O Estado de Santa Catarina é uma das 27 unidades federativas do Brasil, localizado no centro da região Sul do país.
Em termos históricos, sua colonização foi largamente efetuada por imigrantes europeus: os portugueses açorianos colonizaram o litoral no século XVIII; os alemães colonizaram o Vale do Itajaí, parte da região sul e o norte catarinense em meados do século XIX; e os italianos colonizaram o sul do estado no final do mesmo século. O oeste catarinense foi colonizado por gaúchos de origem italiana e alemã na primeira metade do século XIX.
Os índices sociais do estado situam-se entre os melhores do país. Santa Catarina é o quinto estado mais rico do Brasil, com uma economia bastante diversificada e industrializada. O Estado é um importante polo exportador e consumidor, sendo responsável pela expansão econômica brasileira, e responde por 4% do PIB do país.
Situa-se no sul do Brasil, em uma posição estratégia na Unasul. O estado faz fronteira com a Argentina na região oeste. Florianópolis, a capital, está a 1.539 km de Buenos Aires, 705 km de São Paulo, 1.144 km do Rio de Janeiro e 1.673 km de Brasília. Situa-se entre os paralelos 25°57'55" de latitude Sul e entre os meridianos 48°19'37" e 53°50'00" de longitude Oeste. Ao longo do litoral, aparecem planícies, terrenos baixos, enseadas e ilhas. Essa porção do relevo recebe o nome de Planaltos e Serras do Leste-Sudeste. No centro-leste de Santa Catarina, surge a depressão periférica. No oeste, sudeste e centro do estado, onde as serras são mais comuns, o compartimento do relevo são os Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná.
A Serra do Mar domina a Baixada Litorânea a oeste. Salvo no norte do estado, onde forma o rebordo escarpado de um planalto mais ou menos regular, a Serra tem um caráter muito diverso do que apresenta em outros estados, como Paraná e São Paulo. Em Santa Catarina, forma uma faixa montanhosa, de aproximadamente mil metros de altitude, constituída por um conjunto de maciços isolados pelos vales profundos dos rios que drenam para o oceano Atlântico. Por trás da Serra do Mar estende-se principalmente o Planalto Paleozoico, cuja superfície plana encontra-se fragmentada em compartimentos isolados pelos rios que correm para leste. O Planalto Paleozoico perde altura de norte para sul; na parte meridional do estado confunde-se com a Planície Litorânea, uma vez que a Serra do Mar não chega até essa parte de Santa Catarina. O Planalto Basáltico ocupa a maior parte do estado. Formado por camadas de basalto (derrames de lavas), intercaladas com camadas de arenito, é limitado a leste por um rebordo escarpado a que se dá o nome de Serra Geral. No norte do estado, o rebordo do Planalto Basáltico se encontra no interior; para o sul, vai-se aproximando gradativamente do litoral até que, no limite com o Rio Grande do Sul, passa a cair diretamente sobre o mar. A superfície do planalto é regular e se inclina suavemente para oeste. Os rios que correm para o rio Paraná abriram neste planalto profundos vales.
1. Unidade Sedimentar Quaternária - é a área de formação mais recente, da Era Cenozoica do Período Quaternário. Constituída por depósitos de sedimentos oriundos das estruturas mais altas. Estes sedimentos foram trazidos pelos rios e correntezas. As praias atuais também se formaram neste período.
2. Unidade Cristalina Pré-Cambriana - são as formações mais antigas. Constituída por planaltos e serras mais próximas do litoral. As altitudes encontram-se reduzidas devido ao longo tempo submetido à erosão.
3. Unidade Sedimentar Paleozoica - é uma área sedimentar de grande importância para o Estado devido aos depósitos carboníferos do Sul.
4. Unidade Basáltica Mesozoica - é a região que apresenta as maiores altitudes do Estado, formada pelos depósitos vulcânicos da Era Mesozoica. Estes depósitos foram feitos acima de rochas de arenito, sendo também chamada de Unidade Arenito-Basáltica.
Entretanto, o clima não é igual em todo o estado. Existem diferenças significativas entre as regiões. Nas zonas mais elevadas do planalto norte, o verão é fresco e o inverno é frio. No litoral, devido à baixa altitude, e no oeste, devido à continentalidade, o verão é mais quente e prolongado. No litoral, principalmente em Florianópolis, é comum ocorrer o vento sul, que traz para a atmosfera a umidade oceânica, tornando o inverno úmido. No planalto sul, devido às altitudes que variam de cerca de 800 a até 1828 metros, o frio é mais forte e dura mais tempo. Ali, é frequente a ocorrência de geadas e neve, com temperaturas que podem atingir -15ºC. Bom Jardim da Serra, São Joaquim, Urubici e Urupema são os municípios mais frios do estado e estão entre os mais frios do Brasil.
1. Região da Floresta Ombrófila Densa (Mata Atlântica)
Ocorre nas planícies e serras da costa do estado, em ambientes marcados intensamente pela influência oceânica, com elevado índice de umidade e baixa amplitude térmica. Essas condições ambientais permitiram o desenvolvimento de uma floresta peculiar, grande variedade de espécies e vida. É uma vegetação do tipo higrófila, latifoliada, perenifólia, densa e heterogênea. Essa floresta recebeu um enorme grau de desmatamento. São espécies dessa formação: canela, guamirins, bicuíba, peroba vermelha, cedro, pau d'óleo, palmiteiro, figueira, entre outras espécies. Em Santa Catarina, a Mata Atlântica encontra-se protegida em várias reservas florestais.
Essa formação vegetal aparece no planalto catarinense, em altitudes superiores a 500 metros, em área de clima mais ameno, com misto de flora tropical e temperada. É uma vegetação aberta, aciculifoliada e homogênea. Grande parte dessa floresta desapareceu durante o século XX devido às empresas de exploração de madeira e da indústria moveleira. São espécies mais marcantes desse domínio: canela, sapopemba, erva-mate, bracatinga, imbuia e as imponentes araucárias.
É a vegetação característica das regiões próximas ao rio Uruguai. Aparece em altitudes inferiores a 500 metros. Predominam as espécies que perdem suas folhas no outono e inverno, mas há um grande número de espécies perenes. Nessa formação vegetal destacam-se a grápia, o angico vermelho, o louro-pardo, a canafístula e a guajuvira. Dentre as espécies perenifólias aparecem o pau-marfim, a canela, os camboatás, os tanheiros, entre outras.
