sábado, 19 de março de 2011

ÍNDIA: MODERNIDADE E TRADIÇÃO

  Em Planeta Índia, Mira Kamdar afirma que, enquanto os EUA e a Europa levaram três séculos para passar pelas três revoluções industriais (a da manufatura, a dos serviços e a digital), na Índia elas estão ocorrendo simultaneamente, o que explica o acelerado crescimento econômico das últimas décadas do país. Apesar disso, a Índia é majoritariamente rural, e uma parcela importante da população vive em condições de pobreza extrema.
Veja abaixo alguns números da Índia:
Índia: desenvolvimento tecnológico e exclusão social
1° lugar em exportação de software.
1° lugar mundial em oferta de programadores de computador.
Produz o Nano, o automóvel mais barato do mundo (U$ 1.919).
Maior número de call centers do mundo.
Possui tecnologia para fabricação de armas atômicas desde 1974.
1° lugar mundial em número de doutores.
2° lugar mundial em número de pós-doutores (depois dos EUA).
Maior indústria cinematográfica do mundo: média de mil filmes produzido por ano em 16 idiomas.
Apenas 5,44% da população tem acesso à Internet.
Crescimento vegetativo de 1,62%.
71,3% da população vive na área rural.
20% da população é subnutrida.
41% da população é analfabeta.
Maior "fuga de cérebros": 4 milhões de trabalhadores especializados em alta tecnologia trabalham fora do país.
28% da população(300 milhões de habitantes) vive abaixo da linha de pobreza.
Metade das mulheres adultas sofrem de anemia.
A economia indiana
  Em 1970, a economia indiana era basicamente rural e apresentava um crescimento médio de 3% anuais, ao passo que a população crescia 2,6% ao ano. A Índiaera vista como um país pobre, de economia fechada, no qual a maior parte da população vivia em aldeias rurais arcaicas.
  Em meados dos anos 1980, o governo tomou algumas medidas para modernizar a economia indiana, facilitando a abertura de empresas voltadas ao mercado externo. Na década de 1990, as reformas se consolidaram, dando início a um processo de maior integração com a economia mundial.
  As mudanças provocaram a elevação do Produto Interno Bruto (PIB) e das exportações. entre 1990 e 2006, o crescimento econômico anual da Índia saltou de 6% para 9%. A economia diversificou-se, acentuando os contrastes entre regiões dominadas pela lavoura de aldeia e pelo artesanato e as que abrigam práticas agrícolas modernas e polos de alta tecnologia. A maior expansão ocorreu no setor de serviços, alicerçadas pelas empresas de call center e pelas empresas de Tecnologia de Informação (TI).
  Em 2003, economistas do banco de investimentos Goldman Sachs criaram a sigla BRIC para designar o grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia e China, que então despontavam como potências econômicas emergentes.
  A Índia ocupa um lugar especial entre os BRIC. O país abriga a maior classe média do mundo, estimada em cerca de 250 milhões de habitantes, o que lhe garante importante mercado consumidor interno. Além disso, vem investindo cada vez mais em formação de pessoal de nível superior, atraindo empresas de alta tecnologia voltadas para a informática e para biotecnologias.
Fonte: ARAUJO, Regina
Observatório de geografia: 9° ano: territórios da globalização/Regina Araujo, Angela Corrêa da Silva, Raul Borges Guimarães. São Paulo: Moderna, 2009. 

