A CURIOSIDADE MOVENDO A GEOGRAFIA
Os seres humanos sempre se preocuparam em entender o mundo que os cerca. O Sol, a Lua e as estrelas já chamavam a atenção das sociedades primitivas. Porém, tentar entendê-los continua sendo um grande desafio em nossos dias. Mesmo diante das muitas dúvidas que ainda persistem com relação a esses astros, sabemos que são vitais para o nosso cotidiano.
Quando os portugueses se lançaram aos oceanos, dando início à era das Grandes Navegações, nos séculos XV e XVI - o que resultou na descoberta e colonização do Brasil -, deixaram de navegar usando como referência apenas o contorno dos litorais.
OS PORTULANOS
Na Antiguidade, os chineses já se orientavam por meio de bússolas, que foram introduzidas na Europa por meio dos árabes.
Por volta de 1300, os italianos já navegavam acompanhando a costa da península Itálica. Com o passar do tempo, foram desenvolvendo mapas. Esses mapas eram uma descrição do litoral, mais exatamente uma detalhada descrição dos portos marítimos. Por isso foram chamados de portulanos.
O FIRMAMENTO
O espaço celeste visível ficou popularmente conhecido como firmamento. Isso se deve à posição fixa do céu, ou seja, ele era considerado um elemento "firme" na visão das pessoas de gerações passadas.
Muitas civilizações antigas acreditavam que o Universo fosse assim: formado pela terra e pela esfera celeste. Assim, todos os astros - as estrelas, a Lua e o Sol - estariam posicionados na esfera celeste e se situariam à mesma distância da Terra.
De fato, o Sol surge todos os dias a leste e desaparece a oeste. Isso também ocorre com as estrelas, os planetas e a Lua.
Assim, como o céu que avistamos aqui no hemisfério sul, aquele visto dos países do hemisfério norte também possui estrelas e constelações que foram usadas por muitos povos para orientar suas viagens. Uma das maiores referências de navegação nesse hemisfério é a Estrela Polar, que mantém sua posição no céu durante a maior parte do ano. Por isso, os viajantes seguiam em sua direção para se dirigir ao norte. Essa estrela constitui a extremidade da cauda da constelação Ursa Maior.
A ORIGEM DO UNIVERSO
O termo Universo vem do latim e significa "todo, inteiro". Ou seja, o Universo é o conjunto de tudo, incluindo nessa imensidão o Sistema Solar e o nosso planeta, a Terra, que, em comparação, parecem minúsculos, quase imperceptíveis.
As inúmeras pesquisas necessárias para consolidar essa teoria levaram a descobertas muito importantes para o progresso das atividades aeroespaciais. Um dos mais notáveis colaboradores nessa área foi Edwin Powell Hubble.
Hubble nasceu em 1889. Estudou Direito mas se dedicou de corpo e alma a sua grande paixão, a Astronomia. Em 1919 começou a trabalhar no observatório Monte Wilson, nos Estados Unidos. Suas pesquisas confirmaram a teoria do Big Bang, influenciando todos os estudos astronômicos do século XX. Como homenagem, batizaram o telescópio espacial com seu nome. Esse telescópio consegue captar imagens diretamente do espaço, sem a distorção provocada pela grande camada de gases que envolve a Terra.
Os especialistas acreditam que entre 1 e 2 bilhões de anos após a explosão do Big Bang começaram a se formar as galáxias, sistemas compostos de inúmeros e variados corpos celestes. As galáxias são formadas sobretudo por estrelas e planetas - além de muita poeira cósmica entre esses astros -, que exercem constante atração e repulsão uns sobre os outros, criando um conjunto equilibrado e harmonioso. O Sistema Solar, faz parte da galáxia denominada Via Láctea.
Cometas são pequenos corpos celestes formados principalmente por gelo, cuja origem remonta o surgimento do Universo. Suas órbitas são muito grandes, se comparada às dos planetas. Por isso muitos deles apresentam trajetórias que vão além do próprio Sistema Solar. Sua cauda luminosa pode estender-se por centenas de milhares de quilômetros.
Na Antiguidade, inspiravam superstições e temores, e representavam entidades espirituais com poder sobre a humanidade.
O cometa Halley foi o primeiro a ser reconhecido como periódico, passando próximo à Terra a cada 76 anos. Seu nome é uma homenagem a Edmond Halley, astrônomo inglês que o estudou a partir de 1696.
À noite, quando o céu está sem nuvens, é possível observar muitos outros sóis, que são as incontáveis estrelas dispersas por toda a abóboda celeste, também conhecida popularmente como firmamento ou simplesmente céu. Todas elas têm como característica comum a cintilação, ou seja, o brilho intenso e incessante, pois possuem luz própria.