São formações diversificadas, campestre, principalmente as florestas galerias e os capões de mata, intercalando plantas arbóreas e savanas, origem da dinâmica da expansão natural das florestas, adicionadas pela evolução climática. Aparecem em maior quantidade no Planalto Serrano, frequentemente associados às araucárias. Constituem excelente pastagem para o gado, influenciando na economia da região. As maiores quantidades de espécies são as gramíneas (capim colchão, capim caninha, grama forquilhinha, grama sempre verde e grama missioneira) como também espécies da família das ciperáceas, leguminosas, verbenáceas e compostas.
Vegetação de espécies colonizadoras de ambientes instáveis mudadas pelos agentes morfodinâmicos e pedogenéticos. Aparecem na costa, no contato entre o mar e o continente. Constitui-se principalmente da vegetação de restinga e dos manguezais. A vegetação de restinga aparece junto às dunas e praias, com arbustos e gramíneas esparsas, com raízes alongadas acompanhando a superfície do solo. Essas formações sofrem influência marinha, flúvio-marinha e fluvial.
São plantas halófitas e pneumatóforos. Aparecem em áreas onde as águas dos rios se encontram com as águas do mar, e onde não haja rebentação de ondas. Aparecem no litoral norte e centro do Estado até o município de Laguna. No mangue há decomposição de matéria orgânica, que se transforma em nutrientes, os quais são aproveitados pelo ecossistema existente no manguezal e nas praias próximas.
A Serra Geral é o grande divisor das águas que drenam para os rios Uruguai e Iguaçu e das que se dirigem para o litoral catarinense, no oceano Atlântico. No norte do estado, a Serra do Mar também serve como divisor entre a bacia do rio Iguaçu e as bacias da vertente atlântica.
O sistema de drenagem da vertente do interior ocupa uma área aproximada de 60.185 quilômetros quadrados, que corresponde a 63% do território, sendo que a bacia do rio Uruguai corresponde a 49.577 quilômetros quadrados. Esta bacia apresenta afluentes importantes como os rios: Peperi-Guaçu, das Antas, Chapecó, Irani, Jacutinga, do Peixe, Canoas e Pelotas. Outra bacia que faz parte do mesmo sistema é a do rio Iguaçu, sendo seus principais afluentes os rios Jangada e Negro (limite com o Estado do Paraná), Timbó e Paciência.
Ainda na vertente do Atlântico, existem outras bacias como as dos rios Tubarão, Araranguá, Itapocu, Tijucas, Mampituba (divisa com o estado do Rio Grande do Sul), Urussanga, Cubatão do Norte, Cubatão do Sul e d'Una.
O processo de degradação dos recursos hídricos no território catarinense, vem se desenvolvendo de forma alarmante. Os locais mais poluídos são o sul do Estado (devido à mineração do carvão), o norte (devido à utilização de metais pesados pelas indústrias), e no meio-oeste (com as indústrias de pasta mecânica e efluentes urbanos).
As microrregiões são: 1. Araranguá; 2. Blumenau; 3. Campos de Lages; 4. Canoinhas; 5. Chapecó; 6. Concórdia; 7. Criciúma; 8. Curitibanos; 9. Florianópolis; 10. Itajaí; 11. Ituporanga; 12. Joaçaba; 13. Joinville; 14. Rio do Sul; 15. São Bento do Sul; 16. São Miguel do Oeste; 17. Tabuleiro; 18. Tijucas; 19. Tubarão; 20. Xanxerê.
As regiões
Em Santa Catarina há oito regiões metropolitanas, que são:
1. Região Metropolitana Carbonífera: criada pela Lei Complementar Estadual N° 381 e reinstituída pela Lei Complementar Estadual n° 495 de 2010, reúne sete municípios do chamado Núcleo Metropolitano e três municípios da denominada Área de Expansão Carbonífera. Os municípios da Área de Expansão Carbonífera são: Lauro Müller, Treviso e Urussanga. Os municípios do Núcleo Metropolitano são: Cocal do Sul, Criciúma, Forquilhinha, Içara, Morro da Fumaça, Nova Veneza e Siderópolis.
Devido à intensa exploração de cavão mineral durante todoo século XX, essa região metropolitana sofre com intensos problemas ambientais como o desgaste do solo, a poluição atmosférica e rios contaminados pela emissão de poluentes.
2. Região Metropolitana de Florianópolis - criada pela Lei Complementar Estadual N° 162 de 1998, foi extinta pela Lei Complementar Estadual n° 381 de 2007 e reinstituída pela Lei Complementar Estadual n° 495 de 2010.
Tendo como sede a cidade de Florianópolis, capital do estado, essa região metropolitana possui uma área de 7.114,101 km² e, segundo o censo do IBGE (2010) a população é de 1.012.831 habitantes.
Os municípios que compõem essa região metropolitana são: Florianópolis, São José, Palhoça, Biguaçu, Santo Amaro da Imperatriz, Governador Celso Ramos, Antônio Carlos, Águas Mornas e São Pedro de Alcântara.
As principais atividades econômicas da região apoiam-se no comércio sustentado pelo turismo. Nessa região, o fluxo de turistas pode superar a marca de 1,5 milhão, alcançada na alta temporada do verão, principalmente no município de Balneário Camboriú. Outra principal atividade é a construção civil, que alavanca o setor imobiliário da região.
6. Região Metropolitana do Norte/Nordeste Catarinense - criada pela Lei Complementar Estadual Nº 162 de 1998, foi extinta pela Lei Complementar Estadual Nº 381 de 2007 e reinstituída pela Lei Complementar Estadual Nº 495 de 2010. Tem como sede a cidade de Joinville. O Núcleo Metropolitano é composto por Joinville e Araraqui e a Área de Expansão Metropolitana é composta por: Balneário Barra do Sul, Barra Velha, Campo Alegre, Corupá, Garuva, Guaramirim, Itaiópolis, Itapoá, Jaraguá do Sul, Mafra, Massaranduba, Monte Castelo, Papanduva, Rio Negrinho, São Bento do Sul, São Francisco do Sul, São João do Itaperiú e Schroedér. Essa região metropolitana possui uma área de 10.830,62 km² e, de acordo com o censo do IBGE (2010), possui uma população de 1.094.570 habitantes, sendo a região metropolitana de Santa Catarina com a maior concentração industrial.
O Núcleo urbano é composto pelos municípios de: Capivari de Baixo, Gravatal e Tubarão. A Área de Expansão Metropolitana é composta pelos seguintes municípios: Armazém, Braço do Norte, Grão Pará, Imaruí, Imbituba, Jaguaruna, Laguna, Orleans, Pedras Grandes, Rio Fortuna, Sangão, Santa Rosa de Lima, São Ludgero, São Martinho e Treze de Maio.
