Domínios morfoclimáticos é a interação e a interdependência existente entre os diversos elementos da paisagem (relevo, clima, vegetação, hidrografia, solo, fauna etc.).
No Brasil, existem seis principais domínios morfoclimáticos, ou paisagens naturais: Domínio Amazônico, Domínio da Caatinga, Domínio do Cerrado, Domínio das Araucárias, Domínio das Pradarias e Domínio dos Mares de Morro, além das Áreas de Transição.
1. DOMÍNIO AMAZÔNICO
Também conhecido como Amazônia, é formado em sua maior extensão, por terras baixas. Apenas em suas bordas, especialmente ao norte, na região serrana do Planalto das Guianas, é que a floresta ganha maiores altitudes, mas essas áreas montanhosas florestadas constituem exceções, pois a regra nesse domínio são os baixos planaltos, as depressões e algumas planícies aluviais. A Floresta Amazônica, ou latifoliada equatorial, é o elemento marcante dessa paisagem.
Trata-se de uma região semiárida coberta pela caatinga, vegetação adaptada ao clima com baixo índice de pluviosidade. Os solos são pouco profundos por causa das poucas chuvas e do predomínio do intemperismo físico. Mas, justamente pela escassez de chuvas, a erosão e a lixiviação dos solos pelas enxurradas têm pouca importância, ao contrário do que ocorre no restante do país.
Apesar de pouco profundos e às vezes salinos (com excesso de sais), os solos da Caatinga contêm uma boa quantidade de minerais básico para as plantas. O maior problema é realmente a escassez e o regime incerto das chuvas, que poderia ser corrigido com práticas adequadas de irrigação.
O Domínio da Caatinga limita-se, no lado oriental, com o planalto da Borborema (ao norte) e a Chapada Diamantina (ao sul, na Bahia), em cujas maiores altitudes penetra parcialmente. Pelo lado ocidental, destacam-se, ao ao sul, o Espigão Mestre e a chapada das Mangabeiras. O Espigão Mestre serve de divisor de águas entre a bacia do São Francisco, que atravessa o Domínio da Caatinga, e a bacia do Tocantins, que cruza o Domínio do Cerrado e vai até a Amazônia. Ao norte, distinguem-se inúmeras serras ou chapadas: Araripe, Grande, Ibiapaba etc. O Domínio da Caatinga prolonga-se nessas chapadas e serras do norte, embora aí já seja o início de seus limites ocidentais. É comum aparecerem no meio desse domínio os inselbergs - morros residuais, espécies de "testemunhos" de camadas rochosas já erodidas pelo processo de pediplanação. Os inselbergs são compostos geralmente de rochas cristalinas, mais resistentes à erosão.
Esse domínio parece ser o único do país que não sofreu grandes alterações climáticas no decorrer do período Quaternário: o clima semiárido perdura há milhares de anos. Todavia, em algumas áreas, como trechos do Vale do São Francisco, do alto Jaguaribe e outros, parece ter ocorrido, desde o período colonial, uma expansão da semiaridez por causa dos desmatamentos provocados pela ação antrópica.
Corresponde, de maneira geral, ao clima tropical típico ou semiúmido, à vegetação de cerrado - que apresenta várias semelhanças com as savanas africanas - e ao planalto Central do Brasil, com suas "chapadas" e "chapadões".
Nos vales fluviais é comum o aparecimento das matas-galerias, ou matas ciliares, vegetação mais diversificada que o cerrado e constituída por árvores de maior porte.
A ação antrópica é mais acentuada nas áreas de solos férteis e florestais, onde ocorrem desmatamentos irreversíveis. Nas áreas propriamente de cerrados e solos pobres, a ocupação, embora ainda incipiente do ponto de vista econômico, aumentou muito desde os anos 1980 e ocorre tanto pela pecuária extensiva quanto pelas monoculturas (soja, principalmente). Nesse domínio, a pecuária extensiva pouco modifica a paisagem, ao contrário do que ocorre na Amazônia, onde é necessário derrubar a floresta para plantar capim, enquanto as monoculturas ocasionam grandes alterações ambientais pela compactação dos solos e pela poluição causada por agrotóxicos.