sexta-feira, 18 de março de 2011

CORRIDA CONTRA O TEMPO PARA RESFRIAR REATORES DE CENTRAL NUCLEAR

Notícias Terra
  O Japão lutava nesta quinta-feira por todos os meios para tentar resfriar os reatores da central nuclear de Fukushima, mas o pessimismo é cada vez maior no mundo, em meio a uma fuga em massa de estrangeiros de Tóquio.
O balanço oficial do terremoto e tsunami, seis dias depois da catástrofe, chegou a 5.500. Mas apenas na cidade de Ishinomaki, o número de desaparecidos alcança 10.000 pessoas, segundo autoridades locais. As buscas prosseguiam em meio à neve e ao frio.
O número de feridos é de mais de 3000, enquanto mais de 88.000 casas e edifícios foram destruídos, total ou parcialmente.
As autoridades nipônicas também precisam enfrentar a crescente impaciência de 500.000 desabrigados, ante a escassez de água potável e alimentos, apesar da mobilização sem precedentes de 80.000 soldados, policiais e socorristas no devastado nordeste.
Nesta quinta-feira, pela primeira vez, quatro helicópteros do Exército japonês conseguiram lançar toneladas de jatos d''água sobre os reatores mais danificados, especialmente o número 3. Cinco caminhões-tanque especiais do Exército entraram em ação no final do dia.
O objetivo era fundamentalmente encher a piscina de armazenamento de combustível recicladoo que foi avariada por uma explosão e uma série de incêndios.
A empresa Tokyo Electric Power (Tepco) informou que não tinha condições de determinar a quantidade de água que entrou na piscina, já que os funcionários não conseguiam observar o local.
Especialistas estrangeiros consideram que a piscina do reator 4 está praticamente seca, o que pode provocar níveis "extremamente elevados" de radiação, segundo o presidente da Autoridade Americana de Regulamentação Nuclear (NRC), Gregory Jaczko.
A fusão do combustível pode provocar a emanação de partículas radioativas, provocando assim uma catástrofe como a de Chernobyl.
Os funcionários da Tepco, que opera a central de Fukushima, ajudados por bombeiros e policiais, pretendiam alcançar a piscina com a ajuda de um caminhão-tanque equipado com um canhão d''água. Mas, segundo a televisão pública NHK, isto não foi possível devido ao nível elevado de radiação.
A Tepco espera restabelecer nas próximas horas a corrente de energia elétrica da central nuclear de Fukushima, o que permitiria ativar as bombas para resfriar os reatores e encher as piscinas.
Os sistemas de resfriamento falharam na sexta-feira, depois do terremoto de 9 graus de magnitude, o mais forte da história do Japão, seguido por um tsunami que devastou a costa nordeste do país.
O presidente americano Barack Obama ofereceu enviar mais especialistas nucleares ao Japão, em uma conversa telefônica com o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan. A França também propôs uma cooperação.
O Instituto Francês de Radioproteção e Segurança Nuclear (IRSN) afirmou na quarta-feira que as 48 horas seguintes seriam cruciais.
Diante da ameaça de um acidente nuclear de grandes proporções, muitas embaixadas recomendaram a seus cidadãos que se afastassem da região, segguido para o sul, na área de Osaka, ou que deixem o Japão.
Grã-Bretanha, Alemanha, Suíça, Itália e Austrália também aconselharam seus cidadãos a deixar o norte e a região de Tóquio. França, Bélgica e Rússia enviaram aviões para retirar as pessoas que desejam deixar o Japão.
O governo da China pediu às autoridades nipônicas informações "pontuais e precisas" para acalmar a opinião pública preocupada com a eventual chegada ao país de emissões radioativas.
A embaixada americana estabeleceu uma zona de risco de 80 km ao redor da central nuclear.
As autoridades japonesas fixaram até o momento um perímetro de segurança de 30 km, e o governo afirmou que as radiações além da zona de exclusão de 20 km "não representam perigo imediato para a saúde".
Por precaução, 10.000 pessoas do município de Fukushima estão sendo submetidas a testes de radioatividade em 26 centros médicos.
Enquanto no exterior reina uma inquietação que se aproxima do pânico, a população nipônica, sobretudo em Tóquio, mostra-se surpreendentemente serena e disciplinada, à espera de novas instruções do governo.
Os ventos provavelmente continuarão sendo favoráveis nas próximas horas, empurrando para o Oceano Pacífico os resíduos radioativos da central nuclear.
Um frio intenso e as nevascas reduziram ainda mais as condições de vida e de trabalho para os 500.000 desabrigados do terremoto e do tsunami e dos 80.000 socorristas mobilizados no nordeste.
Para piorar a situação, um corte de energia elétrica em grande escala pode afetar a região leste do país caso o consumo não seja reduzido, advertiu o ministério da Indústria.
No campo econômico, o iene atingiu um novo recorde desde a Segunda Guerra Mundial na comparação com o dólar. Os investidores especulam sobre uma eventual repatriação em massa de fundos pelas seguradoras japonesas.

