sexta-feira, 27 de outubro de 2017
quarta-feira, 11 de outubro de 2017
domingo, 8 de outubro de 2017
MALDIVAS: UM PAÍS AMEAÇADO PELO AQUECIMENTO GLOBAL
Localizada no continente asiático, a República das Maldivas é formada por aproximadamente 1.200 ilhas no oceano Índico. Este pequeno país insular está situado a sudoeste da Índia e sua única fronteira real é com o estado indiano das Laquedivas, ao norte.
Ex-protetorado britânico, entre 1887 e 1965, a República das Maldivas conquistou sua independência no dia 25 de julho de 1965. Atualmente, integra a Comunidade Britânica de Nações (Commonwealth), associação formada pelo Reino Unido e suas antigas colônias.
As praias de areias claras e o mar azul e quente formam um cenário único e romântico, tudo o que os turistas buscam no arquipélago das Maldivas. Destino certeiro de quem procura por temperaturas altas e belas paisagens, o país é composto por 1.190 ilhas divididas em 26 atóis no Oceano Índico. Na capital, Malé, o visitante encontra boa infraestrutura e tem facilidade de se movimentar entre os atóis. Na região há a oportunidade de praticar uma variedade de esportes náuticos, como o surf e o windsurf, além de fazer passeios a uma das centenas de ilhas desabitadas e paradisíacas.
Ex-protetorado britânico, entre 1887 e 1965, a República das Maldivas conquistou sua independência no dia 25 de julho de 1965. Atualmente, integra a Comunidade Britânica de Nações (Commonwealth), associação formada pelo Reino Unido e suas antigas colônias.
As praias de areias claras e o mar azul e quente formam um cenário único e romântico, tudo o que os turistas buscam no arquipélago das Maldivas. Destino certeiro de quem procura por temperaturas altas e belas paisagens, o país é composto por 1.190 ilhas divididas em 26 atóis no Oceano Índico. Na capital, Malé, o visitante encontra boa infraestrutura e tem facilidade de se movimentar entre os atóis. Na região há a oportunidade de praticar uma variedade de esportes náuticos, como o surf e o windsurf, além de fazer passeios a uma das centenas de ilhas desabitadas e paradisíacas.
Mapa das Maldivas |
HISTÓRIA
A história antiga das Maldivas é um pouco obscura. Segundo a lenda maldívia, um príncipe cingalês chamado Koimale, encalhou com sua esposa, filha do rei do Sri Lanka, em uma lagoa das Maldivas e dominou a região como primeiro sultão. Com o passar dos séculos, as ilhas foram visitadas por marinheiros dos países do Mar da Arábia e dos litorais do oceano Índico. Os piratas de MPLA, procedentes da costa do Malabar, atual estado indiano de Kerala, promoveram uma grande devastação nas ilhas.
No século XII, marinheiros procedentes do litoral da África Oriental e de países árabes, ocupam as ilhas, transformando-as numa grande diversidade étnica e cultural, reforçada pela religião e pela língua. Em meados desse mesmo século, os maldívios - que eram originalmente budistas - foram convertidos ao islamismo sunita.
No século XVI, entre 1558 e 1573, os portugueses estabeleceram uma pequena feitoria nas Maldivas, que administraram a partir da colônia principal portuguesa de Goa. Por quinze anos dominaram as ilhas, porém de forma bastante impopular, o que levou um líder local, chamado Muhammad Thakurufaanu Al-Azam e seu irmão a organizarem uma revolta popular, que expulsou os portugueses das ilhas maldívias. Este acontecimento ainda hoje é celebrado como dia nacional das Maldivas.
O país foi governado como um sultanato islâmico independente na maior parte de sua história, entre 1153 e 1968. Em 1654, os holandeses se apoderaram das ilhas, tornando-as colônias da Holanda. De 1867 até 25 de julho de 1965, esteve sob o domínio britânico. Em 1953, por um breve período, implantou-se uma república, mas o sultanato se estabeleceu. No dia 26 de julho de 1965, declarou-se independente do Reino Unido e o sultanato continuou a operar nas ilhas por mais três anos até o dia 11 de novembro de 1968, quando passou a adotar a república como modelo político.
A partir da década de 1970, o turismo começa a se desenvolver nas Maldivas, em ilhas reservadas a hotéis luxuosos, tornando-se a base da economia local.
Em 1978, tem início o primeiro mandato do presidente Maumoon Abdul Gayoom. Em 1988, fracassa um golpe de Estado promovido por mercenários do Sri Lanka. Em 1993, um referendo confirma Gayoom na presidência por cinco anos. Em outubro de 1998, ele é reeleito pelo Majilis (o Parlamento maldívio, composto por 50 integrantes) para um quinto mandato e referendado nas urnas com 90,9% dos votos. Em outubro de 2003, Gayoom é reeleito para um sexto mandato, com 90,28% dos votos. Apesar da inexistência de partidos e de oposição organizada, jovens maldívios que estudam no exterior começam a contestar o regime.
