O Líbano, juntamente com a Síria, é um dos países árabes que mais enviaram emigrantes para o Brasil. É um pequeno país, em geral montanhoso, com 10.452 km² e uma população de cerca de 4 milhões de habitantes. Ele já foi um dos países mais prósperos da região - possui solos férteis, clima agradável e excelente posição geográfica para o comércio mundial -, mas hoje é um dos mais pobres e ainda enfrenta enormes problemas internos, apesar de, nos últimos anos, vir sendo reconstruído.
Os dois grandes problemas do país são: a vizinhança com Israel (que fica ao sul do Líbano) e consequentemente a presença em seu território de milhões de refugiados palestinos, fato que levou ao surgimento de grupos terroristas e a inúmeras invasões no sul do país por tropas israelenses; a divisão de sua população em muçulmanos (que apoiam a causa palestina e odeiam Israel) e cristãos (que detestam os refugiados e em várias ocasiões se aliaram a Israel). Os muçulmanos (divididos em sunitas e xiitas), abrangem 54% da população. E os restantes, 41% são compostos por cristãos: maronitas, principalmente, além de gregos ortodoxos, católicos, cristãos armênios, cristãos assírios, etc, além dos drussos (comunidade religiosa autônoma, que usa a língua árabe e seguem um modelo social muito parecido com os árabes muçulmanos), que compõem 5% da população.
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Mapa de parte do Oriente Médio, onde se localiza o Líbano |
GEOGRAFIA DO LÍBANO
O Líbano localiza-se no extremo leste do mar Mediterrâneo. Em sua costa, de aproximadamente 225 km de extensão e 70 km de largura, situam-se algumas das principais cidades e ponto turísticos do país: Beirute, Byblos, Sidon, Trípoli e Tyro. Elas estão localizadas próximas à cordilheira do Monte Líbano, a coluna vertebral do país que, na Antiguidade, era coberto por florestas de cedro, carvalho e árvores de várias essências aromáticas. Nessa cordilheira encontra-se o ponto mais elevado do país, o Qurnat as Sawda, com 3.088 metros acima do nível do mar, localizado no centro-norte do território libanês.
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Qurnat as Sawda - ponto mais elevado do Líbano |
No lado oriental do Monte Líbano está o Vale de Bekaa, planície fértil, chamada na Antiguidade de "celeiro do Império Romano", onde se encontram várias cidades como, Baalbeck, Aanjar, Zahlé, entre outras. A planície termina na fronteira com o Anti-Líbano, a segunda cadeia de montanhas do país (barreira do deserto), que forma a cordilheira do Monte Hermon (Jabal al-Cheikh), menos favorecida pelas chuvas e menos habitada.
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Monte Hermon |
Ao norte e ao leste, o Líbano faz fronteira com a Síria e ao sul com os territórios palestinos ocupados e com Israel.
O clima do Líbano é do tipo mediterrâneo moderado. O inverno é úmido na costa e com queda de neve nas regiões montanhosas, enquanto o verão é quente na costa e úmido nas montanhas, favorecendo o turismo em todas as estações.
Outra característica natural favorecida no Líbano é a hidrografia: os rios e fontes são alimentados pelo derretimento das neves que cobrem as montanhas no inverno. Os principais rios do país são o Litani, que nasce no Vale do Bekaa, o Al-Kébir e o Oronte. O rio Litani é o único grande rio do Sudoeste Asiático que não cruza uma fronteira internacional.
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Rio Litani |
Grande parte do solo libanês sofre com a erosão, sendo a vegetação escassa, principalmente no interior devido à atividade pecuária. Na região do Mediterrâneo e no Vale do Bekaar encontram-se as principais áreas de cultivo de frutas e cereais.
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Vale do Bekaar |
HISTÓRIA DO LÍBANO
O território em que hoje se localiza o Líbano entrou na história escrita por volta do ano 3000 a.C.. A sua faixa costeira era habitada por um povo semita, os cananeus, aos quais os gregos deram o nome de fenícios, devido ao fato de venderem uma tinta púrpura (phoinikies) feita a partir de um molusco (o Haustellum brandaris). Fazia parte do Crescente Fértil, região que compreendia os territórios dos atuais Israel, Jordânia, Líbano, partes da Síria, do Iraque, do Egito, o sudeste da Turquia e o sudoeste do Irã. O termo "Crescente Fértil" refere-se ao fato de a região parecer com um arco semelhante a uma Lua crescente.
