A economia dos Estados Unidos é a maior do mundo, mantendo um alto nível de produção e elevado consumo de mercadorias.
A presença hegemônica dos Estados Unidos no mundo e, principalmente na América do Norte, é historicamente expressiva, tanto em relação ao seu potencial econômico, quanto político e militar. Antes de iniciarem o processo de expansão mundial, os Estados Unidos ampliaram as suas fronteiras internas para o norte, o oeste e o sul, com a tomada de territórios por compra, guerras e anexações de diversas nações, incluindo a de seus vizinhos, Canadá e México.
No século XX, o crescimento de sua economia, favorecida pela crescente produção industrial durante o período entre guerras, potencializou a sua participação na escala regional, para, em seguida, ampliar-se mundialmente após a sua participação na Segunda Guerra Mundial.
A consolidação do seu predomínio econômico no contexto norte-americano firmou-se com a criação do Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta), realizado entre Estados Unidos, México e Canadá em 1992. Em âmbito mundial, prevalece a ação de suas transnacionais e bancos, seu potente comércio, sua indústria de ponta, entre outros segmentos.
Os Estados Unidos são o quarto maior país em extensão do mundo, com litoral na costa do Pacífico e do Atlântico, além de um estado insular e outro no extremo norte da América do Norte, o Alasca.
Seu vasto território apresenta diferentes formações geológicas e um subsolo com grandes e diversas riquezas minerais, como petróleo, carvão mineral, cobre, ferro, urânio, entre outros. A presença de carvão mineral nos Montes Apalaches (costa leste) e na região dos Grandes Lagos, como também de ferro, foram fundamentais para a industrialização americana no século XIX. O petróleo e o gás natural são encontrados principalmente no Alasca, no Golfo do México, na Califórnia, no Texas, em Wyoming e no Novo México. O urânio usado nas usinas nucleares é encontrado em abundância no país.
Os Estados Unidos produzem internamente cerca de 80% de sua matriz energética, sendo a principal fonte de energia o petróleo, seguido pelo gás natural e pelo carvão. Vem crescendo o uso de energias alternativas, como a eólica, a geotermal e a de biocombustíveis (derivada de milho, principalmente), sendo os Estados Unidos e a China os maiores investidores em energias alternativas do mundo.
Cerca de 17% do petróleo consumido nos Estados Unidos é importado, mas, segundo previsões da Agência Internacional de Energia (IEA), em poucos anos essa situação será revertida. Suprimentos crescentes de petróleo extraídos de rochas subterrâneas, por meio de novas tecnologias, farão dos Estados Unidos o maior produtor do mundo a partir de 2020, trazendo autossuficiência para o país, além de aumentar a oferta de gás, que se espera seja a principal fonte de energia na matriz energética norte-americana por volta de 2030.
O território estadunidense estruturou-se com base na modernização industrial ocorrida na segunda metade do século XIX. A vitória do Norte na Guerra de Secessão (1861-1865) destruiu o poder político da aristocracia escravista do Sul, cuja base era a grande propriedade rural, e promoveu a unidade social e econômica nacional sob o comando do capital comercial e financeiro. Nesse processo, o Nordeste e a região dos Grandes Lagos emergiram como polos de desenvolvimento do país. As áreas produtivas dos Estados Unidos são denominadas belts (cinturões).
A indústria de manufaturação dos Estados Unidos é a maior do mundo. As fábricas produzem grandes quantidades tanto de produtos industriais - produtos que são usados por outras fábricas para a fabricação de outros produtos - e de produtos de consumo - produtos cujo destino final é o consumidor.
A indústria de manufaturação está concentrada nos estados da região central e da região Nordeste dos Estados Unidos. Atualmente, o crescimento industrial está concentrado no Sul do país - especialmente no sudoeste americano. A Califórnia é o estado americano que mais fabrica produtos manufaturados nos Estados Unidos - tanto em número de produtos quanto no valor econômico destes produtos. Em seguida, em ordem decrescente, vêm Texas, Ohio, Illinois, Michigan, Pensilvânia, Carolina do Norte e Nova York.
Os principais produtos fabricados nos Estados Unidos são computadores e softwares, produtos eletrônicos, equipamentos de transporte (aviões, veículos motorizados, trens e navios), produtos químicos (fertilizantes, remédios), alimentos, maquinário industrial, produtos de metal, siderurgia, entre outros.
Na segunda metade do século XIX,
foram descobertas grandes reservas de petróleo no subsolo dos Estados
Unidos. Isso favoreceu ainda mais o desenvolvimento industrial do país,
principalmente das indústrias químicas pois o petróleo, além de
combustível, é matéria-prima de numerosos produtos, como plásticos,
fibras têxteis, borracha sintética, etc.
As reservas petrolíferas estão localizadas principalmente no sul e no sudoeste do país. A economia do Texas, o segundo mais extenso dos estados estadunidenses, é baseada no petróleo e no algodão. Também existem reservas significantes na Califórnia e no Alasca.
Ao contrário das indústrias que dependem do carvão e do ferro, as que utilizam o petróleo e o gás natural como fonte energética ou matéria-prima não precisam se instalar necessariamente perto das jazidas. Os gasodutos e os oleodutos facilitam o transporte a tal ponto que a escolha dos locais para a instalação dessas indústrias pode ser orientada por outros fatores, como disponibilidade de mão de obra, mercado consumidor e capital.
Nos Estados Unidos, a grande
dispersão das jazidas favoreceu a instalação de refinarias de petróleo
por todo o território. Além disso, foi um importante fator para a
instalação de indústrias em várias partes do país e não apenas na
tradicional área do nordeste.
Embora sejam grandes produtores, os Estados Unidos também importam petróleo, comprando-o do México, da Venezuela e de países do Oriente Médio. Isso acontece por dois motivos:
Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os investimentos industriais foram direcionados para o Sul e o Oeste do país, o que resultou no surgimento de novos polos produtivos.
Novas áreas foram dinamizadas com a política governamental de construção de estradas de rodagem e com os programas de desenvolvimento hidráulico nas bacias dos rios Tennesse e Colúmbia. A exploração de campos petrolíferos no Golfo do México e na Califórnia atraiu investimentos para ambas as regiões.
Ao mesmo tempo, no ambiente da Guerra Fria, o governo incentivou a descentralização geográfica da indústria bélica nessas duas regiões, cujo desenvolvimento foi estimulado também por outros fatores: a reconstrução do Japão gerou um novo interesse pela Bacia do Pacífico e, portanto, pela costa oeste estadunidense; a maior longevidade da população gerou uma camada crescente de aposentados que deixaram o Norte, transferindo-se para áreas de climas mais quentes, no Sul e no Oeste, onde também cresceu a atividade turística, especialmente na Flórida e na Califórnia.
Dentre as regiões industriais dos Estados Unidos, destacam-se:
Entre o final do século XIX e início do século XX, no Nordeste dos Estados Unidos e na área dos Grandes Lagos estruturou-se uma região denominada Manufacturing Belt (Cinturão Fabril ou Cinturão da Manufatura). Dinâmica, urbana e industrial, essa região tinha ao centro um vasto polo industrial e era rodeada por uma extensíssima periferia apoiada na atividade agropecuária: as Planícies Centrais e Oeste, então em franco processo de povoamento.
Devido ao predomínio do clima temperado e a presença de invernos rigorosos, essa área também recebe o nome de Snow Belt (Cinturão da Neve).