segunda-feira, 14 de março de 2011

CHUVA ÁCIDA

  A queima de carvão e de combustíveis fósseis e os poluentes industriais lançam dióxido de enxofre e de nitrogênio na atmosfera. Esses gases combinam-se com o hidrogênio presente na atmosfera sob a forma de vapor de água. O resultado são as chuvas ácidas. As águas da chuva, assim como a geada, neve e neblina, ficam carregadas de ácido sulfúrico ou ácido nítrico. Ao caírem na superfície, alteram a composição química do solo e das águas, atingem as cadeias alimentares, destroem florestas e lavouras, atacam estruturas metálicas, monumentos e edificações.
    O gás carbônico (CO2) expelido pela nossa respiração é consumido, em parte, pelos vegetais, plâncton e fitoplâncton e o restante permanece na atmosfera.
    Hoje em dia, a concentração de CO2 no ar atmosférico tem se tornado cada vez maior, devido ao grande aumento da queima de combustíveis contendo carbono na sua constituição. A queima do carbono pode ser representada pela equação:
C + O2   --->  CO2
  Tanto o gás carbônico como outros óxidos ácidos, por exemplo, SO2 e NOx, são encontrados na atmosfera e as suas quantidades crescentes são um fator de preocupação para os seres humanos, pois causam, entre outras coisas, as chuvas ácidas.
  O termo chuva ácida foi usado pela primeira vez por Robert Angus Smith, químico e climatologista inglês. Ele usou a expressão para descrever a preciptação ácida que ocorreu sobre a cidade de Manchester no início da Revolução Industrial. Com o desenvolvimento e avanço industrial, os problemas inerentes às chuvas ácidas têm se tornado cada vez mais sérios.
  Um dos problemas das chuvas ácidas é o fato destas poderem ser transportadas através de grandes distâncias, podendo vir a cair em locais onde não há queima de combustíveis.
PREJUÍZOS PARA O HOMEM
Saúde: A chuva ácida libera metais tóxicos que estavam no solo. Esses metais podem alcançar rios e serem utilizados pelo homem causando sérios problemas de saúde.
Prédios, casas, arquiteturas: A chuva ácida também ajuda a corroer os materiais usados nas construções como casas, edifícios e arquitetura, destruindo represas, turbinas hidrelétricas etc.
PREJUÍZOS PARA O MEIO AMBIENTE
Lagos: Os lagos podem ser os mais prejudicados com o efeito da chuva ácida, pois podem ficar totalmente acidificados perdendo toda a sua vida.
Desmatamentos: A chuva ácida faz clareiras, matando duas ou três árvores. Imagine uma floresta com muitas árvores utilizando mutuamente, agora duas árvores são atingidas pela chuva ácida e morrem e assim vão indo até formar uma clareira. Essas reações podem destruir florestas.