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Mapa da região conhecida como Crescente Fértil |
A Fenícia
A Fenícia não existia enquanto uma entidade política centralizada, já que se encontrava dividida em várias cidades-estados, como Tiro, Sídon e Biblos (conhecidas hoje por Sur, Saída e Djebail). Devido à natureza do território, os fenícios voltaram-se para o mar, tornando-se excelentes comerciantes.
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Mapa da Fenícia |
Biblos, uma das mais importantes cidades fenícias, mantinha relações com o Antigo Egito, para onde exportava azeite, vinho e madeiras. As relações da Fenícia com o Egito foram interrompidas por volta do século XVII a.C., quando os hicsos invadiram o país dos faraós. Depois de Amósis, primeiro faraó da XVIII dinastia egípcia, ter expulso os hicsos, iniciou-se um período de dominação egípcia sobre a Fenícia.
A decadência do Egito a partir do século XIV a.C., permitiu a reconquista da Fenícia e a sua independência no século XII a.C.. A cidade de Tiro emerge então como potência deste período, estabelecendo relações políticas com o Reino de Israel (casamento do rei Acab com a fenícia Jezabel).
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Antigas muralhas de Biblos - resquícios do apogeu fenício |
Mestres na arte da navegação, os fenícios viriam a fundar entrepostos comerciais na bacia do Mediterrâneo, em Chipre, no norte da África (Útica e Cartago) e na Península Ibérica (Cadiz).
Domínio da Assíria e da Babilônia
Entre 875 a.C. e 608 a.C., as cidades fenícias perderam a sua independência para a Assíria, embora tivessem tentado reconquistá-la através de várias revoltas. Em meados do século VIII a.C., Tiro e Biblos revoltaram-se, mas Tiglate-Pileser III, rei da Assíria, subjugou-as, impondo-lhes pesados impostos.
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Ruínas da cidade de Tiro |
No século VII a.C., Sídon revoltou-se, tendo sido completamente destruída por Assaradão, então rei da Assíria, escravizando todos os seu habitantes. Sobre as ruínas de Sídon, Assaradão construiu uma nova cidade. No fim do século VII a Assíria foi destruída pela nova potência da região, a Babilônia.
As revoltas tornaram-se ainda mais comuns durante a dominação da Babilônia. Tiro protagonizou uma revolta, tendo resistido durante treze anos ao cerco imposto pelas tropas de Nabucodonosor II, rei da Babilônia. O domínio babilônico terminou quando Ciro II ( O Grande), rei da Pérsia, conquistou a Babilônia em 539-38 a.C..
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Ruínas de Sídon |
Domínio dos Selêucidas e dos Romanos
Após a morte de Alexandre Magno, rei da Macedônia, em 323 a.C., o seu império foi dividido entre os seus generais. Num primeiro momento, as cidades fenícias foram controladas pela Dinastia Ptolomaica, fundada por Ptolomeu I e que governava também o Egito. A partir de 200 a.C., estas passaram para o domínio dos Selêucidas - um Estado helenista que existiu após a morte de Alexandre Magno -, que as mantiveram até a conquista romana de Pompeu, em 64 a.C..
A Fenícia foi incluída na província romana da Síria. A cidade de Berilos (atual Beirute) foi alvo de um importante programa de obras públicas durante o reinado de Herodes, o Grande, tendo lhe sido atribuído o estatuto de colônia pelo imperador Augusto. Dentre estas obras está a fundação da Faculdade de Direito, uma das maiores do Império Romano.
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Império Selêucida |
A divisão do Império Romano, a região passou para o domínio do Império Bizantino. O império pouco se interessou pela região, que neste tempo havia sido convertida pela Igreja Maronita (denominação católica majoritária até os dias atuais no Líbano).
Na Alta Idade Média, a região foi tomada pelos árabes e anexada à Síria. Sendo próxima à capital do Califado, Damasco, houve um desenvolvimento razoável na região. Durante as cruzadas, foi ocupada pelos cruzados, que estabeleceram Trípoli como capital e submeteram a Igreja Maronita à Igreja Católica Romana. Devido funcionar com um sistema feudal, o Líbano foi rapidamente retomado pelos árabes, e pouco depois pelo Império Otomano.
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Interior da Catedral de Saint Georges, em Beirute |
Depois da decadência do Império Otomano após a Primeira Guerra Mundial, a Liga das Nações atribuiu à França o mandato sobre as cinco províncias que compõem o Líbano atual.
A moderna Constituição libanesa, aprovada em 1926, especifica um balanço no poder político entre os grupos religiosos principais, notadamente muçulmanos e maronitas.
O país obteve a independência em 1943, e as tropas francesas retiraram-se do país em 1946.