O Nordeste é a região de povoamento mais antigo dos Estados Unidos. As pequenas propriedades agrícolas produziam para o próprio mercado interno. Nessas localidades, a economia prosperou antes mesmo de o país consolidar sua expansão territorial. Os imigrantes que chegavam em grande número constituíam mão de obra abundante e também um promissor mercado consumidor.
Pouco a pouco, ricos comerciantes da região perceberam que seria necessário produzir muitas mercadorias dentro do próprio território estadunidense. Surgiram, assim, muitas pequenas manufaturas que, ao longo do tempo, se transformaram em grandes indústrias.
O crescente mercado interno favoreceu esse desenvolvimento industrial. Com a expansão da economia, os estadunidenses começaram a se preocupar com o fornecimento de energia. Então, no final do século XIX, foram construídas pequenas usinas hidrelétricas perto dos Grandes Lagos, aproveitando as inúmeras quedas-d'água aí existentes.
Concomitantemente, os poderosos empresários da região passaram a explorar o carvão, abundante na região dos Montes Apalaches. Logo foram descobertas também grandes reservas de minério de ferro, nas cercanias dos Grandes Lagos.
O carvão e o ferro explicam a localização da maior região industrial estadunidense. Além disso, essa região conta com facilidade de transporte hidroviário, que é o mais adequado para cargas pesadas.
Tais condições facilita o desenvolvimento da siderurgia, uma indústria importante para o surgimento de outros tipos de indústrias. A presença das jazidas de carvão e petróleo e a própria origem da ocupação do território fizeram da porção norte-oriental dos Estados Unidos a área de industrialização mais antiga do país. Além de siderúrgicas, ainda hoje se concentram na região indústrias mecânicas e automobilísticas.
Além da presença de hidrelétricas e de reservas naturais de carvão e ferro, a industrialização do Nordeste pôde contar com a hidrovia Hudson-São Lourenço-Grandes Lagos. Favorecida por esses fatores, a região se industrializou tanto que foi apelidada de Manufacturing Belt (Cinturão da Manufatura).
A implantação sistemática de indústrias fez muitas cidades do Nordeste crescerem rapidamente. Algumas delas ficaram famosas por abrigarem indústria de um ramo industrial específico, que tiveram um papel decisivo para a produção estadunidense. Foi o que ocorreu com Pittsburgh. Essa cidade, situada na Pensilvânia, aproveitou a proximidade das jazidas de ferro e carvão para expandir a metalurgia, a siderurgia e a mecânica pesada. Pittsburgh chegou a ser responsável, no início do século XX, por 70% da produção de aço dos Estados Unidos (metade de todo o aço produzido no mundo).
Detroit também foi fortemente impulsionada pela expansão industrial. Localizada às margens dos Grandes Lagos, no estado de Michigan, a cidade liga-se a todo o país por hidrovias, que ajudaram a baratear muitas mercadorias. Tornou-se um grande centro da indústria de transporte e automobilística, fato que levou a cidade a ser chamada de "capital mundial do automóvel".
Chicago ficou conhecida como a "capital do Meio Oeste americano" porque constitui um enorme entroncamento de rodovias, ferrovias e hidrovias que facilitam o acesso ao Oeste dos Estados Unidos. Por isso a cidade atraiu milhares de indústrias, que continuam gerando emprego e renda.
Entretanto, com o passar do tempo, o excesso de indústrias se tornou um problema para muitas cidades do Nordeste. A poluição, os congestionamentos de trânsito e a violência se propagaram por toda a região na década de 1970. A poluição industrial somou-se a produzida pelos meios de transporte, por conta do crescente consumo de combustíveis e do escapamento dos veículos presos nos congestionamentos.
Pittsburgh foi apelidada de Smoky City ("Cidade Enfumaçada") por causa da intensa poluição. Esse problema gerava muitas doenças respiratórias, responsáveis pelo registro de uma das mais altas taxas de mortalidade infantil dos Estados Unidos.
Por isso, na década de 1970, surgiram rígidas leis antipoluição que obrigaram muitas fábricas a se retirar da cidade. O mesmo fenômeno ocorreu em Chicago, cujas indústrias, em grande parte, mudaram-se para os subúrbios. Hoje, a parte central da cidade é dominada por um poderoso setor financeiro composto de inúmeros bancos e da Bolsa de Valores de Chicago, uma das maiores do mundo.
Essa situação levou muitas indústrias a abandonarem o Nordeste durante as décadas de 1970 e 1980. Nessa época, a economia mundial vivia um crescimento de concorrência, e aquelas empresas que não reduzissem os custos certamente iriam à falência.
Grandes corporações empresariais passaram a procurar outros locais onde pudessem instalar suas fábricas, para obter vantagens nessa competição.
A saída de uma boa parte das indústrias do Nordeste mudou o espaço geográfico de algumas cidades dessa região. Passou a destacar-se na paisagem uma infinidade de galpões e prédios industriais abandonados. Isso faz com que os americanos chamem o nordeste do país de "Cinturão da Ferrugem" ou Rust Belt.
A grande oferta de galpões que anteriormente eram ocupados por fábricas estimulou muitos profissionais a instalar novos negócios nessas grandes áreas. Arquitetos, advogados, engenheiros, médicos, publicitários, dentistas, artistas plásticos, contadores e uma infinidade de outros profissionais ligados à prestação de serviços puderam alugar e comprar essas antigas instalações, transformando-as em modernos escritórios. O comércio também se expandiu. Salões de cabeleireiros, academias de ginástica, lojas diversas, restaurantes, supermercados, pequenas confecções, livrarias, institutos de pesquisa, escolas e universidades também proliferaram nas cidades do Nordeste dos Estados Unidos.
Consequentemente, o espaço geográfico foi revitalizado. Prédios velhos foram restaurados, e modernos arranha-céus surgiram. Grandes cidades como Chicago, Detroit e Nova York foram remodeladas.
Muitas cidades da região Nordeste dos Estados Unidos cresceram de forma espetacular graças à intensa industrialização. As indústrias atraíram milhões de famílias, que atraíram o comércio, a prestação de serviços, as repartições públicas, como prefeituras e outros órgãos administrativos, gerando grandes aglomerações urbanas.
O comércio e os serviços concentravam-se nas regiões centrais das cidades, assim todos os cidadãos que precisavam resolver qualquer assunto mais importante tinham que passar por essas áreas.
O barulho, a violência, a poluição e o trânsito caótico da região central das grandes cidades levaram muitos norte-americanos a se mudarem para pequenas cidades situadas no entorno dos grandes centros.
As edges cities ("cidades do entorno") começaram a surgir já na década de 1950, tendo um grande crescimento na década de 1980.
O tradicional Manufacturing Belt abriga cerca de 100 milhões de habitantes. A imensa maioria vive e trabalha nas megalópoles, que têm importância fundamental para a economia dos Estados Unidos.
No início do século XX, o Oeste dos Estados Unidos era a região menos povoada do país. Ainda prevaleciam atividades rurais e mineradoras. Os três estados que compõem a Costa Oeste e as principais cidades industriais são: Los Angeles e São Francisco (Califórnia), Portland (Oregon) e Seattle (Washington), além do Alasca, que se destaca na produção petrolífera.
Já nessa época, porém, estava ocorrendo um crescimento do comércio regional e uma forte ligação econômica com os mercados da Ásia. Nesse período, São Francisco já era um importante centro urbano.
Além do complexo industrial localizado na costa leste, principalmente em sua porção norte, o crescimento do setor militar americano e os rumos da Guerra Fria influenciaram a instalação de novos ramos industriais na costa oeste do país.
