A superfície terrestre apresenta uma grande variedade de formas e irregularidades. Ao analisar o fundo dos oceanos também foi detectada uma diversidade de formas em sua composição.
Com o desenvolvimento tecnológico alcançado durante a década de 1960, foi possível realizar análises aprofundadas do relevo submarino e estabelecer uma classificação de acordo com as diferentes formas apresentadas.
As principais formas do relevo submarino são as plataformas e os taludes continentais; as ilhas, as bacias e as cadeias oceânicas; e as fossas marinhas.
O relevo submarino começou a ser mais bem estudado pelos cientistas apenas na segunda metade do século XIX. Porém, somente a partir da década de 1940, com o desenvolvimento de novas técnicas e equipamentos de exploração, como sonares e radares, foi possível obter informações mais precisas e detalhadas sobre o fundo dos oceanos. Atualmente, as expedições submarinas contam com robôs submersíveis não tripulados, capazes de mergulhar em fossas de até 6.000 metros de profundidade e mapear com grande precisão o relevo oceânico. Essas máquinas fazem todo o trabalho por controle remoto, enviando os dados coletados à estação de comando na superfície terrestre.
O submersível-robô MIR-1 é conduzido a uma missão exploratória do lago Baikal, em 2010.
O relevo submarino divide-se em:
1. Plataforma Continental
A plataforma pode ser caracterizada por ser o prolongamento submerso dos continentes, com apenas algumas modificações promovidas pela erosão marinha ou por depósitos sedimentares. É uma zona que declina suavemente do continente para o fundo dos oceanos. Em média, as plataformas medem de 70 km de largura e estendem-se até 200 m de profundidade. Nesta parte do relevo submarino são obtidos os recursos minerais e é realizada a maior parte das atividades pesqueiras.
A área da plataforma é subdividida em plataforma continental proximal, plataforma continental média e plataforma continental distal, cada uma delas com as suas especificidades nos domínios da geomorfologia, da sedimentologia e da biologia marinha.
2. Talude Continental
O talude continental é a porção do fundo do oceano com declive muito pronunciado. É uma zona muito inclinada e estreita, que se inicia aos 200 metros de profundidade e termina por volta dos 2.000 metros.
O embasamento do talude corresponde à crosta continental entremeada por magmatismo básico e estirada pela tectônica extensional que originou o rift e a bacia oceânica. É caracterizada por gradiente topográfico acentuado onde são geradas, com frequência, correntes de turbidez.
Do ponto de vista biológico, essa formação corresponde à zona batial.
3. Bacia Oceânica
Também chamada de planície abissal, a bacia oceânica é uma região profunda que varia de 2.000 a 5.000 metros. O relevo é suave e coberto por muitos sedimentos. Encontra-se entre as margens continentais e as dorsais oceânicas. Essa região é muitas vezes cortada pelas dorsais oceânicas e podem mostrar ravinas ou montes submarinos.
Na bacia oceânica ocorre os montes abissais, que são pequenas elevações de até 900 metros acima do fundo oceânico circundante. Estes montes cobrem de 80 a 85% do fundo do oceano Pacífico e são as formas fisiográficas mais abundantes da Terra. Próximo as margens continentais, os sedimentos originados dos continentes cobrem completamente os montes abissais formando planícies abissais.
4. Fossas Marinhas
As fossas marinhas são as regiões mais profundas dos oceanos, vales que chegam a atingir profundidades superiores a 8.000 metros. Essas regiões são caracterizadas pela ausência total de luz e por uma pressão insuportável para a maioria dos seres vivos, pois possuem temperaturas muito baixas. Essa zona é habitada principalmente por bactérias heterotróficas ou quimiotróficas e seres necrófagos, que se alimentam de restos de seres vivos e detritos orgânicos. Os habitantes dos fundos marinhos incluem esponjas, anêmonas-do-mar, bem como uma variedade de peixes cegos, alguns com filamentos fluorescentes que podem atrair potenciais presas.
5. Cadeias Oceânicas
Também chamadas de dorsal oceânica, dorsal submarina, dorsal meso-oceânica ou crista média oceânica, as cadeias oceânicas são grandes cadeias montanhosas localizadas sobre o assoalho oceânico, que se originam a partir do afastamento das placas tectônicas.
O surgimento das placas e seu consequente afastamento são devido às correntes convectivas de magma divergentes no manto, que dão origem aos riftes. As dorsais submarinas dos oceanos estão conectadas, formando a maior cadeias de montanhas do mundo, com cerca de 65.000 km de extensão. Esta cadeia montanhosa seria vista do espaço, não fossem os oceanos.
6. Ilhas
As ilhas oceânicas são porções da crosta que emergem do relevo dos oceanos. As ilhas oceânicas possuem ecossistemas únicos e, geralmente, uma elevada biodiversidade com impacto nos processos ecológicos e nos serviços dos ecossistemas.
As ilhas oceânicas ficam no cume dos vulcões subterrâneos. Formam-se quando um vulcão entra em erupção e empurra o seu fundo para cima, criando uma montanha. A ilha é o cume dessa montanha.
Fazem parte do Brasil ilhas oceânicas distantes do litoral como as que formam os arquipélago de Fernando de Noronha, dos Abrolhos e de São Pedro e São Paulo. As ilhas do arquipélago do Havaí, no oceano Pacífico também são oceânicas.