Trata-se da região de clima subtropical e do planalto Meridional do Brasil (ou planaltos e chapadas da bacia do Paraná), de terrenos predominantemente sedimentares-basálticos. Nessa região de planaltos e chapadas, revestida por bosques de araucárias de diferentes extensões, dominam as médias altitudes, com variações entre 800 e 1.300 metros.
Embora constitua a espécie aciculifoliada subtropical que empresta o visual mais marcante à paisagem, a araucária não é o único tipo de vegetação que aí aparece. Em alguns trechos de solos areníticos, surgem "ilhas" de cerrados ou de campos. A extensão destes últimos aumentou com a devastação da mata de Araucária.
A ocupação humana tem sido intensa nesse domínio morfoclimático. Calculam-se que restem apenas cerca de 5% ou 8% da biomassa original da floresta aciculifoliada subtropical.
Essa paisagem natural costuma receber inúmeras denominações: Zona das Coxilhas, Campanha Gaúcha, Região das Campinas Meridionais e Região dos Pampas. Trata-se do prolongamento pelo território brasileiro dos campos ou pradarias (vegetação harbácea típica de climas temperados ou subtropicais) do Uruguai e da Argentina.
O relevo planáltico ou de depressões destaca-se pelas ondulações do terreno, formando as colinas chamadas coxilhas.
Nos vales fluviais eram comuns as matas-galerias, mas a maioria já foi derrubada para dar lugar à agricultura, por causa da maior fertilidade natural dos solos de várzea.
A ocupação econômica desse domínio natural tem sido efetuada pela pecuária e pela rizicultura (cultivo do arroz) nos vales fluviais.
Esse domínio paisagístico localiza-se na porção litorânea do país, desde o Nordeste até o Sul, penetrando mais para o interior do Sudeste, particularmente em São Paulo. Corresponde, mais ou menos, à unidade do relevo denominada Planaltos e Serras do Atlântico Leste-Sudeste.
O aspecto característico da paisagem está nas formas de relevo conhecidas como meias-laranjas ou mares de morros, que têm origem em serras (do Mar, Mantiqueira, Geral, Espinhaço) erodidas principalmente pelas chuvas. Isso ocorre porque esse domínio se localiza sobre terrenos cristalinos onde predominam os granitos e os gnaisses. Estes, ao sofrerem a erosão causada pelo clima tropical quente e úmido, adquirem o aspecto de morros com as vertentes arredondadas, ou de meias-laranjas.
Faixa de transição morfoclimática é uma região geográfica que apresenta uma mistura dos elementos naturais, isto é, a região apresenta-se heterogênea e nela se encontra a diversidade nas formas de relevo, do clima, da vegetação, no tipo dos rios ou dos solos. Uma dessas áreas é o Pantanal Mato-Grossense.
O Pantanal, ocupa partes do sudoeste do Mato Grosso e o oeste do Mato Grosso do Sul. Possui uma vegetação bastante diversificada, composta por florestas, cerrados e até mesmo espécies típicas da Caatinga.
Floresta Amazônica - elemento mais marcante do Domínio Amazônico
A hidrografia é riquíssima. Além do enorme rio principal e dos grandes afluentes, existem os furos (braços de água que ligam dois rios ou um rio e um lago), os igarapés (pequenos e estreitos cursos de água), os paranás-mirins (braços de rios que contornam as ilhas fluviais) e os lagos de várzea.
O Domínio Amazônico é rico em rios
A piscosidade (presença de peixes) dos rios amazônicos é, em geral, elevada. Calcula-se que neles existam mais de 1.400 espécies (em todo o mundo a quantidade de espécies é pouco superior a 25 mil). Entre todas as bacias hidrográficas do planeta, a bacia Amazônica é a que apresenta a maior variedade de peixes. A pesca sempre foi uma atividade importante para a alimentação da população local e, nas últimas décadas, intensificou-se bastante com a exportação de peixes.