Na década de 1940, o governo estadunidense fortaleceu as indústrias bélicas no litoral do Pacífico em razão do conflito com o Japão, que teve início em 1941.
Mesmo após o fim da guerra, essas indústrias continuaram recebendo apoio dos centros de pesquisa de importantes universidades. O governo dos Estados Unidos destinou bilhões de dólares para militares e cientistas desenvolverem tecnologias bélicas durante a Guerra Fria. Muitos equipamentos militares, como radares, satélites, turbinas e armas, foram criados ou desenvolvidos nessa época.
Devido ao fechamento de fábricas que se localizavam no Nordeste dos Estados Unidos, muitas empresas procuraram outras regiões para instalar suas filiais, principalmente a partir da década de 1970. Nessa época, um grande número dessas empresas se instalou na Costa Oeste. Buscavam terrenos mais baratos e também a proximidade dos centros de pesquisa, que a cada ano estavam lançando novas tecnologias.
Essa situação propiciou o surgimento de um tipo de indústria diferente daquelas existentes no Manufacturing Belt. Eram empresas vinculadas a novos setores, como a microinformática, a bioquímica, a engenharia genética, a biotecnologia, a microeletrônica, a farmácia, a robótica, entre outras.
Essas indústrias se concentraram na região denominada Vale do Silício (Califórnia).
O desenvolvimento da indústria bélica levou à descoberta de novos materiais - como algumas fibras sintéticas utilizadas posteriormente pelas indústrias têxteis - e o aprimoramento dos processos industriais. A dependência tecnológica dessas indústrias favoreceu a criação de um novo e moderno parque industrial no oeste: um tecnopolo.
O Parque Tecnológico de Stanford, conhecido como Vale do Silício, foi criado em 1955 no estado da Califórnia. Reúne, nas proximidades da Universidade de Stanford, empresas inovadoras do ramo da informática e da microeletrônica, cercadas por instituições de pesquisa. O desenvolvimento do silício como matéria-prima industrial contribuiu para a expansão do parque, atraindo empresas ligadas às indústrias militar e aeroespacial.
Hoje, a tecnologia de ponta presente nas indústrias de equipamentos eletrônicos, robóticos, aeroespaciais, de engenharia elétrica e química fina, representa 25% do total dos negócios da indústria dos Estados Unidos. Além de empregar mão de obra qualificada em grande número, o desenvolvimento da tecnologia de ponta exige a integração de universidades, institutos de pesquisa, empresas e o governo americano.
Além da proximidade de uma nova matéria-prima, o silício, a localização desse parque industrial justifica-se por questões estratégicas. Em pleno auge da Guerra Fria, logo após a Guerra da Coreia (1950-1953), o governo americano precisava incentivar a ocupação populacional e militar dessa região, geograficamente mais próxima do inimigo soviético.
Hoje esse é um dos mais modernos polos industriais do país, em contraposição à tradicional região nordeste, cujo modelo industrial, surgido ainda no século XIX, desenvolveu-se com base em antigas fontes de energia e matéria-prima, como o carvão e o ferro.
O crescimento econômico gerou um forte povoamento da Costa Oeste. E, como já havia ocorrido no Nordeste, os pequenos municípios situados em torno dos grandes centros urbanos foram transformados em cidades-dormitórios.
Esse processo foi muito intenso entre São Francisco e San Diego, passando por Los Angeles. Milhares de pequenas cidades se conurbaram, criando uma mancha urbana que, vista de um satélite, parece ser uma única cidade. Mas trata-se da megalópole San-San.
As áreas metropolitanas da Costa Oeste dos Estados Unidos têm uma particularidade: limitam a construção de prédios muito altos. Isso porque a região é frequentemente atingida por terremotos. Os prédios altos existentes, são construídos com técnicas avançadas, para suportar tremores de terras. Devido essa tecnologia ser muito cara, as cidades têm uma verticalização limitada.
Los Angeles, situada na região costeira da Califórnia, muito sujeita a terremotos, ocupa uma área muito maior do que cidades com o mesmo número de habitantes, mas situadas em outras partes do mundo. Foram planejadas e construídas inúmeras avenidas de grande porte e gigantescos viadutos para interligar bairros diferentes.
Por conta dos problemas de urbanização do Nordeste, uma faixa que se estende ao longo de toda a fronteira sul dos Estados Unidos atraiu várias fábricas que buscavam terrenos mais baratos, impostos mais baixos e melhores condições gerais de produção.
Tradicionalmente, essa região sul já possuía indústrias de alimentos e bebidas. Essas indústrias nasceram a partir das grandes fazendas produtoras de alimentos que existiam na região já na primeira fase da colonização.
Em Dallas, no Texas, além da atividade petrolífera, desenvolveram-se as indústrias eletrônica e de material elétrico.
Uma característica da região Sul que foi decisiva para a atração de indústrias foram os extensos campos de petróleo localizados nos estados do Texas e Oklahoma e no litoral do Golfo do México.
Um outro fator atrativo para as indústrias foi a presença de inúmeros órgãos de pesquisa, muitos dos quais governamentais. O maior desses órgãos é a Agência Aeroespacial Norte-Americana (Nasa), cuja sede fica em Houston, no Texas. Ela gera milhares de empregos e atraiu para o seu entorno centenas de empresas prestadoras de serviços, onde se concentram vários de seus laboratórios.
A região ao redor da cidade de Birmingham, estado da Geórgia, forma um grande centro de indústrias siderúrgicas, metalúrgicas e de construção mecânica. O minério de ferro e o carvão mineral extraídos dos Montes Apalaches abastecem esse polo industrial. Em Atlanta, capital da Geórgia, estão instaladas grandes empresas do setor elétrico e eletrônico, além de um complexo industrial bastante moderno.
No estado de Alabama, em Huntsville, localiza-se um importante polo industrial de inovação tecnológica, destacando-se a indústria ligada ao setor da engenharia genética e bioindustrial.
No estado da Flórida, há uma importante base espacial - Cabo Kennedy -, onde são realizados lançamentos de foguetes espaciais da Nasa (National Aeronautics Space Administration).
Em Austin, capital do Texas, está outro importante polo industrial de tecnologia de ponta - o Polo Tecnológico de Silicon Prairie.
Nos Estados Unidos os cultivos em geral são comerciais, pois estão voltados para o mercado de consumo interno e externo.
Tradicionalmente, a região agrícola por excelência dos Estados Unidos é a porção central.
As características naturais do território americano favoreceram a sua expansão agrícola, como a existência do clima temperado e do subtropical, e de extensas planícies com solos férteis na porção central do território. Próximo aos Grandes Lagos são plantados trigo, milho, soja e algodão, em culturas especializadas, os belts (Wheat Belt, Corn and Soy Belt, Cotton Belt). Nas grandes planícies encontramos rebanhos bovinos e suínos. O importante mercado consumidor no Nordeste americano incentivou a agricultura hortifrutigranjeira que abastece essa região, com a presença da pecuária intensiva destinada à produção de leite (Dairy Belt).
Na Costa Oeste, especialmente na Califórnia, grandes áreas desérticas foram sendo ocupadas e irrigadas com culturas de frutas. Do Golfo do México até a porção central da costa leste são plantadas frutas, cana-de-açúcar e cítricos, no chamado Sun Belt.
O setor agrícola contribui com 1,2% do PIB estadunidense e com 20% do agronegócio. Embora forte e produtiva, a agricultura estadunidense é subsidiada pelo governo, o que gera protestos de muitos países que concorrem com os produtos agrícolas exportados pelos Estados Unidos, visto que os preços são mantidos baixos artificialmente.