No dia 26 de dezembro de 2004, as ilhas foram devastadas por um tsunami, que se seguiu a um forte terremoto, produzindo ondas de 1,2 a 1,5 metro de altura e inundando o país quase por completo, provocando a morte de dezenas de pessoas e deixando milhares de desabrigados.
Nos últimos anos, o governo vem tentando atrair investimentos estrangeiros. Os custos baixos de implantação e mão de obra, atraiu várias indústrias para o país. Muitos estrangeiros trabalham nas Maldivas, principalmente imigrantes vindos da Índia, do Sri Lanka e de Bangladesh.
No século XII, marinheiros procedentes do litoral da África Oriental e de países árabes, ocupam as ilhas, transformando-as numa grande diversidade étnica e cultural, reforçada pela religião e pela língua. Em meados desse mesmo século, os maldívios - que eram originalmente budistas - foram convertidos ao islamismo sunita.
No século XVI, entre 1558 e 1573, os portugueses estabeleceram uma pequena feitoria nas Maldivas, que administraram a partir da colônia principal portuguesa de Goa. Por quinze anos dominaram as ilhas, porém de forma bastante impopular, o que levou um líder local, chamado Muhammad Thakurufaanu Al-Azam e seu irmão a organizarem uma revolta popular, que expulsou os portugueses das ilhas maldívias. Este acontecimento ainda hoje é celebrado como dia nacional das Maldivas.
Thinadhoo - com uma população de 7.733 habitantes (estimativa 2017) é a quarta maior cidade das Maldivas |
A partir da década de 1970, o turismo começa a se desenvolver nas Maldivas, em ilhas reservadas a hotéis luxuosos, tornando-se a base da economia local.
Naifaru - com uma população de 5.584 habitantes (estimativa 2017) é a quarta maior cidade das Maldivas |
No dia 26 de dezembro de 2004, as ilhas foram devastadas por um tsunami, que se seguiu a um forte terremoto, produzindo ondas de 1,2 a 1,5 metro de altura e inundando o país quase por completo, provocando a morte de dezenas de pessoas e deixando milhares de desabrigados.
Vídeo do tsunami que atingiu as Maldivas em 2004
Em 2008, os cerca de 40 anos de ditadura do presidente Gayoom chegaram ao fim, com a eleição de Mohamed Nasheed, do Partido Democrata Maldivo (MDP), um partido centrista e liberal social. As principais ações do governo do MDP têm sido ao nível de conter o islão político, a transformação das Maldivas em um país livre de emissões de monóxido de carbono e a implantação da reforma política e econômica.Nos últimos anos, o governo vem tentando atrair investimentos estrangeiros. Os custos baixos de implantação e mão de obra, atraiu várias indústrias para o país. Muitos estrangeiros trabalham nas Maldivas, principalmente imigrantes vindos da Índia, do Sri Lanka e de Bangladesh.
Hinnavaru - com uma população de 5.087 habitantes (estimativa 2017) é a sexta maior cidade das Maldivas |
As Maldivas consistem de aproximadamente 1200 ilhas de coral, agrupadas em uma cadeia de 26 atóis ao longo ao longo da direção norte-sul, espalhados por cerca de 90.000 km², tornando-as um dos países mais dispersos do mundo. Os atóis são compostos de recifes de corais e barras de areia, situados no topo de uma cordilheira submarina de 960 quilômetros de comprimento que se ergue no Oceano Índico e corre do norte para o sul. Próximo do sul dessa cadeia, duas passagens permitem a navegação segura de navios de um lado do oceano para outro através das águas pertencentes ao território das Maldivas.
As Maldivas é o país com a mais baixa altitude do mundo, onde o ponto mais elevado está a 2,3 metros acima do nível do mar e a altitude média é de 1,5 metro, sendo que a maioria do território habitado está apenas a um metro acima do nível do mar. A capital, Malé, possui uma altitude de apenas 90 centímetros. Com o aquecimento global e a elevação do nível do mar, grande parte do país está ameaçado de ficar submerso, além das constantes ameaças de tsunamis.
A vegetação e a vida selvagem em terra são limitadas, mas são complementadas pela abundância de vida marinha. As águas em torno das Maldivas são ricas em espécies de animais de valor biológico e comercial. A pesca de atum é um dos principais recursos comerciais. As Maldivas tem uma grande diversidade de vida marinha, com corais e mais de 2 mil espécies de peixes.
O Oceano Índico funciona como uma reserva de calor, absorvendo, armazenando e liberando lentamente o calor tropical. A do país varia entre 24 ºC e 33 ºC. Embora a umidade seja relativamente alta, a constante brisa fresca do mar mantém o ar quente em movimento.
O clima das Maldivas é afetado pela grande massa continental do sul da Ásia. A presença dessa massa provoca um grande aquecimento na água e na terra. Esses fatores desencadearam uma onda de ar rico em umidade vinda do oceano Índico, resultando na monção de sudoeste.
Duas estações dominam o clima das Maldivas: a estação seca, associada à monção do norte de inverno, e a estação das chuvas, associada à monção sul, que traz ventos fortes e tempestades. A mudança da monção seca para a úmida ocorre durante abril e maio. Durante esse período, os ventos vindos do nordeste contribuem para a formação da monção, que atinge o arquipélago em junho e vai até o final de agosto. A precipitação média é de 254 milímetros no sul e 381 milímetros no norte.