Agricultura: A chuva ácida afeta as plantações quase do mesmo jeito que das florestas, só que é destruída mais rápido já que as plantas são do mesmo tamanho, tendo assim mais áreas atingidas.
Como evitar a Chuva Ácida:
- Conservar energia
- Transporte coletivo
- Utilização do metrô
- Utilizar fontes de energia menos poluentes
- Purificação dos escapamentos dos veículos
- Utilizar combustíveis com baixo teor de enxofre.






sábado, 12 de março de 2011

QUATRO CIVIS MORREM NOS CONFRONTOS NA COSTA DO MARFIM

  Três homens e uma mulher morreram durante uma manifestação na Costa do Marfim. As vítimas foram baleadas pelas forças de segurança. Os confrontos ocorreram no bairro de Treichville, em Abidjan.
  Centenas de pessoas, maioritariamente mulheres, participavam numa marcha a favor de Alassane Outtara, o presidente eleito do país.
  Uma das manifestantes envia uma mensagem a Gbabo, o ex-presidente, e a Alassane Outare, diz que não votou para isto. Remata dizendo que “se sabiam que as eleições podiam acabar assim não valia a pena. “As bancas no mercado estão fechadas e não podem continuar assim”, refere.
  Desde as eleições presidenciais, que deram a vitória a Outtara que o país está em situação delicada. A Costa do Marfim está na iminência de uma guerra civil.
  Na quinta-feira, cerca de dez pessoas foram mortas na sequência de um protesto.

ENTENDA O TERREMOTO QUE ATINGIU O JAPÃO

Tremor de 8,9 de magnitude ocorreu às 14h46 no horário local. Tsunami atingiu a maior ilha do arquipélago japonês.

Do G1, em São Paulo
Às 14h46 (horário local; 2h46 em Brasília) desta sexta-feira (11) um terremoto de 8,9 graus de magnitude atingiu o arquipélago do Japão. Foi o mais forte terremoto registrado no Japão e o sétimo na história do mundo.

Nível de radioatividade diminui após acidente nuclear, diz Japão

Níveis de radioatividade vem diminuindo, informou governo à AIEA. Usina foi danificada por conta do tremor de magnitude 8,9 na véspera.

   O governo do Japão informou à Ageência Internacional de Energia Atômica  das Nações Unidas que houve um início de aumento da radioatividade após o  acidente na central de Fukushima, no nordeste do país, neste sábado (12), mas que os níveis "vem diminuindo nas últimas horas".
   De acordo com a AIEA, autoridades japonesas informaram que a explosão na central nuclear de Fukushima ocorreu fora da área de conteção primária. "A empresa que opera a unidade, Tokyo Eletric Power, confirmou que a área de contenção está intacta", diz um comunicado.
Imagem do momento da explosão do reator nuclear em Fukushima - Japão. Foto: Globo
   O acidente nuclear ocorrido neste sábado (12) na central de Fukushima 1, no nordeste do Japão, foi avaliado no nível 4 numa escala que vai até 7, segundo a Agência de Segurança Nuclear e Industrial do Japão.
  A explosão na usina foi decorrência do forte rerremoto de magnitude 8,9 que atingiu a costa do país na véspera, gerando um tsunami devastador e mais de cem fortes réplicas.
Tsunami atingindo o Japão. Foto: Record
   A preocupação em relação à possibilidade de contaminação nuclear persiste, apesar de o governo japonês ter tranquilizado a população em relação às consequências do desastre.
   De acordo com a AIEA, o governo do Japão eu início à retirada de cerca de 140 mil pessoas da área próxima à usina. Estima-se que 110 mil pessoas já deixaram a área num raio de 20 km próxima a uma das usinas.
   A explosão que fez com que parte do prédio que comporta o reator número 1 derretesse. No entanto, o governo afirmou que o exterior do reator não foi danificado e pediu que a população local mantenha a calma.
   Ainda assim, as autoridades ordenaram a retirada dos habitantes a um raio de 20 km da usina.
   O porta-voz do Estado, Yukio Edano, acrescentou que a radiação no local havia "diminuído bastante" após a explosão.
Mortos
   A polícia do Japão elevou neste sábado (12) para 637 o número de mortos vítimas do terremoto de magnitude 8,9 que abalou a coista nordeste do país na véspera, gerando um devastador tsunami, que varreu partes da costa da ilha de Honshu. Também há 653 desaparecidos e 1.040 feridos. O  número de vítimas, porém, ainda não é definitivo e pode, de acordo com estimativa do próprio governo, superar os mil mortos. A agência Kyodo fala em 1.700 mortos.
Militares encontraram entre 300 e 400 corpos no porto de Rikuzentakata, informou o Exército neste sábado. Em outra cidade portuária, Minamisanriku, havia cerca de 10 mil desaparecidos, segundo a TV local.
   O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, informou que 50 mil militares se dedicarão aos trabalhos de resgate nas províncias afetadas do nordeste do país.
   Cerca de 190 aviões e 25 navios já foram destacados para as tarefas de busca, nas quais forças americanas colaborarão com seus navios para o transporte de efetivos do Exército japonês.
   Na província oriental de Iwate, algumas cidades foram varridas do mapa pelo tsunami originado pelo tremor.
Em Sendai, cidade com 1 milhão de habitantes que é capital da província de Miyagi, entre 200 e 300 pessoas se afogaram devido ao tsunami, e seus corpos estavam sendo recuperados, segundo a polícia local.
   Segundo a "Kyodo", há pelo menos 3.400 edifícios destruídos no Japão devido ao terremoto, que causou ainda pelo menos 200 incêndios no território japonês.
Sétimo pior da história
O tremor foi o 7° pior na história, segundo a agência americana, e também o pior já registrado no Japão.
   Houve um alerta de tsunami para diversos países da costa do Oceano Pacífico, mas a chegada das ondas a estes locais causou apenas danos menores, e o alerta foi cancelado. Milhares de moradores foram retirados por precaução.
Entenda como ocorrem os terremotos
 