Desde os tempos coloniais, em toda a faixa centro-leste do país se desenvolveram os belts (cinturões agrícolas), aglomerados de grandes fazendas nas quais é cultivado apenas um produto.
Os cinturões agrícolas são favorecidos também pelas chuvas constantes vindas do Golfo do México e do Atlântico. Outro aspecto natural também muito favorável é o predomínio de terrenos planos, que facilitam o uso de tratores tanto no plantio como na colheita. Além disso, esses cinturões agrícolas são banhados por vários rios, como os formadores da Bacia Mississipi-Missouri. Esses rios também auxiliam na irrigação, além de serem usados como meios de transporte.
Os principais cinturões agropecuários do país são:
Inicialmente plantado para abastecer a indústria têxtil inglesa, durante os séculos XVIII e XIX, o algodão ganhou importância ainda maior com a industrialização dos Estados Unidos.
Nas últimas décadas, a área tradicionalmente ocupada por plantios de algodão sofreu uma forte redução. Outros cultivos, como os de feijão, arroz e tabaco, estão sendo feitos nessas terras, que se tornaram muito desgastadas para o algodão.
Recentemente, a cotonicultura tem ocupado novas áreas, sobretudo na Califórnia, que já é o maior produtor de algodão do país.
O Cinturão do Trigo compreende os estados de Ohio, Indiana, Illinois, Missouri e Iowa, além de partes dos estados de Winscosin, Minnesota, Nebraska, Oklahoma, Texas e Kansas.
Na fronteira com o Canadá planta-se o chamado trigo de primavera. Esse cultivo ocorre apenas nos períodos mais quentes do ano (primavera/verão), já que o frio intenso do inverno, acompanhado de longas semanas de neve, inviabiliza essa agricultura.
No Kansas, sul do Nebraska e norte de Oklahoma e do Texas, onde o verão é muito quente, o trigo é plantado e colhido no outono/inverno, quando as temperaturas são amenas.
Somando-se as produções dessas duas regiões, a triticultura (cultivo do trigo) ocorre o ano todo, o que estabiliza o preço desse alimento. Como o trigo é a base alimentar do país, a maior parte dos alimentos básicos também não sofre grandes oscilações de preços.
Mais recentemente, a soja e a cevada também têm ocupado áreas extensas nas proximidades das plantações de trigo.
O Cinturão do Milho compreende os estados de Iowa, Illinois, Indiana, o sul de Michigan e de Minnesota, a parte ocidental de Ohio, o leste do Nebraska e de Kansas, partes de Missouri, além de áreas em Dakota do Sul, Dakota do Norte, Wisconsin e Kentucky.
O milho, desde a década de 1850, é a cultura predominante dos Estados Unidos, substituindo, nessa época, ervas altas nativas. Os estados que mais produzem milho são Iowa, Illinois, Nebraska e Minnisota que, em conjunto, representam mais da metade do milho produzido no país.
Mais de 90% da soja produzida nos Estados Unidos é transgênica, e o país é o maior produtor mundial desse produto, sendo que o cultivo se concentra principalmente em torno da bacia do Mississippi-Missouri.
Essas enormes propriedades rurais criam gigantescos rebanhos bovinos, que totalizam cerca de 100 milhões de cabeças de gado, para abastecer o mercado interno e para exportação.
A extensa área ocupada por esses rebanhos recebe o nome de Ranching Belt (Cinturão dos Ranchos). Aí, o gado é criado de forma predominantemente extensiva, solto em grandes pastagens.
Nas últimas décadas, muitas fazendas adotaram sistemas mais modernos de produção. Depois de passar uma longa temporada no pasto, o gado é confinado para se alimentar de ração. Assim, ganha mais peso em menos tempo. Isso proporciona lucros maiores às fazendas.
A presença hegemônica dos Estados Unidos no mundo e, principalmente na América do Norte, é historicamente expressiva, tanto em relação ao seu potencial econômico, quanto político e militar. Antes de iniciarem o processo de expansão mundial, os Estados Unidos ampliaram as suas fronteiras internas para o norte, o oeste e o sul, com a tomada de territórios por compra, guerras e anexações de diversas nações, incluindo a de seus vizinhos, Canadá e México.
No século XX, o crescimento de sua economia, favorecida pela crescente produção industrial durante o período entre guerras, potencializou a sua participação na escala regional, para, em seguida, ampliar-se mundialmente após a sua participação na Segunda Guerra Mundial.
A consolidação do seu predomínio econômico no contexto norte-americano firmou-se com a criação do Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta), realizado entre Estados Unidos, México e Canadá em 1992. Em âmbito mundial, prevalece a ação de suas transnacionais e bancos, seu potente comércio, sua indústria de ponta, entre outros segmentos.
Kansas City - localizada no estado de Missouri, possui uma população de 152.856 habitantes (estimativa 2015) |
Seu vasto território apresenta diferentes formações geológicas e um subsolo com grandes e diversas riquezas minerais, como petróleo, carvão mineral, cobre, ferro, urânio, entre outros. A presença de carvão mineral nos Montes Apalaches (costa leste) e na região dos Grandes Lagos, como também de ferro, foram fundamentais para a industrialização americana no século XIX. O petróleo e o gás natural são encontrados principalmente no Alasca, no Golfo do México, na Califórnia, no Texas, em Wyoming e no Novo México. O urânio usado nas usinas nucleares é encontrado em abundância no país.
Mapa dos principais recursos minerais dos Estados Unidos |
Cerca de 17% do petróleo consumido nos Estados Unidos é importado, mas, segundo previsões da Agência Internacional de Energia (IEA), em poucos anos essa situação será revertida. Suprimentos crescentes de petróleo extraídos de rochas subterrâneas, por meio de novas tecnologias, farão dos Estados Unidos o maior produtor do mundo a partir de 2020, trazendo autossuficiência para o país, além de aumentar a oferta de gás, que se espera seja a principal fonte de energia na matriz energética norte-americana por volta de 2030.
Mapa das principais áreas de petróleo e gás dos Estados Unidos |
A indústria de manufaturação dos Estados Unidos é a maior do mundo. As fábricas produzem grandes quantidades tanto de produtos industriais - produtos que são usados por outras fábricas para a fabricação de outros produtos - e de produtos de consumo - produtos cujo destino final é o consumidor.
Mapa da concentração industrial dos Estados Unidos |
Os principais produtos fabricados nos Estados Unidos são computadores e softwares, produtos eletrônicos, equipamentos de transporte (aviões, veículos motorizados, trens e navios), produtos químicos (fertilizantes, remédios), alimentos, maquinário industrial, produtos de metal, siderurgia, entre outros.
Mapa das áreas industriais com seus principais tipos de indústria nos Estados Unidos |
As reservas petrolíferas estão localizadas principalmente no sul e no sudoeste do país. A economia do Texas, o segundo mais extenso dos estados estadunidenses, é baseada no petróleo e no algodão. Também existem reservas significantes na Califórnia e no Alasca.
Ao contrário das indústrias que dependem do carvão e do ferro, as que utilizam o petróleo e o gás natural como fonte energética ou matéria-prima não precisam se instalar necessariamente perto das jazidas. Os gasodutos e os oleodutos facilitam o transporte a tal ponto que a escolha dos locais para a instalação dessas indústrias pode ser orientada por outros fatores, como disponibilidade de mão de obra, mercado consumidor e capital.