O turismo foi impulsionado no país a partir da década de 1970, tornando-se uma das principais fontes de receitas. A pesca também exerce grande importância na economia nacional. O setor industrial tem se desenvolvido bastante nos últimos anos, principalmente nos segmentos têxteis e alimentícios.
O país tem apresentado algumas melhoras nos indicadores socioeconômicos. A taxa de mortalidade infantil vem caindo nos últimos anos e a taxa de analfabetismo é bastante baixa.
CULTURA
A cultura das Maldivas foi influenciada por diversos fatores e fontes. Estes incluem sua proximidade com o Sri Lanka, o sul da Índia, o leste da África, a Insulíndia e o Oriente Médio. Há uma influência muito forte também da cultura árabe e indonésia. A música das Maldivas teve suas raízes na cultura africana. Um exemplo de gênero musical é o Bodu-Beru, muito conhecido no país.
Uma característica da sociedade maldívia que se destaca bastante, devido o fato de ser uma nação islâmica, é o elevado número de casamentos que terminam em divórcio. Isso demonstra um certo grau de autonomia que as mulheres têm sobre suas vidas.
Vários habitantes maldívios acreditam na existência dos jinns (termo árabe que significa "Gênio") ou "espíritos ruins". Para se protegerem da influência destas entidades, as pessoas utilizam diversos recursos, tais como rituais. O estudo desta tradição fez com que observadores identificassem um sistema mágico-religioso, paralelo ao islamismo, conhecido pelo nome de fanditha, que forneceria, segundo a crença, a melhoria de suas vidas e a solução de problemas pessoais. Entretanto, esta é uma tradição que está morrendo e, atualmente, é mais encontrada nas áreas rurais do país.
Existe alguma estratificação social nas ilhas, baseada em fatores variados, incluindo a ocupação, riqueza, uma percebida virtude islâmica, e os laços familiares. Membros da elite social estão concentradas na capital, Malé.
As Maldivas é o país com a mais baixa altitude do mundo, onde o ponto mais elevado está a 2,3 metros acima do nível do mar e a altitude média é de 1,5 metro, sendo que a maioria do território habitado está apenas a um metro acima do nível do mar. A capital, Malé, possui uma altitude de apenas 90 centímetros. Com o aquecimento global e a elevação do nível do mar, grande parte do país está ameaçado de ficar submerso, além das constantes ameaças de tsunamis.
Praia das Maldivas |
O Oceano Índico funciona como uma reserva de calor, absorvendo, armazenando e liberando lentamente o calor tropical. A do país varia entre 24 ºC e 33 ºC. Embora a umidade seja relativamente alta, a constante brisa fresca do mar mantém o ar quente em movimento.
O clima das Maldivas é afetado pela grande massa continental do sul da Ásia. A presença dessa massa provoca um grande aquecimento na água e na terra. Esses fatores desencadearam uma onda de ar rico em umidade vinda do oceano Índico, resultando na monção de sudoeste.
Pôr do Sol em uma ilha das Maldivas |
Praia nas Maldivas |
ECONOMIA
A economia das Maldivas foi durante séculos totalmente dependente da pesca e de outros produtos marinhos. Por esta razão a pesca continua sendo a principal ocupação da população e recebe atenção especial do governo. Outra atividade que vem crescendo bastante nas últimas décadas é o turismo. Seu desenvolvimento é o principal responsável por gerar empregos, seja de forma direta ou indireta, além de incentivar outras áreas, como a indústria. Essa atividade contribui com cerca de 30% do PIB do país. Maldivas possui cerca de quase 90 centros turísticos em operação. Outras atividades desenvolvidas nas ilhas são a construção e o reparo de embarcações e a confecção de roupas.O turismo foi impulsionado no país a partir da década de 1970, tornando-se uma das principais fontes de receitas. A pesca também exerce grande importância na economia nacional. O setor industrial tem se desenvolvido bastante nos últimos anos, principalmente nos segmentos têxteis e alimentícios.
Gan - com uma população de 4.770 habitantes (estimativa 2017) é a sétima maior cidade das Maldivas |
POPULAÇÃO
A população das Maldivas tem raízes indianas, do Sri Lanka e árabes. A língua falada no país é o divehi e quase todos os maldívios são muçulmanos. Apenas cerca de 25 das ilhas têm mais de 1.500 habitantes e a maioria da população vive em aldeias, em pequenas ilhas.O país tem apresentado algumas melhoras nos indicadores socioeconômicos. A taxa de mortalidade infantil vem caindo nos últimos anos e a taxa de analfabetismo é bastante baixa.
Dhuvaafaru - com uma população de 4.752 habitantes (estimativa 2017) é a oitava maior cidade das Maldivas |
Uma característica da sociedade maldívia que se destaca bastante, devido o fato de ser uma nação islâmica, é o elevado número de casamentos que terminam em divórcio. Isso demonstra um certo grau de autonomia que as mulheres têm sobre suas vidas.