O ESPAÇO E O TEMPO NO UNIVERSO
Quando admiramos o sol nascente ou o pôr-do-sol na linha do horizonte, estamos observando um fenômeno que ocorre há 8 minutos. Isso porque o nosso planeta se encontra 150 milhões de quilômetros do Sol. Assim, para chegar à Terra, a luz solar, cuja velocidade é de aproximadamente 300.000 km/s, demora 8 minutos.
UMA ESTRELA A APENAS QUATRO ANOS DE DISTÂNCIA
A estrela mais próxima do Sol chama-se Alfa Centauro e está a 4,2 anos-luz da Terra. Portanto, essa estrela visível no céu agora é, na realidade, um brilho emitido há 4,2 anos.
O SISTEMA SOLAR
Estudos realizados até o momento já identificaram a existência de mais de 120 planetas no Universo, dos quais 8 integram o Sistema Solar.
Embora mais de 120 planetas já tenham sido localizados no Universo visível, estudos realizados até o momento apontam que o nosso planeta é diferenciado. A Terra é especial porque parece ser o único dentre os planetas já indetificados a apresentar condições adequadas à vida da forma como a conhecemos, isto é, capaz de se reproduzir e dividida nos reinos vegetal e animal.
Destacam-se no planeta Terra três elementos principais:
OS PLANETAS ANÕES
Três corpos celestes - Plutão, Ceres e 2003 UB 313 ("Xena") - são considerados "planetas anões".
Em 24 de agosto de 2006, a União Astronômica Internacional (UAI) considerou Plutão um planeta anão. Isso ocorreu porque um planeta deve obedecer a três critérios:
Quando os portugueses se lançaram aos oceanos, dando início à era das Grandes Navegações, nos séculos XV e XVI - o que resultou na descoberta e colonização do Brasil -, deixaram de navegar usando como referência apenas o contorno dos litorais.
OS PORTULANOS
Na Antiguidade, os chineses já se orientavam por meio de bússolas, que foram introduzidas na Europa por meio dos árabes.
Por volta de 1300, os italianos já navegavam acompanhando a costa da península Itálica. Com o passar do tempo, foram desenvolvendo mapas. Esses mapas eram uma descrição do litoral, mais exatamente uma detalhada descrição dos portos marítimos. Por isso foram chamados de portulanos.
O mapa-múndi antes das Grandes Navegações
A partir da observação do céu, os navegantes portugueses perceberam que a posição das estrelas mudava muito pouco ao longo do tempo. Portanto, se elas estavam praticamente imóveis no firmamento, poderiam servir como referência para estabelecer as rotas de viagem. Isso deu origem à navegação celeste, que já vinha sendo desenvolvida havia séculos por estudiosos e pesquisadores interessados pelos astros.O FIRMAMENTO
O espaço celeste visível ficou popularmente conhecido como firmamento. Isso se deve à posição fixa do céu, ou seja, ele era considerado um elemento "firme" na visão das pessoas de gerações passadas.
Muitas civilizações antigas acreditavam que o Universo fosse assim: formado pela terra e pela esfera celeste. Assim, todos os astros - as estrelas, a Lua e o Sol - estariam posicionados na esfera celeste e se situariam à mesma distância da Terra.
De acordo com a Teoria Geocêntrica, a Terra era o centro do Universo e ao seu redor giravam os demais astros
Essas ideias não são corretas, pois os astros estão tão distantes que as suas posições exatas em relação à Terra não podem ser determinadas a olho nu. Mesmo assim, foi possível aos navegantes recorrer aos astros para se orientar em alto-mar, pois, à medida que a Terra gira em torno do seu eixo, o céu parece acompanhar esse movimento.De fato, o Sol surge todos os dias a leste e desaparece a oeste. Isso também ocorre com as estrelas, os planetas e a Lua.
O nascer do Sol
Utilizando a linha do Equador como referência, os navegantes puderam dividir o céu em dois hemisférios, norte e sul. E durante séculos orientaram suas viagens a partir dessa divisão.Assim, como o céu que avistamos aqui no hemisfério sul, aquele visto dos países do hemisfério norte também possui estrelas e constelações que foram usadas por muitos povos para orientar suas viagens. Uma das maiores referências de navegação nesse hemisfério é a Estrela Polar, que mantém sua posição no céu durante a maior parte do ano. Por isso, os viajantes seguiam em sua direção para se dirigir ao norte. Essa estrela constitui a extremidade da cauda da constelação Ursa Maior.
Estrela Polar - ponto de orientação para quem está no hemisfério norte
E de onde vieram tantas estrelas e astros, que compõem o chamado Universo?A ORIGEM DO UNIVERSO
O termo Universo vem do latim e significa "todo, inteiro". Ou seja, o Universo é o conjunto de tudo, incluindo nessa imensidão o Sistema Solar e o nosso planeta, a Terra, que, em comparação, parecem minúsculos, quase imperceptíveis.
