terça-feira, 17 de novembro de 2020

A LUA: O SATÉLITE NATURAL DA TERRA

 

  A Lua é o satélite natural da Terra. Consiste de um corpo rochoso com 3.476 km de diâmetro, quase um terço do tamanho da Terra. A distância média da Terra à Lua é de 384.400 km.

  A Lua não tem atmosfera para proteger o ser humano ou outro ser vivo da exposição direta às radiações solares, como a radiação ultravioleta. Também não existe água nem vulcões porque, ao contrário da Terra, a Lua tem a parte mais interna em estado sólido (não apresenta magma). Mas há muitas crateras, geralmente formadas pelo impacto de corpos celestes no passado. As colisões derreteram rochas e formaram lavas, que esfriam e aparecem como áreas escuras na Lua, chamadas de mares. A temperatura na sua superfície varia, em média, de 100°C a -150°C. Todas essas condições não permitem a existência de seres vivos na Lua.

Estrutura Lunar

  Os principais movimentos da Lua são: translação ao redor da Terra e rotação sobre seu próprio eixo. Esses movimentos têm praticamente o mesmo tempo de duração: aproximadamente 27 dias e 8 horas. Por esse motivo, a Lua mantém sempre a mesma face voltada para a Terra.

As fases da Lua

  O brilho da Lua é reflexo da luz do Sol. Da mesma forma que os planetas, ela não tem luz própria. O observador terrestre vê partes diferentes da Lua iluminadas pelo Sol, enquanto ela se movimenta ao redor da Terra. Esses diferentes aspectos, denominados fases da Lua, são: Lua Nova, Quarto Crescente, Lua Cheia e Quarto Minguante. Quarto, significa 1/4. O Sol ilumina a metade da esfera lunar e, daqui da Terra, vemos apenas a metade da porção iluminada pelo Sol, isto é, 1/4 da Lua.

Animação mostrando as fases da Lua

  A fase de Lua Nova é quando a sua face está do lado oposto à Terra. Para nós, está voltada a face não iluminada. Nessa fase a Lua não é vista no céu noturno. Nos dias seguintes, a Lua tem a aparência de um arco iluminado e, às vezes, pode ser vista à tardinha. À medida que a Lua translada ao redor da Terra, aumenta a parte que vemos iluminada. Após cerca de sete dias, ela está na sua fase Quarto Crescente.

  A Lua segue a sua órbita. A cada dia aumenta a sua região iluminada vista da Terra. Quando a Lua está em posição oposta à posição do Sol em relação à Terra, a Lua fica com a face voltada para nós completamente iluminada: é a fase da Lua Cheia. Nesse período, a Lua surge no céu no início da noite.

Praia de Ponta Negra, em Natal/RN, em uma noite de Lua Cheia

  Nas noites seguintes, podemos observar que a parte iluminada da Lua começa a diminuir até que só a metade da sua face é vista. Ela aparece no céu bem mais tarde da noite e pode ser vista ao amanhecer: é a fase Quarto Minguante.

  A Lua segue na sua translação, mudando de posição em relação à Terra e ao Sol. Para quem a observa da Terra, vai diminuindo a parte iluminada, até que ela novamente não é vista no céu. A Lua, então, completa o seu ciclo e retorna à fase de Lua Nova.

  As quatro fases da Lua acontecem em ciclos contínuos, num período de 29 dias e 12 horas. Os eclipses são fenômenos que ocorrem devido à posição entre a Lua, a Terra e o Sol.

Lua crescente e o planeta Vênus numa madrugada de Nova York, EUA

Eclipse Lunar

  O eclipse lunar acontece na fase da Lua Cheia. Ocorre quando a Terra fica entre o Sol e a Lua, que passa pela região da sombra da Terra. A Terra, nessa ocasião, bloqueia os raios solares que iluminam a Lua. A sombra da Terra se projeta na Lua, cobrindo-a parcial (eclipse parcial) ou totalmente (eclipse total). O eclipse lunar é visto em todas as partes do mundo.

Figurinha mostrando a posição dos astros durante um eclipse lunar

Eclipse Solar

  O eclipse solar ocorre quando a Lua fica entre o Sol e a Terra, ou seja, na fase de Lua Nova e todos ficam alinhados em uma reta só. Nessa ocasião, a Lua bloqueia os raios solares que iluminam parte da Terra.

  O eclipse solar poder ser parcial para algumas regiões. Esse fenômeno ocorre pelo menos duas vezes ao ano; no entanto, ocorre raramente num mesmo local da Terra. Diferentemente do eclipse lunar, o eclipse solar é visto apenas em algumas regiões do planeta.

Figurinha mostrando como ocorre um eclipse solar

Influência da Lua sobre a Terra

  A Lua é a principal causa dos fenômenos das marés. A força de atração entre a Terra e a Lua e entre a Lua e o Sol, provoca a subida e a descida do nível das águas do mar. A subida é a maré alta ou preamar. A descida é a maré baixa ou a baixa-mar.

  As marés acontecem porque a força gravitacional é maior no lado da Terra que está mais próximo à Lua do que no lado oposto, mais afastado.

  Mas a influência da atração gravitacional da Lua e dos planetas sobre o corpo humano pode ser desprezada diante da influência do planeta Terra e até de corpos muito mais leves, porém, muito mais próximos.