Dhidhdhoo - com uma população de 4.186 habitantes (estimativa 2017) é a nona maior cidade das Maldivas |
Meedhoo - com uma população de 1.849 habitantes (estimativa 2017) é a décima maior cidade das Maldivas |
Vídeo sobre as Maldivas
ALGUNS DADOS DAS MALDIVAS
INDEPENDÊNCIA: do Reino Unido, em 26 de julho de 1965
GENTÍLICO: maldivo (a), maldívio (a)
LÍNGUA OFICIAL: divehi
GOVERNO: República Presidencialista
LOCALIZAÇÃO: Sul da Ásia
ÁREA: 298 km² (187º)
POPULAÇÃO (ONU - Estimativa 2017): 347.262 habitantes (183°)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 1.165,3 hab./km² (6°). Obs: a densidade demográfica, densidade populacional ou população relativa é a medida expressa pela relação entre a população total e a superfície de um determinado território.
CRESCIMENTO POPULACIONAL (ONU - Estimativa 2015): 1,76% (70°). Obs: o crescimento vegetativo, crescimento populacional ou crescimento natural é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade de uma determinada população.
CIDADES MAIS POPULOSAS (Estimativa 2017):
PIB (FMI - 2016): US$ 2,276 bilhões (159º). Obs: o PIB (Produto Interno Bruto), representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano).
PIB PER CAPITA (FMI 2017): US$ 16.275 (76°). Obs: o PIB per capita ou renda per capita é o Produto Interno Bruto (PIB) de um determinado lugar dividido por sua população. É o valor que cada habitante receberia se toda a renda fosse distribuída igualmente entre toda a população.
IDH (ONU - 2016): 0,701 (105°). Obs: o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais, variando de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e PIB per capita. A classificação é feita dividindo os países em quatro grandes grupos: baixo (de 0,0 a 0,500), médio (de 0,501 a 0,800), elevado (de 0,801 a 0,900) e muito elevado (de 0,901 a 1,0).
Muito alto
Alto
Médio
Baixo
Sem dados
Mapa do IDH |
TAXA DE NATALIDADE (ONU - 2016): 34,2/mil (42º). Obs: a taxa de natalidade é a porcentagem de nascimentos ocorridos em uma população em um determinado período de tempo para cada grupo de mil pessoas, e é contada de maior para menor.
TAXA DE MORTALIDADE (CIA World Factbook 2016): 7,06/mil (126º). Obs: a taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um índice demográfico que reflete o número de mortes registradas, em média por mil habitantes, em uma determinada região por um período de tempo e é contada de maior para menor.
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL (CIA World Factbook - 2016): 29,53/mil (149°). Obs: a taxa de mortalidade infantil refere-se ao número de crianças que morrem no primeiro ano de vida entre mil nascidas vivas em um determinado período, e é contada de menor para maior.
Mapa da taxa de mortalidade infantil no mundo |
TAXA DE FECUNDIDADE (Population Reference Bureal - PRB): 2,2 filhos/mulher (112º). Obs: a taxa de fecundidade refere-se ao número médio de filhos que a mulher teria do início ao fim do seu período reprodutivo (15 a 49 anos), e é contada de maior para menor.
Mapa da taxa de fecundidade no mundo |
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2016): 99,1% (26°). Obs: essa taxa refere-se a todas as pessoas com 15 anos ou mais que sabem ler e escrever.
Mapa da taxa de alfabetização no mundo |
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2016): 38,5% (139°). Obs: essa taxa refere-se a porcentagem da população que mora nas cidades em relação à população total.
Mapa da taxa de urbanização no mundo |
MOEDA: Rúpia Maldívia
RELIGIÃO: o islamismo é a religião oficial das Maldivas há mais de 800 anos. Atualmente, cerca de 98,4% da população segue o islamismo e 1,6% seguem outras religiões, porém, não podem se declarar que seguem outra religião, pois é proibido por lei seguir qualquer religião que não seja a muçulmana.
DIVISÃO: geograficamente, as Maldivas são formadas por uma série de atóis naturais, além de algumas ilhas e recifes isolados que formam um padrão de norte a sul. Para fins administrativos, o país está organizado em sete províncias, constituídas por 21 divisões administrativas (20 "atóis administrativos" e a cidade de Malé).
DIVISÃO: geograficamente, as Maldivas são formadas por uma série de atóis naturais, além de algumas ilhas e recifes isolados que formam um padrão de norte a sul. Para fins administrativos, o país está organizado em sete províncias, constituídas por 21 divisões administrativas (20 "atóis administrativos" e a cidade de Malé).
Mapa da divisão administrativa das Maldivas |
REFERENCIA: Geografia espaço e vivência, 8º ano / Levon Boligian -- [et al.]. 5. ed. -- São Paulo: Saraiva, 2015.
domingo, 10 de setembro de 2017
terça-feira, 22 de agosto de 2017
O ARCO DO DESFLORESTAMENTO DA AMAZÔNIA
A região amazônica contém cerca de um terço das florestas tropicais de todo o planeta, abrigando nada menos que metade de toda a biodiversidade mundial. Ela é responsável por manter o equilíbrio climático e ecológico, além de oferecer abrigo e alimento para uma enorme variedade de animais e pessoas. Apesar de sua importância, a Floresta Amazônica é constantemente ameaçada pela ação do desmatamento.