Pirarucu - maior peixe brasileiro é originário da Amazônia
Os solos da Amazônia são, em geral, de baixa fertilidade, com exceção de algumas manchas de terra preta (solo orgânico muito fértil) e de alguns solos aluviais na várzea do rio Amazonas. No passado imaginou-se que os solos amazônicos fossem férteis, em virtude da exuberância da floresta que cobre a região. Mas inúmeras experiências demonstraram que, quando se derruba a floresta para o plantio, o solo perde a fertilidade. Isso ocorre porque é a floresta que garante a reposição de minerais e matéria orgânica do solo: anualmente, caem, por hectare, cerca de oito toneladas de folhas mortas, galhos, flores e frutos. Esse material é decomposto e enriquece o solo. Além disso, a vegetação densa e fechada protege o solo da erosão causada pelas chuvas, impedindo que uma quantidade grande de minerais seja carregada pelas enxurradas até os rios e o oceano. Por isso se diz que a vegetação vive de si própria na Amazônia, pouco dependendo do solo. E foi por isso também que falharam tantas tentativas de estabelecer grandes plantações monocultoras na região.
Serrapilheira - camada de solo originária da decomposição de vegetais e animais mortos na Amazônia
2. DOMÍNIO DA CAATINGATrata-se de uma região semiárida coberta pela caatinga, vegetação adaptada ao clima com baixo índice de pluviosidade. Os solos são pouco profundos por causa das poucas chuvas e do predomínio do intemperismo físico. Mas, justamente pela escassez de chuvas, a erosão e a lixiviação dos solos pelas enxurradas têm pouca importância, ao contrário do que ocorre no restante do país.
Apesar de pouco profundos e às vezes salinos (com excesso de sais), os solos da Caatinga contêm uma boa quantidade de minerais básico para as plantas. O maior problema é realmente a escassez e o regime incerto das chuvas, que poderia ser corrigido com práticas adequadas de irrigação.
Os solos do Domínio da Caatinga são rasos e pedregosos
O relevo desse domínio caracteriza-se pela existência de depressões em quase toda a sua extensão, por ser um território antigo e fortemente erodido pela pediplanação.O Domínio da Caatinga limita-se, no lado oriental, com o planalto da Borborema (ao norte) e a Chapada Diamantina (ao sul, na Bahia), em cujas maiores altitudes penetra parcialmente. Pelo lado ocidental, destacam-se, ao ao sul, o Espigão Mestre e a chapada das Mangabeiras. O Espigão Mestre serve de divisor de águas entre a bacia do São Francisco, que atravessa o Domínio da Caatinga, e a bacia do Tocantins, que cruza o Domínio do Cerrado e vai até a Amazônia. Ao norte, distinguem-se inúmeras serras ou chapadas: Araripe, Grande, Ibiapaba etc. O Domínio da Caatinga prolonga-se nessas chapadas e serras do norte, embora aí já seja o início de seus limites ocidentais. É comum aparecerem no meio desse domínio os inselbergs - morros residuais, espécies de "testemunhos" de camadas rochosas já erodidas pelo processo de pediplanação. Os inselbergs são compostos geralmente de rochas cristalinas, mais resistentes à erosão.
Inselbergs em Milagres - Bahia
Algumas áreas mais úmidas, denominadas brejos, aparecem às vezes na Caatinga, localizando-se em algum vale fluvial úmido ou, principalmente, em trechos de maior altitude. Nesses locais, a ocupação humana é caracterizada, desde a época colonial, pelo desenvolvimento da pecuária extensiva de corte.Esse domínio parece ser o único do país que não sofreu grandes alterações climáticas no decorrer do período Quaternário: o clima semiárido perdura há milhares de anos. Todavia, em algumas áreas, como trechos do Vale do São Francisco, do alto Jaguaribe e outros, parece ter ocorrido, desde o período colonial, uma expansão da semiaridez por causa dos desmatamentos provocados pela ação antrópica.
Brejos de altitude em Areia - PB
3. DOMÍNIO DO CERRADOCorresponde, de maneira geral, ao clima tropical típico ou semiúmido, à vegetação de cerrado - que apresenta várias semelhanças com as savanas africanas - e ao planalto Central do Brasil, com suas "chapadas" e "chapadões".