Em termos históricos, sua colonização foi largamente efetuada por imigrantes europeus: os portugueses açorianos colonizaram o litoral no século XVIII; os alemães colonizaram o Vale do Itajaí, parte da região sul e o norte catarinense em meados do século XIX; e os italianos colonizaram o sul do estado no final do mesmo século. O oeste catarinense foi colonizado por gaúchos de origem italiana e alemã na primeira metade do século XIX.
Os índices sociais do estado situam-se entre os melhores do país. Santa Catarina é o quinto estado mais rico do Brasil, com uma economia bastante diversificada e industrializada. O Estado é um importante polo exportador e consumidor, sendo responsável pela expansão econômica brasileira, e responde por 4% do PIB do país.
Ponte Hercílio Luz - cartão postal de Santa Catarina
HISTÓRIA
A região costeira do território que constitui hoje o estado de Santa Catarina foi, desde a época do descobrimento, visitada por navegantes de várias nacionalidades, como franceses, portugueses e espanhóis. Na ilha, viviam os índios carijós, que viviam da caça e da pesca, eram exímios tecelões de redes, esteiras e cestos, e trabalhavam objetos de pedra. Esses aborígenes, receberam muitos tripulantes de navios que naufragavam na costa da ilha. Esses índios, foram catequizados a partir de 1549 por jesuítas que viajaram em companhia do Governador-Geral Tomé de Sousa, sob a chefia do padre Manuel da Nóbrega. Os jesuítas empenharam-se com ardor nessa missão, colocando-se como obstáculos às tentativas dos colonizadores portugueses de escravizarem os índios. Não conseguiram, contudo, catequizar por inteiro a região e, já em meados do século XVII, desistiram da catequese no sul.
Índios Carijós (Guaraní), habitantes nativos de Santa Catarina. Gravura de Ulrich Schmidl, de 1559
O paulista Francisco Dias Velho, que chegou à ilha, atualmente chamada de Santa Catarina, por volta de 1675, teria dado esse nome ao lugar, onde edificou uma capela em invocação à Santa Catarina de Alexandria, de quem, ao que consta, uma filha dele tinha o nome. Outros atribuem a autoria a Sebastião Caboto, que teria consagrado a ilha, quando por lá passou entre 1526 e 1527, a santa Catarina ou, antes, prestara uma homenagem à sua mulher, Catarina Medrano. O nome do estado é um empréstimo ao da ilha.
Capela de Nossa Senhora da Armação da Piedade - primeira igreja edificada em Santa Catarina
CAPITANIA COLONIAL
Com a divisão do Brasil em capitanias hereditárias, a costa catarinense até a altura de Laguna, e mais tarde dois terços da do Paraná, formaram a capitania de Santana, o último quinhão do sul, doado a Pero Lopes de Sousa. Nem o donatário nem seus herdeiros providenciaram a colonização. O território, após um litígio de dois séculos entre os herdeiros de Pero Lopes e de seu irmão Martim Afonso de Sousa, foi, no começo do século XVIII, comprado pela coroa, juntamente com as terras do Paraná e grande parte de São Paulo. Ao mesmo tempo, a Espanha considerava indiscutível seu direito a esses territórios e recomendava aos funcionários do Reino de Castela a conquista e o povoamento não só da ilha como do litoral. Na década de 1650, Manuel Lourenço de Andrade, um português que vivia em São Vicente, fundou uma povoação no rio de São Francisco, para onde se mudou com a família. Mais tarde foi designado capitão-mor dessa povoação, que em 1660 foi elevada a vila com o nome de Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco, constituindo a primeira fundação estável da costa catarinense. Pouco depois estabeleceu-se na ilha de Santa Catarina o paulista Francisco Dias Velho, que construiu uma igreja em louvor de Nossa Senhora do Desterro. A ele se atribui a mudança do nome da Ilha dos Patos para Ilha de Santa Catarina.
Catedral antiga de Nossa Senhora do Desterro - templo religioso mais antigo da ilha de Santa Catarina
Laguna foi outro ponto do litoral povoado na mesma época. Domingos de Brito Peixoto, também paulista, organizou uma bandeira para tomar conta de terras desabitadas ao sul e, em 1676, fundou Santo Antônio dos Anjos da Laguna. A povoação teve vida incerta e o bandeirante despendeu nela toda a sua fortuna, com o objetivo de dar-lhe estabilidade. Buscou recursos no aprisionamento do gado nativo e na caça ao gentio e, só em 1696, deu início à construção da matriz local. No início do século XVIII, Laguna, pequena e pouco habitada, vivendo de uma agricultura rudimentar e da exportação de peixe seco para Santos e Rio de Janeiro, era o mais importante núcleo da costa catarinense. O interior não era explorado nem povoado, essa seria mais tarde a missão de Dom Luís Antônio de Sousa Botelho Mourão, governador da capitania de São Paulo, interessado em garantir o domínio português sobre a região e o escoamento do gado do Rio Grande do Sul para São Paulo. Com tal finalidade, encarregou um abastado paulista, Antônio Correia Pinto, de estabelecer povoação na paragem denominada Lages. Em 1820, Lages passou à jurisdição do governo da ilha, dando a Santa Catarina uma configuração aproximada da atual e retirando da alçada de São Paulo toda a região chamada da serra, ou seja, o planalto.
Farol de Santa Marta em Laguna - SC
PROVÍNCIA IMPERIAL
Devido à precariedade das comunicações, a notícia da Independência do Brasil só chegou a Desterro nos primeiros dias de outubro de 1822. o juiz de fora e presidente da Câmara, Francisco José Nunes, no dia 11, fez aclamação do imperador. Durante o Império, a província sofreu, assim como as outras, os prejuízos da descontinuidade administrativa. Teve no período mais de 70 presidentes, entre titulares e substitutos. Sob o governo do brigadeiro Francisco de Albuquerque Melo, em 1829, iniciou-se a colonização de Santa Catarina com imigrantes alemães. Em 1831, após a abdicação de D. Pedro I, o presidente da província, Miguel de Sousa Melo e Alvim, português de nascimento, foi forçado a renunciar em consequência de um levante da tropa. Nesse mesmo ano, em 28 de julho, foi lançado o primeiro jornal publicado na província com o título de "O Catharinense", dirigido pelo capitão Jerônimo Francisco Coelho.