  No início do século XX, um jovem meteorologista alemão, Alfred Wegener, levantou uma hipótese que criou celeuma e foi rejeitada pela comunidade científica da época: "há 200 milhões de anos, os continentes formavam uma só massa, que foi denominada de Pangeia, que em grego quer dizer toda a terra, rodeada por um oceano contínuo chamado Pantalassa.
Imagem da Pangeia. Fonte: brasilescola.com
  Essa grande massa se partiu, formando dois blocos - Laurásia e Gondwana -que se separaram vagarosamente, deslizando sobre um subsolo oceânico de basalto. Após centenas de milhares de anos, os continentes chegaram às posições que conhecemos hoje".
Movimentos dos continentes até os dias atuais. Fonte: brasilescola.com
   A teoria de Wegener baseou-se nos contornos da costa africana e brasileira, que pareciam encaixar-se perfeitamente, remetendo a uma possível união das áreas continentais num passado muito remoto.
  Essa teoria ficou conhecida como "Deriva Continental", que depois passou a se chamar de "Teoria da Tectônica de Placas". Segundo essa teoria as placas litosféricas deslizam e às vezes colidem entre si em uma velocidade que oscila entre 1 e 10 cm/ano.
Perfil esquemático das placas tectônicas. Fonte: Wikipédia
  Uma placa tectônica é uma porção de litosfera limitada por zonas de convergência, zonas de subducção e zonas conservativas, que realizam quatro movimentos principais que são:
a) Movimento de Convergência: ocorre quando duas placas se chocam e a borda de uma fica debaixo da outra até chegar ao manto.
b) Movimento de afastamento:  consiste no distanciamento entre duas placas, formando uma lacuna que é preenchida com fragmentos de rochas oriundas do manto em estado líquido. 
c) Movimento de colisão e soerguimento: corresponde ao choque entre duas placas litosféricas, as camadas de rochas elásticas dão origem às cadeias de montanhas, em diversas vezes vulcânicas, com essa característica de formação temos as cordilheiras dos Andes e o Himalaia. 
 Himalaia - exemplo típico de uma cordilheira ocasionada pelo movimento de soerguimento. Fonte: Google images
 d) Movimento de deslizamento: é responsável, em certos casos, pelos abalos sísmicos, ocorre pelo fato de uma placa se locomover sobre a outra.
  O Japão é uma área de intenso processo de tectonismo porque se encontra na região denominada de Círculo de Fogo do Pacífico, região onde há a maior incidência de processos tectônicos devido aos constantes choques entre as placas tectônicas.

