocidental mais seca, os únicos habitantes humanos são os aborígenes australianos, muitos dos quais tiveram contato muito limitado com o mundo exterior.
O deserto de Gibson faz parte da meseta da Austrália Ocidental. O nome desse deserto deve-se a Alfred Gibson, navegador que morreu em sua tentativa de cruzar a Austrália durante uma expedição em 1874, junto a outro navegador, Ernest Giles, que sobreviveu e batizou o deserto em honra ao seu colega.
As precipitações no deserto de Gibson fica em torno dos 200-250 mm anuais. O clima é bastante seco, com máximas térmicas que atingem os 40ºC no verão e 18ºC no inverno.
Paisagem do deserto de Gibson |
O Grande Deserto de Areia ou Arenoso, estende-se ao longo de 360.000 km² e está localizado no noroeste da Austrália. Faz parte de uma vasta e plana região conhecida como Deserto do Oeste, no estado da Austrália Ocidental.
O Grande Deserto Arenoso contém extensas áreas de dunas. Ao nordeste desse deserto localiza-se a cratera do Wolfe Creek - formação causada pelo impacto de um meteorito. Essa cratera possui uma média de 875 metros de diâmetros e 60 metros de profundidade.
Cratera Wolfe Creek |
Na fauna do Grande Deserto de Areia predominam os roedores, répteis e insetos adaptados à falta d'água, além de grandes mamíferos. Esse deserto possui uma grande biodiversidade, graças à água subterrânea da bacia artesiana dos rios Murray e Darling.
Grande Deserto Arenoso - Austrália |
O Grande Deserto de Vitória é uma ecorregião inóspita, árida e escassamente povoada do sul da Austrália, localizada entre os estados da Austrália Meridional e Austrália Ocidental, e que apresenta grande quantidade de pequenas dunas de areia e extensos lagos de água salgada. Possui uma superfície de 424.400 km², é muito árido e quente, com escassa produção agrícola. Dentro deste deserto encontra-se o Mamungari Conservation Park, uma das doze Reservas Mundiais da Biosfera da Austrália.
Grande Deserto de Vitória - Austrália |
FONTE: Perspectiva geografia, 6 / Cláudia Magalhães ... [et al.]. 2. ed. - São Paulo: Editora do Brasil, 2012. (Coleção perspectiva)