Os atóis são outro tipo de ilha nos oceanos. Um atol é um cinturão de terra em torno de uma superfície de água pouco profunda chamada laguna. Os atóis se formam quando os corais constroem uma colônia, ou recife, em redor do ponto mais alto de uma ilha vulcânica. Os recifes podem atingir a superfície da água e transformar-se em terra. A ilha vulcânica pode afundar com o peso do anel de coral em redor, deixando apenas a laguna na superfície. As Ilhas Marshall, na Oceania, são um país formado por atóis. No Brasil, destaca-se o Atol das Rocas.
Com o desenvolvimento tecnológico alcançado durante a década de 1960, foi possível realizar análises aprofundadas do relevo submarino e estabelecer uma classificação de acordo com as diferentes formas apresentadas.
As principais formas do relevo submarino são as plataformas e os taludes continentais; as ilhas, as bacias e as cadeias oceânicas; e as fossas marinhas.
Perfil do relevo submarino |
O submersível-robô MIR-1 é conduzido a uma missão exploratória do lago Baikal, em 2010.
Submersível-robô MIR-1 |
1. Plataforma Continental
A plataforma pode ser caracterizada por ser o prolongamento submerso dos continentes, com apenas algumas modificações promovidas pela erosão marinha ou por depósitos sedimentares. É uma zona que declina suavemente do continente para o fundo dos oceanos. Em média, as plataformas medem de 70 km de largura e estendem-se até 200 m de profundidade. Nesta parte do relevo submarino são obtidos os recursos minerais e é realizada a maior parte das atividades pesqueiras.
A área da plataforma é subdividida em plataforma continental proximal, plataforma continental média e plataforma continental distal, cada uma delas com as suas especificidades nos domínios da geomorfologia, da sedimentologia e da biologia marinha.
Desenho esquemático da plataforma continental |
O talude continental é a porção do fundo do oceano com declive muito pronunciado. É uma zona muito inclinada e estreita, que se inicia aos 200 metros de profundidade e termina por volta dos 2.000 metros.
O embasamento do talude corresponde à crosta continental entremeada por magmatismo básico e estirada pela tectônica extensional que originou o rift e a bacia oceânica. É caracterizada por gradiente topográfico acentuado onde são geradas, com frequência, correntes de turbidez.
Do ponto de vista biológico, essa formação corresponde à zona batial.
Perfil esquemático do talude continental |
Também chamada de planície abissal, a bacia oceânica é uma região profunda que varia de 2.000 a 5.000 metros. O relevo é suave e coberto por muitos sedimentos. Encontra-se entre as margens continentais e as dorsais oceânicas. Essa região é muitas vezes cortada pelas dorsais oceânicas e podem mostrar ravinas ou montes submarinos.
Na bacia oceânica ocorre os montes abissais, que são pequenas elevações de até 900 metros acima do fundo oceânico circundante. Estes montes cobrem de 80 a 85% do fundo do oceano Pacífico e são as formas fisiográficas mais abundantes da Terra. Próximo as margens continentais, os sedimentos originados dos continentes cobrem completamente os montes abissais formando planícies abissais.
Perfil esquemático da planície oceânica |
As fossas marinhas são as regiões mais profundas dos oceanos, vales que chegam a atingir profundidades superiores a 8.000 metros. Essas regiões são caracterizadas pela ausência total de luz e por uma pressão insuportável para a maioria dos seres vivos, pois possuem temperaturas muito baixas. Essa zona é habitada principalmente por bactérias heterotróficas ou quimiotróficas e seres necrófagos, que se alimentam de restos de seres vivos e detritos orgânicos. Os habitantes dos fundos marinhos incluem esponjas, anêmonas-do-mar, bem como uma variedade de peixes cegos, alguns com filamentos fluorescentes que podem atrair potenciais presas.
Perfil esquemático da Fossa das Marianas - ponto oceânico mais profundo da Terra |
Também chamadas de dorsal oceânica, dorsal submarina, dorsal meso-oceânica ou crista média oceânica, as cadeias oceânicas são grandes cadeias montanhosas localizadas sobre o assoalho oceânico, que se originam a partir do afastamento das placas tectônicas.
O surgimento das placas e seu consequente afastamento são devido às correntes convectivas de magma divergentes no manto, que dão origem aos riftes. As dorsais submarinas dos oceanos estão conectadas, formando a maior cadeias de montanhas do mundo, com cerca de 65.000 km de extensão. Esta cadeia montanhosa seria vista do espaço, não fossem os oceanos.
Localização da dorsal meso-oceânica do Atlântico |
As ilhas oceânicas são porções da crosta que emergem do relevo dos oceanos. As ilhas oceânicas possuem ecossistemas únicos e, geralmente, uma elevada biodiversidade com impacto nos processos ecológicos e nos serviços dos ecossistemas.
As ilhas oceânicas ficam no cume dos vulcões subterrâneos. Formam-se quando um vulcão entra em erupção e empurra o seu fundo para cima, criando uma montanha. A ilha é o cume dessa montanha.
Fazem parte do Brasil ilhas oceânicas distantes do litoral como as que formam os arquipélago de Fernando de Noronha, dos Abrolhos e de São Pedro e São Paulo. As ilhas do arquipélago do Havaí, no oceano Pacífico também são oceânicas.
Ilha de Fernando de Noronha |
Ilhas Marshall |
FONTE: Geografia espaço e vivência: introdução à ciência geográfica, 6º ano / Levon Boligian ... [et al.]. - 4. ed. - São Paulo: Saraiva, 2012.
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