Colônia alemã em Blumenau - SC, no final do século XIX
O movimento farroupilha teve considerável repercussão em Santa Catarina, sobretudo, na região mais próxima do Rio Grande do Sul. De 22 de julho a 15 de novembro de 1839, Laguna foi ocupada pelos revolucionários, que ali proclamaram a República Juliana, aliada à de Piratini. Nessa ocasião, Ana de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Anita Garibaldi, uniu sua vida à de Giuseppe Garibaldi. No planalto, Lages aderiu à revolução, mas submeteu-se no começo de 1840. Em 1845, a província, já inteiramente pacificada, recebeu a visita de D. Pedro II e da imperatriz Teresa Cristina. De 1850 a 1859, Santa Catarina foi governada por João José Coutinho, que demonstrou grande zelo administrativo e particular interesse pela instrução e a cultura, esforçando-se também no incentivo à atividade das colônias imigrantes. Em 1850, foi fundada Blumenau; no ano seguinte, Joinville; e, em 1860, Brusque.
Guerra dos Farrapos - reprodução parcial de óleo do acervo da Prefeitura de São Paulo
UNIDADE FEDERAL
A partir de 1870, as ideias republicanas ganharam impulso em Santa Catarina. Criaram-se clubes e jornais de propaganda, mas os republicanos não chegaram a conseguir representação na assembleia. Entretanto, a cidade de São Bento do Sul, elegeu em 1889 a primeira câmara de vereadores do país, formada somente de elementos republicanos. A república tomou a província de surpresa, pois em geral se esperava apenas a queda do ministério. Confirmada a proclamação do novo regime, em 17 de novembro, comemorou-se o acontecimento, e um triunvirato assumiu o governo. O primeiro governador do estado de Santa Catarina, nomeado por Deodoro da Fonseca, foi o tenente Lauro Severiano Müller. Mais tarde confirmado pela constituinte de 1891, foi logo deposto com a saída de Deodoro. Uma vez deflagrada, a revolução federalista do Rio Grande do Sul teve pronto reflexo em Santa Catarina.
Lauro Severiano Müller - primeiro governador de Santa Catarina
Seguiu-se uma época de instabilidade política, com sérios entrechoques provocados por motivos locais ou mesmo municipais, e agravados pelos acontecimentos no resto do país. Após a Revolta da Armada, Santa Catarina foi palco de numerosos episódios da revolução federalista, sendo Desterro proclamada capital provisória da república. Em 17 de abril de 1894, a esquadra ali aportava e ocupava a cidade. Pouco depois, o coronel Antônio Moreira César assumia o governo do estado para exercê-lo com mão de ferro. Entre as incontáveis vítimas desse período de violenta repressão, destaca-se o chefe do governo revolucionário, almirante Frederico Guilherme de Lorena, fuzilado por ordem de Moreira César. Serenado os ânimos, elegeu-se governador Hercílio Luz. Nessa ocasião, a capital do estado passou a chamar-se Florianópolis. O domínio político, então, não era mais exercido exclusivamente pelas famílias tradicionais do litoral, mas dividido com figuras influentes do planalto e descendentes de imigrantes. Durante este período ocorreu um dos conflitos mais importantes do país, devido às suas proporções, a chamada Guerra do Contestado.
Militantes que lutaram na Guerra do Contestado
GEOGRAFIA
O território catarinense tem uma área de 95.703,487 km². Possui aproximadamente 450 km de litoral. É considerado o quinto estado nacional em renda per capita e com o melhor IDH.Situa-se no sul do Brasil, em uma posição estratégia na Unasul. O estado faz fronteira com a Argentina na região oeste. Florianópolis, a capital, está a 1.539 km de Buenos Aires, 705 km de São Paulo, 1.144 km do Rio de Janeiro e 1.673 km de Brasília. Situa-se entre os paralelos 25°57'55" de latitude Sul e entre os meridianos 48°19'37" e 53°50'00" de longitude Oeste. Ao longo do litoral, aparecem planícies, terrenos baixos, enseadas e ilhas. Essa porção do relevo recebe o nome de Planaltos e Serras do Leste-Sudeste. No centro-leste de Santa Catarina, surge a depressão periférica. No oeste, sudeste e centro do estado, onde as serras são mais comuns, o compartimento do relevo são os Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná.
RELEVO
Com 77% do seu território acima de 300 metros de altitude e 52% acima de 600 metros, Santa Catarina figura entre os estados brasileiros de mais forte relevo. Quatro unidades, que se sucedem de leste para oeste, compõem o quadro morfológico: a Baixada Litorânea, a Serra do Mar, o Planalto Paleozoico e o Planalto Basáltico. A Baixada Litorânea compreende as terras situadas abaixo de 200 metros de altitude. Ao norte, alarga-se bastante, penetrando no interior ao longo dos vales dos rios que descem da Serra do Mar. Para o sul, estreita-se progressivamente.A Serra do Mar domina a Baixada Litorânea a oeste. Salvo no norte do estado, onde forma o rebordo escarpado de um planalto mais ou menos regular, a Serra tem um caráter muito diverso do que apresenta em outros estados, como Paraná e São Paulo. Em Santa Catarina, forma uma faixa montanhosa, de aproximadamente mil metros de altitude, constituída por um conjunto de maciços isolados pelos vales profundos dos rios que drenam para o oceano Atlântico. Por trás da Serra do Mar estende-se principalmente o Planalto Paleozoico, cuja superfície plana encontra-se fragmentada em compartimentos isolados pelos rios que correm para leste. O Planalto Paleozoico perde altura de norte para sul; na parte meridional do estado confunde-se com a Planície Litorânea, uma vez que a Serra do Mar não chega até essa parte de Santa Catarina. O Planalto Basáltico ocupa a maior parte do estado. Formado por camadas de basalto (derrames de lavas), intercaladas com camadas de arenito, é limitado a leste por um rebordo escarpado a que se dá o nome de Serra Geral. No norte do estado, o rebordo do Planalto Basáltico se encontra no interior; para o sul, vai-se aproximando gradativamente do litoral até que, no limite com o Rio Grande do Sul, passa a cair diretamente sobre o mar. A superfície do planalto é regular e se inclina suavemente para oeste. Os rios que correm para o rio Paraná abriram neste planalto profundos vales.
Serra do Rio do Rastro - maior cadeia de montanhas do Sul do Brasil
O ponto mais alto de Santa Catarina é o Morro da Boa Vista, situado entre os municípios de Uribici e Bom Retiro, com uma altitude de 1.827 metros. O segundo ponto mais elevado do estado é o Morro da Igreja, situado em Uribici, com 1.822 metros, sendo considerado o ponto habitado mais alto da Região Sul.
Morro da Boa Vista - ponto culminante de Santa Catarina
ESTRUTURA GEOLÓGICA
A estrutura geológica de Santa Catarina é dividida em quatro unidades, conforme mosta o mapa.1. Unidade Sedimentar Quaternária - é a área de formação mais recente, da Era Cenozoica do Período Quaternário. Constituída por depósitos de sedimentos oriundos das estruturas mais altas. Estes sedimentos foram trazidos pelos rios e correntezas. As praias atuais também se formaram neste período.