O período pós-independência
Após a sua independência, o Líbano, chamado de "Suíça do Oriente Médio", era considerado o país mais estável da região. O turismo gerava muitos recursos, havia um forte setor financeiro e existiam em Beirute, a capital, alguns dos hotéis mais luxuosos do mundo, o comércio era intenso, e a agropecuária (criação de cabras, plantações de frutas, tomates, legumes, olivas, uvas, etc.), uma das mais desenvolvidas da região. Mas, a guerra civil libanesa - iniciada em 1975 e aparentemente terminada em 1990 - arrasou o país, destruindo prédios, plantações, afugentando o turismo e diminuindo drasticamente o comércio e as finanças.
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Beirute em ruínas - consequência da guerra civil libanesa |
Essa guerra civil opôs principalmente os cristãos (que algumas vezes tiveram o apoio de Israel) e os muçulmanos (que contaram com um forte apoio sírio). As duas principais causas dessa guerra foram:
- A questão política - a Constituição do país, que existe desde 1926, estabelece que os cargos de presidente da República, primeiro-ministro e chefe do Parlamento devem ser ocupados, respectivamente, por um cristão maronita, por um muçulmano sunita e por um muçulmano xiita. Essa exigência se deve ao fato de que a contagem da população feita antes de se promulgar essa Constituição mostrou que 51% da população libanesa era cristã (principalmente maronita), e os restantes 49% muçulmanos (sunitas em primeiro lugar e depois xiitas). Mas, com o decorrer do tempo, os cristãos foram deixando de ser maioria, pois a taxa de natalidade é maior entre os islâmicos, e a imensa maioria dos refugiados palestinos que veio para o país desde 1948 são muçulmanos - e com o tempo alguns deles adquirem a cidadania libanesa, pois seus filhos nascem lá, eles acabam arrumando emprego e moradia no país, etc. Assim, como a distribuição dos cargos políticos depende da proporção de cada grupo religioso, os muçulmanos queriam um novo recenseamento demográfico, para que se procedesse a uma redivisão daqueles cargos, algo que a comunidade cristã libanesa rejeitou categoricamente.
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Muçulmanos observam corpos de islâmicos mortos durante a guerra civil libanesa |
- A questão Árabe-Israelense - a contaminação do Líbano pelo conflito entre israelenses e palestinos, que também são árabes como os libaneses, também influenciou diretamente na guerra civil. Milhões de refugiados palestinos passaram a morar no Líbano, principalmente em acampamentos no sul do país, e isso levou a frequentes invasões israelenses no território libanês (para combater os grupos terroristas que surgiam no meio dos refugiados) e acabou dividindo a população libanesa: os muçulmanos apoiavam e apoiam os palestinos, e os cristãos diziam que o Líbano não tem nada a ver com esse problema (embora em algumas ocasiões tenham se aliado com Israel contra os muçulmanos).
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Tropas de Israel no sul do Líbano, em 1982 |
Essa guerra civil terminou formalmente em 1990, mas ainda existem eventuais conflitos entre esses grupos. A Síria enviou tropas, estabelecidas principalmente no norte e no centro do Líbano, para ajudar os muçulmanos libaneses, e boa parte delas continuou no país até 2007, quando saíram após reclamações de vários políticos libaneses (alguns até foram assassinados por terroristas que, segundo denúncias, foram pagos pela Síria) e principalmente após a ONU ter decidido que a Síria deveria se retirar. Mas até hoje a Síria continua interferindo na política do Líbano, financiando políticos pró-Síria e alguns grupos terroristas, como o Hezbollah, que nasceu nos campos de refugiados palestinos no sul do Líbano.
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Soldados sírios instalam mísseis de fabricação francesa no Líbano em 1982 |
O Hezbollah (que em árabe significa Partido de Deus), é uma organização política e paramilitar fundamentalista islâmica xiita sediada no Líbano. É uma força significativa na política libanesa, responsável por diversos serviços sociais, além de operar escolas, hospitais e serviços agriculturais para milhares de xiitas libaneses. É considerado um movimento de resistência legítimo por grande parte do mundo islâmico e árabe. Porém, para os Estados Unidos, Argentina, Israel, Canadá, Países Baixos, Reino Unido, Austrália e a União Europeia, essa organização é considerada um grupo terrorista.
O Hezbollah surgiu inicialmente como uma milícia, em resposta à invasão israelense no Líbano em 1982, onde Israel denominou essa invasão de Operação de Paz para a Galileia, e continuou a resistir contra a ocupação israelense durante toda a guerra civil libanesa. Seus líderes inspiram nas ideias do aiatolá Khomeini, e suas forças foram treinadas e organizadas por um contingente da Guarda Revolucionária Iraniana.