Entre as causas históricas do desmatamento na Amazônia, podemos destacar a expansão urbana, a exploração madeireira e a expansão da fronteira agropecuária. Calcula-se que, desde a década de 1960 até os dias atuais, foram desmatados em torno de 700.000 km² da Amazônia, cerca de 18% de sua cobertura vegetal. Isso corresponde a uma área equivalente à dos estados do Maranhão, Piauí e Ceará juntos.
A devastação da Floresta Amazônica não tem ocorrido com a mesma intensidade em todas as áreas da região. Ela ocorre mais intensamente nas áreas de expansão da fronteira econômica e demográfica que se desloca do Centro-Sul em direção à Amazônia.
Desse modo, a devastação segue certa distribuição geográfica, estendendo-se pela área conhecida como "arco do desflorestamento". Esse arco estende-se desde o Maranhão, passando por Pará e Tocantins, norte de Mato Grosso, Rondônia e chegando ao Acre.
A devastação acompanha, de maneira geral, os projetos de ocupação implantado pelo governo federal na região. No Tocantins e no Maranhão, a devastação é mais intensa ao longo da rodovia Belém-Brasília; no Pará, nas proximidades da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, do Projeto Grande Carajás e na região da cidade de Paragominas, onde foram implantados vários projetos agropecuários; no norte do Mato Grosso, ocorre principalmente nas áreas ocupadas pela expansão da monocultura da soja e da pecuária extensiva; estende-se até Rondônia, ao longo da rodovia Cuiabá-Porto Velho, e alcança os arredores de Rio Branco, capital do Acre.
Na Amazônia Legal, o desmatamento é bastante intenso nos estados de Rondônia, Mato Grosso, Maranhão e Pará, formando a área que se denomina arco do desmatamento.
Nos últimos anos, a abertura de pastagens para a pecuária na Amazônia é responsável por 75% das áreas desmatadas, muito delas de forma ilegal.
O desmatamento da Amazônia é preocupante devido aos danos ambientais que provoca como a extinção de espécies vegetais e animais, a erosão do solo, o assoreamento dos rios e a emissão de gases de efeito estufa.
A devastação também afeta a precipitação, diminuindo a quantidade de chuvas e o volume dos rios. Calcula-se que o processo de evapotranspiração na Amazônia é responsável por mais de 50% da chuva que ocorre nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Com a cessação da evapotranspiração, países mais distantes também seriam afetados, causando prejuízos para a agricultura e para a produção de alimentos.
As intervenções humanas na Amazônia, como em qualquer meio natural, não podem ser realizadas de forma irresponsável e predatória; é preciso planejá-las. Há também a necessidade de os governos estaduais e federal resolverem a questão da posse da terra entre os vários protagonistas sociais. Especialistas sugerem como solução para a exploração econômica da região a implantação do desenvolvimento sustentável. E para minimizar os conflitos sociais, apontam a urgência da aplicação de uma política fundiária ou de terras que contemple democraticamente todos os envolvidos na questão.
Para muitos especialistas em ecologia e biologia, as rodovias Belém-Brasília e Cuiabá-Porto Velho, foram o berço da criação do arco do desmatamento da Amazônia. O sucesso de ambas as estradas deram vida à construção de mais rodovias, que tiveram um maior povoamento por sua extensão, o que acarretou no desmatamento de inúmeras regiões de diferentes estados.
Nos últimos anos, os satélites da NASA (Agência Espacial Norte-Americana) constataram que a agricultura mecanizada é responsável por desflorestar a Amazônia com bastante agressividade. Como resultado disso, a região sofre com alterações no solo, mudanças climáticas e perda da biodiversidade.
A gradual transformação da paisagem amazônica, ocasionada pelo avanço da fronteira econômica, produziu uma extensa mancha com cobertura florestal em franco declínio em forma de arco, facilmente visualizável em imagens de satélites. No final dos anos 1990, essa área - foco prioritário das políticas de combate ao desmatamento - passou a ser identificada como o "arco do desmatamento".
Atualmente, esse arco corresponde ao território de 256 municípios, onde a expansão do corte de florestas tem sido observada de forma mais intensa. Nessa área se concentra aproximadamente 75% do desmatamento bruto de toda a Amazônia brasileira. É também chamado de "arco do povoamento adensado" por alguns autores, uma vez que a conotação do nome pelo qual ficou mais conhecido é evidentemente negativa.
O cultivo da soja é o principal responsável pelo desmatamento da região. As grandes empresas ocupam espaços no campo antes ocupado por culturas familiares diversificadas e pela floresta, reduzindo o emprego no campo e a capacidade de produção de alimentos tradicionais, comprometendo a segurança alimentar da população, além da extinção de espécies vegetais e animais.
