A civilização hindu é uma das mais antigas do mundo e sua história remonta a mais de 5 mil anos.
Grande produtora de especiarias nos séculos XV e XVI, a região que hoje compreende o Subcontinente Indiano ou Ásia Meridional, despertava o interesse dos europeus da época. No início do século XVI, comerciantes de Portugal tomaram alguns portos da costa oeste da Índia. Franceses, holandeses e ingleses lutaram contra os portugueses e, depois, entre si para controlar as rotas de comércio.
Na segunda metade do século XVIII, o imperialismo britânico tomou posse do Estado e buscou integrar a maioria hindu com os muçulmanos, grupo minoritário que já havia se fixado na Índia a partir do século XII.
No século XIX, ocorreram rebeliões de caráter anticolonialista, mas a Índia só se libertou do domínio britânico em 1947. Com a independência, o território foi dividido em dois para abrigar os interesses de muçulmanos e hinduístas. Os muçulmanos fundaram o Paquistão e os hinduístas permaneceram na Índia. Na época, houve uma grande migração de pessoas de um lado para outro.
O Estado paquistanês se originou da província de Punjab, situada a oeste da Índia. Com a formação dos dois novos Estados, teve início uma guerra pela posse de uma região localizada ao norte do território: a Caxemira. Com o fim do conflito, em 1948, houve uma divisão das terras: cerca de um terço da região ficou para o Paquistão e o restante para a Índia.
A Caxemira e uma região do norte do subcontinente indiano, hoje dividida entre a Índia e o Paquistão. Uma parte foi anexada pela China.
O termo "Caxemira" (significa "terra sem água" ou "terra desidratada" - Ká = água e Shimeera = secar) descrevia historicamente o vale ao sul da parte mais ocidental do Himalaia. Politicamente, o termo "Caxemira" descreve uma área muito maior, que inclui as regiões de Jammu, Caxemira e Ladakh. O nome Caxemira tornou-se sinônimo de tecido de alta qualidade, devido à lã de caxemira produzida a partir das cabras nativas.
Na Caxemira o traçado da fronteira está por definir. A Índia reclama soberania sobre as províncias de Caxemira Livre e Áreas do Norte, atualmente sob controle paquistanês. O Paquistão considera-se soberano sobre a zona do Glaciar de Siachen, controlado pela Índia desde o conflito de Siachen, em 1984. A região não tem nenhuma fronteira no sentido internacional, mas apenas uma linha de cessar-fogo, a Line of Control, limite das posições militares quando do fim da Primeira Guerra Indo-Paquistanesa, em 1949. Esta linha de controle está materializada na quase totalidade do seu traçado por uma fileira dupla de arame farpado rodeado por campos minados.
Em 1962, a República Popular da China conquistou um trecho de Jammu e Caxemira (Aksai Chin); no ano seguinte, o Paquistão cede aos chineses uma faixa dos Territórios do Norte. Um novo conflito, em 1965, não trouxe modificações territoriais.
Grande produtora de especiarias nos séculos XV e XVI, a região que hoje compreende o Subcontinente Indiano ou Ásia Meridional, despertava o interesse dos europeus da época. No início do século XVI, comerciantes de Portugal tomaram alguns portos da costa oeste da Índia. Franceses, holandeses e ingleses lutaram contra os portugueses e, depois, entre si para controlar as rotas de comércio.
Na segunda metade do século XVIII, o imperialismo britânico tomou posse do Estado e buscou integrar a maioria hindu com os muçulmanos, grupo minoritário que já havia se fixado na Índia a partir do século XII.
Impérios coloniais |
O Estado paquistanês se originou da província de Punjab, situada a oeste da Índia. Com a formação dos dois novos Estados, teve início uma guerra pela posse de uma região localizada ao norte do território: a Caxemira. Com o fim do conflito, em 1948, houve uma divisão das terras: cerca de um terço da região ficou para o Paquistão e o restante para a Índia.
A Caxemira e uma região do norte do subcontinente indiano, hoje dividida entre a Índia e o Paquistão. Uma parte foi anexada pela China.
O termo "Caxemira" (significa "terra sem água" ou "terra desidratada" - Ká = água e Shimeera = secar) descrevia historicamente o vale ao sul da parte mais ocidental do Himalaia. Politicamente, o termo "Caxemira" descreve uma área muito maior, que inclui as regiões de Jammu, Caxemira e Ladakh. O nome Caxemira tornou-se sinônimo de tecido de alta qualidade, devido à lã de caxemira produzida a partir das cabras nativas.
Região da Caxemira |
DISPUTAS PELO TERRITÓRIO
A fronteira entre Índia e Paquistão e a linha que limita os territórios dos dois países, estabelecida quando da independência dos dois Estados a partir do Raj Britânico, em 1947. As relações entre os dois estados são muito tensas e a passagem na fronteira de pessoas e bens é estritamente limitada. A principal fonte desta discórdia relaciona-se com a questão da Caxemira: nesta região não há consenso sobre o traçado de fronteira.Na Caxemira o traçado da fronteira está por definir. A Índia reclama soberania sobre as províncias de Caxemira Livre e Áreas do Norte, atualmente sob controle paquistanês. O Paquistão considera-se soberano sobre a zona do Glaciar de Siachen, controlado pela Índia desde o conflito de Siachen, em 1984. A região não tem nenhuma fronteira no sentido internacional, mas apenas uma linha de cessar-fogo, a Line of Control, limite das posições militares quando do fim da Primeira Guerra Indo-Paquistanesa, em 1949. Esta linha de controle está materializada na quase totalidade do seu traçado por uma fileira dupla de arame farpado rodeado por campos minados.
