Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar (tanto em diâmetro quanto em massa), o quinto a partir do Sol e o quarto corpo celeste mais brilhante no céu - os outros são o Sol, a Lua e Vênus. Possui menos de um milésimo da massa solar, contudo tem 2,5 vezes a massa de todos os outros planetas juntos. Junto com Saturno, Urano e Netuno, Júpiter faz parte dos chamados planetas gasosos. Estes quatro planetas são por vezes chamados de planetas jupterianos ou planetas jovianos e são os quatro gigantes gasosos, ou seja, que não são compostos primariamente de matéria sólida.
Júpiter possui cerca de 143 mil quilômetros de diâmetro no Equador, o que equivale a onze vezes mais que o diâmetro da Terra. É orbitado por 67 satélites naturais, situando-se a uma distância média de 778,3 milhões de quilômetros do Sol. Júpiter foi batizado com esse nome em homenagem ao governante do Olimpo, Júpiter, o deus dos deuses.
Modelo do interior de Júpiter |
Júpiter é composto principalmente de hidrogênio, sendo um quarto de sua massa composta de hélio, apesar do hélio corresponder apenas um décimo do número total de moléculas. Também são encontrados na atmosfera traços de metano, vapor de água, amoníaco, sílicas, carbono, etano, sulfeto de hidrogênio, néon, oxigênio e enxofre. Na parte externa da atmosfera há cristais de amônio congelado e traços de benzeno.
A atmosfera do planeta é dividida em diversas faixas, em várias latitudes, resultando em turbulência e tempestades. A mais conhecida é a Grande Mancha Vermelha, descoberta no século XVII e cujos ventos chegam a 500 quilômetros por hora. Essa tempestade tem um diâmetro transversal duas vezes maior que a Terra.
Júpiter demora menos de 10 horas para completar a rotação sobre seu eixo. É o movimento de rotação mais rápido dos planetas do Sistema Solar. Já o movimento de translação demora cerca de 11,86 anos terrestres.
Provavelmente, o planeta possui um núcleo rochoso composto por elementos mais pesados, embora, como os outros planetas gigantes, não possua uma superfície sólida bem definida. A atmosfera externa de Júpiter é visivelmente dividida em diversas faixas, em várias latitudes, resultando em turbulência e tempestades nas regiões onde as faixas se encontram. Uma dessas tempestades é a Grande Mancha Vermelha, uma das características visíveis de Júpiter mais conhecidas e proeminentes, cuja existência data pelo menos do século XVII, quando foi vista pela primeira vez com telescópio, com ventos de até 650 km/h e um diâmetro transversal duas vezes maior que a Terra.
Imagem da Grande Mancha Vrmelha, obtida pela Voyager 1, em 25 de fevereio de 1979 |
Júpiter era conhecido por astrônomos de tempos antigos e era associado com as crenças mitológicas e religiosas de várias culturas. Os romanos nomearam Júpiter um deus de sua mitologia. Júpiter foi observado pela primeira vez por Galileu Galilei, em 1610, quando também foi possível a identificação de quatro de seus 63 satélites: Io, Europa, Ganimedes e Calisto.
A camada de nuvens possui apenas 50 quilômetros de profundidade e consiste em duas partes: uma camada grossa inferior e uma camada superior mais fina e mais clara. É possível que existam nuvens finas de água sob a camada de amônia, que seriam a causa dos raios detectados na atmosfera. Estas descargas elétricas podem ter mil vezes o poder dos raios terrestres. As nuvens de água podem formar tempestades, alimentadas pelo calor proveniente do interior do planeta.
As nuvens de Júpiter possuem cores de tom laranja e marrom devido a compostos que mudam de cor quando expostos aos raios ultravioleta do Sol. Estes compostos coloridos, chamados de cromóforos, misturam-se com as nuvens mais quentes da camada inferior. As zonas formam-se quando células de convecção ascendentes geram amônia cristalizada, que diminui a visibilidade da camada inferior de nuvens.
Animação mostrando o movimento de faixas atmosféricas do planeta Júpiter |
Júpiter possui um sistema de anéis bem menos evidente do que o de Saturno. Esse sistema é composto por um toro interno de partículas, conhecido como halo, um anel principal relativamente brilhante e um sistema de anéis externo, chamado de gossamer. Esses anéis parecem ser feitos de poeira (os anéis de Saturno são compostos de gelo). Acredita-se que o anel principal seja feito de material ejetado dos satélites Adrasteia e Métis. Este material, que normalmente cairia de volta nos satélites, é puxado em direção ao planeta por causa de sua enorme força gravitacional, alimentando o anel. A órbita do material se altera em direção a Júpiter e material novo é acrescentado por impactos adicionais.
Júpiter possui um campo magnético 14 vezes mais forte do que a da Terra, variando entre 4,2 graus no equador a 10 a 14 vezes nos polos, o mais forte do Sistema Solar. Acredita-se que este campo seja gerado por correntes de Foucalt - o movimento giratório de materiais condutores - dentro da camada de hidrogênio metálico líquido. Os vulcões do satélite Io emitem grande quantidade de dióxido de enxofre e oxigênio, que, juntamente com íons de hidrogênio originários da atmosfera de Júpiter, formam uma folha de plasma no plano equatorial do planeta.
Modelo visual dos anéis de Júpiter |
Júpiter é o único planeta cujo centro de massa com o Sol fica fora do último, 1,068 raio solar ou 7% acima da superfície solar. A distância média entre Júpiter e o Sol é de 778 milhões de quilômetros. A órbita elíptica de Júpiter possui uma inclinação de 1,31º comparada com a da Terra.
A influência gravitacional de Júpiter afetou o Sistema solar desde a sua formação. A inclinação das órbitas da maioria dos planetas do Sistema Solar é mais similar à inclinação orbital jupteriana do que à do equador solar.
Júpiter (em vermelho) completa uma órbita em torno do Sol (centro) para cada 11,86 órbitas da Terra (azul) |
2 comentários:
PARABÉNS PROFESSOR
Obrigado Alda
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