Entre as causas históricas do desmatamento na Amazônia, podemos destacar a expansão urbana, a exploração madeireira e a expansão da fronteira agropecuária. Calcula-se que, desde a década de 1960 até os dias atuais, foram desmatados em torno de 700.000 km² da Amazônia, cerca de 18% de sua cobertura vegetal. Isso corresponde a uma área equivalente à dos estados do Maranhão, Piauí e Ceará juntos.
Mapa do desmatamento na Amazônia |
Desse modo, a devastação segue certa distribuição geográfica, estendendo-se pela área conhecida como "arco do desflorestamento". Esse arco estende-se desde o Maranhão, passando por Pará e Tocantins, norte de Mato Grosso, Rondônia e chegando ao Acre.
Em rosa, a área do Arco do Desmatamento da Amazônia |
Na Amazônia Legal, o desmatamento é bastante intenso nos estados de Rondônia, Mato Grosso, Maranhão e Pará, formando a área que se denomina arco do desmatamento.
Nos últimos anos, a abertura de pastagens para a pecuária na Amazônia é responsável por 75% das áreas desmatadas, muito delas de forma ilegal.
Imagem de satélite que mostra queimada e desmatamento em Rondônia |
A devastação também afeta a precipitação, diminuindo a quantidade de chuvas e o volume dos rios. Calcula-se que o processo de evapotranspiração na Amazônia é responsável por mais de 50% da chuva que ocorre nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Com a cessação da evapotranspiração, países mais distantes também seriam afetados, causando prejuízos para a agricultura e para a produção de alimentos.
O desmatamento é a principal causa das constantes secas que a região da Amazônia vem enfrentando nos últimos anos |
O desenvolvimento sustentável é uma das soluções para preservar a Floresta Amazônica |
Nos últimos anos, os satélites da NASA (Agência Espacial Norte-Americana) constataram que a agricultura mecanizada é responsável por desflorestar a Amazônia com bastante agressividade. Como resultado disso, a região sofre com alterações no solo, mudanças climáticas e perda da biodiversidade.
Imagem de satélite da NASA na região da Amazônia |
Atualmente, esse arco corresponde ao território de 256 municípios, onde a expansão do corte de florestas tem sido observada de forma mais intensa. Nessa área se concentra aproximadamente 75% do desmatamento bruto de toda a Amazônia brasileira. É também chamado de "arco do povoamento adensado" por alguns autores, uma vez que a conotação do nome pelo qual ficou mais conhecido é evidentemente negativa.
A expansão de áreas de pastagens é um dos fatores que contribuem para aumentar a área do "arco do desmatamento" na Amazônia |
O desmatamento na Amazônia ameaça muitas espécies de rãs de árvore, que são muito sensíveis às mudanças ambientais |
REFERÊNCIA: Valquíria, Garcia Pires
Projeto Mosaico: geografia /ensino fundamental / Valquíria Pires Garcia, Beluce Bellucci. - 1. ed. - São Paulo: Scipione, 2015.
domingo, 20 de agosto de 2017
terça-feira, 8 de agosto de 2017
quarta-feira, 26 de julho de 2017
domingo, 23 de julho de 2017
A PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO E AS IMPLICAÇÕES NOS COMPARTIMENTOS GEOMORFOLÓGICOS
A Geomorfologia contribui com os estudos geográficos para entender as formas atuais do relevo terrestre, investigando a atuação dos agentes endógenos (tectonismo, vulcanismo e abalos sísmicos) e os exógenos (águas correntes, ventos, geleiras) no modelado. A Geomorfologia não vem apenas explicar as morfologias (formas) e a fisiologia (função) do relevo. Na atualidade, ela ganha um enfoque incorporando em seus estudos o movimento histórico da sociedade.
Rio Colorado (EUA) - um exemplo da atuação dos agentes exógenos modificadores do relevo |
O enfoque geomorfológico nos estudos geográficos atuais está adquirindo grande relevância na área de planejamento ambiental, referente à implantação de aterros sanitários, instalação de estação de tratamento de esgoto, estudos sobre ocupação de áreas de risco, entre outros. Esta importância é adquirida principalmente por causa de inserção dos fatores sociais na análise do relevo.
Quando o homem apropria-se do relevo, inicia-se uma aceleração dos processos geomorfológicos, alterando o equilíbrio dinâmico natural e provocando impactos no ambiente. São as relações política e econômicas que implicam diretamente na apropriação e ocupação do relevo e por meio destes é que teremos as mais diferentes manifestações de impactos. Este quadro só se tornou mais expressivo com a intensificação da urbanização, no contexto das transformações no modo capitalista de produção. A cidade é um local propício para a ampliação das relações capitalistas e, neste contexto, os estudos do relevo ganham uma nova abordagem, cujo enfoque passa a ser as relações econômicas, políticas, culturais e sociais.
Ao estudar o relevo no ambiente urbano, deparamos com uma paisagem construída e marcada por dinâmicas envolvendo a sociedade e a natureza ao longo de um tempo histórico. Nesta perspectiva, os estudos da morfogênese e da morfodinâmica ganham um novo ritmo em um tempo histórico, no qual os processos são acelerados dando origem a novas formações geomorfológicas (relevo tecnogênicos). As áreas urbanas são reflexos desses acontecimentos e os estudos envolvendo o relevo e a cidade tornam-se relevantes. [...]