Mapa da fronteira em disputa |
RESTO DA FRONTEIRA
O resto da fronteira, denominada International Border, está fortemente demarcado. Só existe um ponto de passagem terrestre entre os dois países, em Wagah, no caminho entre Amritsar, na Índia, e Lahore, no Paquistão. Neste ponto, exibem-se todos os dias os guardas fronteiriços dos dois países, num ritual que atrai multidões e no qual procedem movimentações coordenadas antes de fechar os portões.Exibição dos soldados indianos e paquistaneses na Fronteira de Wagah |
Em 1971, uma guerra entre as duas nações resultou na separação da porção oriental do Paquistão e na formação de um novo país: Bangladesh.
Nos anos 1980, guerrilheiros separatistas passam a atuar na Caxemira indiana, provocando a morte de mais de 25 mil pessoas. A Índia acusou o governo paquistanês de apoiar os guerrilheiros - favoráveis à unificação com o Paquistão - intensificando a repressão.
No entanto, o controle da Caxemira continua a ser um problema que coloca em risco a segurança nessa região. As divergências são territoriais e, sobretudo, religiosas. Embora oficialmente a Caxemira pertença à Índia, sua população é majoritariamente islâmica, preferindo fazer parte do Paquistão.
Quase todo o reduto islâmico da Índia se encontra na Caxemira: cerca de 130 milhões de pessoas. Se dependesse de seus habitantes, a província já seria do Paquistão desde a sua independência da Índia, em 1947.
A região é drenada por vários rios, com destaque para o Indo. Essa característica física explica a vocação agrícola dos caxemirianos, que fazem cultivo de subsistência às margens desses rios. A atividade agrícola ocupa 80% da população da província.
Economicamente fraca, a Caxemira é compensada por sua importante posição estratégica, o que é motivo de cobiça por parte de vários países. Além de protegida pela Cordilheira do Himalaia, a Caxemira abriga a nascente de quatro dos cinco rios do Paquistão, o que justifica o interesse paquistanês pelo controle da província indiana.
Como a maioria da população vive no campo, há poucas zonas urbanas na região. Destacam-se as cidades de Srinagar e Muzafarabad.
A Caxemira ainda é lembrada como uma das regiões do mundo que mais apresentam conflitos religiosos. São comuns atos de violência entre grupos hindus e muçulmanos no norte da Índia.
Embora a Índia e o Paquistão apresentem graves problemas sociais e econômicos, seus governantes investem mais em segurança do que em saúde e educação.
A Índia acusa o Paquistão de enviar dinheiro e armas para os separatistas caxemirianos. O Paquistão, por sua vez, rebate a denúncia afirmando que o exército indiano reprime com violência a população da Caxemira.
Nos anos 1980, guerrilheiros separatistas passam a atuar na Caxemira indiana, provocando a morte de mais de 25 mil pessoas. A Índia acusou o governo paquistanês de apoiar os guerrilheiros - favoráveis à unificação com o Paquistão - intensificando a repressão.
No entanto, o controle da Caxemira continua a ser um problema que coloca em risco a segurança nessa região. As divergências são territoriais e, sobretudo, religiosas. Embora oficialmente a Caxemira pertença à Índia, sua população é majoritariamente islâmica, preferindo fazer parte do Paquistão.
Quase todo o reduto islâmico da Índia se encontra na Caxemira: cerca de 130 milhões de pessoas. Se dependesse de seus habitantes, a província já seria do Paquistão desde a sua independência da Índia, em 1947.
Territórios disputados na Caxemira |
Economicamente fraca, a Caxemira é compensada por sua importante posição estratégica, o que é motivo de cobiça por parte de vários países. Além de protegida pela Cordilheira do Himalaia, a Caxemira abriga a nascente de quatro dos cinco rios do Paquistão, o que justifica o interesse paquistanês pelo controle da província indiana.
Rio Beas, visto de Van Vihar, Manali, Índia |
A Caxemira ainda é lembrada como uma das regiões do mundo que mais apresentam conflitos religiosos. São comuns atos de violência entre grupos hindus e muçulmanos no norte da Índia.
Embora a Índia e o Paquistão apresentem graves problemas sociais e econômicos, seus governantes investem mais em segurança do que em saúde e educação.
A Índia acusa o Paquistão de enviar dinheiro e armas para os separatistas caxemirianos. O Paquistão, por sua vez, rebate a denúncia afirmando que o exército indiano reprime com violência a população da Caxemira.
Paisagem da Caxemira |
FONTE: Perspectiva geografia, 9 / Cláudia Magalhães ... [et al.]. - 2. ed. - São Paulo: Editora do Brasil, 2012. - (Coleção perspectiva)