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Soldados do Hezbollah |
O manifesto de 1985 publicado pelo Hezbollah listava suas três metas principais: colocar um fim a qualquer entidade colonialista no Líbano, levar os Falangistas (membros do partido político ligado aos cristãos maronitas) à justiça pelos crimes que cometeram contra os muçulmanos, e estabelecer um regime islâmico no país.
Recentemente, o Hezbollah vem fazendo poucas menções a respeito da fundação de um Estado islâmico, e tem evitado fazer alianças que seguem tendências religiosas. Os líderes do partido são responsáveis por diversas declarações pedindo pela destruição do Estado de Israel, ao qual se referem como a "entidade sionista", construída sobre terras arrancadas das mãos de seus proprietários.
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Hassan Nasrallah - presidente do Hezbollah |
Israel já invadiu diversas vezes o sul do Líbano, apesar dos protestos internacionais, e chegou inclusive a bombardear Beirute. Sempre que algum terrorista do sul do Líbano lança um míssil contra o território israelense, as tropas deste país invadem o Líbano e disparam contra centenas ou milhares de pessoas, com o pretexto de capturar os terroristas. É uma retaliação que ainda prossegue e que provavelmente vai se agravar ainda mais, pois os grupos terroristas, financiados pela Síria e pelo Irã, estão começando a comprar no mercado negro lança-mísseis cada vez mais modernos e com maior alcance.
Desde 1990, o Líbano vive um período menos conturbado, sem um conflito aberto e violento entre cristãos e muçulmanos. Isso tem contribuído para que o país, aos poucos, venha se recuperando, recebendo ajuda financeira ou investimentos dos países árabes exportadores de petróleo e reconstruindo prédios e vias públicas, principalmente em Beirute.
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Aos poucos Beirute vai se reerguendo, contribuindo também para o desenvolvimento do turismo |
ECONOMIA DO LÍBANO
A economia do Líbano, tal como sua qualidade de vida, já chegou a ser uma das mais prósperas do Oriente Médio, porém, os conflitos internos e externos abalaram a economia libanesa.
Com o término do último conflito interno e a recuperação da estabilidade política, o país mobilizou-se na sua reconstrução. Para realizá-lo, o Líbano recebeu de imediato cerca de US$ 15 bilhões de países como França e Alemanha, além dos Estados Unidos.
Com a infraestrutura reconstruída, a economia voltou a crescer como uma das mais altas taxas do mundo, fazendo do país um polo de crescimento na região. Beirute, conhecida como "a Paris do Oriente", voltou a ganhar destaque no cenário regional, sediando vários eventos. O país também voltou a ser chamado de "Suíça do Oriente" devido as atividades financeiras ali realizadas. A reconstrução de monumentos e infraestrutura tem atraído o turismo, que cresce a cada ano. O PIB do Líbano tem mantido uma alta taxa de crescimento anual que, desde o final da guerra, tem se mantido entre 5,5% e 7%.
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Beirute vem recebendo um grande número de turistas todos os anos |
A Constituição do Líbano, promulgada em 23 de maio de 1927, garante a economia de livre mercado, a iniciativa pessoal e a propriedade privada. Desde 1956, o Líbano adotou o sigilo bancário, que se tornou uma das bases de seu progresso econômico. Ao longo da Guerra do Líbano, entre 1975 e 1990, os libaneses mantiveram estes princípios econômicos.
Para possibilitar o seu desenvolvimento econômico, o Líbano teve que:
- adotou uma legislação flexível, que encoraja o investidor a criar um ambiente favorável para seus investimentos, sem impor restrições como apressar a execução de transações;
- facilitou a criação de companhias de sucursais em seu território;
- assinou acordos com países da Comunidade Europeia, da Ásia e do mundo árabe, para encorajar e proteger os investimentos;
- criou uma Constituição que protege a propriedade privada, comercial, literária, científica e artística;
- criou uma instituição nacional para garantir os investimentos;
- criou leis para garantir o sigilo bancário e o livre fluxo de capitais;
- tem uma política econômica que incentiva e aprova os acordos econômicos com a União Europeia;
- trabalha para realizar e executar o Mercado Comum dos Países Árabes e se prepara para fazer parte da Organização Mundial do Comércio - OMC.