Phoenix - localizada no estado do Arizona, possui uma população de 1.515.745 habitantes (estimativa 2015) |
Embora sejam grandes produtores, os Estados Unidos também importam petróleo, comprando-o do México, da Venezuela e de países do Oriente Médio. Isso acontece por dois motivos:
- o consumo de petróleo é muito grande no país, apesar de ter diminuído nos últimos anos, em benefício de outras fontes de energia;
- o país é exportador de derivados de petróleo, como querosene de avião e óleos especiais, que são mais caros que o produto em estado natural.
Boston - localizado no estado de Massachusetts, possui uma população de 647.547 habitantes (estimativa 2015) |
Novas áreas foram dinamizadas com a política governamental de construção de estradas de rodagem e com os programas de desenvolvimento hidráulico nas bacias dos rios Tennesse e Colúmbia. A exploração de campos petrolíferos no Golfo do México e na Califórnia atraiu investimentos para ambas as regiões.
Ao mesmo tempo, no ambiente da Guerra Fria, o governo incentivou a descentralização geográfica da indústria bélica nessas duas regiões, cujo desenvolvimento foi estimulado também por outros fatores: a reconstrução do Japão gerou um novo interesse pela Bacia do Pacífico e, portanto, pela costa oeste estadunidense; a maior longevidade da população gerou uma camada crescente de aposentados que deixaram o Norte, transferindo-se para áreas de climas mais quentes, no Sul e no Oeste, onde também cresceu a atividade turística, especialmente na Flórida e na Califórnia.
Miami - localizada no estado da Flórida, possui uma população de 399.461 habitantes (estimativas 2015) |
- Manufacturing Belt - Cinturão da Manufatura
Devido ao predomínio do clima temperado e a presença de invernos rigorosos, essa área também recebe o nome de Snow Belt (Cinturão da Neve).
O Nordeste é a região de povoamento mais antigo dos Estados Unidos. As pequenas propriedades agrícolas produziam para o próprio mercado interno. Nessas localidades, a economia prosperou antes mesmo de o país consolidar sua expansão territorial. Os imigrantes que chegavam em grande número constituíam mão de obra abundante e também um promissor mercado consumidor.
Pouco a pouco, ricos comerciantes da região perceberam que seria necessário produzir muitas mercadorias dentro do próprio território estadunidense. Surgiram, assim, muitas pequenas manufaturas que, ao longo do tempo, se transformaram em grandes indústrias.
Mapa da região do Manufacturing Belt |
Concomitantemente, os poderosos empresários da região passaram a explorar o carvão, abundante na região dos Montes Apalaches. Logo foram descobertas também grandes reservas de minério de ferro, nas cercanias dos Grandes Lagos.
O carvão e o ferro explicam a localização da maior região industrial estadunidense. Além disso, essa região conta com facilidade de transporte hidroviário, que é o mais adequado para cargas pesadas.
Tais condições facilita o desenvolvimento da siderurgia, uma indústria importante para o surgimento de outros tipos de indústrias. A presença das jazidas de carvão e petróleo e a própria origem da ocupação do território fizeram da porção norte-oriental dos Estados Unidos a área de industrialização mais antiga do país. Além de siderúrgicas, ainda hoje se concentram na região indústrias mecânicas e automobilísticas.
Montes Apalaches - importante área produtora de minério de ferro dos Estados Unidos |
A implantação sistemática de indústrias fez muitas cidades do Nordeste crescerem rapidamente. Algumas delas ficaram famosas por abrigarem indústria de um ramo industrial específico, que tiveram um papel decisivo para a produção estadunidense. Foi o que ocorreu com Pittsburgh. Essa cidade, situada na Pensilvânia, aproveitou a proximidade das jazidas de ferro e carvão para expandir a metalurgia, a siderurgia e a mecânica pesada. Pittsburgh chegou a ser responsável, no início do século XX, por 70% da produção de aço dos Estados Unidos (metade de todo o aço produzido no mundo).
Pittsburgh - localizada no estado da Pensilvânia, possui uma população de 320.530 habitantes (estimativas 2015) |
Chicago ficou conhecida como a "capital do Meio Oeste americano" porque constitui um enorme entroncamento de rodovias, ferrovias e hidrovias que facilitam o acesso ao Oeste dos Estados Unidos. Por isso a cidade atraiu milhares de indústrias, que continuam gerando emprego e renda.
Detroit - localizada no estado de Michigan, possui uma população de 748.395 habitantes (estimativa 2015) |
Pittsburgh foi apelidada de Smoky City ("Cidade Enfumaçada") por causa da intensa poluição. Esse problema gerava muitas doenças respiratórias, responsáveis pelo registro de uma das mais altas taxas de mortalidade infantil dos Estados Unidos.
Por isso, na década de 1970, surgiram rígidas leis antipoluição que obrigaram muitas fábricas a se retirar da cidade. O mesmo fenômeno ocorreu em Chicago, cujas indústrias, em grande parte, mudaram-se para os subúrbios. Hoje, a parte central da cidade é dominada por um poderoso setor financeiro composto de inúmeros bancos e da Bolsa de Valores de Chicago, uma das maiores do mundo.
Bolsa de Valores de Chicago |
Grandes corporações empresariais passaram a procurar outros locais onde pudessem instalar suas fábricas, para obter vantagens nessa competição.
A saída de uma boa parte das indústrias do Nordeste mudou o espaço geográfico de algumas cidades dessa região. Passou a destacar-se na paisagem uma infinidade de galpões e prédios industriais abandonados. Isso faz com que os americanos chamem o nordeste do país de "Cinturão da Ferrugem" ou Rust Belt.
Ruínas de uma fábrica em Detroit |
Consequentemente, o espaço geográfico foi revitalizado. Prédios velhos foram restaurados, e modernos arranha-céus surgiram. Grandes cidades como Chicago, Detroit e Nova York foram remodeladas.
Baltimore - localizada no estado de Maryland, possui uma população de 651.077 habitantes (estimativa 2015) |
O comércio e os serviços concentravam-se nas regiões centrais das cidades, assim todos os cidadãos que precisavam resolver qualquer assunto mais importante tinham que passar por essas áreas.
O barulho, a violência, a poluição e o trânsito caótico da região central das grandes cidades levaram muitos norte-americanos a se mudarem para pequenas cidades situadas no entorno dos grandes centros.
As edges cities ("cidades do entorno") começaram a surgir já na década de 1950, tendo um grande crescimento na década de 1980.
O tradicional Manufacturing Belt abriga cerca de 100 milhões de habitantes. A imensa maioria vive e trabalha nas megalópoles, que têm importância fundamental para a economia dos Estados Unidos.
Cleveland - localizada no estado de Ohio, possui uma população de 416.060 habitantes (estimativas 2015) |
- Costa Oeste
Já nessa época, porém, estava ocorrendo um crescimento do comércio regional e uma forte ligação econômica com os mercados da Ásia. Nesse período, São Francisco já era um importante centro urbano.
Costa Oeste dos Estados Unidos |
Na década de 1940, o governo estadunidense fortaleceu as indústrias bélicas no litoral do Pacífico em razão do conflito com o Japão, que teve início em 1941.
Mesmo após o fim da guerra, essas indústrias continuaram recebendo apoio dos centros de pesquisa de importantes universidades. O governo dos Estados Unidos destinou bilhões de dólares para militares e cientistas desenvolverem tecnologias bélicas durante a Guerra Fria. Muitos equipamentos militares, como radares, satélites, turbinas e armas, foram criados ou desenvolvidos nessa época.