2. Unidade Cristalina Pré-Cambriana - são as formações mais antigas. Constituída por planaltos e serras mais próximas do litoral. As altitudes encontram-se reduzidas devido ao longo tempo submetido à erosão.
3. Unidade Sedimentar Paleozoica - é uma área sedimentar de grande importância para o Estado devido aos depósitos carboníferos do Sul.
4. Unidade Basáltica Mesozoica - é a região que apresenta as maiores altitudes do Estado, formada pelos depósitos vulcânicos da Era Mesozoica. Estes depósitos foram feitos acima de rochas de arenito, sendo também chamada de Unidade Arenito-Basáltica.
CLIMA
O clima de Santa Catarina é o subtropical úmido. As temperaturas médias variam bastante de acordo com o local: são mais baixas nas regiões serranas e mais elevadas no litoral, no sudeste e no oeste catarinense. As chuvas são bem distribuídas durante o ano, atingindo, em média, 1.500 mm anuais. Ao contrário do que é observado na maior parte do território brasileiro, em Santa Catarina as quatro estações são bem definidas. O clima do estado é úmido mesotérmico, apresentando duas variações, de acordo com a classificação de Köppen: Cfa (temperado úmido com verão quente) e Cfb (temperado úmido com verão temperado). A variação Cfa é encontrado praticamente em todo o estado nas áreas abaixo de 800 metros de altitude. Já o Cfb encontra-se nas áreas mais altas, acima de 800 metros. As chuvas costumam ser bem distribuídas ao longo do ano com uma pequena diminuição nos meses do inverno.Entretanto, o clima não é igual em todo o estado. Existem diferenças significativas entre as regiões. Nas zonas mais elevadas do planalto norte, o verão é fresco e o inverno é frio. No litoral, devido à baixa altitude, e no oeste, devido à continentalidade, o verão é mais quente e prolongado. No litoral, principalmente em Florianópolis, é comum ocorrer o vento sul, que traz para a atmosfera a umidade oceânica, tornando o inverno úmido. No planalto sul, devido às altitudes que variam de cerca de 800 a até 1828 metros, o frio é mais forte e dura mais tempo. Ali, é frequente a ocorrência de geadas e neve, com temperaturas que podem atingir -15ºC. Bom Jardim da Serra, São Joaquim, Urubici e Urupema são os municípios mais frios do estado e estão entre os mais frios do Brasil.
Cidade de São Joaquim - SC, coberta por neve
VEGETAÇÃO
O estado de Santa Catarina apresenta uma ampla variedade ambiental, traduzida na multiplicidade das paisagens e das formações vegetais, distribuídas pelas suas várias regiões fitogeográficas. São cinco as formações vegetais de Santa Catarina.1. Região da Floresta Ombrófila Densa (Mata Atlântica)
Ocorre nas planícies e serras da costa do estado, em ambientes marcados intensamente pela influência oceânica, com elevado índice de umidade e baixa amplitude térmica. Essas condições ambientais permitiram o desenvolvimento de uma floresta peculiar, grande variedade de espécies e vida. É uma vegetação do tipo higrófila, latifoliada, perenifólia, densa e heterogênea. Essa floresta recebeu um enorme grau de desmatamento. São espécies dessa formação: canela, guamirins, bicuíba, peroba vermelha, cedro, pau d'óleo, palmiteiro, figueira, entre outras espécies. Em Santa Catarina, a Mata Atlântica encontra-se protegida em várias reservas florestais.
Vegetação de Mata Atlântica na região de Anitápolis - SC
2. Região da Floresta Ombrófila Mista (Mata de Araucárias)Essa formação vegetal aparece no planalto catarinense, em altitudes superiores a 500 metros, em área de clima mais ameno, com misto de flora tropical e temperada. É uma vegetação aberta, aciculifoliada e homogênea. Grande parte dessa floresta desapareceu durante o século XX devido às empresas de exploração de madeira e da indústria moveleira. São espécies mais marcantes desse domínio: canela, sapopemba, erva-mate, bracatinga, imbuia e as imponentes araucárias.
Mata de Araucária
3. Floresta Subtropical do Uruguai (Floresta Estacional Caducifólia)É a vegetação característica das regiões próximas ao rio Uruguai. Aparece em altitudes inferiores a 500 metros. Predominam as espécies que perdem suas folhas no outono e inverno, mas há um grande número de espécies perenes. Nessa formação vegetal destacam-se a grápia, o angico vermelho, o louro-pardo, a canafístula e a guajuvira. Dentre as espécies perenifólias aparecem o pau-marfim, a canela, os camboatás, os tanheiros, entre outras.
Floresta Estacional Caducifólia
4. Região das Savanas (Campos de Planalto)São formações diversificadas, campestre, principalmente as florestas galerias e os capões de mata, intercalando plantas arbóreas e savanas, origem da dinâmica da expansão natural das florestas, adicionadas pela evolução climática. Aparecem em maior quantidade no Planalto Serrano, frequentemente associados às araucárias. Constituem excelente pastagem para o gado, influenciando na economia da região. As maiores quantidades de espécies são as gramíneas (capim colchão, capim caninha, grama forquilhinha, grama sempre verde e grama missioneira) como também espécies da família das ciperáceas, leguminosas, verbenáceas e compostas.
Campos de Planalto
5. Área de Formação Pioneira (Vegetação Litorânea)Vegetação de espécies colonizadoras de ambientes instáveis mudadas pelos agentes morfodinâmicos e pedogenéticos. Aparecem na costa, no contato entre o mar e o continente. Constitui-se principalmente da vegetação de restinga e dos manguezais. A vegetação de restinga aparece junto às dunas e praias, com arbustos e gramíneas esparsas, com raízes alongadas acompanhando a superfície do solo. Essas formações sofrem influência marinha, flúvio-marinha e fluvial.
Vegetação litorânea
6. ManguezaisSão plantas halófitas e pneumatóforos. Aparecem em áreas onde as águas dos rios se encontram com as águas do mar, e onde não haja rebentação de ondas. Aparecem no litoral norte e centro do Estado até o município de Laguna. No mangue há decomposição de matéria orgânica, que se transforma em nutrientes, os quais são aproveitados pelo ecossistema existente no manguezal e nas praias próximas.