Imagem da Lua passando na frente da Terra a partir da perspectiva da sonda Deep Space Climate Observatory

A Lua de Neve

  O fenômeno recebe esse nome porque tribos nativas americanas e de toda a Europa costumavam nomear as Luas com base nos atritos que associavam às estações do ano no Hemisfério Norte.

  Assim, a Lua Cheia em fevereiro é chamada de Lua de Neve por causa das fortes nevascas que normalmente ocorrem ao longo do mês em algumas partes do mundo. Algumas tribos a chamavam de Lua de Fome, porque o clima de inverno criava condições difíceis de caça e escassez de alimentos.

Visão da Lua sobre o deserto de Mojave, na Califórnia - EUA

Superlua

  A Superlua ocorre quando a Lua ocupa a posição de maior proximidade com a Terra, apresentando-se aproximadamente 15% maior e com cerca de 30% a mais de luminosidade. O fenômeno torna-se especial com a fase da Lua Cheia, fazendo com que a Lua seja percebida com um tamanho muito superior ao normal.

Superlua vista dos céus de Atenas - Grécia

Lua de Sangue

  Também chamado de Lua Sangrenta, é um dos fenômenos astronômicos mais belos vistos a olho nu. No entanto, Lua de Sangue é só um nome impactante que deram para o fenômeno em que a Lua fica avermelhada.

  O fenômeno é raro e acontece em eclipses da Superlua. A junção da Superlua com o eclipse lunar causa a Lua de Sangue. A cor avermelhada deve-se a uma relação entre a proximidade da Lua com a atmosfera terrestre e os raios solares. O Sol emite luzes de todas as cores, mas quando a Lua está próxima da Terra, apenas as cores de baixa frequência, como o vermelho, são refletidas da atmosfera terrestre para o nosso satélite natural, o que torna a Lua vermelha.

Animação sobre a Lua

domingo, 25 de outubro de 2020

O PLANETA VÊNUS

   Vênus é o segundo planeta do Sistema Solar mais próximo do Sol. Tem cerca de 800 milhões de anos e, além do Sol e da Lua, é o corpo celeste mais brilhante no céu, motivo pelo qual é conhecido desde a Antiguidade.

  Também chamado de Estrela Dalva, Estrela da Manhã, Estrela Vespertina e Joia do Céu, é considerado um planeta irmão da Terra. Isso decorre em virtude das similaridades de massa, densidade e volume entre ambos.

  Vênus orbita em torno do Sol a cada 224,7 dias. Recebeu seu nome em homenagem à deusa romana do amor e da beleza Vênus, equivalente a Afrodite. É considerado um planeta telúrico (terrestre), sendo coberto por uma camada opaca de nuvens de ácido sulfúrico altamente reflexivas, impedindo que a sua superfície seja vista do espaço na luz visível.

  Vênus possui a mais densa atmosfera entre todos os planetas do Sistema Solar, sendo constituído principalmente de dióxido de carbono. O planeta não possui um ciclo de carbono para fixar o carbono em rochas ou outros componentes da superfície, nem parece ter qualquer vida orgânica para absorvê-lo como biomassa. A primeira missão à Vênus data de 1961. Chamou-se Venera 1 e era soviética.

Imagem obtida por radar da superfície de Vênus

  Acredita-se que no passado Vênus possuía oceanos como os da Terra, que se evaporaram quando a temperatura se elevou, restando uma paisagem desértica, seca e poeirenta, com muitas pedras em forma de placas. A água provavelmente se dissociou e, devido à inexistência de um campo magnético, o hidrogênio foi arrastado para o espaço interplanetário pelo vento solar. A pressão atmosférica na superfície do planeta é 92 vezes a da Terra.

Animação mostrando o eixo de rotação de Vênus

  A superfície venusiana foi objeto de especulação até que alguns dos seus segredos foram revelados pela ciência planetária no século XX. O solo apresenta evidências de extenso vulcanismo e o enxofre na atmosfera pode indicar que houve algumas erupções recentes. Entretanto, a falta de evidência de fluxo de lava acompanhando algumas das caldeiras visíveis permanece um enigma. O planeta possui poucas crateras de impacto, demonstrando que a superfície é relativamente jovem, com idade de aproximadamente 300-600 milhões de anos. Não há evidência de placas tectônicas, possivelmente porque a crosta é muito forte para ser reduzida, sem água para torná-la menos viscosa. Em vez disso, Vênus pode perder seu calor interno em eventos periódicos de reposição da superfície.

Como podemos ver Vênus no início da noite

  Vênus tem 12.104 km de diâmetro. A superfície é coberta de lava e composta principalmente de dióxido de carbono e ácido sulfúrico, os quais formam nuvens densas responsáveis pelo fenômeno do efeito estufa. É isso que faz a temperatura aumentar a níveis suficientes para derreter o chumbo. Pelo menos 97% da composição atmosférica de Vênus é de dióxido de carbono. O restante é composto de nitrogênio e traços de dióxido de enxofre, vapor d'água, monóxido de carbono, argônio, hélio, neônio, cloreto de hidrogênio e fluoreto de hidrogênio. A temperatura de Vênus é de 482 ºC. A velocidade orbital desse planeta é de 35 km/h e a excentricidade orbital é circular, sendo considerada a menos excêntrica do Sistema Solar.

Crateras de impacto na superfície de Vênus


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