Nos vales fluviais é comum o aparecimento das matas-galerias, ou matas ciliares, vegetação mais diversificada que o cerrado e constituída por árvores de maior porte.
Chapada dos Veadeiros no Parque Nacional das Emas - GO
Os solos que predominam nesse domínio são pobres e ácidos. A introdução do cultivo da soja em trechos do Cerrado exige, para corrigir a acidez, o método de calagem (adição de calcário ao solo). Ao sul desse domínio, próximo às cidades de Ceres (GO) e Campo Grande (MS), aparecem algumas manchas de terra roxa, solo de grande fertilidade natural.
Calagem - uma forma de corrigir a acidez do solo do Cerrado
Observa-se ainda, nesse domínio, uma baixa densidade hidrográfica. Seus rios são afluentes do Amazonas (os que correm para o norte), do Paraná (os que vão para o sul) ou do Paraguai (a sudeste dessa paisagem natural). São todos rios perenes, mas bastante marcados pelo período seco do inverno.A ação antrópica é mais acentuada nas áreas de solos férteis e florestais, onde ocorrem desmatamentos irreversíveis. Nas áreas propriamente de cerrados e solos pobres, a ocupação, embora ainda incipiente do ponto de vista econômico, aumentou muito desde os anos 1980 e ocorre tanto pela pecuária extensiva quanto pelas monoculturas (soja, principalmente). Nesse domínio, a pecuária extensiva pouco modifica a paisagem, ao contrário do que ocorre na Amazônia, onde é necessário derrubar a floresta para plantar capim, enquanto as monoculturas ocasionam grandes alterações ambientais pela compactação dos solos e pela poluição causada por agrotóxicos.
Por ter se tornado uma área de fronteira agrícola, o Cerrado vem sendo destruído para dar lugar à agricultura comercial
4. DOMÍNIO DA ARAUCÁRIATrata-se da região de clima subtropical e do planalto Meridional do Brasil (ou planaltos e chapadas da bacia do Paraná), de terrenos predominantemente sedimentares-basálticos. Nessa região de planaltos e chapadas, revestida por bosques de araucárias de diferentes extensões, dominam as médias altitudes, com variações entre 800 e 1.300 metros.
Araucária - vegetação dominante nesse domínio
Os solos são muito diversificados. Aparecem tanto os de grande fertilidade natural - como as manchas de terra roxa a oeste do Paraná e os brunizens em trechos do Rio Grande do Sul - quanto os solos ácidos e pobres em minerais básicos.
Solo de terra roxa - rico em matéria orgânica originada de derramamentos basálticos
Os rios são perenes e apresentam vazão pouco variável porque as chuvas são bem distribuídas ao longo de todo o ano.Embora constitua a espécie aciculifoliada subtropical que empresta o visual mais marcante à paisagem, a araucária não é o único tipo de vegetação que aí aparece. Em alguns trechos de solos areníticos, surgem "ilhas" de cerrados ou de campos. A extensão destes últimos aumentou com a devastação da mata de Araucária.
A ocupação humana tem sido intensa nesse domínio morfoclimático. Calculam-se que restem apenas cerca de 5% ou 8% da biomassa original da floresta aciculifoliada subtropical.
O desmatamento ilegal da Mata de Araucária está provocando a sua extinção
5. DOMÍNIO DAS PRADARIASEssa paisagem natural costuma receber inúmeras denominações: Zona das Coxilhas, Campanha Gaúcha, Região das Campinas Meridionais e Região dos Pampas. Trata-se do prolongamento pelo território brasileiro dos campos ou pradarias (vegetação harbácea típica de climas temperados ou subtropicais) do Uruguai e da Argentina.
O relevo planáltico ou de depressões destaca-se pelas ondulações do terreno, formando as colinas chamadas coxilhas.
Coxilhas
A densidade hidrográfica é baixa. Os rios são perenes e comumente apresentam traçados meândricos, isto é, curvas sucessivas em seu curso.Nos vales fluviais eram comuns as matas-galerias, mas a maioria já foi derrubada para dar lugar à agricultura, por causa da maior fertilidade natural dos solos de várzea.