sexta-feira, 4 de março de 2011

O MAIOR PIB EM 24 ANOS

  O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, fechou 2010 com um crescimento de 7,5% em relação ao ano anterior, alcançando a marca de R$ 3,675 trilhões no ano. Esse é o maior resultado desde 1986, quando a economia também teve expansão de 7,5%., ocupando o 3° maior PIB do ano, ficando atrás apenas da China, que cresceu 10,3% e da Índia, que avançou 8,6%. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 A expansão da economia em 2010 foi beneficiada, segundo o IBGE, pela baixa base de comparação no ano anterior, quando o PIB registrou diminuição de 0,6%, influenciado pelos efeitos da crise financeira internacional. O crescimento observado é resultado do aumento de 6,7% da inflação e da elevação de 12,5% nos impostos.
  O crescimento do PIB brasileiro ficou 2,5% pontos acima do avanço do mundo em 2010, que foi de 5% na média dos países, segundo dados do IBGE. Ficaram acima desse patamar, além dos três primeiros colocados, a Coreia do Sul, com 6,1% e o México, com 5,5%.
  O IBGE também aponta que, no que se refere à produção, o PIB da indústria, com alta de 10,1%, foi o que mais cresceu, puxado pelo bom desempenho da indústria extrativa mineral (15,7%), seguida pela construção civil (11,6%).
  O PIB agrícola registrou elevação de 6,5%. Neste caso, o resultado foi influenciado pelo aumento de produção de várias culturas importantes da lavoura brasileira, com destaque para a soja, com aumento de 20,2%, do trigo (20,1%), do café (17,6%), do milho (9,4%), da cana (5,7%) e da laranja (4,1%).

  O setor de serviços teve crescimento de 5,4% em 2010, puxado pelas atividades de intermediação financeira e seguros; e comércio, ambas com alta de 10, 7%. Segundo o IBGE, o crescimento da população empregada, da massa salarial e do crédito foi o fator que sustentou o crescimento das vendas no ano. Além disso, houve expansão de 8,9% em transportes, armazenagem e correio; e de 3,8% em serviços de informação.
  Já em relação à demanda, o IBGE apurou aumento de 7% do consumo das famílias, sétimo ano de alta consecutiva; e elevação de 3,3% no consumo do governo. A formação bruta de capital fixo cresceu 21,8%, representando a maior taxa acumulada em quartos trimestres desde o início da série, em 1996. O setor externo, houve aumento tanto nas exportações (11,5%) como nas importações (36,2%).
Renda Per Capita - O Produto Interno Bruto(PIB) per capita brasileiro alcançou R$ 19.016 em 2010, segundo o IBGE. O valor, que indica a riqueza média gerada por pessoa, é resultado da divisão do PIB total pelo número de habitantes do país no meio do ano. O resultado aponta que houve no ano passado um aumento de 6,5% em volume em relação a 2009, quando o PIB per capita ficou em R$ 16.634.
  Veja agora como se comportou os setores da economia no país no ano de 2010, segundo o IBGE:
 
 

ISRAEL PODERÁ TENTAR ACORDO DE PAZ PROVISÓRIO COM PALESTINOS

Reuters

  Israel avalia a possibilidade de tentar um acordo de paz interino com os palestinos, disse uma autoridade israelense na terça-feira, indicando que o governo poderá abandonar os esforços para um acordo amplo e único.
  A autoridade, que pediu para não ser identificada, afirmou que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, poderá buscar uma 'via gradual' rumo a um acordo permanente em vez de um tratado que resolva todas as questões essenciais, como o desejado pelos EUA e pelos aliados europeus.
  'Obviamente, Israel preferiria (as negociações sobre) um acordo de status final, mas as recusas palestinas tornam isso difícil', afirmou a autoridade.
  As negociações promovidas pelos EUA entre os dois lados foram interrompidas no ano passado depois que Netanyahu se recusou a estender um congelamento parcial nas construções das colônias judaicas da Cisjordânia ocupada.
Bairro de Pisgat Zeev em Jerusalém Oriental. Fonte: estadao.com.br
  As autoridades israelenses argumentam há muito tempo que um acordo provisório disseminado ao longo de vários anos seria mais fácil de concluir do que a negociação de um tratado único que lidasse com todas as questões difíceis e básicas, como a situação de Jerusalém.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