Represa Hoover - localizada entre os estados do Arizona e Nevada, represa as águas do rio Colorado, e é considerado o maior projeto dos Estados Unidos para geração de energia |
Essa situação propiciou o surgimento de um tipo de indústria diferente daquelas existentes no Manufacturing Belt. Eram empresas vinculadas a novos setores, como a microinformática, a bioquímica, a engenharia genética, a biotecnologia, a microeletrônica, a farmácia, a robótica, entre outras.
Essas indústrias se concentraram na região denominada Vale do Silício (Califórnia).
O desenvolvimento da indústria bélica levou à descoberta de novos materiais - como algumas fibras sintéticas utilizadas posteriormente pelas indústrias têxteis - e o aprimoramento dos processos industriais. A dependência tecnológica dessas indústrias favoreceu a criação de um novo e moderno parque industrial no oeste: um tecnopolo.
Principais empresas e cidades localizadas no Vale do Silício |
Universidade de Stanford - principal responsável por formar trabalhadores para as empresas instaladas no Vale do Silício |
Esse processo foi muito intenso entre São Francisco e San Diego, passando por Los Angeles. Milhares de pequenas cidades se conurbaram, criando uma mancha urbana que, vista de um satélite, parece ser uma única cidade. Mas trata-se da megalópole San-San.
As áreas metropolitanas da Costa Oeste dos Estados Unidos têm uma particularidade: limitam a construção de prédios muito altos. Isso porque a região é frequentemente atingida por terremotos. Os prédios altos existentes, são construídos com técnicas avançadas, para suportar tremores de terras. Devido essa tecnologia ser muito cara, as cidades têm uma verticalização limitada.
San Diego - localizado no estado da Califórnia, possui uma população de 1.370.810 habitantes (estimativa 2015) |
São Francisco - localizado no estado da Califórnia, possui uma população de 844.288 habitantes (Estimativa 2015) |
- Sun Belt - Cinturão do Sol
Região que compreende o Sun Belt |
Tradicionalmente, essa região sul já possuía indústrias de alimentos e bebidas. Essas indústrias nasceram a partir das grandes fazendas produtoras de alimentos que existiam na região já na primeira fase da colonização.
Em Dallas, no Texas, além da atividade petrolífera, desenvolveram-se as indústrias eletrônica e de material elétrico.
Dallas - localizada no estado do Texas, possui uma população de 1.255.910 habitantes (estimativa 2015) |
Um outro fator atrativo para as indústrias foi a presença de inúmeros órgãos de pesquisa, muitos dos quais governamentais. O maior desses órgãos é a Agência Aeroespacial Norte-Americana (Nasa), cuja sede fica em Houston, no Texas. Ela gera milhares de empregos e atraiu para o seu entorno centenas de empresas prestadoras de serviços, onde se concentram vários de seus laboratórios.
Sede da Nasa, em Houston |
Atlanta - localizada no estado da Geórgia, possui uma população de 456.688 habitantes (estimativa 2015) |
No estado da Flórida, há uma importante base espacial - Cabo Kennedy -, onde são realizados lançamentos de foguetes espaciais da Nasa (National Aeronautics Space Administration).
Em Austin, capital do Texas, está outro importante polo industrial de tecnologia de ponta - o Polo Tecnológico de Silicon Prairie.
Austin - localizado no estado do Texas, possui uma população de 828.723 habitantes (estimativa 2015) |
AGRICULTURA
A agricultura estadunidense, a mais produtiva do mundo, é altamente mecanizada e emprega somente 2% da população economicamente ativa do país. Os Estados Unidos se configuram como o maior exportador de alimentos.Nos Estados Unidos os cultivos em geral são comerciais, pois estão voltados para o mercado de consumo interno e externo.
Tradicionalmente, a região agrícola por excelência dos Estados Unidos é a porção central.
As características naturais do território americano favoreceram a sua expansão agrícola, como a existência do clima temperado e do subtropical, e de extensas planícies com solos férteis na porção central do território. Próximo aos Grandes Lagos são plantados trigo, milho, soja e algodão, em culturas especializadas, os belts (Wheat Belt, Corn and Soy Belt, Cotton Belt). Nas grandes planícies encontramos rebanhos bovinos e suínos. O importante mercado consumidor no Nordeste americano incentivou a agricultura hortifrutigranjeira que abastece essa região, com a presença da pecuária intensiva destinada à produção de leite (Dairy Belt).
Na Costa Oeste, especialmente na Califórnia, grandes áreas desérticas foram sendo ocupadas e irrigadas com culturas de frutas. Do Golfo do México até a porção central da costa leste são plantadas frutas, cana-de-açúcar e cítricos, no chamado Sun Belt.
Mapa da produção agropecuária dos Estados Unidos |
Desde os tempos coloniais, em toda a faixa centro-leste do país se desenvolveram os belts (cinturões agrícolas), aglomerados de grandes fazendas nas quais é cultivado apenas um produto.
Os cinturões agrícolas são favorecidos também pelas chuvas constantes vindas do Golfo do México e do Atlântico. Outro aspecto natural também muito favorável é o predomínio de terrenos planos, que facilitam o uso de tratores tanto no plantio como na colheita. Além disso, esses cinturões agrícolas são banhados por vários rios, como os formadores da Bacia Mississipi-Missouri. Esses rios também auxiliam na irrigação, além de serem usados como meios de transporte.
Propriedade rural nos Estados Unidos |
- Cotton Belt - Cinturão do Algodão
Inicialmente plantado para abastecer a indústria têxtil inglesa, durante os séculos XVIII e XIX, o algodão ganhou importância ainda maior com a industrialização dos Estados Unidos.
Nas últimas décadas, a área tradicionalmente ocupada por plantios de algodão sofreu uma forte redução. Outros cultivos, como os de feijão, arroz e tabaco, estão sendo feitos nessas terras, que se tornaram muito desgastadas para o algodão.
Recentemente, a cotonicultura tem ocupado novas áreas, sobretudo na Califórnia, que já é o maior produtor de algodão do país.
Produção de algodão nos Estados Unidos |
- Dairy Belt - Cinturão do Leite
Fazenda produtora de leite nos Estados Unidos |
- Wheat Belt - Cinturão do Trigo
O Cinturão do Trigo compreende os estados de Ohio, Indiana, Illinois, Missouri e Iowa, além de partes dos estados de Winscosin, Minnesota, Nebraska, Oklahoma, Texas e Kansas.
Na fronteira com o Canadá planta-se o chamado trigo de primavera. Esse cultivo ocorre apenas nos períodos mais quentes do ano (primavera/verão), já que o frio intenso do inverno, acompanhado de longas semanas de neve, inviabiliza essa agricultura.
No Kansas, sul do Nebraska e norte de Oklahoma e do Texas, onde o verão é muito quente, o trigo é plantado e colhido no outono/inverno, quando as temperaturas são amenas.
Somando-se as produções dessas duas regiões, a triticultura (cultivo do trigo) ocorre o ano todo, o que estabiliza o preço desse alimento. Como o trigo é a base alimentar do país, a maior parte dos alimentos básicos também não sofre grandes oscilações de preços.
Mais recentemente, a soja e a cevada também têm ocupado áreas extensas nas proximidades das plantações de trigo.
Produção de trigo nos Estados Unidos |
- Corn Belt - Cinturão do Milho
O Cinturão do Milho compreende os estados de Iowa, Illinois, Indiana, o sul de Michigan e de Minnesota, a parte ocidental de Ohio, o leste do Nebraska e de Kansas, partes de Missouri, além de áreas em Dakota do Sul, Dakota do Norte, Wisconsin e Kentucky.