Para se compreender estas formas torna-se necessário uma análise empírica da morfologia do relevo, que foi moldado pelas dinâmicas sociedade e natureza. É por meio do estudo da paisagem que as marcas do presente são observadas contribuindo no entendimento da construção do espaço. Essa análise empírica realiza-se com levantamento histórico da ocupação do relevo, com a investigação a campo envolvendo as observações dos compartimentos geomorfológicos, incluindo procedimentos como entrevistas, por exemplo. Estes princípios ajudam a desenvolver um estudo da paisagem, no qual se resgata o passado para entender as marcas e a configuração do espaço no presente. [...]
A título de exemplo, pode-se citar a construção de grandes obras de engenharia, tais como a construção de rodovias, no qual o relevo é modelado com cortes (taludes) criando novas formas, novos usos e novas dinâmicas. Outro exemplo refere-se à canalização de rios, que passam a escoar por meio de tubos e canais, alterando não só a dinâmica natural, como também a social. A sociedade idealiza e concretiza seus pensamentos por meio da produção que deixam marcas na paisagem. Na tentativa de aproximação desta discussão com a Geomorfologia, a produção se materializa amparada também no relevo. Neste contexto, a cidade é o resultado da dinâmica social por meio da produção que abrange também a dinâmica ambiental.
A urbanização constitui-se no processo e, por meio dele, é possível analisar a dinâmica da sociedade interferindo diretamente ou indiretamente na esculturação do relevo. Isso decorre das decisões tomadas pela sociedade, a exemplo quando os compartimentos geomorfológicos são apropriados recebendo diferentes finalidades. Esta interferência ocorre pelo fato de que os agentes de produção do espaço apropriam-se dos compartimentos geomorfológicos destinados às diversas funções (seja residencial, comercial, lazer, etc.).
Um aterro sanitário deve seguir regras rígidas ambientais, para evitar o descontrole, como na foto acima |
Ocupação em área de risco - é uma economia que pode trazer uma grande dor de cabeça para os seus ocupantes |
Cidade do Rio de Janeiro - RJ |
Monte do Galo, em Carnaúba dos Dantas - RN |
Trecho de serra da Rodovia dos Imigrantes, em São Paulo |
Área urbanizada na Baixada Santista |
FONTE: PEDRO, Leda Correia. Ambiente e apropriação dos compartimentos geomorfológicos do Conjunto Habitacional Jardim Humberto Salvador e Condomínio Fechado Damha.
Presidente Prudente: Universidade Estadual Paulista, 2008. pp. 31 a 35.
sexta-feira, 14 de julho de 2017
quinta-feira, 6 de julho de 2017
quinta-feira, 29 de junho de 2017
O PAN-ARABISMO
O Pan-arabismo foi uma corrente que aglutinou forças de oposição aos governos de países árabes que eram controlados pelas potências europeias. Essa corrente surgiu no contexto da crise do sistema colonial, a partir da junção das forças de resistência ao nazismo no Marrocos, na Líbia, na Tunísia, no Egito e no Sudão, com os grupos anticolonialistas da Arábia Saudita, do Iêmen, do Iraque, da Jordânia, do Líbano e da Síria.
Mapa com os países que aderiram ao Pan-arabismo |
Esse movimento reuniu países de língua e da civilização árabe numa grande comunidade de interesses. Foi um movimento para a unificação entre entre as populações e nações árabes do Oriente Médio e do Norte da África e que possui estreita vinculação com o nacionalismo árabe. O movimento era baseado em princípios nacionalistas, seculares e estatizantes, opondo-se ao colonialismo e à política ocidental de envolvimento do mundo árabe.
As origens do Pan-arabismo podem ser encontradas desde o início da História Contemporânea do Oriente Médio, com o desmembramento do Império Otomano ao final da Primeira Guerra Mundial. Após a criação da Liga Árabe, em 1945, e do surgimento do Nasserismo - movimento político populista, laico, modernizador e vagamente "socialista" -, o movimento ganhou força.
Com a conquista do poder na Síria, em 1961, e no Iraque, em 1963, o Partido Baas (Partido Pan-Árabe Socialista) - partido reformista, modernizador e pan-árabe - passa a pregar a unificação dos Estados árabes, competindo com o Nasserismo e suplantando como um alternativa mais consistente na luta pelo Pan-arabismo, tanto em termos ideológicos como pragmáticos.
O presidente egípcio, Gamal Abdel Nasser era o principal articulador do chamado pan-arabismo, e propunha a união de todos os países de maioria árabe-muçulmana como forma de fortalecer a cultura e a causa islâmica frente ao mundo Ocidental. Em função da identificação do Egito com o Islã, o país estava mais próximo do Oriente Médio, do ponto de vista cultural e político, do que dos países da África. Nasser lutava também contra os interesses estrangeiros no Egito e a descolonização da África por parte das potências europeias.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os líderes árabes passaram a discutir a formação de uma instituição que congregasse as forças e os interesses das mais diferentes populações árabes. Ao final da Segunda Guerra Mundial, foi criada a Liga Árabe, que tinha como destaque primordial as gigantescas diferenças entre os objetivos de cada um de seus membros, e isso foi a grande característica do movimento pan-arábico: as eternas diferenças de objetivos entre os países e seus líderes.