CRESCIMENTO ECONÔMICO DOS PAÍSES DA OCDE DIMINUIRÁ EM 2011

Agência EFE
  O crescimento econômico médio dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) se situará entre 2 e 2,5% em 2011, inferior ao previsto, informou nesta sexta-feira o grupo.
  Além disso, o secretário-geral da OCDE, Ángel Gurría, advertiu que os níveis de dívida e o déficit público são "insustentáveis".
  A OCDE confirmou que o crescimento econômico previsto para 2010 estará entre 2,5 e 3%, um nível que os países da organização só recuperarão em 2012.
  Gurría acrescentou que a maioria dos países terá que reduzir a dívida para entre 6 e 9% do Produto Interno Bruto (PIB).
  "Terá que ser inclusive maior para que a dívida alcance níveis sustentáveis", destacou.
  Em relação à tendência de crescimento econômico nos 33 países da OCDE, a organização confirmou que o ritmo de recuperação mundial "desacelerou" desde o início deste ano enquanto na maioria deles a dívida pública alcançou valores históricos.
  Segundo a organização, os países registram diferentes níveis de recuperação econômica, especialmente dentro da zona do euro.
  A OCDE espera que a recuperação econômica dos Estados Unidos acelere, enquanto que no Japão o ritmo diminuirá.
  Já nos países emergentes o crescimento deve continuar "robusto", embora em um ritmo menos acelerado.

KADHAFI AFIRMA QUE VAI 'TRIUNFAR SOBRE INIMIGOS' NA LÍBIA

TV mostrou ditador falando para multidão em praça na capital Trípoli
Reuters

   O ditador da Líbia, Muammar Kadhafi, voltou à TV nesta sexta-feira (25) e disse que vai "triunfar sobre os inimigos", em meio aos protestos que tomam o país do norte da África  e já provocaram as mortes de centenas de pessoas.
  As imagens mostraram o coronel falando a uma multidão de partidários na Praça Verde, na capital líbia, Trípoli.
Ele pediu à população que "se prepare" e proteja o país e também as instalações petrolíferas, importante fonte de riqueza da região. O país é o 12º maior produtor mundial de petróleo.
  "O povo líbio ama Kadhafi", disse à multidão.
  Em tom ameaçador, Kadhafi falou que, se necessário, vai abrir os arsenais do país para armar a população e as tribos.
  Enquanto isso, os rebeldes, que já praticamente tomaram o leste do país a partir da cidade de Benghazi, continuam seu avanço.
  Kadhafi ainda domina a capital, mas, segundo testemunhas, algumas áreas já estão em poder dos rebeldes. Há relatos de que forças de segurança atiraram contra manifestantes em vários bairros, provocando mortes.
  Ao mesmo tempo, cresce a ofensiva diplomática contra o ditador, com a União Europeia e o Conselho de Segurança da ONU preparando sanções ao país.
  As Nações Unidas seguem preocupadas com a situação humanitária do pais, temendo uma crise na distribuição de alimentos no país e também um colapso gerado pelas mais de 30 mil pessoas que deixaram o país, temerosas da violência.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

