Também designado Papuásia-Nova Guiné, Papua Nova Guiné é um país da Oceania, que ocupa a metade oriental da ilha da Nova Guiné, e uma série de ilhas e arquipélagos, leste e a nordeste. A única fronteira terrestre que tem é com a Indonésia, a oeste, mas tem fronteiras marítimas com Palau e os Estados Federados da Micronésia, a norte, com as Ilhas Salomão, a sudeste, e com a Austrália, através do Mar de Coral, Estreito de Torres e Mar de Arafura, a sul.
A diversidade étnica e linguística dos povos que formam a Papua Nova Guiné continua a dificultar-lhes o estabelecimento de uma identidade nacional.
Habitante nativo da Papua Nova Guiné
Papua Nova Guiné é um Estado independente integrado à Comunidade Britânica de Nações e situado no sudoeste do oceano Pacífico, a leste da Indonésia e a nordeste da Austrália.
DADOS GEOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS
Área: 462.840 km² (53º)
População: 5.931.769 hab. (105º)
Densidade: 11 hab./km²
Religião: cristianismo - 96,6% (protestantes - 58,4%; católicos - 32,8%; anglicanos - 5,4%); crenças tradicionais - 2,5%; bahaísmo - 0,6%; outras - 0,3%.
Capital: Port Moresby
Gentílico: papuásio (a)
Língua Oficial: inglês
Governo: Monarquia Constitucional Parlamentarista
Independência: 1 de dezembro de 1973 da Austrália
Maiores Cidades:
Port Moresby: 350.000 habitantes
Port Moresby - capital e maior cidade da Papua Nova Guiné
Lae: 100.655 habitantes
Lae - segunda maior cidade da Papua Nova Guiné
Madang: 38.698 habitantes
Madang - terceira maior cidade da Papua Nova Guiné
PIB: U$ 13,42 bilhões (131º)
IDH: 0,431 (137º)
Expectativa de Vida: 57,2 (159º)
Mortalidade Infantil: 60,7/mil (150º)
Alfabetização: 57,3% (152º)
Moeda: Kina
HISTÓRIA
Os primeiros povoadores da Nova Guiné chegaram à ilha há cerca de cinquenta mil anos. Ali foram achados indícios de atividade agrícola primitica, que datam do quarto milênio anterior à era cristã. O navegador português Jorge de meneses, foi o primeiro ocidental a explorar a ilha da Nova Guiné, ao percorrer a costa sul, entre 1526 e 1527.
Sul da ilha da Nova Guiné
Durante muitos anos, só essa parte da ilha foi conhecida, até que na década de 1870, os alemães deram início a atividades comerciais na região noroeste e em arquipélagos próximos. Nas décadas seguintes, os ingleses interessaram-se pela ilha e declararam Papua (ou Papuásia), sua porção sudoeste, protetorado britânico. Os holandeses ocuparam a parte ocidental. Em 1906, a zona inglesa passou a ser território australiano. Oito anos mais tarde, ao ter início a Primeira Guerra Mundial, os australianos ocuparam a zona alemã que, ao final do conflito, passou a ser administrada pela Liga das Nações. Durante a Segunda Guerra Mundial, as ilhas foram ocupadas pelo Japão.
Mediante tratado assinado em 1949, a Austrália se comprometeu a administrar o território de Papua Nova Guiné. Em 1973, o país instituiu o autogoverno, que culminou com a plena independência em 1975.
GEOGRAFIA
Papua Nova Guiné possui 5.152 km de costa. Seu relevo se resume em planícies costeiras de baixo relevo ao norte e ao sul, onde é mais extensa, constituída por florestas tropicais densas e rios caudalosos, como o rio Fly, o maior do país, que ruma para o sul até o Golfo de Papua, formando um extenso delta.
Floresta tropical em Papua Nova Guiné
O rio Sepik, ruma para o norte da grande ilha. Todos os rios têm suas nascentes na grande cadeia montanhosa que percorre a Nova Guiné, de leste a oeste, onde o território papuano subdivide-se secundariamente nos montes Star, Kubor, Owen Stanley, Bismark e outras.
Monte Owen Stanley
O relevo culmina no Monte Wilhelm ou Enduwa Kombuglu, no idioma local, com 4.509 metros de altitude, no centro-norte do país, e entre outras montanhas de consideráveis altitudes acima de 3.000 metros que acompanham essas cadeias, muitas delas são vulcões ativos ou extintos, incorporando Papua Nova Guiné no chamado Círculo de Fogo do Pacífico.
Vulcão em erupção na Papua Nova Guiné
Essa característica geológica acompanha as outras ilhas menores, principalmente as de Nova Bretanha, Nova Irlanda e Bougainville, com vulcões atingindo até 2.000 metros de altitude e com atividade intensa. A pluviosidade frequente - uma das maiores do mundo - na sua quase totalidade do país, caracteriza o clima equatorial, a vegetação de selva densa e rios dempre perenes.
Papua Nova Guiné é famosa por ser um local onde pesquisadores descobriram nos últimos anos, várias plantas e animais exóticos, como morcegos que se alimentam de frutas, aranhas, sapos, insetos e mamíferos.
Morcego E.T.- espécie descoberta recentemente em Papua Nova Guiné
ECONOMIA
Papua Nova Guiné é um país rico em recursos naturais, na maior parte, insuficientemente aproveitados. Suas importantes jazidas de cobre só começaram a serem exploradas para exportação, na década de 1970.
Jazida de cobre
Outros recursos são a madeira e a pesca, além dos depósitos de petróleo e de gás natural.
O sistema hidrográfico apresenta amplas possibilidades de aproveitamento para a produção de eletricidade. Na agricultura, destaca a produção de cacau, coco, fruto de palma (dendê), látex, chá, café, batata-doce e inhame.
Mudas de dendenzeiros
A pecuária valoriza, particularmente, os suinos, empregados em importantes festas cerimoniais, nas quais se mata e devora grande quantidade de porcos. Entre os recursos marítimos figuram o atum, crustáceos e percas gigantes, além de pérolas.
Criação de porcos em Papua Nova Guiné
A indústria, ainda precária, produz tintas, cimento e embarcações. Pelas peculiaridades geográficas da região, os transportes aéreos e marítimos têm grande importância.
CULTURA
Nas altas terras de Papua, as montanhas fazem barreiras naturais entre grupos diferentes, ajudando-os a preservar suas singulares variedades de culturas e línguas. Com 850 idiomas falados em todo o país, Papua Nova Guiné é a nação em que se falam mais línguas no mundo. É também nesta meia-ilha que se concentra parte dos idiomas ameaçados de extinção, que pode reduzir as atuais seis mil linguagens humanas a apenas seiscentas.