Dois fatores contribuíram bastante para a consolidação do pan-arabismo: a criação do Estado de Israel, em 1948, e a derrota dos países da Liga Árabe na tentativa de destruir o recém- criado país. A derrota uniu, em parte, os árabes num sentimento de revanche contra Israel.
A implantação da Guerra Fria entre soviéticos e norte-americanos levou os árabes a adotar um certo sentimento terceiro-mundista que preconizava independência de ação ideal para com os Estados Unidos e com a União Soviética.
Dentro do contexto da Guerra Fria, o pan-arabismo passa a valorizar a independência do Terceiro Mundo e o movimento anti-sionista (Israel), surgindo daí, o mais importante líder do movimento: Gamal Abdel Nasser, que havia liderado, em 1952, uma revolta contra o rei Faruk - que acabou abdicando do trono. Nasser ganhou notoriedade mundial ao nacionalizar o Canal de Suez, que até então estava sob o domínio internacional (principalmente britânico) e utilizar os lucros oriundos da travessia do canal para a construção da Barragem de Assuã. Essa decisão fez com que Nasser submergisse do conflito como o maior porta-voz do mundo árabe, tanto nas relações com os Estados Unidos, Europa e ONU, quanto no conflito com Israel.
Uma das consequências dessa fase de auge do pan-arabismo foi o interesse árabe em redefinir as cláusulas estabelecidas com as empresas estrangeiras de exploração de petróleo. Essa discussão levou à criação da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), em 1960, e da Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo (OPAEP), em 1968, bem como a finalização do Acordo de Teerã, em 1971. O conjunto dessas medidas redefiniu as relações entre produtores, exportadores e consumidores de petróleo.
Com a morte de Nasser, em 1970, o movimento enfraqueceu, tendo ressurgido - porém de forma tímida -, no início da década de 1990, com o presidente iraquiano, Saddam Hussein, que se declarava como grande líder do mundo árabe contra as potências capitalistas ocidentais e Israel.
A Guerra do Golfo (1990-1991), não só colocou Saddam Hussein como "grande inimigo" do Ocidente, como também fez com que o próprio mundo árabe acabasse por ficar na defensiva, fato este verificado pelos cinco anos seguintes à Guerra do Golfo, em que os membros da Liga Árabe não se reuniram.
A ascensão de Anuar Sadat no Egito, colocou o país numa trilha de aproximação com Israel e com o Ocidente, em especial os Estados Unidos. Como resultado dessa aproximação, foi assinado o Acordo de Camp David, em 1978, e que selou a paz entre Israel e Egito, sob a batuta do governo norte-americano. Esse posicionamento egípcio acabou isolando o país africano dos demais países árabes, que não aceitaram a política de aproximação egípcia com o Ocidente.
Atualmente, pouco restou das tentativas de unificação árabe. Hoje, há muito mais a intenção de cooperação do que propriamente integração ou união árabe.
As origens do Pan-arabismo podem ser encontradas desde o início da História Contemporânea do Oriente Médio, com o desmembramento do Império Otomano ao final da Primeira Guerra Mundial. Após a criação da Liga Árabe, em 1945, e do surgimento do Nasserismo - movimento político populista, laico, modernizador e vagamente "socialista" -, o movimento ganhou força.
Com a conquista do poder na Síria, em 1961, e no Iraque, em 1963, o Partido Baas (Partido Pan-Árabe Socialista) - partido reformista, modernizador e pan-árabe - passa a pregar a unificação dos Estados árabes, competindo com o Nasserismo e suplantando como um alternativa mais consistente na luta pelo Pan-arabismo, tanto em termos ideológicos como pragmáticos.
Países árabes e de maioria religiosa islâmica |
Gamal Abdel Nasser (1918-1970) |
Riade - capital da Arábia Saudita |
A implantação da Guerra Fria entre soviéticos e norte-americanos levou os árabes a adotar um certo sentimento terceiro-mundista que preconizava independência de ação ideal para com os Estados Unidos e com a União Soviética.
Damasco - capital da Síria |
Represa de Assuã, no Egito |
Teerã - capital do Irã |
A Guerra do Golfo (1990-1991), não só colocou Saddam Hussein como "grande inimigo" do Ocidente, como também fez com que o próprio mundo árabe acabasse por ficar na defensiva, fato este verificado pelos cinco anos seguintes à Guerra do Golfo, em que os membros da Liga Árabe não se reuniram.
Bagdá - capital do Iraque |
Atualmente, pouco restou das tentativas de unificação árabe. Hoje, há muito mais a intenção de cooperação do que propriamente integração ou união árabe.
Cairo - capital do Egito |
FONTE: Terra Lygia
Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil / Lygia Terra, Regina Araújo, Raul Borges Guimarães - 2. ed. - São Paulo: Moderna, 2013.
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