O milho, desde a década de 1850, é a cultura predominante dos Estados Unidos, substituindo, nessa época, ervas altas nativas. Os estados que mais produzem milho são Iowa, Illinois, Nebraska e Minnisota que, em conjunto, representam mais da metade do milho produzido no país.
Colheita de milho nos Estados Unidos |
- Soy Belt - Cinturão da Soja
Mais de 90% da soja produzida nos Estados Unidos é transgênica, e o país é o maior produtor mundial desse produto, sendo que o cultivo se concentra principalmente em torno da bacia do Mississippi-Missouri.
Cultivo de soja nos Estados Unidos |
- Ranching Belt - Cinturão da Pecuária
Essas enormes propriedades rurais criam gigantescos rebanhos bovinos, que totalizam cerca de 100 milhões de cabeças de gado, para abastecer o mercado interno e para exportação.
A extensa área ocupada por esses rebanhos recebe o nome de Ranching Belt (Cinturão dos Ranchos). Aí, o gado é criado de forma predominantemente extensiva, solto em grandes pastagens.
Nas últimas décadas, muitas fazendas adotaram sistemas mais modernos de produção. Depois de passar uma longa temporada no pasto, o gado é confinado para se alimentar de ração. Assim, ganha mais peso em menos tempo. Isso proporciona lucros maiores às fazendas.
Criação de gado de corte no Oeste dos Estados Unidos |
- Fruit Belt - Cinturão da Fruticultura
Desenvolve-se em áreas de clima mediterrâneo (Califórnia) e clima subtropical (Flórida), circundado pelo Golfo do México. É formado por grandes fazendas cujos proprietários são ligados à indústria de sucos, que são largamente consumido em todo o país.
Produção de laranja, no sul da Califórnia |
- Green Belts - Cinturões Verdes
Em torno das megalópoles e grandes cidades dos Estados Unidos, existem inúmeras pequenas e médias propriedades rurais voltadas ao abastecimento desses centros urbanos.
Os cinturões verdes são espaços rurais que produzem hortaliças, frutas e ovos, que fazem parte da alimentação diária dos norte-americanos.
Nesses cinturões desenvolveu-se também um conjunto de propriedades rurais especializadas na produção de leite de forma intensiva, para as indústrias de laticínios concentradas nessa região, principalmente na região Nordeste dos Estados Unidos.
Produção de hortaliças nos Estados Unidos |
O SISTEMA AGRÍCOLA DRY FARMING DO OESTE
As áreas secas do Oeste dos Estados Unidos sempre foram cultivadas pelos indígenas. De forma rústica, eles semeavam em solos que haviam armazenado parte das águas das escassas chuvas que caíam ao longo do ano. Com a chegada dos colonizadores, essa técnica tradicional, chamada de dry farming, foi mantida durante muito tempo.
O dry farming tradicional consistia no revolvimento do solo, de modo que trazia para a superfície as terras mais úmidas e férteis, que eram cultivadas basicamente com milho.
Nas últimas décadas, o dry farming passou por grandes mudanças. Tratores gigantescos passaram a revolver a terra, que agora é cultivada com o auxílio de avançadíssimos sistemas de irrigação, como o uso de gotejamento de água, obtida por meio de aquedutos que a trazem de rios distantes ou de poços profundos.
Atualmente, na região do dry farming, além da uva cultivam-se milho e algodão, e desenvolvem-se atividades hortifrutigranjeiras, cujos produtos abastecem, principalmente, as grandes cidades da Costa Oeste.
Os Estados Unidos possuem o segundo maior rebanho de gado bovino e o primeiro maior rebanho comercial do mundo (a Índia possui o maior rebanho bovino do mundo, porém, devido a motivos religiosos - a vaca é um animal sagrado para os hindus - este rebanho não é utilizado para fins comerciais). O país é também o terceiro maior produtor mundial de suínos (perdendo apenas para a China e a União Europeia), além de possuir grandes rebanhos de equinos, aves e ovinos.
A indústria pecuária do país produz, no geral, mais alimentos do que o necessário para atender à demanda nacional - sendo o excesso exportado -, embora nos últimos anos a demanda por carne e leite tenha superado a oferta, e o país vem importando grande quantidade de carne bovina, principalmente do Canadá. Esse fator é explicado principalmente pelas constantes secas que vêm afetando o país nos últimos anos, levando a diminuição do rebanho estadunidense.
Criação de porcos nos Estados Unidos |
PESCA
Os Estados Unidos produzem anualmente mais de cinco milhões de toneladas de peixes e outros animais e vegetais marinhos e fluviais. A maior parte da pesca é realizada no Oceano Pacífico, embora a indústria pesqueira também seja considerável no Golfo do México e no Oceano Atlântico. Outros locais onde a indústria da pesca possui importância razoável são em pequenas cidades ao longo do rio Mississippi-Missouri e nos Grandes Lagos. O país é o quinto maior produtor de pescados do mundo, perdendo apenas para a China, o Peru, o Chile e o Japão.
O estado americano do Alasca é o maior produtor de peixes e outros animais e vegetais marinhos, onde a pesca é uma das principais fontes de renda. Outros estados grandes produtores de pescado são Washington, Louisiana, Vermont e Maine.
O setor de pescados possui grande importância nos Estados Unidos |
SILVICULTURA
Aproximadamente 30% dos Estados Unidos são cobertos por florestas. Graças à demanda nacional por produtos de madeira e derivados, a indústria da silvicultura no país é uma das maiores do mundo. Um terço da madeira produzida no país vêm do noroeste americano, que é a região que mais produz madeira nos Estados Unidos, sendo o estado de Washington o maior produtor.
Apesar das grandes reservas florestais, o grande consumo de madeira no país, ao longo da história, fizeram com que as reservas lentamente diminuíssem, ao mesmo tempo em que o desmatamento crescia gradualmente por causa da grande demanda.
A partir do século XIX, para diminuir e estabilizar este problema, os norte-americanos passaram a importar madeira, bem como produtos derivados, do Canadá. A madeira canadense atualmente responde por aproximadamente 18% de toda a madeira usada nos Estados Unidos.
Floresta Nacional de Shoshone, no estado de Wyoming |
Com uma enorme e diversificada produção e um grande mercado de consumo, os Estados Unidos mantêm um intenso comércio exterior.
Outro fato que evidencia sua grande potência econômica é o fato de o país ser o maior exportador mundial de produtos de alta tecnologia, como os fabricados pelos setores aeroespacial, eletroeletrônico, farmacêutico, de máquinas e equipamentos de precisão, automobilístico e de química fina. Destacam-se também na pauta de exportações os produtos agrícolas, como o trigo.
Os Estados Unidos, tendo uma das economias mais poderosas e influentes do mundo, possuem tratados comerciais com diversos países ao redor do mundo. São membros do Nafta (Tratado de Livre Comércio da América do Norte, do qual fazem parte também o México e o Canadá), da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico - Apec (bloco econômico que tem por objetivo transformar a região do Pacífico em uma área de livre comércio e que engloba países da Ásia, América e Oceania), do G-8 (grupo político-econômico que reúne os sete países mais ricos do mundo e a Rússia), além de ser o articulador para a criação da Alca (Área de Livre Comércio das Américas).
Os serviços que pagam altos salários cresceram, e os imigrantes estrangeiros assumiram principalmente aqueles de menor remuneração (atividades domésticas, de limpeza pública, entre outros).