O Universo
Durante anos a própria existência e a imensidão do Universo aguçaram a curiosidade do ser humano. Surgiram várias teorias para explicar o início da formação do Universo, mas muitas questões ainda não foram resolvidas.
A explicação mais aceita para a origem do Universo é a teoria do Big Bang (grande explosão). Ela foi elaborada pelo estudioso belga Georges-Henri Lemaître (1894-1966) em 1939. Sua teoria se baseou em estudos do cientista russo Alexander Friedmann (1888-1925). Segundo esses estudos, tudo se originou de um átomo primitivo, que começou a se expandir. Na década de 1940, a teoria do Big Bang foi complementada pelo físico russo-norte-americano George Gamow (1904-1968), para quem o Big Bang ocorreu a partir do rompimento daquele átomo que acumulava tanta energia.
Big Bang (grande explosão) - teoria na qual deu origem ao Universo
A ASTRONOMIA COMO VOCAÇÃO As inúmeras pesquisas necessárias para consolidar essa teoria levaram a descobertas muito importantes para o progresso das atividades aeroespaciais. Um dos mais notáveis colaboradores nessa área foi Edwin Powell Hubble.
Hubble nasceu em 1889. Estudou Direito mas se dedicou de corpo e alma a sua grande paixão, a Astronomia. Em 1919 começou a trabalhar no observatório Monte Wilson, nos Estados Unidos. Suas pesquisas confirmaram a teoria do Big Bang, influenciando todos os estudos astronômicos do século XX. Como homenagem, batizaram o telescópio espacial com seu nome. Esse telescópio consegue captar imagens diretamente do espaço, sem a distorção provocada pela grande camada de gases que envolve a Terra.
Edwin Powell Hublle
OS ELEMENTOS DO UNIVERSOOs especialistas acreditam que entre 1 e 2 bilhões de anos após a explosão do Big Bang começaram a se formar as galáxias, sistemas compostos de inúmeros e variados corpos celestes. As galáxias são formadas sobretudo por estrelas e planetas - além de muita poeira cósmica entre esses astros -, que exercem constante atração e repulsão uns sobre os outros, criando um conjunto equilibrado e harmonioso. O Sistema Solar, faz parte da galáxia denominada Via Láctea.
Via Láctea
OS COMETASCometas são pequenos corpos celestes formados principalmente por gelo, cuja origem remonta o surgimento do Universo. Suas órbitas são muito grandes, se comparada às dos planetas. Por isso muitos deles apresentam trajetórias que vão além do próprio Sistema Solar. Sua cauda luminosa pode estender-se por centenas de milhares de quilômetros.
Na Antiguidade, inspiravam superstições e temores, e representavam entidades espirituais com poder sobre a humanidade.
O cometa Halley foi o primeiro a ser reconhecido como periódico, passando próximo à Terra a cada 76 anos. Seu nome é uma homenagem a Edmond Halley, astrônomo inglês que o estudou a partir de 1696.
Cometa Halley
O Sistema Solar é um conjunto de planetas, satélites e outros fragmentos do espaço que giram em órbita devido à força gravitacional do Sol, cuja massa é mil vezes maior que a de todos os planetas juntos. O Sol é uma estrela como uma infinidade de outras existentes no Universo. Contudo, para nós que vivemos na Terra, o Sol não é apenas mais uma estrela, mas a mais importante de todas, sem ela seria impossível a presença de vida na Terra.
Sistema Solar
Devido à pequena distância que separa a Terra do Sol, (em comparação com a distância entre a Terra e outras estrelas), a luz emitida por essa estrela é tão itensa que, além de impedir a observação de outros astros durante o dia pode afetar os nossos olhos. Por isso, quando os astrônomos observam o Sol por meio de telescópios, equipam estes instrumentos com protetores.À noite, quando o céu está sem nuvens, é possível observar muitos outros sóis, que são as incontáveis estrelas dispersas por toda a abóboda celeste, também conhecida popularmente como firmamento ou simplesmente céu. Todas elas têm como característica comum a cintilação, ou seja, o brilho intenso e incessante, pois possuem luz própria.
Céu noturno
O Sol está agrupado com mais de 100 bilhões de estrelas. Juntas formam a Via Láctea, uma galáxia que possui uma extensão de 100.000 anos-luz. Um ano-luz equivale à distância percorrida pela luz, no vácuo, em um ano, à velocidade de 299.792 km/s, e corresponde a aproximadamente 9 trilhões e 450 bilhões de quilômetros.O ESPAÇO E O TEMPO NO UNIVERSO
Quando admiramos o sol nascente ou o pôr-do-sol na linha do horizonte, estamos observando um fenômeno que ocorre há 8 minutos. Isso porque o nosso planeta se encontra 150 milhões de quilômetros do Sol. Assim, para chegar à Terra, a luz solar, cuja velocidade é de aproximadamente 300.000 km/s, demora 8 minutos.