Manguezal
HIDROGRAFIA
O Estado de Santa Catarina é representado por dois sistemas de drenagem: o sistema integrado do interior (bacia do Prata), comandado pelas bacias dos rios Paraná e Uruguai, e o sistema da vertente do Atlântico (litoral catarinense), formado por um conjunto de bacias isoladas.A Serra Geral é o grande divisor das águas que drenam para os rios Uruguai e Iguaçu e das que se dirigem para o litoral catarinense, no oceano Atlântico. No norte do estado, a Serra do Mar também serve como divisor entre a bacia do rio Iguaçu e as bacias da vertente atlântica.
O sistema de drenagem da vertente do interior ocupa uma área aproximada de 60.185 quilômetros quadrados, que corresponde a 63% do território, sendo que a bacia do rio Uruguai corresponde a 49.577 quilômetros quadrados. Esta bacia apresenta afluentes importantes como os rios: Peperi-Guaçu, das Antas, Chapecó, Irani, Jacutinga, do Peixe, Canoas e Pelotas. Outra bacia que faz parte do mesmo sistema é a do rio Iguaçu, sendo seus principais afluentes os rios Jangada e Negro (limite com o Estado do Paraná), Timbó e Paciência.
Rio Iguaçu em Porto União - SC
A vertente do Atlântico abrange aproximadamente 32.291 km², ou seja, 37% da área total do estado, com destaque para o rio Itajaí-Açu, que conta com dois grandes formadores: os rios Itajaí do Sul e o rio Itajaí do Oeste, e com dois grandes tributários: os rios Itajaí do Norte ou Hercílio e o Itajaí-Mirim, formando, assim, a maior bacia inteiramente catarinense.Ainda na vertente do Atlântico, existem outras bacias como as dos rios Tubarão, Araranguá, Itapocu, Tijucas, Mampituba (divisa com o estado do Rio Grande do Sul), Urussanga, Cubatão do Norte, Cubatão do Sul e d'Una.
Cheia do rio Itajaí-Mirim em Brusque - SC
Os rios de Santa Catarina são normalmente comandados pelo regime pluviométrico.O processo de degradação dos recursos hídricos no território catarinense, vem se desenvolvendo de forma alarmante. Os locais mais poluídos são o sul do Estado (devido à mineração do carvão), o norte (devido à utilização de metais pesados pelas indústrias), e no meio-oeste (com as indústrias de pasta mecânica e efluentes urbanos).
Poluição do rio Sangão, afluente do rio Araranguá, na região de Criciúma - SC
DEMOGRAFIA
Segundo o censo 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado de Santa Catarina possui uma população de 6.248.436 habitantes, distribuído por uma área 95.703,487 km², possuindo uma densidade demográfica de 65,29 hab./km². Os municípios mais populosos do estado são: Joinville (515.288 habitantes), Florianópolis (421.240 habitantes), Blumenau (309.011 habitantes), São José (209.804 habitantes), Criciúma (192.308 habitantes), Chapecó (183.530 habitantes), Itajaí (183.373 habitantes), Lages (156.727 habitantes), Jaraguá do Sul (143.123 habitantes) e Palhoça (137.334 habitantes).
Joinville - cidade mais populosa de Santa Catarina
SUBDIVISÕES
Santa Catarina está dividida em seis mesorregiões que está subdividida em vinte microrregiões. As mesorregiões são: 1. Grande Florianópolis; 2. Norte Catarinense; 3. Oeste Catarinense; 4. Serrana; 5. Sul Catarinense; 6. Vale do Itajaí.As microrregiões são: 1. Araranguá; 2. Blumenau; 3. Campos de Lages; 4. Canoinhas; 5. Chapecó; 6. Concórdia; 7. Criciúma; 8. Curitibanos; 9. Florianópolis; 10. Itajaí; 11. Ituporanga; 12. Joaçaba; 13. Joinville; 14. Rio do Sul; 15. São Bento do Sul; 16. São Miguel do Oeste; 17. Tabuleiro; 18. Tijucas; 19. Tubarão; 20. Xanxerê.
As regiões
Em Santa Catarina há oito regiões metropolitanas, que são:
1. Região Metropolitana Carbonífera: criada pela Lei Complementar Estadual N° 381 e reinstituída pela Lei Complementar Estadual n° 495 de 2010, reúne sete municípios do chamado Núcleo Metropolitano e três municípios da denominada Área de Expansão Carbonífera. Os municípios da Área de Expansão Carbonífera são: Lauro Müller, Treviso e Urussanga. Os municípios do Núcleo Metropolitano são: Cocal do Sul, Criciúma, Forquilhinha, Içara, Morro da Fumaça, Nova Veneza e Siderópolis.
Criciúma - principal cidade da Região Metropolitana Carbonífera
Essa região metropolitana possui uma área de 2.089,375 km, abrigando, segundo o censo do IBGE (2010), uma população de 372.777 habitantes.Devido à intensa exploração de cavão mineral durante todoo século XX, essa região metropolitana sofre com intensos problemas ambientais como o desgaste do solo, a poluição atmosférica e rios contaminados pela emissão de poluentes.
2. Região Metropolitana de Florianópolis - criada pela Lei Complementar Estadual N° 162 de 1998, foi extinta pela Lei Complementar Estadual n° 381 de 2007 e reinstituída pela Lei Complementar Estadual n° 495 de 2010.
Tendo como sede a cidade de Florianópolis, capital do estado, essa região metropolitana possui uma área de 7.114,101 km² e, segundo o censo do IBGE (2010) a população é de 1.012.831 habitantes.
Os municípios que compõem essa região metropolitana são: Florianópolis, São José, Palhoça, Biguaçu, Santo Amaro da Imperatriz, Governador Celso Ramos, Antônio Carlos, Águas Mornas e São Pedro de Alcântara.
Florianópolis - capital de Santa Catarina
3. Região Metropolitana de Chapecó - criada pela Lei Complementar Estadual N° 377, de 4 de abril de 2007, é composta pelo Núcleo Metropolitano (que reúne dezesseis municípios) e pela Área de Expansão Metropolitana (que reúne nove municípios). Os municípios que compõem o Núcleo Metropolitano são: Chapecó, Xanxerê, Xaxim, Arvoredo, Paial, Seara, Guatambu, Planalto Alegre, Nova Itaberaba, Coronel Freitas, Pinhalzinho, Águas Frias, Nova Erechim, Águas de Chapecó, Saudades e São Carlos. A Área de Expansão Metropolitana é formada pelos seguintes municípios: Itá, Xavantina, Faxinal dos Guedes, Marema, Quilombo, União do Oeste, Caxambu do Sul, Palmitos e Cunhataí. De acordo com o censo do IBGE (2010), a população dessa região metropolitana é de 403.408 habitantes distribuídos por uma área de 4.938,15 km².