ÁFRICA: O CONTINENTE DO FUTURO

  No século XIX, a Revolução Industrial avançava na Europa. Com o desenvolvimento das máquinas, a produção era cada vez mais acelerada e, os produtores, necessitavam de mercados consumidores e fornecedores cada vez maiores.
  Assim, manteve-se o interesse das potências europeias pela África. Os vastos recursos naturais do continente, como metais e solos férteis, passaram a ser ainda mais cobiçados. Iniciou-se então, uma verdadeira corrida de exércitos europeus para a África, fato que acirrou as rivalidades entre as potências europeias. Temendo um grande conflito, os líderes europeus passaram a buscar um entendimento para dividir a África entre eles.
   Proposta por Portugal e organizada pelo líder alemão Otto von Bismarck, realizou-se a reunião que ficou conhecida como a Conferência de Berlim (1884/85). Nesses encontros, os governantes europeus faziam acordos para dividir a África sem gerar conflitos, que seriam desastrosos para a vida econômica da Europa.
Mapa da África após a Conferência de Berlim. Fonte: Novo Atlas do Estudante, FTD, 2007
  Entre os séculos XVI e XIX apenas alguns trechos litorâneos do continente africano foram efetivamente conquistados; na segunda metade do século XIX, foi iniciada a colonização de todo o território africano.
Foto da Conferência de Berlim. Fonte: retalhosdehistoria.blogspot.com
  Diversas empresas europeias se encarregaram de explorar e comercializar as riquezas africanas. Nomes como a Royal Niger Company, Société Anversoise du Commerce au Congo, De Beers Mining Company, dentre outras, eram conhecidas em toda a África. Essas companhias conseguiam enormes lucros com a exploração das terras e dos recursos minerais africanos.
  Quando a população de europeus se tornou ainda maior na África, no final do século XIX, ocorreram radicais transformações no espaço geográfico e no modo de vida dos africanos.
  As formas tradicionais de organização em clãs familiares, monarquias e grupos étnicos foram pouco a pouco sendo substituídas por Estados organizados com fronteiras, forças policiais, regras e leis novas e tantas outras características impostas pelos europeus e que eram totalmente estranhas aos africanos.
   Além disso, as atividades econômicas tradicionais foram substituídas por novos modelos produtivos. Nas savanas, implantaram-se as plantations de borracha, café, amendoim, dentre outros produtos muito utilizados pelas indústrias europeias.
Agricultores no Quênia. Fonte: nepanodoesntext.com
  A mão de obra africana foi utilizada a serviço das empresas europeias, na extração de minérios, na agricultura ou na construção de portos e prédios, o que impedia qualquer possibilidade de desenvolvimento interno das nações africanas e desprezava as necessidades de sua população.
Mineração na África do Sul. Fonte: TAMDJIAN, James Onnig. Estudos de geografia: o espaço do mundo II. São Paulo, FTD, 2008.
  Para escoar os produtos agrícolas e minerais, construíram-se ferrovias que interligaram as principais áreas produtoras aos portos, alterando radicalmente o espaço geográfico africano.
A descolonização
  A situação de dominação e de exploração provocou a indignação dos africanos, que não concordavam com o esmagamento do seu continente pelos europeus. Com isso, houve sangrentas revoltas na África que marcaram todo o séculoXIX.
  O poder econômico e militar europeu era muito grande. Por isso, os líderes e intelectuais africanos passaram a defender a independência como forma de libertação, lutando para que os países fossem livres para promulgar as próprias leis e controlar suas riquezas.
Mapa da independência dos países africanos. Fonte: cprcalahorra.org
  Em 1919, realizou-se em Paris, o Primeiro Congresso Pan-Africano, que reivindicava os direitos dos nativos e a libertação das colônias africanas. Esse movimento cresceu e cada vez mais africanos passaram a apoiar a expulsão dos europeus.
William Edward Du Bois (1868/1963) - pai do Pan-Africanismo. Fonte: Gl.com
  A Segunda Guerra Mundial envolveu as potências europeias em um conflito que consumiu vidas, armas e dinheiro. Pouco restava para manter a dominação na África, e em alguns anos os exércitos coloniais europeus abandonaram o continente, o que levou à independência de inúmero países africanos.

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