UMA ESTRELA A APENAS QUATRO ANOS DE DISTÂNCIA
A estrela mais próxima do Sol chama-se Alfa Centauro e está a 4,2 anos-luz da Terra. Portanto, essa estrela visível no céu agora é, na realidade, um brilho emitido há 4,2 anos.
Alfa Centauro
Da mesma forma, detectamos hoje a luz das estrelas e outros corpos celestes muito distantes, situados a bilhões de anos-luz de nosso planeta. Telescópios poderosos, como o Hubble, localizam estrelas e galáxias situadas a mais de 10 bilhões de anos-luz.O SISTEMA SOLAR
Estudos realizados até o momento já identificaram a existência de mais de 120 planetas no Universo, dos quais 8 integram o Sistema Solar.
Mercúrio
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É
o planeta mais próximo do Sol e o segundo menor do Sistema Solar, sendo 40%
menor do que a Terra.
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Vênus
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Depois
do Sol, é o corpo celeste mais brilhante visto da Terra. Sua superfície registra
altas temperaturas, chegando a mais de 400°C.
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Terra
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É
o terceiro mais próximo do Sol, é o planeta que abriga os seres humanos.
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Marte
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Tem
a atmosfera mais parecida com a da Terra, possuindo até mesmo calotas polares
e fenômenos climáticos semelhantes. Várias expedições não tripuladas já foram
enviadas a esse planeta para pesquisas.
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Júpiter
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É
o maior planeta do Sistema Solar, 318 vezes maior do que a Terra. Grande parte
dele, no entanto, é formado por gases.
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Saturno
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É
o segundo maior do Sistema Solar. A nave Voyager I, lançada em 1977,
aproximou-se dele em 1980, o bastante para descobrir que sua atmosfera é
composta principalmente por hidrogênio. Possui anéis formados por inúmeras
pequenas partículas de gelo e pequenas rochas, cujo tamanho varia de alguns centímetros
a alguns quilômetros de diâmetro.
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Urano
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É
o terceiro maior planeta do Sistema Solar. Sua atmosfera é gasosa e também possui
anéis, menos definidos que os de Saturno.
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Netuno
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É
o quarto maior planeta em dimensão. Foi visitado pela nave Voyager II em
1989. Apresenta composição semelhante à de Urano e também possui fonte de
calor interno.
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Planetas do Sistema Solar
TERRA: UM PLANETA ESPECIALEmbora mais de 120 planetas já tenham sido localizados no Universo visível, estudos realizados até o momento apontam que o nosso planeta é diferenciado. A Terra é especial porque parece ser o único dentre os planetas já indetificados a apresentar condições adequadas à vida da forma como a conhecemos, isto é, capaz de se reproduzir e dividida nos reinos vegetal e animal.
Destacam-se no planeta Terra três elementos principais:
- a litosfera, parte solidificada e resfriada do planeta;
- a hidrosfera, que compreende todos os recursos hídricos encontrados na litosfera e na atmosfera;
- a atmosfera, que são os gases que envolvem a Terra.
Atmosfera terrestre
A importância em se conhecer o espaço natural da Terra decorre do fato de ser nele e com ele que os seres humanos vivem e se relacionam. Além do mais, a resultante dessa interação entre natureza e seres humanos é a formação do espaço geográfico.OS PLANETAS ANÕES
Três corpos celestes - Plutão, Ceres e 2003 UB 313 ("Xena") - são considerados "planetas anões".
Em 24 de agosto de 2006, a União Astronômica Internacional (UAI) considerou Plutão um planeta anão. Isso ocorreu porque um planeta deve obedecer a três critérios:
- orbitar o Sol;
- ter massa suficiente para assumir uma forma arredondada;
- estar livre de objetos em sua vizinhança.
Plutão e sua lua Caronte
Ceres, por sua vez, tem apenas 950 km de diâmetro. Apesar de ser um corpo celeste relativamente próximo da Terra, ainda é muito desconhecido dos cientistas.
Ceres - o pequeno corpo celeste localizado entre a Terra e a Lua
Já o planeta anão 2003 UB313 (apelidado Xena, mas ainda sem nome definido) foi descoberto apenas em 2003. Acredita-se que sua superfície é totalmente recoberta por gelo e ainda pairam dúvidas quanto a suas reais dimensões.
FONTE: Tamdjian, James Onnig. Estudos de geografia: como funciona o mundo, 6° ano / James Onnig Tamdjian, Ivan Lazzari Mendes. -- São Paulo:FTD, 2008.