Chapecó - SC
4. Região Metropolitana do Vale do Itajaí - criada pela Lei Complementar Estadual N° 162 de 1998, foi extinta pela Lei Complementar Estadual N° 381 de 2007 e restituída pela Lei Complementar Estadual N° 495 de 2010. O Núcleo Metropolitano é composto pelos seguintes municípios: Blumenau, Gaspar, Indaial, Pomerode e Timbó. A Área de Expansão Metropolitana é composta por: Apiúna, Ascurra, Benedito Novo, Botuverá, Brusque, Doutor Pedrinho, Guabiruba, Ilhota, Luiz Alves, Rio dos Cedros e Rodeio. Essa região metropolitana possui uma área de 5.006,417 km² e, segundo o censo do IBGE (2010), conta com uma população de 689.909 habitantes.
Blumenau - SC
5. Região Metropolitana Foz do Rio Itajaí - criada pela Lei Complementar Estadual Nº 221 de 2002, foi extinta pela Lei Complementar Estadual Nº 381 de 2007 e reinstituída pela Lei Complementar Estadual Nº 495 de 2010. O Núcleo Metropolitano é composto por cinco municípios: Balneário Camboriú, Camboriú, Itajaí, Navegantes e Penha. A Área de Expansão Metropolitana é composta por quatro municípios: Bombinhas, Itapema, Balneário Piçarras e Porto Belo. Essa região metropolitana possui uma área de 906,761 km² e, de acordo com o censo do IBGE (2010), sua população é de 515.756 habitantes.As principais atividades econômicas da região apoiam-se no comércio sustentado pelo turismo. Nessa região, o fluxo de turistas pode superar a marca de 1,5 milhão, alcançada na alta temporada do verão, principalmente no município de Balneário Camboriú. Outra principal atividade é a construção civil, que alavanca o setor imobiliário da região.
Balneário Camboriú - SC
6. Região Metropolitana do Norte/Nordeste Catarinense - criada pela Lei Complementar Estadual Nº 162 de 1998, foi extinta pela Lei Complementar Estadual Nº 381 de 2007 e reinstituída pela Lei Complementar Estadual Nº 495 de 2010. Tem como sede a cidade de Joinville. O Núcleo Metropolitano é composto por Joinville e Araraqui e a Área de Expansão Metropolitana é composta por: Balneário Barra do Sul, Barra Velha, Campo Alegre, Corupá, Garuva, Guaramirim, Itaiópolis, Itapoá, Jaraguá do Sul, Mafra, Massaranduba, Monte Castelo, Papanduva, Rio Negrinho, São Bento do Sul, São Francisco do Sul, São João do Itaperiú e Schroedér. Essa região metropolitana possui uma área de 10.830,62 km² e, de acordo com o censo do IBGE (2010), possui uma população de 1.094.570 habitantes, sendo a região metropolitana de Santa Catarina com a maior concentração industrial.
Joinville - SC
7. Região Metropolitana de Lages - criada pela Lei Complementar Estadual Nº 495 de 2010, seu Núcleo Metropolitano é composto pelos municípios de Lages e Correia Pinto, e sua Área de Expansão Metropolitana é integrada pelos seguintes municípios: Anita Garibaldi, Bocaina do Sul, Campo Belo do Sul, Capão Alto, Cerro Negro, Otacílio Costa, Painel, Palmeira, Ponte Alta, São José do Cerrito, Curitibanos, Frei Rogério, Ponte Alta do Norte, Santa Cecília, São Cristóvão do Sul, São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Rio Rufino, Urubici e Urupema. A área dessa região metropolitana é de 19.090,739 km² e sua população de 350.607 habitantes (IBGE - 2010).
Lages - SC
8. Região Metropolitana de Tubarão - criada pela Lei Complementar Estadual Nº 221 de 2002, foi extinta pela Lei Complementar Estadual Nº 381 de 2007 e reinstituída pela Lei Complementar Estadual Nº 495 de 2010. A Lei Complementar Estadual Nº 381 de 7 de maio de 2007, dispõe sobre o modelo de gestão e a estrutura organizacional da Administração Pública Estadual, altera a estrutura organizacional da Administração do Estado de Santa Catarina e define a criação das Secretarias de Estado do Desenvolvimento Regional. Desta forma, Tubarão passa a ser a sede de uma Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional, com abrangência dos municípios de Capivari de Baixo, Gravatal, Jaguaruna, Pedras Grandes, Sangão, Treze de Maio e Tubarão. A área dessa região metropolitana é de 4.542,988 km² e, segundo o censo do IBGE (2010), sua população é de 356.790 habitantes.O Núcleo urbano é composto pelos municípios de: Capivari de Baixo, Gravatal e Tubarão. A Área de Expansão Metropolitana é composta pelos seguintes municípios: Armazém, Braço do Norte, Grão Pará, Imaruí, Imbituba, Jaguaruna, Laguna, Orleans, Pedras Grandes, Rio Fortuna, Sangão, Santa Rosa de Lima, São Ludgero, São Martinho e Treze de Maio.
Tubarão - SC
ECONOMIA
A economia catarinense se baseia na indústria (principalmente na agroindústria, têxtil, cerâmica e metal-mecânica), no extrativismo (minérios) e na pecuária. O estado de Santa Catarina é o maior exportador de frango e de carne suína do Brasil, sendo que a Brasil Foods, a maior empresa de alimentos do país, é catarinense. Entre as indústrias, sedia um dos maiores fabricantes de motores elétricos do mundo, a Weg (que se localiza em Jaraguá do Sul), um dos maiores fabricantes de motores elétricos, a Embraco (em Joinville), e também a maior fundição da América Latina, a Tupy (também em Joinville). Possuem grande expressividade as indústrias de eletrodomésticos (e metal mecânica em geral) no norte do Estado, com marcas de projeção nacional como a Consul e a Brastemp (ambas localizadas em Joinville).
No extrativismo mineral, as ocorrências de carvão, principalmente nas áreas da baixada litorânea (Urussanga, Criciúma, Lauro Müller e Tubarão), representam fator importante para o desenvolvimento econômico regional. As condições de exploração do carvão mineral têm apresentado sensível melhoria, do ponto de vista técnico e dos equipamentos empregados. Santa Catarina possui ainda as maiores reservas brasileiras de fluorita e silex. Outros recursos minerais disponíveis são os depósitos de quartzo e grande ocorrências de argila cerâmica, bauxita e pedras semipreciosas, além de petróleo e gás natural na plataforma continental.
