sexta-feira, 16 de abril de 2021

PLANETA NETUNO

   Netuno é o último grande planeta gasoso do Sistema Solar e o oitavo em termos de distância do Sol. O planeta, que leva o nome do deus do mar romano, é o último planeta do Sistema Solar desde que Plutão foi rebaixado a planeta anão. Mesmo se localizando tão longe do Sol, ele conserva uma temperatura semelhante à de Urano, com uma média de -116°C, mas a mínima pode chegar à -193ºC. Netuno leva 164 anos para fazer seu movimento de translação em torno do Sol e completar sua órbita. O movimento de rotação (giro em torno do seu próprio eixo) é de cerca de 16 horas e 11 minutos.

Comparação entre o tamanho de Netuno e a Terra

  Da mesma forma que seu vizinho mais próximo, Urano, Netuno tem o seu eixo de rotação inclinado e que não coincide com o centro do planeta. A teoria mais aceita diz que tal fenômeno ocorre porque, ao contrário da Terra, por exemplo, que tem sua magnetosfera derivada dos movimentos dos componentes ferrosos fluidos que existem no interior do seu núcleo, Netuno e Urano têm um núcleo composto majoritariamente por gelo, o que pode significar que seus núcleos sejam parcialmente isolantes.

  Porém, como há a existência da magnetosfera, acredita-se que o dínamo elétrico que opera no interior desses dois planetas esteja localizado ao redor do núcleo e não no interior deste, o que explicaria o fato de seu campo magnético estar deslocado do interior do planeta.

Mercúrio em máxima conjunção com Netuno, em 4 de abril de 2020

  Visto da Terra, Netuno apresenta uma alta magnitude (quanto mais brilhante o astro, menor sua magnitude), sendo impossível observá-lo a olho nu. Suspeitou-se de sua existência somente após a observação cuidadosa da órbita de Urano, que apresentava ligeiras irregularidades por conta da perturbação gravitacional de Netuno.

  Embora Netuno seja muito frio, sua atmosfera é bastante dinâmica. Composta por hidrogênio, hélio e metano, ela é pouco densa e apresenta uma tempestade muito grande, chamada de "Grande Mancha Negra", parecida com a Grande Mancha Vermelha, de Júpiter, e que gira em sentido anti-horário, sendo o único local da atmosfera que permite uma visão mais profunda do planeta por se constituir em um enorme buraco na atmosfera de Netuno.

Grande Mancha Negra de Netuno, com nuvens de metano ao seu redor

  Assim como todos os outros planetas gasosos, Netuno também possui anéis, porém, eles são muito tênues e apresentam grande distância entre si, além de uma grande variabilidade de densidade em toda sua composição. Os oito principais satélites naturais de Netuno são: Naiad, Thalassa, Despina, Galatea, Larissa, Proteus, Tritão e Nereida. Segundo pesquisas, estima-se que Netuno tenha entre 13 e 15 satélites. O mais peculiar de todos é Tritão. Pouco menor que a Lua, Tritão tem uma intensa atividade vulcânica, só que o material que ele expele em suas constantes erupções é nitrogênio líquido. Um líquido extremamente frio que cobre quase toda a sua superfície e corre como um verdadeiro rio nos locais onde o solo consegue ser aquecido a ponto de derreter o gelo. Outra peculiaridade de Tritão, é que sua órbita é em sentido contrário a dos outros satélites e ele, assim como Netuno, também apresenta um eixo de rotação inclinado.

Urano e Netuno fotografados durante o projeto The Two Micron All Sky Survey

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segunda-feira, 12 de abril de 2021

PLANETA URANO

   Urano é o sétimo planeta a partir do Sol, o terceiro maior e o quarto mais massivo dos oito planetas do Sistema Solar. Foi o primeiro planeta a ser encontrado por meio de um telescópio, pelo astrônomo William Herschel, em 1781. Foi nomeado em homenagem ao deus grego do céu, Urano, o pai de Cronos (Saturno) e o avô de Zeus (Júpiter). Embora seja visível a olho nu em boas condições de visualização, não foi reconhecido pelos astrônomos antigos como um planeta devido ao seu pequeno brilho e sua órbita lenta. Urano demora 84 anos terrestres para completar uma rotação ao redor do Sol.

Translação de Urano ao redor do Sol a cada 84 anos teerrestres.

  Assim como Vênus, Urano gira de leste a oeste. Observações mais detalhadas do planeta foram realizadas pela sonda Voyager, em 1986 e pelo telescópio Hubble. Juntamente com Netuno, é um dos dois gigantes de gelo do céu. É formado, principalmente, por hidrogênio e hélio, sendo classificado também como planeta gasoso, e contém mais gelo, tais como água, amônia e metano, assim como traços de hidrocarbonetos. É a mais fria atmosfera planetária do Sistema Solar, com uma temperatura mínima de -224 ºC. Tem uma complexa estrutura de nuvens em camadas, e acredita-se que a água forma as nuvens mais baixas, e o metano, as mais externas. Em contraste, seu interior é formado principalmente por gelo e rochas. A distância média em relação ao Sol é de aproximadamente 3 bilhões de quilômetros. A velocidade da órbita de Urano é de 27,4 mil km/hora e a massa é 14,5 vezes maior que a da Terra. A cor azulada resulta da absorção de luz vermelha do metano nas camadas superiores da atmosfera.

Comparação de tamanho entre a Terra e Urano

  O planeta Urano exibe 13 anéis. As observações mais evidentes dos anéis de Urano ocorreram em 1977, por equipes do Airborne Observatory Kuiper e do Observatório de Perth, da Austrália. Na ocasião, foram descobertos cinco anéis, denominados Alpha, Beta, Gamma, Delta e Epsilon, considerando a ordem crescente de distância do planeta pelos pesquisadores da Airborne Observatory Kuiper.

  Já a equipe de Perth identificou seis mergulhos distintos na luz das estrelas, que eles chamaram anéis de 1 a 6. Após as observações da Voyager 2, em 1986, foram descobertos mais dois anéis.

  Os anéis estão localizados na parte interna das órbitas dos satélites, têm muitas divisões, são opacos e estreitos. A composição dos conjuntos de anéis de Urano não é conhecida, mas assim com os de Saturno, seriam formados por gelo e partículas escuras que não refletem luz. A formação teria ocorrido por choques de satélites, mas não há dados conclusos.

Sistema de anéis de Urano

  Urano possui 27 luas conhecidas que são nomeadas com personagens das obras de William Shakespeare ou Alexander Pope. As primeiras quatro luas, Titânia, Oberon, Ariel e Umbriel, foram descobertas entre 1787-1851. A mais complexa de todas, Miranda, foi descoberta em 1948. As cinco principais luas de Urano são: Miranda, Ariel, Umbriel, Titânia e Oberon. A massa total dos satélites uranianos é a menor entre os gigantes gasosos. Titânia é o maior dos satélites uranianos, possuindo um raio de 788,9 quilômetros, menos da metade do raio da Lua. As luas de Urano são conglomerados compostos por aproximadamente de 50% de gelo e 50% de rocha, do qual pode incluir amônia e dióxido de carbono.

As cinco maiores luas de Urano

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