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Mapa do mundo árabe |
O mecanismo da reconstrução da economia libanesa leva em conta os seguintes itens:
- desenvolver e modernizar as bases legais e administrativas e manter a estabilidade legislativa, respeitando suas obrigações;
- adotar várias medidas de políticas econômicas liberais que encorajem o comércio internacional, no contexto de integrar o Líbano com a economia global;
- reforçar a confiança no presente do país e o potencial do futuro, inclusive o marketing, vendendo os melhores produtos libaneses;
- diminuir taxas e tarifas, eliminar barreiras, adotar céus abertos e facilitar a emissão de vistos de entrada.
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Produtos libaneses |
O Líbano tem potencial para ser pioneiro em muitos setores, como:
- o setor financeiro, bancos e companhias de segurança;
- o turismo, pois o Líbano goza de um acervo cultural e de um patrimônio privilegiado;
- a indústria agrícola;
- o setor de remédios, nos produtos de beleza, na tecelagem e nas joias;
- o setor da mídia, da publicidade e das comunicações;
- a informática: 80% dos programas de informática são adaptados no Líbano, ou seja, a "arabização" dos programas ocidentais para os países árabes.
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O artesanato é outro destaque do Líbano |
A economia do Líbano conta também com os investimentos dos emigrantes, que se foram desde o início do processo migratório, há cerca de 150 anos. Neste sentido, o governo libanês reforça as orientações aos emigrantes, explicando as oportunidades dos investimentos atuais do Líbano, através de congressos especializados e das visitas organizadas aos homens de negócios e da indústria.
Os principais produtos do Líbano são: no setor agrícola, destaca-se a produção de frutas cítricas, uva, tomate, batata e tabaco; no setor pecuário os maiores rebanhos são de bovinos, caprinos, ovinos e aves; no setor mineral destaca-se a produção de minério de ferro e de linhito; e no setor industrial destacam-se a construção civil, cimento, joias, tecidos, produtos químicos e a metalurgia.
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Produção agrícola no Vale do Bekaar |
ALGUNS DADOS DO LÍBANO
NOME: República do Líbano
CAPITAL: Beirute
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Beirute - capital do Líbano |
LÍNGUA OFICIAL: árabe
GOVERNO: República Parlamentarista
INDEPENDÊNCIA: da França
Declarada: 26 de novembro de 1941
Reconhecida: 22 de novembro de 1943
LOCALIZAÇÃO: Ásia Ocidental - Oriente Médio
ÁREA: 10.452 km² (162º)
POPULAÇÃO (ONU - Estimativa 2013): 3.971.941 habitantes (125º)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 380,01 hab./km² (16º)
MAIORES CIDADES (Estimativa 2013):
Beirute: 1.942.982 habitantes
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Visão aérea de Beirute |
Trípoli: 525.921 habitantes
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Trípoli - segunda maior cidade do Líbano |
Zahlé: 124.988 habitantes
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Zahlé - terceira maior cidade do Líbano |
PIB (FMI - 2013): U$ 41,766 bilhões (83º)
IDH (ONU - 2012): 0,745 (72º)
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2005/2010): 72,00 anos (107º)
CRESCIMENTO VEGETATIVO (ONU - 2005-2010): 1,05% ao ano (126º)
MORTALIDADE INFANTIL (CIA World Factbook - 2012): 22,73/mil (97º)
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2011): 87% (21º)
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (Pnud - 2009/2010): 89,6% (98º)
PIB PER CAPITA (FMI - 2013): U$ 9.920 (68º)
MOEDA: Libra Libanesa
RELIGIÃO: no país, 54% da população são muçulmanos (onde desses 54% a metade são sunitas e a outra metade xiitas), 41% são cristãos (sendo 27% de católicos, 13,5% de ortodoxos e 0,5% de protestantes) e 5% são drussos (comunidade religiosa autônoma parecida com o islamismo).
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Catedral ortodoxa de Saint George ao lado da Mesquita Mohammed Al-Almin, em Beirute |
DIVISÃO: o Líbano divide-se em seis províncias. Apesar da província de Beirute ser a menor de todas, é a mais populosa, devido nela está localizada a capital do país Beirute. Os números correspondem as províncias e entre parêntese o nome da capital da referida província:
1. Beirute (Beirute) 2. Monte Líbano (Baabda) 3. Líbano Setentrional (Trípoli) 4. Bekaa (Zahlé) 5. Nabatieh (Nabatieh) 6. Líbano Meridional (Sídon).
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Regiões administrativas do Líbano |
FONTE: Vesentini, J. William. Projeto Télaris: geografia / J. William Vesentini, Vânia Vlach. - 1. ed. - São Paulo: Ática, 2012. - (Projeto Télaris: Geografia)