O nordeste do estado (eixo Joinville-Jaraguá do Sul) se destaca na produção de motocompressores, autopeças, refrigeradores, motores e componentes elétricos, máquinas industriais, tubos e conexões. No sul do estado (incluindo as cidades de Imbituba, Tubarão, Criciúma, Cocal do Sul, Içara e Urussanga), concentram-se as principais fábricas de cerâmica de revestimento do Brasil. O estado de Santa Catarina lidera a produção de louças e cristais no Brasil.
Distrito Industrial de Joinville
AGRICULTURA, PECUÁRIA E PESCA
O principal produto agrícola de Santa Catarina é o milho, cultivado no planalto basáltico, que fornece ração para a criação de suínos. Seguem-se a soja, o fumo, a mandioca, o feijão, o arroz (cultivado com irrigação nas várzeas da baixada litorânea e do Vale do Itajaí), a banana e a batata-inglesa. O estado é também um importante produtor de alho, cebola, tomate, trigo, maçã, aveia, cevada e uva.
Cultivo de milho - um dos principais produtos agrícolas de Santa Catarina
A criação de bovinos se faz principalmente em campo natural, de maneira extensiva, e nas áreas florestais, em menor escala, com os animais submetidos a semi-estabulação. Nas áreas em que a agricultura é a atividade predominante, a criação se volta para os suínos, sobretudo no planalto basáltico, onde a produção de milho assegura ração adequada aos animais. A suinocultura experimentou grande progresso no estado, em virtude do desenvolvimento dos frigoríficos especializados no processamento de carne de porco, como a Seara, a Perdigão, a Sadia e a Aurora Alimentos. Houve ainda uma grande expansão na criação de aves.
Santa Catarina é um dos maiores produtores de suínos do Brasil
A pesca desempenha um importante papel na economia catarinense. O Estado é um dos maiores produtores de pescado e crustáceos do Brasil. A atividade, que remonta à origem açoriana da população, desenvolve-se sobretudo em Florianópolis, Navegantes e Itajaí.
EXTRATIVISMO
As riquezas vegetais e minerais concorrem decisivamente para o progresso produtivo do estado. Entre as primeiras destacam-se as reservas florestais, representada especialmente pelos pinheirais, apesar de sua intensa exploração, e os ervais, que permitem ao estado manter-se como grande produtor de erva-mate. O estado de Santa Catarina é um dos maiores produtores de papel e celulose do Brasil.No extrativismo mineral, as ocorrências de carvão, principalmente nas áreas da baixada litorânea (Urussanga, Criciúma, Lauro Müller e Tubarão), representam fator importante para o desenvolvimento econômico regional. As condições de exploração do carvão mineral têm apresentado sensível melhoria, do ponto de vista técnico e dos equipamentos empregados. Santa Catarina possui ainda as maiores reservas brasileiras de fluorita e silex. Outros recursos minerais disponíveis são os depósitos de quartzo e grande ocorrências de argila cerâmica, bauxita e pedras semipreciosas, além de petróleo e gás natural na plataforma continental.
Exploração de carvão mineral em Santa Catarina
INDÚSTRIA
Os principais centros industriais de Santa Catarina são Joinville e Blumenau. O primeiro tem caráter diversificado, com fábrica de tecidos, produtos alimentícios, fundições e indústria mecânica. Blumenau concentra sua atividade na indústria têxtil, metal mecânica e na de softwares, além da recente eclosão de cervejarias artesanais. No interior do estado, ocorrem numerosos centros fabris de pequeno porte, ligados tanto à industrialização de madeira quanto ao beneficiamento de produtos agrícolas e pastoris.O nordeste do estado (eixo Joinville-Jaraguá do Sul) se destaca na produção de motocompressores, autopeças, refrigeradores, motores e componentes elétricos, máquinas industriais, tubos e conexões. No sul do estado (incluindo as cidades de Imbituba, Tubarão, Criciúma, Cocal do Sul, Içara e Urussanga), concentram-se as principais fábricas de cerâmica de revestimento do Brasil. O estado de Santa Catarina lidera a produção de louças e cristais no Brasil.
Produção têxtil - Santa Catarina é um dos maiores produtores do Brasil nesse ramo
As matrizes dos principais frigoríficos do país se concentram no meio-oeste e oeste do estado.
TURISMO
A imensa quantidade de paisagens e atrativos naturais promove, de forma significativa, o desenvolvimento do turismo no Estado. Além de oferecer ao visitante a oportunidade de conhecer a arquitetura e os costumes herdados dos imigrantes europeus. Em suma, essa atividade assume um papel fundamental na receita do Estado.
Arquitetura açoriana
DADOS SOBRE SANTA CATARINA
LOCALIZAÇÃO: Região Sul
LIMITES: Paraná (ao norte), Rio Grande do Sul (ao sul), oceano Atlântico (ao leste) e Argentina (ao oeste).
CAPITAL: FlorianópolisLIMITES: Paraná (ao norte), Rio Grande do Sul (ao sul), oceano Atlântico (ao leste) e Argentina (ao oeste).
Mercado Público de Florianópolis - coração do centro histórico da capital de Santa Catarina
ÁREA: 95.703,487 km² (20º)
POPULAÇÃO (IBGE - 2010): 6.248.436 habitantes (11º)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA (IBGE): 65,29 hab./km² (9°)
CIDADES MAIS POPULOSAS (IBGE 2010):
POPULAÇÃO (IBGE - 2010): 6.248.436 habitantes (11º)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA (IBGE): 65,29 hab./km² (9°)
CIDADES MAIS POPULOSAS (IBGE 2010):
Joinville: 515.288 habitantes
Traços da arquitetura alemã Joinville - maior cidade de Santa Catarina
Florianópolis: 421.240 habitantes
Florianópolis - segunda maior cidade de Santa Catarina
Blumenau: 309.011 habitantes
Castelinho Moellmann em Blumenau - terceira maior cidade de Santa Catarina
IDH (PNUD - 2005): 0,840 (2°)
PIB (IBGE - 2009): R$ 129,806 bilhões (8°)
EXPECTATIVA DE VIDA (IBGE - 2010): 75,8 anos (1º)
TAXA DE NATALIDADE (IBGE - 2009): 11,9 / mil (3°)
MORTALIDADE INFANTIL (IBGE - 2009): 15/ mil (3°)
MORTALIDADE INFANTIL (IBGE - 2009): 15/ mil (3°)
TAXA DE URBANIZAÇÃO (IBGE - 2010): 83,99% (10°)
TAXA DE ANALFABETISMO (IBGE - 2010): 3,86% (2°)
PIB PER CAPITA (IBGE - 2010): R$ 843,00 (4°)
RELIGIÃO (IBGE - 2010): católicos (80,72%), protestantes (14,98%), sem religião (1,97%), outros (2,33%).
FONTE: Wikipédia