Os serviços financeiros foram fundamentais na expansão da economia dos estados Unidos. Os principais bancos atuam em outros países, influenciando decisões e criando um mercado de exportação de serviços e de capital.
O turismo é uma das principais fontes de rendo do país. Estima-se que o número de turistas domésticos esteja em torno de 1,5 bilhão. Os Estados Unidos são o terceiro país mais visitado do mundo, perdendo apenas para a Espanha e para a França. Cerca de 65 milhões de turistas estrangeiros visitam o país anualmente. Destes, oito milhões vêm do Canadá e sete milhões do México. Outros turistas vêm de países da Europa, do Japão, do Caribe, da China, do Brasil e da Argentina, principalmente.
Outro fato que evidencia sua grande potência econômica é o fato de o país ser o maior exportador mundial de produtos de alta tecnologia, como os fabricados pelos setores aeroespacial, eletroeletrônico, farmacêutico, de máquinas e equipamentos de precisão, automobilístico e de química fina. Destacam-se também na pauta de exportações os produtos agrícolas, como o trigo.
Indianápolis - localizada no estado de Indiana, possui uma população de 869.959 habitantes (estimativa 2015) |
Nova Orleans - localizada no estado de Louisiana, possui uma população de 360.504 habitantes (estimativa 2015) |
SETOR DE SERVIÇOS
O setor de serviços é responsável por quase 80% do PIB e dos empregos dos estados Unidos. Entre as mulheres, 90% estão empregadas nesse setor.Os serviços que pagam altos salários cresceram, e os imigrantes estrangeiros assumiram principalmente aqueles de menor remuneração (atividades domésticas, de limpeza pública, entre outros).
Os serviços financeiros foram fundamentais na expansão da economia dos estados Unidos. Os principais bancos atuam em outros países, influenciando decisões e criando um mercado de exportação de serviços e de capital.
Bolsa de Valores de Nova York |
Houston - localizada no estado do Texas, é a quarta cidade mais populosa dos Estados Unidos, com uma população de 2.201.274 habitantes (estimativa 2015) |
AS PRINCIPAIS TRANSNACIONAIS NORTE-AMERICANAS
Os Estados Unidos são a sede de várias corporações transnacionais. Dentre essas corporações, destacam-se:- Apple
- Boeing
- Coca-Cola
Sede mundial da Coca-Cola, em Atlanta - EUA |
- General Motors
- McDonald's
- Microsoft
Sede da Microsoft, em Redmond |
- Nike
- Yahoo!
- Motorola
- Ford
Sede da Ford em Dearborn |
- Walmart
ALGUNS DADOS DOS ESTADOS UNIDOS
NOME OFICIAL: Estados Unidos da América
CAPITAL: Washington, D.C.
Washington, D.C. - localizado no Distrito de Colúmbia, é a capital dos EUA e possui uma população de 630.906 habitantes (estimativa 2015) |
GENTÍLICO: americano (a), norte-americano (a), estadunidense, estado-unidense e ianque
LÍNGUA OFICIAL: não há nenhuma língua oficial a nível federal, porém, o inglês é a língua mais falada no país
GOVERNO: República Federal Presidencialista
INDEPENDÊNCIA: do Reino da Grã-Bretanha
Declarada: 4 de julho de 1776
Reconhecida: 3 de setembro de 1783
Constituição atual: 21 de junho de 1788
INDEPENDÊNCIA: do Reino da Grã-Bretanha
Declarada: 4 de julho de 1776
Reconhecida: 3 de setembro de 1783
Constituição atual: 21 de junho de 1788
LOCALIZAÇÃO: América do Norte
ÁREA: 9.371.174 km² (4°)
POPULAÇÃO (ONU - Estimativa 2015): 322.257.750 habitantes (3°)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 34,39 habitantes/km² (146°). Obs: a densidade demográfica, densidade populacional ou população relativa é a medida expressa pela relação entre a população total e a superfície de um determinado território.
CIDADES MAIS POPULOSAS (Estimativas 2015):
Nova York: 20.917.052 habitantes
Nova York - localizada no estado de Nova York, é a maior cidade dos Estados Unidos |
Los Angeles - localizado no estado da Califórnia, é a segunda maior cidade dos Estados Unidos |
Chicago - localizado no estado de Illinois, é a terceira maior cidade dos Estados Unidos |
IDH (ONU 2014): 0,914 (5°). Obs: o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais, variando de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e PIB per capita. A classificação é feita dividindo os países em quatro grandes grupos: baixo (de 0,0 a 0,500), médio (de 0,501 a 0,800), elevado (de 0,801 a 0,900) e muito elevado (de 0,901 a 1,0).
Mapa do IDH dos países |
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU 2012): 79,8 anos (36°). Obs: a expectativa de vida ou esperança de vida, expressa a probabilidade de tempo de vida média da população. Reflete as condições sanitárias e de saúde de uma população.
CRESCIMENTO VEGETATIVO (ONU 2005-2010): 0,97% (131°). Obs: o crescimento vegetativo, crescimento populacional ou crescimento natural é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade de uma determinada população.
TAXA DE NATALIDADE (ONU 2005-2010): 14,16/mil (136°). Obs: a taxa de natalidade é a porcentagem de nascimentos ocorridos em uma população em um determinado período de tempo para cada grupo de mil pessoas, e é contada de maior para menor.
TAXA DE MORTALIDADE (CIA World Factbook 2007): 8,26/mil (107°). Obs: a taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um índice demográfico que reflete o número de mortes registradas, em média por mil habitantes, em uma determinada região por um período de tempo e é contada de maior para menor.
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL (CIA World Factbook 2013): 6,81/mil (34°). Obs: a taxa de mortalidade infantil refere-se ao número de crianças que morrem no primeiro ano de vida entre mil nascidas vivas em um determinado período, e é contada de menor para maior.
TAXA DE FECUNDIDADE (Nações Unidas 2015): 1,90 filhos/mulher (135°). Obs: a taxa de fecundidade refere-se ao número médio de filhos que a mulher teria do início ao fim do seu período reprodutivo (15 a 49 anos), e é contada de maior para menor.
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (CIA World Factbook 2014): 99,29% (26°). Obs: essa taxa refere-se a todas as pessoas com 15 anos ou mais que sabem ler e escrever.
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA World Factbook 2005-2010): 82,5% (28°). Obs: essa taxa refere-se a porcentagem da população que mora nas cidades em relação à população total.
PIB PER CAPITA (FMI 2013): US$ 53.101 (9°). Obs: o PIB per capita ou renda per capita é o Produto Interno Bruto (PIB) de um determinado lugar dividido por sua população. É o valor que cada habitante receberia se toda a renda fosse distribuída igualmente entre toda a população.
MOEDA: DólarAmericano
RELIGIÃO: cristianismo (78,5%, sendo: 51,3% de protestantes, 23,9% de católicos e 3,3% de outras religiões cristãs), sem religião (16,1), judaísmo (1,7%), outras religiões (3,7%).
DIVISÃO: os Estados Unidos estão divididos em 50 estados, territórios (como é o caso de Porto Rico) e um distrito federal (Distrito de Colúmbia, onde se encontra a capital do país, Washington), bem como diversas outras divisões administrativas, a nível, estadual, como condados e cidades. Os originais treze estados foram os sucessores das Treze Colônias, que se rebelaram contra o domínio britânico.
Mapa da divisão política dos Estados Unidos |
FONTE: Moreira, Igor
Mundo da geografia: 8º ano / Igor Moreira; ilustrações Antônio Éder, Divo. Curitiba: Positivo, 2012.