A ocupação econômica desse domínio natural tem sido efetuada pela pecuária e pela rizicultura (cultivo do arroz) nos vales fluviais.
Pecuária - principal atividade nos pampas
6. DOMÍNIO DOS MARES DE MORROEsse domínio paisagístico localiza-se na porção litorânea do país, desde o Nordeste até o Sul, penetrando mais para o interior do Sudeste, particularmente em São Paulo. Corresponde, mais ou menos, à unidade do relevo denominada Planaltos e Serras do Atlântico Leste-Sudeste.
O aspecto característico da paisagem está nas formas de relevo conhecidas como meias-laranjas ou mares de morros, que têm origem em serras (do Mar, Mantiqueira, Geral, Espinhaço) erodidas principalmente pelas chuvas. Isso ocorre porque esse domínio se localiza sobre terrenos cristalinos onde predominam os granitos e os gnaisses. Estes, ao sofrerem a erosão causada pelo clima tropical quente e úmido, adquirem o aspecto de morros com as vertentes arredondadas, ou de meias-laranjas.
Mares de morro
Esse domínio paisagístico era originariamente coberto pela floresta latifoliada tropical (mata Atlântica), hoje quase extinta (a não ser em forma de manchas, como na serra do Mar). Há ainda em alguns trechos outros tipos de vegetação: as araucárias, em locais de elevada altitude (Campos do Jordão, serra da Bocaína), e pequenas "ilhas" de cerrado (São Carlos e Rio Claro).
Campos do Jordão - SP
Por se localizar relativamente próxima ao litoral, essa paisagem natural vem sendo intensamente ocupada desde a época colonial, razão porque abriga hoje as maiores densidades demográficas do país e sedia grandes metrópoles. Mas, do ponto de vista das construções humanas, constitui um meio físico complexo e difícil, se comparado ao de outras paisagens naturais do Brasil. É a região mais sujeita a processos erosivos em todo o território brasileiro, por causa do relevo acidentado e do clima quente e úmido. O intemperismo químico atinge profundamente as rochas cristalinas, e a erosão causada pelas chuvas é intensa, ocasionando deslizamentos nas estradas e nos centros urbanos.
Deslizamento de terra em Tereesópolis - RJ
Consequentemente, na construção de estradas, torna-se necessário levar em conta os deslizamentos frequentes que interditam trechos de rodovias construídas sem obras de conservação adequadas ao meio natural, como vegetação com raízes longas nas margens da estrada e nos declives, para impedir deslizamentos. A erosão dos solos é também o maior problema da agricultura nesse domínio, que exige técnicas adequadas para evitá-la.
Trecho de rodovia prejudicado pela erosão em São Paulo
7. FAIXAS DE TRANSIÇÃOFaixa de transição morfoclimática é uma região geográfica que apresenta uma mistura dos elementos naturais, isto é, a região apresenta-se heterogênea e nela se encontra a diversidade nas formas de relevo, do clima, da vegetação, no tipo dos rios ou dos solos. Uma dessas áreas é o Pantanal Mato-Grossense.
O Pantanal, ocupa partes do sudoeste do Mato Grosso e o oeste do Mato Grosso do Sul. Possui uma vegetação bastante diversificada, composta por florestas, cerrados e até mesmo espécies típicas da Caatinga.
Vegetação do Pantanal
O relevo é formado por uma vasta planície, com rios volumosos. O clima é quente, com uma estação chuvosa (de novembro a abril) e outra seca (de maio a outubro). Na estação chuvosa os leitos dos rios transbordam e as águas inundam grande parte da planície. Da mesma forma como os climas, que não possuem limites abruptos entre eles, a mudança de uma vegetação para outra ocorre de forma gradual, gerando desta forma as Áreas de Transição.
Mata dos Cocais - faixa de transição entre o Cerrado, a Caatinga e a Floresta Amazônica
FONTE: VESSENTINI, José William. Geografia: o mundo em transformação. 1ª edição. São Paulo: Ática, 2009.